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ACOMPANHAMENTO PSICOLÓGICO À GESTANTE EM GRUPO OPERATIVO: instrumento

de intervenção psicossocial em saúde


MÁRCIA ALVES DE LIMA

Inicialmente o texto trata das mudanças que ocorrem para a mulher na gestação e como os grupos de apoio
ajudam no desenvolvimento da saúde na gestação. Viçosa vai dizer que a dinâmica do grupo possibilita
vínculo e possibilidade de mudanças.
As transformações fisiológica e psicológica nesse período requerem um cuidado especifico, do mesmo
modo que existe o acompanhamento médico muitas vezes o momento da gravidez não é vivenciado de
maneira saudável e nesse aspecto que atuação do psicólogo se torna necessário; Segundo a autora é muito
comum que as grávidas busquem outras vivências para superarem as dúvidas e anseios, o estudo aponta a
questão do papel da mulher ser filha, deixar de ser filha para ser mãe; Winnicott traz a relação mulher mãe
onde essa mulher será mãe para sempre desse filho idealizado e esse idealismo traz consequências de
angústia como o medo de ter uma criança anormal, de não saber criar/ educar, isso geralmente é reprimido
o que causa situações jamais vivenciadas de inseguranças. As outras alterações fisiológicas podem causar
um desamparo para mãe o que pode levar a uma insegurança psicológica a literatura indica que o período
de gestação e o puerpério. são as fases de maior incidência de transtornos psíquicos na mulher necessitando
de atenção especial para prevenir dificuldades futuras para mãe e o bebê.
No grupo operativo o psicólogo se torna um profissional integrado à equipe interdisciplinar da atenção
básica, essa atuação ainda está em ampliação, o atendimento psicológico tem como prevenção primária em
Saúde Mental da gestante potencializando qualidade de vida durante e após o parto.

Grupo operativo métodos de intervenção psicossocial.

Desenvolveu-se devido à interação do indivíduo desde o seu nascimento, todos nós vivemos em relações e
o grupo operativo se da por um método de intervenção e resolução de problemas globais, não tem como
proposito curar e sim resolver os obstáculos que estão impedindo o desenvolvimento, nesse caso gestacional
e lhe proporcione então condições para que o indivíduo se descubra e ache soluções para enfrentar o
problema atual, o formar grupos heterogêneos traz muitas possibilidades de conhecimento experiências e a
troca de papel que enriquece o trabalho terapêutico.
As vivências trazidas para o grupo devem formar um vínculo entre o coordenador desse grupo -esse que
não deve ser visto com superioridade- esse vínculo deve se desfazer gradativamente em forma de autonomia
entre os participantes, a dinâmica grupal se dá ao movimento dialético os participantes vão trazer dos seus
conceitos, preconceitos, fantasias e estereótipos de forma sempre muito criativa e subjetiva, é interessante
observar que as oficina de grupo são uma nova leitura da própria realidade, é olhar e escutar a si e o outro
e respeitar esses espaços nesse caso a dinâmica permite que você seja respaldo no processo psíquico do
outro e que o outro seja respaldo para você.

O grupo de gestantes como dispositivo de Promoção e cuidado em saúde.


Atenção à saúde da mulher está muito voltada de início pelo programa de assistência integral à saúde da
mulher bases de ações programáticas que foi elaborada pelo Ministério da Saúde em 2000, porém o
desenvolvimento ainda se dá bem fragmentado, frente a isso desenvolve-se essas ações de saúde que ainda
não acolhem de modo efetivo toda sociedade e queixas/temores entre outras muitas coisas que provem da
cultura da gestação, usualmente se trata apenas do ponto de vista biológico ignorando o psíquico; deve-se
ir além das atividades educacionais e coletivas e desenvolver o trabalhar de empoderamento do indivíduo,
o que leva a idealização de uma grande transformação cultural.
Os grupos proporcionam um vínculo e uma troca de experiência, quem trabalha no serviço de saúde busca
cada vez mais as ações interdisciplinares de cuidados integral com gestante que inclui os cuidados
ginecológicos e obstétricos -como que ocorreu essa gravidez as características sociais e biossociais enfim
faz uma anamnese dessa gravidez de forma multidisciplinar – importante não manter o foco somente nos
aspectos clínicos, ao psicólogo cabe acolher o significado das emoções e manifestações conscientes e
inconscientes da gestantes que vivenciam nesse período conflitos, sentimentos ambivalentes ,expectativas
tanto em relação ao futuro filho quanto a sua capacidade materna; essa mudança tanto física quanto mental
desse papel social em seu contexto familiar.

O grupo como espaço para construção da maternidade.

A gestação carrega muitos valores e crenças e muito culturalmente sobre o ser mãe, é uma realidade
inconsciente a partir da presença de um filho, Sales irá dizer que é um fruto cruel da ambivalência entre o
desejo e o querer produto do Imaginário que se faz real é muito importante considerar que mesmo que
foram segundo filho ou terceiro independente da experiência da mãe essa pode ter anseios e medos do
mesmo jeito às vezes não foi vivenciado anteriormente.
O artigo define maternagem como capacidade da mulher mãe para acolher seu bebê após o nascimento
observada através dos cuidados dispensados a eles isso requer uma disponibilidade psíquica, e não se evolui
em ser mãe se estiver com medo, inseguranças, devido as condições sociais alguns medos e os pensamentos
são considerados como inadequados a sociedade faz um julgamento de como é e como não é ser mãe, frente
isso muitas mães não expõe seus sentimentos por receio da incompreensão; nesse aspecto que o trabalho
em grupo se torna tão importante para que essas trocas de vivências experiências e medos sejam
compreendidas, sem busca de uma resposta especifica, o artigo traz que a parceria entre obstetra psicólogo
é muito importante porque o papel dessa nova mãe dessa nova mulher que nasce junto com o bebê seja de
forma mais saudável possível que exista uma conexão entre mãe e bebê.

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