You are on page 1of 28

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

INSTITUTO DE QUÍMICA

APOSTILA DE QUÍMICA ORGÂNICA EXPERIMENTAL II – QO-620 – QUÍMICA

1º SEMESTRE DE 2009

Prof. Dr. - Paulo Miranda (coordenador)


Prof. Dr. - Raquel Marques Braga (1º bimestre)
Prof. Dr. - Cláudio Francisco Tormena (2º bimestre)

PED B - Euzébio Guimarães Barbora


PED C - Alane Azevedo Pinto
PED C - Helen Graci Coelho de Menezes

Dias Horários Local


Sábados 9h00min às 10h00min LQ-01 ou LQ-07
Sábados 10h00min às 12h00min LQ-07
Sábados 14h00min às 17h00min LQ-07

MMIX
PRIMEIRA PARTE

1. Considerações iniciais. 3
2. Aulas. 4
3. Caderno de laboratório. 4
4. Entrega de amostras. 5
5. Relatório. 5
6. Avaliação. 7
7. Segurança no laboratório. 8
8. Normas e procedimentos no laboratório. 8
9. Material de vidro de cada grupo. 9
10. Material que cada grupo deve providenciar. 10
11. Bibliografia recomendada para o acompanhamento do curso. 10
12. Calendário. 12

SEGUNDA PARTE

13. Ensaios preeliminares na classificação dos compostos orgânicos. 14


14. Aplicação de testes para grupos funcionais específicos. 17
15. Preparação de derivados. 22
16. Descrição de alguns ensaios escolhidos 22

2
PRIMEIRA PARTE

1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A QO-620 (Química Orgânica Experimental II para o Bacharelado e a Licenciatura


em Química) é uma das disciplinas fundamentais para a formação de um profissional em
Química. Representa um dos primeiros contatos do corpo discente com técnicas de
síntese orgânica multipasso, e com a determinação de estruturas orgânicas por ensaios
de gota (via úmida). Esta disciplina oferece condições para o aluno aprimorar e ampliar
seus conhecimentos na preparação, isolamento e caracterização de moléculas orgânicas
correlacionando estruturas, propriedades, reatividades relativas e transformações de
grupos funcionais das substâncias em estudo. Desta maneira o aluno tem uma visão de
alguns processos passíveis de aplicação em indústrias e laboratórios de pesquisa.
A síntese orgânica multipasso é um tópico fundamental dentro da química
orgânica, já que permite a construção de moléculas com diversos níveis de
complexidade. Além de racionalizar uma sequência lógica de etapas experimentais
visando obter os melhores rendimentos possíveis, compreendendo aspectos da
reatividade das moléculas e da seletividade dos processos empregados, precisa-se
também ter atenção ao grau de pureza e à escala da reação. Através da síntese orgânica
nossa sociedade conseguiu acesso a substâncias que melhoraram a nossa qualidade de
vida, como por exemplo, fármacos e defensívos agrícolas cada vez mais seletivos, novos
materias com propriedades otimizadas, e aditivos para a redução do consumo e de
emissões de combustíveis. Nesta disciplina serão estudados alguns casos com a
finalidade de apresentar ao corpo discente a visão ampla que um químico orgânico
sintético tem que possuir para lidar com sistemas reais na produção em grande escala.
O desenvolvimento de ensaios de gota na análise de compostos orgânicos deve-
se em grande parte ao trabalho de Fritz Fiegl realizado na primeira metade do século
passado, aqui mesmo no Brasil. A metodologia tradicional para a identificação
sistemática de compostos orgânicos foi reduzida significativamente com o advento das
modernas técnicas espectroscópicas de análise. Todavia, o desenvolvimento de novas
técnicas de análise por ensaios de gota, cada vez mais seletivas e sensíveis, encontra
cada vez mais aplicação por serem passíveis de serem econômicas, simples e poderem
ser produzidas em larga escala e de forma padronizada para a construção de “kits” de
identificação. Como exemplos desta tendência podemos citar os cada vez mais comuns
“kits” para determinação de glicose no sangue, o de detecção de vestígios de sangue nas
“cenas de crime” pelos peritos, o de embriagez, e o de detecção de hormônios na urina
para o controle de dopagem de esportistas e de gravidez.

3
2. AULAS

a) Aulas teóricas:
Quando necessárias, as aulas teóricas serão ministradas nos sábados às
9h00min, na sala LQ-01. Nesse período serão discutidos aspectos teóricos e
experimentais importantes do experimento a ser realizado, e dadas instruções que não
constam da bibliografia, além de serem ministradas algumas aulas sobre temas
relevantes para a disciplina.

b) Aulas de laboratório e testes:

Em cada aula será realizado um teste escrito de aproximadamente 20 minutos


baseado nas aulas teóricas anteriores, no material bibliográfico e no experimento da
semana. Haverá uma tolerância de 15 minutos para atrasos tanto nas aulas teóricas,
experimentais, testes ou provas. Após este período não será mais permitida a entrada do
aluno. O relatório do experimento anterior deverá ser entregue antes do início das
atividades de laboratório.

3. CADERNO DE LABORATÓRIO

Cada aluno deverá ter um Caderno de Laboratório exclusivo para a disciplina.


Neste caderno deverão constar todas as informações necessárias para a execução e
compreensão do experimento a ser realizado. A sequência de atividades experimentais a
serem desenvolvidas na aula deverá estar registrada no Caderno de Laboratório, a saber:

1. Título do experimento e data.


2. Procedimento e desenho da aparelhagem (quando pertinente).
3. Tabelas contendo as propriedades físicas e químicas dos principais reagentes e
produtos (pontos de ebulição e fusão, densidade, toxicidade, etc).
4. As reações a serem executadas.
5. A descrição da estequiometria e do rendimento teórico (quando pertinente).
6. Fluxograma descrevendo as sequências das operações a serem executadas.
7. Observações e comentários.
8. Bibliografia.

O caderno de laboratório é individual e é uma exigência do curso. A ele será


atribruído 20% da nota do laboratório (NL, ver item 6) do aluno. Não será permitido a
realização do experimento sem o carderno com a descrição do experimento
correlacionado.

4
4. ENTREGA DAS AMOSTRAS

Todo produto obtido deverá ser colocado em frascos e rotulado. O rótulo deverá
especificar:

1. O nome da substância;
2. RA e nomes dos componentes do grupo;
3. Massa e propriedades físicas e químicas (pontos de ebulição e fusão, densidade,
toxicidade, etc).

5. RELATÓRIO

Após a realização de cada série de experimentos cada aluno, ou equipe de alunos


dependendo do caso, elaborará um Relatório no qual deverá constar obrigatoriamente, e
na seqüência indicada abaixo, os seguintes itens:

1. Título do experimento.
2. Nomes dos autores e RA.
3. Resumo (máximo 10 linhas).
4. Introdução.
5. Parte experimental: procedimento sucinto, quantidades em gramas, mililitros e
número de móis, rendimento, constantes físicas-ponto de fusão, faixa de destilação, etc.
6. Resultados e discussão.
7. Conclusão.
8. Bibliografia.
9. Anexos (quando pertinente).

Sumário - Descrição suscinta dos resultados obtidos, com a finalidade de dar a idéia
global do que foi feito sem a necessidade da leitura de todo o relatório. (Valor: 1,5 ponto).
Parte Experimental - Descrição precisa dos procedimentos utilizados, informando
todos os dados importantes como quantidades de reagentes e solventes, tempo e
temperatura das reações, métodos de extração, purificação e identificação dos produtos
obtidos, propriedades químicas e propriedades físicas utilizando o Sistema Internacional
de Unidades. (Valor: 3,0 pontos).
Resultados e discussão - Descrição detalhada dos resultados obtidos e da
sequência de eventos realizadas em função de cada resultado anterior. (Valor: 5,0 pontos).
Bibliografia - Lista de livros ou obras de referência e artigos de revistas utilizados
na confecção do relatório. Esta deve ser apresentada de acordo com as normas
internacionais ou da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) (Valor: 0,5 ponto).

5
Anexos - Tabelas, figuras e esquemas considerados importantes para o
esclarecimento da discussão, devidamente numerados e com legendas explicativas.

RELATÓRIOS DE ANÁLISE ORGÂNICA (PRIMEIRA PARTE):

RELATÓRIOS DOS TESTES COM PADRÕES

Esta etapa da disciplina apresentará ao aluno os ensaios mais comuns


empregados na caracterização de substâncias orgânicas pela via úmida. O aluno deverá
realizá-los com padrões, positivos e negativos, para se habituar com a técnica e com
possíveis problemas que possam surgir. Esta etapa tem como objetivo preparar o aluno
para os desafios maiores com os quais será defrontado na análise de substâncias
desconhecidas. Este relatório deverá seguir o padrão descrito acima, será individual, e
terá como data limite de sua entrega o dia 04 de abril de 2009.

RELATÓRIOS DAS ANÁLISES DAS AMOSTRAS DESCONHECIDAS

Nesta etapa o aluno aplicará os conhecimentos adquiridos anteriormente na


análise de substâncias orgânicas desconhecidas. O aluno deve estar atento à aplicação
da técnica e ao direcionamento de seu raciocínio analítico para não excluir possibilidades
da presença de grupos funcionais antes do tempo, ou se equivocar com “falsos positivos”
ou “falsos negativos”. O aluno deverá preparar um ou dois derivados sólidos conhecidos,
se possível, de cada substância para confirmar as suas hipóteses. Este relatório deverá
seguir o padrão descrito acima, será individual, e terá como data limite de sua entrega o
dia 09 de maio de 2009.

RELATÓRIOS DOS PROJETOS DE SÍNTESE (SEGUNDA PARTE)

Nesta etapa os alunos se agruparão para a execução de dois projetos de síntese


contendo várias etapas a serem propostos pelos professores. Será necessária a
confecção de um relatório para cada projeto, e estes relatórios deverão seguir o padrão
descrito acima e serão feitos pela equipe. O primeiro relatório deverá ser entregue no dia
30 de maio de 2009 e o segundo no dia 04 de julho de 2009.

6
6. AVALIAÇÃO

Na avaliação do desempenho do aluno na disciplina QO-620 serão considerados


as notas dos relatórios, caderno, testes e provas.

Datas das PROVAS e EXAMES:


1a PROVA: 09/05/2009.
2a PROVA: 04/07/2009.
EXAME: 18/07/2009.
OBS: Para maiores detalhes ver o item número 12.

Avaliação:
Média de Relatórios: MR
Média do Caderno: MC
Nota do Laboratório: NL
Média dos Testes: MT
Média das Avaliações: MA
Média Geral: MG
Média Final: MF

NL =
[(M R × 4) + (M C × 1)]
1o) A nota do laboratório será dada pela relação:
5

MG =
[(N L × 1) + (M T × 1) + (M A × 2)]
2o) E a média geral será dada pela relação:
4

Se M G ≥ 5,0 e N L ≥ 5,0 → Aprovado e M F = M G


Entretanto, se M G < 5,0 ou N L ≥ 5,0 → Exame

3o) Ou seja, se N L < 5,0 → Exame, mesmo que M G ≥ 5,0

4o) Se M G ou N L < 5,0 → Realiza-se o Exame final (Exame), e a média final será dada por:

MF =
(M G + Exame )
2

M F ≥ 5,0 → Aprovado
M F < 5,0 → Reprovado

7
7. SEGURANÇA NO LABORATÓRIO

O aluno deve ler com atenção as referências bibliográficas relacionadas abaixo e


consultá-las sempre que for necessário. A segurança do aluno e de seus colegas
depende de sua conduta no transcorrer das aulas de laboratório. Portanto, as instruções
e recomendações sobre o procedimento no laboratório devem ser seguidas
rigorosamente.

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA SOBRE SEGURANÇA NO LABORATÓRIO:

1. Pavia, D. L., Lampman, G. M., Kriz, G. S. e Engel, R. G., "Introduction to Organic


Laboratory Techniques: A Microscale Approach", Saunders College Publishing,
1a edição, 5a impressão, Orlando, 1990. Páginas 4 a 12.
2. National Research Council, “Prudent Practices in the Laboratory: Handling and
Disposal of Chemicals”, National Academy of Science, 1a edição, 3a impressão,
Washington, D.C., 2000.
3. Muir, G. D., "Hazards in the Chemical Laboratory", The Royal Chemical Society,
2a edição, Londres, 1977.
4. Baccan, N. e Barata, L. E. S., “Manual de segurança para o Laboratório Químico”,
IQ-UNICAMP, 1982.

8. NORMAS DE PROCEDIMENTO NO LABORATÓRIO

a. Observar as normas e procedimentos de segurança;


b. Uso obrigatório de avental;
c. Usar óculos de segurança;
d. Guardar o material de vidro limpo;
e. Usar luvas de boracha durante a lavagem de material;
f. Utilizar sabão ou detergente na lavagem de material e, se for necessário, enxaguar
com etanol;
g. Secar em estufa apenas o material de vidro necessário;
h. Identificar sempre o material que for colocado em estufa;
i. O material específico recebido para determinado experimento deve ser devolvido
limpo e em condições de uso;
j. Não deixar material sobre a bancada após o término da aula;
k. Não deixar seus pertences (livros, bolsas, casacos, etc.) sobre a bancada. Bolsas,
casacos etc. deverão ser guardados nos armários localizados na entrada do
laboratório;

8
l. Não fumar, beber ou comer no laboratório;
m. Não deixar o experimento em execução desacompanhado;
n. Providenciar a limpeza do piso ou do balcão no caso de queda de material (chamar o
técnico, se for necessário);
o. Em caso de acidente avisar imediatamente os professores ou técnicos;
p. Todos os resíduos de reação deverão ser colocados em frascos apropriados.
O descarte de resíduos deve ser feito nos frascos destinados a essa finalidade e
nunca na pia. Observar que há distinção entre substâncias cloradas e não cloradas e
outros resíduos de reação;
q. Usar balança analítica somente quando for estritamente necessário. Existem balanças
semi-analíticas à disposição;
r. Manter o local de trabalho limpo e organizado;
s. Comportar-se convenientemente no laboratório;
t. Não falar no telefone celular dentro do laboratório;
u. Sob hipótese alguma sentar-se sobre as bancadas;
v. Usar preferencialmente roupas de algodão. Nunca vestir material sintético. Não serão
permitidos bermudas, saias, ou qualquer outra vestimenta que não proteja
corretamente o corpo;
w. É obrigatório o uso de crachá no laboratório;
x. Utilizar sapatos fechados e, no caso de cabelo comprido, este deverá estar preso;
y. A nota final somente será fornecida após o acerto dos armários. Caso contrário o
aluno realizará o exame;
z. A equipe que causar qualquer incidente o no laboratório por falta de cuidado ou
negligência durante a execução do experimento terá nota zero em todas as atividades
da semana, ou seja, nas notas de caderno e do teste.

9. MATERIAL DO VIDRO DE CADA GRUPO

Na primeira aula de laboratório cada grupo receberá um conjunto de materiais de


vidro para a execução dos experimentos. O material deverá ser conferido com a listagem
fornecida e lavado. Esse conjunto de materiais deverá ser devolvido integralmente no
final do semestre, de acordo com as normas estipuladas pelo CONSELHO
INTERDEPARTAMENTAL DO INSTITUTO DE QUIMICA. A nota final da equipe somente será
fornecida após o acerto do seu armário. Caso contrário os alunos realizarão o exame.

9
10. MATERIAL QUE CADA GRUPO DEVE PROVIDENCIAR

a. Um cadeado com duas chaves para o armário (um por grupo).


b. Um cadeado para cada aluno (armários na entrada do laboratório para os
pertences individuais).
c. Espátula metálica e pinça.
d. Luvas de boracha.
e. Toalha.
f. Caneta para escrever em vidro.
g. Avental (uso individual).

OBS: Os armários na entrada do laboratório são para guardar bolsas, roupas e livros.
Estes armários devem ser desocupados no final da aula.

11. BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA PARA ACOMPANHAMENTO DO CURSO

LIVROS TEXTO:

1. Pavia, D. L.; Lampman, G. M.; Kriz, G. S. e Engel, R. G. "Introduction to Organic


Laboratory Techniques: A Microscale Approach", Saunders College Publishing,
1a edição, 5a impressão, Orlando, 1990. Parte 3, páginas 447 a 511.
2. Pavia, D. L.; Lampman, G. M.; Kriz, G. S. e Engel, R. G. "Introduction to Organic
Laboratory Techniques: A Microscale Approach", Saunders College Publishing,
3a edição, 1a impressão, Orlando, 1999. Parte 5, páginas 427 a 468.
3. Shriner, R. L.; Hermann, C. K. F.; Morrill, T. C.; Curtin, D. Y. e Fuson, R. C. “The
Systematic Identification of Organic Compounds”, John Wiley & Sons Inc.,
8a edição, New Jersey, 2004.
4. Feigl, F. e Anger, V. “Pruebas a la Gota em Analisis Orgánico”, Editorial El Manual
Moderno S. A., 7a edição, México D. F., 1978.
5. Vogel, A. I. “Elementary Practical Organic Chemistry. Part 2: Qualitative Organic
Analysis”, Longman, 2a edição, Londres, 1966.
6. Vogel, A. I. “Textbook of Practical Organic Chemistry”, Longman, 4a edição,
3a impressão, Londres, 1981.

10
BIBLIOGRAFIA SUPLEMENTAR:

1. Lide, D. R. “Handbook of Chemistry and Physics", C. R. C. Press, 84a edição, Boca


Raton, 2004.
2. Clayden, J; Greeves, N.; Warren, S. e Wothers, P. “Organic chemistry”, 1a edição,
Oxford University Press, Florença, 2001.
3. McMurry, J. “Organic chemistry”, 5a edição, Brooks & Cole, Pacific Groove, 2000.

BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA SOBRE SEGURANÇA NO LABORATÓRIO:

1. Pavia, D. L., Lampman, G. M., Kriz, G. S. e Engel, R. G., "Introduction to Organic


Laboratory Techniques: A Microscale Approach", Saunders College Publishing,
1a edição, 5a impressão, Orlando, 1990. Páginas 4 a 12.
2. National Research Council, “Prudent Practices in the Laboratory: Handling and
Disposal of Chemicals”, National Academy of Science, 1a edição, 3a impressão,
Washington, D.C., 2000.
3. Muir, G. D., "Hazards in the Chemical Laboratory", The Royal Chemical Society,
2a edição, Londres, 1977.
4. Baccan, N. e Barata, L. E. S., “Manual de segurança para o Laboratório Químico”,
IQ-UNICAMP, 1982.

11
12. CALENDÁRIO – QO-620 - 1º SEMESTRE DE 2009

DIA HORA LOCAL ASSUNTO

07/03 9h00min às 10h00min LQ-01 Apresentação do curso – Aula teórica


07/03 10h00min às 12h00min LQ-01 Apresentação do curso – Aula teórica
07/03 12h00min às 17h00min LQ-07 Apresentação do curso – Entrega das amostras
14/03 9h00min às 10h00min LQ-01 Primeiro teste
14/03 10h00min às 12h00min LQ-07 Teste com padrões (Aula 1)
14/03 12h00min às 17h00min LQ-07 Teste com padrões (Aula 1)
21/03 9h00min às 10h00min LQ-01 Segundo teste
21/03 10h00min às 12h00min LQ-07 Teste com padrões (Aula 2)
21/03 12h00min às 17h00min LQ-07 Teste com padrões (Aula 2)
28/03 9h00min às 10h00min LQ-01 Terceiro teste
28/03 10h00min às 12h00min LQ-07 Teste com padrões (Aula 3)
28/03 12h00min às 17h00min LQ-07 Teste com padrões (Aula 3)
04/04 9h00min às 10h00min LQ-01 Quarto teste – Entrega do 1º relatório
04/04 10h00min às 12h00min LQ-07 Amostras desconhecidas (Aula 1)
04/04 12h00min às 17h00min LQ-07 Amostras desconhecidas (Aula 1)
11/04 9h00min às 10h00min LQ-01 Não haverá atividades
11/04 10h00min às 12h00min LQ-07 Não haverá atividades
11/04 12h00min às 17h00min LQ-07 Não haverá atividades
18/04 9h00min às 10h00min LQ-01 Quinto teste
18/04 10h00min às 12h00min LQ-07 Amostras desconhecidas (Aula 2)
18/04 12h00min às 17h00min LQ-07 Amostras desconhecidas (Aula 2)
25/04 9h00min às 10h00min LQ-01 Sexto teste
25/04 10h00min às 12h00min LQ-07 Amostras desconhecidas (Aula 3)
25/04 12h00min às 17h00min LQ-07 Amostras desconhecidas (Aula 3)
02/05 9h00min às 10h00min LQ-01 Não haverá atividades
02/05 10h00min às 12h00min LQ-07 Não haverá atividades
02/05 12h00min às 17h00min LQ-07 Não haverá atividades
09/05 9h00min às 10h00min LQ-01 Primeira avaliação – Entrega do 2º relatório
09/05 10h00min às 12h00min LQ-07 Primeiro projeto (Aula 1)
09/05 12h00min às 17h00min LQ-07 Primeiro projeto (Aula 1)

12
16/05 9h00min às 10h00min LQ-01 Sétimo teste
16/05 10h00min às 12h00min LQ-07 Primeiro projeto (Aula 2)
16/05 12h00min às 17h00min LQ-07 Primeiro projeto (Aula 2)
23/05 9h00min às 10h00min LQ-01 Oitavo teste
23/05 10h00min às 12h00min LQ-07 Primeiro projeto (Aula 3)
23/05 12h00min às 17h00min LQ-07 Primeiro projeto (Aula 3)
30/05 9h00min às 10h00min LQ-01 Nono teste – Entrega do 3º relatório
30/05 10h00min às 12h00min LQ-07 Segundo projeto (Aula 1)
30/05 12h00min às 17h00min LQ-07 Segundo projeto (Aula 1)
06/06 9h00min às 10h00min LQ-01 Décimo teste
06/06 10h00min às 12h00min LQ-07 Segundo projeto (Aula 2)
06/06 12h00min às 17h00min LQ-07 Segundo projeto (Aula 2)
13/06 9h00min às 10h00min LQ-01 Não haverá atividades
13/06 10h00min às 12h00min LQ-07 Não haverá atividades
13/06 12h00min às 17h00min LQ-07 Não haverá atividades
20/06 9h00min às 10h00min LQ-01 Décimo primeiro teste
20/06 10h00min às 12h00min LQ-07 Segundo projeto (Aula 3)
20/06 12h00min às 17h00min LQ-07 Segundo projeto (Aula 3)
27/06 9h00min às 10h00min LQ-01 Décimo segundo teste
27/06 10h00min às 12h00min LQ-07 Segundo projeto (Aula 4)
27/06 12h00min às 17h00min LQ-07 Segundo projeto (Aula 4)
04/07 9h00min às 10h00min LQ-01 Segunda avaliação – Entrega do 4º relatório
04/07 10h00min às 12h00min LQ-07 Segunda avaliação – Acerto dos armários
04/07 12h00min às 17h00min LQ-07 Segunda avaliação – Acerto dos armários
11/07 9h00min às 10h00min LQ-01 Não haverá atividades
11/07 10h00min às 12h00min LQ-07 Não haverá atividades
11/07 12h00min às 17h00min LQ-07 Não haverá atividades
18/07 9h00min às 10h00min LQ-01 Exame final
18/07 10h00min às 12h00min LQ-07 Exame final
18/07 12h00min às 17h00min LQ-07 Exame final

13
SEGUNDA PARTE

13. ENSAIOS PREELIMINARES NA CLASSIFICAÇÃO DOS COMPOSTOS ORGÂNICOS.

13.1 Determinação das constantes físicas e a avaliação da pureza do composto.

No caso de um sólido, o ponto de fusão é de fundamental importância. Se este


estiver em uma faixa estreita, entre 1 e 2 °C, e se um processo de purificação como a
recristalização não o alterar, o composto pode ser considerado como puro. Já no caso de
um líquido, deve-se determinar primeiramente o seu ponto de ebulição. Se a maior parte
do material destilar em uma faixa razoavelmente curta, algo em torno de 1 a 5 °C,
consideramos que a amostra se encontra com um grau de pureza aceitável.
A análise do perfil da eluição da amostra na superfície de uma placa de
cromatografia em camada delgada com diferentes eluentes também fornece dados sobre
a pureza da amostra, sendo uma condição sine qua non para o estabelecimento do
critério de pureza. Outras constantes físicas como o índice de refração e a densidade
podem vir a ser úteis para a identificação de compostos desconhecidos, principalmente
no caso de líquidos.

13.2 Análise qualitativa para heteroátomos.

O procedimento que engloba os testes analíticos para elementos como o


nitrogênio, halogênios, enxofre, ou mesmo para o fósforo se for necessário, após a
mineralização da amostra pela fusão alcalina é conhecido como ensaio de Lassaigne.
Este procedimento envolve o tratamento da amostra com sódio fundido, a diluição do
produto formado em água, e o ensaio para cada elemento, sozinho ou na presença de
outro heteroátomo. A marcha analítica empregada em seguida fornece evidências sobre
a presença ou não dos elementos descritos acima na amostra.
O ensaio de chama, conhecido por ensaio de Baeyer, que envolve a observação
da queima da substância também fornece indícios relevantes sobre a natureza da
amostra. Se a amostra se queimar com grande evolução de fuligem tem-se um indício da
presença de ligações carbono-carbono duplas na molécula. De forma contrária, se a
queima do material se processar sem a evolução significativa de fuligem, tem-se um
indício da ausência de ligações carbono-carbono duplas na molécula.

14
13.3 Estudo do comportamento de solubilidade do composto.

O estudo da solubilidade da substância em um número limitado de solventes


orgânicos e/ou reativos, quando aplicado de forma lógica, fornece informações valiosas a
respeito da presença de determinados grupos funcionais e do tamanho da molécula em
estudo, classificando-a em um dos grupos descritos na tabela 1. Emprega-se,
usualmente, para este fim o éter etílico, a água e soluções aquosas de bicarbonato de
sódio, hidróxido de sódio e ácido clorídrico, além do ácido sulfúrico concentrado na
sequência descrita na figura 1.

Tabela 1: Grupos de solubilidades das substâncias orgânicas.

SA Ácidos fortes Ácidos carboxílicos monofuncionais com até cinco átomos de


solúveis em água carbono, ácidos arilsulfônicos, etc.

SB Bases solúveis em Aminas monofuncionais com até seis átomos de carbono.


água

S1 Compostos polares Alcoóis, aldeídos, cetonas, ésteres, nitrilas ou amidas


neutros monofuncionais com até cinco átomos de carbono.

S2 Compostos iônicos Sais de ácidos orgânicos ( RCO2− Na + , RSO3− Na + ), hidrocloretos


ou polifuncionais
de aminas ( RNH3+ Cl− ) e compostos polifuncionais com grupos
polares (aminoácidos, hidróxiácidos, etc.).

A1 Ácidos fortes Ácidos carboxílicos com seis ou mais carbonos, fenóis com
insolúveis em água grupos retiradores de elétrons nas posições orto e/ou para,
alguns compostos 1,3-dicarbonilados, etc.

A2 Ácidos fracos Fenóis, enóis, oximas, imidas, sulfonamidas, tiofenóis,


1,3-dicarbonilados e compostos nitro com hidrogênios α, todos
com cinco ou mais átomos de carbono.

B Bases insolúveis Aminas alifáticas com oito ou mais átomos de carbono, anilinas
em água com apenas um anel aromático ligado no nitrogênio, alguns
éteres, etc.

N Compostos Alcoóis, aldeídos, cetonas, ésteres, nitrilas ou amidas


neutros monofuncionais contendo entre seis e dez átomos de carbono.
Éteres, epóxidos, alquenos, alquinos e alguns compostos
aromáticos, especialmente os que contém grupos doadores de
elétrons. Compostos neutros variados contendo nitrogênio ou
enxofre contendo cinco ou mais átomos de carbono.

I Composto Hidrocarbonetos saturados, haloalcanos, haletos de arila,


insolúveis éteres diarílicos, compostos aromáticos com grupos retiradores
de elétrons, etc.

15
Figura 1: Fluxograma dos ensaios para a classificação das substâncias orgânicas em função da solubilidade.

16
14. APLICAÇÃO DE TESTES PARA GRUPOS FUNCIONAIS ESPECÍFICOS.

Com as evidências acumuladas até o momento é possível criar suspeitas sobre a


presença ou a ausência de determinados grupos funcionas. Com a intenção de reduzir
ainda mais o universo de possibilidades realizam-se alguns ensaios específicos para
determinados grupos funcionais que poderiam estar presentes na molécula. Existe um
grande números de ensaios específicos, sendo que a maior parte destes está muito bem
descrita na literatura apresentada nesta disciplina. Destacam-se aqui especialmente os
livros do Pavia, do Shriner, do Vogel, e do Fiegl. É importante ter em mente que é preciso
escolher de modo lógico o(s) teste(s) que será(ão) empregado(s) e evitar a execução de
testes desnecessários a fim de se evitar a perda de tempo e a possibilidade de
aparecimento de “falsos positivos” como resultado. Também é preciso enfatizar que a
escolha dos testes a serem feitos e a interpretação correta dos resultados obtidos exige
um conhecimento razoável de química orgânica. Os resultados obtidos em um passo
precisam ser anotados, comparados com os demais resultados obtidos até o momento, e
avaliados quanto a coerência desta resposta. Atenção especial é necessária às
limitações de cada ensaio e o possível efeito de um grupo funcional na resposta do
ensaio para um outro grupo funcional, principalmente no caso de substâncias
polifuncionais. Nas tabelas 2 e 3 encontram-se listados 50 dos testes mais comuns para
grupos funcionais orgânicos em ordem alfabética dos grupos funcionais (tabela 2) e do
nome dos testes (tabela 3).

Tabela 2: Testes para confirmação de grupo funcional


listados por ordem alfabética do grupo funcional.

Funções orgânicas Testes para confirmação do grupo funcional


Formação de anilidas
Formação de ésteres
Ácidos carboxílicos
Reação com bicarbonato de sódio
Reação com nitrato de prata etanólico
Formação de ácido hidroxâmico
Ácidos sulfônicos
Reação com bicarbonato de sódio
Alcanos Formação de clatratos com a uréia ou tiouréia (hidrocarbonetos não ramificados)
Formação de complexos com o iodo
Oxidação com permanganato de potássio
Alcenos
Reação com água de bromo
Reação com bromo
Detecção de hidrogênio ativo pela reação com sódio metálico (alcinos terminais)
Alcinos Oxidação com permanganato de potássio
Reação com bromo
Detecção de hidrogênio ativo pela reação com cloreto de acetila
Detecção de hidrogênio ativo pela reação com sódio metálico
Álcoois Formação do iodofórmio (etanol ou álcoois secundários com metila ligada ao carbono
carbinólico)
Oxidação com ácido periódico (dióis)

17
Oxidação com nitrato de cério amoniacal
Oxidação de Jones
Álcoois (cont.) Reação com ácido iodídrico
Reação com ácido tricloroisocianúrico
Teste de Lucas
Formação de hidrazonas
Formação de oximas
Formação de semicarbazonas
Oxidação com ácido periódico (α-hidroxicarbonilado)
Oxidação de Jones
Reação com ácido tricloroisocianúrico
Aldeídos
Reação com 4-amino-5-hidrazino-3-tiol-1,2,4-triazol
Reação com bissulfito de sódio
Reação com cloridrato de 4-rosalina e bissulfito de sódio
Teste de Benedict
Teste de Fehling
Teste de Tollens
Detecção de hidrogênio ativo pela reação com cloreto de acetila
Detecção de hidrogênio ativo pela reação com sódio metálico
Teste com cloreto de níquel e 2-hidróxi-5-nitrobenzaldeído
Aminas
Teste com cloreto de níquel, dissulfeto de carbono e hidróxido de amônio
Teste de Hinsberg
Teste de Liebermann
Formação de ácido hidroxâmico
Amidas
Hidrólise alcalina
Formação de complexos com o íon cúprico
Aminoácidos Reação com ninhidrina
Teste de Liebermann
Formação de ácido hidroxâmico
Formação de anilidas
Anidridos
Hidrólise
Teste de Schötten-Baumann
Acoplamento com sal de diazônio
Formação de complexos de Meisenheimer (aromáticos muito desativados para SEA)
Aromáticos Reação com ácido sulfúrico fumegante
Reação com azoxibenzeno e cloreto de alumínio
Teste de Le Rosen
Detecção de hidrogênio ativo pela reação com cloreto de acetila
Detecção de hidrogênio ativo pela reação com sódio metálico
Formação de osazonas
Oxidação com ácido periódico
Carboidratos Reação com ácido tricloroisocianúrico
Reação com borax
Teste de Benedict
Teste de Fehling
Teste de Tollens
Formação de hidrazonas
Formação de oximas
Cetonas Formação de semicarbazonas
Formação do iodofórmio (metilcetonas)
Oxidação com ácido periódico (α-hidroxicarbonilado)

18
Teste de Benedict (α-hidroxicarbonilado)
Cetonas (cont.)
Teste de Fehling (α-hidroxicarbonilado)
Formação de ácido hidroxâmico
Reação com iodeto de sódio
Cloreto de sulfonila
Reação com nitrato de prata etanólico
Teste de Hinsberg
Redução com hidróxido ferroso
Compostos nitro
Redução com zinco metálico e cloreto de amônio
Formação de ácido hidroxâmico
Ésteres
Reação com ácido iodídrico
Formação de complexos com o iodo
Éteres Reação com ácido iodídrico
Reação com hexatiocianoferrato de ferro
Acoplamento com sal de diazônio
Detecção de hidrogênio ativo pela reação com cloreto de acetila
Detecção de hidrogênio ativo pela reação com sódio metálico
Oxidação com nitrato de cério amoniacal
Oxidação com permanganato de potássio
Fenóis
Reação com ácido tricloroisocianúrico
Reação com água de bromo
Reação com azoxibenzeno e cloreto de alumínio
Reação com cloreto férrico e piridina
Teste de Liebermann
Formação de ácido hidroxâmico
Formação de anilidas
Haletos de acila Hidrólise
Reação com nitrato de prata etanólico
Teste de Schötten-Baumann
Reação com iodeto de sódio
Haletos de alquila
Reação com nitrato de prata etanólico
Formação de ácido hidroxâmico (de um ácido carboxílico empregado como reagente)
Nitrilas
Hidrólise alcalina
Sulfonamidas Fusão com hidróxido de sódio

Tabela 3: Testes para confirmação de grupo funcional


listados por ordem alfabética do teste.

Testes para confirmação do grupo funcional Funções orgânicas


Aromáticos
Acoplamento com sal de diazônio
Fenóis
Álcoois
Aminas
Detecção de hidrogênio ativo pela reação com cloreto de acetila
Carboidratos
Fenóis
Alcinos
Álcoois
Detecção de hidrogênio ativo pela reação com sódio metálico Aminas
Carboidratos
Fenóis

19
Ácidos sulfônicos
Amidas
Anidridos
Formação de ácido hidroxâmico Cloreto de sulfonila
Ésteres
Haletos de acila
Nitrilas
Ácidos carboxílicos
Formação de anilidas Anidridos
Haletos de acila
Formação de clatratos com a uréia ou tiouréia Alcanos
Alcenos
Formação de complexos com o iodo
Éteres
Formação de complexos com o íon cúprico Aminoácidos
Formação de complexos de Meisenheimer Aromáticos
Formação de ésteres Ácidos carboxílicos
Aldeídos
Formação de hidrazonas
Cetonas
Formação de osazonas Carboidratos
Aldeídos
Formação de oximas
Cetonas
Aldeídos
Formação de semicarbazonas
Cetonas
Álcoois
Formação do iodofórmio
Cetonas
Fusão com hidróxido de sódio Sulfonamidas
Anidridos
Hidrólise
Haletos de acila
Amidas
Hidrólise alcalina
Nitrilas
Álcoois
Aldeídos
Oxidação com ácido periódico
Carboidratos
Cetonas
Álcoois
Oxidação com nitrato de cério amoniacal
Fenóis
Alcenos
Oxidação com permanganato de potássio Alcinos
Fenóis
Álcoois
Oxidação de Jones
Aldeídos
Reação com 4-amino-5-hidrazino-3-tiol-1,2,4-triazol Aldeídos
Álcoois
Reação com ácido iodídrico Ésteres
Éteres
Reação com ácido sulfúrico fumegante Aromáticos
Álcoois
Aldeídos
Reação com ácido tricloroisocianúrico
Carboidratos
Fenóis

20
Alcenos
Reação com água de bromo
Fenóis
Aromáticos
Reação com azoxibenzeno e cloreto de alumínio
Fenóis
Ácidos carboxílicos
Reação com bicarbonato de sódio
Ácidos sulfônicos
Reação com bissulfito de sódio Aldeídos
Reação com borax Carboidratos
Alcenos
Reação com bromo
Alcinos
Reação com cloreto férrico e piridina Fenóis
Reação com cloridrato de 4-rosalina e bissulfito de sódio Aldeídos
Reação com hexatiocianoferrato de ferro Éteres
Cloreto de sulfonila
Reação com iodeto de sódio
Haletos de alquila
Reação com ninhidrina Aminoácidos
Ácidos carboxílicos
Cloreto de sulfonila
Reação com nitrato de prata etanólico
Haletos de acila
Haletos de alquila
Redução com hidróxido ferroso Compostos nitro
Redução com zinco metálico e cloreto de amônio Compostos nitro
Teste com cloreto de níquel e 2-hidróxi-5-nitrobenzaldeído Aminas
Teste com cloreto de níquel, dissulfeto de carbono e hidróxido de amônio Aminas
Aldeídos
Teste de Benedict Carboidratos
Cetonas
Aldeídos
Teste de Fehling Carboidratos
Cetonas
Aminas
Teste de Hinsberg
Cloreto de sulfonila
Teste de Le Rosen Aromáticos
Aminas
Teste de Liebermann Aminoácidos
Fenóis
Teste de Lucas Álcoois
Anidridos
Teste de Schötten-Baumann
Haletos de acila
Aldeídos
Teste de Tollens
Carboidratos

21
15. PREPARAÇÃO DE DERIVADOS.

Neste ponto, se os ensaios para grupos funcionais foram bem realizados, as


evidências acumuladas permitem reduzir consideravelmente o universo de
possibilidades. Entretanto, algumas possibilidades ainda não podem ser descartadas por
completo. A caracterização inequívoca da amostra somente será feita se for possível
obter um ou dois derivados sólidos da amostra e comparar as propriedades físicas e
químicas destes derivados com as dos produtos da mesma reação feita com as demais
substâncias possíveis.

16. DESCRIÇÃO DE ALGUNS ENSAIOS ESCOLHIDOS.

ATENÇÃO: ENCONTRAM-SE RELACIONADOS ABAIXO ALGUNS POUCOS ENSAIOS A SEREM


REALIZADOS NOS EXPERIMENTOS DE ANÁLISE ORGÂNICA. OS EXEMPLOS SELECIONADOS NÃO
CONTEMPLAM TODO O UNIVERSO DE ENSAIOS POSSÍVEIS, NEM AS VARIAÇÕES EXISTENTES PARA
UM DADO ENSAIO. A ÚNICA RAZÃO DELES ESTAREM AQUI É A FACILITAÇÃO DO ACESSO AO
MATERIAL PELO CORPO DISCENTE. RECOMENDA-SE FORTEMENTE QUE OS ALUNOS CONSULTEM A
LITERATURA SUGERIDA NA BUSCA DE OUTROS ENSAIOS OU VARIANTES. EM ESPECIAL
DESTACAM-SE AS OBRAS DO PAVIA, DO SHRINER, DO FEIGL, E DO VOGEL; TODAS DISPONÍVEIS NA
BIQ.

16.1) OBTENÇÃO DO LICOR DE LASSAIGNE (FUSÃO ALCALINA).

Colocar aproximadamente 10 mg (ou 5 gotas) da amostra desconhecida e um


pedaço de sódio metálico (CUIDADO!) recém cortado com aproximadamente 50 mg em um
tubo de ensaio de de 100 mm U 13 mm. Aquecer o tubo em bico de Bunsen até
avermelhar o fundo (CUIDADO!). Resfriar o tubo até a temperatura ambiente e colocar
poucas gotas de etanol (CUIDADO!), com agitação, para garantir a destruição de qualquer
sódio metálico remanescente. Quando não houver mais evolução de gás adicionar 2 mL
de água destilada, aquecer e filtrar a solução. Usar o filtrado, que deverá estar incolor,
para os ensaios específicos de presença de elementos. CONSULTAR A LITERATURA
SUGERIDA PARA OUTRAS VARIANTES DESTE PROCEDIMENTO.

22
16.1.1) ENSAIO PARA PRESENÇA DE NITROGÊNIO.

Ajustar o pH de 1 mL de licor de Lassaigne para 13, se necessário utilizar


hidróxido de sódio 5%. Adicionar duas gotas de solução de sulfato ferroso amoniacal e
duas gotas de solução de fluoreto de potássio 30% à solução. Aquecer à ebulição por 30
segundos. Acidificar a solução quente pela adição de ácido sulfúrico 30% (CUIDADO!),
gota-a-gota, até que o precipitado de hidróxido de ferro se dissolva. A formação de um
precipitado azul, o Azul da Prússia, sugere a presença do elemento nitrogênio na
amostra. A formação de uma solução azul-esverdeada, ao invés do precipitado azul,
indica que a decomposição original com o sódio foi incompleta. CONSULTAR A LITERATURA
SUGERIDA PARA OUTRAS VARIANTES DESTE PROCEDIMENTO.

16.1.2) ENSAIO PARA PRESENÇA DE ENXOFRE.

Acidificar 1 mL do licor de Lassaigne com ácido acético. Adicionar duas gotas de


solução de acetato de chumbo(II) 1%. A formação do sulfeto de chumbo, como um
precipitado preto, sugere a presença do elemento enxofre na amostra. CONSULTAR A
LITERATURA SUGERIDA PARA OUTRAS VARIANTES DESTE PROCEDIMENTO.

16.1.3) ENSAIO PARA PRESENÇA DE HALOGÊNIOS.

Acidificar 2 mL do licor de Lassaigne com ácido ácido nítrico 5% em uma capela


bem ventilada (CUIDADO!). Aquecer brandamente a solução até a fervura. Resfriar a
solução acidificada e adicionar três gotas de solução 0,1 mol⋅L-1 de nitrato de prata.
Adicionar mais algumas gotas de nitrato de prata até que a precipitação cesse. Se houver
apenas um único halogênio na amostra, a coloração do haleto de prata formado é um
indício da natureza do halogênio: o cloreto de prata é branco, o brometo de prata é
amarelo pálido, e o iodeto de prata é amarelo. Quando em mistura, estes haletos podem
ser diferenciados por sua solubilidade em hidróxido de amônio 5%. Ao adicionar 2 mL de
solução de hidróxido de amônio 5% ao precipitado o cloreto de prata será solúvel, o
brometo de prata será parcialmente solúvel e o iodeto de prata será insolúvel. CONSULTAR
A LITERATURA SUGERIDA PARA OUTRAS VARIANTES DESTE PROCEDIMENTO.

16.2) ENSAIOS DE SOLUBILIDADE.

ATENÇÃO: AS AMOSTRAS SÓLIDAS PRECISAM SER FINAMENTE PULVERIZADAS PARA


AUMENTAR A VELOCIDADE DA RESPOSTA. SE O SÓLIDO APARENTEMENTE FOR INSOLÚVEL EM

23
SOLVENTES NÃO REATIVOS, NA ÁGUA OU EM ÉTER ETÍLICO, É ACONSELHÁVEL AQUECER
BRANDAMENTE A SOLUÇÃO EM BANHO-MARIA. SE O SÓLIDO SE DISSOLVER A QUENTE ESTA
CARACTERÍSTICA DEVE SER LEVADA EM CONSIDERAÇÃO.

ENSAIOS COM SOLVENTES COMUNS.

Colocar aproximadamente 5 mg (ou 2 gotas) da amostra em um tubo de teste


pequeno e adicionar 0,75 mL do solvente em pequenas porções (água, éter etílico e
soluções de NaHCO3, NaOH e HCl). Agitar vigorosamente após a adição de cada porção,
mantendo a mistura na temperatura ambiente. A sequencia dos solventes investigados
neste ensaio deve ser a mesma que a apresentada na figura 1 da página 16.

ENSAIOS COM O ÁCIDO SULFÚRICO CONCENTRADO.

Colocar 0,6 mL de ácido sulfúrico concentrado em um tubo de teste e adicionar


aproximadamente 5 mg (ou 2 gotas) da amostra desconhecida (CUIDADO!). Para objetivos
de classificação, as amostras que reagirem com o ácido e produzirem calor ou mudança
de coloração serão classificadas como “solúveis”, mesmo que a amostra aparentemente
não se dissolva por completo. Este comportamento deverá ser levado em consideração
na descrição do resultado.

ENSAIOS COM O PAPEL DE TORNASSOL.

Colocar aproximadamente 5 mg (ou 2 gotas) da amostra em um tubo de teste


pequeno e adicionar 0,75 mL de água. Agitar vigorosamente e, com o auxílio de um
bastão de vidro, colocar uma gota desta solução tanto no papel de tornassol azul como
no vermelho. Se a amostra for solúvel e ambos papéis de tornassol adquirirem coloração
vermelha a substância será classificada como SA, se ambos ficarem azuis a substância
será classificada como SB, e se ambos permanecerem como antes a substância será
classificada como S1.

16.3) ENSAIO PARA GRUPOS FUNCIONAIS ESPECÍFICOS.

16.3.1) ENSAIO PARA ALCENOS E ALCINOS.

Adicionar 0,1 g (ou 0,1 mL) da amostra a um microtubo limpo e seco com 2 mL de
cloreto de metileno. Adicionar gota-a-gota uma solução de 5% de bromo em cloreto de
metileno, com agitação, até que a cor do bromo persista. O resultado positivo consiste no
desaparecimento da cor, mesmo após a adição de várias gotas do reagente, sem a

24
formação de brometo de hidrogênio. Este ácido pode ser detectado pela mudança de cor
de um papel de tornassol azul umedecido colocado na borda do tubo. ATENÇÃO: Não
deixe a solução orgânica entrar em contato com o papel de tornassol. CONSULTAR A
LITERATURA SUGERIDA PARA OUTROS ENSAIOS PARA ALDEÍDOS.

16.3.2) ENSAIO PARA AROMÁTICOS.

Colocar poucos cristais (ou uma gota) da amostra em um vidro de relógio limpo e
seco e pingar aproximadamente 5 gotas de ácido sulfúrico concentrado (CUIDADO!).
Anotar a cor desenvolvida. Em um segundo vidro de relógio, colocar poucos cristais (ou
uma gota) da amostra em um vidro de relógio limpo e pingar uma gota de solução de
formol e 5 gotas de ácido sulfúrico concentrado (CUIDADO!). O aparecimento de coloração
distinta da desenvolvida com a adição do ácido sulfúrico apenas sugere a presença de
núcleo aromático na amostra desconhecida. CONSULTAR A LITERATURA SUGERIDA PARA
OUTROS ENSAIOS PARA AROMÁTICOS.

16.3.3) ENSAIO PARA GRUPO NITRO.

Adicionar 10 mg (ou 5 gotas) da amostra desconhecida em 1 mL de solução de


sulfato ferroso amoniacal em um microtubo. Adicionar em seguida 0,7 mL da solução
etanólica de hidróxido de potássio. O aparecimento de um precipitado avermelhado
sugere a presença de grupos oxidantes (nitro, por exemplo) na amostra desconhecida.
ATENÇÃO: Realizar um ensaio em branco para descontar a oxidação do reagente pela
atmosfera. CONSULTAR A LITERATURA SUGERIDA PARA OUTROS ENSAIOS PARA GRUPO NITRO.

16.3.4) ENSAIO PARA ÉSTERES, ANIDRIDOS OU HALETOS DE ACILA.

ENSAIO PREELIMINAR: Dissolver poucos cristais (ou uma gota) da amostra em um


microtubo com 1 mL de etanol 95%. Adicionar 1 mL de solução 1 mol⋅L-1 de ácido
clorídrico e uma gota de solução 5% de cloreto de ferro(III) e observar a cor. Se ocorrer a
formação de uma coloração permante laranja, vermelha, azul ou violeta o teste descrito a
seguir não é aplicável. A adição de uma quantidade muito grande de ácido clorídrico
previne a formação de complexos de fenóis e enóis com o ferro.
ENSAIO PARA ÉSTERES: Aquecer até a ebulição uma solução de poucos cristais (ou
uma gota) da amostra em um microtubo com 1 mL de solução 0,5 mol⋅L-1 de cloridrato de
hidroxilamina em etanol 95% e 0,2 mL de solução 6 mol⋅L-1 hidróxido de sódio. Após o
resfriamento da solução adicionar cuidadosamente 2 mL de solução 1 mol⋅L-1 de ácido

25
clorídrico. Adicionar um pouco de etanol 95% se a solução estiver turva. Adicionar uma
gota de solução 5% de cloreto de ferro(III) e observar a cor. Comparar com a cor
desenvolvida no ensaio preeliminar. Uma coloração magenta sugere a presença de
grupos éster, anidridos ou haletos de acila na amostra desconhecida. CONSULTAR A
LITERATURA SUGERIDA PARA OUTROS ENSAIOS PARA GRUPOS ÉSTER, ANIDRIDO OU HALETOS DE
ACILA.

16.3.5) ENSAIO PARA NITRILAS OU AMIDAS.

Solubilizar poucos cristais (ou uma gota) da amostra em uma quantidade mínima
de propilenoglicol. Adicionar 2 mL de solução 1 mol⋅L-1 de cloridrato de hidroxilamina em
propilenoglicol, 1 mL de solução 1 mol⋅L-1 hidróxido de potássio, e aquecer suavemente
até a ebulição. Após o resfriamento da solução adicionar entre 0,5 e 1,0 mL de solução
5% de cloreto de ferro(III) e observar a cor. Uma coloração magenta sugere a presença
de grupos amida ou nitrila na amostra desconhecida. CONSULTAR A LITERATURA SUGERIDA
PARA OUTROS ENSAIOS PARA GRUPOS AMIDA OU NITRILA.

16.3.6) ENSAIO PARA CARBONILADOS.

Adicionar 1 mL de etanol 95% em aproximadamente 5 mg (ou 2 gotas) da amostra


desconhecida. Adicionar 1 mL da solução etanólica da 2,4-dinitrofenilidrazina e agitar
vigorosamente. Se nenhum precipitado se formar imediatamente permitir que a solução
descanse por 15 min e observar novamente. A formação de precipitados com cores entre
o amarelo e o vermelho é sugestivo da presença da função carbonila na amostra
desconhecida. Se necessário o precipitado pode ser recristalizado de etanol 95% e ter o
seu ponto de fusão anotado. CONSULTAR A LITERATURA SUGERIDA PARA OUTROS ENSAIOS
PARA CARBONILADOS.

16.3.7) ENSAIO PARA ALDEÍDOS.

Adicionar poucos cristais (ou uma gota) da amostra a um microtubo limpo e seco
com 1 mL de reagente de Tollens (AgNO3 + NaOH + NH4OH) recentemente preparado.
Se não ocorrer nenhuma reação a frio, aqueça brandamente a solução em banho-maria.
ATENÇÃO, pois o aquecimento exagerado pode causar o aparecimento de um “falso
positivo”. CONSULTAR A LITERATURA SUGERIDA PARA OUTROS ENSAIOS PARA ALDEÍDOS.

16.3.8) ENSAIO PARA ALCÓOIS.

26
Adicionar 2 mL de reagente de Lucas (ZnCl2 + HCl) em um microtubo contendo
0,1 g (ou 0,1 mL) de amostra. Arrolhar o tubo e agitar vigorosamente. Permitir que o tubo
descanse por alguns minutos. Notar se houve a formação de uma segunda fase contendo
o cloreto de alquila, e quanto tempo foi necessário para a separação das fases.
CONSULTAR A LITERATURA SUGERIDA PARA OUTROS ENSAIOS PARA ALCÓOIS.

16.3.9) ENSAIO PARA ÁCIDOS CARBOXÍLICOS.

ENSAIO PREELIMINAR: Dissolver poucos cristais (ou uma gota) da amostra em um


microtubo com 1 mL de etanol 95%. Adicionar 0,1 mL de solução 5% de iodeto de
potássio, aquecer em banho maria por 2-3 min, adicionar algumas gotas de uma solução
de amido e observar a cor. Se ocorrer a formação de coloração azul intensa a amostra
contém um grupamento oxidante e o teste descrito a seguir não é aplicável.
ENSAIO PARA ÁCIDOS CARBOXÍLICOS: Na ausência de coloração azul até este
momento, adicionar 0,1 mL de solução 5% de iodato de potássio e aquecer em banho
maria por mais 2-3 min. Adicionar mais algumas gotas da solução de Amido e observar a
cor. O aparecimento da coloração azul após a adição do iodato de potássio sugere a
presença de um grupamento ácido. CONSULTAR A LITERATURA SUGERIDA PARA OUTROS
ENSAIOS PARA GRUPOS ÁCIDOS.

16.3.10) ENSAIO PARA ÁCIDOS DICARBOXÍLICOS.

ENSAIO PARA ÁCIDOS DICARBOXÍLICOS: Dissolver poucos cristais (ou uma gota) da
amostra em uma quantidade igual de resorcinol. Adicionar a esta mistura uma ou duas
gotas de ácido sulfúrico concentrado (CUIDADO!). Aquecer a 130 ºC por cinco minutos e
resfriar até a temperatura ambiente. Tratar a mistura resfriada com solução de hidróxido
de sódio 20% (CUIDADO!) até pH alcalino. Verter o material produzido em um papel de
filtro e observá-lo à luz ultravioleta. Uma forte fluorescência verde ou amarela sugere a
presença de ácidos carboxílicos simples. Já uma fluorescência azul-esverdeada sugere a
presença de ácidos α-hidroxidicarboxílicos. CONSULTAR A LITERATURA SUGERIDA PARA
OUTROS ENSAIOS PARA ÁCIDOS DICARBOXÍLICOS.

27
16.3.11) ENSAIO PARA AMINAS.

Adicionar 5 mL de solução de hidróxido de sódio 10% e 0,4 mL de cloreto de


benzenossulfonila a aproximadamente 0,3 g (ou 0,3 mL) da amostra desconhecida em
um tubo de ensaio. Arrolhar o tubo e agitar vigorosamente. Garantir que o meio esteja
alcalino, agitar mais um pouco e observar. Resfriar a solução, verificar se o meio está
alcalino, e filtrar o resíduo, se for o caso. Testar a solubilidade do resíduo em ácido
clorídrico 10%. Se todo o resíduo se solubilizar, tratar a solução alcalina original com
ácido clorídrico 10% e observar se há formação de precipitado. INTERPRETAÇÃO DOS
RESULTADOS: A formação de precipitado somente após a adição do ácido clorídrico à
solução alcalina original é um indício da presença de aminas primárias na amostra
desconhecida. A formação de precipitado antes da adição do ácido clorídrico à solução
alcalina original, sendo este precipitado insolúvel em ácido clorídrico, é um indício da
presença de aminas secundárias na amostra desconhecida. Já a formação de precipitado
antes da adição do ácido clorídrico à solução alcalina original, sendo este precipitado
solúvel em ácido clorídrico é um indício da presença de aminas terciárias na amostra
desconhecida. CONSULTAR A LITERATURA SUGERIDA PARA OUTROS ENSAIOS PARA AMINAS.

28

You might also like