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Abril/Maio

2017
Grito dos/as Excluídos/as Vida em Primeiro lugar
Número 66
Ano 23

“Por direitos e democracia,


a luta é todo dia”
Os direitos e os avanços dignidade, nos demais, o dever de
democráticos no Brasil, con- reconhecer e respeitar tais direi-
quistados nas últimas décadas, tos”, (PT, 44).
são fruto das lutas populares. A organização, a participação e a
Exemplo disso foi a significativa construção da luta de classe precisa
participação da sociedade civil ser uma prática diária. Despertar a
no debate para a elaboração e solidariedade entre os/as trabalha-
promulgação da Constituição dores/as e organizar a resistência
Federal de 1988. O que con- são elementos fundamentais nes-
tribuiu para a criação de novas se processo de democratização e
leis, estatutos, bem como para defesa de direitos. Entretanto, o
o surgimento de espaços de objetivo da nossa luta vai além do
participação populares. Embo- direito e da democracia, pois visa à
ra, muitas leis que garantiam construção de um projeto popular
direitos sociais não tenham sido para o Brasil e outro mundo possí-
regulamentadas, e muito me- vel: justo e solidário, onde a vida
nos aplicadas, correm o risco esteja em primeiro lugar.
de serem retiradas. As reformas do governo Temer,
Prova disso é o ajuste fiscal assim como as medidas do Governo
proposto pelo governo Temer Dilma, revelam um Estado que se
que impõe reformas que visam volta contra a sociedade e o pró-
retirar os direitos dos trabalha- prio “estado de direito” e se curva
dores e trabalhadoras para ten- aos interesses do capital – as gran-
tar resolver a crise econômica des empresas, o agronegócio.
no país. Entre as reformas, a A luta é todo dia! Não devemos
trabalhista; a previdenciária; o nos pautar somente em processos
congelamento de investimentos eleitorais, mas na possibilidade de
por 20 anos na saúde, educa- reconquistar direitos em um cená-
ção, seguridade, saneamento; e rio de longo prazo. Porém, com o
a terceirização, que represen- sonho de construir uma nova socie-
tam um retrocesso nos direitos dade pautada no bem viver.
conquistados no Brasil com mui- A era dos retrocessos de di-
tas lutas, nos últimos 30 anos. reitos conquistados deve nos pro-
O processo democrático que vocar a solidariedade de classe,
garante vez e voz ao povo não a organização popular em rede,
foi consolidado, o que viven- o retorno ao trabalho de base, a
ciamos hoje é uma democracia ressignificação do método Ver-Jul-
representativa, profundamente gar-Agir e reencontrar estratégias
questionada porque não representa a vonta- cracia direta e participativa. culturais e populares de encantar-se com a
de popular. Se de fato “todo poder emana do A Carta Encíclica Pacem in Terris, do Papa luta e a defesa da vida, conquistando direi-
povo”, como está na Constituição Federal, é João XXIII, destaca: “Pois, quando numa pes- tos e construindo a democracia.
preciso, com urgência, regulamentar e por soa surge a consciência dos próprios direitos, Venha! Juntos vamos construir o Grito
em prática as leis que garantem vez e voz do nela nascerá forçosamente a consciência do dos/as Excluídos/as.
povo nas decisões políticas do país. Avançar dever: no titular de direitos, o dever de re-
da democracia representativa para a demo- clamar esses direitos, como expressão de sua Coordenação Nacional
2 Grito dos/as Excluídos/as Abril/Maio 2017

23º GRITO DOS/AS


Santa Maria/ RS
nio dos povos originários
OBJETIVO (indígenas, negros e qui-
lombolas), dos pobres,
GERAL das mulheres e da juven-
tude. Este sistema não
nos suporta, não suporta
os povos, os direitos. O
VALORIZAR a vida e anunciar a esperan- acesso, ampliação e uni-
ça de um mundo melhor, construindo ações versalização dos direitos
a fim de fortalecer e mobilizar a classe tra- fundamentais conquista-
balhadora nas lutas populares. Denunciar a dos e garantidos na Cons-
estrutura opressiva e excludente da socie- tituição Federal de 1988,
dade e do sistema neoliberal que nega a e que não foram plena-
vida e quer nos impedir de sonhar. mente implementados e
universalizados, hoje es-
tão sendo ameaçados.
A elite brasileira nun-
OBJETIVOS ca aceitou esses direitos e
conseguiu, com o apoio da
ESPECÍFICOS mídia conservadora, reali-
zar um golpe “democráti-
co” no Brasil, em 2016, e
estabelecer uma agenda
DEFENDER a vida dos/as excluídos/ de retrocessos nos direitos
as, assegurar os seus direitos, voz e lugar. da classe trabalhadora.
Construir relações igualitárias que respei- Em nome da crise econô-
tem a diversidade de gênero, cultural, mica, o governo golpista de Michel Temer está funda-
racial, religiosa e sejam esperança para mentando a redução e a negação de direitos básicos,
juntas e juntos lutarmos por outro mundo com o corte dos investimentos sociais, beneficiando
possível; EIXOS ao sistema financeiro transnacional.
Estamos no meio de um ataque aos direitos dos
CONSTRUIR espaços e ações organi- trabalhadores e trabalhadoras: congelamento dos in-
zadas politicamente a fim de fortalecer e vestimentos por 20 anos, reformas da previdência e
mobilizar o povo a lutar por um projeto de trabalhista que abrem um leque para privatizações
sociedade mais igualitária e fraterna que dos serviços básicos. Assim, privilegiando as empre-
valorize a vida, a distribuição de terra, 1- DEMOCRATIZAR A COMUNICAÇÃO sas que vão operar estes serviços, em um verdadeiro
assalto aos direitos sociais.
renda e bens para todos;
Vamos nos juntar e fortalecer a luta e a resis-
Na era da informação quem detém a mídia tem po-
DENUNCIAR as estruturas opressoras tência contra qualquer retrocesso e ameaça aos nos-
der sobre a opinião das pessoas. A comunicação é um
da sociedade, as injustiças cometidas pelo sos direitos (saúde, educação, aposentadoria, terra,
bem público que o Estado concede o direito de ope-
modelo econômico neoliberal, a concen- água, salário maternidade, transporte, etc.). Ne-
rar, só que no Brasil essa operação atende a interesses
tração de renda, a criminalização dos mo- nhum direito a menos! Por isso, a rua é o nosso lugar!
particulares, dos endinheirados que só visam o lucro.
vimentos, dos defensores e defensoras dos
direitos humanos e das lutas populares;
Existe um oligopólio familiar dos canais de televi-
são, rádios, jornais, revistas, portais de internet, que 3 - ESTADO FOMENTADOR DE VIOLÊNCIA
dificultam a entrada de outros canais que poderiam
OCUPAR os espaços públicos e exigir trazer pautas alinhadas com o interesse público. So- A política do Estado mínimo imposta pelo sistema
do Estado a garantia do acesso e a uni- mente com a regulamentação da mídia será possível capitalista neoliberal busca a acumulação de capi-
versalização dos direitos básicos como falar em diversidade da informação e, deste modo, tal, em detrimento das políticas sociais, cuja imple-
educação, segurança pública, saúde, caminhar para uma sociedade mais democrática. mentação, muitas vezes, fica a cargo de terceiros.
transporte, alimentação saudável, sane- Denunciamos esse modelo de mídia e comunica- Prática que fomenta as várias situações de violência.
amento básico, moradia. Lutar contra a ção e exigimos a sua regulamentação, assim como um A primeira refere-se ao descaso com a qualidade dos
privatização dos recursos naturais e con- processo transparente de democratização da infor- serviços oferecidos (água, saneamento, educação,
tra as reformas que retiram direitos dos mação em nosso país! saúde, transporte, dentre outros), por vezes tercei-
trabalhadores; rizados e precarizados. Uma segunda forma é quando

COBRAR dos governantes uma audi-


2 - DIREITOS BÁSICOS o Estado destrói nossos territórios, degrada e mata,
gera violência e criminaliza as lutas e os lutadores/
toria integral da dívida pública (interna e O Brasil “democrático” foi construído com um as, como no desastre de Mariana. A terceira situação
externa) que consome aproximadamente desejo impetuoso das elites de dominar, acumular e de violência é a criação de formas de acabar com as
45% do nosso dinheiro (orçamento fede- lucrar mais e mais à custa do povo. É um Brasil que poucas leis ou mecanismos específicos de proteção:
ral) pagando juros e amortizações aos desrespeita os direitos fundamentais: à vida, à dig- Estatuto da Criança e do Adolescente, do Idoso; Lei
especuladores. nidade, a ter direitos. Nossa história é marcada pela Maria da Penha, políticas afirmativas, que indicam
violência e dominação através da guerra e extermí- claramente as desigualdades sociais e vulnerabilida-
Abril/Maio 2017 Grito dos/as Excluídos/as 3

EXCLUÍDOS/AS grupos que atuam a partir de linguagens artísticas


Itabuna/ BA
promova e universalize o SUS, desen- e mostram seu trabalho, conseguindo se organizar
volva a pesquisa e a ciência; facilite o politicamente e transformar a realidade local.
acesso à cultura, à habitação, à terra, A rua é um espaço de troca de vivências e sa-
ao trabalho, à alimentação. Um Esta- beres, é também onde construímos e defendemos
do que preste atenção às populações nossos direitos que, hoje mais do que nunca, estão
que vivem na e da floresta. Um Esta- sendo postos à venda pelo próprio governo/Congres-
do alicerçado na garantia e acesso aos so para atender aos interesses do capital, a quem
direitos e comprometido com o povo obedece servilmente. A rua é o lugar da resistência e
e a vida. Um Estado soberano, não a historicamente tem sido o nosso ponto de encontro,
serviço de interesses estrangeiros. dos generosos/as, dos lutadores/as, da militância.
Em tempo de retrocessos democráticos se torna
5 - PARTICIPAÇÃO POLÍTICA É mais urgente e necessário ocuparmos esse espaço.
EMANCIPAÇÃO POPULAR Vamos para as ruas não só para lutar, mas também
para celebrar. Ocupar a rua é vivenciar, é sentir, é
Sob um governo golpista e ilegíti- olhar o outro sem (pré)conceitos, racismo, machis-
mo, as experiências coletivas estão em mo, homofobia, é olhar o outro na sua integralidade
Campinas/ SP e como companheiro/a.
xeque. O trabalho de base e a formação de coletivos
de luta e resistência, nos mais diferentes recantos O Papa Francisco também nos convoca. Não dei-
de nosso país, rompem com esse novo padrão que xemos mais o sistema incorporar e abrir um abismo
tentam nos impor. entre nós e nossos companheiros e companheiras de
Reconstruímos o país com as Diretas Já, elabora- caminhada. A praça, a rua, os bares... vamos enchê-
mos uma avançada Constituição Cidadã, conquista- -los de novo! Vamos nos misturar de novo, porque
mos vários direitos que hoje estão ameaçados. Isso juntos, generosas e generosos, vamos conseguir pen-
indica que não há um modelo pronto. A juventude sar um projeto de sociedade mais democrático, em
que ocupou as escolas nos desafia a repensar o mé- que todos e todas tenham voz, vez e lugar.
todo, a pedagogia do trabalho de base e, principal-
mente, retomar com nova linguagem, novo jeito de 7- UMA ECOLOGIA INTEGRAL
dialogar, nos apropriando dos instrumentos de comu-
nicação que dispomos. A Campanha da Fraternidade desse ano trouxe
Devemos romper com a lógica de pensar a par- para a reflexão os biomas brasileiros, as ameaças a
ticipação a partir de processos de representação que estão submetidos e a convocação para lutar em
eleitoral, de cargos públicos eletivos, sem descartá- sua defesa. Falar de bioma não é só falar de plantas,
des existentes, numa espécie de “epidemia de indi- -la, mas dando a ela um novo significado. Precisa- animais, fungos e as relações entre si, mas também
ferença”, com a cumplicidade do Estado. mos também ressignificar os espaços de participação inclui os seres humanos. Cada bioma é um grande
A violência é justificada como forma para o Estado históricos que conhecemos e usamos diversas vezes: conjunto de pequenos ecossistemas que reúne uma
funcionar, ela é “silenciosa” e seletiva com os setores os plebiscitos, referendos, conselhos gestores, orça- comunidade de seres vivos de todo o tipo em um
vulneráveis da sociedade a fim de contê-los. O sistema mento participativo e etc. Já, que alguns destes ins- único território.
capitalista exclui a juventude negra, pobre e da peri- trumentos foram sendo apropriados na sua estrutura O ecossistema em que vivemos, por mais arti-
feria, degrada o meio ambiente e mata negros, mulhe- e discurso por governos de plantão e deixaram de ficial que seja, como as grandes cidades – que ain-
res, índios, quilombolas, LGBT(s) e não nos suporta! representar os verdadeiros interesses da população. da assim fazem parte dessa comunidade - deixa sua
A participação política é fundamental para pro- marca em nós: nossa história, nossa infância, nossa
4 - QUE PROJETO DE PAÍS DESEJAMOS? vocar processos de mudanças estruturais, na cons- visão de mundo, nossas relações, mesmo o nosso tipo
QUE ESTADO QUEREMOS? trução de uma sociedade, de um Estado e um país (bio)físico. Tudo em nós tem a marca da grande co-
livre, democrático, justo e igualitário. Todos e todas munidade e ancestralidade a que pertencemos.
O Estado sempre foi assediado e disputado pelo somos convidados a participar para construir a de- Denunciar e lutar contra a destruição dessa co-
capital como instância que lhe garante acessos, faci- mocracia e assegurar nossos direitos. munidade é lutar por nossa casa comum, pela vida
lidades e proteção. A corrupção não é uma novidade, em toda a sua integralidade, pelo Planeta, “que so-
nem no Brasil, nem em lugar algum do mundo, ela 6- UNIR GENEROSAS/OS NAS RUAS fre em dores de parto”. O agronegócio empobrece o
solo, polui as águas e leva perigo a todo o ecossiste-
faz parte do sistema e o mantém. Portanto, devemos
nos desvencilhar desta armadilha que foi montada A rua traz consigo dois sentidos, principalmente ma. O monocultivo, os agrotóxicos, os transgênicos,
sobre a corrupção e de processos eleitorais, e refletir para moradores das periferias, pode ser um ambien- a exploração irracional das florestas e a atividade
sobre: Que Estado queremos? Que país desejamos? te de acolhimento, mas também de abandono e peri- mineradora podem causar desastres criminosos,
Certamente, uma nação que sustente um proje- go. Toda a violência sofrida pela periferia, sobretudo como o de Mariana (MG) e toda a Bacia do Rio Doce.
to comum, que garanta o crescimento econômico, a policial, provoca o medo das pessoas de frequentar Deixam críticas as condições de vida e contribuem
não dos grandes empresários, das instituições milio- a rua como um espaço de convivência e de uso co- para as mudanças climáticas.
nárias, mas sim dos trabalhadores. Com distribuição letivo, o que nem sempre é uma preocupação em A destruição faz parte do sistema ganancioso de
de renda de forma igualitária, garantia de fato dos alguns bairros de classe média. acumulação e lucro do capital. A vida, as abelhas, as
direitos a todos e todas, especialmente os/as mais Com muita persistência, alguns coletivos, indi- plantas, tudo vira uma mercadoria. Devemos lutar
vulneráveis e excluídos/das. Um Estado que olhe víduos e organizações vêm ressignificando o que é pelas mudanças desse sistema que exclui, degrada e
com atenção aos pequenos/as produtores, à agri- ocupar a rua e os sentidos que isso implica na vida mata. É preciso resistir e lutar: pela nossa história,
cultura familiar, à indústria nacional, à educação cotidiana das pessoas. O que acontece pela contínua pela vida do Planeta, por “Vida em primeiro lugar”!
pública, gratuita e de qualidade. Que fortaleça, efervescência da cultura periférica, com diversos
4 Grito dos/as Excluídos/as Abril/Maio 2017

FIQUE POR DENTRO 6 PREFEITO DE SÃO PAULO

Nem tudo que reluz é ouro. João Dória


determinou por decreto a transferência/des-
“Ouso dizer que está nas mãos dos excluídos o futuro da humanidade” vio de R$ 30 bilhões já destinados para obras
contra as enchentes e terminais de ônibus para
(Papa Francisco) a recém-criada Secretaria de Desestatização.
Quer dizer, tirou dinheiro para prevenir en-

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chentes e botou em uma secretaria para acel-
OXFAM/DAVOS erar as privatizações do patrimônio público.
PREVIDÊNCIA SOCIAL
O relatório “Uma economia

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para os 99%”, apresentado no Conforme a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 149, ROMARIA DOS/AS TRABALHADORES/AS
Fórum Econômico em Davos/ fazem parte da seguridade social: saúde, assistência e a pre-
Suíça, em janeiro de 2017, pela vidência. A fonte de financiamento é diversificada, entre elas: No dia 07 de setembro acontece em Apare-
ONG britânica OXFAM, denun- contribuição previdenciária de patrões, de trabalhadores e do cida/SP, no Santuário Nacional, o 23º Grito
cia que o patrimônio de apenas governo (C/F artigo 195). dos/as Excluídos/as e a 30ª Romaria dos/as Tra-
oito homens é igual ao da me- balhadores/as, que neste ano tem por lema: “30
tade mais pobre do mundo. Em fevereiro de 2017 o governo divulgou uma lista com 500 anos de resistência e ação, anunciando a esperança
No mundo, a renda dos 10% empresas devedoras que somadas devem R$426 bilhões ao INSS. e combatendo a exploração!”.
mais pobres aumentou cerca É quase três vezes aquilo que o governo diz ser o déficit da Pre-

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de U$ 65 entre 1988 e 2011, vidência em 2016.
enquanto a renda do 1% mais VIOLÊNCIA SELETIVA
rico aumentou 182 vezes mais, O próprio relator da reforma da Previdência, deputado Artur
no mesmo período (cerca de Maia, PPS/BA, é sócio de uma empresa que deve R$151.986,22 Durante a greve dos policiais do Estado
U$11.800). Não há dúvidas: ao INSS. do Espírito Santo foram contabilizados 143 mortes
“Este sistema é insuportável, Veja algumas das empresas que devem para a Previdência: na Grande Vitória. A maioria era jovem de 17 a 22
exclui, degrada, mata”. anos, destes 15% eram brancos e os outros 85% par-
(Papa Francisco) JBS.....................................................R$1.837.000,00 dos e negros.
Marfrig.................................................R$ 811.000,00

2 É BOM SABER

 O Orçamento Ge-
Prefeitura Municipal de São Paulo................R$ 549.000,00
Caixa Econômica Federal..........................R$ 549.000,00
Gazeta Mercantil.....................................R$ 484.000,00
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DE OLHO NO CONGRESSO NACIONAL

Que tal cada Estado fazer uma lista com


ral da União (OGU) executado nomes dos deputados/as e senadores/
(pago) em 2016 foi de R$2,752 Banco Bradesco.......................................R$ 465.000,00 as e ver como eles votam nas reformas que visam
trilhões. Deste total, o governo tirar direitos dos trabalhadores? Divulgar o máximo
retirou 43,94% só para pagar E, inclusive, algumas que já faliram como a Varig possível em locais públicos, afinal, é importante
juros e amortizações da dívida (R$3.713.000,00); Vasp (R$1.683.000,00); Transbrasil que o povo saiba como seus representantes atuam,
pública (interna e externa) e (R$1.219.000,00). para que quando voltarem a pedir votos, em 2018,
destinou à Previdência Social não sejamos enganados mais uma vez.
somente 22,54%. Quer dizer Diante dessa pequena mostra, a pergunta é: POR QUE não se faz
uma CPI, ou auditoria pública, para que a sociedade conheça a

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que quase metade do OGU foi
para juros. Diante disso, por real situação da Previdência? Antes de impor uma reforma e dizer
que os governos insistem em que a Previdência é deficitária, é urgente identificar e cobrar MATERIAL DE DIVULGAÇÃO
não fazer uma auditoria públi- os devedores para que os/as trabalhadores/as não paguem mais
ca desta dívida? (Fonte: SIAFI) esse pato. Jornal Tabloide R$ 0,15
Cartaz R$ 0,50
Camisetas R$ 15,00

4 FAÇAM O QUE EU DIGO E


NÃO O QUE EU FAÇO

5 TERCEIRIZAÇÃO É
PRECARIZAÇÃO

DVD do 22º Grito
Roteiro celebração
Livro do Grito 10 anos
Contribuição Voluntária
R$ 0,20
R$ 10,00
Você sabia que o presidente Michel Temer se Em média, os trabalhadores terceirizados
aposentou em 1996, com 55 anos de idade, como trabalham 3 horas a mais e recebem 24% menos Os pedidos devem ser feitos, com antecedência, para evitar
procurador do Estado de São Paulo. Pasmem: o maiores gastos com correios:
do que os efetivos e com maior rotatividade. Dos
salário bruto dele em maio de 2016 passou para acidentes de trabalho seguidos de morte, 80% Rua Caiambé, 126, Ipiranga, SP, CEP: 04264-060
R$ 30.613,24. acontecem com os terceirizados. Fone/Fax: 11-2272-0627
Correio eletrônico: gritonacional@ig.com.br ou
gritonacional@terra.com.br
Facebook: gritonacional@ig.com.br.
NENHUM DIREITO A MENOS, FORA O AJUSTE E BASTA DE CONCESSÕES!!!! Site: www.gritodosexcluidos.org

Comissão 8/CNBB - SE/SUL - Quadra 801 - Conj B - 70401-900 - Brasília - DF - Fone: (0xx61) 2103 83 23
Endereço da Secretaria do COLABORAÇÃO
Expediente

Grito dos Excluídos


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