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Mas, afinal, o que é


Educação Física?:

Especial . Temas Polêmicos


um exemplo do simplismo intelectual

Celi Nelza Zulke Taffarel


Micheli Ortega Escobar

RESUMO Por solicitação do editor passado, a busca de raízes


da revista Movimenta estamos étnicas - para sistematização
O trabalho expõe uma apresentando este primeiro do conhecimento, produzido
crítica às concepções idealistas texto de uma série, com o sobre o assunto. Essa
que se constituem em objetivo de instigar reflexões recorrência pode ser
referências para o autor do mais profundas sobre o tema, exemplificada e reconhecida no
artigo "Mas afinal, o que é onde explicitaremos elementos seu texto quando apresenta a
Educação Física?" e procura para contestar uma definição produção do conhecimento a
responder aos problemas, de de Educação Física elaborada partir de referências regionais
ordem filosófica, episte- idealisticamente. (Lenine, como: França - Le Boulch, J.,
mológica, metodológica e 1982). Parlebas, P.; Espanha -
política, levantados pela Cadigal, J.M., Pedraz, M. V.,
pergunta. As contribuições das Não é nova, no seio da Moreno, J.H., Lopez, J. R.;
autoras surgem da intelectualidade, a utilização de países de língua inglesa -
radicalização da crítica a partir recursos desmobilizadores da Brooks, G.A.,-Henry, MF.M.,
dó marco teórico e reflexão e do debate político e Rarick,G.L, Park, R. J., Newell,
metodológico materialista- ideológico, como os de "colocar K. M., Renson, R., Higgins, J.R.,
histórico-dialético. como referência a própria Brooke, J. D., Whitting, H. T. A,
ausência de referências", ou de Katch, F. I., Sabbo, D. G. H.,
Recife, 30 de Novembro de ! 993.
"voltar ao simples" (Freitas, Glas-seford, R. G.; Alemanha -
1991), assim desconhecendo, Haag, H., Grupe, O., Kirch, A.,
ingenuamente e sem sutilezas, Willimczik, K., Meinberg, E.; na
"MAS AFINAL, O QUE É
as relações sociais subjacentes ex RDA- Bauersfeld, K. H.,
EDUCAÇÃO FÍSICA?: UM
à produção do conhecimento e A d a m , Y. ; D i n a m a r c a -
EXEMPLO DO SIMPLISMO
à prática pedagógica. Eichberg, H.; Portugal - Sérgio,
INTELECTUAL"
M., Sobral, F., Proença, J.,
A definição de Educação Bento, O., Constantino, J. M.,
Em texto recente,
Física, apresentada por Gaya Marques, A.; Brasil - Oliveira, V.
apresentado pelo professor
em sua aula inaugural M., Medina, J..P. S., Da Costa,
Adroaldo Gaya, em aula
ESEF/UFRGS, setembro/ L. P., Santin, S., Faria Júnior, A.,
inaugural ministrada na ESEF/
1993, tem como ponto de Teixeira, L A, Tani, G., Canfield,
UFRGS, intitulado "Mas afinal, (1)
partida a recorrência cultural J. T., Do Carmo, A. A, Bracht, V.,
o que é Educação Física?", o
ao simplismo - próprio das Lovisolo, H., Farinatti, P. T. V. (2)
autor nos acena com a volta ao
tendências onde prevalece a
simples, como caminho para
incerteza, a volta ao Na sua análise, Gaya
encontrar respostas ao que,
afinal, seja Educação Física.
encontra duas tendências
de humana não existe
nos estudos. A primeira, necessário voltar às coisas em absoluto fora
predominante, considera a simples, à capacidade de destas relações. (...)
Quando se analisa a
Educação Física como uma formular perguntas simples atividade temos que
ciência relativamente (...)" (Santos, 1991, p.6), o assinalar que a
autônoma e uma disciplina conduz a esta análise atividade objetiva gera
não somente o caráter
acadêmica e/ou científica simplista e reducionista do objetivo das imagens,
que alimenta duas fenômeno. Os autores senão também a
objetividade das
perspectivas: uma que mencionados a princípio; necessidades, das
pretende colocar, em um não mereceram sua crítica emoções e dos
sentimentos". (Leo-
único espaço de rigorosa, nem do ponto de ntiev, 1979, p.l 1-14).
investigação, as diferentes vista da hermêutica de
formas de expressão da Ricoueur. T o d a v i a ,
cultura corporal, tais como a argumentações como as de
ciência da motricidade A limitação da possibilidade Gaya e dos autores que ele
humana, ciência do crítica de Gaya, ao analisar analisa de forma simplista,
movimento, ciências do estas tendências, pode ser explicam-se pela não
exercício, cinesiologia ou explicada pela ausência da consideração da Educação
cineantropologia, a psico- categoria "atividade", no Física como produção não
cinética ou a praxiologia e sentido marxista, explicativa material que, em
outra que pretende a criação das mudanças trazidas pelo determinados estágios e
de um espaço capaz de modo de produção pela influência de certos
abarcar toda e qualquer capitalista - por exemplo, e fatores próprios do sistema
disciplina científica que, de entre outros - à atividade capitalista, sofre o mesmo
alguma forma, trate de lúdica do homem, que deve processo de privação das
questões referentes ao ser entendida como toda suas qualidades sensíveis
desporto como prática atividade humana, a qual sofrido pela produção
corporal e motora material.
específica, tal como as
ciências do desporto e "(...) o absurdo
ciências do treino social de que o
desportivo. processo vivo da
"aparece como um sistema apropriação da
A segunda tendência, incluído no sistema de natureza pelo homem
cética quanto a hegemonia relações da sociedade. A e das relações sociais
do conhecimento científico a t i v i d a - por ela medidas
que entende a Educação assumem a forma de
Física como filosofia da propriedades de
corporeidade e, também, objetos mortos. A
a p r e s e n t a d u a s atividade viva dos
perspectivas: a primeira , homens é absorvida,
existencialista, configura a "A definição de por assim dizer, por
Educação Física no discurso Educação Física, seus próprios
filosófico da corporeidade, apresentada por produtos, que por esse
dando ênfase ao lúdico, à mecanismo absurdo
Gaya, tem conto
sexualidade, às práticas são promovidas a
alternativas de expressão ponto de partida a
quase-sujeitos da
corporal; e a segunda, recorrência cultural
sociedade, enquanto
culturalista, que prevê a ao simplismo para os homens, seus
reconstrução da Educação sistematização do criadores, são
Física na ótica do lazer, dos conhecimento degradados a meros
jogos populares e tradicio- produzido sobre o acessórios)...)"-(Kurz,
nais. assunto ". 1992, p.240).

A posição do autor,
expressa na citação "(...) É
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G a y a e s u a s apreensão do real a partir de
referências não levam em representações, a exemplo
conta a relação do da forma como o esporte é
desenvolvimento geral da considerado na escola,

Especial . Temas Polêmicos


sociedade e da sua base "Argumentações abordado como uma
material como determinante como as de Gaya e atividade abstrata - como um
da "qualidade" da produção dos autores que ele trabalho cujo dispêndio de
da cultura corporal, que, em analisa, explicam-se força vai além das
um modo de produção pela não necessidades concretas - e
capitalista, sobrepõe ao consideração da sem avaliar a qualidade
caráter lúdico das atividades Educação Física destrutiva da socialização
a v i o l ê n c i a , a como produção não subjacente a essa
competitividade exacerbada, material que, em concepção*.
a estimulação por drogas, determinados
enfim, os subprodutos da estágios, sofre o Não ficam por aqui os
cultura dos "esportes de mesmo processo de equívocos teóricos. O autor
altos rendimentos". privação das suas menciona que a prática da
qualidades Educação Física efetua-se
Admitimos que as sensíveis sofrido segundo princípios advindos
perguntas podem ser do conhecimento científico, e
pela produção
simples, mas, para que estes fundamentos de-
material".
respondê-las, precisamos de terminam sua práxis.
pensamentos complexos; Desconsidera que as
A princípios científicos e
nisto filósofos europeus determinações da prática
filosóficos, senão que a uma
concordam, a exemplo de social da Educação Física,
fundamentação e um
Edgar Morin (1986), em última instância, não
conjunto de valores e tendo
defensor da necessidade da advêm de "fundamentos"
como referência uma
mudança do modo de pré-concebidos, mas de
axiologia.
pensar. possibilidades, históricas
para ela colocadas.
Ao inferir que a
À pergunta: "O que é Desconsidera, ainda, que o
"Educação Física é uma
Educação Física? Será movimento do pensamento
prática de intervenção no
ciência, ou será filosofia?" o para apreender esta prática
mundo concreto", enquanto
a u t o r , e m s e u social pode-se dar em bases
que a filosofia não assume
pronunciamento durante a pré-conceituais, pré-científi-
esta prerrogativa, Gaya
aula inaugural, responde c a s , a t r a v é s d e
desconsidera, totalmente, os
coma definição, "(...) a representações, ou com
referenciais da dialética
Educação Física é uma bases conceituais que
materialista histórica,
disciplina normativa" revelam a essência, as leis
cometendo um equívoco
(1993:7), alegando que "(...) internas do fenômeno.
teórico seríssimo que anula
as demais tendências que
seu esforço acadêmico de
inferem a possibilidade de É este "movimento do
racionalizar a análise sobre o
reduzir a Educação Física pensamento", demonstrado
que é a Educação Física.
exclusivamente a uma pelos raciocínios de Gaya
ciência, ou a uma filosofia, que aponta para a
A "intervenção no
acabam por destruí-la de seu necessidade de uma nova
mundo concreto" não está
real significado social e, mais racionalidade (Edgar Morin
limitada ao mundo das
do que isto, apontam para a 1986, Gorz 1993). O
aparências. A prática da
descaracterização de nossa idealismo é insuficiente
Educação Física em si não
identidade profissional". para apreender os
garante a intervenção no
Argumenta que á Educação fenômenos sociais
real, visto que esta prática
Física é consubstanciada concretos.
pode-se dar de maneira
numa pedagogia com
alienada e pela
objetivos formativos, não Na saga dos
podendo resumir-se equívocos teóricos o autor
admite
que"(...) nesse quadro onde epistemológicos, a prática
convergem conteúdos da Educação Física enfrenta sociais organizados e pela
diversos (da biologia, o desafio que, entretanto, se realidade conjuntural.
antropologia, sociologia, coloca ao homem concreto". (Duarte, 1 992). Isto é
psicologia, etc.) configura-se negado, demonstrando,
um espaço multidisciplinar Sustenta a Educação mais uma vez, seu raciocínio
idealista.
onde se percebe uma Física como projeto
profunda ausência de pedagógico, afirma que á
O exame crítico do
objetivos e objetos comuns, "Educação" e parte do
pensamento de Gaya nos
ficando, desta forma, conceito de Educação geral,
põe de relevo sua
destituídas de uma definição como sendo o "(...)
concepção de filosofia e de
epistemológica e desenvolvimento da
ciência, baseadas em
metodológica capaz de p e r s o n a l i d a d e ,
representações do real. Ao
responder às necessidades desenvolvimento das
estabelecer dicotomia entre
inerentes aos intervenientes capacidades físicas,
ciência e filosofia, sendo
da Educação Física". Com motoras, intelectuais,
esta última reduzida às
esta afirmação, o autor afetivas e morais dos seres
abstrações de um discurso
comete dois enganos. De um humanos, visando sua
especulativo de cunho
lado, reporta esses atuação na sociedade". Fica
axiológico, o autor recusa a
interesses ao plano abstrato aqui evidente uma
filosofia da práxis e cai na
das disciplinas, ignorando concepção de Educação
lógica de raciocínio, utilizada
completamente os completamente superada,
pelos autores que ele
interesses humanos e de porque idealizada, fora do
analisa. Estabelece cisões e
classe na prática social de contexto da escola
fragmentações que
Educação Física e, do outro capitalista em cujo interior
expressam, no seu
l a d o , a b o r d a a confrontam-se interesses
p e n s a m e n t o , a s
multidisciplinaridade a partir hegemônicos e emergentes
fragmentações instaladas na
de "objetivos comuns", que a colocam em tensão
produção do conhecimento
desconsiderando o processo entre dois pólos: propiciar a
no modo capitalista. Afirma
de trabalho concreto onde emancipação humana ou
que o que faz interagir a
ocorre a produção de favorecer a alienação,
ciência e a filosofia é a
conhecimento, o qual é determinados pelos
Educação Física "na ação de
historicamente determinado movimentos
e n s i n a r, n a a ç ã o d e
e configura interesses de
conduzir", concluindo,
classes antagônicas
equivocadamente, que a
presentes no modo de
ação pedagógica seria
produção e de reprodução
capaz de concretizar a
da vida capitalista.
interação axiologia x
"Ao estabelecer
epistomologia. Aposição de
Gaya demonstra dicotomia entre
Gaya nos parece ser a de
desconhecer, ou relega por ciência e filosofia,
escolha pessoal, a teoria sendo esta última
"(...)Um abstrato
dialética materialista reduzida às
sujeito cognoscente,
histórica de produção e abstrações de um de uma mente
apropriação social do discurso pensante, que
conhecimento, por isto especulativo de examina a realidade
admite que "enquanto no cunho axiologico, o especulativamente"
âmbito do conhecimento autor recusa a (Kosik, 1976, p. 9-33).
científico se discute as filosofia da práxis
definições de seus objetos e cai na lógica de A radicalização da
teóricos, ou seja, enquanto raciocínio, compreensão dialética
os discursos científicos utilizada pelos materialista histórica,
procuram responder aos autores que ele enquanto teoria do
critérios inerentes aos juízos analisa ". conhecimento, nos
possibilita apontar o
equívoco das deno-
m i n a ç õ e s - t e r -
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minologias - empregadas
pelos autores citados por
Gaya e que buscam Minada no marco de
delimitar objetos de estudo produção da vida e segundo

Especial . Temas Polêmicos


para a Educação Física tais "Negar a interesses de classe. Negar
como "movimento humano, necessidade a necessidade imperiosa de
psico-cinética, ciências do imperiosa de abarcar a complexidade
esporte; ciências do abarcar a que traz em si a tentativa de
desporto e motricidade complexidade que definição de Educação
humana", colocados no traz em si a Física é, no mínimo, uma
marco referencial das tentativa de recorrência cultural ao
concepções idealistas e da definição de "misticismo". Com isto não
referência cientifica Educação Física é, construímos nem o
empírico-analítica, hermêu- no mínimo, uma presente digno, nem o
tica e fenomenológica. Nelas recorrência futuro promissor.
fica evidente um recorrer às cultural ao
ciências humanas e sociais 'misticismo'. Com Nossa expectativa é a
somente para legitimar uma isto não de que os brasileiros que
perspectiva filosófico- construímos nem o estejam estudando na
científica superada, presente digno, nem Europa, e Estados Unidos
esgotada, que é o idealismo o futuro reconheçam as "sucatas
e o método empírico- Promissor” científicas idealistas" que
analítico de pesquisa. lhes são oferecidas. Nosso
receio é que estas "sucatas"
Gaya deixa evidente em leis, planos e diretrizes q u e b r e m o b r i o
neste texto, não admitir que governamentais e revolucionário desses
o fazer científico se dá administrativas (Sobral, homens de valor.
dentro de determinadas 1988). Não vamos cometer o
relações históricas que equívoco histórico de, mais
caracterizam a ciência Nas reflexões de uma vez, "trocarmos nosso
enquanto: a) força produtiva Gaya sobre o que é ouro por espelhos".
- pois quando incorporada Educação Física estas
aos processos produtivos dimensões da ciência são
aumenta a produtividade, o ignoradas. Repete, assim,
rendimento, a mais-valia, em sua análise, os enganos
assegurando a acumulação do que se propõe a analisar.
do capital e as condições REFERÊNCIAS
que o perpetuam; b) Completa o quadro de
BIBLIOGRÁFICAS
dominação política - pois equívocos - de teses falsas
quando incorporada à porque sustentadas em ARROYO, Miguel G. Revendo os
sociedade industrial, à pseudo-conceitos e era
vínculos entre trabalho e educação:
elementos materiais da formação
modernidade e à pós- formas fenomênicas - a humana. In: SILVA, Tomaz T. Trabalho,
modernidade, por uma Educação Física entendida Educação e Prática Social. Porto
Alegre. Artes Médicas. 199 i.
política de racionalidade como uma Pedagogia, no
científico-tecnológica âmbito de um projeto DUARTE, Newton. A formação do
assumida pelo Estado, indivíduo e a objetivação do gênero
antropológico. Afirma o h u m a n o. C a m p i n a s. U NIC A M P.
determina condições de autor: "Devemos ter claro Te s e D o u t o r a d o . F a c u l d a d e d e
vida, processos de trabalho, que a Educação Física é
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de acesso a bens culturais uma intervenção no real FREITAS, Luiz Carlos. Seis teses
como educação, saúde, concreto a partir de
dobre a educação e a
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segurança; c) ideologia - objetivos práticos". Absurdo de Didática e Prática de Ensino
pela sua subjunção aos teórico. Já manifestamos (ENDIPE). Porto Alegre;
interesses das classes 199!.Mimeografado.
que a intervenção no real
dominantes, mediatizados está na dependência da GAYA, Adroaldo C. Mas afinal, o que é
pelo Estado e expressos educação Física? Porto Alegre,
qualidade da práxis social, ESEF/ UFRGS, 1993. Mimeografado.
historicamente deter-
GORZ, André, A nova Agenda. In:
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queda. O fracasso do comunismo e o
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KOSIK, Karel. Dialética do concreto. 2


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KURZ, R. O colapso da
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LENINE, V. Materialismo e Empiro-


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LEONTIEV, Alexei N. Activvidad,


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RICOUEUR, P. Interpretação e
Ideologias. 3 ed. Rio de Janeiro,
Francisco Aves, 1988

NOTAS
!1. ecorrência cultural é abordada
como sendo o encaminhamento de
demandas historicamente forjadas e
que buscam ser atendidas, tanto por
sujeitos coletivos, de acordo com suas
possibilidades de acesso a
determinados bens historicamente
produzidos. Assim como para os
indivíduos que vivem em países
industrialmente desenvolvidos, a
informática possibilita lidar com a
"realidade virtual", os indivíduos que
vivem onde prevalecem formas
econômicas pré-capitalistas recorrem
ao misticismo e ao "miticismo" para lidar
com dados da realidade. O que .os
aproxima é que a lógica de raciocinar
sobre a realidade é baseada em
pseudopreconceitos, ou seja,
representações da realidade. A lógica
que os rege.é a da alienação, alienação
esta drasticamente acentuada no
capitalismo avançado. Ver a respeito
deste fenômeno humano, social,
CELI NELZAZULKE TAFFAREL.
psicológico e político a obra .
Professora Adjunta do Departamento de
BOTTOMORO, T, Ed.Dicionário do
Educação Física do Centro de Ciências da
pensamento Marxista. Rio de Janeiro,
Saúde da Universidade Federal de
Zahar, 1983.
Pernambuco. Doutora em Educação,
UNICAMP.
!Estes são os autores analisados por
Gaya e referenciados no seu texto. . MJCHELI ORTEGA ESCOBAR.
Professora Adjunta do Departamento de
UNITERMOS Educação Física do Centro de Ciências da
Saúde da Universidade Federal de
Educação física, filosofia, ciências, Pernambuco. Mestranda em Educação,
idealismo, materialismo histórico- UNICAMP.
didático.

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