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CONCURSO:
José dos Santos Carvalho Filho afirma que o Direito está centralizado numa única instância de governo. Os
Administrativo é “o conjunto de normas e princípios que, Estados que têm uma grande dimensão territorial
visando sempre ao interesse público, regem as relações geralmente são estados federativos.
jurídicas entre as pessoas e órgãos do Estado e entre este e Os entes integrantes da Federação possuem eleições
as coletividades a que devem servir.” (Manual de Direito próprias, competência administrativa própria para a
Administrativo, 15ª ed., Rio de Janeiro: Lúmen Júris Editora, prestação de serviços públicos, autonomia administrativa e
2006, p. 07). competência tributária própria, dentre outras
Celso Antônio Bandeira de Mello define o Direito características, o que demonstra a autonomia de tais entes.
Administrativo como “o ramo do direito público que No Brasil, o princípio federativo está inserido no rol de
disciplina a função administrativa e os órgãos que a cláusulas pétreas, previsto no art. 60, paraágrafo 4º da
exercem.” (Curso de Direito Administrativo, 20ª ed., São Constituição Federal.
Paulo, Editora Malheiros, 2006, p. 37).
1.6) SEPARAÇÃO DOS PODERES
Pode-se conceituar o Direito Administrativo como o ramo
do direito público que disciplina o conjunto de regras e A Separação dos Poderes, prevista expressamente no art. 2º
princípios jurídicos, visando a realização do interesse da Constituição Federal, representa uma das maiores
público, aplicáveis às relações entre os diversos órgãos e contribuições da Revolução Francesa no final do século
entes estatais com os particulares e a coletividade em geral. XVIII. Implica na limitação dos poderes estatais,
entregando-se a órgãos distintos as três principais funções
1.3) FONTES DO DIREITO ADMINISTRATIVO
estatais de administrar, julgar e legislar. O gênio político
A Constituição Federal apresenta-se como a fonte francês de Montesquieu sistematizou esta teoria no famoso
primordial do Direito Administrativo, porque nela estão livro: “O espírito das Leis”.
disciplinadas as principais regras e princípios que Esta separação absoluta, que prevaleceu inicialmente, não
estruturam e disciplinam o Estado. A Lei aparece como uma existe mais, posto que, atualmente, fala-se mais em
das principais fontes, posto que no Direito Administrativo o separação de funções, entregando-se a órgãos diferentes
Princípio da Legalidade tem uma presença muito forte, na funções distintas. No entanto, estes mesmos órgãos, além
medida em que o agente público só pode fazer aquilo que a das funções que lhes são próprias (funções típicas),
lei previamente lhe autoriza que o faça. exercem funções de outros órgãos (funções atípicas), ou
A doutrina, a jurisprudência e os costumes diários são seja, o Poder Judiciário, essencialmente julga, mas também
outras fontes do Direito Administrativo na aplicação e exerce funções de outros poderes, quando expressamente
interpretação dos diversos atos praticados pelo Estado, autorizado pelo texto constitucional.
exercendo a função administrativa. Desta forma, a função administrativa não é exclusiva do
1.4) A EXPRESSÃO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Poder Executivo. Os outros poderes (Judiciário e Legislativo)
também exercem função administrativa. Quando um
A expressão Administração Pública é usada pela doutrina Tribunal de Justiça promove um juiz de uma comarca para
administrativa em dois sentidos básicos: um, subjetivo, outra, pratica ato administrativo, e, não, função
formal ou orgânico e o outro, material, objetivo ou jurisdicional. Quando a Câmara dos Deputados realiza uma
funcional. licitação pratica inúmeros atos administrativos. O exercício
Na acepção subjetiva, compreende todos os órgãos e entes de funções administrativas pelos Poderes Legislativo e
que integram a Administração Pública, ou seja, Judiciário é essencial para que preservem maior
corresponde a toda a estrutura administrativa do estado, independência no exercício de suas funções típicas de
englobando autarquias, fundações, empresas públicas, legislar e de julgar.
sociedades de economia mista e consórcios públicos, além Sendo assim, não se deve restringir a função administrativa
dos diversos órgãos que integram o Estado e na acepção apenas ao Poder Executivo, posto que os Poderes
objetiva compreende a própria atividade administrativa, ou Legislativo e Judiciário também exercem função
seja, a própria função administrativa, compreendendo a administrativa.
prática dos atos administrativos.
1.5) FEDERAÇÃO
A Teoria Geral do Estado costuma classificar o Estado de
Capítulo 2
diversas formas. Uma das classificações (forma de Estado) Princípios da Administração Pública
subdivide o Estado em Estados Unitários ou Federativos,
difereciando-se basicamente pela centralização ou não do
poder estatal. No Estado Federativo, o poder não está 2.1) ORDENAMENTO CONSTITUCIONAL
centralizado numa única instância, mas, sim, em várias
esferas de poder. No Brasil, integram a Federação a União As modernas Constituições dos países ocidentais,
Federal, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios (art. principalmente após a Segunda Guerra Mundial, período
18 da Constituição Federal). No Estado Unitário, o poder em que a legalidade estrita serviu de esteio a um dos piores
períodos da história do homem ocidental, em que inúmeros
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absurdos foram praticados sob o argumento de pode continuar a ser concebida, à la KELSEN, como formada
cumprimento à lei, passaram a consagrar a existência de por normas que se situam em distintos patamares,
direitos que seriam fundamentais à pessoa humana, conforme o seu maior ou menor grau de abstração ou
introduzindo-os em seus textos. Afasta-se assim de um concreção, em um ordenamento jurídico de estrutura
apego formal e “cego” à lei, para a consagração de uma escalonada (Stufenbau). No patamar mais inferior, com o
pauta mínima de direitos fundamentais, que não podem maior grau de concreção, estariam aquelas normas ditas
jamais ser afastados, sob a alegativa de obediência à lei, individuais, como a sentença, que incidem sobre situação
posto que, estas é que devem obediência àqueles. Os jurídica determinada, à qual se reporta a decisão judicial. O
direitos fundamentais é que condicionam todo o grau de abstração vai então crescendo até o ponto em que
ordenamento jurídico. não se tem mais regras, e sim, princípios, dentre os quais,
contudo, se pode distinguir aqueles que se situam em
É corrente hoje na moderna teoria do Direito Constitucional
diferentes níveis de abstração”. Em suma, pode-se
a distinção entre normas que são regras e normas que são
diferenciar tais espécies, pelo diferente grau de abstração,
princípios, distinção esta brilhantemente realizada por
maior, nos princípios, e menor, nas regras.
Ronald Dworkin e Robert Alexy. Desta forma, os princípios
jurídicos foram “normatizados”, sendo uma das espécies de A nossa Constituição traz a previsão de inúmeros princípios
norma, ao lado das regras, que antes eram confundidas jurídicos, que em muitas ocasiões, colidem com outros
com o próprio conceito de norma. Hodiernamente, nada princípios constitucionais. Em outras ocasiões, há a colisão
mais são do que uma de suas espécies. de duas regras, ou ainda, a colisão entre uma regra e um
princípio. A solução para referidas situações de conflito
Os modernos textos constitucionais, de forma crescente,
permite uma melhor diferenciação das normas, em relação
consagram uma grande quantidade de princípios em seus
aos princípios.
textos, positivando-os, princípios estes consagradores de
1
direitos fundamentais. Assim nos ensina Paulo Bonavides , Quando uma regra colide com um princípio, é
ao comentar a evolução histórica da juridicidade dos inquestionável, como afirmado anteriormente, que este
princípios: “A terceira fase, enfim, é a do pós-positivismo, prevalece sobre aquela, posto que as regras encontram
que corresponde aos grandes momentos constituintes das seus fundamentos nos princípios, que estão na base do
últimas décadas deste século. As novas Constituições ordenamento jurídico. O conflito entre duas regras, resolve-
promulgadas acentuam a hegemonia axiológica dos se pelo aniquilamento de uma delas, aplicando-se a outra,
princípios, convertidos em pedestal normativo sobre o qual ou seja, uma das regras é afastada pela perda de validade,
assenta todo o edifício jurídico dos novos sistemas reputando-se a outra como válida. Helenilson Cunha
3
constitucionais”. Pontes nos ensina que “duas regras jurídicas em oposição,
diante de um caso concreto, consubstanciam um conflito de
Referidos princípios previstos no texto constitucional, sendo
regras. Os conflitos entre regras jurídicas resumem-se a
a nossa Constituição um exemplo da consagração de tais
uma questão de validade, isto é, quando para uma mesma
princípios, servem de fundamento a todo o ordenamento
situação de fato, duas regras aparecem para o intérprete
jurídico, prevalecendo, em caso de confronto, sobre as
como igualmente aptas à regulação do caso, a escolha de
regras.
uma levará necessariamente à declaração de invalidade da
É importante ressaltar a distinção entre as espécies de outra, mediante a aplicação de outras regras (de
normas (princípios e regras), para melhor entender a sua interpretação) tais como lex posterior derrogat legi priori ou
natureza e, consequentemente, dar-lhes a melhor e mais lex specialis derrogat legi generali. O fundamental é que o
efetiva aplicação, diante das respectivas situações fáticas. conflito entre regras reduz-se a uma questão de validade.”
Enquanto as regras são dotadas de um caráter “bem Trata-se da aplicação das regras clássicas de soluções de
fechado”, com um grande grau de especificidade, os antinomias (hierarquia, especialidade e critério temporal).
princípios são dotados de um alto grau de generalidade,
Tratando-se de conflitos entre princípios, a solução é bem
falando a doutrina em normas de tipo fechado (regras) e
distinta, abandonando-se todos os métodos clássico-liberais
normas de tipos abertos (princípios). Esclarecendo tal
2 de solução de antinomias, tais como a subsunção ou o
diferenciação, assinala o prof. Willis Santiago Guerra Filho
método silogístico. Considerando a natureza do princípio de
que; “uma das características dos princípios jurídicos que
grande generalidade, não referindo-se a um caso específico,
melhor os distinguem das normas que são regras é sua
é comum, que diante de um caso concreto, dois ou mais
maior abstração, na medida em que não se reportam, ainda
princípios colidam. Neste caso, sempre diante do caso
que hipoteticamente, a nenhuma espécie de situação fática,
concreto a ser solucionado, prevalece um princípio em
que dê suporte à incidência de norma jurídica. A ordem
relação ao outro, sem, no entanto, este ser anulado.
jurídica, então, enquanto conjunto de regras e princípios,
Apenas, diante daquela situação fática prevalece um
determinado princípio, sem prejuízo de, em outra situação,
1 mudadas as condições e ocorrendo semelhante conflito,
BONAVIDES, Paulo, Curso de Direito Constitucional, 8ª ed., São Paulo :
Malheiros, p. 237
2 3
GUERRA FILHO, Willis Santiago, Processo Constitucional e Direitos PONTES, Helenilson Cunha, O Princípio da Proporcionalidade e o Direito
Fundamentais, 1ª ed., São Paulo : Celso Bastos Editor, pp. 52-53 Tributário, 1ª ed., São Paulo : Dialética, pp 33-34
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prevaleça o outro princípio que fora afastado. Continuando de colisão entre princípios explícitos e implícitos, que são
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em seu livro, Helenilson Cunha Pontes ensina que: “A resolvidos semelhantemente à colisão entre princípios
oposição entre princípios, por outro lado, consiste em uma expressos.
colisão de princípios. As colisões entre princípios jurídicos
resolvem-se segundo uma técnica de composição, em que
um dos princípios deve ceder diante do outro sem que, por 2.2) PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
isso, o princípio que teve a sua aplicação afastada tenha
A solução para a colisão entre princípios previstos no texto
que perder a sua validade. A precedência de um princípio
constitucional deve ser feita de forma, segundo a situação
em relação a outro deve ser aferida sempre diante das
fática a ser solucionada, a dar prevalência a um princípio,
circunstâncias do caso concreto e do respectivo peso que
afetando o mínimo possível o outro princípio colidente, ou
cada um dos princípios assume diante dessas
seja, o princípio que “cede” em face do outro deve ser
circunstâncias. A dimensão de peso inerente aos princípios
desrespeitado somente no que for necessário para a
jurídicos permite que as colisões entre eles resolvam-se
solução do caso concreto. Sintetizando a importância desse
segundo uma ponderação dos pesos dos princípios 7
princípio, nos ensina Willis Guerra Filho que: “para resolver
colidentes, sem que o princípio afastado perca a sua
o grande dilema da interpretação constitucional,
dimensão de validade.” No mesmo sentido, a lição de
5 representado pelo conflito entre princípios constitucionais,
Marciano Seabra de Godoi : “as colisões de princípios
aos quais se deve igual obediência, por ser a mesma a
devem ser solucionadas de maneira totalmente diversa.
posição que ocupam na hierarquia normativa, se preconiza
Quando dois princípios entram em colisão, um deles deve
o recurso a um ‘princípio dos princípios’, o princípio da
ceder ao outro. Mas isto não significa declarar inválido o
proporcionalidade, que determina a busca de uma ‘solução
princípio que deu lugar a outro nem que naquele deva ser
de compromisso’, na qual se respeita mais, em determinada
introduzida uma cláusula de exceção. O que ocorre é que,
situação, um dos princípios em conflito, procurando
sob certas circunstâncias, um dos princípios precede ao
desrespeitar o mínimo ao(s) outro(s), e jamais lhe(s)
outro, e sob outras circunstâncias a questão da precedência
faltando minimamente com o respeito, isto é, ferindo-lhe
poderia ser solucionada de maneira inversa. Isto é o que se
seu ‘núcleo essencial’. Esse princípio, embora não esteja
quer dizer quando se afirma que nos casos concretos os
explicitado de forma individualizada em nosso
princípios têm pesos diferentes e que prima o princípio de
ordenamento jurídico, é uma exigência inafastável da
maior peso. Aqui a argumentação de Alexy é idêntica à de
própria fórmula política adotada por nosso constituinte, a
Dworkin.”
do ‘Estado Democrático de Direito’, pois sem a sua
É inquestionável, por conseguinte, que a solução das utilização não se concebe como bem realizar o
colisões de princípios só pode ser feita à luz do caso mandamento básico dessa fórmula, de respeito simultâneo
concreto. Inexiste a solução pré-determinada de caráter dos interesses individuais, coletivos e públicos.”
abstrato, simplesmente verificando se aquela situação
Desta forma, o princípio da proporcionalidade é
fática adequa-se à hipótese abstrata prevista pelo
indispensável à correta interpretação constitucional que
legislador. Hoje, diante da possibilidade de colisão entre
privilegia um princípio, desrespeitando o mínimo possível o
dois mais princípios previstos no texto constitucional, a
princípio colidente, procurando não afetar o seu “núcleo
solução mais próxima do ideal de justiça, perseguido por
essencial”.
todos, obriga a uma análise do caso concreto. Em face
6
disso, afirma o Prof. Willis Santiago Guerra Filho que: “o É corrente na doutrina a consideração de três aspectos do
traço distintivo entre regras e princípios por último referida princípio da proporcionalidade, aspectos estes que foram
aponta para uma característica desses que é de se destacar: sendo desenvolvidos pela jurisprudência da Corte
sua relatividade”. Constitucional Alemã, quais sejam: adequação, necessidade
e proporcionalidade em sentido estrito. Pela adequação,
Ressalte-se ainda que, além dos princípios
exige-se que o meio utilizado seja adequado para o alcance
expressamente previstos no texto constitucional, existem
do objetivo visado, apto à realização do fim colimado. A
princípios implícitos, que resultam da própria estrutura do
necessidade, por sua vez, implica na adoção do meio mais
texto constitucional, da opção política feito pelo legislador,
suave, ou seja, se para a solução de uma colisão de
bem como do disposto no art. 5º, par. 2º do texto
princípios, existem vários meios, deve-se buscar aquele que
constitucional de 1988 segundo o qual: “Os direitos e
menor ofensa causar ao(s) outro(s) princípio(s). A
garantias expressos nesta Constituição não excluem outros
proporcionalidade em sentido estrito é o núcleo do
decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou
princípio da proporcionalidade, significando a relação entre
dos tratados internacionais em que a República Federativa
o meio utilizado e o objetivo colimado, ou seja, se o fim
do Brasil seja parte”. É importante destacar a possibilidade
alcançado supera o prejuízo causado a outros interesses
igualmente protegidos.
4
In ob. cit. p. 34
5
GODOI, Marciano Seabra de, Justiça, Igualdade e Direito Tributário, 1ª
ed., São Paulo : Dialética, p. 119
6 7
In ob. cit. p. 45 In. ob. cit., p. 59
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para a propositura de uma ação judicial. O administrado, A presunção de legitimidade dos atos administrativos é
como regra, pode propor uma ação judicial sem a decorrência lógica do princípio da legalidade. O
necessidade de, previamente, esgotar a via administrativa. administrador só pode agir, quando previamente
autorizado por lei. Desta forma, sua conduta é
presumivelmente legal. Presunção esta que não é absoluta,
2.14) PRINCÍPIO DA ISONOMIA podendo ser afastada por prova em contrário do
administrado que, eventualmente, seja prejudicado com as
A exigência de um tratamento igual de pessoas que se
atividades da Administração Pública.
encontram em situação igual é uma das grandes
preocupações do legislador constituinte de 1988. Em 2.17) PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO
inúmeros artigos, há uma referência a este princípio.
Os bens que são afetados à prestação do serviço público
É importante ressaltar, no entanto, que a Isonomia, são impenhoráveis em razão deste princípio, posto que, o
atualmente, é vista como um tratamento igual de pessoas interesse público não pode sucumbir perante os interesses
que se encontrem em situação igual e, desigual, de quem se privados de eventuais credores individuais. O serviço
encontre em situação desigual. O critério que diferencia, no público não pode ser afetado. Os bens indispensáveis à sua
entanto, deve ser um critério razoável, cujo tratamento prestação são intocáveis, existindo outros meios, como o
diferenciado seja exigido, como meio à realização da justiça. precatório judicial, para satisfazer os interesses individuais
em face do Estado.
Outros princípios norteiam a atividade do Poder Judiciário e
2.15) PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE DO ESTADO
do Administrador, quando da aplicação da lei
Este princípio decorre diretamente do Estado de Direito. Em administrativa. Pode-se elencar outros, além dos já citados,
um Estado regido por normas jurídicas, estas obrigam-no tais como: da Proporcionalidade, da Razoabilidade, da
também, ou seja, se eventualmente, na realização de suas Segurança Jurídica, da Tutela, da Autotutela, da
atividades, causa o Estado prejuízo a um terceiro, deve ser Especialidade e da Hierarquia.
responsabilizado, patrimonialmente, pelos seus atos (art.
SÚMULAS
37, parágrafo 6º da CF).
Súmula n. 346, STF: A administração pública pode declarar a
nulidade dos seus próprios atos.
Súmula n. 473, STF: A administração pode anular os seus
próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem
ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-
2.16) PRINCÍPIO DA PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE DOS
los, por motivo de conveniência ou oportunidade,
ATOS ADMINISTRATIVOS
respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos
os casos, a apreciação judicial.
NOTA DE AULA
FUNÇÃO FUNÇÃO
POVO TÍPICA ATÍPICA
- CONCEITO DE DIREITO ADMINISTRATIVO: é o ramo do Direito Público que estuda as normas e princípios que regulam a
atuação dos órgãos, entidades e agentes públicos no desempenho das atividades-fim e das atividades-meio da
Administração Pública.
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AGENTES PÚBLICOS
- SERVIÇO PÚBLICO
- POLÍCIA ADMINISTRATIVA
- FOMENTO
- INTERVENÇÃO NA PROPRIEDADE
NO DOMÍNIO ECONÔMICO
AUTARQUIA
INDIRETA FUNDAÇÃO PUBLICA
SOCIEDADE DE ECONOMIA
MISTA
EMPRESA PÚBLICA
1) PRESTAÇÃO DE SERVIÇO PÚBLICO: é toda atividade concreta e imediata que a Administração exerce, por si ou
por meio de terceiros, com a finalidade de satisfazer as mais variadas necessidades coletivas, sob regime exclusiva ou
preponderantemente de Direito Público. Ex: saúde, educação, transporte, saneamento etc.
- ADM. DIRETA
PRESTAÇÃO DE DESENVOLVIDA (U,E, DF e M)
SERVIÇOS DIRETAMENTENTE
DESENVOLVIDA - ADM. INDIRETA
1ª ANÁLISE
DIRETAMENTE (A, FP,SEM e EP)
PELO PODER DESENVOLVIDA - PARTICULAR
PÚBLICO OU INDIRETAMENTE (CONCESSÃO, PERMISSÃO OU
INDIRETAMENTE AUTORIZAÇÃO)
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3) ATIVIDADE DE FOMENTO: consiste na atividade de incentivo à iniciativa privada de interesse público, mediante
benefícios e privilégios fiscais, auxílios financeiros ou subvenções, financiamentos a juros facilitados, recursos orçamentários,
entre outros instrumentos de estímulo. Exemplos: Os convênios, contratos de gestão e termos de parceria são considerados
como instrumentos de fomento econômico .
4) INTERVENÇÃO:
4.1 – NA PROPRIEDADE- consiste em atividades de intervenção na propriedade privada, mediante atos concretos
incidentes sobre destinatários específicos. Ex.: desapropriação, servidão, ocupação temporária, tombamento, etc.
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LEGISLAÇÃO CORRESPONDENTE
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
Art. 31, § 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de Contas Municipais.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de
economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso
anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante
processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as
exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo,
informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção
pessoal de autoridades ou servidores públicos.
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros
de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com
aqueles; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 23, de 02/09/99)
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
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VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
Art. 61, § 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI;
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei,
devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso
Nacional.
Art. 96. Compete privativamente:
I - aos tribunais:
a) eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com observância das normas de processo e das garantias
processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos jurisdicionais e
administrativos;
f) conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e servidores que lhes forem imediatamente
vinculados;
Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus
membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa
oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta,
nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em
lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004) (Vide Lei nº 11.417, de 2006).
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será
permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos
em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que
explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo
sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de
fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.
LEI Nº 8.112/990
Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas:
I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo
Procurador-Geral da República, quando se tratar de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor
vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade;
II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas mencionadas no inciso anterior
quando se tratar de suspensão superior a 30 (trinta) dias;
III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de
advertência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias;
IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se tratar de destituição de cargo em comissão.
LEI Nº 9.784/99
o
Art. 1 Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Federal direta e
indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da
Administração.
o
§ 2 Para os fins desta Lei, consideram-se:
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração indireta;
II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;
III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de poder de decisão.
o
Art. 2 A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade,
proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
Parágrafo único. Nos processos administrativos serão observados, entre outros, os critérios de:
I - atuação conforme a lei e o Direito;
II - atendimento a fins de interesse geral, vedada a renúncia total ou parcial de poderes ou competências, salvo autorização
em lei;
III - objetividade no atendimento do interesse público, vedada a promoção pessoal de agentes ou autoridades;
IV - atuação segundo padrões éticos de probidade, decoro e boa-fé;
V - divulgação oficial dos atos administrativos, ressalvadas as hipóteses de sigilo previstas na Constituição;
VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas
estritamente necessárias ao atendimento do interesse público;
VII - indicação dos pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão;
VIII – observância das formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados;
IX - adoção de formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de certeza, segurança e respeito aos direitos dos
administrados;
X - garantia dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição de
recursos, nos processos de que possam resultar sanções e nas situações de litígio;
XI - proibição de cobrança de despesas processuais, ressalvadas as previstas em lei;
XII - impulsão, de ofício, do processo administrativo, sem prejuízo da atuação dos interessados;
XIII - interpretação da norma administrativa da forma que melhor garanta o atendimento do fim público a que se dirige,
vedada aplicação retroativa de nova interpretação.
NÃO CABE AO PODER JUDICIÁRIO, QUE NÃO TEM FUNÇÃO LEGISLATIVA, AUMENTAR VENCIMENTOS DE SERVIDORES
PÚBLICOS SOB FUNDAMENTO DE ISONOMIA.
2) SÚMULA VINCULANTE 37
NÃO CABE AO PODER JUDICIÁRIO, QUE NÃO TEM FUNÇÃO LEGISLATIVA, AUMENTAR VENCIMENTOS DE SERVIDORES
PÚBLICOS SOB O FUNDAMENTO DE ISONOMIA.
3) Necessidade de Observância ao Princípio da Publicidade
STJ - AGRESP 200701330243- AGRESP - AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL - 959999
Relator(a): NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO
Órgão julgador: QUINTA TURMA
Fonte: DJE DATA:11/05/2009
Ementa
AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. CONCURSO PÚBLICO. AGENTE DA POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DA BAHIA.
CONVOCAÇÃO DOS CANDIDATOS HABILITADOS PARA A SEGUNDA FASE NOVE ANOS APÓS O RESULTADO. PRAZO
DECADENCIAL CONTADO DA CIÊNCIA DO INDEFERIMENTO DO REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. PUBLICAÇÃO
EXCLUSIVAMENTE NO DIÁRIO OFICIAL DO ESTADO. AUSÊNCIA DE PREVISÃO NO EDITAL DO CONCURSO. NÃO OBSERVÂNCIA
DOS PRINCÍPIOS DA PUBLICIDADE E DA RAZOABILIDADE. RECURSO DESPROVIDO. 1. A fluência do prazo decadencial só se
inicia na data em que o ato a ser impugnado se torna operante ou exequível, a dizer, capaz de produzir lesão ao direito
vindicado, que, no caso em tela, deu-se com o indeferimento do requerimento administrativo do candidato pela
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Administração Pública. 2. De acordo com o princípio da publicidade, expressamente previsto no texto constitucional (art. 37,
caput da CF), os atos da Administração devem ser providos da mais ampla divulgação possível a todos os administrados e,
ainda com maior razão, aos sujeitos individualmente afetados. 3. Se não está previsto no Edital do concurso, que é a lei do
certame, a forma como se daria a convocação dos habilitados para a realização de sua segunda etapa, referido ato não pode
se dar exclusivamente por intermédio do Diário Oficial, que não possui o mesmo alcance que outros meios de comunicação,
sob pena de violação ao princípio da publicidade. 4. Recurso desprovido.
EMENTA
Publicidade de atos governamentais. Princípio da impessoalidade. Art. 37, parágrafo 1º, da Constituição Federal.
1. O caput e o parágrafo 1º do artigo 37 da Constituição Federal impedem que haja qualquer tipo de identificação entre a
publicidade e os titulares dos cargos alcançando os partidos políticos a que pertençam. O rigor do dispositivo constitucional
que assegura o princípio da impessoalidade vincula a publicidade ao caráter educativo, informativo ou de orientação social é
incompatível com a menção de nomes, símbolos ou imagens, aí incluídos slogans, que caracterizem promoção pessoal ou de
servidores públicos. A possibilidade de vinculação do conteúdo da divulgação com o partido político a que pertença o titular
do cargo público mancha o princípio da impessoalidade e desnatura o caráter educativo, informativo ou de orientação que
constam do comando posto pelo constituinte dos oitenta.
2. Recurso extraordinário desprovido.
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O ente autárquico, pessoa distinta do ente central, em limites de dispensa de licitação, como dispõe o § único do
função de ser dotado de personalidade jurídica própria, tem art. 24 da Lei n. 8666/93.
patrimônio próprio e é criado para o exercício de funções
As empresas públicas e sociedades de economia mista
típicas do Estado.
também integram a Administração Pública Indireta, sendo
O Decreto-lei 200/67 assim define: autarquia é “o serviço pessoas jurídicas de Direito Privado, posto que a lei
autônomo criado por lei, com personalidade jurídica, específica apenas autoriza a criação das mesmas (art. 37,
patrimônio e receita próprios, para executar atividades da XIX, CF), sendo necessário o arquivamento dos seus atos
Administração Pública que requeiram, para seu melhor constitutivos para que adquiram personalidade jurídica
funcionamento, gestão administrativa e financeira própria. A diferença entre elas reside basicamente na
descentralizadas” composição do capital (100% público na empresa pública e
misto – público e privado na sociedade de economia mista)
Criada por lei (art. 37 XIX, CF), está a autarquia sujeita a um
e na organização societária, posto que a sociedade de
regime público, tais como: licitação, concurso público,
economia mista somente pode organizar-se sob a forma de
controle finalístico exercido pelo ente central e controle
sociedade anônima e a empresa pública pode organizar-se
externo exercido pelos Tribunais de Contas. São exemplos
de outras formas, do ponto de vista societário (S/A, LTDA,
de autarquias: o INSS, o IBAMA, o Banco Central, o DNOCS,
etc).
as Agências Reguladoras, dentre outras.
A Lei n. 11107/05 disciplina a criação de Consórcios
Existem algumas autarquias que sujeitam-se a um regime
Públicos, que resultam da convergência de interesses dos
especial, ou seja, mesmo sujeitas ao regime jurídico próprio
entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e
das autarquias, gozam de algumas prerrogativas, aplicando-
Municípios) para a execução de serviços públicos comuns
se às mesmas regras específicas, que, geralmente, lhes
aos mesmos. Referidos consórcios, previstos na
conferem maiores prerrogativas, tais como o processo de
Constituição Federal (art. 241, CF) podem ser pessoas
escolha dos seus dirigentes, como ocorre com o Banco
jurídicas de direito privado e pessoas jurídicas de direito
Central, a Universidade Federal do Ceará (UFC), chamadas
público, sendo que neste último caso (direito Público)
de “autarquias sujeitas a um regime especial”, a
integram a Administração Indireta de todos os entes
estabilidade maior dos seus dirigentes.
consorciados, apresentando-se como um novo ente estatal
Nesse grupo de autarquias, podem ser incluídas as Agências ao lado de autarquias, fundações, empresas públicas e
Reguladoras. Em função da opção dos últimos governos de sociedades de economia mista. Os consórcios públicos de
delegar a prestação de serviços públicos a particulares direito privado, que para existirem, deverão atender os
(concessão e permissão de serviços públicos), surge a requisitos da lei civil, não integram a administração pública
necessidade de descentralizar o gerenciamento dessa nova indireta dos entes consorciados, devendo, no entanto,
forma de prestação dos serviços públicos, feita por cumprir regras públicas no que diz respeito aos contratos e
particulares. licitação, aos concursos públicos e controle de gastos
(prestação de contas).
A agência Reguladora resulta da descentralização do
estado, posto que as atividades de fiscalização, Há de se ressaltar que ao lado da administração direta ou
administração, licitação e regulação dos serviços públicos centralizada, formada pelos órgãos públicos e da
executados por particulares são transferidas do estado para administração indireta, formada pelas entidades estatais,
a agência reguladora. A função dessas agências alcança hoje existem as entidades do terceiro setor ou paraestatais.
até mesmo o exercício de atividades econômicas.
As entidades paraestatais não integram a administração
Embora não exista lei alguma disciplinando de forma pública. São parceiros do estado na realização do interesse
uniforme referidas agências, posto que cada uma delas foi público, atuando em serviços não exclusivos do estado,
criada por uma lei específica, são organizadas sob a forma como saúde e educação. Não são pessoas estatais. Auxiliam
de autarquias. Podem ser citadas como exemplos a ANEEL o estado, mediante parceria, na consecução do interesse
(Lei 9472/97), a ANATEL (Lei 9472/97), a ANP (Lei 9478/97). público. Podem ser citados como exemplo os Serviços
A Lei 9986/00 disciplina algumas normas gerais comuns às Sociais Autônomos (SESC, SESI, SENAI, etc.), as Organizações
agências reguladoras no âmbito federal, assim como a Lei Sociais (Lei nº 9637/98) e as Organizações da Sociedade
10871/04. Civil de Interesse Público (Lei nº 979
As fundações públicas (Lei nº 7596/87) também integram a
administração pública indireta. São criadas para a execução
de atividades do ente central. A doutrina administrativa
diverge a respeito de sua natureza jurídica, prevalecendo o
entendimento de que poderiam ser pessoas jurídicas de
direito privado e de direito público. As fundações estatais,
juntamente com as autarquias podem se qualificar como
agências executivas, beneficiando-se com a duplicação dos
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NOTA DE AULA
DESCENTRALIZAÇÃO:
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DESCONCENTRAÇÃO:
UNIÃO
Presidência da República
Ministério da
Justiça Ministério da
Fazenda
ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA DIRETA UNIÃO Poder Executivo
Presidência da República
Ministério da Fazenda
ÓRGÃOS PÚBLICOS
Conceito (doutrinário): são centros de competências,
compartimentos internos das entidades, divisões da pessoa jurídica.
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ORGÃOS
(classificação)
Subalternos
Autônomos
Superiores
Composto
Colegiado
Singular
Presidência Ministérios Gabinetes Protocolo Simples
Portaria Sec. de Presidência Câmara dos
Senado Secretarias Sec. Gerais Portaria Educação da República Deputados
STF
ORGÃOS
(classificação)
Quanto à
Quanto Quanto Quanto sua esfera
à posição à Estrutura à Composição de ação
Estatal
Independentes
Subalternos
Autônomos
Superiores
Composto
Coletivo
Singular
Simples
Locais
Centrais
CLASSIFICAÇÃO DE ÓRGAOS
SEGUNDO HELY LOPES SEGUNDO DI PIETRO
1) DE ACORDO COM À POSIÇÃO ESTATAL:
1.1- ÓRGÃOS INDEPENDENTES: “são os originários da Constituição e representativos dos três poderes de Estado, sem
qualquer subordinação hierárquica ou funcional; gozam de autonomia administrativa, financeira e técnica”.
Exemplos: Presidência da República, Senado, Câmara dos Deputados, Tribunais Superiores etc .
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1.2- ÓRGÃOS AUTÔNOMOS: “são os localizados na cúpula da Administração, subordinados diretamente à chefia dos
órgãos independentes; gozam de autonomia administrativa, financeira e técnica e participam das decisões
governamentais”. Ex.: Ministérios, AGU, Secretarias de Estado e Município etc.
1.3- ÓRGÃOS SUPERIORES: “são órgãos de direção, controle e comando, mas sujeitos à subordinação e ao controle
hierárquico de uma chefia; não gozam de autonomia administrativa nem financeira”. Exemplos: Departamentos,
Coordenadorias, Divisões, Gabinetes etc .
1.4- ÓRGÃOS SUBALTERNOS: “são os que se acham subordinados hierarquicamente à órgãos superiores de decisão;
exercem funções de execução”. Ex.: Seções, Setor etc.
2) DE ACORDO COM A ESTRUTURA:
- ÓRGÃOS SIMPLES(OU UNITÁRIOS): “são constituídos por um único centro de atribuições, sem subdivisões internas”.
Exemplos: Setor de Protocolo, Portaria etc.
- ÓRGÃOS COMPOSTOS: “são constituídos por vários outros órgãos”. Ex.: Ministérios, Secretarias de Estado, Secretarias
de Município etc.
3) QUANTO À ATUAÇÃO FUNCIONAL: (SEGUNDO HELY 3) QUANTO À COMPOSIÇÃO (SEGUNDO DI PIETRO)
LOPES) - ÓRGÃOS SINGULARES: “quando integrados por um único
- ÓRGÃOS SINGULARES (OU UNIPESSOAIS): “são os que agente”. Exemplos: Presidência da República, Diretoria de
atuam e decidem através de um único agente,”. uma escola etc.
Exemplos: Presidência, Governadoria, Prefeituras - ÓRGÃOS COLETIVOS: “quando integrados por vários
etc. agentes”. Ex.: Tribunais etc.
- ÓRGÃOS COLEGIADOS ( OU PLURIPESSOAIS): “são todos
aqueles que atuam e decidem pela manifestação
conjunta e majoritária da vontade de seus
membros”. Ex.: Corporações Legislativas, Tribunais
etc.
4) QUANTO À ESFERA DE AÇÃO (SEGUNDO DI PIETRO):
- ÓRGÃOS CENTRAIS: “são aqueles que exercem atribuições
em todo o território de competência (seja nacional,
-- estadual ou municipal)”. Exemplos: Ministérios,
Secretarias Estaduais ou Municipais etc.
- ÓRGÃOS LOCAIS: “são aqueles que atuam sobre uma parte
do território”. Ex.: Delegacias Regionais da Receita
Federal, Delegacias de Polícia, Postos de Saúde etc.
ORGÃOS
(classificação)
Quanto Quanto
à função à Estrutura
Consultiv
Colegiais
Controle
Simples
Ativos
De
os
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ORGÃOS
(classificação)
Quanto Quanto
à função à Estrutura
Burocráti
Controle
Consulti
Colegia
Ativos
vos
dos
cos
De
CLASSIFICAÇÃO DE ÓRGÃOS
SEGUNDO CELSO ANTÔNIO SEGUNDO RENATO ALESSI
1) DE ACORDO COM A FUNÇÃO:
1.1)ÓRGÃOS ATIVOS: “os que expressam decisões estatais para o cumprimento dos fins da pessoa jurídica”. Ex.: Conselho
Monetário Nacional, que edita resoluções obrigatórias para todo o sistema financeiro nacional.
1.2)ÓRGÃOS CONSULTIVOS: “os de aconselhamento e elucidação (pareceres) para que sejam tomadas as providências
pertinentes pelos órgãos ativos”. Ex.: Advocacia-Geral da União, que expede pareceres para a resolução de problemas
jurídicos.
1.3)ÓRGÃOS DE CONTROLE: “são os prepostos a fiscalizar e controlar a atividade de outros órgãos e agentes”. Ex.: Tribunal de
Contas da União, que controla (fiscaliza e revisa) as despesas governamentais.
2) DE ACORDO COM A ESTRUTURA: 2) DE ACORDO COM A ESTRUTURA:
2.1) ÓRGÃOS SIMPLES: “são aqueles cujas decisões são -2.1)ÓRGÃOS BUROCRÁTICOS: “são aqueles que estão a cargo
formadas e manifestadas por uma só pessoa ”. Ex.: de uma só pessoa física ou de várias pessoas ordenadas
Presidência da República VERTICALMENTE ”. Ex.: Diretoria
2.2)ÓRGÃOS COLEGIAIS: “são aqueles cujas decisões são 2.2) ÓRGÃOS COLEGIADOS: “são aqueles formados por uma
formadas e manifestadas por um grupo de pessoas”. coletividade de pessoas físicas ordenadas
Ex.:Plenário. HORIZONTALMENTE, com base em uma relação de
coligação ou coordenação”.
CONCEITO: A administração indireta abrange o conjunto de pessoas administrativas que, vinculadas à administração
direta, têm o objetivo de desempenhar, de forma descentralizada, as atividades administrativas.
CARACTERÍSTICAS COMUNS A TODAS AS ENTIDADES:
- São pessoas jurídicas, de direito público ou privado, instituídas por determinada entidade política para exercer uma parcela
de sua capacidade de autoadministração.
- Capacidade de autoadministração: segundo a qual exercem com autonomia a atividade que lhe foi transferida pela entidade
política, nos termos e limites da lei.
- Não possuem capacidade de autogoverno nem de autoconstituição, nem mesmo de autolegislação.
- São resultado do fenômeno da descentralização.
- Têm patrimônio próprio, receitas e orçamentos próprios.
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EXEMPLOS
UFC, INSS, Conselho Federal FNS, UECE, UVA, URCA, IBGE, FUNAI Empresas Públicas:
de Farmácia (Aut. Reg. Esp), etc. Correios, CEF, CASA DA
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AGÊNCIAS REGULADORAS
1) São criadas como autarquias;
2) Objetivo: NORMATIZAR, REGULAMENTAR, FISCALIZAR, CONTROLAR AS DIVERSAS ATIVIDADES- para exercer este papel, ela acaba
tendo mais autonomia e liberdade que as demais autarquias;
3) Não tem função legislativa, POIS NÃO TEM CAPACIDADE POLÍTICA;
4) SOBRE OS DIRIGENTES:
4.1) Nomeação do Executivo com a aprovação do Legislativo.
4.2) Mandado fixo com estabilidade
4.3) Período de quarentena: 4 meses* (*quando a lei específica expressamente não mencionar, aplica-se a Lei nº 9986/2000)
4.4) Das decisões não cabe recurso hierárquico impróprio para o órgão revisor.
5) Exemplos: ANEEL, ANATEL, ANVISA, ANS, ANA,ANTT, ANTAQ, ANP(Monopólio do Petróleo), ANCINE.
AGÊNCIAS EXECUTIVAS
- É UMA AUTARQUIA OU FUNDAÇÃO PÚBLICA, QUE VISANDO MELHORAR, TORNAR-SE EFICIENTE assina um Contrato de
Gestão.
Exemplos: INMETRO, ADA (Ag. de Des. Da Amazônia, velha SUDAM), ADENE (velha SUDENE).
- Cuidado, amanhã pode deixar de ser, se acabar o contrato.
- Dispostivos: Art. 37, §8º da CF e Lei 9.649/1998.
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I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis de ratificação do protocolo de
intenções;
II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil.
4) PROTOCOLO DE INTENÇÕES:
Nos consórcios públicos, para que seja possível a sua formação, é necessária a realização de um protocolo de intenções
(art. 3º e 4º);
No protocolo de intenções define-se a finalidade do consórcio, qual o prazo do consórcio, aonde será a sede do
consórcio, quem são os consorciados, que vai administrar o consórcio (a administração será feita através de uma
assembléia geral).
-A ratificação por lei desse protocolo. há exceção, dispensando a ratificação, prevista no §4º do artigo 5º da lei caso a
entidade que quer celebrar o consórcio público já tiver a matéria disciplinada em lei, não há que se falar em ratificação.
5) CONTRATO DE PROGRAMA- refere-se à obrigação que se estabelece o ente da administração para o consórcio (o §2º do
art. 13) e define quais as cláusulas deve haver nesse contrato de programa. O objetivo desse contrato de programa é evitar
que o ente se aventure a participar do consórcio, não cumprindo com suas obrigações.
6) CONTRATO DE RATEIO - é o pressuposto para os entes consorciados transferirem recursos ao consórcio público com base
na Lei Complementar 101/2000.
LEGISLAÇÃO CORRESPONDENTE
CONSTITUIÇÃO FEDERAL
Art. 18. A organização político-administrativa da República Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Constituição.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao
seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de
economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso
anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante
processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam
obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as
exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser
ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de
metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta para o especificado nos arts.
49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre:
X – criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, observado o que estabelece o art. 84,
VI, b; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao
qual compete:
II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta
e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que
derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário público;
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
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VI – dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de despesa nem criação ou
extinção de órgãos públicos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; (Incluída pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
§ 2º A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que
se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será
permitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos
em lei.
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que
explorem atividade econômica de produção ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo
sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais,
trabalhistas e tributários; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e alienações, observados os princípios da administração
pública; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do
setor privado.
§ 3º A lei regulamentará as relações da empresa pública com o Estado e a sociedade.
§ 4º - lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à dominação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao
aumento arbitrário dos lucros.
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de
fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o setor público e indicativo para o setor privado.
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através
de licitação, a prestação de serviços públicos.
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LEI Nº 9.784/99
o
Art. 1 Esta Lei estabelece normas básicas sobre o processo administrativo no âmbito da Administração Federal direta e
indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da
Administração.
o
§ 2 Para os fins desta Lei, consideram-se:
I - órgão - a unidade de atuação integrante da estrutura da Administração direta e da estrutura da Administração
indireta;
II - entidade - a unidade de atuação dotada de personalidade jurídica;
III - autoridade - o servidor ou agente público dotado de poder de decisão.
LEI Nº 9649/98
Art. 51. O Poder Executivo poderá qualificar como Agência Executiva a autarquia ou fundação que tenha cumprido os
seguintes requisitos:
I - ter um plano estratégico de reestruturação e de desenvolvimento institucional em andamento;
II - ter celebrado Contrato de Gestão com o respectivo Ministério supervisor.
o
§ 1 A qualificação como Agência Executiva será feita em ato do Presidente da República.
o
§ 2 O Poder Executivo editará medidas de organização administrativa específicas para as Agências Executivas, visando
assegurar a sua autonomia de gestão, bem como a disponibilidade de recursos orçamentários e financeiros para o
cumprimento dos objetivos e metas definidos nos Contratos de Gestão.
LEI Nº 11.107/2005
o
Art. 1 Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios contratarem
consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse comum e dá outras providências.
o
§ 1 O consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito privado.
o
§ 2 A União somente participará de consórcios públicos em que também façam parte todos os Estados em cujos
territórios estejam situados os Municípios consorciados.
o
§ 3 Os consórcios públicos, na área de saúde, deverão obedecer aos princípios, diretrizes e normas que regulam o
Sistema Único de Saúde – SUS.
o
Art. 2 Os objetivos dos consórcios públicos serão determinados pelos entes da Federação que se consorciarem,
observados os limites constitucionais.
o
§ 1 Para o cumprimento de seus objetivos, o consórcio público poderá:
I – firmar convênios, contratos, acordos de qualquer natureza, receber auxílios, contribuições e subvenções sociais ou
econômicas de outras entidades e órgãos do governo;
II – nos termos do contrato de consórcio de direito público, promover desapropriações e instituir servidões nos termos
de declaração de utilidade ou necessidade pública, ou interesse social, realizada pelo Poder Público; e
III – ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes da Federação consorciados, dispensada a licitação.
o
§ 2 Os consórcios públicos poderão emitir documentos de cobrança e exercer atividades de arrecadação de tarifas e
outros preços públicos pela prestação de serviços ou pelo uso ou outorga de uso de bens públicos por eles administrados
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o
§ 4 É dispensado da ratificação prevista no caput deste artigo o ente da Federação que, antes de subscrever o
protocolo de intenções, disciplinar por lei a sua participação no consórcio público.
o
Art. 6 O consórcio público adquirirá personalidade jurídica:
I – de direito público, no caso de constituir associação pública, mediante a vigência das leis de ratificação do protocolo
de intenções;
II – de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil.
o
§ 1 O consórcio público com personalidade jurídica de direito público integra a administração indireta de todos os
entes da Federação consorciados.
o
§ 2 No caso de se revestir de personalidade jurídica de direito privado, o consórcio público observará as normas de
direito público no que concerne à realização de licitação, celebração de contratos, prestação de contas e admissão de
pessoal, que será regido pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT.
o
Art. 7 Os estatutos disporão sobre a organização e o funcionamento de cada um dos órgãos constitutivos do consórcio
público.
o
Art. 8 Os entes consorciados somente entregarão recursos ao consórcio público mediante contrato de rateio.
o
§ 1 O contrato de rateio será formalizado em cada exercício financeiro e seu prazo de vigência não será superior ao das
dotações que o suportam, com exceção dos contratos que tenham por objeto exclusivamente projetos consistentes em
programas e ações contemplados em plano plurianual ou a gestão associada de serviços públicos custeados por tarifas ou
outros preços públicos.
o
§ 2 É vedada a aplicação dos recursos entregues por meio de contrato de rateio para o atendimento de despesas
genéricas, inclusive transferências ou operações de crédito.
o
§ 3 Os entes consorciados, isolados ou em conjunto, bem como o consórcio público, são partes legítimas para exigir o
cumprimento das obrigações previstas no contrato de rateio.
o o
§ 4 Com o objetivo de permitir o atendimento dos dispositivos da Lei Complementar n 101, de 4 de maio de 2000, o
consórcio público deve fornecer as informações necessárias para que sejam consolidadas, nas contas dos entes
consorciados, todas as despesas realizadas com os recursos entregues em virtude de contrato de rateio, de forma que
possam ser contabilizadas nas contas de cada ente da Federação na conformidade dos elementos econômicos e das
atividades ou projetos atendidos.
o
§ 5 Poderá ser excluído do consórcio público, após prévia suspensão, o ente consorciado que não consignar, em sua lei
orçamentária ou em créditos adicionais, as dotações suficientes para suportar as despesas assumidas por meio de contrato
de rateio.
o
Art. 9 A execução das receitas e despesas do consórcio público deverá obedecer às normas de direito financeiro
aplicáveis às entidades públicas.
Parágrafo único. O consórcio público está sujeito à fiscalização contábil, operacional e patrimonial pelo Tribunal de
Contas competente para apreciar as contas do Chefe do Poder Executivo representante legal do consórcio, inclusive quanto
à legalidade, legitimidade e economicidade das despesas, atos, contratos e renúncia de receitas, sem prejuízo do controle
externo a ser exercido em razão de cada um dos contratos de rateio.
Art. 10. (VETADO)
Parágrafo único. Os agentes públicos incumbidos da gestão de consórcio não responderão pessoalmente pelas
obrigações contraídas pelo consórcio público, mas responderão pelos atos praticados em desconformidade com a lei ou
com as disposições dos respectivos estatutos.
Art. 11. A retirada do ente da Federação do consórcio público dependerá de ato formal de seu representante na
assembléia geral, na forma previamente disciplinada por lei.
o
§ 1 Os bens destinados ao consórcio público pelo consorciado que se retira somente serão revertidos ou retrocedidos
no caso de expressa previsão no contrato de consórcio público ou no instrumento de transferência ou de alienação.
o
§ 2 A retirada ou a extinção do consórcio público não prejudicará as obrigações já constituídas, inclusive os contratos
de programa, cuja extinção dependerá do prévio pagamento das indenizações eventualmente devidas.
Art. 12. A alteração ou a extinção de contrato de consórcio público dependerá de instrumento aprovado pela
assembléia geral, ratificado mediante lei por todos os entes consorciados.
o
§ 1 Os bens, direitos, encargos e obrigações decorrentes da gestão associada de serviços públicos custeados por tarifas
ou outra espécie de preço público serão atribuídos aos titulares dos respectivos serviços.
o
§ 2 Até que haja decisão que indique os responsáveis por cada obrigação, os entes consorciados responderão
solidariamente pelas obrigações remanescentes, garantindo o direito de regresso em face dos entes beneficiados ou dos
que deram causa à obrigação.
Art. 13. Deverão ser constituídas e reguladas por contrato de programa, como condição de sua validade, as obrigações
que um ente da Federação constituir para com outro ente da Federação ou para com consórcio público no âmbito de gestão
associada em que haja a prestação de serviços públicos ou a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal ou
de bens necessários à continuidade dos serviços transferidos.
o
§ 1 O contrato de programa deverá:
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I – atender à legislação de concessões e permissões de serviços públicos e, especialmente no que se refere ao cálculo de
tarifas e de outros preços públicos, à de regulação dos serviços a serem prestados; e
II – prever procedimentos que garantam a transparência da gestão econômica e financeira de cada serviço em relação a
cada um de seus titulares.
o
§ 2 No caso de a gestão associada originar a transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens
essenciais à continuidade dos serviços transferidos, o contrato de programa, sob pena de nulidade, deverá conter cláusulas
que estabeleçam:
I – os encargos transferidos e a responsabilidade subsidiária da entidade que os transferiu;
II – as penalidades no caso de inadimplência em relação aos encargos transferidos;
III – o momento de transferência dos serviços e os deveres relativos a sua continuidade;
IV – a indicação de quem arcará com o ônus e os passivos do pessoal transferido;
V – a identificação dos bens que terão apenas a sua gestão e administração transferidas e o preço dos que sejam
efetivamente alienados ao contratado;
VI – o procedimento para o levantamento, cadastro e avaliação dos bens reversíveis que vierem a ser amortizados
mediante receitas de tarifas ou outras emergentes da prestação dos serviços.
o
§ 3 É nula a cláusula de contrato de programa que atribuir ao contratado o exercício dos poderes de planejamento,
regulação e fiscalização dos serviços por ele próprio prestados.
o
§ 4 O contrato de programa continuará vigente mesmo quando extinto o consórcio público ou o convênio de
cooperação que autorizou a gestão associada de serviços públicos.
o
§ 5 Mediante previsão do contrato de consórcio público, ou de convênio de cooperação, o contrato de programa
poderá ser celebrado por entidades de direito público ou privado que integrem a administração indireta de qualquer dos
entes da Federação consorciados ou conveniados.
o o
§ 6 O contrato celebrado na forma prevista no § 5 deste artigo será automaticamente extinto no caso de o contratado
não mais integrar a administração indireta do ente da Federação que autorizou a gestão associada de serviços públicos por
meio de consórcio público ou de convênio de cooperação.
o
§ 7 Excluem-se do previsto no caput deste artigo as obrigações cujo descumprimento não acarrete qualquer ônus,
inclusive financeiro, a ente da Federação ou a consórcio público.
Art. 14. A União poderá celebrar convênios com os consórcios públicos, com o objetivo de viabilizar a descentralização e
a prestação de políticas públicas em escalas adequadas.
Art. 15. No que não contrariar esta Lei, a organização e funcionamento dos consórcios públicos serão disciplinados pela
legislação que rege as associações civis.
JURISPRUDÊNCIA- STF/STJ
SÚMULAS DO STF SÚMULAS DO STJ
SÚMULA VINCULANTE Nº 22 Súmula 15
A JUSTIÇA DO TRABALHO É COMPETENTE PARA COMPETE A JUSTIÇA ESTADUAL PROCESSAR E JULGAR OS
PROCESSAR E JULGAR AS AÇÕES DE INDENIZAÇÃO POR LITIGIOS DECORRENTES DE ACIDENTE DO TRABALHO.
DANOS MORAIS E PATRIMONIAIS DECORRENTES DE
STJ Súmula nº 42
ACIDENTE DE TRABALHO PROPOSTAS POR EMPREGADO
CONTRA EMPREGADOR, INCLUSIVE AQUELAS QUE AINDA Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar as
NÃO POSSUÍAM SENTENÇA DE MÉRITO EM PRIMEIRO causas cíveis em que é parte sociedade de economia mista e
GRAU QUANDO DA PROMULGAÇÃO DA EMENDA os crimes praticados em seu detrimento.
CONSTITUCIONAL Nº 45/04.
STJ Súmula nº 82
SÚMULA VINCULANTE Nº 27
Compete à Justiça Federal, excluídas as reclamações
COMPETE À JUSTIÇA ESTADUAL JULGAR CAUSAS ENTRE trabalhistas, processar e julgar os feitos relativos a
CONSUMIDOR E CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO DE movimentação do FGTS.
TELEFONIA, QUANDO A ANATEL NÃO SEJA LITISCONSORTE
STJ Súmula nº 150
PASSIVA NECESSÁRIA, ASSISTENTE, NEM OPOENTE.
Compete à Justiça Federal decidir sobre a existência de
SÚMULA Nº 501
interesse jurídico que justifique a presença, no processo, da
COMPETE À JUSTIÇA ORDINÁRIA ESTADUAL O PROCESSO E O União, suas autarquias ou empresas públicas.
JULGAMENTO, EM AMBAS AS INSTÂNCIAS, DAS CAUSAS DE
STJ Súmula nº 333
ACIDENTE DO TRABALHO, AINDA QUE PROMOVIDAS
CONTRA A UNIÃO, SUAS AUTARQUIAS, EMPRESAS PÚBLICAS Cabe mandado de segurança contra ato praticado em
licitação promovida por sociedade de economia mista ou
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JURISPRUDÊNCIA
1) Empresas públicas prestadoras de serviços públicos, os DE CORREIOS E TELÉGRAFOS - EBCT. EMPRESA PÚBLICA.
bens são considerados impenhoráveis PRESTAÇÃO DE SERVIÇO POSTAL E CORREIO AÉREO
NACIONAL. SERVIÇO PÚBLICO. ART. 21, X, DA
STF- RE 230051- EMBARGOS DE DECLARAÇÃO CONSTITUIÇÃO DO BRASIL.
RELATOR:Maurício Correa.
1. A prestação do serviço postal consubstancia serviço
Julgamento: 11/06/2003. Órgão Julgado: Tribunal Pleno.
público [art. 175 da CB/88]. A Empresa Brasileira de
Ementa:
Correios e Telégrafos é uma empresa pública, entidade da
EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO RECURSO
Administração Indireta da União, como tal tendo sido criada
EXTRAORDINÁRIO. EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E
pelo decreto-lei nº 509, de 10 de março de 1969. 2. O Pleno
TELÉGRAFOS. IMPENHORABILIDADE DE SEUS BENS, RENDAS
do Supremo Tribunal Federal declarou, quando do
E SERVIÇOS. RECEPÇÃO DO ARTIGO 12 DO DECRETO-LEI Nº
julgamento do RE 220.906, Relator o Ministro MAURÍCIO
509/69. 1. À empresa Brasileira de Correios e Telégrafos,
CORRÊA, DJ 14.11.2002, à vista do disposto no artigo 6o do
pessoa jurídica equiparada à Fazenda Pública, é aplicável o
decreto-lei nº 509/69, que a Empresa Brasileira de Correios
privilégio da impenhorabilidade de seus bens, rendas e
e Telégrafos é “pessoa jurídica equiparada à Fazenda
serviços. Recepção do artigo 12 do Decreto-Lei nº 509/69 e
Pública, que explora serviço de competência da União (CF,
não-incidência da restrição contida no artigo 173, § 1º, da
artigo 21, X)”. 3. Impossibilidade de tributação de bens
Constituição Federal, que submete a empresa pública, a
públicos federais por Estado-membro, em razão da garantia
sociedade de economia mista e outras entidades que
constitucional de imunidade recíproca. 4. O fato jurídico
explorem atividade econômica ao regime próprio das
que deu ensejo à causa é a tributação de bem público
empresas privadas, inclusive quanto às obrigações
federal. A imunidade recíproca, por sua vez, assenta-se
trabalhistas e tributárias. 2. Empresa pública que não
basicamente no princípio da Federação. Configurado
exerce atividade econômica e presta serviço público da
conflito federativo entre empresa pública que presta
competência da União Federal e por ela mantido. Execução.
serviço público de competência da União e Estado-membro,
Observância ao regime de precatório, sob pena de
é competente o Supremo Tribunal Federal para o
vulneração do disposto no artigo 100 da Constituição
julgamento da ação cível originária, nos termos do disposto
Federal. Vícios no julgamento. Embargos de declaração
no artigo 102, I, “f”, da Constituição. 5. Questão de ordem
rejeitados.
que se resolve pelo reconhecimento da competência do
2) Empresa pública prestadora de serviço público Supremo Tribunal Federal para julgamento da ação.
beneficia-se da imunidade recíproca tributária 3) Sociedade de economia mista se submete a fiscalização
por parte do Tribunal de Contas
ACO N. 765-RJ
RELATOR: MIN. MARCO AURÉLIO
STF- MS 25092 ED / DF - DISTRITO FEDERAL
Ementa.
EMB.DECL.NO MANDADO DE SEGURANÇA
EMENTA: CONSTITUCIONAL. COMPETÊNCIA. SUPREMO Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI
TRIBUNAL FEDERAL. AÇÃO CÍVEL ORIGINÁRIA. ART. 102, I, Julgamento: 28/08/2008 Órgão Julgador: Tribunal
“F”, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. EMPRESA BRASILEIRA Pleno
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4) O Supremo Tribunal Federal admite a existência de 6) OAB não integra a Administração Pública Indireta da
fundações públicas com personalidade de direito público, União
e fundações públicas com personalidade jurídica de direito
STF- ADI 3026 / DF - DISTRITO FEDERAL - AÇÃO DIRETA DE
privado. INCONSTITUCIONALIDADE
Relator(a): Min. EROS GRAU
STF- ADI 191 / RS - RIO GRANDE DO SUL - AÇÃO DIRETA DE Julgamento: 08/06/2006 Órgão Julgador: Tribunal
INCONSTITUCIONALIDADE Pleno
Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA Ementa
Julgamento: 29/11/2007 Órgão Julgador: Tribunal Pleno
Ementa EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. § 1º
EMENTA: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. ART. 28 DA DO ARTIGO 79 DA LEI N. 8.906, 2ª PARTE. "SERVIDORES" DA
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL. PRECEITO QUE
EQUIPARAÇÃO ENTRE SERVIDORES DE FUNDAÇÕES POSSIBILITA A OPÇÃO PELO REGIME CELESTISTA.
INSTITUÍDAS OU MANTIDAS PELO ESTADO E SERVIDORES COMPENSAÇÃO PELA ESCOLHA DO REGIME JURÍDICO NO
DAS FUNDAÇÕES PÚBLICAS: INCONSTITUCIONALIDADE. 1. A MOMENTO DA APOSENTADORIA. INDENIZAÇÃO.
distinção entre fundações públicas e privadas decorre da IMPOSIÇÃO DOS DITAMES INERENTES À ADMINISTRAÇÃO
forma como foram criadas, da opção legal pelo regime PÚBLICA DIRETA E INDIRETA. CONCURSO PÚBLICO (ART. 37,
jurídico a que se submetem, da titularidade de poderes e II DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL). INEXIGÊNCIA DE
também da natureza dos serviços por elas prestados. 2. A CONCURSO PÚBLICO PARA A ADMISSÃO DOS
norma questionada aponta para a possibilidade de serem CONTRATADOS PELA OAB. AUTARQUIAS ESPECIAIS E
equiparados os servidores de toda e qualquer fundação AGÊNCIAS. CARÁTER JURÍDICO DA OAB. ENTIDADE
privada, instituída ou mantida pelo Estado, aos das PRESTADORA DE SERVIÇO PÚBLICO INDEPENDENTE.
fundações públicas. 3. Sendo diversos os regimes jurídicos, CATEGORIA ÍMPAR NO ELENCO DAS PERSONALIDADES
diferentes são os direitos e os deveres que se combinam e JURÍDICAS EXISTENTES NO DIREITO BRASILEIRO.
formam os fundamentos da relação empregatícia firmada. A AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA DA ENTIDADE. PRINCÍPIO
equiparação de regime, inclusive o remuneratório, que se DA MORALIDADE. VIOLAÇÃO DO ARTIGO 37, CAPUT, DA
aperfeiçoa pela equiparação de vencimentos, é prática CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. NÃO OCORRÊNCIA. 1. A Lei n.
vedada pelo art. 37, inc. XIII, da Constituição brasileira e 8.906, artigo 79, § 1º, possibilitou aos "servidores" da OAB,
contrária à Súmula 339 do Supremo Tribunal Federal. cujo regime outrora era estatutário, a opção pelo regime
Precedentes. 4. Ação Direta de Inconstitucionalidade celetista. Compensação pela escolha: indenização a ser
julgada procedente. paga à época da aposentadoria. 2. Não procede a alegação
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de que a OAB sujeita-se aos ditames impostos à 2. Até a promulgação da Constituição Federal de 1988, era
Administração Pública Direta e Indireta. 3. A OAB não é uma possível, nos termos do Decreto-Lei 968/69, a contratação
entidade da Administração Indireta da União. A Ordem é de servidores, pelos conselhos de fiscalização
um serviço público independente, categoria ímpar no profissional, tanto pelo regime estatutário quanto pelo
elenco das personalidades jurídicas existentes no direito celetista, situação alterada pelo art. 39, caput, em sua
brasileiro. 4. A OAB não está incluída na categoria na qual redação original.
se inserem essas que se tem referido como "autarquias 3. O § 1º do art. 253 da Lei n. 8.112/90 regulamentou
especiais" para pretender-se afirmar equivocada o disposto na Constituição, fazendo com que os
independência das hoje chamadas "agências". 5. Por não funcionários celetistas das autarquias federais
consubstanciar uma entidade da Administração Indireta, a passassem a servidores estatutários, afastando a
OAB não está sujeita a controle da Administração, nem a possibilidade de contratação em regime privado.
qualquer das suas partes está vinculada. Essa não- 4. Com a Lei n. 9.649/98, o legislador buscou afastar a
vinculação é formal e materialmente necessária. 6. A OAB sujeição das autarquias corporativas ao regime jurídico
ocupa-se de atividades atinentes aos advogados, que de direito público. Entretanto, o Supremo Tribunal
exercem função constitucionalmente pr ivilegiada, na Federal, na ADI n. 1.717/DF, julgou inconstitucional o
medida em que são indispensáveis à administração da dispositivo que tratava da matéria. O exame do § 3º do art.
Justiça [artigo 133 da CB/88]. É entidade cuja finalidade é 58 ficou prejudicado, na medida em que a superveniente
afeita a atribuições, interesses e seleção de advogados. Não Emenda Constitucional n. 19/98 extinguiu a
há ordem de relação ou dependência entre a OAB e obrigatoriedade do Regime Jurídico Único.
qualquer órgão público. 7. A Ordem dos Advogados do 5. Posteriormente, no julgamento da medida liminar na
Brasil, cujas características são autonomia e independência, ADI n. 2.135/DF, foi suspensa a vigência do caput do art.
não pode ser tida como congênere dos demais órgãos de 39 da Constituição Federal, com a redação atribuída
fiscalização profissional. A OAB não está voltada pela EC n. 19/98. Dessa forma, após todas as mudanças
exclusivamente a finalidades corporativas. Possui finalidade sofridas, subsiste, para a administração pública direta,
institucional. 8. Embora decorra de determinação legal, o autárquica e fundacional, a obrigatoriedade de adoção do
regime estatutário imposto aos empregados da OAB não é regime jurídico único, ressalvadas as situações consolidadas
compatível com a entidade, que é autônoma e na vigência da legislação editada nos termos da emenda
independente. 9. Improcede o pedido do requerente no declarada suspensa.
sentido de que se dê interpretação conforme o artigo 37, 6. As autarquias corporativas devem adotar o regime
inciso II, da Constituição do Brasil ao caput do artigo 79 da jurídico único, ressalvadas as situações consolidadas na
Lei n. 8.906, que determina a aplicação do regime vigência da legislação editada nos termos da Emenda
trabalhista aos servidores da OAB. 10. Incabível a exigência Constitucional n. 19/97.
de concurso público para admissão dos contratados sob o 7. Esse entendimento não se aplica a OAB, pois no
regime trabalhista pela OAB. 11. Princípio da moralidade. julgamento da ADI n. 3.026/DF, ao examinar a
Ética da legalidade e moralidade. Confinamento do constitucionalidade do art. 79, § 1º, da Lei n. 8.906/96, o
princípio da moralidade ao âmbito da ética da legalidade, Excelso Pretório afastou a natureza autárquica dessa
que não pode ser ultrapassada, sob pena de dissolução do entidade, para afirmar que seus contratos de trabalho
próprio sistema. Desvio de poder ou de finalidade. são regidos pela CLT.
8. Recurso especial provido para conceder a segurança
7) NATUREZA AUTÁRQUICA DOS CONSELHOS DE e determinar que os impetrados, com exceção da OAB,
PROFISSÃO tomem as providências cabíveis para a implantação do
regime jurídico único no âmbito dos conselhos de
STJ- RECURSO ESPECIAL Nº 507.536 - DF (2003/0037798-3) fiscalização profissional, incidindo no caso a ressalva
RELATOR : MINISTRO JORGE MUSSI contida no julgamento da ADI n.2.135 MC/DF.
EMENTA 8) FUNDAÇÕES PÚBLICAS DE DIREITO PÚBLICO–
DIREITO ADMINISTRATIVO. CONSELHOS DE
FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL. NATUREZA JURÍDICA. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL
AUTARQUIAS CORPORATIVAS. REGIME DE
CONTRATAÇÃO DE SEUS EMPREGADOS. INCIDÊNCIA DA STF- RECURSO EXTRAORDINÁRIO Nº 215741/SE
LEI N. 8.112/90. Relator(a): Min. MAURÍCIO CORRÊA
1. A atividade de fiscalização do exercício profissional é Julgamento: 30/03/1999 Órgão Julgador: Segunda Turma
estatal, nos termos dos arts. 5º, XIII, 21, XXIV, e 22, XIV, da Ementa
Constituição Federal, motivo pelo qual as entidades que EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÁRIO. FUNDAÇÃO
exercem esse controle têm função tipicamente pública NACIONAL DE SAÚDE. CONFLITO DE COMPETÊNCIA ENTRE
e, por isso, possuem natureza jurídica de autarquia, A JUSTIÇA FEDERAL E A JUSTIÇA COMUM. NATUREZA
sujeitando-se ao regime jurídico de direito público. JURÍDICA DAS FUNDAÇÕES INSTITUÍDAS PELO PODER
Precedentes do STJ e do STF. PÚBLICO. 1. A Fundação Nacional de Saúde, que é mantida
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por recursos orçamentários oficiais da União e por ela poderes. A escolha dos dirigentes dessas empresas é
instituída, é entidade de direito público. 2. Conflito de matéria inserida no âmbito do regime estrutural de cada
competência entre a Justiça Comum e a Federal. Artigo 109, uma delas. 6. Pedido julgado parcialmente procedente
I da Constituição Federal. Compete à Justiça Federal para dar interpretação conforme à Constituição à alínea
processar e julgar ação em que figura como parte fundação "d" do inciso XXIII do artigo 62 da Constituição do Estado
pública, tendo em vista sua situação jurídica conceitual de Minas Gerais, para restringir sua aplicação às
assemelhar- se, em sua origem, às autarquias. 3. Ainda que autarquias e fundações públicas, dela excluídas as
o artigo 109, I da Constituição Federal, não se refira empresas estatais, todas elas.
expressamente às fundações, o entendimento desta Corte é
o de que a finalidade, a origem dos recursos e o regime 10- Ato praticado em procedimento licitatório por
administrativo de tutela absoluta a que, por lei, estão dirigente de sociedade de economia federal, a
sujeitas, fazem delas espécie do gênero autarquia. 4. competência da Justiça Federal
Recurso extraordinário conhecido e provido para declarar a CC 200602110313- CC - CONFLITO DE COMPETENCIA –
competência da Justiça Federal. 71843
Relator(a): ELIANA CALMON
9) PROVIMENTO DE CARGOS DIRETIVOS DAS ENTIDADES Sigla do Órgão: STJ Órgão Julgador: PRIMEIRA SEÇÃO
DA ADM. INDIRETA Data: 17/11/2008
STF- ADI 1642 / MG - MINAS GERAIS Ementa
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA.
Relator(a): Min. EROS GRAU MANDADO DE SEGURANÇA.ATO PRATICADO EM
Julgamento: 03/04/2008 Órgão Julgador: Tribunal PROCEDIMENTO LICITATÓRIO POR DIRIGENTE
Pleno DESOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA FEDERAL.
Publicação: 19-09-2008 AUTORIDADE FEDERAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA
FEDERAL. 1. Conforme o art. 109, VIII, da Constituição,
Ementa compete à Justiça Federal processar e julgar "os
EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. mandados de segurança e os habeas data contra ato de
ALÍNEA "d" DO INCISO XXIII DO ARTIGO 62 DA autoridade federal". Para fixar a competência, portanto, a
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE MINAS GERAIS. norma constitucional leva em consideração a posição da
APROVAÇÃO DO PROVIMENTO, PELO EXECUTIVO, DOS autoridade impetrada (se federal ou não), atenta ao
CARGOS DE PRESIDENTE DAS ENTIDADES DA princípio federativo por força do qual a autoridade federal
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA ESTADUAL PELA não está sujeita à Justiça dos Estados federados. 2. Ao
ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO DO estabelecer que "cabe mandado de segurança contra ato
DISPOSTO NO ARTIGO 173, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. praticado em licitação promovida
DISTINÇÃO ENTRE EMPRESAS ESTATAIS PRESTADORAS DE por sociedade de economia mista ou empresa pública", a
SERVIÇO PÚBLICO E EMPRESAS ESTATAIS QUE súmula 333/STJ parte do pressuposto necessário que o ato
DESENVOLVEM ATIVIDADE ECONÔMICA EM SENTIDO praticado em processo licitatório é ato de autoridade. Não
ESTRITO. REGIME JURÍDICO ESTRUTURAL E REGIME fosse assim, não caberia mandado de segurança. 3. Ora, em
JURÍDICO FUNCIONAL DAS EMPRESAS ESTATAIS. se tratando de ato praticado em licitação promovida
INCONSTITUCIONALIDADE PARCIAL. INTERPRETAÇÃO por sociedade de economia mista federal, a autoridade que
CONFORME À CONSTITUIÇÃO. 1. Esta Corte em o pratica é federal (e não estadual, distrital ou municipal).
oportunidades anteriores definiu que a aprovação, pelo Ainda que houvesse dúvida sobre o cabimento da
Legislativo, da indicação dos Presidentes das entidades da impetração ou sobre a natureza da autoridade ou do ato
Administração Pública Indireta restringe-se às autarquias e por ela praticado, a decisão a respeito não se comporta no
fundações públicas, dela excluídas as sociedades de âmbito do conflito de competência, devendo ser tomada
economia mista e as empresas públicas. Precedentes. 2. As pelo Juiz Federal (Súmula 60/TFR). 4. No caso, o ato atacado
sociedades de economia mista e as empresas públicas que foi praticado pelo Superintendente da Companhia Brasileira
explorem atividade econômica em sentido estrito estão de Trens Urbanos - CBTU (sociedade de economia
sujeitas, nos termos do disposto no § 1º do artigo 173 da mista federal) e consistiu em declarar a empresa Prisma -
Constituição do Brasil, ao regime jurídico próprio das Consultoria e Serviços Ltda. vencedora de processo
empresas privadas. 3. Distinção entre empresas estatais licitatório. Tratando-se (a) de ato praticado em licitação (b)
que prestam serviço público e empresas estatais que por autoridade federal, a competência é da Justiça Federal.
empreendem atividade econômica em sentido estrito 4. O Precedentes: CC 46035/AC, 1ª S., Min. José Delgado, DJ de
§ 1º do artigo 173 da Constituição do Brasil não se aplica 01.02.2006; CC 54140/PB; 1ª S., Min. Eliana Calmon, DJ de
às empresas públicas, sociedades de economia mista e 02.05.2006; CC 46740/CE, 1ª S., Min. Luiz Fux, DJ de
entidades (estatais) que prestam serviço público. 5. A 17.04.2006; CC 54854/SP, 1ª S., Min. José Delgado, DJ de
intromissão do Poder Legislativo no processo de 13.03.2006. 5. Conflito conhecido para declarar competente
provimento das diretorias das empresas estatais colide a Justiça Federal.
com o princípio da harmonia e interdependência entre os
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Capítulo 4 4) CLASSIFICAÇÃO:
De acordo com o grau de liberdade, o poder pode ser:
Poderes Administrativos
4.1 VINCULADO
1) CONCEITO: são instrumentos e prerrogativas de atuação 4.2 DISCRICIONÁRIO
administrativa. Poderes da Administração são diferentes de
1º A doutrina mais moderna fala que essa classificação não
poderes do Estado.
tem pertinência, porque o ato é que é vinculado ou
PODERES DA ADMINISTRAÇÃO # PODERES DO ESTADO discricionário.
2º Um poder não será sempre com atos vinculados ou
sempre com atos discricionários; esses atos se misturam no
Instrumentais Estruturais mesmo poder.
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o
Art. 4 São deveres do administrado perante a Administração, sem prejuízo de outros
previstos em ato normativo:
I - expor os fatos conforme a verdade;
DEVERES DO ADMINISTRADOS
II - proceder com lealdade, urbanidade e boa-fé;
(art. 4º)
III - não agir de modo temerário;
IV - prestar as informações que lhe forem solicitadas e colaborar para o
esclarecimento dos fatos.
DO INÍCIO DO PROCESSO
o
Art. 9 São legitimados como interessados no processo administrativo:
I - pessoas físicas ou jurídicas que o iniciem como titulares de direitos ou interesses
individuais ou no exercício do direito de representação;
II - aqueles que, sem terem iniciado o processo, têm direitos ou interesses que possam
ser afetados pela decisão a ser adotada;
LEGITIMADOS NO PROCESSO
III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses
(NA QUALIDADE DE INTERESSADO)
coletivos;
(art. 9º)
IV - as pessoas ou as associações legalmente constituídas quanto a direitos ou
interesses difusos.
Art. 10. São capazes, para fins de processo administrativo, os maiores de dezoito anos,
ressalvada previsão especial em ato normativo próprio.
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- Instauração
FASES DO PROCESSO
- Instrução (e relatório)
(arts. 29 a 47)
- Decisão
o
Art. 5 O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado.
o
Art. 6 O requerimento inicial do interessado, salvo casos em que for admitida
solicitação oral, deve ser formulado por escrito e conter os seguintes dados:
I - órgão ou autoridade administrativa a que se dirige;
II - identificação do interessado ou de quem o represente;
III - domicílio do requerente ou local para recebimento de comunicações;
IV - formulação do pedido, com exposição dos fatos e de seus fundamentos;
- DA INSTAURAÇÃO V - data e assinatura do requerente ou de seu representante.
(INÍCIO DO PROCESSO) Parágrafo único. É vedada à Administração a recusa imotivada de recebimento de
(arts. 5º a 8º) documentos, devendo o servidor orientar o interessado quanto ao suprimento de
eventuais falhas.
o
Art. 7 Os órgãos e entidades administrativas deverão elaborar modelos ou
formulários padronizados para assuntos que importem pretensões equivalentes.
o
Art. 8 Quando os pedidos de uma pluralidade de interessados tiverem conteúdo e
fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único requerimento, salvo
preceito legal em contrário.
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Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de
pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato
administrativo.
DA MOTIVAÇÃO o
§ 1 A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em
(art. 50)
declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações,
decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.
o
§ 2 Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio
mecânico que reproduza os fundamentos das decisões, desde que não prejudique
direito ou garantia dos interessados.
o
§ 3 A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de decisões orais
constará da respectiva ata ou de termo escrito.
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos.
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram
efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que
DA ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO E foram praticados, salvo comprovada má-fé.
o
CONVALIDAÇÃO § 1 No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da
(arts. 53 a 55) percepção do primeiro pagamento.
o
§ 2 Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade
administrativa que importe impugnação à validade do ato.
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público
nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser
convalidados pela própria Administração.
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Art. 56. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões de legalidade e
de mérito.
o
§ 1 O recurso será dirigido à autoridade que proferiu a decisão, a qual, se não a
reconsiderar no prazo de cinco dias, o encaminhará à autoridade superior.
o
§ 2 Salvo exigência legal, a interposição de recurso administrativo independe de
caução.
o
§ 3 Se o recorrente alegar que a decisão administrativa contraria enunciado da
súmula vinculante, caberá à autoridade prolatora da decisão impugnada, se não a
reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o recurso à autoridade superior, as
razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. (Incluído
pela Lei nº 11.417, de 2006). Vigência
Art. 57. O recurso administrativo tramitará no máximo por três instâncias
administrativas, salvo disposição legal diversa.
Art. 58. Têm legitimidade para interpor recurso administrativo:
I - os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo;
II - aqueles cujos direitos ou interesses forem indiretamente afetados pela decisão
recorrida;
III - as organizações e associações representativas, no tocante a direitos e interesses
coletivos;
IV - os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos.
Art. 59. Salvo disposição legal específica, é de dez dias o prazo para interposição de
recurso administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão
recorrida.
o
§ 1 Quando a lei não fixar prazo diferente, o recurso administrativo deverá ser
decidido no prazo máximo de trinta dias, a partir do recebimento dos autos pelo órgão
competente.
o
§ 2 O prazo mencionado no parágrafo anterior poderá ser prorrogado por igual
DO RECURSO ADMINISTRATIVO E período, ante justificativa explícita.
DA REVISÃO Art. 60. O recurso interpõe-se por meio de requerimento no qual o recorrente deverá
(arts. 56 a 65) expor os fundamentos do pedido de reexame, podendo juntar os documentos que
julgar convenientes.
Art. 61. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem efeito suspensivo.
Parágrafo único. Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou incerta reparação
decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a imediatamente superior poderá,
de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao recurso.
Art. 62. Interposto o recurso, o órgão competente para dele conhecer deverá intimar
os demais interessados para que, no prazo de cinco dias úteis, apresentem alegações.
Art. 63. O recurso não será conhecido quando interposto:
I - fora do prazo;
II - perante órgão incompetente;
III - por quem não seja legitimado;
IV - após exaurida a esfera administrativa.
o
§ 1 Na hipótese do inciso II, será indicada ao recorrente a autoridade competente,
sendo-lhe devolvido o prazo para recurso.
o
§ 2 O não conhecimento do recurso não impede a Administração de rever de ofício o
ato ilegal, desde que não ocorrida preclusão administrativa.
Art. 64. O órgão competente para decidir o recurso poderá confirmar, modificar,
anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão recorrida, se a matéria for de sua
competência.
Parágrafo único. Se da aplicação do disposto neste artigo puder decorrer gravame à
situação do recorrente, este deverá ser cientificado para que formule suas alegações
antes da decisão.
Art. 64-A. Se o recorrente alegar violação de enunciado da súmula vinculante, o órgão
competente para decidir o recurso explicitará as razões da aplicabilidade ou
inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. (Incluído pela Lei nº 11.417, de
2006). Vigência
Art. 64-B. Acolhida pelo Supremo Tribunal Federal a reclamação fundada em violação
de enunciado da súmula vinculante, dar-se-á ciência à autoridade prolatora e ao órgão
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Art. 66. Os prazos começam a correr a partir da data da cientificação oficial, excluindo-
se da contagem o dia do começo e incluindo-se o do vencimento.
o
§ 1 Considera-se prorrogado o prazo até o primeiro dia útil seguinte se o vencimento
cair em dia em que não houver expediente ou este for encerrado antes da hora
normal.
o
DOS PRAZOS § 2 Os prazos expressos em dias contam-se de modo contínuo.
o
(art. 66 e 67) § 3 Os prazos fixados em meses ou anos contam-se de data a data. Se no mês do
vencimento não houver o dia equivalente àquele do início do prazo, tem-se como
termo o último dia do mês.
Art. 67. Salvo motivo de força maior devidamente comprovado, os prazos processuais
não se suspendem.
Art. 68. As sanções, a serem aplicadas por autoridade competente, terão natureza
DAS SANÇÕES pecuniária ou consistirão em obrigação de fazer ou de não fazer, assegurado sempre
(art. 68) o direito de defesa.
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Art. 69. Os processos administrativos específicos continuarão a reger-se por lei
própria, aplicando-se-lhes apenas subsidiariamente os preceitos desta Lei.
Art. 69-A. Terão prioridade na tramitação, em qualquer órgão ou instância, os
procedimentos administrativos em que figure como parte ou interessado: pessoa com
idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos; pessoa portadora de deficiência, física ou
mental; pessoa portadora de tuberculose ativa, esclerose múltipla, neoplasia maligna,
hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de
Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave,
DA PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO
estados avançados da doença de Paget (osteíte deformante), contaminação por
DO PROCESSO
radiação, síndrome de imunodeficiência adquirida, ou outra doença grave, com base
(art. 69-A)**
em conclusão da medicina especializada, mesmo que a doença tenha sido contraída
após o início do processo.
- A pessoa interessada na obtenção do benefício, juntando prova de sua condição,
deverá requerê-lo à autoridade administrativa competente, que determinará as
providências a serem cumpridas
** acrescentado pela Lei nº 12.008, de 29/07/2009.
CLASSIFICAÇÃO
ATOS PRAZOS ART.
Intimação para comparecimento Mínimo de 3 dias úteis Art. 26
Intimação dos interessados de prova ou Mínimo de 3 dias úteis Art. 41
diligência ordenada
Intimação dos interessados no recurso 5 dias úteis para apresentação de alegações Art. 62
Reconsideração do recurso pela 5 dias; se não o considerar, encaminhará à autoridade superior Art. 56
autoridade que proferiu a decisão
5 dias, salvo força maior, podendo ser dilatado até o dobro se Art. 24
Para todos os atos do órgão ou entidade
justificado
Interposição de recurso Máximo de 10 dias Art. 59
Manifestação após encerrada a instrução Máximo de 10 dias, salvo determinação legal Art. 44
Máximo de 15 dias, salvo norma especial ou comprovada Art. 42
Emissão de parecer de órgão consultivo
necessidade de maior prazo
Decisão após a instrução Até 30 dias, podendo ser prorrogáveis, se motivado. Art. 49
Máximo de 30 dias, contados do recebimento dos autos, Art. 59
Decisão de recurso
prorrogáveis se justificados
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PRIVADAS APENAS DOS ATOS DE CONSENTIMENTOS E formal. A Lei 6.835/2001, de iniciativa da Mesa da
FISCALIZATÓRIOS Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, cria nova
atribuição à Secretaria de Fazenda Estadual, órgão
REsp 817534 / MG RECURSO ESPECIAL 2006/0025288-1 integrante do Poder Executivo daquele Estado. À luz do
Relator(a):Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES (1141) princípio da simetria, são de iniciativa do chefe do Poder
Sigla do órgão: T2 - SEGUNDA TURMA Executivo estadual as leis que versem sobre a organização
Data do julgamento: 10/11/2009 administrativa do Estado, podendo a questão referente à
Data da publicação / Fonte: DJE 10/12/2009 organização e funcionamento da administração estadual,
Ementa quando não importar aumento de despesa, ser
ADMINISTRATIVO. PODER DE POLÍCIA. TRÂNSITO. SANÇÃO regulamentada por meio de Decreto do chefe do Poder
PECUNIÁRIA APLICADA POR SOCIEDADE DE ECONOMIA Executivo (...). Inconstitucionalidade formal, por vício de
MISTA. IMPOSSIBILIDADE. iniciativa da lei ora atacada." (ADI 2.857, Rel. Min. Joaquim
1. Antes de adentrar o mérito da controvérsia, convém Barbosa, julgamento em 30-8-2007, Plenário, DJ de 30-11-
afastar a preliminar de conhecimento levantada pela parte 2007.)
recorrida. Embora o fundamento da origem tenha sido a lei
local, não há dúvidas que a tese sustentada pelo recorrente _______________________________________________
em sede de especial (delegação de poder de polícia) é _________________________________________________
retirada, quando o assunto é trânsito, dos dispositivos do _________________________________________________
Código de Trânsito Brasileiro arrolados pelo recorrente _________________________________________________
(arts. 21 e 24), na medida em que estes artigos tratam da _________________________________________________
competência dos órgãos de trânsito. O enfrentamento da _________________________________________________
tese pela instância ordinária também tem por consequência _________________________________________________
o cumprimento do requisito do prequestionamento. 2. No _________________________________________________
que tange ao mérito, convém assinalar que, em sentido _________________________________________________
amplo, poder de polícia pode ser conceituado como o dever _________________________________________________
estatal de limitar-se o exercício da propriedade e da _________________________________________________
liberdade em favor do interesse público. A controvérsia em _________________________________________________
debate é a possibilidade de exercício do poder de polícia por _________________________________________________
particulares (no caso, aplicação de multas de trânsito por _________________________________________________
sociedade de economia mista). 3. As atividades que _________________________________________________
envolvem a consecução do poder de polícia podem ser _________________________________________________
sumariamente divididas em quatro grupo, a saber: (i) _________________________________________________
legislação, (ii) consentimento, (iii) fiscalização e (iv) sanção. _________________________________________________
4. No âmbito da limitação do exercício da propriedade e da _________________________________________________
liberdade no trânsito, esses grupos ficam bem definidos: o _________________________________________________
CTB estabelece normas genéricas e abstratas para a _________________________________________________
obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (legislação); a _________________________________________________
emissão da carteira corporifica a vontade o Poder Público _________________________________________________
(consentimento); a Administração instala equipamentos _________________________________________________
eletrônicos para verificar se há respeito à velocidade _________________________________________________
estabelecida em lei (fiscalização); e também a _________________________________________________
Administração sanciona aquele que não guarda observância _________________________________________________
ao CTB (sanção). 5. Somente o atos relativos ao _________________________________________________
consentimento e à fiscalização são delegáveis, pois aqueles _________________________________________________
referentes à legislação e à sanção derivam do poder de _________________________________________________
coerção do Poder Público. 6. No que tange aos atos de _________________________________________________
sanção, o bom desenvolvimento por particulares estaria, _________________________________________________
inclusive, comprometido pela busca do lucro - aplicação de _________________________________________________
multas para aumentar a arrecadação. 7. Recurso especial _________________________________________________
provido. _________________________________________________
_________________________________________________
5) DECRETO AUTÔNOMO. CHEFE DO EXECUTIVO ESTADUAL _________________________________________________
_________________________________________________
Ação direta de inconstitucionalidade. Lei 6.835/2001 do
_________________________________________________
Estado do Espírito Santo. Inclusão dos nomes de pessoas
_________________________________________________
físicas e jurídicas inadimplentes no Serasa, Cadin e SPC.
_________________________________________________
Atribuições da Secretaria de Estado da Fazenda. Iniciativa da
_________________________________________________
Mesa da Assembleia Legislativa. Inconstitucionalidade
_________________________________________________
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Se o Administrador invoca determinados motivos, a validade do ato fica subordinada à efetiva existência desses motivos
invocados para a sua prática.
motivação obrigatória - ato vinculado pode estar previsto em lei (a autoridade só pode praticar o ato caso ocorra a
situação prevista),
motivação facultativa - ato discricionário não está previsto em lei (a autoridade tem a liberdade de escolher o motivo
em vista do qual editará o ato);
Requisitos Tipo do Ato Características
é O PODER, resultante da lei, que dá ao agente administrativo a
COMPETÊNCIA Vinculado capacidade de praticar o ato administrativo. Admite DELEGAÇÃO e
AVOCAÇÃO.
é o bem jurídico OBJETIVADO pelo ato administrativo; é ao que o
FINALIDADE Vinculado
ato se compromete;
é a maneira regrada (escrita em lei) de como o ato deve ser
FORMA Vinculado
praticado; É o revestimento externo do ato.
Vinculado ou é a situação de fato e de direito que autoriza ou exige a prática do
MOTIVO
Discricionário ato administrativo;
Vinculado ou é o conteúdo do ato; é a própria alteração na ordem jurídica; é
OBJETO
Discricionário aquilo de que o ato dispõe, trata.
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NOTA DE AULA
ATOS ADMINISTRATIVOS
ATO
ADMINISTRA-
Ato jurídico gênero TIVO
ATOS DA
ADMINISTRAÇÃO
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ATOS DA
ADMINISTRAÇÃO
Tipicidade
Imperatividade Imperatividade
ANÁLISE DE O ato administrativo é válido quando Analisa a conformidade do ato administrativo com OS
VALIDADE produzido de acordo com as normas REQUISITOS FIXADOS NO ORDENAMENTO para a sua
jurídicas que o regem (adequado à correta produção. A doutrina fala em REQUISITOS,
ordem jurídica). PRESSUPOSTOS OU ELEMENTOS para se referir às
condições de validade do ato.
ANÁLISE DE O ato administrativo é perfeito Importa verificar se o ato cumpriu integralmente o ciclo
EXISTÊNCIA (concluído) quando cumpre os requisitos jurídico de formação, revestindo-se dos elementos e
(DE PERFEIÇÃO) de existência jurídica. pressupostos necessários para que possa ser considerado
um ato administrativo.
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ANÁLISE DE O ato administrativo é eficaz quando Analisa a aptidão do ato para produzir efeitos jurídicos
EFICÁCIA está apto a produzir efeitos. (criar, modificar, preservar e extinguir direitos e
obrigações).
COMPETÊNCIA
FINALIDADE
ATO
ADMINISTRATIVO FORMA
MOTIVO
OBJETO
ATO ADMINISTRATIVO
ATO VINCULADO ATO DISCRICIONÁRIO
-Também chamado de ato regrado C -Os três primeiros elementos são vinculados
-Todos os elementos são vinculados F -Vício de legalidade gera anulação (via de regra).
-Vício de legalidade gera anulação (via de regra). F -Anulação Administração ou Judiciário
-Anulação Administração ou Judiciário -A anulação opera um efeito retroativo (ex tunc)- invalida tudo,
- A anulação opera um efeito retroativo (ex tunc) desde o início, não atingindo o terceiro de boa-fé.
- invalida tudo, desde o início, não atingindo o M - Elementos discricionários.
terceiro de boa-fé. O - Formam o chamado “MERITO ADMINISTRATIVO”.
Ex: licença –maternidade. - Pode ocorrer revogação (por motivo de oportunidade e
conveniência).
- Revogação: somente a Administração ( ou os outros Poderes na
função atípica de administrar).
- A revogação opera um efeito proativo (ex nunc), respeitados os
direitos adquiridos.
Ex: aplicação da penalidade de suspensão em um servidor público.
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DESVIO DE PODER
FINALIDADE
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NORMATIVOS
PUNITIVOS ORDINATÓRIOS
ESPÉCIES DE
ATOS
ENUNCIATIVOS NEGOCIAIS
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ATOS NORMATIVOS
Decreto
(Ato exclusivo do Chefe do Executivo)
Regulamentos
Instruções Normativas
Regimentos
Resoluções
Deliberações
ATOS ORDINATÓRIOS
Instruções
Provimentos
Circulares
Avisos
Portarias
Ordens de Serviço
Ofícios
Despachos
ATOS NEGOCIAIS
Licença
Autorização
Permissão
Aprovação
Admissão
Visto
Homologação
Dispensa
Renúncia
Protocolo Administrativo
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ATOS ENUNCIATIVOS
Certidões
Atestados
Pareceres
Apostilas
ATOS PUNITIVOS
Externos
Internos
Decreto Regulamentar: visa explicar a lei e facilitar sua execução, aclarando seus
(Ato exclusivo do mandamentos e orientando sua aplicação.
Chefe do Executivo) Autônomo: dispõe sobre a matéria ainda não regulada especificamente em lei.
Regulamentos são atos administrativos, posto em vigência por decreto, para especificar os
mandamentos da lei ou prover situações ainda não disciplinada por lei. Estabelecem
relações jurídicas entre a Administração e os administrados.
NORMATIVOS
são atos administrativos expedidos pelos Ministros de Estado para a execução das
Instruções
Leis, decretos e regulamentos (CF, art. 87, § único, II), mas também utilizadas por
Normativas
outros órgãos superiores para o mesmo fim.
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são atos emanados dos Ministros de Estado a respeito de assuntos afetos aos
Avisos
ministérios.
são comunicações escritas que as autoridades fazem entre si, entre subalternos e
Ofícios
superiores e entre a Administração e particulares, em caráter oficial.
são decisões que as autoridades proferem em papéis, requerimentos e processos
Despachos
sujeitos à sua apreciação.
ato administrativo vinculado e definitivo pelo o qual o Poder Público verificando que
Licença o interessado atendeu a todas as exigências legais, faculta-lhe o desempenho de
atividades ou a realização de fatos materiais antes vedado ao particular.
ato administrativo discricionário e precário pelo qual o Poder Público torna possível
Autorização ao pretendente a realização de certa atividade, serviço ou utilização de determinados
bens particulares ou públicos.
ato administrativo negocial, discricionário e precário, pelo qual o Poder Público
Permissão
faculta ao particular o uso especial de bens públicos ou prestação de serviços públicos*.
ato administrativo pelo qual o Poder Público verifica a legalidade e o mérito de
Aprovação outro ato ou de situações e realizações materiais de seus próprios órgãos, de outras
NEGOCIAIS
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são atos pelos quais a Administração comprova um fato ou uma situação de que
Atestados
tenha conhecimento por seus órgãos competentes.
são manifestações de órgãos técnicos sobre assuntos submetidos à sua
Pareceres
consideração.
são atos enunciativos ou declaratórios de uma situação anterior criada por lei.
Apostilas
Equivale a uma averbação.
são atos que velam pela correta observância das normas administrativas. Ex: multas,
Externos
PUNITIVOS
normativas. concessão de
férias coletivas,
regulamento.
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LEGISLAÇÃO CORRESPONDENTE
LEI Nº 4.717/65
Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no artigo anterior, nos casos de:
a) incompetência;
b) vício de forma;
c) ilegalidade do objeto;
d) inexistência dos motivos;
e) desvio de finalidade.
Parágrafo único. Para a conceituação dos casos de nulidade observar-se-ão as seguintes normas:
a) a incompetência fica caracterizada quando o ato não se incluir nas atribuições legais do agente que o praticou;
b) o vício de forma consiste na omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à
existência ou seriedade do ato;
c) a ilegalidade do objeto ocorre quando o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou outro ato
normativo;
d) a inexistência dos motivos se verifica quando a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é
materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido;
e) o desvio de finalidade se verifica quando o agente pratica o ato visando a fim diverso daquele previsto, explícita ou
implicitamente, na regra de competência.
LEI 9.784/99
Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os
casos de delegação e avocação legalmente admitidos.
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência
a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em
razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial.
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de competência dos órgãos colegiados aos
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respectivos presidentes.
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação:
I - a edição de atos de caráter normativo;
II - a decisão de recursos administrativos;
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade.
Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a avocação temporária
de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior.
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos fundamentos jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública;
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório;
V - decidam recursos administrativos;
VI - decorram de reexame de ofício;
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres, laudos, propostas e relatórios
oficiais;
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.
o
§ 1 A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em declaração de concordância com
fundamentos de anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.
o
§ 2 Na solução de vários assuntos da mesma natureza, pode ser utilizado meio mecânico que reproduza os fundamentos
das decisões, desde que não prejudique direito ou garantia dos interessados.
o
§ 3 A motivação das decisões de órgãos colegiados e comissões ou de decisões orais constará da respectiva ata ou de
termo escrito.
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de legalidade, e pode revogá-los por
motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos.
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os
destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
o
§ 1 No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á da percepção do primeiro pagamento.
o
§ 2 Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade administrativa que importe impugnação à
validade do ato.
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que
apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração.
JURISPRUDÊNCIA
SÚMULAS DO STF:
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1. O poder-dever da Administração de invalidar seus próprios atos encontra limite temporal no princípio da
segurança jurídica, de índole constitucional, pela evidente razão de que os administrados não podem ficar
indefinidamente sujeitos à instabilidade originada da autotutela do Poder Público.
2. O art. 55 da Lei 9.784/99 funda-se na importância da segurança jurídica no domínio do Direito Público, estipulando o
prazo decadencial de 5 anos para a revisão dos atos administrativos viciosos e permitindo, a contrario sensu, a manutenção
da eficácia dos mesmos, após o transcurso do interregno quinquenal, mediante a convalidação ex ope temporis, que
tem aplicação excepcional a situações típicas e extremas, assim consideradas aquelas em que avulta grave lesão a
direito subjetivo, sendo o seu titular isento de responsabilidade pelo ato eivado de vício.
3. A infringência à legalidade por um ato administrativo, sob o ponto de vista abstrato, sempre será prejudicial ao
interesse público; por outro lado, quando analisada em face das circunstâncias do caso concreto, nem sempre sua
anulação será a melhor solução. Em face da dinâmica das relações jurídicas sociais, haverá casos em que o próprio
interesse da coletividade será melhor atendido com a subsistência do ato nascido de forma irregular.
4. O poder da Administração, dest'arte, não é absoluto, de forma que a recomposição da ordem jurídica violada está
condicionada primordialmente ao interesse público. O decurso do tempo, em Certos casos, é capaz de tornar a
anulação de um ato ilegal claramente prejudicial ao interesse público, finalidade precípua da atividade exercida pela
Administração.
5. Cumprir a lei nem que o mundo pereça é uma atitude que não tem mais o abono da Ciência Jurídica, neste tempo em que
o espírito da justiça se apóia nos direitos fundamentais da pessoa humana, apontando que a razoabilidade é a medida
sempre preferível para se mensurar o acerto ou desacerto de uma solução jurídica.
6. Os atos que efetivaram os ora recorrentes no serviço público da Assembléia Legislativa da Paraíba, sem a prévia aprovação
em concurso público e após a vigência da norma prevista no art. 37, II da Constituição Federal, é induvidosamente
ilegal, no entanto, o transcurso de quase vinte anos tornou a situação irreversível, convalidando os seus efeitos, em
apreço ao postulado da segurança jurídica, máxime se considerando, como neste caso, que alguns dos nomeados até
já se aposentaram (4), tendo sido os atos respectivos aprovados pela Corte de Contas Paraibana.
7. A singularidade deste caso o extrema de quaisquer outros e impõe a prevalência do princípio da segurança jurídica na
ponderação dos valores em questão (legalidade vs segurança), não se podendo fechar os olhos à realidade e aplicar a
norma jurídica como se incidisse em ambiente de absoluta abstratividade.
8. Recurso Ordinário provido, para assegurar o direito dos impetrantes de permanecerem nos seus respectivos cargos
nos quadros da Assembléia Legislativa do Estado da Paraíba e de preservarem as suas aposentadorias.
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concentração e desconcentração e da organização a) se evidencia nos limites do que pode, ou não, ser
administrativa da União, julgue o item subsequente. considerado aceitável, e sua inobservância resulta
Se determinada atribuição administrativa for em vício do ato administrativo.
outorgada a órgão público por meio de uma b) incide apenas sobre a função administrativa do
composição hierárquica da mesma pessoa jurídica, Estado.
em uma relação de coordenação e subordinação c) é autônomo em relação aos princípios da legalidade
entre os entes, esse fato corresponderá a uma e da finalidade.
centralização. d) comporta significado unívoco, a despeito de sua
( ) Certo ( ) Errado amplitude, sendo sua observação pelo administrador
algo simples.
e) pode servir de fundamento para a atuação do Poder
MODULO II- REGIME JURÍDICO E PRINCÍPIOS Judiciário quanto ao mérito administrativo.
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O administrador, quando gere a coisa pública c) O princípio da isonomia não se reveste de auto-
conforme o que na lei estiver determinado, ciente de aplicabilidade, sendo suscetível de regulamentação ou
que desempenha o papel de mero gestor de coisa de complementação normativa.
que não é sua, observa o princípio da d) O princípio da isonomia deve ser considerado, em sua
indisponibilidade do interesse público. função de impedir discriminações e de extinguir
( ) Certo ( ) Errado privilégios, sob duplo aspecto: o da igualdade na lei e o
da igualdade perante a lei. A igualdade perante a lei
10. (CESPE/2017/SEDF/Analista de Gestão Educacional - opera em uma fase de generalidade puramente
Direito e Legislação) Mauro editou portaria abstrata e a igualdade na lei, pressupõe a lei já
disciplinando regras de remoção no serviço público elaborada e traduz imposição destinada aos demais
que beneficiaram, diretamente, amigos seus. A poderes estatais, para que, na aplicação da norma
competência para a edição do referido ato normativo legal, não a subordinem a critérios que ensejem
seria de Pedro, superior hierárquico de Mauro. Os tratamento seletivo ou discriminatório.
servidores que se sentiram prejudicados com o e) Quando uma lei realiza discriminação indevida,
resultado do concurso de remoção apresentaram concedendo, por exemplo, vantagens, devidas pelos
recurso quinze dias após a data da publicação do imperativos das circunstâncias concretas, a apenas
resultado. uma categoria, que se encontra, no entanto, em uma
Nessa situação hipotética, ao editar a referida mesma posição jurídica de outra categoria, que por via
portaria, Mauro violou os princípios da legalidade e de conseqüência mereceria igualmente a extensão da
da impessoalidade. vantagem, há ofensa ao princípio da isonomia, que
( ) Certo ( ) Errado deve ser resolvido pela declaração de
inconstitucionalidade positiva da lei.
11. (CESPE- TJ-SE- TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E
REGISTROS) Considerando os conceitos do direito 13. (CESPE- Delegado de Polícia Civil- PA) A respeito dos
administrativo e os princípios do regime jurídico- princípios que informam a administração pública,
administrativo, assinale a opção correta. assinale a opção incorreta.
a) O princípio da proteção à confiança legitima a a) A publicação de errata no Diário Oficial, dias antes da
possibilidade de manutenção de atos administrativos realização da prova de capacitação física em um
inválidos. concurso público, alterando o edital do certame, é
b) Consoante o critério da administração pública, o suficiente para dar publicidade ao ato administrativo,
direito administrativo é o ramo do direito que tem por sendo desnecessária a sua Veiculação em jornais de
objeto as atividades desenvolvidas para a consecução grande circulação.
dos fins estatais, excluídas a legislação e a jurisdição. b) O princípio da isonomia pode ser invocado para a
c) Adotando-se o critério do serviço público, define-se obtenção de benefício, ainda que a sua concessão a
direito administrativo como o conjunto de princípios outros servidores tenha acontecido com violação ao
jurídicos que disciplinam a organização e a atividade princípio da legalidade.
do Poder Executivo e de órgãos descentralizados, além c) A comunicação, por meio de denúncia anônima, de
das atividades tipicamente administrativas exercidas fatos ilícitos graves que tenham sido praticados no
pelos outros poderes. âmbito da administração pública, autoriza, em cada
d) São fontes primárias do direito administrativo os caso concreto, a ponderação entre a vedação
regulamentos, a doutrina e os costumes. constitucional do anonimato e a obrigação jurídica do
e) Dado o princípio da supremacia do interesse público Estado de investigar condutas funcionais desviantes,
sobre o privado, é possível à administração pública, imposta pelo dever de observância à legalidade, à
mediante portaria, impor vedações ou criar obrigações impessoalidade e à moralidade administrativa.
aos administrados. d) A limitação de idade para a inscrição em concurso
público só se legitima, quando a delimitação possa ser
12. (CESPE- Juiz do Trabalho Substituto – TRT 5ª Região) - justificada pela natureza das atribuições do cargo a ser
Assinale a opção correta a respeito do princípio da preenchido.
isonomia.
a) Tratamento diferenciado instituído pelo legislador 14. (CESPE- Promotor de Justiça Substituto/MPE-AM)
deve ter por base motivo que justifique lógica e Acerca da principiologia do direito administrativo,
racionalmente a existência de um vínculo entre o fator assinale a opção correta.
de discrímen e a desequiparação procedida. a) Explícita ou implicitamente, os princípios do direito
b) O princípio da igualdade, dentro da tradicional administrativo que informam a atividade da
classificação das gerações de direitos, é considerado administração pública devem ser extraídos da CF.
um direito de primeira geração. b) Os princípios que regem a atividade da administração
pública e que estão expressamente previstos na CF são
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Certo ( ) Errado ( )
14. (CESPE/2017/SEDF/Analista de Gestão Educacional - 20. (CESPE/TRT8- TÉCNICO JUDICIÁRIO) Com referência
Direito e Legislação) Mauro editou portaria ao processo administrativo e a temas a ele
disciplinando regras de remoção no serviço público relacionados, assinale a opção correta.
que beneficiaram, diretamente, amigos seus. A a) Um agente administrativo que tenha competência
competência para a edição do referido ato normativo para decidir determinado recurso administrativo pode
seria de Pedro, superior hierárquico de Mauro. Os delegar tal competência a subordinado seu.
servidores que se sentiram prejudicados com o b) O servidor que atue como perito em um processo
resultado do concurso de remoção apresentaram administrativo pode exercer outras funções no mesmo
recurso quinze dias após a data da publicação do processo, exceto a de julgar.
resultado. Nessa situação hipotética, de acordo com c) As atividades que buscam a verificação e a
a Lei n.º 9.784/1999 — que regula o processo comprovação de fatos e dados no processo
administrativo no âmbito da administração pública administrativo podem ser impulsionadas de ofício pela
federal —, o recurso apresentado pelos servidores administração, independentemente de requerimento
que se sentiram prejudicados não deverá ser do interessado.
conhecido pela autoridade competente em razão da d) Caso a matéria discutida no processo administrativo se
sua intempestividade. apresente bastante controversa e inquietante, a
Certo ( ) Errado ( )
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Z entendeu ser-lhe prejudicial. Nessa situação, caso a) Atos administrativos, por serem discricionários,
queira obstar os efeitos do referido ato mediante somente podem ser anulados pela própria
mandado de segurança, o administrado Z deverá administração pública.
dirigir sua peça contra a autoridade delegada, e não b) A administração, em razão de conveniência, poderá
contra a autoridade delegante. revogar ato administrativo próprio não eivado de
Certo ( ) Errado ( ) qualquer ilegalidade, o que produzirá efeitos ex nunc.
c) O ato administrativo viciado pela falta de
11. (CESPE/2017/SEDF/Analista de Gestão Educacional - manifestação de vontade do administrado deverá ser
Direito e Legislação) Mauro editou portaria anulado, não podendo essa ilegalidade ser sanada por
disciplinando regras de remoção no serviço público posterior manifestação de vontade do interessado.
que beneficiaram, diretamente, amigos seus. A d) São anuláveis e passíveis de convalidação os atos que
competência para a edição do referido ato normativo violem regras fundamentais atinentes à manifestação
seria de Pedro, superior hierárquico de Mauro. Os de vontade, ao motivo, à finalidade ou à forma,
servidores que se sentiram prejudicados com o havidas como de obediência indispensável pela sua
resultado do concurso de remoção apresentaram natureza, pelo interesse público que as inspira ou por
recurso quinze dias após a data da publicação do menção expressa da lei.
resultado. Nessa situação hipotética, a portaria e) A anulação de ato administrativo ocorre por questões
editada por Mauro contém vício nos elementos de conveniência e produz efeitos retroativos à data em
competência e objeto. que o ato foi emitido.
Certo ( ) Errado ( )
16. (CESPE - STM - Juiz) Determinada prefeitura emitiu
12. (CESPE/2017/SEDF/Analista de Gestão Educacional - alvará de funcionamento de casa noturna solicitado
Administração) À luz da legislação que rege os atos pelo empresário dono do estabelecimento, e, após o
administrativos, a requisição dos servidores distritais início das atividades, o MP verificou que o
e a ética no serviço público, julgue o seguinte item. A funcionamento desse tipo de estabelecimento não era
competência — ou sujeito —, a finalidade, a forma, o permitido no bairro onde a casa noturna havia sido
motivo e o objeto — ou conteúdo — são elementos instalada, local considerado essencialmente
que integram os atos administrativos. residencial pelas normas urbanísticas do município.
Certo ( ) Errado ( ) Com base nessa situação hipotética, assinale a opção
correta.
13. (CESPE/2016/ANVISA/Técnico Administrativo) a) Dado que o alvará é ato discricionário da
Acerca do regime jurídico-administrativo e do administração, o Poder Judiciário não poderá se
controle da administração pública, julgue o próximo manifestar sobre sua legalidade.
item. A administração pública pode revogar seus atos b) Considera-se direito adquirido, durante o período de
por motivos de conveniência ou oportunidade, vigência do alvará, o direito ao funcionamento da casa
competindo, no entanto, exclusivamente ao Poder noturna, uma vez que ao empresário não pode ser
Judiciário a anulação de atos administrativos eivados imputado o equívoco da administração.
de vícios de legalidade. c) Em caso de invalidação do alvará, o empresário terá
Certo ( ) Errado ( ) direito líquido e certo de ser indenizado em relação ao
investimento realizado na casa noturna.
14. (CESPE/2016/TCE-PA/Auditor De Controle Externo d) O MP é parte legítima para interpor ação, perante o
Educacional, Jornalismo, Publicidade, Administração Poder Judiciário, solicitando a anulação do ato
e Economia) Acerca de função administrativa e atos administrativo em questão.
administrativos, julgue o item a seguir. e) Como o ato administrativo emanado da prefeitura
Situação hipotética: Um diretor de tribunal de contas gerou direito a terceiros, sua invalidação dependerá
editou ato administrativo com desvio de finalidade. de decisão judicial.
Após correição, o vício foi detectado e comunicado
ao presidente do tribunal. Assertiva: Nessa situação, 17. (CESPE - TCE-ES - Analista Administrativo - Direito) A
o presidente poderá avocar para si a competência respeito dos atos administrativos, assinale a opção
administrativa pertinente e convalidar o ato correta.
administrativo. a) Se a administração pública conceder a determinado
Certo ( ) Errado ( ) particular licença para construir, estará praticando ato
administrativo negocial.
15 (CESPE- PC-GO- 2017- ESCRIVÃO) A respeito da b) Configura ato ordinatório a destruição, pela
invalidação, anulação e revogação de atos administração pública, de bens particulares impróprios
administrativos, assinale a opção correta. para consumo.
c) Para promover a demolição de obra que apresente
risco iminente de desabamento, constatado em
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fiscalização, a administração pública deverá obter b) A competência administrativa pode ser objeto de
autorização judicial, visto que, nesse caso, o ato não é delegação, circunstância que autoriza ao servidor
revestido do atributo da autoexecutoriedade. público originariamente competente a transferir a
d) Quando a lei estabelece determinada forma para a subordinado hierárquico atribuição que lhe fora
prática do ato administrativo e o agente público conferida, retirando-se a competência da autoridade
exterioriza a vontade administrativa mediante a delegante, que não poderá exercer a atribuição
adoção de outra, restará configurado vício de forma cumulativamente com a autoridade delegada.
que impõe, em caráter absoluto, a anulação do ato. c) O ato administrativo de demissão do servidor público
e) Quando a administração pública reconhece que é discricionário.
determinado ato não é mais conveniente e oportuno e d) Caso, em ação judicial, tenha sido reconhecida a
promove a sua revogação, estará praticando, quanto nulidade de ato de exoneração de servidor público, a
aos efeitos, um ato administrativo declaratório. nulidade operará efeitos ex nunc, razão pela qual o
servidor não terá direito ao tempo de serviço e aos
18. ( CESPE - BACEN - Procurador) No que se refere aos vencimentos que lhe seriam pagos no período em que
atos administrativos e ao silêncio da administração ficou afastado.
pública, assinale a opção correta. e) Considere que um agente público ocupante
a) Os atos de revogação e de anulação devem ser unicamente de cargo em comissão tenha sido
motivados com a indicação dos fatos e fundamentos exonerado ao completar setenta anos de idade e que a
jurídicos, de forma explícita, exigência que não se administração pública tenha motivado a prática do ato
estende aos atos de convalidação. no exclusivo fato de ter ele completado a idade
b) Considere que a administração pública tenha máxima para a aposentadoria compulsória. Nessa
constatado, após o devido processo administrativo, situação, configura-se hipótese que autoriza ao Poder
que a conduta praticada por servidor público se Judiciário a anular o ato, se provocado, com
amoldava à hipótese de cassação de aposentadoria. fundamento na teoria dos motivos determinantes,
Nessa situação, a penalidade a ser imposta não tem pois o critério de idade para a aposentadoria
natureza vinculada, já que, à luz da legislação de compulsória não se aplica aos cargos em comissão.
regência e da jurisprudência, a administração pública
disporá de discricionariedade para aplicar a pena 20. (CESPE- TRT8- TECNICO JUDICIÁRIO- ÁREA
menos gravosa. ADMINISTRATIVA) No que diz respeito ao conceito e
c) De acordo com o posicionamento do STJ, o prazo à classificação dos atos administrativos, assinale a
decadencial de cinco anos previsto, na legislação de opção correta.
regência, para que a administração pública promova o a) Ato administrativo imperfeito é aquele que já
exercício da autotutela é aplicável apenas aos atos completou o seu ciclo de formação, mas está sujeito a
anuláveis, não aos atos nulos. condição ou termo para que comece a produzir
d) Quando a lei estabelece que o decurso do prazo sem a efeitos.
manifestação da administração pública implica b) O ato administrativo declaratório consiste naquele em
aprovação de determinada pretensão, o silêncio que a administração apenas reconhece um direito que
administrativo configura aceitação tácita, hipótese em já existia antes do ato, como é o caso da revogação.
que é desnecessária a apresentação de motivação pela c) Os atos de direito privado da administração são
administração pública para a referida aprovação. considerados atos administrativos.
e) Em algumas hipóteses, quando não contemplado o d) Quanto às prerrogativas com que atua a
atributo da autoexecutoriedade, a administração administração, os atos administrativos podem ser
pública é impedida de realizar a execução material de classificados como simples, complexos e compostos.
ato administrativo sem prévia autorização judicial, a e) Pelo critério formal, ato administrativo é o que ditam
exemplo do que ocorre com o fechamento de os órgãos administrativos, ficando excluídos dessa
restaurante pela vigilância sanitária. conceituação os atos provenientes dos órgãos
legislativo e judicial, ainda que tenham a mesma
19. (CESPE- TRT8- ANALISTA JUDICIÁRIO- ÁREA natureza daqueles.
JUDICIÁRIA- EXECUÇÃO DE MANDADOS) No que diz
respeito aos atos administrativos, assinale a opção
correta com base na legislação de regência e na
jurisprudência dos tribunais superiores.
a) O Poder Judiciário não pode examinar o mérito de ato
administrativo discricionário praticado pela
administração pública, não podendo analisar os
motivos e a finalidade de tais atos quando submetidos
a seu controle.
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GABARITOS _________________________________________________
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MODULO I – ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA
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01 02 03 04 05 06 07 08 09 10
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B A E E C E E C E C
_________________________________________________
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 _________________________________________________
C E C C A A C A E E _________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
MODULO II – REGIME JURÍDICO E PRINCÍPIOS _________________________________________________
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 _________________________________________________
A C C A D C C C C C _________________________________________________
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 _________________________________________________
E A B A C C B A C C _______________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
MÓDULO III – PODERES E PROCESSO (LEI 9784/99) _________________________________________________
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 _________________________________________________
C C E A C E D E C C _________________________________________________
_________________________________________________
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
_________________________________________________
A C E C C E E C C C _________________________________________________
_________________________________________________
_________________________________________________
MÓDULO IV – ATOS ADMINISTRATIVOS _________________________________________________
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 _________________________________________________
E C E C C E E C C C _________________________________________________
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 _________________________________________________
_________________________________________________
C C E E B D A D E E
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