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 A Constituição da República Federativa do Brasil

Classificação:
Formal – Normas materialmente constitucionais e formalmente constitucionais, com
igual hierarquia
Rígida – Procedimento de modificação mais rígido que o das leis
Escrita – Formalizada em um único documento formal
Analítica/Prolixa – Trata de temas essenciais e outros apenas formalmente
constitucionais
Dogmática – Reflete os anseios da sociedade em um dado momento no tempo
Promulgada – Feita com a participação do povo ou de representantes

Estrutura:
 Preâmbulo
Não possui eficácia jurídica, somente política
Não é norma de reprodução obrigatória

 Parte dogmática
Vai do art. 1º ao art. 250, dividida em nove títulos, congregando os princípios
fundamentais, os direitos e garantias fundamentais, a organização do Estado, a
organização dos Poderes, a defesa do Estado e das Instituições Democráticas, a
tributação, o orçamento, a ordem econômica, a ordem financeira, a ordem social
e as disposições constitucionais gerais

 ADCT
Possui eficácia jurídica e vale como qualquer outro artigo da CF/88, não
havendo hierarquia entre eles
É modificável por emenda constitucional
Assumem dupla função: realizar transição e disciplinar provisoriamente

Obs: tratados e convenções de direitos humanos que forem aprovados em cada


casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos
respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.

Obs2: os elementos da constituição são divididos em cinco categorias:


orgânicos, limitativos, socioideológicos, de estabilização constitucional,
formais de aplicabilidade

 Organização do Estado

Conceito de Estado - sociedade politicamente organizada formada pela reunião de um


povo, em um território determinado, dotado de um governo soberano.
Povo - conjunto de pessoas que integra o Estado, ligadas a ele pelo vínculo jurídico-
político de direito público interno denominado nacionalidade.
Território - limite espacial sobre o qual o Estado exerce soberanamente o poder de
império sobre as pessoas e os bens nele existentes, formado pelo espaço terrestre, pelo mar
territorial e pelo espaço aéreo sobrejacente.
Governo - conjunto de funções necessárias à manutenção da ordem jurídica e da
condução da Administração Pública.
Soberania - poder decisório supremo no plano interno, bem como a não subordinação a
qualquer outro Estado, na órbita internacional.
Formas de Estado - unitário; federado.
Forma de Governo - república; monarquia.
Sistema de governo - presidencialismo; parlamentarismo.
Regime de governo - democracia; autocracia.
União - pessoa jurídica de direito público interno, parte integrante da federação
brasileira dotada de autonomia. Possui capacidade de auto-organização (Constituição Federal),
autogoverno (arts. 44, 76 e 92), autolegislação (art. 22) e autoadministração (art. 20).
Estados-membros - pessoas jurídicas de direito público interno, dotados de autonomia,
em razão da capacidade de auto-organização (art. 25, caput), autoadministração (art. 26),
autogoverno (arts. 27, 28 e 125) e autolegislação (art. 25, §§ 1º, 2º e 3º).
Distrito Federal - ente federativo com competências parcialmente tuteladas pela União,
conforme se extrai dos arts. 21, XIII e XIV; 22, VII; e 48, IX. Por ser considerado um ente
político dotado de autonomia, possui capacidade de auto-organização (art. 32, caput),
autogoverno (art. 32, §§ 2º e 3º), autoadministração (art. 32, §§ 1º e 4º) e autolegislação (art. 32,
§ 1º).
Municípios - prevalece o entendimento de que são entes federativos, uma vez que os
arts. 1º e 18 são expressos ao elencar a União, os Estados-membros, o Distrito Federal e os
Municípios como integrantes da federação brasileira. Como pessoas políticas também dotadas
de autonomia, possuem auto-organização (art. 29, caput), autolegislação (art. 30), autogoverno
(incisos do art. 29) e autoadministração (art. 30), criadas por lei ordinária estadual.
Territórios Federais - possuem natureza jurídica de autarquias territoriais integrantes
da Administração indireta da União. Por isso, não são dotados de autonomia política. Sua
criação depende de três requisitos: i) consulta prévia, por plebiscito, às populações diretamente
interessadas; ii) oitiva das Assembleias Legislativas dos estados interessados; iii) edição de lei
complementar pelo Congresso Nacional.
Vedação aos entes federados - art. 19 da CF/1988.
Intervenção - é uma excepcional possibilidade de supressão temporária da autonomia
política de um ente federativo. Suas hipóteses integram um rol taxativo previsto na Constituição
Federal.

 Repartição de Competências

Repartição de competências - técnica de distribuição de competências administrativas,


legislativas e tributárias aos entes federativos para que não haja conflitos de atribuições dentro
do território nacional.
Competência - capacidade para emitir decisões dentro de um campo específico.
Competência administrativa capacidade para atuar concretamente sobre a matéria.
Competência legislativa - capacidade para estabelecer normas gerais e abstratas sobre
determinado campo.
Competência tributária - poder de instituir tributos.
Técnica da repartição de competência - predominância do interesse. Segundo ela, à
União, caberão as matérias de interesse nacional (arts. 21 e 22), aos Estados-membros, o
interesse regional, e aos Municípios, as questões de predominante interesse local (art. 30). Para
tanto, a Constituição enumerou expressamente as competências da União e dos Municípios,
resguardando aos Estados-membros a chamada competência residual, remanescente, não
enumerada ou não expressa (art. 25, § 1º). Acresça-se que, para o Distrito Federal, a
Constituição atribuiu as competências previstas para os Estados e os Municípios, denominada
de competência cumulativa (art. 32, § 1º).
Art. 21 da CF/1988 - competência administrativa exclusiva (indelegável) da União,
relacionadas à prestação de serviços públicos pela União.
Art. 22 da CF/1988 - competência legislativa privativa (delegável) da União,
relacionadas à edição de normas pela União.
Art. 23 da CF/1988 - competência administrativa comum a todos os entes.
Art. 24 da CF/1988 - competência concorrente, onde cabe à União estabelecer normas
gerais, e aos Estados e Distrito Federal a competência suplementar.
Art. 25 da CF/1988 - competência dos Estados-membros.
Art. 32 da CF/1988 - competência do Distrito Federal.
Art. 30 da CF/1988 - competência dos Municípios.

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