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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais

Reutilização de Frequências e Interferências


Canal Rádio Móvel

Fenómenos físicos decorrentes da propagação de ondas electromagnéticas:


• Perdas em espaço livre; Perdas em Áreas urbanas
espaço livre

• Efeito sombra;
Difração
• Desvanecimento multipercurso; em ponta aguçada

• Difracção;
• Absorção; Propagação
multipath

• Dispersão. Efeito sombra

O canal rádio pode ser considerado como um filtro linear, que introduz “distorção” no sinal
transmitido o qual pode ser descrito no domínio do tempo através da resposta impulsiva,
ou no domínio da frequência, usando a função de transferência.
Os canais rádio são aleatórios e variantes no tempo.
V. Santos

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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Reutilização de Frequências e Interferências
Sistemas Rádio Móvel Pré Celulares

Estes sistemas de serviço telefónico móvel entraram


em operação nos anos 40 nos EUA permitindo a
transmissão simultânea em ambas as direcções e o
acesso à rede fixa pública.

Características dos Sistemas Móveis Pré Celulares:


• Um único transmissor de potência elevada;
• Antena localizada no centro da área metropolitana a uma altura elevada;
• Área de serviço com cobertura extensa;
• Baixa densidade de utilizadores;
• Não usam reutilização de frequências.
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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Reutilização de Frequências e Interferências

Conceitos elementares nos sistemas de comunicações móveis celulares:

! Reutilização de frequências;
! Subdivisão da área de serviço em células.

Objectivos dos Sistemas de Comunicações Móveis Celulares:


• Elevada capacidade;
• Uso eficiente do espectro;
• Área de cobertura ampla;
• Adaptação aos padrões de tráfego oferecido;
• Serviço com uma qualidade idêntica à oferecida pelas redes fixas;
• Custos de serviço e equipamento moderados.
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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Reutilização de Frequências e Interferências
Reutilização de Frequências
Objectivo Principal: Aumentar a capacidade de um sistema rádio móvel
sem aumentar a largura de banda disponível.

Portadora f1 Interferidor f1

C/I > XMin dB


C

Distância de Reutilização

Os sistemas celulares aproveitam o facto da potência de sinais propagados


no espaço decrescer com o aumento da distância, para reutilizar os canais
com a mesma frequência em diferentes localizações geográficas para as
quais o valor de C/I está acima de um valor preestabelecido. V. Santos

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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Reutilização de Frequências e Interferências
Tipos de Células
A área de serviço de um sistema de comunicações móveis celulares é sub-
dividida em pequenas áreas designadas por células, sendo cada uma delas
servida por uma estação base.

Forma fictícia Forma ideal Forma real

Tipos de Células num Sistemas de Comunicações Móveis Celular:


• Macro Células;
Global
• Micro Células; Suburbana
Satélite
• Pico Células. Interiores

Pico Célula
Micro Célula
Macro Célula

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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Reutilização de Frequências e Interferências

Conceito Celular
O conceito celular foi introduzido para resolver o
problema do congestionamento do espectro radio-
eléctrico e da capacidade dos sistemas rádio móveis
a partir da utilização dos recursos rádio existentes e
sem grandes mudanças tecnológicas.

Características dos Sistemas Móveis Celulares:


• Vários transmissores de potência reduzida;
• Antena localizada a uma altura moderada ou baixa;
• Cada transmissor oferece cobertura a uma (célula) parte da área de serviço;
• Permite uma elevada densidade de utilizadores;
• Reutilização de frequências em diferentes localizações geográficas;
• A cada célula é atribuído um subconjunto do número total de canais disponível.

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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Reutilização de Frequências e Interferências
Tipos de Interferência

Tipos de interferência existentes em sistemas rádio móvel:

! Externas ao sistema:
• Sistemas não celulares;
• Sistemas celulares de operadores concorrentes.

! Causada pelo próprio sistema:


• Interferência co-canal (CCI);
• Interferência de canal adjacente (ACI);
• Interferência multi-percurso => Interferência entre símbolos (ISI);
• Interferência de múltiplo acesso (MAI).

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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Reutilização de Frequências e Interferências
Cálculo de Interferência Co-Canal
Os sistemas celulares baseados em técnicas de múltiplo acesso cujos canais são
disjuntos nos domínios da frequência ou tempo, são projectados de forma a
possuírem uma distância/factor de reutilização que satisfaça aos seus utilizadores
uma qualidade de serviço mínima no pior caso de interferência:

• Menor valor possível do nível do sinal desejado; C Cmin


  =
• Níveis dos sinais interferidores com valores elevados.  I min ∑ Ii
i max

Esta situação verifica-se quando o móvel se encontra na


fronteira da célula.
D−R 2 D+R 2
C R− n
  ≅
 I min 2 ⋅ (D − R) + (D − R 2) + D + (D + R 2) + (D + R)
R D+R −n −n −n −n −n
D−R
D

D−R

R−n
n
C 1 D 
  ≈ = ⋅  −1 Aproximação Grosseira
 min
I 6 ⋅ ( D − R )−n
6 R  V. Santos

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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Reutilização de Frequências e Interferências
Cálculo de Interferência Co-Canal
!2 !2 ! !
D 2 = x + y − 2 ⋅ x ⋅ y ⋅ cos (α )

( ) ( ) ( )( )
D 2 = i ⋅ 3 ⋅ R + j ⋅ 3 ⋅ R − 2 ⋅ i ⋅ 3 ⋅ R ⋅ j ⋅ 3 ⋅ R ⋅ cos (120 º )
2 2

D !
y = j⋅ 3⋅R
( )
y
D = 3⋅ i + i ⋅ j + j ⋅ R
2 2 2 2
Factor de Reutilização
x

D
= 3⋅ N N = i2 + i ⋅ j + j2 !
x = i⋅ 3⋅R
R

Legenda:
C/I - Relação Portadora Interferência;
D - Distância de Reutilização; C
  ≈
1
⋅ (
3 ⋅ N − 1 )
n
Aproximação Grosseira
R - Raio das Células;  I min 6
N - Factor de Reutilização;
n - Factor de Propagação.
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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Reutilização de Frequências e Interferências
Interferência Co-Canal - Exemplos
Sistema Analógico 1ª Geração AMPS - N = 7;

C C D
= C α R −4 ; I α D−4 ; q= = 3⋅ N
I ∑ Ii R
D−R 2 D+R 2 i
C R−4

I 2 ⋅ (D − R)−4 + (D − R 2)−4 + D−4 + (D + R 2)−4 + (D + R)−4
R D+R
D−R
D

D−R

C
≅ 17 dB
I

Sistema Analógico 2ª Geração GSM - N = 4;


C C
A6 A1
= C α R −4 ; I α D−4 ;
I ∑ Ii
A A2
i
A5

A3 C
≅ 12 dB
A4

I V. Santos

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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Reutilização de Frequências e Interferências
Interferência Canal Adjacente

A interferência resultante de sinais que são adjacentes em frequência à


frequência do sinal desejado.

! Causas:
• Atribuição de canais adjacentes em frequência numa mesma célula;
• Imperfeição dos filtros de recepção;
• Efeito “perto” - “longe”;
• Efeito das não linearidades “Spectrum re-growth”.
! Minimização da Interferência de Canal Adjacente:
• Atribuição cuidada dos canais de uma célula e das células vizinhas;
• Filtros com um maior factor de qualidade Q;
• Controlo dinâmico de potência.

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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Reutilização de Frequências e Interferências
Efeito “Perto-Longe”

O efeito “perto” - “longe” verifica-se quando um MS localizado perto de uma


BS transmite num canal adjacente ao usado por um móvel localizado nos
limites da célula. A BS nessa situação vai ter dificuldade em descriminar os
sinais dos diferentes móveis.

BTS

−4 −4
S α d1 ; I adj α d2 ;
MS 1 MS 2
= (10) = 40 dB
S -4 ARFCN = 100 ARFCN = 99
PMS = 1 W PMS = 1 W
I adj
d
10 x d

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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Reutilização de Frequências e Interferências
Atribuição de Canais
A interferência de canal adjacente pode ser minimizada através de uma
atribuição de canais criteriosa.
• Em vez de atribuir os canais que formam uma banda contínua de frequências a)
a uma célula particular, os canais são atribuídos de tal forma que a separação
em frequência entre eles seja maximizada b);
b)
• Para um cluster com N células, conseguem-se separações entre os canais de
uma mesma célula de N vezes a largura de banda de cada canal b);
b)
• Existem esquemas de atribuição de canais que minimizam também um segundo
nível de interferência canal adjacente, dado que evitam a utilização de canais
adjacentes em células vizinhas c).
c)
a) b) c)

19;20;21 4;5;6 7;14;21 2;9;16 6;13;20 3;10;17

16;17;18 1;2;3 7;8;9 6;13;20 1;8;15 3;10;17 4;11;18 1;8;15 5;12;19

13;14;1510;11;12 5;12;19 4;11;18 2;9;16 7;14;21

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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Métricas de Desempenho
Necessidade de Métricas de Desempenho

Os sistemas digitais de 2ª geração (GSM, DCS1800, D-AMPS) serão


mais eficientes do ponto de vista espectral do que os sistemas
analógicos de 1ª geração (NMT, AMPS, TACS, etc.) ?

1ª Geração - TACS 2ª Geração - GSM

25 kHz / Canal 200 kHz / portadora


1 portadora / 8 TS

25 kHz / Canal

Resposta: Sim. Uma das vantagens dos sistemas celulares digitais em relação aos
sistemas analógicos é que os sistemas digitais podem reutilizar as frequências de
uma forma mais eficiente do que os sistemas analógicos, o que conduz a um
aumento de capacidade do sistema no nº de Canais/MHz/km2.
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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Métricas de Desempenho
Métricas de Desempenho

Existem diversos tipos de métricas usadas para calcular o desempenho


de um sistema de comunicações rádio móvel:

! Métricas orientadas ao serviço/utilizador:


• Grau de Serviço (GoS);
• Probabilidade de Bloqueio; Relevante para sistemas
• Probabilidade de Interrupção. limitados por capacidade.

• Qualidade de Serviço (QoS);


• C/I (Carrier to Interference Ratio); Relevante para sistemas
• Bit Error Rate (BER). limitados por interferência.

! Métricas orientadas ao sistema:


• Eficiência espectral;
• Eficiência de Modulação;
• Eficiência de Múltiplo Acesso.

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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Métricas de Desempenho
GoS – Grau de Serviço
O GoS é usado para caracterizar o desempenho de um sistema de trunking1,
medindo a probabilidade de um utilizador não obter um canal disponível, na
hora de pico para servir uma nova chamada.

Número de chamadas bloqueadas


GoS = Pb =
Número total de novas chamadas

Tráfego oferecido (Erl) Tráfego servido (Erl)


Modelo
Estatístico

GoS Tráfego perdido (Erl)

1O conceito trunking explora o comportamento estatístico dos utilizadores no estabelecimento


das chamadas, permitindo que um grande número de utilizadores possa partilhar um reduzido
número de recursos.
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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Métricas de Desempenho
Intensidade de Tráfego
Para quantificar a intensidade de tráfego utilizam-se diversas métricas, a
mais comum delas é o Erlang, onde 1 Erl é equivalente a um único circuito
utilizado durante 1 hora (3600 segundos).

N º de chamadas/hora × Tempo médio das chamadas (s)


Intensidade de Tráfego =
3600

Exemplo:
Se um utilizador fizer uma chamada por hora e se a duração média das chamadas for de
120s, ele produz 120/3600 = 33 mErl de tráfego.
Dada a densidade de utilizadores numa área geográfica particular, a densidade de tráfego
pode ser expressa em Erlang por quilómetro quadrado (Erl / km2).
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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Métricas de Desempenho
Estimativa do Tráfego Oferecido
• População que vive numa dada área;
• População que trabalha numa dada área; • Percentagem de utilizadores que são
subscritores do sistema rádio móvel.
• Tráfego de veículos;
• Eventos especiais.
Taxa de
População penetração %

Tráfego por Número de utilizadores


utilizador “wireless”

Erl Nº de utilizadores por km2

Tráfego oferecido
Erl/km2
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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Métricas de Desempenho
Exercício

Uma micro-célula urbana, com raio de 2 km, comporta 1 auto-estrada de 6 faixas


e 2 vias rápidas de 4 faixas que a atravessam radialmente.
a) Estime o tráfego telefónico nessa micro-célula proveniente apenas de veículos
automóveis nas seguintes condições:
. Espaçamento médio entre veículos na situação de engarrafamento total é de
7 m;
. A taxa de penetração é de 12%;
. A taxa de utilização é de 80%,
. Cada utilizador gera em média 3 chamadas por hora com duração de 1 minuto.
b) Admitindo que não existe fila de espera para os pedidos de chamada não satisfeitos,
determine a probabilidade de não conseguir uma chamada sabendo que a célula
dispõe de um total de 50 canais.

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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Métricas de Desempenho
Processo de Chegada de Poisson
O processo de Poisson é baseado nos seguintes pressupostos:
• A probabilidade de aparecer uma chamada durante o intervalo de tempo
(t, t+∆t) é independente do que aconteceu antes de t;
• A probabilidade de aparecer uma chamada depois de t é proporcional a
∆t e a probabilidade de aparecerem outras chamadas é desprezável.

Distribuição de Poisson
Distribuição de Poisson 1
0,9
0,8

(λ ⋅ t ) −λ⋅t
k 0,7

Probabilidade
P (t ) = ⋅e
0,6
0k =0
k 0,5 1k =1
k! 0,4 2k =2

0,3 3k =3
4k =4
0,2
0,1
0
t - Intervalo de tempo; 0
1
2
λ - Taxa de chegada de chamadas;
3
4
5
6
7
λt 8 4
k - Número de chamadas. 9
01
23
k
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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Métricas de Desempenho
Processo de Serviço de Chamadas
Os processos de serviço gerais são extremamente complexos, dependendo
dos serviços anteriores, das chegadas, etc. Na prática poucos serviços
seguem efectivamente a distribuição exponencial. Por exemplo: a duração
das conversações telefónicas segue uma distribuição Lognormal. No entanto,
verifica-se que alguns resultados são independentes do tipo de distribuição
de serviços, dependendo apenas do seu valor médio.

Distribuição Exponencial
Distribuição Exponencial 0,006

0,005

Probabilidade
1 0,004
− ⋅t
f (t ) =
1 µ
⋅e t≥0 0,003

µ 0,002
Tempo
médio
180 s
0,001

t - Intervalo de tempo; 0
100
200
300

µ -Taxa de serviço de chamadas;


400
500
600
700
800
900
Tempo (s ) 1000
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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Métricas de Desempenho
Sistema de Perdas (Erlang B)
Parâmetros e suposições usados na definição do sistema de perdas:
• Número de utilizadores infinito (>> número de recursos);
• Número de recursos finito;
• O processo de chegada de chamadas segue uma distribuição de Poisson;
• A duração das chamadas segue uma distribuída exponencial negativa;
• Chamadas bloqueadas perdidas (não são repetidas);
• Não existem filas de espera.

Probabilidade de bloqueio.

AC AC
Pb = =C! C!
A2 AC C
Ak
1+ A +
2!
+" +
C!

k = 0 k!
A - Tráfego oferecido por célula (Erl)
C - Número de canais V. Santos

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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Métricas de Desempenho
Eficiência de Utilização
Introduz-se uma nova métrica para determinar a eficiência de utilização dos
recursos rádio. Da análise realizada verifica-se que esta aumenta com o
acréscimo do número de canais.

Tráfego (Erl )
Eficiência(% ) = ×100
Número de Canais

Exemplo GSM: 1 para um GoS = 2%


Número de Canais Tráfego1 (Erl) Eficiência de Utilização (%)
7 2.935 41.93
14 8.200 58.57
22 14.896 67.71
30 21.932 73.10
38 29.166 76.75
45 35.607 79.12
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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Métricas de Desempenho
Sistema de Espera (Erlang C)
Parâmetros e suposições usados na definição do sistema de espera:
• Número de utilizadores infinito e número de recursos finito;
• O processo de chegada de chamadas segue uma distribuição de Poisson;
• A duração das chamadas segue uma distribuída exponencial negativa;
• Permitida a espera numa fila por um recurso disponível.
Probabilidade de congestionamento.

AC
P [ Atraso > 0 ] =
 A  C −1 A k
A + C! ⋅  1 −  ⋅ ∑
C

 C  k = 0 k!

Probabilidade de desistência.

GoS = P[ Atraso > t ]


= P[ Atraso > 0]⋅ exp[− (C − A) ⋅ t Tmed ]

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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Métricas de Desempenho
Sistemas de Espera vs Sistemas de Perda
Exemplo:
• O processo de chegada de chamadas segue uma distribuição de Poisson;
• A duração das chamadas segue uma distribuída exponencial negativa;
• Número de canais por célula = 10;
• Tempo médio da duração das chamadas = 180 s;
• Tempo médio de espera = 30 s.
Sistemas de Espera versus Sistemas de Perda
0,3
Congestionamento
Prob de Bloqueio
0,25 Erlang B

0,2
Pb

0,15

0,1

0,05

0
4 5 6 7 8 9
Tráfego Oferecido (Erl)
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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Métricas de Desempenho
Eficiência de Modulação

! Métrica I - Canais/ MHz/ km2;


• A eficiência de modulação de um sistema rádio móvel é medida pelo número
de canais disponíveis por largura de banda por unidade de área.

Número de canais disponívei s no sistema


ηI = (Canais/MHz/km2 )
(Largura de banda total) ⋅ ( Área de um Cluster)

! Métrica II - Tráfego/ MHz/ km2;


• Pode também ser vista como a quantidade de tráfego oferecido (garantindo
um determinado GoS), por largura de banda por unidade de área.

Tráfego oferecido aos N canais do sistema


η II = (Erl/MHz/km2 )
(Largura de banda total) ⋅ ( Área de um Cluster)

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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Métricas de Desempenho
Exemplo: Redes GSM em Portugal
Características do cenário considerado:
• Número de operadores móveis - Nº Op. = 3;
• Largura de banda do sistema - BSys= 25 MHz; 8 MHz - 40 portadoras para
cada operador móvel.
• Largura de banda por portadora - BCarrier = 200 kHz;
• Número de slots por portadora - Nº TS = 8;
• Factor de reutilização - K = 4;
• Número de canais físicos por operador - MSys= 320;
• Número de canais por célula por operador - CCell= 80;
• Tráfego por célula por operador 1 - TCell = 68.7 Erl; 1 - Considerando um GoS igual a 2%.
• Área de uma célula hexagonal - ACell = 2.6 x R2 km2.

BSys BCarriers ⋅ N º TS
ηI =
BSys ⋅ K ⋅ ACell
=
320
8 × 4 × 2.6 × R2
(Canais/ MHz/ km ) 2

ηII =
TCell
=
68.7
BSys ⋅ ACell 8 × 2.6 × R2
(Erl / MHz/ km )
2 Incluí o efeito de trunking - Erlang B.

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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Métricas de Desempenho
Eficiência de Múltiplo Acesso
! Eficiência no domínio da frequência - Sistemas FDMA;
• A eficiência no domínio da frequência incluí o espectro usado nas bandas de guarda
entre os canais rádio. Nos sistemas celulares as bandas de guarda são muito
reduzidas, porque os canais adjacentes nunca são atribuídos à mesma célula.
! Eficiência no domínio do tempo - Sistemas TDMA;
• A eficiência no domínio da tempo incluí o tempo gasto numa trama para tempos de
guarda, cabeçalhos, sequências de treino, etc.
Eficiência da trama de tráfego.
nº de bits úteis 114
η= = = 0.729
nº total de bits 156.25
Eficiência de uma multi-
multi- trama de canais de tráfego.

nº de bits úteis por multi- trama 114⋅ 24


η= = = 0.6734
nº totalde bits por multi- trama 156.25⋅ 26

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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Aumento do Desempenho do Sistema

Diversas melhorias podem ser introduzidas num sistema de comunicação


rádio móvel celular com o intuito de aumentar a capacidade e/ou a
qualidade de serviço:

! “Cell Splitting”;
Splitting”
! Sectorização;
! “Frequency Hopping”;
Hopping”
! Controlo Dinâmico de Potência;
! Transmissão Descontínua;
! “Tilting” das Antenas;
! Técnicas de Atribuição de Canal.

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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Aumento do Desempenho do Sistema
Cell Splitting

A técnica de “cell splitting”, como o nome indica, consiste na divisão de


uma célula congestionada em células mais pequenas.

Exemplo da divisão de 1 célula em 4.

! Vantagens:
• Aumento da capacidade do sistema;
• Mantém inalterada a qualidade de serviço C/I.
! Desvantagens:
• Aumento do número de sites (>> custos);
• Aumento do número de handovers.

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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Aumento do Desempenho do Sistema
Cell Splitting - Exemplos

Na divisão de 1 célula em 3: Na divisão de 1 célula em 4:


• A capacidade aumenta 3 vezes; • A capacidade aumenta 4 vezes;
• A área das células é um 1/3 da original; • A área das células é um 1/4 da original;
• 1 novo site entre 3 sites existentes; • 1 novo site entre 2 sites existentes;
• Mudança na direcção das antenas; • Direcção das antenas inalterada;
• Adequada a padrões de reutilização 4/12. • Adequada a padrões de reutilização 3/9.
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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Aumento do Desempenho do Sistema
Sectorização
A sectorização consiste na divisão angular da área de serviço de uma célula
em diversas outras células recorrendo ao uso de antenas direccionais.

Exemplo de uma sectorização de 120º.

! Vantagens:
• Mesmo número de sites ( ~= custos);
• Aumento da qualidade de serviço C/I;
" 1em relação ao mesmo sistema, N igual, empregando antenas omnidireccionais;
• ou Aumento de capacidade do sistema;
" 2permite para um C/I semelhante a construção de um sistema com um N inferior.

! Desvantagens:
• Redução da eficiência de trunking1;
• Aumento do número de handovers.
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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Aumento do Desempenho do Sistema
Sectorização - Exemplos

Sectorização 120º Sectorização 60º


• 3 sectores por célula; • 6 sectores por célula;
• Número de interferidores 2; • Número de interferidores 1;
• Aumento da relação C/IMin em ~3 dB; (N=4) • Aumento da relação C/IMin em ~5 dB; (N=4)

V. Santos

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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Aumento do Desempenho do Sistema
Frequency Hopping
Consiste na mudança da frequência da ligação entre o MS e a BTS de uma
forma pré-estabelecida no decurso da chamada.
ARFCN 93
O desempenho da técnica depende do número
ARFCN 105
e da gama de frequências utilizadas.

! Vantagens:
• Aumento da capacidade do sistema;
ARFCN 100
• Redução do efeito do desvanecimento multi-percurso;
• Redução da interferência co-canal (diminuição do valor C/I necessário).
! Desvantagens:
• Possibilidade de ocorrência de colisões;
• Canais de difusão FCCH, SDH, BCCH e de controlo comum PCH, AGCH e
RACH, não podem realizar saltos na frequência;
• Aumento da complexidade do sistema.
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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Aumento do Desempenho do Sistema
Controlo de Potência
O controlo dinâmico de potência tem por objectivo limitar a energia transmitida
na interface rádio.

Interface Rádio

BSC Comandos de controlo de potência

Resultado das medidas efectuadas

BTS MS
! Vantagens:
• Aumento da autonomia da bateria do MS;
• Diminuição da interferência co-canal.
! Desvantagens:
• A portadora BCCH não pode executar controlo de potência;
• Aplicável somente quando o nível dos sinais é elevado.
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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Aumento do Desempenho do Sistema
Transmissão Descontínua
A transmissão descontínua consiste em desligar a emissão nos momentos de
pausa de uma conversação.

Numa conversação normal cada pessoa


fala cerca de 40% do tempo.

! Vantagens:
• Diminuição da potência emitida pelo MS;
• Diminuição da interferência co-canal geral.
! Desvantagens:
• A transmissão descontínua não pode ser realizada na portadora BCCH;
• Ligeira redução da qualidade de voz.

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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Aumento do Desempenho do Sistema
“Tilting” das Antenas
Esta técnica actua no diagrama de radiação da antena da estação base sendo
o diagrama de radiação inclinado para o chão (modificação no plano vertical)
de modo a limitar a radiação de energia, para fora das fronteiras das células.
Grupo de canais A Grupo de canais A
Re utilizados

Célula A Célula B Célula A - Reutilizada


! Vantagens:
• Diminuição da interferência co-canal;

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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Aumento do Desempenho do Sistema
Estrutura Hierárquica de Células
As células das camadas de nível superior:
• São usadas para proporcionar cobertura;
• Possuem canais de “broadcast”
broadcast e canais de tráfego;
• Suportam os móveis de elevada mobilidade.

As células das camadas de nível inferior:


• São usadas para proporcionar capacidade;
• Suportam os móveis de baixa mobilidade;
• Possuem um factor de reutilização mais baixo;
• As chamadas serão sempre que possível
conduzidas para estas células.

• Aumento da capacidade do sistema;


• O móvel nem sempre será servido pela melhor célula.
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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Técnicas de Atribuição de Canal
FCA – Fixed Channel Allocation
A técnica FCA não é mais do que a realização prática
do conceito celular.

Cada cor representa um conjunto de canais diferente.

! Vantagens:
• Um grupo de canais é permanentemente atribuído a cada célula do sistema;
• A técnica FCA é baseada na distribuição óptima dos recursos rádio;
• É um método simples e fácil de implementar.
! Desvantagens:
• Cada célula está limitada a servir um número fixo de chamadas mesmo que
existam recursos disponíveis em células vizinhas;
• Apresentam um fraco desempenho em condições de baixo tráfego.
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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Técnicas de Atribuição de Canal
FCA
Tráfego Uniforme Tráfego Não Uniforme

C=
M
C1 = C2 = Ci = " = C N ∑C i =M C1 ≠ C2 ≠ Ci ≠ " ≠ C N
N i

GoS por Célula e do Sistema GoS por Célula


AC
Pb = C C! k Pb k = EB ( Ak , Ck )
A
∑k = 0 k! GoS do Sistema
Legenda: −1
1 n Ak k  Ck Ak 
C +1 i n
Pb = ⋅ ∑ ∑ L = ∑ Ak
M - Número Total de Canais no Sistema;
N - Factor de Reutilização; 
L k =1 Ck !  i =0 i!  k =1
C - Número de Canais por Célula;
n - Número de Células no Sistema;
A - Tráfego por Célula (Erl
(Erl);
);
Pb - Probabilidade de Bloqueio do Sistema.
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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Técnicas de Atribuição de Canal
FCA – Métodos de Pesquisa
Pesquisa Aleatória Pesquisa Sequencial

• Na pesquisa aleatória o tráfego escoado é • Na pesquisa sequencial os primeiros


uniformemente distribuído pelos diferentes canais da sequência escoam mais tráfego
canais existentes. do que os últimos.

Pesquisa Aleatória Pesquisa Sequencial


32 32 45 45
Teórico Teórico
31,9 Prático 31,9 40 Prático 40

Tráfego Escoado por Canal (Erl)


Tráfego Escoado por Canal (Erl)

31,8 31,8 35 35

31,7 31,7 30 30
31,6 31,6
25 25
31,5 31,5
20 20
31,4 31,4
15 15
31,3 31,3
10 10
31,2 31,2
5 5
31,1 31,1

31 31 0 0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Número do Canal Número do Canal

• Sabendo que o tempo médio de vida de um dispositivo electrónico está


dependente do número de horas de funcionamento, conclui-se que na
pesquisa aleatória existe uma gestão mais eficiente do hardware.
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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Técnicas de Atribuição de Canal
Directed Retry
A técnica Directed Retry é uma variação do esquema FCA.
Esta técnica aproveita a sobreposição inevitável que existe
entre as diferentes células do sistema para permitir a
alguns subscritores a procura de um canal livre em mais do
que uma célula.
O projecto de um sistema rádio móvel com cobertura global numa certa
certa
área pressupõe pelo menos 30% de sobreposição entre as células.

! Vantagens:
• Preserva todos os méritos do FCA reduzindo, ao mesmo tempo, a probabilidade
de bloqueio do sistema;
• Consequente aumento da utilização dos canais de uma célula.
! Desvantagens:
• A melhoria é conseguida às custas de um aumento do número de handovers;
• Conduz a um aumento do nível de interferência.
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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Técnicas de Atribuição de Canal
Técnicas de Empréstimo de Canal
As células que se encontram em zonas de tráfego elevado “hotspots” pedem
emprestados recursos rádio às células vizinhas com cargas mais reduzidas.
Este procedimento é efectuado de uma forma “dinâmica”.
F
G E
As técnicas de empréstimo de canal permitem
a uma célula ter um número de chamadas em A
progresso maior do que o número de canais
nominais da técnica FCA. D
B
C
O empréstimo é realizado tendo em conta as seguintes condições:
• Existência de canal disponível na célula vizinha;
• Esse canal não interferir com as chamadas em curso;
• Essa célula ter o maior número de canais disponíveis para empréstimo.
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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Técnicas de Atribuição de Canal
Técnicas de Empréstimo de Canal - Desvantagens
Aumento significativo do número das células de
interferência.
O sistema restringe o uso desse canal na região de
interferência da própria célula mantendo, no entanto as
células de interferência da célula de onde proveio o
canal de empréstimo, de forma a tornar possível o
retorno desse canal após a terminação da ligação.

Em caso de empréstimo, diversas células são proibidas A2

de usar esse mesmo canal. A1

Exemplo: Considere-se que a célula P pede emprestado um P


canal x à célula A3 para servir uma chamada. As células A1 e
A2 células co-canal de A3 não podem usar o canal x por este A3
se encontrar dentro da região de interferência da célula P.

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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Técnicas de Atribuição de Canal
DCA – Dynamic Channel Allocation

Na técnica DCA cada célula pode utilizar


qualquer canal desde que as distâncias de
reutilização sejam satisfeitas.

Factor de reutilização N = 7;

! Vantagens:
• Não existem canais permanentemente atribuídos a cada célula;
• Elevado grau de adaptabilidade às variações de tráfego.
! Desvantagens:
• Necessitam de informação suplementar correspondente à utilização do canal na
região de interferência;
• São mais complexas e difíceis de implementar do que a técnica FCA;
• Apresentam um desempenho medíocre em situações de carga elevada. V. Santos

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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Técnicas de Atribuição de Canal

Técnicas de Atribuição de Canal

Atribuição Fixa Empréstimo de Canal Atribuição Dinâmica Atribuição Híbrida

FCA SB BCO BCDL CBWL DCA DCA CO DCA CF PADCA HCA


PPADCA
Directed Retry DCA NN GDCA HCAR
MP
DCA MMS
Legenda: SMP
• FCA - Fixed Channel Allocation; • DCA CO - DCA with Cannel Ordering;
• DCA - Dynamic Channel Allocation; • GDCA - Geometric DCA;
• HCA - Hybrid Channel Allocation; • DCA CF - DCA Cost Function;
• SB - Simple Borrowing; • PADCA - Polite Aggressive DCA;
• BCO - Borrowing with Channel Ordering; • PPADCA - Persistent Polite Aggressive DCA;
• BCDL - Borrowing Channel with Directional Locking; • MP - Maximum Packing;
• CBWL - Channel Borrowing Without Locking; • SMP - Maximum Packing.
Packing V. Santos

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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Planeamento Celular GSM
Capacidade
Valor de C/I Atribuição de
frequências
I C
Esquema de re-
re-uso
de frequência
C/I > y Portadoras
C por Célula
A
3
B
3

Modelo do Configuração
Sistema dos Canais
22
Modelo 22
Estatístico
22

Capacidade
Erlang / célula

Considerações de tráfego e capacidade GoS


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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Planeamento Celular GSM
Classe potência Propagação Margens de
do MS e da BTS
Atenuação
Balanço de
Potências
Link Budget
UL = DL

PMs = 30 dBm
PBTs = 42 dBm
SMs = -104 dBm
...
Perdas= 120 dB

Mapa do Margens de
Terreno Fading
Path Loss
Máximo
Distância

Modelos de
Propagação
Perdas em Áreas urbanas
espaço livre

Difração
emponta aguçada

Propagação
multipath Considerações de propagação
Efeito sombra
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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Planeamento Celular GSM

Considerações de Tráfego Considerações de Propagação


Path Loss
Distância Máximo
Capacidade
Erlang / célula

22
22
Modelos de
22
Propagação
Raio da Perdas em
espaço livre
Áreas urbanas

Célula
Difração
emponta aguçada

R Propagação
multipath
Efeito sombra

Tráfego Mapa do
Considera- Oferecido Terreno
Considera-se o menor dos
raios da célula entre os Erlang /km2
obtidos por considerações
de tráfego ou propagação
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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Planeamento Celular GSM
Exercício
Uma dada área de serviço a ser coberta pelo sistema GSM900 um apresenta uma
densidade de tráfego média de 8 Erl/km2. Para isso o operador dispõe de uma largura
de banda de 5 MHz e pretende efectuar o planeamento celular com células hexagonais
de modo a obter uma probabilidade de bloqueio máxima de 2%. Admita que o operador
reserva o time slot “0” de cada portadora para canais de controlo e que a potência
recebida em função da distância pode ser expressa por Pr = P0d-n.
a) Admitindo que se utilizam clusters de 7 células, calcule o raio de cada célula e a
área do cluster que satisfazem os requisitos de tráfego, maximizando a área coberta.
b) Apresente uma distribuição de frequências para as células do cluster de modo a
minimizar a interferência canal adjacente.

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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Planeamento Celular GSM
Dimensionamento dos Canais de Controlo - GSM
No dimensionamento de um sistema rádio móvel para além dos canais de
tráfego devemos ter em conta os outros canais de controlo necessários ao
estabelecimento de uma chamada como sejam:
• O canal PCH para enviar um “page” ao MS;
• O canal RACH usado pelo MS para estabelecer o primeiro contacto com a rede;
• O canal AGCH para comunicar ao MS para se comutar para canal de sinalização;
• O canal SDCCH para enviar a sinalização necessária ao estabelecimento da
chamada (autenticação, encriptação, estabelecimento de chamada, ...).

PCH RACH AGCH SDCCH TCH

GoSPCH GoSRACH GoSAGCH GoSSDCH GoSTCH

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Modelo para uma chamada iniciada pela rede


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Conceito Celular: Aspectos Fundamentais
Planeamento Celular GSM
GoS Global -GSM
No dimensionamento de um sistema rádio móvel para além dos canais de
tráfego devemos ter em conta os outros canais de controlo necessários ao
estabelecimento de uma chamada.

Legenda:
A - tráfego suportado por TCH (voz e dados);
A’ - tráfego suportado por SDCCH (“Location
(“Location updates”
updates” e SMS);

(1 - GoS1) * A’

A SDCCH TCH (1 - GoS2) *(1 - GoS1) * A


A’
(1 - GoS1) * A

Todos os canais de sinalização


são vistos como SDCCHs GoS1 * (A+A’) GoS2 * (1 - GoS1) * A
V. Santos

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