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No dia 16 de março, a tropa sênior Uatumã realizou seu acampamento de

monitores e sub-monitores (Tecnicam).

O acampamento foi idealizado para fazer com que os elementos se


engajem no cargo que foram escolhidos.

Observamos que o cargo de monitor e sub-monitor, por falta de interesse


dos jovens e falta de habilidade da chefia, já não despertava tanto
interesse dos jovens e por outro lado, os chefes, não querendo ver essa
situação, começaram a se apoderar de algumas atividades que são
inerentes ao cargo de patrulha de monitores e sub-monitores, causando
uma “monitorização” na chefia, sendo que os verdadeiros ocupantes do
cargo, estavam se transformando em elementos. Essa dificuldade, de
acordo com o Joamar, não é exclusiva de nosso grupo, porém temos
ferramentas e vontade de reverter essa situação antes que se instale de
forma definitiva, matando o sistema de patrulha na tropa.

Esse foi o principal objetivo do Tecnicam, devolver aos monitores seus


deveres e responsabilidades perante suas patrulhas e começar a
desenvolver habilidades essenciais para o cargo, como liderança e pró-
atividade. Habilidades que acompanharão eles durante toda sua vida.

Por outro lado a chefia reconheceu que o dever de assistir a patrulha e ser
o meio de comunicação entre suas necessidades, tarefas e deveres, cabe
ao monitor e ao sub-monitor. Toda comunicação entre a patrulha é
realizada majoritariamente entre a chefia e os monitores por meio de grupo
de whatsapp, ficando a cargo dos monitores o repasse das informações
referentes às atividades.

Durante o acampamento trabalhamos na união do grupo e sua confiança


durante situações adversas que eles foram colocados, exatamente para
agregar uma maior responsabilidade entre seus elementos.

Iniciamos numa sexta-feira, viajando para Juquitiba em um sitio novo, onde


nunca tinha ido. Chegamos depois das 22:00 hs, descarregamos todo
equipamento e iniciamos a primeira experiência deles, não como
monitores e sim como elementos de uma tropa que devem confiar e se
ajudar mutuamente. Eles percorreram em mata densa, um caminho
determinado, ao largo de um fio de água, onde deveriam atravessar toda
mata e sair no bambuzal distante 400 metros. Para isso contaram com
lanternas e com sua união. O resultado foi alcançado, demoraram mais
que o esperado, porém o grupo seguiu unido, ajudando uns aos outros,
conversando entre si para procurar o melhor caminho até o ponto de
saída.

No ponto de saída guardávamos uma surpresa para todos, fogueira e chá.

Fizemos uma breve palestra sobre o obstáculo que venceram e sobre o


significado da palavra liderança, exortando o líder em detrimento do chefe.

Todos desceram para a base e foi feito silêncio.

No dia seguinte seguiram com os equipamentos para a base de montagem


de campo. Os monitores foram incentivados a determinar o que deveriam
levar para o campo. Resolveram levar tudo, o que se tornou um processo
demorado além do previsto pela chefia. Serviu para avaliarem a frase
“quanto menos, melhor” e se conscientizarem do volume que estavam
carregando, pois a região é de subida.

Pelo prazo apertado foram dadas algumas explicações breves de técnicas


que eles já deviam conhecer da tropa escoteira, tais como Sapa e
ferramentas de corte, corte de bambu, montagem de campo e técnicas de
fogo. Toda instrução dada não foi aprofundada, até como uma forma dos
monitores se incentivarem a pesquisar mais sobre os temas e aplicá-los
corretamente com sua patrulha.

Foram dadas instruções sobre a corte de honra, com rodada para tirar
dúvidas, instruções sobre como proceder em fogo de conselho.Tivemos
uma roda e conversa e todos se recolheram às barracas.

No último dia fizemos uma instrução de espiritualidade e realizamos a


desmontagem do campo, com dificuldade, pois levamos todo material da
base de apoio para o campo. Foi uma lição aprendida, tanto para jovens
quanto para chefes.

Na desmontagem final, fizemos o lanche na base e notamos que o tempo


precisa ser melhor trabalhado pelos jovens e pela chefia. No último dia
deixamos uma parte pesada da tarefa, que era descer todo o equipamento
do campo e os jovens cansaram. Felizmente ocorreu o aprendizado pelo
exemplo. Tivemos um atraso de aproximadamente 1 hora entre o
momento que a van chegou e quando partimos.

Serviu para a chefia calibrar corretamente o tempo para as próximas


atividades, que parece ser outro ponto para atacarmos pela necessidade:
A relação entre o tempo que damos para as atividades versus a
progressão dos jovens. Sinto que estamos ficando defasados entre o que
exigimos e o que eles podem oferecer e isso entra no cuidado que
estamos tendo com a progressão deles, antes de cobrá-los.

Para progressão do ramo desenvolvemos os seguintes itens:


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