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X.

HIGIENE DO TRABALHO

X.1 Conceituação da Higiene do Trabalho

A Higiene do Trabalho é uma das ciências que atuam no campo da Saúde


Ocupacional, aplicando os princípios e recursos da Engenharia e da Medicina, no controle
e prevenção das doenças ocupacionais. Estas, chamadas também de doenças do trabalho
ou moléculas profissionais, são estados patológicos característicos, diretamente
atribuíveis às condições ambientais ou de execução de determinadas atividades
remuneradas. Por definição, higiene no trabalho é o conjunto de normas e procedimentos
que visa a proteção e integridade física e mental do trabalhador, preservando-os dos riscos
de saúde inerentes às tarefas do cargo e ao ambiente físico onde são executadas.

Do ponto de vista de saúde física, o local de trabalho constitui a área de ação da


higiene do trabalho, envolvendo aspectos ligados com a exposição do organismo humano
a agentes externos como ruído, ar, temperatura, umidade, luminosidade e equipamentos
de trabalho. Assim, um ambiente saudável de trabalho deve envolver condições
ambientais físicas que atuem positivamente sobre todos os órgãos dos sentidos humanos
- como visão, audição, tato, olfato e paladar. Do ponto de vista de saúde mental, o
ambiente de trabalho deve envolver condições psicológicas e sociológicas saudáveis e
que atuem positivamente sobre o comportamento das pessoas evitando impactos
emocionais, como o estresse.

Um ambiente de trabalho agradável pode melhorar o relacionamento interpessoal


e a produtividade, bem como reduzir acidentes, doenças, absenteísmo e rotatividade do
pessoal. Fazer do ambiente de trabalho um local agradável tornou-se uma verdadeira
obsessão para as empresas bem-sucedidas. [1]

X.2 Etapas da Higiene Ocupacional

X.2.1 Antecipação
Tem por objetivo prever os riscos potenciais para a saúde que podem resultar de
processos de trabalho e tomar as medidas necessárias para preveni-los, já nas etapas de
planificação. A ação preventiva antecipada inclui:

• Avaliações prévias do impacto ocupacional e ambiental de novos processos de


trabalho;
• Escolha de tecnologias, processos, máquinas e equipamentos que produzam o
menor risco possível tanto para a saúde como para a segurança, que sejam menos
poluentes e de fácil e seguro acesso para limpeza e manutenção;
• Localização adequada dos locais de trabalho, em relação às comunidades
adjacentes e recursos naturais;
• Incorporação, já no projeto, dos sistemas de prevenção e controle necessários,
incluindo tratamento de efluentes e resíduos tóxicos;
• Treinamento na operação e manutenção de equipamentos e máquinas, bem como
dos sistemas de controle;
• Treinamento para atuar nas situações de emergência.

X.2.2 Reconhecimento

Tem por objetivo identificar fatores de risco, real ou potencial, nos locais de
trabalho já existentes. A metodologia para o reconhecimento de riscos deve incluir:

• Estudo inicial;
• Visita ao local de trabalho para observações detalhadas, e,
• Análise dos dados obtidos.

A fim de que nenhum risco seja negligenciado durante a visita ao local de trabalho,
é necessário um estudo prévio sobre as tecnologias e processos de trabalho em questão,
operações, equipamentos e máquinas, matérias primas, substancias químicas utilizadas,
produtos, eventuais sub-produtos e resíduos. Devem ser investigadas as possibilidades de
uso, formação e dispersão de agentes ou fatores nocivos associados aos diferentes
processos de trabalho, bem como seus possíveis efeitos sobre a saúde. Isto requer
conhecimentos, experiência e acesso à informação.

X.2.2 Avaliação
Tem por objetivo avaliar os riscos para constatar sua presença (em caso de dúvida)
e chegar a conclusões quanto a sua magnitude. A avaliação pode ser qualitativa, semi-
quantitativa ou quantitativa. As avaliações qualitativas são baseadas em observação,
experiências anteriores ou modelos. As avaliações quantitativas são baseadas, em geral,
na comparação de resultados de medições com valores limites de exposição ocupacional
recomendados e/ou legalmente adotados. Se tais valores não tiverem sido estabelecidos,
o higienista ocupacional deve ter a capacidade de estabelecer seus próprios critérios de
avaliação. Inclusive, quando riscos sérios para a saúde são óbvios e evidentes, a
recomendação de medidas preventivas deve ser imediata, mesmo antes de ser feita uma
avaliação quantitativa de risco.

X.2.2 Prevenção e Controle

Tem por objetivo recomendar, projetar, implementar e verificar medidas de


prevenção e controle de riscos, que devem ser integradas em programas bem gerenciados
e sustentáveis. Estas medidas podem ser relativas ao processo e/ou ambiente de trabalho
(por exemplo, substituição ou modificações de materiais e processos, isolamento,
sistemas de ventilação exaustora), relativas ao trabalhador (por exemplo, melhorias nas
práticas de trabalho, ou o uso de equipamentos de proteção individual - EPI) e
administrativas (por exemplo, organização do trabalho).

Embora o reconhecimento e a avaliação dos riscos sejam de fundamental


importância, não são suficientes para assegurar um ambiente de trabalho seguro e salubre.
Fatores de risco e condições prejudiciais para a saúde só podem ser evitados, ou
corrigidos, pela implementação de medidas preventivas adequadas, integradas em
programas de prevenção e controle de riscos, bem planejados, com boa gestão,
multidisciplinares e sustentáveis.

X.1 Medidas Gerais de Higiene Ocupacional

 Substituição de Materiais: Em muitas situações, é possível encontrar bons


substitutos para materiais tóxicos, que às vezes são utilizados simplesmente por hábito,
sendo que nem sempre a escolha inicial foi a melhor solução, mesmo do ponto de vista
técnico. Exemplos: tintas a base de solventes, por tintas a base de água e pigmentos de
tintas com chumbo, por pigmentos de dióxido de titanio ou oxido de zinco.
 Substituição/Modificação de Processos e Equipamentos: É possível
eliminar ou reduzir um risco utilizando outro processo de trabalho e/ou outros
equipamentos, ou através de modificações em processos e equipamentos já existentes.
Reduções apreciáveis de risco podem ser obtidas com modificações, algumas radicais,
outras bastante simples, como por exemplo: redução na temperatura de um processo, e.g.,
utilização de solventes a temperaturas mais baixas, reduzindo a evaporação;
 Métodos Úmidos: Este grupo de medidas visa limitar a dispersão de
poeiras e portanto seu acesso ao organismo, através da utilização de água ou outros
líquidos. Agentes umectantes podem ser utilizados para aumentar a eficiência do método.
Exemplos incluem: moagem, britagem, etc. a úmido;
 Manutenção de Processos e Equipamentos: A manutenção adequada de
processos e equipamentos pode contribuir apreciavelmente para a redução de riscos, por
exemplo: boa regulagem de motores para assegurar uma melhor combustão, a fim de
eliminar ou reduzir a formação de monóxido de carbono;
 Isolamento Este grupo de medidas visa isolar, total ou parcialmente,
processos que oferecem risco para evitar que agentes nocivos sejam dispersos, se
transmitam pelo ambiente de trabalho, ou alcancem os trabalhadores.
 Enclausuramento da fonte: Operações que oferecem riscos devidos a
agentes químicos, físicos ou biológicos, podem ser enclausuradas, por exemplo, correias
transportadoras, pontos de transferência de pós ou de minérios, centrifugadoras de
sangue, geradores de eletricidade, misturadores de pesticidas. A operação é automatizada
ou controlada à distancia. Em certas aplicações, por exemplo, cabines para jateamento de
areia ou para pintura a pistola, o operador pode ficar dentro da área isolada, devendo então
utilizar equipamentos de proteção individual adequados para todos os riscos associados
com a operação executada, e de comprovada eficiência.
 Sistemas Fechados: Quando houver escolha, devem ser preferidos os
sistemas fechados, por exemplo, o transporte de materiais em dutos ou recipientes
fechados, em vez de esteiras ou recipientes abertos.
 Barreiras Barreiras podem ser muito eficientes para proteger contra
agentes físicos tais como calor radiante, radiação ultravioleta, radiações ionizantes e, em
alguns casos, ruído. A propagação de calor radiante pode ser bloqueada por barreiras
refletoras, sendo o alumínio polido um dos melhores materiais para esta finalidade.
 Ventilação Industrial: Ventilação industrial pode ser uma excelente
medida de controle se o projeto, a instalação, a operação, a verificação rotineira e a
manutenção dos sistemas forem realizados corretamente. Existem dois tipos principais de
ventilação industrial: ventilação geral (processo de remover e introduzir grandes
quantidades de ar no ambiente de trabalho) e ventilação local exaustora (visa a captação
e a remoção dos contaminantes atmosféricos a medida que são produzidos e antes que
alcancem a zona de respiração dos trabalhadores e se espalhem pelo ambiente de trabalho,
ao mesmo tempo assegurando um destino adequado para o efluente poluído).
 Limpeza: A limpeza dos locais de trabalho é muito importante, pois evita
fontes secundarias de contaminantes e riscos para a segurança, sendo que também tem
um efeito positivo no bem estar e na moral dos trabalhadores.
 Armazenamento e Rotulagem Adequados: Produtos químicos devem ser
contidos em recipientes de materiais adequados; por exemplo, um material corrosivo não
deve ser colocado em recipiente de metal, mas sim de vidro, cerâmica ou certos polímeros
sintéticos. Produtos químicos reativos não devem ser armazenados no mesmo local.
 Sinais e Avisos: Zonas com restrição de acesso, por exemplo, onde se
trabalha com materiais radioativos, altamente tóxicos ou carcinogênicos, devem ser bem
indicadas e sinalizadas; os trabalhadores autorizados devem usar proteção individual
eficiente e estar sob vigilância médica. As indicações de perigo devem ser feitas através
de sinais e avisos bem localizados e visíveis, compreensíveis e claros.
 Vigilância da saúde dos trabalhadores através de exames periódicos:
Exemplo: Execução completa e adequada do Programa de Controle Médico e de Saúde
Ocupacional (PCMSO).
 Planos de emergência em caso de exposições anormais: Exemplos:
Procedimentos de emergência, plano de evacuação, plano de ação e emergência, plano de
auxílio mútuo.
 Medidas de proteção pessoal, quando não for possível evitar por outros
meios: Exemplo: Uso de equipamentos de proteção individual adequado.

X COMBATE ÀS AGRESSÕES À SAÚDE DO TRABALHADOR

No final do século XVIII, a Revolução Industrial, processo de grandes


transformações econômicas, tecnológicas e sociais, introduziu novos fatores de risco nos
locais de trabalho. O avanço tecnológico dos meios de produção se contrastava com o
crescimento das doenças e mortes dos trabalhadores assalariados, entre eles mulheres e
crianças, em virtude das precárias condições de trabalho.

X.1 Normas Regulamentadoras – NR

No Brasil, em 1978, o Ministério do Trabalho regulamentou a Lei 6.514/1977 com


a publicação da Portaria 3.214, que aprovou as Normas Regulamentadoras (NRs) de
“Segurança e Medicina no Trabalho”, materialmente recepcionadas pela Constituição
Federal, promulgada em 1988.

Atualmente existem 36 normas regulamentadoras em vigor, divididas por temas.


Algumas normas têm caráter genérico e se aplicam a todas as atividades econômicas,
enquanto outras alcançam atividades econômicas específicas, são as chamadas normas
setoriais.

X.1.1 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA

Esta Norma Regulamentadora estabelece a obrigatoriedade da elaboração e


implementação, por parte de todos os empregadores e instituições que admitam
trabalhadores como empregados, do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais –
PPRA, visando à preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, através da
antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da ocorrência de riscos
ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de trabalho, tendo em
consideração a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais.

O PPRA é parte integrante do conjunto mais amplo das iniciativas da empresa no


campo da preservação da saúde e da integridade dos trabalhadores, devendo estar
articulado com o disposto nas demais NR, em especial com o Programa de Controle
Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO previsto na NR-7. Todos os empregadores e
instituições que admitam trabalhadores como empregados estão obrigados a elaborar e
implementar o PPRA. Ou seja, empresas ou órgãos públicos que admitam empregados
com vínculo celetista, independentemente do seu grau de risco e da quantidade de
empregados, estão obrigados a elaborar e a implementar esse programa.
Para efeito desta NR, consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos
e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza,
concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde
do trabalhador. Ex: Ruído.

X.1.1 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO

O PCMSO está alinhado com o que prevê o inciso II do Art. 198, da CLT.
Estabelece a realização de exames médicos admissionais, periódicos, retorno ao trabalho,
mudança de função e demissional. Avaliações e exames complementares são exigidos às
empresas de acordo com o grau de risco do trabalho exercido, não importando o número
de funcionários.

Este programa possui um caráter preventivo muito importante, mediante o


rastreamento e o diagnóstico precoce dos agravos à saúde, relacionados ao trabalho,
inclusive de natureza subclínica, além da constatação da existência de casos de doenças
ocupacionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores. Destaca-se a relação direta
do levantamento de riscos ambientais e o PPRA com o PCMSO, sendo parte importante
para que o médico do trabalho possa traçar a sua estratégia de acompanhamento e
identificação das doenças ocupacionais.

X CLASSIFICAÇÃO DE RISCOS

Os gentes presentes no ambiente de trabalho capazes de afetar o trabalhador a


curto, médio e longo prazo, provocando acidentes de trabalho.

O Ministério do Trabalho (MT) classifica os riscos ocupacionais de acordo com


sua natureza: física, química, biológica, ergonômica ou acidental. Assim, eles podem ser
operacionais (riscos para acidente), comportamentais ou ambientais (físicos, químicos ou
biológicos, ergonômicos).

Cada tipo é identificado por uma cor, como mostra a figura 1, o que acarreta a
facilidade de realizar a sinalização, a qual contribui, portanto, para a segurança do
trabalhador.
Figura 1 Riscos ocupacionais classificados em cores distintas

X.1 Riscos físicos

Segundo a NR-9: “Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a


que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões
anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem
como o infrassom e o ultrassom”. As consequências de alguns riscos físicos são mostradas
na Figura 2.
Figura 2 Riscos físicos e suas consequências

X.1.1 Medidas de controle de riscos físicos

 Ruído: Eliminiação, enclausuração ou substituição de maquínas com


muito ruído; fornecimento de EPI, revezamento no local de trabalho;
 Vibrações: revezamento no local de trabalho;
 Calor/Frio: ventilação exaustora, isolamento das fontes de calor/frio; EPI;
 Radiação: isolamento/enclausuramento da fonte de radiação; EPI; exames
periódicos;
 Umidade: estrados de madeira e ralos para escoamento da água;
 Pressões anormais: fornecimento de EPI.

X.2 Riscos Químicos

Segundo a NR 9, agentes químicos são substâncias, compostos ou produtos que


podem penetrar no organismo pelas vias respiratórias em forma de poeira, fumos, névoas,
neblinas, gases ou vapores. Ou que, pela natureza da atividade e exposição, podem ter
contato ou ser absorvidos pelo organismo pela pele ou por absorção. Algumas
consequências destes riscos são apresentadas na Figura 3.
Figura 3 Riscos químicos e suas consequências

X.2.1 Medidas de Controle de riscos químicos

 Fonte: substituir o produto tóxico por outro menos tóxico; modificação de


métodos e processos; manutenção de equipamentos, ter a Ficha de Informações de
Segurança de Produtos Químicos (FISPQ) e seguir orientações do fabricante
 Percurso: enclausurar a operação por meio de confinamento; ventilação
exaustora captando os poluentes na fonte
 Trabalhador: uso de EPIs; Treinamento; exames médicos e limitação do
tempo de exposição

X.3 Riscos Biológicos

Segundo a NR-32: é considerado risco biológico toda a probabilidade da


exposição ocupacional a agentes biológicos. Entre os agentes biológicos capazes de
causar danos estão: bactérias, fungos, protozoários, vírus, parasitas e outros. Algumas
consequências destes riscos são apresentadas na Figura 4.
Figura 4 Riscos biológicos e suas consequências

X.3.1 Medidas de Controle de riscos biológicos

 Medidas relativas à fonte e/ou à trajetória: modificação do processo,


isolamento do processo, esterilização de instrumentos e objetos, ventilação
 Medidas relativas ao trabalhador: vacinação; treinamento; diminuição do
número de pessoas expostas; controle médico; estabelecimento de procedimentos de
higiene pessoal, uso de EPIs.

X.4 Riscos Ergonômicos

A NR-17 trata da ergonomia no ambiente de trabalho, e tem como objetivo


estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às
características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a garantir a saúde, a
segurança e o conforto do funcionário. Algumas consequências dos riscos ergonômicos
são mostradas na Figura 5.
Figura 5 Riscos ergonômicos e suas consequências

X.4.1 Medidas de Controle de riscos ergonômicos

 controle médico; ginástica local; manutenção da iluminação;


modernização de máquinas e equipamentos; melhoria no relacionamento entre as pessoas,
alteração no ritmo de trabalho.

X.5 Risco de Acidentes

Os agentes mecânicos ou de acidentes geram riscos que, pelo contato físico direto
com a vítima, manifestam sua nocividade. Esses agentes são responsáveis por uma série
de lesões nos trabalhadores como cortes, fraturas, escoriações, queimaduras. As máquinas
desprotegidas, pisos defeituosos ou escorregadios, os empilhamentos de materiais
irregulares são exemplos de fatores de risco. Algumas consequências desses riscos são
mostradas na Figura 6.
Figura 6 Riscos ergonômicos e suas consequências

X.5.1 Incêndios

Fogo é a consequência de uma reação química denominada combustão que libera


só calor ou calor e luz. Para que haja combustão ou incêndio, devem estar presentes três
elementos interligados: o primeiro é o combustível, ou seja, aquilo que vai queimar e
transformar-se; o segundo é o calor que faz começar o fogo; o terceiro é o oxigênio, um
gás que existe no ar que respiramos e que é chamado comburente. Nos locais de trabalho
existem esses três elementos essenciais ao fogo: ar (comburente) madeiras, papéis, álcool,
etc. (combustível) e chamas de maçarico, lâmpadas, cigarros acesos (calor). Faltando um
dos três elementos do triângulo, não haverá fogo. Existem algumas maneiras básicas de
evitar incêndios:

 Armazenamento de material inflamável adequado;


 Instalação elétrica apropriada;
 Pisos antifaísca em locais onde há inflamáveis;
 Instalação de para-raios.

Os equipamentos mais utilizados para combater incêndios são extintores,


hidrantes e chuveiros automáticos (sprinklers).

X.6 Mapa de riscos

É uma representação dos riscos à saúde assinalados em cada um dos diversos


locais de trabalho dentro de uma empresa e visa reunir dados para geração de
diagnósticos, viabilização da troca de informações entre os trabalhadores, bem como
incentivo à sua participação nas atividades de precaução.

O Mapa de Riscos deverá conter as seguintes etapas :

 Conhecer o processo de trabalho no local analisado;


 Identificar os riscos existentes no local analisado : agentes físicos,
químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes;
 Identificar as medidas preventivas existentes e sua eficácia : proteções
coletivas, individuais, de higiene, etc;
 Identificar os indicadores de saúde : queixas, acidentes de trabalhos
ocorridos, doenças diagnosticadas, etc;
 Elaborar o mapa de riscos sobre o leiaute da empresa, indicando através
de círculos o grau de risco encontrado (grave, médio e leve).
Um exemplo de um mapa de risco é mostrado na Figura 7.
Figura 7 Mapa de risco

1 Higiene, Segurança e Qualidade De Vida


http://www.ceap.br/material/MAT11062010113826.pdf

Apostila de Higiene e Segurança do Trabalho


https://wiki.ifsc.edu.br/mediawiki/images/3/31/Sht2009.pdf

Segurança do Trabalho. Neverton Hofstadler Peixoto. 2011


https://docente.ifsc.edu.br/felipe.camargo/MaterialDidatico/MECA%201%20-
%20SEG.%20DO%20AMB.%20E%20DO%20TRAB./Material%20de%20apoio/Seguranca%20Trab
alho%20-%202012.pdf
Higiene no Trabalho. Monica Beltrami e Silvana Stumm. 2013.
http://ead.ifap.edu.br/netsys/public/livros/LIVROS%20SEGURAN%C3%87A%20DO%20TRABAL
HO/M%C3%B3dulo%20III/17%20Higiene%20no%20Trabalho/Livro_Higiene%20no%20Trabalh
o.pdf

NOÇÕES BÁSICAS DE HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABALHO. COMANDO DA


AERONÁUTICA ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA. 2017.
http://www2.fab.mil.br/eear/images/cfc/cfc_cg_nocoesbasicas.pdf

RECONHECIMENTO, AVALIAÇÃO, PREVENÇÃO E CONTROLE DE RISCOS OCUPACIONAIS.


Berenice I. F. Goelzer, CIH http://www.saude.ufpr.br/portal/medtrab/wp-
content/uploads/sites/25/2016/08/HO-por-Berenice-Goelzer.pdf

Segurança e Saúde no Trabalho - NRs 1 a 36 Comentadas e Descomplicadas.


http://www.norminha.net.br/Normas/Arquivos/NR-1-36Comentadaedescomplicada.pdf.pdf

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