You are on page 1of 4

1 - sobre o texto do caio prado jr, sobre o sentido

da colonização.
Caio Prado Junior conclui que para chegarmos a essência a nossa formação,
precisamos enxergar que na realidade servimos apenas para fornecer açúcar,
tabaco, outros itens do gêneros, posteriormente ouro e diamantes; e em
seguida, algodão, depois café para o comercio europeu. Nosso país serve
apenas para isso. O único objetivo era com o comercio exterior, ou seja,
nossa economia e sociedade surgiram com esse objetivo.
Este pensamento se manteve dominante por três séculos, toda a organização
ou desorganização da vida no Brasil se deu em função do mercado externo.

2 - comparando a economia açucareira com a


mineradora.
Açucareira
A sociedade da região açucareira era composta, por dois grupos. O dos
proprietários de escravos e de terras compreendia os senhores de
engenho e os plantadores independentes de cana. O outro grupo era o dos
escravos, numericamente muito maior, porém quase sem direito algum. Entre
esses dois grupo existia uma faixa intermediária: pessoas que serviam aos
interesses dos senhores como os trabalhadores assalariados e os agregados.

A sociedade açucareira era patriarcal. A maior parte dos poderes se


concentrava nas mãos do senhor de engenho. Com autoridade absoluta,
submetia todos ao seu poder: mulher, filhos, agregados e qualquer um que
habitasse seus domínios. Cabia-lhe dar proteção à família, recebendo, em
troca, lealdade e deferência. Seu poder extrapolava os limites de suas terras,
expandindo-se pelas vilas, dominando as Câmaras Municipais e a vida colonial.
A casa grande foi o símbolo desse tipo de organização familiar implantado na
sociedade colonial..

A posse de escravos e de terras determinava o lugar ocupado na sociedade do


açúcar. Os senhores de engenho detinham posição mais vantajosa. Possuíam,
além de escravos e terras, o engenho. Abaixo deles situavam-se os
agricultores que possuíam a terra em que trabalhavam, adquirida por
concessão ou compra. E na camada inferior os escravos, que viviam em
péssimas condições sendo a maior parcela da sociedade.

Logo, na economia açucareira havia grande imobilidade social, onde o


escravo em grande parte dos casos nascia escravo e morria escravo, as
pessoas viviam no campo, ao redor dos engenhos. O produto tinha destino
externo e a renda era concentrada nas mãos dos grandes fazendeiros.
Mineira
Podemos dividir os efeitos da descoberta do ouro sobre o Brasil colônia em
grandes dimensões; uma delas é de ordem administrativa, na medida em que
deslocou em definitivo o centro da atividade econômica e o aparelho
político-administrativo para o eixo centro-sul do país. Rio de Janeiro tornou-
se a capital. Minas Gerais tornou-se, por sua vez, um ponto de partida para a
ocupação de outras regiões até então desertas de civilização, como o Goiás e
o Mato Grosso. Foi lá também que se gerou o primeiro complexo urbano
composto pelas vilas de ouro e diamantes, fazendo nascer uma sociedade
diferenciada da que existia no Nordeste ou em São Paulo.

Economicamente representou a formação do primeiro mercado interno do


Brasil colonial. Como as terras ao redor das minas eram estéreis, os
alimentos custavam fortunas. Estimulou isso a expansão da criação do gado
para corte e para carga, fazendo com que vastas regiões fossem
transformadas em estâncias de criação. Foi também para abastecer as minas
que surgiu a indústria do charque. O Rio de Janeiro tornou-se o principal porto
do país, simultaneamente o maior mercado escravista da colônia e exportador
de mineral precioso.

Social e culturalmente fez com que surgisse pela primeira vez no Brasil colônia
uma classe média de artesãos, de profissionais das minas, de comerciantes e
funcionários, de militares, de artistas e músicos.

Logo, na economia mineradora houve uma grande mobilidade social, pois


assim que se esgotava uma mina, se buscava outra e assim por diante. A
sociedade se dividia entre grandes mineradores, trabalhadores assalariados e
escravos. A renda era mais distribuída se comparada a renda da economia
açucareira.

3 - sobre o fim do trafico de escravos em 1850 e


o problema da mão de obra
No século XIX, ocorria na Inglaterra a Revolução Industrial, e o país
necessitava de mercado consumidor para os seus produtos. Como escravos
não ganham dinheiro, não constituem um mercado consumidor.
Isso influenciou na proibição do comércio de escravos negros, que dificultou a
obtenção de trabalhadores eficientes e baratos pelos barões de café. A
obtenção de escravos africanos tornara-se muito mais cara e difícil, já que era
necessário comprá-los de traficantes. Os proprietários temiam pela escassez
de mão de obra.

Logo o Brasil precisava encontrar uma solução para o problema de mão de


obra que iria enfrentar (nas lavouras de café e no período da borracha).

O caso da borracha ilustra claramente como foi parcialmente resolvido o


problema da mão de obra (com a mão de obra interna). A borracha teve um
forte aumento no seu preço, pois ela estava a se transformar na matéria prima
de procura em mais rápida expansão no mercado mundial. Porém para se
desenvolver a produção da borracha precisaria de uma solução de curto prazo
para o problema da mão de obra.
Com o aumento dos preços no mercado mundial e a enorme procura, ocorreu
um influxo de mão de obra (fato que podem ser evidenciados com o
crescimento da população dos estados do Pará e do Amazonas) para a região,
logo essa enorme migração para a região produtora de borracha (Bacia
Amazônica) demonstra claramente que nesse período o Brasil já teria uma
concentração de mão de obra (caso não conseguisse resolver o problema da
falta de mão de obra na lavoura cafeeira, o Brasil talvez conseguiria resolver
com a mão de obra interna),
Entende se então que a imigração europeia para a região cafeeira deixou
disponível um excedente de mão de obra, que acabou se concentrando em sua
maioria na expansão da produção de borracha.

O caso da lavoura cafeeira ilustra claramente como foi resolvido o problema da


mão de obra (com a mão de obra externa). O governo junto com os fazendeiros
incentivou a vinda de imigrantes para o território brasileiro afim de que estes
trabalhariam (de maneira assalariada) nas lavouras do café.

4 - sobre a imigração europeia


Com a abolição da escravidão no Brasil e a falta de mão de obra para as
lavouras do café, o governo decidiu incentivar a vinda do imigrante para o
território, começou então uma política de forte incentivo à imigração européia.
Deixava-se claro, entratanto, que os europeus que viessem para cá serviriam,
apenas, às necessidades da produção de café, cobrindo a falta de mão-de-
obra existente, já que o interesse dos cafeicultores não era ter concorrência
dos europeus na agricultura.

Na Europa em plena expansão capitalista, as massas populares estavam


insatisfeitas com a situação de miséria em que viviam, e, sem perspectiva de
conseguir melhores condições de trabalho e de vida, muitas pessoas
arriscavam-se a vir para o Brasil, aceitando qualquer salário que os
latifundiários se oferecessem a pagar.

A confiança no trabalho europeu foi um fator que também favoreceu à


imigração. Vendo-se obrigados a pagar salários aos trabalhadores de suas
terras, os barões davam preferência aos europeus do que a negros ou
orientais.

O governo pagava a vinda dos imigrantes, o fazendeiro fornecia um pedaço de


terra ( onde neste o imigrante tomaria conta de alguns pés de café ), cobria os
gastos do imigrante durante o seu primeiro ano de atividade ( etpada de
maturacao do seu trablho ), pagava também um determinado salário monetário
anual esse salario era completado por outro variável ( pago baseado no volume
da colheita realizada ) e fornecia um espaço para cultivar alimento para a
família. Com isso foi possível promover uma corrente enorme de imigração
para o Brasil, tornando possível a expansão da produção cafeeira em São
Paulo.

You might also like