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UNIVERSIDADE TIRADENTES

FACULDADE DE DIREITO

Daniela do Espírito Santo Souza.

Filosofia Hegeliana

Aracaju/SE
2015
Medida de Eficiência

Filosofia Hegeliana.

A filosofia hegeliana foi desenvolvida por Friedrich Hegel. Ele era um


filósofo alemão apaixonado pelas obras de Kant, Spinoza e Rousseau, bem
como pela Revolução Francesa. Contudo, Hegel critica o Kant, pois este acabou
desviando do foco primordial da filosofia que é busca pela verdade. O Sócrates
há dois mil anos atrás dizia que era preciso amar buscar a verdade.

Na visão de Kant há uma separação entre sujeito e objeto. Desta forma,


o objeto seria a coisa em si, cabendo a filosofia estudar o quanto o sujeito pode
conhecer o objeto. Já Hegel se opõe à filosofia kantiana, haja vista que para ele
a constituição do objeto só é feita pelo que o sujeito descreve. Então, o
conhecimento na filosofia hegeliana é fruto desse relacionamento contraditório
entre o sujeito e objeto. Sendo assim, um dos princípios da dialética é o
contraditório.

Ademais, Hegel também é conhecido por ter influenciado


significadamente os estudos de Karl Marx, e por ter sido um dos maiores
expoentes do idealismo alemão. O Karl Marx inverte a lógica hegeliana em que
a consciência dá sentido as coisas, pois para o Marx são as condições de
trabalho, as condições materiais que definem a consciência humana.

A filosofia hegeliana foi incentivada pela busca da restauração da imagem


da Grécia Antiga com o escopo de buscar a liberdade. Essa liberdade
representava uma vida plena ou o retorno à mocidade que foi desvairada pelo
ocidente. Isso significava também um ideal de harmonia e identidade em
diversas circunstâncias, sem disparidade. Todavia, Hegel acabou por abandonar
esse ideal, tendo reconhecido a abastança, a particularidade do presente
histórico e a fragilidade da liberdade antiga. Não obstante, o objetivo central que
era a procura da liberdade ou da vida plena continuou norteando sua filosofia.

No entendimento de Hegel, todo saber estaria fora do ser, sendo a própria


consciência responsável pelo conhecimento. Hegel entende que para que não
houvesse alienação, seria necessário empenho da consciência. Esse
procedimento por qual a consciência consegue identificar o saber com o ser é
referido por Hegel na Fenomenologia do Espírito. Nesta obra, Hegel busca
entender como a consciência se forma através de alguns estágios que vão se
aprofundando.

Consoante a filosofia hegeliana, uma das formas de buscar a verdade era


a observação da consciência humana, a qual era denominada de de Espírito. A
Consciência seria aquilo que a gente vai adquirindo no cotidiano em contato com
os objetos, com a natureza, com os símbolos, etc. Entrementes, Hegel afirma,
ainda, que não basta a aquisição de experiência é necessário também refletir
sobre elas para que possa aprofundar nos estágios na consciência e obter mais
conhecimento. Na obra Fenomenologia do Espírito, Hegel busca entender como
a consciência se forma e como esses estágios vão se aprofundando.

1ºestágio  Consciência sensível, o conhecimento surge através das


experiências e interpretação.

2º estágio  O indivíduo aprofunda um pouco os pensamento e percebe


que a consciência dele dá sentido a tudo ao redor. Desse modo, ao perceber
que nada tem valor por si só, a pessoa pode entrar em melancolia.

3º Estágio  Espírito absoluto – aquisição de uma consciência tão


profunda que o indivíduo utiliza o poder consciente que possui para ser uma
força de mudança sobre o mundo . A realidade está em constante transformação
de difícil percepção e seria, portanto, um atributo do espírito absoluto.

Esse espírito absoluto possui 3 manifestações:

a) O ser em si – Enquanto espírito propriamente dito.(ideia)


b) O ser do outro – Trajetória que se produz a partir da Negação
de si mesmo para que haja a criação de outro espírito, ou seja, reflete a
sua negação. (Natureza)
c) Retorno a si – Reconciliação do espírito por si mesmo.
(Espírito)
Para Hegel não haveria movimento histórico se não fosse
negativo, é ela responsável por um avanço no patamar da histórica,
acontecendo em outros aspectos, no avanço da ciência, da arte,
etc. Portanto, o trabalho do negativo, confere a negação e negativo
um papel muito relevante na concepção da realidade.

A dialética é concebida em Hegel como um movimento de


engendramento da realidade através do negativo ou da negação.
As oposições que acabam encontrando uma conciliação ao final
desse percurso no absoluto.
A finalidade desse movimento dialético consiste na
reconciliação final das oposições que são constitutivas da
realidade.

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