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ANHANGUERA AÇÕES PARA EVITAR A LER E A DORT

EDUCACIONAL

RESUMO
Engenharia de Segurança do
Trabalho Este trabalho visa apontar situações dentro de uma empresa de
Prof. Engº Doni Assis serralheria, os quais podem acarretar em traumas físicos ou
Engº Civil mesmos psicológicos dos colaboradores. Serão mostrados os
Engº Segurança do Trabalho riscos associados às atividades de uma serralheria, bem como
iremos falar das doenças causadas por esforços repetitivos, e
posturas inadequadas para o trabalho; zelando pela saúde e
segurança dos colaboradores. Em seguida mostraremos como
podemos diminuir e até mesmo acabar com essas negligências,
Elaborado por:
com fim quase que sempre iguais, o acidente de trabalho, por
posturas incorretas e distrações ocasionadas por lesões.
Davi Sales Pina
Anhanguera Educacional Palavras-Chave: L.E.R, D.O.R.T – Ergonomia, onde está?

Gledson Villarta Gonçalves


Anhanguera Educacional
ABSTRACT
Jorge Ubiratan Franco da Silva
Anhanguera Educacional This paper aims to point out situations in a locksmith company,
which can result in physical trauma or psychological same
employees. In this first stage of the project we will talk about
Leandro Antonelli Correa
illnesses caused by repetitive motion, and awkward postures to
Anhanguera Educacional work, ensuring the health and safety of employees. Then we show
how we can reduce and even end these shortcomings, with the
Moacir Assis Júnior end almost always the same, the work injury by incorrect postures
and distractions caused by injuries.
Anhanguera Educacional
Keywords: L.E.R, D.O.R.T - Ergonomics, where is it?

1
2 Engenharia de Segurança do Trabalho – Ergonomia – LER e DORT

1. INTRODUÇÃO
A Constituição Federal determina que o trabalhador tenha direito a redução dos riscos à vida, a
proteção à saúde e segurança no trabalho. Determina que o trabalho seja realizado em
condições que contribuam para a melhoria da qualidade vida e a realização pessoal e social.
Segurança e Saúde do Trabalhador são preocupações constantes de empresários de micro e
pequenas empresa. As dificuldades econômicas, a falta de estrutura, de conhecimento da
legislação e dos problemas do ambiente de trabalho levam a não cumprir, ou cumprir
parcialmente a legislação sobre segurança. É necessário levantar as informações básicas para
que o empresário da micro e pequena SERRALHERIA tenham subsídios para reconhecer e
analisar as condições em seu ambiente de trabalho.

2. CARACTERÍSTICAS DO TRABALHO EM SERRALHERIA


A SERRALHERIA de micro e pequeno porte, caracteriza–se pela grande utilização de mão-de-
obra, em decorrência da pouca utilização de tecnologia de ponta. A mão-de-obra utilizada em
parte é especializada possuindo destreza e habilidades manuais, fator que faz a diferença na
produção de portas, portões, estruturas etc.
As SERRALHERIAS desenvolvem as seguintes atividades no dia-a-dia: atividades de escritório,
corte de materiais com tesoura, com esmerilhadeira, corte oxiacetileno, solda elétrica, MIG, TIG,
estampagem manual ou através de prensa elétrica, pintura de fundo com zarcão e de
acabamento com esmalte, montagem, acabamento, carregamento e descarregamento de
materiais.
Estas empresas geralmente possuem um quadro de funcionários sem carteira assinada, não
fazem os exames médicos admissionais, periódicos e demissionais e não possuem o Programa
de Controle Médico e Saúde Ocupacional, tudo exigido pela legislação através da Norma
Regulamentadora 7 – Portaria 3.214. Utiliza–se as seguintes máquinas e equipamentos:
Esmerilhadeira, Policorte, Esmeril, Solda Elétrica etc. No processo de produção também são
utilizados produtos químicos e radiações não ionizantes, como: zarcão, esmalte, solda elétrica,
oxiacetileno.
A atividade na SERRALHERIA, por suas características, expõem os seus trabalhadores ao risco:
ruído, agentes químicos, a condições ergonômicas inadequadas e ao risco de acidentes. Os
efeitos mais comuns causados na saúde do trabalhador são: perda auditiva, queimaduras no
corpo, distúrbios respiratório, lesões pulmonares, dor de cabeça, fadiga, redução da destreza
manual, lesão por esforço repetitivo e redução da capacidade de trabalho.

3. SAÚDE NO TRABALHO EM SERRALHERIA. EXPOSIÇÃO A


RISCOS NO AMBIENTE DE TRABALHO.
Durante o processo de trabalho, os serralheiros expõem-se a grandes riscos, entre os quais
estão o risco físico, químico, ergonômico, radiação, ruídos, temperaturas extremas, umidade,
iluminação deficiente, poeiras e partículas, fumos e gases de solda, risco de choque elétrico e
incêndio (GOMES e RUPPENTHAL, 2002). Os fatores de risco classificam–se em:

– FÍSICO
– QUÍMICO
– ERGONÔMICO
– DE ACIDENTE

Risco Físico
Considera–se como risco físico o ruído, o calor, a vibração, a radiação ionizante ou não, a
umidade, as temperaturas extremas e as pressões anormais. A SERRALHERIA utiliza vários
tipos de máquinas, que produzem variados níveis de ruído durante a jornada de trabalho. De
acordo com a NR–15, o nível máximo de ruído permitido não deve ultrapassar a 85 dB(A) para
08 horas diárias de exposição. As máquinas encontradas nas SERRALHERIAS, produzem um
ruído mínimo de 88,3 dB(A), acima do permitido em lei. Em uma linha de produção temos vários
tipos de ruídos:
– Contínuo: é aquele que apresenta poucas variações dos níveis de intensidade e ocorre
geralmente quando máquinas permanecem ligadas sempre na mesma rotação.
– Intermitente: é aquele que apresenta variações significativas dos níveis de intensidade, sendo
acentuados em certos momentos.
– Impacto: é aquele que apresenta picos curtos de energia acústica.
A maioria das máquinas e equipamentos encontrados nas SERRALHERIAS produzem ruídos
característicos, os quais podem ser ampliados em decorrência de falta de lubrificação das
máquinas, de manutenção, de amortecimento de peças flexíveis, de elementos que absorvem o
impacto, de silenciadores, e em consequência de desregularem. Ao tratar dos riscos
relacionados aos ruídos, a pesquisa de Leme (2001) revela que “a exposição crônica a ruídos
provoca lesão nas células ciliadas externas, especialmente na espira basal da cóclea”. Além
disso, o autor coloca que os serralheiros analisados na pesquisa encontravam-se expostos a
uma pressão sonora de em média “94,65dB (maquinário: esmeris, lixadeiras, disco de corte,
lixadeiras)”, de forma intermitente, 8 horas por dia.

Risco Químico e de Radiações não Ionizantes

A SERRALHERIA utiliza para confecção de seus produtos: zarcão, tinta esmalte, solda elétrica
que emite gases (fundo metálico), químicos (oxiacetileno, dióxido de carbono) e radiações não
ionizantes etc. Esses produtos químicos emitem vapores e gases (fundo metálico) que são
absorvidos pelo organismo por vias respiratória e cutânea (quando há manipulação). O
manuseio desses produtos químicos em locais mal ventilados e pequenos impede a diluição e
dispersão dos vapores e gases (fundo metálico) emitidos, colocando assim em risco a saúde do
trabalhador. Efeitos causados pelo contato com os vapores e gases (fundo metálico) destes
produtos químicos:
Efeito Agudo: causado pela exposição do trabalhador a altas concentrações por curto espaço
de tempo, dor de cabeça, fadiga, perda de consciência, irritação dos olhos e das vias
respiratórias, lesões pulmonares, causando dificuldades de respiração.
Efeito Crônico: causadas pela exposição do trabalhador a pequenas e médias concentrações
por tempo prolongado, reduzindo da destreza manual e do tempo de reação, falta de memória,
redução da capacidade para o trabalho.
Efeitos causados pelo contato com solda elétrica, MIG e TIG: O trabalhador de SERRALHERIA
que manuseia solda elétrica, MIG e TIG, poderá correr o risco de queimaduras no corpo. O arco
elétrico é formado por gases ionizados a uma temperatura muito elevada e capaz de gerar
radiação eletromagnética intensa na forma de infravermelho, luz visível e ultravioleta. A
exposição dos olhos à radiação do arco pode causar queima da retina, catarata, queimadura na
pele, ofuscamento, fadiga visual e cefaleia (MARQUES et al., 2009, p. 46). Além disso, existe
uma irritação dos olhos conhecida como “flash do soldador”, que pode ser ocasionada mesmo
que por uma pequena exposição ao arco elétrico. Embora seja sentida apenas algumas horas
depois da exposição, essa irritação causa grande desconforto, provocando inchaço, secreção de
fluidos, cegueira temporária, e conforme relatado por alguns, até mesmo sensação de areia nos
olhos (MARQUES et al., 2009, p. 46).
Os fumos de solda e poeira metálica podem trazer riscos distintos, a depender da exposição. A
exposição a concentrações excessivas de fumos de solda contendo zinco, magnésio, cobre, e
cádmio - mesmo que a curto-prazo - pode causar febre dos fumos metálicos. Os sintomas são
parecidos com o de um resfriado, e podem durar de 6 a 24 horas, e a recuperação completa,
sem intervenção médica, ocorre entre 8 e 24 horas. Além disso, fumos de solda são irritantes
aos olhos, nariz, peito e trato respiratório, provocando tosse, respiração curta, bronquite, edema
pulmonar, e aumentando o risco de pneumonia. (ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE SOLDAGEM
apud MATHEUS e DAHER, 2009). Hassaballa et al. (2005) enunciam alguns sintomas da
chamada febre dos fumos metálicos (MFF). Os autores referem que, as queixas mais frequentes
4 Engenharia de Segurança do Trabalho – Ergonomia – LER e DORT

dos pacientes acometidos por essa febre são “um sabor doce ou metálico na boca, garganta
irritada ou seca, sede intensa e dor torácica.” Além disso, os autores desfiam que “a
apresentação clínica e radiográfica em MFF varia consideravelmente, e toda a síndrome clínica
se assemelha a infecção ou outro processo inflamatório.” Em longo prazo, existem fatores que
influenciam nos danos causados à saúde do trabalhador, incluindo o alto índice de fumantes e
exposição frequente ao asbesto e a sílica. Além disso, existe registro de doenças respiratórias
relacionadas com a sobre exposição a fumos metálicos, incluindo bronquites, asma, pneumonia,
enfisema e siderose (ocasionada pela presença de partículas de óxido de ferro nos pulmões).
Ademais, existem evidências que associam fumos metálicos e doenças cardíacas, cutâneas,
úlceras, danos aos rins, perda auditiva e problemas auditivos. (MATHEUS e DAHER, 2009).

Risco Ergonômico

Conjunto de medidas que visam organização metódica do trabalho em função do fim proposto e
das relações entre o homem e a máquina. Adequar a empresa ergonomicamente significa
colocar cada trabalhador num posto de trabalho compatível com suas condições físicas e
mentais, diminuindo a fadiga e fornecendo-lhe, ferramentas adequadas que lhe permitirão
realizar tarefas com o menor custo ao organismo, reduzindo ao máximo, os acidentes de
trabalho. A organização de todas as condições materiais relacionadas à atividade do trabalhador
visa o seu bem estar físico e resulta em aumento de produtividade, redução de custos com
afastamentos e doenças ocupacionais.
São exemplos de risco ergonômico: levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho,
monotonia, repetitividade, postura inadequada de trabalho etc.
Em relação ao risco ergonômico, os postos de trabalho na SERRALHERIA devem levar em
conta:
- Transporte manual de carga e levantamento de peso.
- Posição e postura do trabalhador em relação às máquinas, equipamentos e mobiliário utilizado;
- Tipo de esforço realizado pelo trabalhador como, trabalho em pé, tronco curvado. Exemplo:
corte manual ou semi-mecanizado, solda elétrica, pintura, montagem, etc.
Quanto ao risco ergonômico, percebemos que para o pleno desempenho de suas funções,
estes trabalhadores precisam adotar uma postura corporal crítica, a qual facilita o aparecimento
de lombalgias, tenossinovites, tendinites e outros problemas posturais (GOMES e
RUPPENTHAL, 2002).

Risco de Acidentes

São diversos os riscos de acidentes na SERRALHERIA. Os mais comuns são:


- Área do prédio insuficiente para instalação adequada das máquinas e equipamentos;
- Distribuição das máquinas e equipamentos de forma inadequada, dificultando a circulação dos
trabalhadores;
- Pisos irregulares e com pouca resistência;
- Instalações elétricas inadequadas e expostas;
- Falta de sinalização da localização dos extintores e hidrantes e de rotas de
fuga em caso de incêndio ou explosão;
- Matéria-prima e produtos armazenados de forma inadequada;
- Máquinas e equipamentos instalados inadequadamente;
- Maquinário sem manutenção preventiva;
- Ferramentas usadas de forma incorreta ou para outra finalidade;
- Falta de uso de Equipamentos de Proteção Individual – EPI;
- Queda de andaimes e escadas.
Marques et. al (2009), esclarecem a respeito do risco de choque elétrico: acidente por choque
elétrico é um risco sério e constante baseadas no uso da energia elétrica [...] o contato com
partes metálicas “eletricamente quentes” podem causar lesões ou até mesmo morte, devido ao
efeito do choque elétrico sobre o corpo humano, ou pode resultar em uma queda ou em outro
acidente devido à reação da vítima ao choque. A gravidade de um choque elétrico não está
relacionada com a tensão da fonte que o provoca, mas sim com a intensidade da corrente que
passa pela vítima, ao seu percurso no corpo do acidentado e à sua duração (2009, p.45).
4. MEDIDAS DE CONTROLE DOS RISCOS EM SERRALHERIAS

Medidas Preventivas para diminuição dos riscos físicos

Os ruídos em máquinas e equipamentos poderão ser minimizados com algumas ações:


- Proceder à manutenção preventiva das máquinas e equipamentos. Exemplo: lubrificar
rolamentos e mancais, regular motores, balancear e equilibrar partes móveis, reapertar as
estruturas, troca de correias, etc.
- Reorganizar a posição das máquinas e equipamentos, afastando-os das paredes,
possibilitando a formação de corredores de circulação do som e minimizando ruídos.
- Reduzir a concentração de máquina ruidosa, também auxilia na diminuição e controle do ruído.
- Fixar máquinas e equipamentos diretamente no piso ou sobre amortecedores, impedindo a
trepidação.
- Proceder ao enclausuramento da máquina ou equipamento, ou utilizar silenciadores de partes
ruidosas.
Os efeitos dos ruídos nos operadores podem ser reduzidos através de algumas ações:
- Procurar reduzir o tempo de exposição do trabalhador aos níveis de ruído prejudiciais à saúde,
- Utilizar medidas como rodízio de tarefas em máquinas ruidosas, ou pausas na jornada de
trabalho.
- Aumentar a distância entre o trabalhador e a fonte emissora.
- A utilização de Equipamentos de Proteção Individual – EPI.

Equipamentos de Proteção Individual (EPI) usados em Serralherias

Todo equipamento individual que se destine a proteger a saúde e integridade física do


trabalhador – denomina-se de EPI – Equipamento de Proteção Individual. Esses equipamentos
são fornecidos gratuitamente pelo empregador, entretanto, antes de sua utilização deverão ser
utilizadas todas as medidas possíveis, a fim de eliminar ou reduzir os riscos à saúde e segurança
do trabalhador, tais como, implantação de medidas coletivas de eliminação e redução de riscos.
Todo EPI deve possuir CA – Certificado de Aprovação expedido pelo MTE – Ministério do
Trabalho e Emprego.
EPIs. de Proteção à Cabeça:
- Óculos de segurança;
- Protetor Facial (proteção contra estilhaços);
- Máscara Facial com filtros (proteção contra vapores químicos);
- Máscara de solda;
- Protetores auriculares tipo concha ou plug (proteção contra ruídos);
- Respirador acoplador com cartucho químico específico.
EPIs. de Proteção Para os Membros Superiores:
- Luvas especiais de raspa de couro.
EPIs. de Proteção Para o Corpo:
- Avental de raspa de couro;
- Cinto de segurança tipo paraquedista (quando da instalação de peças em locais altos).
EPIs. de Proteção Para os Membros Inferiores:
- Calçado de segurança com biqueira de aço.

Medidas Preventivas para diminuição dos riscos químicos

Para eliminação do risco químico é necessário substituir o produto nocivo, isto é, substituir a
substância tóxica por outra atóxica, ou com menor toxicidade, além de verificar a possibilidade
de modificar o sistema de produção manual por mecânica, evitando o contato manual com o
agente nocivo. As instalações físicas deverão ter ventilação natural a fim de provocar o
deslocamento do ar através de janelas, portas e outras aberturas superiores e inferiores.
Caso a ventilação natural não seja suficiente, deve ser utilizada ventilação forçada, diluidora ou
por exaustor.
6 Engenharia de Segurança do Trabalho – Ergonomia – LER e DORT

Ventilação por Exaustor: tem a finalidade de captar o poluente próximo à fonte de emissão,
antes mesmo que ocorra a sua dispersão na atmosfera do ambiente de trabalho, objetivando a
proteção da saúde do trabalhador.
Ventilação Diluidora: tem a finalidade de diluir o poluente, tornando sua concentração mais
baixa, não sendo, entretanto o sistema mais recomendado.
Como medida de prevenção e controle do risco químico e de radiação não ionizante, deve-se,
sempre que possível:
• Isolar as operações que envolvam solda e pintura dos demais setores de produção;
• Procurar reduzir o período de exposição do trabalhador ao agente químico e a radiação não
ionizante; Manter os recipientes de produtos tóxicos fechados hermeticamente, evitando
a emissão de vapores;
• Implantar o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO, procedendo ao
acompanhamento rigoroso dos resultados dos exames periódicos;
• Quando as medidas de proteção coletiva não forem suficientes para garantir a saúde dos
trabalhadores à empresa deve fornecer Equipamento de Proteção Individual – EPI, tipo: máscara
de solda, óculos de segurança, luva e avental de raspa de couro, respirador acoplador com
cartucho químico específico. A empresa deverá comprovar o efetivo fornecimento de EPI a seus
trabalhadores, bem como, a realização de treinamento para conscientização sobre os riscos
químicos e a limitação de proteção do equipamento.
A empresa deverá manter informações e controle sobre os produtos tóxicos que utilizar, por meio
da Ficha de Informação sobre Segurança do Produto –FISP.
A FISP deverá conter identificação:
- Do produto;
- Da empresa fabricante ou fornecedora;
- Composição;
- Efeitos causados à saúde;
- Medidas de primeiros socorros;
- Forma de manuseio e armazenagem;
- Forma de transporte;
- Etc.
Para cada tipo de produto a empresa deverá ter uma FISP relacionada ao mesmo.

Medidas Preventivas para diminuição dos riscos Ergonômico

Na SERRALHERIA deve ser observada toda linha de produção, com o intuito de fazer um
levantamento das necessidades de cada posto de trabalho, respeitando-se as características
físicas de cada trabalhador.
1. Organização das bancadas de modo que todos os instrumentos a serem utilizados estejam
próximos ao alcance das mãos do trabalhador;
2. Evitar que o trabalhador, ao executar sua tarefa, fique curvado ou que seus braços fiquem
acima da altura dos ombros.
3. Evitar que o transporte de cargas seja manual e que o peso possa comprometer a saúde,
evitando esforços lombares e desnecessários ao trabalhador. Caso seja necessário e não
havendo alternativa, o trabalhador designado para essa tarefa deverá ser treinado para o
transporte manual de cargas ou que seja realizada por duas pessoas.
4. Para propiciar um melhor conforto térmico ao ambiente de trabalho, as instalações deverão
estar providas de aberturas laterais superiores e inferiores, facilitando a ventilação. Essas
aberturas, contudo, deverão ser protegidas com telas que impeçam o acesso de insetos.
5. O trabalho deverá ser organizado de modo a prever PAUSAS na execução das tarefas. As
pausas podem ser:
Voluntárias: são de pouco tempo e o trabalhador faz naturalmente para descansar,
principalmente em trabalhos penosos;
Mascaradas: ocorrem quando o trabalhador para suas atividades com objetivos de organizar,
por exemplo, a mesa de trabalho, limpar a máquina ou peça que estiver utilizando.
Obrigatórias: pausa para alimentação, ou a pausas de 10 a 15 minutos na parte da manhã e à
tarde para lanche e descanso, por exemplo.
A implantação de ginástica laboral reduz o encurtamento muscular, que provoca tensão
excessiva o aumento da incidência de lesões por esforços repetitivos, responsáveis por grande
sofrimento psicológico e físico dos trabalhadores.
Medidas Preventivas para diminuição do Risco de Acidentes

Para minimizar os riscos de acidentes, algumas medidas podem ser tomadas, tais como:
Instalações Físicas:
Organizar as instalações de máquinas e equipamentos, a fim de reduzir a distância a ser
percorrida pelos produtos e trabalhadores, propiciar a melhor circulação e fluxo de materiais,
facilitar limpeza e organização da área, das máquinas e equipamentos, além de evitar
cruzamentos e movimentos desnecessários.
Instalações Elétricas:
As instalações elétricas devem ser providas de disjuntores que interrompam a energia em caso
de curto-circuito; devem ser dimensionadas a fim de evitar sobrecarga elétrica, ter chaves
seccionadoras ou disjuntores ao invés de chave faca e fusíveis. Além disso, a fiação elétrica
deve estar embutida em conduítes rígidos e as máquinas devem estar ligadas em quadro de
força individual.
Iluminação:
Manutenção e limpeza das luminárias e janelas; instalação adequada de luminárias, uso de
cores claras a fim de propiciar a reflexão de luz e evitar a produção de sombras, diminuindo,
com isso, o esforço visual do trabalhador.
Sinalização:
A sinalização deve facilitar a circulação dos trabalhadores nos corredores, o acesso dos
extintores e hidrantes, às escadas de incêndio ou às rotas de fuga, bem como da localização dos
quadros de força etc. A correta sinalização facilita as ações de emergência.
Máquinas e Equipamento:
Os trabalhadores deverão receber orientação adequada para os riscos, manuseio e utilização
das máquinas e equipamentos; e equipamentos deverão estar devidamente protegidos;
Máquinas e equipamentos que propiciam a projeção de peças deverão estar protegidos;
A SERRALHERIA deverá implantar de rotinas de manutenção preventiva, além de fornecer
treinamento para o uso de Equipamentos de Proteção Individual.
Ferramentas:
Os trabalhadores deverão ser orientados quanto ao uso correto das ferramentas, devendo ser
evitada a improvisação; As ferramentas deverão ser de qualidade sendo substituídas quando
desgastadas, guardadas e conservadas adequadamente.

5. ESTUDO DE CASO.

INTRODUÇÃO

Esta avaliação foi elaborada baseada nas diretrizes da NR 17, Ergonomia.

O presente trabalho não pretende realizar de forma completa uma análise técnico-científica nos
moldes de um Laudo de Avaliação Ergonômica das condições de trabalho, dadas as condições de
sua realização e não dispondo de equipamentos de medição necessários à sua confecção. O
objetivo deste se restringiu às observações das condições aparentes na empresa de Serralheria
visitada.

O Laudo Ergonômico é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas no campo de
preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar integrado com as demais
normas de Segurança e Medicina do trabalho, em particular o Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional – PCMSO, e o PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.

Os riscos ergonômicos estão cada vez mais presentes nos postos de trabalho das indústrias. A
ergonomia adapta as condições de trabalho às características psicofisiológicas do homem,
8 Engenharia de Segurança do Trabalho – Ergonomia – LER e DORT

procurando evitar vários tipos de acidentes de trabalho, e em especial as doenças profissionais como
a LER e DORT.

Seu objetivo é fornecer parâmetros legais e técnicos considerando as condições de trabalho, inclui
aspectos relacionados ao levantamento de cargas, transporte e descarga de materiais, ao mobiliário,
aos equipamentos, às condições ambientais do posto de trabalho, e à própria organização e
planejamento do trabalho. Para avaliar a adaptação das condições de trabalho e características
psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a Análise Ergonômica do Trabalho.
Devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho conforme estabelecido na NR-17.

OBJETIVOS:

A finalidade desse trabalho é o estudo e compreensão das obrigações previstas na norma


Regulamentadora NR-17, da Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho e Emprego, bem como das
ferramentas utilizadas em uma Avaliação Ergonômica, para possibilitar aos Pós Graduandos em
Engenharia de Segurança do Trabalho, constituintes desta equipe elaboradora, uma visão mais
ampla possível, do ponto de vista Legal, Técnico e Administrativo, sobre as condições ergonômicas.

CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA

A empresa visitada solicitou que não indicássemos neste presente trabalho as suas identificações,
tendo concordado em colaborar com a equipe sob a condição de anonimato, assim sendo, neste
trabalho será referenciada como SERALHERIA ME LTDA.

A empresa não declarou seu CNAE, portanto não foi possível estabelecer o grau de risco das
atividades desenvolvidas, conforme QUADRO I da norma regulamentadora NR-4: Relação da
Classificação Nacional de Atividades Econômicas – CNAE com correspondente grau de risco.

As atividades desenvolvidas na SERRALHERIA ME LTDA são as de fabricação de escadas em aço


para a construção civil, portões e outros serviços menores de serralheria.

Desta forma, procuramos estabelecer o CNAE da empresa utilizando as tabelas da Receita Federal
que estabelecem as Atividades sujeitas ao Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN,
obtendo o CNAE 2542-0 e pelo quadro I da NR-4, Grau de Risco 3, para as atividades de fabricação
de artigos de serralheria exceto esquadrias metálicas.

A empresa tem as características de Micro Empresa, se encontra instalada em um galpão não


planejado para as atividades que desenvolve e possui um quadro de 22 trabalhadores.

A empresa declarou não possuir PPRA e PCMSO implementados, apesar de legalmente constituída
possuindo CNPJ e Inscrição Estadual.

Possui 5 sócios que se revezam entre os trabalhos de cunho administrativo e da produção, fazendo
trabalhos como serralheiros e caldeireiros quando necessário.

O transporte de seus produtos é feito por meios próprios e equipe de funcionários, dentre estes um
motorista e quatro ajudantes.

O Horário de trabalho se inicia as 08h00minh com final de jornada às 17h00min, perfazendo 44 h de


trabalho semanais. Os funcionários da SERRALHERIA ME LTDA fazem um intervalo para refeições
com duração de 1h e 30 min.

INSTALAÇÕES ADMINISTRATIVAS E PRODUTIVAS:

A SERRALHERIA ME LTDA possui um galpão industrial de 30 X 15m, com uma área lateral ao
galpão de aproximadamente 15 m2 onde se localizam suas instalações administrativas.

Máquinas e Equipamentos:

Administração:

- 4 mesas com Microcomputadores tipo DeskTop, com monitores, mouse, teclado acoplados a uma
impressora Jato de Tinta.

- 4 cadeiras do tipo comum sem regulagens para altura do assento e apoio fixo para os braços.
- Móveis para armazenamento de documentos.

- Iluminação por luminárias com lâmpadas fluorescentes do tipo tubo.

Galpão Industrial:

- 3 mesas para apoio de ferramentas e peças sem regulagens de altura

- Bancadas, cavaletes e outros apoios construídos em aço, sem qualquer regulagem de altura.

- Talha mecânica com acionamento por corrente para movimentação e içamento de peças metálicas
pesadas.

- Iluminação artificial por luminárias com lâmpadas fluorescentes e de vapor de mercúrio.

- 3 ventiladores para circulação do ar e 4 exaustores para renovação do ar e retirada dos fumos de


solda.

- 4 máquinas elétricas de solda.

- 1 máquina MIG para soldas

- 1 Conjunto Oxicorte

- Esmerilhadeiras manuais, lixadeiras elétricas, retíficas manuais e 3 máquinas Polikorte

- Diversos tipos de matérias primas, tais como: Chapas metálicas, tubos e barras metálicas de
diversas dimensões, cantoneiras, etc.

- Diversas peças prontas e semi-prontas estocadas em seu interior.

AVALIAÇÃO ERGONÔMICA:

Durante as avaliações efetuadas na SERRALHERIA ME LTDA ficou evidente a falta de planejamento


das atividades desenvolvidas no setor de produção, não existe um fluxo organizado para
movimentações de cargas e produtos, as mesas e bancadas não possuem altura adequada ou
regulagens;

Foram observadas condições e iluminação inadequadas, com a entrada da luz solar em abundância
prejudicando em alguns momentos uma boa condição de iluminância para o trabalho;

Foi observada uma série de condições inseguras, tais como: ferramentas espalhadas, materiais
estocados de forma aleatória, matérias primas espalhadas e pedaços metálicos jogados em vários
locais;

Também foram evidenciadas más condições de limpeza;

Havia fumos metálicos no ar do interior do galpão, apesar da empresa possuir exaustores, em alguns
momentos isto era evidenciado pelos raios solares que entravam por rachaduras no telhado;

Foi observado que os trabalhadores realizam suas tarefas em posições inadequadas, apresentando
riscos posturais diversos;

Muitas vezes realizam seus trabalhos em altura superior aos seus ombros;

Realizam tarefas com a coluna vertebral totalmente arqueada para frente, com os ombros em
posição fechada;

As pernas são posicionadas ou totalmente extendidas com o tronco parcialmente flexionado ou


parcialmente dobradas em função de uma altura inadequada das bancadas de trabalho;

Muitas vezes realizam trabalhos ajoelhados no chão ou com uma posição totalmente inadequada
devido à baixa altura na tarefa que está realizando, como soldas em materiais próximos ao solo;
10 Engenharia de Segurança do Trabalho – Ergonomia – LER e DORT

Estão sujeitos a vibrações e movimentos repetitivos nas operações com as lixadeiras, esmerilhadeira
e retíficas manuais;

Os funcionários movimentam manualmente peças pesadas muitas vezes em condições e postura


totalmente inadequadas;

Os trabalhadores estão expostos às radiações não ionizantes provenientes dos arcos voltaicos nas
operações com solda elétrica com eletrodos e soldagem MIG, não existem barreiras físicas (Biombos
ou equivalente) para a proteção destes trabalhadores e colegas ao redor, expondo-os a riscos físicos;

Apesar de alguns funcionários utilizarem EPI’s, como proteção respiratória através de máscaras, foi
observado que, dentre estes, alguns funcionários as utilizavam de forma incorreta, alguns inclusive
realizavam soldagens sem o uso das máscaras, expondo-se a riscos químicos;

Os funcionários são submetidos a Ruídos acima dos 85 dB (estimado), a empresa fornece protetores
auriculares do tipo concha, porém não foi avaliado se estes protetores são adequados ao nível de
ruído e se possuem CA. Foi observado que alguns funcionários em alguns momentos não estavam
fazendo uso deste EPI.

As temperaturas tanto no escritório quando no galpão aparentemente são adequadas, no momento


da visita as condições de temperatura eram agradáveis;

As máquinas e equipamentos de modo geral se encontram em estado precário por falta de


manutenções.

Algumas destas condições estão evidenciadas no laudo fotográfico apresentado ao final deste
trabalho.

Como citado acima, este trabalho não tem a finalidade de caracterização de um Laudo Ergonômico
das Condições do trabalho na SERRALHERIA ME LTDA, no entanto, a título de aquisição de
conhecimento citamos alguns dos aspectos e as ferramentas necessárias para uma avaliação
Ergonômica em serralherias:

ASPECTOS GERAIS

– Ruído O nível de ruído para locais onde são executadas atividades que exijam solicitação
intelectual e atenção constantes (escritórios, desenvolvimento ou análise de projetos) é estabelecido
na NBR-10152 e será de até 65 dB (A) conforme previsto na NR – 17 item 15.5.2.1.

- Controles de temperatura / ventilação / umidade O índice de temperatura deve ser mantido entre
20ºC e 23ºC, a velocidade do ar não superior a 0,75m/s e a umidade relativa do ar não inferior a 40%
conforme exigências da NR – 17 item 17.5.2 b, c, d.

- Níveis de Iluminância Os níveis de iluminância nos postos de trabalho devem ser mensurados
conforme especificado na NBR-5413 levando-se em consideração o tipo de atividade (item 5.3 e
seus sub-itens), o item 5.2 (seleção de iluminância), a tabela 2 (fatores determinantes da iluminância
adequada) e os sub-itens 5.2.4.3 a.b.c. O nível de iluminância conveniente para as atividades
administrativas analisadas é de no mínimo 300 lux.

- Mobiliário Conjunto mesa/cadeira (posto de trabalho): os conjuntos existentes nos locais de trabalho
devem atender as exigências ergonômicas da NR-17 itens 17.3.1, 17.3.2 e sub-itens, 17.3.3 e sub
itens.

- Lay Out das instalações e fluxo de matérias primas, equipamentos e produtos;

- Avaliações posturais e de levantamento e movimentação de cargas;

AVALIAÇÃO INDIVIDUALIZADA DOS POSTOS

Observação prévia de todas as tarefas, com identificação dos movimentos e esforços exigidos,
equipamentos e materiais envolvidos, posturas adotadas e todas as condições indiretas que possam
interferir ou influenciar nas tarefas realizadas em cada posto de trabalho.

CHECK-LISTS – Análises complementares


Coleta de dados com colaboradores em seus postos de trabalho, para registro das principais
dificuldades de cada tarefa e queixas mais freqüentes.

Check-list de Couto

Avaliação Simplificada do Fator Biomecânico no Risco Para Distúrbios Músculo-Esqueléticos dos


Membros Superiores Relacionados ao Trabalho

Check-list para Avaliação de Lombalgia

FERRAMENTAS

OWAS –WORKING POSTURE ANALYSING SISTEM

Categorias de ação por segmento corporal e por tempo de exposição.

(Tronco, Membros Superiores, Membros Inferiores e Carga Movimentada)

MONITORAMENTO DE EXPOSIÇÃO A RUÍDOS

Item Local Medição (Estimativa) Tempo de Exposição

01 Administrativo 60 a 65 dB 07h30min

02 Galpão da Produção > 85 dB 07h30min

Não foram feitas medições com aparelho, as medidas foram estimadas.

O correto é fazer o monitoramento instantâneo sem dosimetria, utilizando um aparelho Decibelímetro


devidamente calibrado por laboratório pertencente à Rede Brasileira de Calibração ou ser certificado
pelo INMETRO.

Metodologia: Parâmetros da NR-15, Anexo 1 da Port. 3214/78

Limite de Tolerância: 85 dB para 8 horas de trabalho.

Conclusão: os níveis de Ruído dentro do galpão da produção aparentemente excedem os 85 dB,


estando em desacordo com as especificações da NR-17.

Dentro das instalações administrativas os níveis de ruído aparentemente são adequados.

MONITORAMENTO DE ILUMINÂNCIA

Item Local Medição (Estimada) Nível de iluminância exigido


01 Administrativo Adequado ABNT NBR-5413
02 Galpão da Produção Inadequado ABNT NBR-5413
Obs.: Estes níveis foram estimados por falta de um Luxímetro para a realização das medições. Em
condições de medição real isto deve ser feito com um aparelho calibrado por laboratório pertencente
à Rede Brasileira de Calibração ou certificado pelo INMETRO de acordo com os padrões de
iluminância determinados pela norma ABNT NBR - 5413.

Conclusão: As condições de Iluminância dentro do galpão da produção não são adequadas de acordo
com as condições da NR-17.

MONITORAMENTO DE EXPOSIÇÃO AO CALOR

Não foram observadas exposições de calor aos funcionários, a geração de calor nas operações
aparentemente são pequenas e pontuais, principalmente nas operações com oxicorte e algumas
operações de soldagens, foi observado o uso de aventais e luvas de raspa em algumas operações,
porém também foi observado que alguns funcionários realizavam soldas sem o uso de EPIs para
contenção do calor e de faíscas originadas nestas operações.
12 Engenharia de Segurança do Trabalho – Ergonomia – LER e DORT

RISCOS QUÍMICOS

Consideram-se agentes químicos as substâncias, compostos ou produtos que possam penetrar no


organismo pelas vias respiratórias e/ou cutâneas nas formas de poeiras, fumos metálicos, fumaça,
névoas de pulverização com produtos químicos, neblinas que permanecem no ar, gases e vapores
assim como substâncias líquidas e sólidas em geral que podem oferecer riscos a saúde do trabalho.
Grupo Homogêneo de Risco Fumos Poeiras
Corte de Peças metálicas oxicorte Exposição Não Constatado
Trabalhos com máquinas rotativas * Não Exposição
Soldas elétrica e MIG Exposição Exposição

Conclusão:
Condições Ergonômicas do Trabalho – Laudo fotográfico anexo

Sobrecarga Física: trabalhos exigem a movimentação constante de materiais a serem trabalhados e


posicionamento inadequado para execução das operações Força com as Mãos: para manuseio dos
equipamentos Posturas Inadequadas: é constante o posicionamento inadequado para realização dos
trabalhos. Movimentos Repetitivos: movimentação da lixadeira Fatores de Lombalgias: em virtude
do posicionamento inadequado e do esforço físico na movimentação de materiais e equipamentos.

Medidas preventivas: A principal medida preventiva para redução dos riscos ergonômicos é o
treinamento dos trabalhadores para que conheçam esses riscos, a estrutura de seu organismo e a
sistemática de execução das atividades. A supervisão deve ainda considerar e planejar o
revezamento de atividades entre os membros das categorias profissionais de que dispõe a fim de
não sobrecarregar fisicamente esses trabalhos.

Iluminação: natural e luminárias: Inadequada aos trabalhos realizados por excesso de iluminação
natural devido ao telhado danificado podendo ofuscar em alguns momentos os funcionários.

As atividades desenvolvidas apresentam riscos ergonômicos, conforme descrito e se verifica no


laudo fotográfico, e têm como principal medida corretiva para redução dos mesmos o treinamento
dos trabalhadores para que conheçam esses riscos, a estrutura de seu organismo e a sistemática de
execução das atividades. Os proprietários da SERRALHERIA ME LTDA devem ainda considerar e
planejar o revezamento de atividades entre os funcionários que dispõem a fim de não os
sobrecarregar fisicamente, e ainda implantar manutenções preventivas de modo a prevenir acidentes
durante o manuseio e uso de suas máquinas e equipamentos.

Laudo Fotográfico:
14 Engenharia de Segurança do Trabalho – Ergonomia – LER e DORT
16 Engenharia de Segurança do Trabalho – Ergonomia – LER e DORT
6. REFERÊNCIAS

CARRION, Valentin. Consolidação das Leis Trabalhistas – CLT 30° ed. Sariava, 2005.

SESI – Serviço Social da Industria. Departamento Regional São Paulo. Manual de Segurança e
Saúde no Trabalho. 2002.

VIEIRA, Francisco. Estudo da Atividade de Serralheria. Segurança e Saúde no Trabalho. Projeto


de desenvolvimento do segmento de Serralheria de Araraquara e Região. Parceria SEBRAE-SP
e GERDAU. 2006.

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