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Escola de Engenharia
Graduação em Engenharia de Telecomunicações
Niterói-RJ
2017
ii
Niterói-RJ
2017
iii
iv
BANCA EXAMINADORA
Niterói-RJ
2017
v
Agradecimentos
A minha querida mãe, Geilda, pelas palavras de incentivo e de amor, e pelo apoio incondicional.
Muito obrigado por todos os sacrifı́cios que você fez em prol da minha educação.
A minha namorada, Bianca, por estar presente em todos os momentos em que mais precisei e por
todo amor, suporte e estı́mulo.
À professora Vanessa, por toda ajuda durante estes quase dois anos de trabalho, paciência e
carinho com todos os seus alunos.
Ao professor e amigo Tadeu, por todo apoio e incentivo durante todos os momentos, e pela
orientação. E, o mais importante, pelo grande exemplo que é para mim.
Aos meus grandı́ssimos amigos, Janey e Roberto, por toda ajuda e pelas contribuições ao longo
desta jornada.
Aos professores Pedro e Leni, pelas dúvidas sanadas, confiança e ajuda.
A todos os amigos que fiz durante este tempo na UFF que tornaram esta caminhada mais fácil.
À Anritsu, pelo empréstimo do analisador vetorial de redes, que tornou possı́vel a realização das
medições.
Lista de Figuras
5.1 Configuração básica de uma antena de microfita alimentada por linha de transmissão do
tipo edge-fed . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
5.2 Parâmetros da antena de microfita retangular. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
5.3 Parâmetros da antena de microfita elı́ptica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
vi
vii
viii
ix
Agradecimentos v
Lista de Tabelas ix
Resumo xii
Abstract xiii
1 Introdução 1
3 Antenas 7
3.1 Tipos de Antena . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3.1.1 Antena Filamentar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3.1.2 Antena Refletora . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3.1.3 Antena de Microfita . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3.1.4 Antena de Abertura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
3.2 Principais Conceitos das Antenas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3.2.1 Diagrama de Irradiação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
3.2.2 Diretividade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
3.2.3 Largura de Banda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
3.2.4 Perda de Retorno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
4 Antenas de Microfita 12
4.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
x
xi
8 Conclusão 47
Referências Bibliográficas 51
Apêndice 52
Anexos 58
xii
Resumo
Este projeto apresenta o desenvolvimento, análise e comparação das antenas de microfita de patch
retangular e elı́ptico para aplicação na nova tecnologia de quinta geração de comunicação sem fio na
frequência de 28 GHz em ambiente indoor. O software High Frequency Structure Simulator (HFSS) foi
utilizado na simulação e o desempenho foi analisado através do ganho, perda de retorno, perda de inserção
e diagrama de irradiação das antenas. As antenas foram fabricadas com a placa RT/Duroid 5880LZ que
apresenta o menor valor de constante dielétrica disponı́vel no mercado (1,96). Os protótipos desenvolvidos
mostraram boa adequabilidade dos resultados medidos com a simulação, apresentando perda de retorno
de 24,78 dB para a antena de microfita de patch retangular e 15,75 dB para a elı́ptica, ambas em torno de
28 GHz.
Palavras-chave: 5G, Antena de Microfita, Antena Impressa, Perda de Inserção, Perda de Retorno.
xiii
Abstract
This project presents the development, analyses and comparison between elliptical and rectan-
gular microstrip patch antennas in order to apply them to the 5th generation technology of wireless
communication at the frequency of 28 GHz. The software High Frequency Structure Simulator (HFSS)
was used during the simulations and the performance was analysed over the gain, return loss, insertion
loss and radiation pattern. The antennas were manufactured using RT/Duroid 5880LZ laminates with
the lowest dielectric constant available (1.96). Measurements of return loss with the developed prototype
show good adjustment to the simulated results, presenting 27.78 dB of return loss for the rectangular
microstrip patch and 15.75 dB for the elliptical one, both around 28 GHz.
Introdução
Com o crescente número de dispositivos conectados às redes de comunicações móveis, observa-se
que a Quarta Geração de Comunicações Móveis, também conhecida como 4G, está próxima do seu limite
teórico em relação à taxa de dados e, consequentemente, à largura de faixa reservada para a operação desse
sistema, já que o espectro de frequências é limitado. Com isso, o uso de novas faixas de operação e técnicas
para a Quinta Geração de Comunicações Móveis (5G) já está em debate e com previsão de implementação
para 2020 [5]. A faixa de 28 GHz tem sido um dos alvos de estudo, pois poderá permitir maiores larguras
de banda reservadas para os sistemas. Estudos recentes da Samsung indicam forte tendência para o uso
dessa frequência de operação na tecnologia 5G. Além disso, vem sendo proposto o uso de femtocélulas e a
separação entre ambientes indoor e outdoor [6]. Tais caracterı́sticas e o fato do sistema operar em altas
frequências fazem com que haja um aumento considerável nos estudos sobre as antenas que poderiam lidar
com as demandas do 5G. Nesse cenário, as antenas de microfita se destacam por serem antenas low-profile,
baratas e de fácil integração com circuitos de microondas.
O objetivo principal deste trabalho consiste em desenvolver e analisar o uso de antenas de microfita
de padrão retangular e elı́ptico, operando na frequência de 28 GHz, atendendo aos requisitos do 5G. Alguns
parâmetros como largura de feixe, largura de banda e ganho serão discutidos. A antena de microfita
retangular foi escolhida pelo seu simples dimensionamento e fácil implementação com frequências de
microondas. Já o dimensionamento da antena elı́ptica é mais complexo e é menos explorado, porém
fornece uma maior flexibilidade em relação a sua frequência de ressonância e polarização.
Ao longo deste trabalho, será visto todo o processo de dimensionamento de maneira detalhada,
além das técnicas utilizadas para caracterizar as antenas no software HFSS. Também será abordado, de
maneira detalhada, todo o processo de simulação, fabricação e medição das antenas.
O Capı́tulo 2 apresenta os principais conceitos discutidos para implementação do 5G, descrevendo
os conceitos a respeito da arquitetura. Além disso, aborda duas das grandes problemáticas do 5G: faixa
de frequência e a questão dos usuários que se movimentam em alta velocidade nas células.
O Capı́tulo 3 apresenta os tipos principais de antenas, além das suas principais caracterı́sticas e
conceitos que serão abordados ao longo deste trabalho.
O Capı́tulo 4 introduz os conceitos de antenas de microfita. Além disso, abordará os métodos de
2
alimentação e análise mais usados nesse tipo de antena. Por fim, mostrará as caracterı́sticas e as equações
de dimensionamento das antenas de microfita de padrão retangular e elı́ptico.
O Capı́tulo 5 detalha todo o processo de modelagem e dimensionamento das antenas. Ademais,
mostra o processo de dimensionamento das linhas de transmissão e faz uma abordagem sobre o tipo de
material utilizado.
O Capı́tulo 6 apresenta o processo de caracterização das antenas e as técnicas de simulação no
software HFSS e faz uma análise dos resultados encontrados durante as simulações no HFSS.
O Capı́tulo 7 aborda o processo de fabricação das antenas e a técnica de fabricação utilizada.
Além disso, detalha os processos de medições e faz uma análise dos resultados encontrados.
Por fim, o Capı́tulo 8 apresenta uma conclusão de todo o trabalho e o Capı́tulo 9 aborda os
projetos em andamento provenientes do presente trabalho e sugestões para trabalhos futuros.
Capı́tulo 2
2.1 Introdução
Com o rápido crescimento do número de dispositivos conectados à rede de telefonia móvel e
com o sistema 4G cada dia mais próximo de seus limites, as empresas de telecomunicações e alguns
órgãos governamentais estão somando esforços e investimentos para desenvolver e definir o padrão 5G de
tecnologia móvel.
Estima-se que, em 2020, o número de dispositivos conectados à Internet das Coisas (Internet of
Things, IoT, em inglês) seja de 50 bilhões, ao passo que o consumo de dados móveis seja de 24,3 exabytes
por mês em 2019 [7] [8]. Para que o 5G seja capaz de suportar esses números previstos, diversas tecnologias
e conceitos serão implementados. As propostas da arquitetura e uso do conceito de MIMO massivo que,
provavelmente, serão utilizados no 5G são detalhados nas Seções 2.2 e 2.3, respectivamente.
Além disso, estuda-se o uso de modulação espacial, que é uma técnica aplicada aos sistemas MIMO
(SM-MIMO) que utiliza uma matriz de antenas como maneira de modular a informação. Essa técnica
pode ser considerada um tipo de modulação que estende as tradicionais modulações digitais, como a
modulação de amplitude em quadratura (QAM), ao domı́nio do espaço [9]. No SM-MIMO, diferentemente
dos sistemas MIMO convencionais, apenas uma antena transmissora é ativada em um dado intervalo de
transmissão, enquanto as outras antenas permanecem em estado de inatividade (Idle). Tal configuração
fornece uma maneira eficiente de implementar sistemas MIMO massivo com modulação espacial em futuras
tecnologias de rede sem fio [6], como o 5G. Além disso, evita interferência entre múltiplas antenas e
simplifica a estrutura do transceptor MIMO.
As caracterı́sticas de um SM-MIMO colaboram para o uso mais eficiente de energia, que é
um tópico bastante discutido atualmente. Os projetos de sistemas 5G devem levar em consideração a
diminuição do consumo de energia a fim de obter um sistema de comunicação sem fio mais eficiente [10].
Operadoras de sistemas de comunicação sem fio devem visar maneiras de reduzir o consumo energético e,
consequentemente, reduzir a emissão de CO2 [11].
4
Além disso, na Seção 2.4 será discutido o conceito de Femtocélula móvel, que pode ser uma solução
para lidar com os usuários conectados à rede que se locomovem em trens, ônibus e carros, por exemplo,
nas próprias células e entre elas.
Por fim, a Seção 2.5 tratará das discussões sobre a definição de qual faixa de frequência será
utilizada nos sistemas 5G.
2.2 Arquitetura
A arquitetura atual de telefonia móvel consiste, basicamente, em uma estação rádio base (ERB)
no centro da célula, fazendo comunicação com os dispositivos móveis. Esse tipo de arquitetura não faz
distinção entre os usuários presentes em ambientes indoor e outdoor.
Os sinais recebidos pelos usuários, localizados em ambiente indoor, devem superar diversas perdas
inerentes a esse tipo de ambiente. Essas perdas geram inúmeros prejuı́zos na taxa de transmissão, eficiência
espectral e no consumo de energia.
A proposta do 5G, quanto à arquitetura, é de fazer a separação entre ambientes indoor e outdoor
de maneira que a perda por absorção nas construções seja minimizada. Tal arquitetura permitirá que
os usuários indoor se comuniquem apenas com os pontos de acesso wireless presentes no interior das
construções. Essa proposta pode ser alcançada utilizando-se um sistema distribuı́do de antenas (DAS)
e a tecnologia de MIMO massivo (Massive Multiple-Input and Multiple-Output) [6], onde o DAS seria
distribuı́do através da célula em matrizes da ordem de 10 a 100 antenas conectadas à estação rádio base
por meio de fibras ópticas.
Haverá antenas instaladas no lado externo das construções, que se comunicarão com as estações
rádio base, possivelmente por visada direta. Tal medida resultará em um aumento de custos relacionados
à infraestrutura, contudo haverá melhoria na taxa de transmissão, eficiência espectral, cobertura e no
consumo de energia.
A arquitetura 5G deverá ser heterogênea, ou seja, possuir macrocélulas, microcélulas ou femto-
células no mesmo contexto, conforme mostrado na Figura 2.1. Será necessário garantir um bom nı́vel
de comunicação também para usuários com alta mobilidade como os presentes em aviões, carros e trens.
Para atender tais necessidades, foi proposto o conceito de femtocélula móvel (MFemtocell ).
célula, provendo maiores valores de eficiência e throughtput. Além disso, nos sistemas MIMO massivo, os
efeitos do ruı́do e do desvanecimento rápido são eliminados, e a interferência intracelular pode ser mitigada
utilizando-se pré-codificação linear e métodos de detecção de erro.
Utilizando a técnica MIMO por multiusuários (MU-MIMO) no MIMO massivo é possı́vel aprimorar
a capacidade do sistema através de uma multiplexação espacial utilizando as antenas dos dispositivos de
diferentes usuários, partindo do pressuposto que cada dispositivo do usuário possuirá algumas antenas,
limitadas por custo e tamanho [12]. Ademais, a ERB pode enviar sinais separados para usuários individuais
utilizando os mesmos recursos de tempo e frequência.
importante ressaltar que as Mfemtocélulas estão localizadas no interior dos meios de transporte com as
suas antenas posicionadas na parte externa. Essa configuração permite uma maior qualidade de sinal no
interior desses meios de transporte.
A ERB referente à macrocélula trata a conexão com a Mfemtocélula de maneira similar à
conexão realizada com um equipamento de usuário convencional. Por esse motivo, os transceptores das
Mfemtocélulas são semelhantes aos encontrados nos equipamentos dos usuários, porém com algumas
capacidades mais avançadas.
Antenas
Este Capı́tulo abordará alguns dos principais tipos de antenas, apresentando as suas principais
configurações e caracterı́sticas. Além disso, fará uma introdução aos conceitos necessários para análise do
comportamento e desempenho das antenas.
As antenas filamentares são bastante utilizadas em prédios, carros, navios, aeronaves, entre outros.
As antenas desse tipo mais conhecidas são as dipolos e monopolos, e as configurações em loop e helicoidal.
Esses tipos de antena filamentares são mostrados na Figura 3.1.
As antenas dipolo e monopolo são muito utilizadas em comunicações móveis e são de simples
implementação. Além disso, a antena dipolo é composta por dois fios condutores e a monopolo, por um
fio condutor. Esses fios são geralmente retos. O ganho e a eficiência de radiação dessas antenas estão
relacionados, principalmente, ao seu comprimento elétrico, que por sua vez está relacionado à frequência
de operação [2].
As antenas em loop podem assumir diversos formatos como a quadrangular, retangular, circular,
elipsoidal, triangular, entre outras formas geométricas. Essas antenas são de baixo custo e bastante
versáteis. Dentre os tipos de antenas em loop citados, a circular é a mais popular devido a sua simplicidade
de construção e análise [2].
Uma antena helicoidal consiste, basicamente, em um fio condutor disposto em forma de hélice.
Tal configuração diminui de maneira significativa o tamanho fı́sico da antena. Além disso, é utilizada,
principalmente, em sistemas que operam em altas frequências.
seja possı́vel alcançar o ganho necessário para transmitir ou receber sinais que percorrerão milhares de
quilômetros [2]. Essa configuração pode ser vista nas Figuras 3.2(a) e 3.2(b). A antena refletora de canto
consiste em dois planos refletores que são dispostos formando um canto conforme mostrado na Figura
3.2(c). Essa configuração faz com que não tenha irradiação para trás e para os lados.
As antenas de microfita vêm se tornando cada vez mais populares devido a sua enorme versatilidade
quanto à frequência de ressonância, polarização e impedância. Além disso, é uma antena discreta, pouco
dispendiosa e de fácil integração com circuitos de microondas. É formada, basicamente, por uma lâmina
metálica montada sobre uma das faces de um substrato dielétrico. Maiores detalhes das antenas de
microfita serão discutidos no Capı́tulo 4.
As antenas de abertura são bastante utilizadas em espaçonaves e aeronaves devido a sua simples
implementação e versatilidade, permitindo que essas antenas sejam instaladas nas superfı́cies desses
veı́culos. Ademais, a sua sofisticação e o fato de operar adequadamente em altas frequências tornaram
bastante populares as antenas de abertura. A sua estrutura normalmente é revestida por um material
dielétrico para que possa suportar condições adversas. A Figura 3.3 mostra alguns tipos de antenas de
abertura.
9
(a) Refletor parabólico com alimentação frontal. (b) Refletor parabólico com alimentação de Cassegrain.
(a) Corneta cilı́ndrica (b) Corneta piramidal. (c) Guia de onda retangular.
O diagrama de irradiação é definido como uma função matemática ou uma representação gráfica
das propriedades de radiação de uma antena em função das coordenadas espaciais. A Figura 3.4 mostra
um exemplo de diagrama de irradiação retangular. Na maioria dos casos, o diagrama de irradiação é
determinado na região de campo distante e é representado como função das coordenadas direcionais. Os
critérios para campo distante podem ser resumidos pela Equação (3.1).
2D2
R≥ (3.1)
λ
onde R é a distância radial do ponto de medição à antena e D é o diâmetro da menor esfera que contém a
estrutura da antena.
A partir do diagrama de irradiação de uma antena, é possı́vel definir diversos parâmetros de
interesse, como:
10
• Lóbulo principal: é o lóbulo que representa a direção de máxima irradiação. Uma antena pode
apresentar mais de um lóbulo principal;
• Lóbulo Traseiro: lóbulo menor que ocupa o hemisfério oposto ao do lóbulo principal;
• Largura de feixe de meia potência ou ângulo de abertura (BW3): é abertura angular do lóbulo
principal na qual a potência radiada é a metade do valor de potência na direção de máxima radiação;
• Largura de feixe entre os primeiros nulos (BW0): abertura angular entre os dois primeiros nulos
adjacentes ao lóbulo principal.
3.2.2 Diretividade
A diretividade é definida como a relação entre a intensidade de radiação em uma dada direção da
antena e a intensidade média de radiação em todas as direções. A diretividade pode ser escrita como:
U 4πU
D= = (3.2)
U0 Prad
Se a direção não for especificada, é suposto que se trata da direção de intensidade máxima de
radiação (diretividade máxima) e é representada, matematicamente, por:
Umax 4πUmax
Dmax = D0 = = (3.3)
U0 Prad
11
onde D é a diretividade, D0 é a diretividade máxima, Prad é a potência total radiada, Umax é a intensidade
máxima de radiação, U0 é a intensidade de radiação de uma fonte isotrópica e U é a intensidade de
radiação da antena de interesse.
A largura de banda de uma antena é a faixa de frequências na qual a antena opera com bom
casamento à linha de transmissão. Deve-se comparar as caracterı́sticas da antena na frequência de operação
com a encontrada nas outras frequências ao redor da frequência de operação, para saber se a antena está
funcionando corretamente. Normalmente, nas frequências dentro da largura de banda, a antena deve
apresentar SWR (Standing Wave Ratio) menor do que 2:1 [2].
Para antenas de banda larga, a largura de banda, expressa pela Equação (3.4), é a relação entre
frequência superior e a frequência inferior, tendo como referência a frequência central.
f2
BW = (3.4)
f1
onde f1 é a frequência inferior e f2 frequência superior.
Para antenas com largura de banda estreita, onde f2 é maior ou igual ao dobro de f1 , a largura
de banda é representada como a porcentagem da relação entre a diferença entre as frequências superior e
inferior e a frequência central de operação f0 :
f2 − f1
BW = 100 (3.5)
f0
A perda de retorno é um dos parâmetros mais importante para analisar o funcionamento de uma
antena e está relacionado ao SWR e ao coeficiente de reflexão. A perda de retorno é definida pela razão
entre a potência incidente da antena e a potência refletida pela antena. Matematicamente, esse parâmetro
é representado pela seguinte expressão:
Pr
RL = 10 log10 ( )(dB) (3.6)
Pi
Um valor baixo de perda de retorno se traduz em uma boa transferência de potência para a carga.
Em termos práticos, para uma antena de microfita, um valor de perda de retorno menor do que 15dB
costuma ser suficiente para caracterizar uma boa transferência de potência.
Capı́tulo 4
Antenas de Microfita
4.1 Introdução
O conceito de antenas de microfita foi incialmente proposto por Deschamps em 1953 [15], entretanto,
foi necessário aguardar até a década de 1970, para que antenas práticas fossem desenvolvidas por Munson
[16] e Howell [17]. Desde então, importantes caracterı́sticas como fácil fabricação utilizando a tecnologia
de circuito impresso, compatibilidade com circuitos integrados, baixo custo e leveza, impulsionaram as
pesquisas a respeito desse tipo de antena.
Uma antena de microfita, como mostrado na Figura 4.1, é composta, basicamente, por um
condutor irradiante (patch), um dielétrico e um plano de terra. O patch deve apresentar uma superfı́cie
metálica bastante fina (t λ0 , onde λ0 é o comprimento de onda no espaço livre e t é a espessura da
superfı́cie metálica) e estar assentado sobre o dielétrico, que por sua vez deve ter uma espessura pequena
(h λ0 , normalmente 0, 003λ0 ≤ h ≤ 0, 05λ0 ). Ademais, o patch pode ser retangular, circular, dipolo,
elı́ptico, triangular ou diversos outros formatos. Esses e outros formatos estão ilustrados na Figura 4.2.
O presente método é mostrado na Figura 4.3. Esse tipo de alimentação consiste em uma linha de
microfita localizado, sobre o plano do substrato e no mesmo lado do patch. Essa configuração permite que
a estrutura total da antena seja planar [18].
A linha de microfita é uma linha condutora, normalmente com largura bem menor que a do
patch. Para comprimentos de onda milimétricos, o tamanho da linha é comparável ao tamanho do patch,
ocasionando um aumento indesejado de irradiação. Além disso, com uso de substratos mais espessos, a
onda de superfı́cie e irradiações na borda da antena aumentam, limitando a largura de banda da antena
[2].
Alimentações por cabo coaxial são bastante usadas. Nelas, o centro do cabo coaxial é soldado
ao patch enquanto o condutor externo é conectado ao plano de terra. Essa configuração é apresentada
na Figura 4.4. A principal vantagem desse método é a possibilidade de alterar a impedância de entrada,
apenas alterando a posição do alimentador. Em contrapartida, o orifı́cio que deve ser feito no substrato e
a saliência formada pelo conector na parte de baixo do plano de terra fazem, com que a antena não seja
completamente planar.
14
Figura 4.3: Exemplo de uma antena de microfita alimentada por linha de microfita.
Figura 4.4: Antena de microfita circular alimentada via cabo coaxial [2].
O acoplamento por abertura consiste em dois substratos separados por um plano de terra, conforme
mostra a Figura 4.5. No lado externo do substrato inferior, existe uma linha de microfita na qual a energia
é acoplada ao patch através de uma pequena fenda presente no plano de terra, que separa os substratos.
O plano de terra isola o alimentador do patch, minimizando a interferência de campos de borda. Dentre
os métodos de alimentação citados neste capı́tulo, essa configuração é a que possui a fabricação mais
complexa.
15
Figura 4.5: Antena de microfita circular alimentada via acoplamento por abertura [2].
Neste caso, a linha de microfita está posicionada entre os substratos. O acoplamento por
proximidade (Figura 4.6) apresenta uma fácil modelagem e uma maior largura de banda em comparação
com os métodos descritos neste capı́tulo.
Figura 4.6: Antena de microfita circular alimentada via acoplamento por proximidade [2].
de microfita é representada por duas aberturas (slots) separadas por uma linha de transmissão de baixa
impedância [18].
No método de cavidade ressonante, a região entre o patch e o plano de terra é tratada como uma
cavidade que é cercada por paredes magnéticas no perı́metro do patch e por paredes elétricas nos lados
superior e inferior. Esse método apresenta maior precisão e complexidade quando comparado ao método
de linha de transmissão. Também apresenta uma boa percepção fı́sica.
Por último, o método de onda completa, quando aplicados corretamente, é muito preciso, versátil,
e pode ser aplicado a um único elemento, elementos de formas geométricas variadas ou conjuntos finitos e
infinitos de elementos, entretanto, apresenta uma menor percepção fı́sica e é o modelo mais complexo.
O cálculo das dimensões da antena de microfita retangular é feito a partir de uma série de
parâmetros iniciais, como: frequência de operação (fc ), constante dielétrica relativa do substrato (εr ),
altura do substrato (h) e velocidade da luz no vácuo (c). Inicialmente, calcula-se a largura, W , e o
comprimento efetivo, Lef f , do patch retangular através das Equações (4.1) e (4.2), respectivamente:
r r
1 2 c 2
W = √ = (4.1)
2fc ε0 µ0 εr + 1 2fc εr + 1
17
c
Lef f = √ (4.2)
2fc εr
Com o W calculado, é possı́vel calcular a constate dielétrica relativa efetiva do substrato (εef f ):
εr + 1 εr − 1 1
εef f = + q (4.3)
2 2 1+ 12h
W
Devido ao efeito dos campos de fuga, o patch da antena de microfita retangular, parece eletricamente
maior do que ele realmente é fisicamente. Por tal motivo, o comprimento do patch é estendido por duas
vezes o valor de ∆L que é dado pela Equação (4.4).
(εef f + 0, 3) W
∆L h + 0, 264
= 0, 412 (4.4)
h (εef f − 0, 258) Wh + 0, 8
Por fim, de posse do valor da constante ∆L, é possı́vel calcular o valor do comprimento do patch
(L) através da seguinte equação:
Para o dimensionamento das linhas de transmissão presentes nas antenas, também é necessário
calcular parâmetros elétricos como: condutância (G1 ), admitância total ressonante na entrada do patch
retangular (Yin ) e a impedância ressonante de entrada do patch retangular (Zin ).
A condutância é dada pela seguinte equação:
1 W2
90 λ0 , W λ0
G1 = (4.6)
1 W
120 λ0 , W λ0
A admitância total ressonante na entrada do patch retangular é real e dada por:
Como a admitância é real, a impedância ressonante de entrada também real e é representada pela
seguinte equação:
1 1
Zin = = Rin = (4.8)
Yin 2Gin
Figura 4.8 ilustra as configurações dos dois modos, onde a é o semieixo maior e b o semieixo menor da
elipse, εr é a permissividade relativa do substrato dielétrico e h é a espessura do substrato:
Figura 4.8: Antena de microfita elı́ptica nos modos even (a) e odd (b) [3].
Para dimensionamento da antena de microfita elı́ptica é necessário ter alguns dados de entrada
como: a espessura do substrato (h), constante dielétrica relativa do substrato (εr ) e a frequência de
operação (fc ).
Para calcular as dimensões da antena elı́ptica, é necessário, primeiramente, calcular o semieixo
maior da elipse [20], que é dado pela seguinte equação:
0, 275
a= √ (4.9)
fc µε
onde µ e ε são a permeabilidade magnética absoluta e a permissividade elétrica absoluta do material
dielétrico da antena, respectivamente.
Considerando que a permeabilidade magnética do material dielétrico é igual a do vácuo (µ0 ), e
que ε = εr ε0 , encontra-se a seguinte equação:
0, 275 0.275c
a= √ = √ (4.10)
fc µ0 εr ε0 fc εr
onde c é a velocidade da luz no vácuo.
Com o semieixo maior da elipse calculado, é possı́vel encontrar o semieixo maior efetivo através
da seguinte equação:
21
2h a h
aef f = a 1 + ln + (1, 41εr + 1, 77) + (0, 268εr + 1, 65) (4.11)
aπεr 2h a
A Equação (4.12) fornece uma relação entre a excentricidade da elipse e a Função de Mathie
aproximada (q11 ), para ambos os modos.
s
e,o
15 q11
e= (4.12)
πfc aef f εr
19
As Equações (4.13) e (4.14) apresentam a Função de Mathie aproximada (q11 ) no modo dominante
(T M11 ) para os modos even e odd, respectivamente. Com essas equações e a Equação (4.12) será possı́vel
encontrar a excentricidade da elipse.
e
q11 = −0, 0049e + 3, 7888e2 − 0, 7278e3 + 2, 314e4 (4.13)
o
q11 = −0, 0063e + 3, 8316e2 − 1, 1351e3 + 5, 2229e4 (4.14)
Por fim, utiliza-se a fórmula da excentricidade da elipse 4.15 para encontrar o semieixo menor (b).
√
a2 + b2
e= (4.15)
a
Com as dimensões da elipse definidas, o próximo passo é calcular a impedância de entrada do
patch elı́ptico. Para isso, é possı́vel usar as equações do patch circular para calcular a impedância do
elı́ptico. Basta calcular a impedância do patch circular utilizando os semieixos da elipse como raio e,
por fim, fazer a média das duas impedâncias encontradas. A Figura 4.9 mostra alguns parâmetros e a
geometria de uma antena de microfita de patch circular:
Primeiramente, é necessário calcular o raio efetivo para patch circular (ref f ), que é dado por:
2h h πr i 21
ref f =r 1+ ln + 1, 7726 (4.16)
πrεr 2h
onde r é o raio do patch circular.
Para encontrar a impedância de entrada da antena de microfita de patch circular, é necessário
encontrar a condutância total da antena (Gt ). Tal parâmetro é dado pela seguinte equação:
Gt = Grad + Gc + Gd (4.17)
20
onde Grad é a condutância presente entre o patch e o plano de terra, Gc é a condutância devido à condução
(ôhmica) e Gd é a condutância devido às perdas dielétricas.
Através das Equações (4.18), (4.19) e (4.20), é possı́vel calcular Grad , Gc e Gd , respectivamente.
2
(k0 ref f ) 3 2 2 1 4 4 7 6 6
Grad = 1, 333 1 − 3 (k0 ref f ) sen θ + (k0 ref f ) sen θ − (k0 ref f ) sen θ
480 2 3 × 23 12 × 210
(4.18)
−3
m0 π(πµ0 fr ) 2
Gc = √ [(kref f )2 − m2 ] (4.19)
4h2 σ
m0 tan(δ)
Gd = [(kref f )2 − m2 ] (4.20)
4µ0 hfr
2πfr
onde k0 = c , m0 = 1 para m = 0, m0 = 1 para m 6= 0, σ é a condutividade do condutor elétrico
2π
presente na antena, tan δ é a tangente de perda do substrato e k = λ .
Com a condutância total da antena calculada através da Equação (4.17), é possı́vel encontrar a
impedância de entrada do patch circular através da seguinte expressão:
1
Rin = (4.21)
Gt
Finalmente, para encontrar a impedância da antena de microfita elı́ptica, basta utilizar a equação
a seguir:
2
Rin = (4.22)
Gt |r=a + Gt |r=b
Capı́tulo 5
Ao longo deste Capı́tulo, será feita uma abordagem a respeito dos materiais e parâmetros utilizados
para simulação das antenas, além dos métodos de alimentação e desenvolvimento das antenas de microfita
de patch elı́ptico e retangular.
• 0, 254 mm ±001;
• 0, 508 mm 4 ± 001;
• 0, 635 mm ±0015;
• 0, 762 mm ±002;
• 1, 026 mm ±002;
• 1, 270 mm ±002;
• 2, 540 mm ±004.
22
As dimensões das antenas serão calculadas considerando todos os valores de espessuras do substrato
da placa RT/Duroid 5880LZ, com o intuito de comparar e analisar as antenas de microfita com diferentes
espessuras.
Figura 5.1: Configuração básica de uma antena de microfita alimentada por linha de transmissão do tipo
edge-fed
p
Zλ = Zpatch Z (5.1)
4
εr + 1 εr − 1 1
εef f = + q (5.2)
2 2 1+ 12h
w
23
√ 60 8h w w
εef f ln w + 4h , h ≤1
Z0 = (5.3)
120π w
√
εef f [ w
, h ≥1
h +1,393+0,667 ln( h +1,444)]
w
onde
s
Z0 εr + 1 εr − 1 0, 11
A= + 0, 23 + (5.5)
60 2 εr + 1 εr
377π
B= √ (5.6)
2Z0 εr
Por fim, o comprimento da linha de transmissão de microfita é dado por:
θλ0
l= √ (5.7)
2π εef f
onde θ é o comprimento elétrico do trecho da linha de transmissão.
Além disso, as dimensões do trecho de 50 Ω são comuns às duas antenas. Utilizando as equações
vistas na Seção 5.2, o script mostrado no Anexo A e definindo o comprimento elétrico (θ) desse trecho
como sendo igual a π, é possı́vel encontrar os seguintes valores de largura (w50 ) e comprimento (l50 ) da
linha de transmissão:
24
Nesta Subseção, são dados os parâmetros particulares das antenas de microfita de patch retangular.
A Figura 5.2 mostra o posicionamento de cada parâmetro da antena retangular.
A primeira parte da antena a ser calculada é o patch retangular. Utilizando as equações vistas na
Seção 4.4 e o script do MATLAB presente no Anexo B, é possı́vel encontrar a largura (W ), o comprimento
(L) e a impedância de entrada (Zpatch ) do patch. Tais valores são mostrados na Tabela 5.3.
Para calcular as dimensões do transformador de quarto de onda, é necessário primeiramente
encontrar a sua impedância caracterı́stica através da Equação (5.1), encontrando:
p
Zλ = 133, 20Ω × 50, 00Ω = 81, 61Ω (5.8)
4
25
π
Com Z λ calculado e definindo o comprimento elétrico (θ) como 2, a largura (l λ ) e o comprimento
4 4
Tabela 5.4: Dimensões do transformador de quarto de onda da antena de microfita de patch retangular.
Parâmetro Valor
wλ 0,6332 mm
4
lλ 1,9133 mm
4
A largura (Lg ) e comprimento (Wg ) mı́nimos do substrato e do plano de terra são dados por:
Lg = 6h + Y (5.9)
Wg = 6h + X (5.10)
Tabela 5.5: Dimensões do substrato e plano de terra para a antena de microfita retangular.
Parâmetro Valor
Wg 7,4515 mm
Lg 12,0735 mm
Com isso, todas as dimensões da antena retangular foram calculadas para o substrato de espessura
de 0,508 mm. De maneira análoga, as dimensões dessas antenas também foram calculadas para todos os
outros padrões de espessura de substrato da placa RT/Duroid 5880LZ e estão reunidos no Apêndice A.
p
Zλ = 145, 7840Ω × 50, 0000Ω = 85, 3768Ω (5.11)
4
largura (Wg ) e comprimeto (Lg ) do substrato e patch é possı́vel chegar aos valores mostrados na Tabela
5.8, considerando Y = l50 e W = 2a.
27
Tabela 5.7: Dimensões do transformador de quarto de onda da antena de microfita de patch elı́ptico.
Parâmetro Valor
wλ 0,5742 mm
4
lλ 1,9133 mm
4
Tabela 5.8: Dimensões do substrato e plano de terra para a antena de microfita elı́ptico.
Parâmetro Valor
Wg 7,2572 mm
Lg 9,7830 mm
Todas as dimensões das antenas elı́pticas para os valores de espessura da placa RT/Duroid 5880LZ
também foram calculados e podem ser vistas no Apêndice B.
Capı́tulo 6
É importante ressaltar que qualquer estrutura sólida gerada no HFSS em que o material não
for especificado pelo usuário, o software irá, por definição, atribuir o vácuo como material. Portanto, é
necessário atribuir o cobre como material do plano de terra, patch, transformador de quarto de onda e
trecho de 50 Ω; e criar um material na biblioteca do HFSS com as caracterı́sticas do substrato presente na
placa RT/Duroid 5880LZ [21] e atribuı́-lo ao substrato da antena no software.
Com a antena caracterizada, é fundamental definir portas de excitação para as antenas. O HFSS
trabalha, principalmente, com dois tipos de portas de excitação como: wave port e lumped port. A wave
port representa uma superfı́cie externa, na qual o sinal entra e sai da estrutura da antena. Comporta-se,
basicamente, como se um guia de onda semi-infinito estivesse conectado à antena. Além disso, a wave
port calcula, automaticamente, a impedância caracterı́stica da linha de transmissão, desde que a porta
esteja apropriadamente dimensionada. A lumped port é uma porta de excitação que deve estar localizada
no interior da estrutura 3D. Além disso, é necessário conhecer a impedância caracterı́stica da linha de
transmissão de microfita na qual a porta estará conectada. Esta suporta apenas um modo de propagação,
ao passo que a wave port suporta vários. Por conta do modelo 3D das antenas caracterizado, torna-se
imprescindı́vel optar por uma superfı́cie externa de excitação, portanto, utilizando a wave port. A Figura
6.3 mostra as dimensões ideais para a wave port aplicada à linha de microfita. As dimensões da porta são
iguais para as duas antenas, visto que essa depende somente da espessura do substrato (h) e da largura do
trecho de 50 Ω (w50 ) que são iguais para ambas as antenas.
Além de definir a porta de excitação, também é fundamental definir as condições de contorno. No
ambiente do HFSS, as condições de contorno apresentam dois propósitos principais: definir se trata de um
modelo eletromagnético fechado ou aberto, para simplificar a complexidade do modelo eletromagnético ou
geométrico. Dentre a vasta gama de tipos de condições de contorno presentes no HFSS, a utilizada neste
projeto foi a Radiation Boundary. Tal condição é utilizada para simular um problema aberto no qual se
permite que as ondas radiem infinitamente no espaço, até o limite da condição definida. O HFSS absorve
as ondas na condição de fronteira e tal método é chamado como Condições de Contorno Absorventes
(Absorbing Boundary Condition, ABC). Na maioria das aplicações, as superfı́cies das condições devem
estar distantes da fonte de radiação de pelo menos um quarto de comprimento de onda.
Para definir a Radiation Boundary é necessário, primeiramente, criar uma caixa ao redor da
30
antena e, posteriormente, atribuir o material dessa caixa como sendo o ar. A técnica utilizada define que
a altura da caixa deva ser dez vezes a altura do substrato e que as outras faces da caixa de ar distem
de, pelo menos, um quarto de comprimento de onda do patch. A Figura 6.4 ilustra um exemplo genérico
de caixa de ar no HFSS com os critérios supracitados e as suas variáveis de dimensionamento, onde Wg
é a largura do substrato e Lg é o comprimento. Ademais, as Tabelas 6.1 e 6.2 mostram os valores das
dimensões da caixa para as antenas de microfita retangular e elı́ptica,respectivamente, com a espessura do
substrato sendo igual a 0,508 mm.
Figura 6.5: Curvas de coeficiente de reflexão das antenas retangulares para as espessuras padrão da placa
RT/Duroid 5880LZ.
32
Figura 6.6: Curvas de coeficiente de reflexão das antenas elı́pticas para as espessuras padrão da placa
RT/Duroid 5880LZ.
Analisando os dois gráficos anteriores, nota-se que a perda de retorno da antena retangular melhora
com o aumento da espessura do substrato, considerando apenas os valores no intervalo entre 0,254 mm e
1,126 mm. Para antena elı́ptica, a melhora do valor da perda de retorno com o aumento da espessura do
substrato dielétrico ocorre para os valores de situados entre 0,254 mm e 0,762mm. Ademais, observa-se
que para as placas com substrato de 1,270 mm e 2,540 mm, ambas as antenas apresentaram péssimos
valores de perda de retorno e as curvas não convergiram para nenhum valor de frequência no intervalo
analisado (25 GHz - 31 GHz).
As Tabelas 6.3 e 6.4 mostram os valores de perda de retorno na frequência de 28 GHz e as larguras
de banda calculados em -10 dB para as antenas retangulares e elı́pticas.
Nota-se que, além da melhora da perda de retorno com o aumento da espessura do substrato,
também ocorre o aumento da largura de banda das antenas.
Devido à presença da placa de 0,508 mm no estoque do Laboratório de Antenas e Propagação
(LaProp) da UFF, essa espessura será considerada para os outros parâmetros simulados no HFSS. A
Figura 6.7 mostra as curvas de S11 das antenas retangular e elı́ptica com o substrato de espessura de 0,508
mm.
Figura 6.7: Comparação do S11 entre as antenas microfita de patch retangular e elı́ptico para o substrato
de 0,508 mm.
Através das curvas de S11 vistas na Figura 6.7 e das Tabelas 6.3 e 6.4, nota-se que a antena
retangular em questão apresentou um valor comparativamente pior de perda de retorno do que a antena
elı́ptica. A antena elı́ptica apresentou um valor de largura de banda maior.
Visando a conectorização das antenas, que será realizada durante as medições, em que o conector
utilizado possuirá um material metálico, será necessário aumentar a distância entre o conector e o patch,
para diminuir a interferência entre eles. Isso será feito aumentando o trecho de alimentação de 50 Ω, para
isso foi considerado o comprimento elétrico desse trecho como sendo igual a 5π. Com isso, o comprimento
fı́sico desse trecho para as duas antenas é de 19,13 mm. A Figura 6.8 mostra o gráfico de perda de retorno
34
Figura 6.8: Comparação do S11 entre as antenas microfita de patch retangular e elı́ptico.
(a) (b)
Figura 6.9: Diagrama de irradiação 3D das antenas retangular (a) e elı́ptica (b).
35
Através dos gráficos de diagrama de irradiação 3D nota-se que a antena retangular atingiu um
ganho máximo de 8,63 dB e a elı́ptica, 7,73 dB.
Para encontrar a largura de feixe, é necessário traçar o diagrama de irradiação polar, em dB
normalizado. A Figura 6.10 mostra os diagramas nos planos E e H para as antenas. As Tabelas 6.5 e 6.6
comparam as larguras de feixes das antenas no plano H e E, respectivamente.
(a) (b)
Figura 6.10: Diagrama de irradiação polar para os plano E (φ = 0◦ ) e H (φ = 90◦ ) das antenas retangular
(a) e elı́ptica (b).
É possı́vel notar que a antena elı́ptica apresentou maior largura de feixe, sendo assim menos
diretiva que a antena retangular, porém, as larguras de feixe de ambas as antenas são consideradas boas,
pois se as antenas fossem posicionadas na quina de uma sala, por exemplo, elas seriam capazes de prover
cobertura de sinal para todo o ambiente.
O último parâmetro analisado e simulado no HFSS foi VSWR (Voltage Standing Wave Ratio) e
a Figura 6.11 mostra as curvas para as duas antenas em dB. Na frequência central, 28 GHz, a antena
36
retangular apresentou 2,22 dB e a elı́ptica, 1,40 dB. Dessa maneira, a antena de microfita elı́ptica apresentou
melhor valor de VSWR, portanto, ambas as antenas apresentaram bons valores durante as simulações, o
que justifica a fabricação das mesmas.
Após as antenas mostrarem bom desempenho no software HFSS, o próximo passo foi a fabricação
e medição dos parâmetros calculados durante as simulações. Ao longo deste capı́tulo, será visto o processo
de fabricação, medições e, além disso, uma comparação e análise entre os resultados encontrados. O
processo foi realizado no LaProp/UFF.
A LPKF S103 trabalha em conjunto com o software CircuitPro 2.1. Através desse software, é
38
(a) (b)
(a) (b)
Assim como durante as simulações, o primeiro parâmetro analisado foi o S11 . Durante essa
medição, somente uma antena de cada tipo foi conectada ao Analisador Vetorial de Redes por vez. As
Figuras 7.7 e 7.8 mostram as perdas de retorno das antenas retangular e elı́ptica, repectivamente.
Um outro experimento consistiu em utilizar um par de antenas do mesmo tipo sendo uma
transmissora e outra receptora. A antena transmissora estava posicionada no centro de um semicı́rculo
de 70 cm de raio, enquanto a receptora estava na borda desse semicı́rculo de maneira que a sua posição
angular era gradativamente alterada e o S21 , em dB normalizado, era medido. A Figura 7.11 ilustra
essa configuração, onde AVR é o Analisador Vetorial de Redes. Com isso, foi possı́vel realizar um teste
de mobilidade angular das antenas indoor através de uma caracterização experimental da perda de
transmissão. As Figuras 7.12 e 7.13 mostram essa caracterização para as antenas de microfita retangular
e elı́ptica, respectivamente. Através desses gráficos é possı́vel inferir que a antena retangular apresentou
um ganho maior do que a elı́ptica, tanto no lóbulo principal quanto nos secundários.
Figura 7.12: Caracterização experimental da perda de transmissão do canal para a antena retangular.
Figura 7.13: Caracterização experimental da perda de transmissão do canal para a antena elı́ptica.
A Figura 7.15 mostra que o S21 inicial da antena elı́ptica é mais baixo do que o da antena
retangular, porém, a antena retangular apresentou uma queda mais acentuada do nı́vel de sinal, ao passo
que na antena elı́ptica esse nı́vel atenuou mais lentamente ao longo do percurso.
diferenças são devido às imperfeições durante o processo de fabricação das antenas. As Figuras 7.16 e 7.17
fazem uma comparação entre as curvas de S11 encontradas nas simulações e medições para as antenas
retangular e elı́ptica, respectivamente. Além disso, as Tabelas 7.1 e 7.2 resumem os valores encontrados
nessas curvas.
Figura 7.16: Comparação entre as curvas S11 encontradas na simulação e medição da antena retangular.
Figura 7.17: Comparação entre as curvas S11 encontradas na simulação e medição da antena elı́ptica.
A diferença entre os valores encontrados na simulação e fabricação é esperada, pois o valor de 1,96
de constante dielétrica da placa RT/Duroid 5880LZ foi validado para a frequência de 10 GHz. Para os
outros valores de frequência, há uma incerteza de ± 0,04. Além disso, as antenas fabricadas apresentaram
uma largura de banda comparativamente menor do que as antenas simuladas. Tal fato ocorre, pois o
46
software HFSS leva em consideração um ambiente ideal, ou seja, livre de interferências, ao passo que as
simulações foram realizadas em um ambiente sujeito a diversos tipos de interferências do ambiente e de
conectorização, por exemplo.
Capı́tulo 8
Conclusão
Neste trabalho foi proposto o uso de antenas de microfita de patch elı́ptico e retangular para
utilização em ambiente indoor na arquitetura do 5G.
Foram mostradas as metodologias utilizadas para dimensionamento das antenas de microfita e
suas linhas de transmissão. Além disso, foram vistas as técnicas utilizadas para caracterizar, simular e
analisar as antenas no software HFSS. Também foi feito um detalhamento de todo o processo de fabricação,
montagem dos experimentos e medições.
Comparando as antenas fabricadas, as duas antenas apresentaram valores satisfatórios de perda
de retorno e largura de banda. A antena de microfita retangular apresentou melhor valor de perda de
retorno, enquanto a elı́ptica apresentou maior banda. Quanto à perda de sinal com a distância, para uma
mesma potência de transmissão, observa-se que a antena microfita retangular apresentou uma queda mais
acentuada com a distância em escala logarı́tmica. A antena elı́ptica apresentou um nı́vel de sinal mais
baixo, porém a curva de perda de inserção se manteve com uma queda mais lenta com a distância. O fato
da antena elı́ptica ser menos diretiva do que a antena retangular, explica o fato do nı́vel de sinal inicial da
antena de patch retangular ser mais alto.
Os resultados obtidos mostram que as antenas propostas são adequadas à arquitetura amplamente
sugerida para a quinta geração de comunicações móveis.
Este trabalho foi apresentado na 68a Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência
na sessão de pôster [22]. Além disso, foi classificado entre os 10 melhores da categoria Engenharia no
Prêmio Vasconcellos Torres de Iniciação Cientı́fica de 2016 e foi aceito no XXXV Simpósio Brasileiro de
Telecomunicações e Processamento de Sinais [23].
Capı́tulo 9
Com base no trabalho desenvolvido, será feita uma modelagem de um ambiente indoor completo
3D no software ANSYS HFSS, fazendo uma transmissão OFDM (Multiplexação por divisão de frequências
ortogonais) do sinal em 28 GHz, utilizando as antenas de microfita retangular e elı́ptica e analisando, além
de parâmetros eletromagnéticos, a taxa de erro de bits e o diagrama de olho, por exemplo.
O objetivo é reproduzir no HFSS de forma mais fiel possı́vel uma femtocélula da arquitetura 5G
real, como por exemplo um escritório. A Figura 9.1, mostra um dos modelos de ambiente 3D completo no
HFSS, em que todos os componentes deste ambiente possuem as suas caracterı́sticas eletromagnéticas de
acordo com a realidade.
Com o ambiente devidamente modelado e simulado no HFSS, esse canal será testado utilizando o
sinal do IEEE 802.11g com pequenos ajustes no ANSYS Design. A Figura 9.2 apresenta o esquema de
blocos do IEEE 802.11g no software.
O modelo do IEEE 802.11g será utilizado apenas para teste iniciais. Paralelamente, será gerado
um sinal no MATLAB com as premissas de um sinal que poderá ser utilizado pelo 5G. E esse sinal será
importado para o ANSYS Design para que, por fim, sejam analisados todos os parâmetros pertinentes das
antenas em um ambiente 3D completo.
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2017.
Apêndice
Apêndice A
Tabela 1: Dimensões da antena de microfita de patch retangular com substrato de espessura de 0,254 mm.
Parâmetro Valor
Wg 5,9275 mm
Lg 10,8111 mm
W 4,4035 mm
L 3,5473 mm
Zpatch 133,2 Ω
wλ/4 0,3166 mm
lλ/4 1,9133 mm
Zλ/4 81,61 Ω
w50 0,7615 mm
l50 3,8265 mm
Tabela 2: Dimensões da antena de microfita de patch retangular com substrato de espessura de 0,508 mm.
Parâmetro Valor
Wg 7,4515 mm
Lg 12,0735 mm
W 4,4035 mm
L 3,2857 mm
Zpatch 133,2 Ω
wλ/4 0,6332 mm
lλ/4 1,9133 mm
Zλ/4 81,61 Ω
w50 1,5230 mm
l50 3,8265 mm
52
53
Tabela 3: Dimensões da antena de microfita de patch retangular com substrato de espessura de 0,635 mm.
Parâmetro Valor
Wg 8,2135 mm
Lg 12,7102 mm
W 4,4035 mm
L 3,1604 mm
Zpatch 133,20 Ω
wλ/4 0,7915 mm
lλ/4 1,9133 mm
Zλ/4 81,61 Ω
w50 1,9037 mm
l50 3,8265 mm
Tabela 4: Dimensões da antena de microfita de patch retangular com substrato de espessura de 0,762 mm.
Parâmetro Valor
Wg 8,9755 mm
Lg 13,3503 mm
W 4,4035 mm
L 3,0385 mm
Zpatch 133,2 Ω
wλ/4 0,9498 mm
lλ/4 1,9133 mm
Zλ/4 81,61 Ω
w50 2,2845 mm
l50 3,8265 mm
Tabela 5: Dimensões da antena de microfita de patch retangular com substrato de espessura de 1,126 mm.
Parâmetro Valor
Wg 11,1595 mm
Lg 15,2011 mm
W 4,4035 mm
L 2,7053 mm
Zpatch 133,2 Ω
wλ/4 1,4035 mm
lλ/4 1,9133 mm
Zλ/4 81,61 Ω
w50 3,3758 mm
l50 3,8265 mm
54
Tabela 6: Dimensões da antena de microfita de patch retangular com substrato de espessura de 1,270 mm.
Parâmetro Valor
Wg 12,0235 mm
Lg 15,9393 mm
W 4,4035 mm
L 2,5795 mm
Zpatch 133,2 Ω
wλ/4 1,5830 mm
lλ/4 1,9133 mm
Zλ/4 81,61 Ω
w50 3,8075 mm
l50 3,8265 mm
Tabela 7: Dimensões da antena de microfita de patch retangular com substrato de espessura de 2,540 mm.
Parâmetro Valor
Wg 19,6435 mm
Lg 22,5642 mm
W 4,4035 mm
L 1,5844 mm
Zpatch 133,2 Ω
wλ/4 3,1661 mm
lλ/4 1,9133 mm
Zλ/4 81,61 Ω
w50 7,6150 mm
l50 3,8265 mm
55
Apêndice B
Tabela 8: Dimensões da antena de microfita de patch elı́ptico com substrato de espessura de 0,254 mm.
Parâmetro Valor
Wg 5,7332 mm
Lg 11,5172 mm
a 2,1046 mm
b 2,1267 mm
Zpatch 242,15 Ω
wλ/4 0,1480 mm
lλ/4 1,9133 mm
Zλ/4 110,04 Ω
w50 0,7615 mm
l50 3,8265 mm
Tabela 9: Dimensões da antena de microfita de patch elı́ptico com substrato de espessura de 0,508 mm.
Parâmetro Valor
Wg 7,2572 mm
Lg 12,8310 mm
a 2,1046 mm
b 2,0216 mm
Zpatch 242,15 Ω
wλ/4 0,3460 mm
lλ/4 1,9133 mm
Zλ/4 110,04 Ω
w50 1,5230 mm
l50 3,8265 mm
56
Tabela 10: Dimensões da antena de microfita de patch elı́ptico com substrato de espessura de 0,635 mm.
Parâmetro Valor
Wg 8,0192 mm
Lg 13,5420 mm
a 2,1046 mm
b 1,9961 mm
Zpatch 242,15 Ω
wλ/4 0,3701 mm
lλ/4 1,9133 mm
Zλ/4 110,04 Ω
w50 1,9037 mm
l50 3,8265 mm
Tabela 11: Dimensões da antena de microfita de patch elı́ptico com substrato de espessura de 0,762 mm.
Parâmetro Valor
Wg 8,7812 mm
Lg 14,2296 mm
a 2,1046 mm
b 1,9589 mm
Zpatch 242,15 Ω
wλ/4 0,4441 mm
lλ/4 1,9133 mm
Zλ/4 110,04 Ω
w50 2,2845 mm
l50 3,8265 mm
Tabela 12: Dimensões da antena de microfita de patch elı́ptico com substrato de espessura de 1,126 mm.
Parâmetro Valor
Wg 10,9652 mm
Lg 16,2290 mm
a 2,1046 mm
b 1,8666 mm
Zpatch 242,15 Ω
wλ/4 0,6563 mm
lλ/4 1,9133 mm
Zλ/4 110,04 Ω
w50 3,3758 mm
l50 3,8265 mm
57
Tabela 13: Dimensões da antena de microfita de patch elı́ptico com substrato de espessura de 1,270 mm.
Parâmetro Valor
Wg 11,8292 mm
Lg 17,0188 mm
a 2,1046 mm
b 1,8295 mm
Zpatch 242,15 Ω
wλ/4 0,7402 mm
lλ/4 1,9133 mm
Zλ/4 110,04 Ω
w50 3,8075 mm
l50 3,8265 mm
Tabela 14: Dimensões da antena de microfita de patch elı́ptico com substrato de espessura de 2,540 mm.
Parâmetro Valor
Wg 19,4492 mm
Lg 24,4316 mm
a 2,1046 mm
b 1,7259 mm
Zpatch 242,15 Ω
wλ/4 1,4805 mm
lλ/4 1,9133 mm
Zλ/4 110,04 Ω
w50 7,6150 mm
l50 3,8265 mm
Anexos
Anexo A
clear
clc
%Script para Cálculo de linha de transmiss~
ao microstrip
%Imped^
ancia de entrada da linha
Z0=50;
%Permissividade de dieletrica relativa
Er=1.96;
%Espessura do condutor
t=35e-6;
%Espessura do substrato
h=0.508e-3;
%Frequ^
encia de operaç~
ao
f=28e9;
%Comprimento elétrico da linha de microfita
theta=pi/2;
%Comprimento de onda
lambda=(3e8)/f;
syms W Er_eff
%Er_eff=((Er+1)/2)+((Er-1)/2)/(sqrt(1+12*h*W))
%Z0=(60/sqrt(Er_eff))*log((8*h/W)+(W/(4*h)))
%Z0=120*pi/(sqrt(Er)*((W/h)+1.393+0.667*log((W/h)+1.444)))
Y1=solve(-Z0+(60/sqrt(Er_eff))*log((8*h/W)+(W/(4*h))), ...
-Er_eff+((Er+1)/2)+((Er-1)/2)/(sqrt(1+12*h*W)))
58
59
Er_eff=Y1.Er_eff;
W=Y1.W;
w=abs(W);
if double(w) >= h
syms W Er_eff
Y1=solve(-Z0+120*pi/(sqrt(Er)*((W/h)+1.393+0.667*log((W/h)+1.444))),...
-Er_eff+((Er+1)/2)+((Er-1)/2)/(sqrt(1+12*h*W)));
w=Y1.W;
Er_eff=Y1.Er_eff;
end
%Largura da linha
w=w*1000
%Comprimento da linha
l=(theta*lambda/(2*pi*sqrt(Er_eff)))*1000
Anexo B
clear all
clc
%%DIMENSIONAMENTO DA ANTENA DE MICROFITA RETANGULAR%%
%%DADOS DE ENTRADA%%
er=1.96; %%CONSTANTE DIELÉTRICA DO SUBSTRATO%%
h=0.508e-3; %%ALTURA DO SUBSTRATO%%
f=28e9; %%FREQU^
ENCIA DE OPERAÇ~
AO%%
c=3e8; %%VELOCIDADE DA LUZ NO VÁCUO%%
lambda=c/f %%COMPRIMENTO DE ONDA%%
%%FUNÇ~
OES PARA DIMENSIONAMENTO DA ANTENA%%
Zin=1/(4*G1) %%IMPED^
ANCIA DE ENTRADA DO PATCH RETANGULAR%%