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UNICESUMAR

CENTRO UNIVERSISTÁRIO DE MARINGÁ

Centro de Ciências Exatas,


Tecnológicas e Agrárias - CETA

Materiais Aplicada a
Engenharia

Prof. Dra. Sonia Tomie Tanimoto


Bibliografia Básica
Princípios de Química: questionando a vida moderna
e o Meio Ambiente, Peter Atkins e Loretta Jones.

Princípios de Ciência dos Materiais


Lawrence H. Van Vlack, Luiz Paulo Camargo.

Química Inorgânica, P. W. Atkins e D. F. Shriver

Fundamentos de Engenharia de e Ciências de


Materiais, William Fortune Smith, Javad Hashemi,
Necesio Gomes Costa, Ricardo Dias Martins de
2
Carvalho, Mírian de Lourdes Noronha Motta Melo.
Bimestre 01

Definição de Materiais

Matéria e sua constituição

Ligação Química

Estruturas Cristalinas

3
Materiais segundo o dicionário

Materiais: Que pertence ou se


refere a matéria; Formado de
matéria; Pesado, maciço;
Conjunto de tudo o que entra na
composição de alguma obra;
Tudo que pode ser tirado da terra
no que concerne à mineração;
Tudo que entra na construção de
um edifício.
4
Materiais segundo o engenheiro

Consiste no estudo das inter-relações existentes entre


a estrutura de um material e suas propriedades
mecânicas, elétricas, magnéticas, químicas, dentre
outras.

5
Desvenda o conceito da microestrutura,
definida como o arranjo básico dos núcleos e
elétrons, além dos defeitos existentes na
escala atômica.

As microestruturas afetam as propriedades


de um material e consequentemente sua
aplicabilidade em situações práticas.

Os efeitos microestruturais afetam a


macroestrutura dos materiais.
6
ENGENHEIRO DE MATERIAIS

7
O princípio dos estudos da Ciência de Materiais confunde-se
com a descoberta e definição da Ciência.
Estima-se que a ciência tenha se iniciado á partir da
descoberta do fogo, nos primórdios dos tempos, na era das
cavernas.

A partir da descoberta do fogo, muito tem se aprendido sobre


transformações 8
O primeiro material modificado e estudado, provavelmente
foi a madeira, principalmente, sobre o efeito do fogo

Madeira + Fogo
=
Cinza + Calor

O fogo foi capaz de reduzir o volume da madeira,


modificando sua estrutura física, bem como suas
características químicas. 9
A partir daí, inicia-se a era das transformações e da
curiosidade, se o fogo era capaz de transformar alimentos,
seria ele capaz de outras transformações?

Terra

????
Água

10
Assim, foram adicionados ao fogo, solos de diversas
cores e formatos, água de diferentes fontes, e como
consequência, novos materiais surgiram das cinzas, como:

COBRE
FERRO

OURO

11
que ao serem manipulados, se transformaram em
ferramentas, utensílios domésticos e armas letais, dando
início as novas eras

12
• Idade da Pedra: há 2,5 milhões de anos

• Idade do Bronze: 2000 a 1000 A.C.


– é a base da metalurgia, onde foram
descobertas as ligas de cobre e
estanho para produção de
ferramentas e armas

• Idade do Ferro: 1000 a 1 A.C. por volta de


500 a.C, as ligas de ferro substituíram
largamente o bronze na fabricação de
ferramentas e armas na europa. 13
 Apesar de os arqueólogos não se refiram a
uma “idade cerâmica”, a presença de vasos
domésticos de barro queimado ofereceu
algumas das melhores descrições das culturas
humanas por milhares de anos.

 Idade do plástico: segunda metade do século xx (cultura


moderna)

14
Para a evolução da matéria, era necessário
primeiro desvendar e compreender a matéria,
suas propriedades e seus conceitos

15
Provavelmente foram os gregos, os primeiros a
questionar as transformações ocorridas aos
materiais, e talvez, os primeiros a defini-las.

Heráclito, acreditava que o fogo era


responsável por todas as transformações.

Aristóteles pregava que as transformações


ocorriam pela junção dos elementos
essenciais, na época, os elementos essenciais
eram constituídos por Terra, Fogo, Ar e
Água 16
Demócrito questionava a MATÉRIA e sua
constituição, para ele, toda matéria era
formada de partículas simples e
extremamente pequenas, denominada por
ele de átomos.

A matéria, segundo os antigos, era definido como:


“MATÉRIA : tudo que ocupa lugar no espaço e apresenta
uma massa.”

O termo átomo provém dos gregos, e significa


o indivisível, ou, aquele que não pode ser
particionado.
17
Todo “material” é constituído por átomos, que se unem para
formar moléculas/compostos.

A união entre átomos segue o modelo proposto por Bohr,


que prediz que, os elementos podem perder ou ganhar
elétrons formando compostos unidos estaticamente.

18
Ou ainda, podem compartilhar nuvens eletrônicas, por meio
da sobreposição de orbitais

Elétron mais externo,


e mais reativo

Independente do tipo de união


ocorrida, toda interação entre
átomos ocorre sobre a camada de
valência, ou seja, a camada
eletrônica mais externa do átomo19
Essas uniões são denominadas:
-Ligações iônicas
Ligações iônicas ocorrem pela
união de elementos denominados
Metálicos e elementos Não-
Metálicos

Metálicos – apresentam na camada


de valência 3, 2 ou 1 elétron.

Não-Metálicos – apresentam na
camada de valência 7, 6 ou 5
elétron.
20
-Ligações covalentes
Ligações covalentes ocorrem
pela união de elementos
denominados
Metálicos com elementos
Metálicos
ou Não-Metálicos com
elementos Não-Metálicos

Metálicos – apresentam na camada de valência 3, 2 ou 1


elétron.

Não-Metálicos – apresentam na camada de valência 7, 6 ou


5 elétron. 21
Para visualizar e estudar de forma mais clara, a união entre
os elementos, Lewis idealizou modelos que simplificavam
essas ligações, de forma, que não fosse necessário
representar um átomo e toda sua eletrosfera (camadas e
elétrons)

22
De acordo com Lewis, a interação entre elementos ocorria
na camada de valência, desta forma, somente os elétrons
presentes na camada de valência eram importantes.

Assim, de acordo com Lewis,


as camadas internas de um
átomo, não apresentam
interesse numa ligação,
podendo ser simbolizadas.

Em um átomo de Oxigênio
por exemplo, só é de interesse
a camada 2.
23
Toda parte do átomo de oxigênio,
anterior a camada 2 pode ser
simplificada, denominando-a
simplesmente de oxigênio

O8 = 1s2 2s2 2p4

Região estável do átomo, Região do átomo onde


denominada de CERNE, ou ocorrem as ligações químicas
CORPO do átomo.
O corpo estável de um átomo é representado pelo símbolo ao
qual o átomo se refere 24
O8 = 1s2 2s2 2p4

Corpo do Oxigênio, Elétrons da camada de valência,


representados por:
representado por O
; *, , , 
O símbolo utilizado independe,
desde que, a quantidade de
símbolos represente a quantidade
 de elétrons presentes.

O

Que devem estar dispersos ao redor do


“átomo” de forma equivalente, na
 quantidade equivalente ao presente na
camada de valência 25
Com base nessa estrutura elaborada por Lewis, é possível
definir como a ligação irá ocorrer, bem como, a forma como
os átomos se dispersarão durante a ligação.




H


H
26
É importante lembrar que, pares de elétrons apresentam uma
energia de repulsão grande, desta forma, ocupam mais
espaço que ligações, empurrando as ligações, forçando os
elementos a se aproximarem.



H O 

H
Distância entre os
átomos de H 104,5o

27
Lembrando que:
-Ligações iônicas:
Só ocorrem após a formação dos íons, e os íons são
formados, após a aproximação de elementos com diferentes
afinidades por elétrons.

Cl Na Cl - +Na

28
-Ligações covalentes:
Ocorrem pela sobreposição das camadas de valência dos
elementos com afinidade eletrônica similar.



H O  

H
29
Quando os orbitais se unem para formar a sobreposição ou ligação
covalente surgem os orbitais híbridos.
Seu formato nada tem a ver com os orbitais originais.
Na ligação covalente é necessário a presença de elétrons
desemparelhados

a presença de orbitais livres permite que a “entrada” de novos elétrons,


portanto

30
Orbitais híbridos sp
Constituído pela sobreposição de um orbital s e um orbital p,
provenientes de átomos diferentes.

Orbitais híbridos sp2 e sp3


Mistura do elétron do orbital s aos orbitais p, onde o elétron se mistura
aos já existentes no orbital p.
31
Orbitais híbridos envolvendo orbitais d
Os átomos que apresentam elétrons presentes do terceiro nível a
frente podem utilizar o orbital d, mesmo que este esteja vazio,
para realizar acomodar elétrons, ampliando assim a capacidade de
realizar ligações.

Geometrias bipiramidal e octaédricas.


32
AFINIDADE ELETRÔNICA

Capacidade dos elementos em atrair elétrons de outros


elementos.

33
As interações entre os elementos apresentam forças definidas,
que variam de acordo com o tipo de ligação e pela
intensidade da interação entre os elementos. As forças pode
ser estáticas ou intermoleculares.
Podem acarretar em forças

e suas magnitudes variam de acordo com a distância 34


As forças envolvidas são classificadas como

• fortes:
– Ligação íônica
– Ligação covalente
– Ligação metálica
• fracas:
– Forças de íon-dipolo (Sal e água)
– Forças dipolo-dipolo (HCl e água)
– Forças de dispersão de London (óleo)
– Ligação de hidrogênio (DNA)

35
Forças íon-dipolo
A interação entre um íon e um dipolo por exemplo: água e
sal.
A mais forte de todas as forças intermoleculares.

36
Dissolução
do NaCl

37
Forças dipolo-dipolo
As forças dipolo-dipolo existem entre moléculas polares
neutras.

38
As moléculas polares necessitam ficar
muito unidas.
Porém essa união é fraca, menor que as
forças íon-dipolo.

Nas interações intermoleculares dipolo-


dipolo existe uma mistura de forças
(atrativas e repulsivas), que ocorrem
devido ao movimento das moléculas.
39
Se duas moléculas têm aproximadamente a mesma massa e o
mesmo tamanho, as forças dipolo-dipolo aumentam com o
aumento da polaridade.

40
Forças de dispersão de London (Dipolo
Instântaneo)
A mais fraça de todas as forças intermoleculares. Porém, é
possível que duas moléculas adjacentes neutras sejam
afetadas, ocorre quando o núcleo de uma molécula (ou
átomo) atrai elétrons de moléculas adjacentes, formando por
um breve momento, nuvens eletrônicas distorcidas, de forma
que um dipolo é formado.

41
Um dipolo instantâneo pode induzir outro dipolo instantâneo
em uma molécula (ou átomo) adjacente.

42
A capacidade de uma molécula em sofrer distorções de sua
carga, por influencia de um campo elétrico externo, é
denominada de Polarizabilidade. Esta capacidade, tende a
variar, de acordo com o tamanho da molécula (quanto mais
elétrons presentes, mais polarizável ela pode se tornar).

43
A intensidade das forças de London, variam de acordo com a
massa da molécula (quanto maior a massa molecular, maior
a força), bem como, com a forma geométrica da molécula,
quanto maior a área superficial, maior a força de London.

44
Ligação de hidrogênio
Mais conhecida como ponte de Hidrogênio, ocorre devido a
dupla interação do átomo de Hidrogênio com 2 elementos
eletronegativos (F, O, N).

A força ocorre,
devido ao
deslocamento da
nuvem eletrônica
do H, de forma a
expor o núcleo do
átomo.
45
As ligações de hidrogênio são responsáveis pela:
-Flutuação do gelo:
O gelo é ordenado com uma estrutura aberta para otimizar a
ligação H, conseqüentemente, o gelo é menos denso do que
a água.

Comparativo entre a
densidade da parafina
e do gelo
46
Na água, o comprimento da ligaçao H-O é 1,0 Å

enquanto que na ponte, a conexão O-H é 1,8 Å. 47


O gelo tem águas ordenadas em um hexágono regular
aberto, cada + H aponta no sentido de um par solitário no
O.

48
49
Exemplo: O álcool propílico (CH3CH2CH2OH) e o álcool
isopropílico [(CH3)2CHOH], cujas modelos de
preenchimento de espaço são mostrados, têm pontos de
ebulição de 97,2 °C e 82,5 oC , respectivamente. Explique
por que o ponto de ebulição do álcool propílico é mais alto
apesar de ambos terem a forma molecular C3H8O?

50
Graças a estas atrações intermoleculares, definimos a forma
geométrica adquirida por um sólido, quando estes, são
transformados em sólidos. Além das atrações, é
extremamente importante lembrar a forma geométrica das
ligações dos compostos.

1- LINEAR
2-TRIANGULAR
3-TETRAÉDRICA
4-BIPIRAMIDE TRIGONAL
5-OCTAÉDRIA (BIPIRAMIDE TETRAGONAL)

51
52
Estrutura dos Sólidos
• Sólido cristalino: arranjo definido e bem ordenado de
moléculas, átomos ou íons.
– Os cristais têm uma estrutura ordenada, que se repete.
– A menor unidade que se repete em um cristal é uma célula unitária.
• A célula unitária é a menor unidade com toda a simetria de
um cristal inteiro.
– Uma pilha tridimensional de células unitárias é a rede
cristalina.
Estrutura dos Sólidos
• Três tipos comuns de células unitárias.
–Cúbica primitiva, átomos nas extremidades de um cubo
simples,
•cada átomo é compartilhado por oito células
unitárias.
–Cúbica de corpo centrado (ccc), átomos nos vértices de um
cubo mais um no centro do corpo do cubo.
Os átomos das extremidades são compartilhados por
oito células unitárias, e o átomo central está
completamente incluso em uma célula unitária.

56
–Cúbica de face centrada (cfc), átomos nas extremidades de
um cubo mais um átomo no centro de cada face do cubo.
os átomos das extremidades são compartilhados por
oito células unitárias, e os átomos das faces são
compartilhados por duas células unitárias.
Retículo cristalino
• A célula unitária pode ser descrita pelos
comprimentos de cada um de seus eixos (a,b,c) e
pelos ângulos de ligação (α, β, δ).
• Essas células unitárias são empilhadas em 3
dimensões para construir uma rede sendo que o
arranjo tridimensional corresponde ao cristal.
60
Retículo cristalino
63
Redes de Bravais
• Os reticulados podem ser classificados em 5 tipos:

– Primitivo (P)= apresentam pontos reticulares apenas nos


vértices das células
– Corpo centrado (I innenzentrierte)= apresentam pontos
reticulares no interior da célula
– Faces centradas (F)= apresentam pontos reticulares no
centro de suas faces
– Bases centradas (C)= pontos reticulares nas faces
perpendiculares ao eixo C
– Romboédrico (R)
Estrutura dos sólidos iônicos
• Duas maneiras equivalentes de definir a célula unitária:
– os íons de Cl- (maiores) estão nas extremidades da célula,
ou
– os íons de Na+ (menores) estão nas extremidades da
célula.
• A proporção cátion-ânion em uma célula unitária é a mesma
para o cristal. No NaCl, cada célula unitária contém o
mesmo número de íons de Na+ e de Cl-.
• Observe que a célula unitária para o CaCl2 precisa de duas
vezes mais íons Cl- do que íons Ca2+.
• Observe que a célula unitária para o CaCl2 precisa de duas
vezes mais íons Cl- do que íons Ca2+.
Estrutura dos sólidos
• Empacotamento denso das esferas

– Os sólidos têm forças intermoleculares máximas.


– As moléculas podem ser modeladas por esferas.
– Os átomos e íons são esferas.
– Os cristais moleculares são formados através de
empacotamento denso de moléculas.
– Racionalizamos a força intermolecular máxima em um
cristal através do empacotamento denso de esferas.
Estrutura dos sólidos

• Quando as esferas são empacotadas da maneira mais densa


possível, há pequenos espaços entre as esferas adjacentes.
• Os espaços são denominados orifícios intersticiais.
• Um cristal é formado pela superposição de camadas de
esferas densamente empacotadas.
• Existe apenas uma posição para a segunda camada de
esferas.
Estrutura dos sólidos
• Existem duas opções para a terceira camada de esferas:
– A terceira camada fica eclipsada com a primeira (arranjo
ABAB). Esse é chamado de empacotamento denso
hexagonal (edh).
– A terceira camada está em uma posição diferente em
relação à primeira (arranjo ABCABC). Esse é chamado
de empacotamento denso cúbico (edc).
Estrutura dos sólidos
Estrutura dos sólidos
• Cada esfera é cercada por 12 outras esferas (6 em um plano,
3 acima e 3 abaixo).
• Número de coordenação: é o número de esferas que cerca
diretamente uma esfera central.
• Os empacotamentos densos hexagonal e cúbico são
diferentes das células unitárias cúbicas.
• Se são utilizadas esferas de tamanhos diferentes, as esferas
menores são colocadas em orifícios intersticiais.
Número de Coordenação

O número de vizinhos mais próximos de um átomo em um


sólido. Para sólidos iônicos, o número de coordenação de
um íon é o número de vizinhos mais próximos com carga
oposta.
Número de Coordenação
Número de coordenação

 O número de Número de Rc/Ra


coordenação que neste coordenaçã
caso é o número de o
ânions envolvendo um 2 < 0,155
cátion depende da
relação entre o raio 3 0,155-0,255
iônico do cátion (rc) e o
4 0,255-0,414
raio iônico do ânion (ra)
8 0,732-1,0
12 > 1,0
Número de coordenação

Número de coordenação =
6, na qual cada cátion é
rodeado por 6 ânions e cada
ânion é rodeado por 6
cátions.

R cátion= 0,102 nm
e R anion= 0,181 nm
Rc/Ra =0,56

MgO = CFC
Ligações nos sólidos
• Existem quatro tipos de sólidos:

– Moleculares (formados a partir de moléculas) –


normalmente macios, com pontos de ebulição baixos e
condutividade ruim.
– Rede covalente (formada de átomos) – muito duros, com
pontos de fusão muito altos e condutividade ruim.
– Iônicos (formados de íons) – duros, quebradiços, com
pontos de ebulição altos e condutividade ruim.
– Metálicos (formados a partir de átomos de metais) –
macios ou duros, pontos de ebulição altos, boa
condutividade, maleáveis e dúcteis.
Ligações nos sólidos
Sólidos moleculares

• Forças intermoleculares: dipolo-dipolo, dispersão de


London e ligações de H.
• Forças intermoleculares fracas dão origem a baixos pontos
de fusão.
• Gases e líquidos à temperatura ambiente normalmente
formam sólidos moleculares em baixa temperatura.
• O empacotamento denso de moléculas é importante (já que
elas não são esferas regulares).
Sólidos moleculares
• Forças intermoleculares: dipolo-dipolo, dispersão de
London e ligações de H.
• Átomos mantidos unidos em redes grandes.
• Exemplos: diamante, grafite, quartzo (SiO2), silicone
carbide (SiC) e nitrito de boro (BN).
• No diamante:
– Cada átomo de C tem um número de coordenação igual a
4; cada átomo de C é tetraédrico, há um arranjo
tridimensional de átomos.
– O diamante é duro e tem um alto ponto de fusão (3550
C).
Sólidos moleculares

• No grafite
– cada átomo de C é ordenado em um anel hexagonal
plano;
– camadas de anéis interconectados são sobrepostas;
– a distância entre os átomos de C é próxima à do benzeno
(1,42 Å versus 1,395 Å no benzeno);
– a distância entre as camadas é grande (3,41 Å);
– Os elétrons movimentam-se em orbitais deslocalizados
(bom condutor).
83
Sólidos iônicos

• Íons (esféricos) mantidos unidos por forças eletrostáticas de


atração.
• Há algumas classificações simples para tipos de rede iônica.
Sólidos iônicos
Sólidos iônicos
• A estrutura do NaCl
– Cada íon tem um número de coordenação igual a 6.
– Rede cúbica de face centrada (CFC).
– A proporção cátion-ânion é 1:1.
– Exemplos: LiF, KCl, AgCl e CaO.
• A estrutura do CsCl
– O Cs+ tem um número de coordenação igual a 8.
– Diferente da estrutura do NaCl (o Cs+ é maior que o
Na+).
– A proporção cátion-ânion é 1:1.
Sólidos iônicos

• Estrutura da blenda de zinco


– Exemplo típico é o ZnS.
– Os íons de S2- adotam um arranjo cfc.
– Os íons de Zn2+ têm um número de coordenação igual a
4.
– Os íons de S2- são colocados em um tetraedro em volta
dos íons de Zn2+.
– Exemplo: CuCl.
Sólidos iônicos

• Estrutura da fluorita
– Exemplo típico CaF2.
– Os íons de Ca2+ tem um arranjo cfc.
– Há duas vezes mais íons de F- do que de Ca2+ em cada
célula unitária.
– Exemplos: BaCl2, PbF2.
Sólidos metálicos
• Os sólidos metálicos têm átomos metálicos com arranjos em
edh, cfc ou ccc.
• O número de coordenação para cada átomo é 8 ou 12.
• Problema: a ligação é forte demais para a dispersão de
London e não há elétrons suficientes para ligações
covalentes.
• Solução: os núcleos de metal flutuam em um mar de
elétrons.
• Os metais conduzem porque os elétrons estão
deslocalizados e são volúveis.
Sólidos metálicos
 Cúbica de face centrada (cfc) Ex: Cu, Ag, Au, Ni, Pd, Pt,
Al …
Estrutura cúbica de corpo centrado (ccc) Ex: Ba, Cr, Cs,
Fe-α, Fe-δ, k, Li, Na, W 91
Sólidos metálicos
 Ex: Be, Cd, Ce, a-Co, Dy, Er, Gd, Hf, Ho, La, Lu,
Mg, Nd, Os, …
Exercícios
• Determine o número líquido de íons Na+ e Cl- na
célula unitária de NaCl.
Resolução
• Existe um quarto de Na+ em cada arresta, um
Na+ no centro do cubo, um oitavo de um Cl-
em cada vértice e metade de um Cl- em cada
face.
• Na+ : (1/4 por aresta)(12 arestas) = 3 átomos
– (1 Na+ no centro) = 1 (3+1 = 4 Na+)
• Cl- : (1/8 Cl- por vértice)(8 vertices) = 1
– (1/2 Cl- por face) (6 faces) = 3 (3 +1= 4 Cl-)
Exercício
• O elemento ferro cristaliza na forma chamada
a-ferro, que tem célula unitária cúbica de corpo
centrado. Quantos átomos de ferro estão
presentes na célula unitária?
Exercício
• O arranjo geométrico dos íons nos cristais de
LiF é o mesmo que nos cristais de NaCl. A
célula unitária tem 4,02 angstrons de aresta.
Calcule a densidade do LiF em g/cm3.

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