You are on page 1of 26

Sistemas de Alta Disponibilidade e Diagnósticos de

Falhas
Automação Semestre 01/2015

Engenharia de Controle e Automação

FENG – ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO


Introdução

§ Atribuem-se às palavras defeito, falha e erro significados específicos:


§ Defeito é a degradação no desempenho de um componente ou do
sistema.
§ Falha: é a degradação total, a paralisação de um componente ou
do sistema.
§ Então, dependendo do caso, um defeito ou uma falha em um
componente pode acarretar um defeito ou uma falha no sistema.
§ Erro: é o conceito mais abrangente, pois designa o mau
desempenho do sistema, em qualquer que seja sua origem:
defeitos, falhas ou comandos externos não previstos.

FENG – ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO


Introdução

§ Assuntos:
§ Sinalizações e Falhas;
§ Proteção e Sinalização;
§ Alta Disponibilidade;
§ Aperfeiçoamento Progressivo de Controladores;
§ Recuperação de Erro;
§ Diagnóstico Pós-Falha;
§ Sistemas Especialistas;
§ Base de Conhecimento em Grandes Plantas Industriais.

FENG – ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO


Sinalização e Falhas
§ Os fluxos de matéria, de energia ou de informação que sejam essenciais para a
finalidade produtiva de uma planta costumam ser chamados de processos técnicos.

§ É esclarecedor considerar de que maneira perturbações e respostas normais dos


processos técnicos, sob controle regulatório, geram eventos que exigem entrada,
num primeiro estágio, de controladores de eventos; num segundo estágio, de
controladores de falhas, e, finalmente, de operadores via sistema supervisório.

§ O controle regulatório somente é possível com os sinais dentro de certos limites de


amplitude, além dos quais algum componente atinge sua máxima capacidade de
atuar, entrando em saturação.

§ Esses possíveis acontecimentos, que ocorrem a qualquer momento, são eventos


importantes para o projeto de sistemas, porque a partir deles devem entrar em ação
também os controladores de eventos e falhas.

FENG – ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO


Proteção e Sinalização

§ Desligamento:
§ Definindo posições:
§ N = normal; E = Emergência; D = Desligado; P = Perturbação; LM =
Comando manual liga; DM = Comando manual desliga; DA = Processo de
Desligamento, ativo; DI = Processo de Desligamento, inativo.
§ Se o estado E está ativo e DI ativo, estes disparam o início da
rotina de desligamento DA. O estado E permanece ativo por
causa do self-loop. Terminado o desligamento, o processo técnico
vai para o estado D, desligado, e o controlador de desligamento
vai para o estado DI.
§ Sinalizações para o operador são usualmente representadas por
self-loops adicionais que representam informações passadas pelo
sistema supervisório.

FENG – ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO


Proteção e Sinalização

§ Reenergização Automática com Memória (R):


§ Definindo posições:
§ N = normal; E = Emergência; D = Desligado; P = Perturbação; LM =
Comando manual liga; DM = Comando manual desliga; DA = Processo de
Desligamento, ativo; DI = Processo de Desligamento, inativo; RA =
Processo de Reenergização, ativo; RI = Processo de Reenergização,
inativo.
§ De modo semelhante ao anterior, constrói-se uma lógica adicional
representando o ciclo de reenergização. Este ciclo somente é
executado se o desligamento do processo se deu previamente por
emergência, e não pela ação do operador. Para isto fica o registro
em memória do evento de E.

FENG – ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO


Proteção e Sinalização

§ Desligamento e Reenergização Automática Restrita:


§ Definindo posições:
§ RA = Processo de Reenergização, ativado; RI = Processo de
Reenergização, inativo.
§ De modo geral, a reenergização automática não deve ser repetida
indefinidamente, pois pode ampliar danos ao sistema. Um
contador de ciclos percorridos, de RI para RA, após uma
emergência pode ser utilizado para interromper a reenergização
automática e pedir por alarme ou intervenção do operador ou da
manutenção.
§ Um exemplo de utilização deste procedimento é para o sistema
de distribuição de energia elétrica, onde perturbações climáticas
são na maioria transitórios, e o religamento automático se
justifica, porém se após algumas tentativas a perturbação
permanece, o religamento automático deve ser abandonado.
FENG – ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO
Alta Disponibilidade

§ Componentes reais estão sujeitos a defeitos, e assim a normal


correspondência entre estímulos e respostas deixa de existir. Basicamente,
há dois tipos de falhas:
§ Quando um evento ocorre sem que exista o estímulo correspondente;
esta falha é chamada de falha de reduzida segurança (reduced security);
§ Quando um comando ocorre sem que a resposta correspondente
aconteça; este tipo é chamado de falha de reduzida causalidade
(reduced dependability).

§ Falhas são eventos que ocorrem de maneira aleatória. Suas conseqüências


“do tipo pior caso” podem ser analisadas deterministicamente; já suas
conseqüências “em média” requerem tratamento ou simulação de caráter
estatístico.

FENG – ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO


Alta Disponibilidade

§ Aumentar a confiabilidade de um sistema, isto é, reduzir a sua


probabilidade de falha, pode ser feito por dois caminhos: empregando
componentes de melhor qualidade, que são usualmente mais caros,
ou introduzindo componentes redundantes.

§ Redundância significa duplicar ou triplicar sensores, atuadores e CPUs


e reunir os seus sinais de saída em um sinal único, por meio de
operadores lógicos AND, OR ou XOR.

§ Esses operadores lógicos são escolhidos AND, quando se trata de


falhas redutoras de segurança, ou OR, quando se trata de falhas
redutoras de causalidade.

FENG – ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO


MTTF,MTTR, MTBF
MTBF (Mean Time Between Failure)

MTTF (Mean Time To Failure) MTTR (Mean Time To Repair)

Successful Operation

Failure

TIME

MTBF is a term that applies only to repairable systems.


10 Hours is a common time period used for MTTR calculations

Availability is measurable as a %: A = MTBF / MTBF+MTTR


FENG – ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO
Alta Disponibilidade - Tradicional

FENG – ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO


Alta Disponibilidade – Atual e Tendência

FENG – ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO


Alta Disponibilidade – I/O redundante
Redundant Power Three Slot I/O
Supply Backplanes

Two Slot Adapter Redundant Termination


Backplane Assemblies

DLR Ports

Redundant Ethernet
Adapters

Redundant Output
Modules

• 24VDC Discrete Input Module


• 24VDC Discrete Output Module
Redundant Input
Modules • 4 to 20 ma Analog Input Module
• 4 to 20 ma Analog Output Module
• Redundant 24VDC Power supply connections
FENG – ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO
Alta Disponibilidade – Controlador de
Tripla Redundância
Triplicated Triplicated
CPUs Terminations

Triplicated Fault Tolerant


inputs outputs
FENG – ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO
Alta Disponibilidade

FENG – ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO


Alta Disponibilidade

§ Se a redundância se faz contra falhas de reduzida segurança nos


sensores (por exemplo), isto é, de transições disparadas sem as
devidas habilitações, é a favor da segurança confirmar a presença do
estímulo nos dois canais; então utilizamos o operador lógico AND.

§ Se a redundância se realiza contra falhas de reduzida causalidade nos


sensores, isto é, de transições habilitadas sem que se complete a
execução, deve-se dar como certa a presença do estímulo quando
qualquer um dos dois canais ou os dois informam positivamente.
Portanto, a redundância contra a reduzida causalidade requer sistema
implementado com o operador lógico OR.

FENG – ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO


Aperfeiçoamento Progressivo de
Controladores

§ Em sistemas de automação já implementados verifica-se, com


freqüência, a necessidade de melhorar os programas dos
controladores.

§ Historicamente, existe um grande esforço de programação dedicado à


solução de problemas posteriores à instalação.

§ Estes trabalhos visam à correção de erros de especificação, de


concepção ou de programação, ou então à proteção contra falhas de
funcionamento.

§ Estas podem decorrer tanto de defeitos em componentes como de


eventos de entrada não previstos.

FENG – ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO


Aperfeiçoamento Progressivo de
Controladores

§ Os engenheiros de Automação tentam, na fase de projeto, antecipar-


se a essas situações de falha, mas correm riscos de dois tipos:
§ Por excesso, prevenindo contra eventos raríssimos.
§ Por falta, deixando de prever eventos prováveis e de real
importância.

§ Com isso é inevitável que surjam necessidades de corrigir programas


de automação da operação real de sistemas, alterando ou
acrescentando funções.

§ Esta é mais uma justificativa para a recomendação de registrar com


clareza e conservar a documentação dos projetos de automação,
principalmente o projeto conceitual.

FENG – ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO


Aperfeiçoamento Progressivo de
Controladores

§ Neste momento, a nossa ação trata-se de PLC


programar a saída automática da situação de
falha operacional, e de levar automaticamente o RP-R

sistema para um estado seguro.


RP-D
§ Com isso podemos considerar que o sistema
final evoluirá para algo como o diagrama de RP-C
blocos ao lado, em que além dos blocos da
planta, do sensoreamento e da atuação, são
incluídos blocos ou programas de controle
automático de eventos, de deteção de erros e Atuador Planta Sensor
de recuperação de erros.

FENG – ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO


Introduzindo a Recuperação de Erro

§ Uma vez detectado um erro ou um estado lógico anormal, durante os


testes de plataforma ou de campo ou na operação real, a primeira
providência é caracterizá-lo integralmente em termos do histórico recente
das variáveis do sistema para poder representar aquele estado lógico
por uma posição no projeto conceitual e seus pré-sets.

§ É a partir dessa nova posição que será projetado o processo de


recondução a um dos estados normais; ele será modelado por uma sub-
rede do projeto conceitual dita recuperadora (error recovery).
Recomenda-se acrescentá-la evitando inserir possibilidades de
introdução de novas falhas no sistema.

FENG – ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO


Introduzindo a Recuperação de Erro

§ Existem basicamente três métodos para a recuperação de Erro:


§ Método do condicionamento de Entrada: O projeto conceitual
pode fazer com que , conforme seja mais adequado, a peça seja
sucateada, processada à parte ou recolocada novamente no
processo. Terminada execução de recuperação do erro, o processo
de produção deve ser retomado.
§ Método do Caminho Alternativo: Em certas situações, o erro
detectado pode ser sanado evitando-se a peça passe para outra
unidade de produção.
§ Método de Recuperação para Trás: É utilizado quando a mera
repetição do processo normal, isto é, a peça retorna à unidade de
produção anterior para retrabalho.

FENG – ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO


Diagnóstico Pós-Falha
§ Introdução
§ O erro pode decorrer de causas muito diferentes, dentre elas a falha
ou quebra de componente do sistema. Independentemente de haver
ou não recuperação do erro, se o responsável pelo erro foi a falha
de um componente é importante identificá-lo.

§ Entende-se por diagnóstico pós-falha o processo que deve entrar


em ação a fim de identificar o componente falho. (Verificar função ADR – Auto
Device-Replace na Rede DeviceNet ou ADC na Rede Ethernet/IP)

§ Sua meta é aumentar a rapidez e a segurança na detecção do


componente responsável, tarefa difícil nos sistemas industriais
de hoje em função da sua complexidade usual.

§ O objetivo é reduzir o MTTR, e isto implica em maior disponibilidade


e %OEE.
FENG – ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO
Diagnóstico Pós-Falha

§ Com o aumento da complexidade dos processos industriais e de seus


serviços a importância dos sistemas de diagnóstico vem crescendo
rapidamente.

§ A complexidade não apenas gera maior probabilidades de defeitos em


componentes como também aumenta a informação de que os técnicos
necessitam em suas intervenções de manutenção.

§ Maior complexidade usualmente está associada a um maior custo de


parada, o que exige maior velocidade da informação técnica para a
manutenção.

FENG – ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO


Diagnóstico Pós-Falha

§ Definições:
§ Projeto: qualquer arranjo de meios que atinja um resultado desejado por
razões estabelecidas.
§ Equipamento/Sistema Físico: qualquer realização física de um projeto.
§ Defeito (fault): qualquer discrepância entre o desempenho real de um
sistema e seu projeto.
§ Falha (failure/break): paralisação operacional de componente ou sistema.
§ Sintoma: qualquer observação do desempenho real que seja inconsistente
com o desempenho do projeto.
§ Diagnóstico: determinação do defeito ou da falha responsável pelo
sintoma.
§ Diagnóstico Passivo: diagnóstico apenas a partir dos sinais de operação.
§ Diagnóstico Ativo: com a cooperação de técnicos em experimentos.

FENG – ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO


Diagnóstico Pós-Falha

§ Um diagnóstico é sempre um processo de dedução lógica.

§ Quanto estabelecido exclusivamente a partir de descrições precisas e lógicas


do projeto e das descrições do sistemas, tem-se o diagnóstico por modelos
lógicos.

§ Quando montado a partir de prescrições heurísticas (investigativas) ou práticas,


oriundas de especialistas, tem-se o diagnóstico por sistema especialista. É o
tipo de diagnóstico automático mais eficiente e adequado às atividades
industriais. É fácil aceitar que a seleção e a redução do número dos suspeitos
causadores de uma falha, em um sistema complexo, dependam em alto grau de
regras práticas, não exatas, não únicas e muitas vezes só percebidas. É vital
servir-se de computador e da arquitetura dos sistemas especialistas.

FENG – ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO


Perguntas?

FENG – ENGENHARIA DE CONTROLE E AUTOMAÇÃO

You might also like