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HISTÓRIA KALUNGAS

VÍDEO HISTÓRIA
Na língua banto, de origem africana, Kalunga significa
lugar sagrado, de proteção.
O Sítio Histórico Kalunga é o maior território
remanescente quilombola do Brasil.
Ocupa 237 mil hectares em pleno Cerrado, onde moram
mais de 4 mil pessoas.
Tem aproximadamente 90% de sua área ambiental
preservada.
É formado por quatro comunidades: Contenda, Vão de
Almas, Vão do Moleque e Ribeirão de Bois, integradas
por pequenos povoados, como Barra, Engenho, Riachão
e Ema.
Ocupa os municípios de Cavalcante, Monte Alegre e
Teresina de Goiás, na região da Chapada dos Veadeiros.
Protegido por serras, rios e vãos, esse espaço de difícil
acesso foi o refúgio encontrado em meados do século 18
por africanos escravizados pelo garimpo de ouro e cristal.
Apenas na década de 1980, o povo Kalunga descobriu
que havia outra realidade atrás das serras. Até então, não
sabia que o período de escravidão havia terminado, ao
menos no papel.
Os Kalungas representam um povo que luta, há mais de
300 anos, por sua comunidade, liberdade, cultura e
sobrevivência.

SUSSA
Dança tradicional Kalunga, a Sussa nascida de tradições
africanas, reflete toda a alegria desse povo.
Faz referência à dança sagrada de pagamento de
promessas, geralmente feita em pedido de prosperidade
na lavoura.
Tem um ritmo marcado pelo som da viola, do pandeiro, da
sanfona e da caixa.
É caracterizada por giros em que as mulheres
equilibram garrafas de cachaça na cabeça.
Tradição que envolve toda a comunidade por meio da
música e da dança.

FESTAS E RITOS
As festas populares são marca registrada do povo
Kalunga.
Caracterização genuína da cultura popular, quando o
sagrado e o profano se misturam.
A dança e os giros da Sussa.
O terço com as ladainhas e rezos.
As procissões com candeias, que alumeiam os caminhos.
O tradicional levantamento do mastro do Divino Espírito
Santo e de Nossa Senhora d’Abadia.
Mesa farta de comidas e bebidas para o Império Kalunga,
com a coroação do imperador e da rainha.
Ritos complexos, com simbolismos peculiares.
Mais do que comemorações religiosas, as festas têm um
papel social.
É quando parentes se reencontram, crianças são
batizadas, casamentos celebrados e reivindicações
políticas ouvidas.
O povo Kalunga mostra sua fé, alegria, humildade e
fortalecimento das tradições.

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