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Dica de Português da semana (29/03 a 02/04)

Olá, queridões! Como fiquei inativo por, praticamente, duas semanas, a dica 4 vai
reforçada!

Dica 4 – algumas curiosidades de concordância verbal

Vamos concordar
“ALUGA-SE” ou “ALUGAM-SE” apartamentos?”

O certo é “ALUGAM-SE apartamentos”.

A presença da partícula apassivadora “SE” faz a frase ser passiva, ou seja, o


sujeito é quem sofre a ação do verbo (= apartamentos), e não quem
pratica a ação de alugar. É o mesmo que eu dissesse que “apartamentos
são alugados”.

Em “VENDE-SE este carro”, o verbo fica no singular porque o sujeito (=o carro)
está no singular; em “VENDEM-SE carros usados”, o verbo vai para o
plural porque o sujeito (=carros usados) está no plural. Correspondem a:
“Este carro é vendido” e “Carros usados são vendidos”.

2. “PRECISA-SE ou PRECISAM-SE de operários?”

O certo é “PRECISA-SE de operários”.

Neste caso, a partícula “SE” tem a função de tornar o sujeito indeterminado.


Quando isso ocorre, o verbo permanece obrigatoriamente no singular:
“Necessita-se de profissionais competentes”; “Acredita-se em discos
voadores”; “Aspira-se a grandes vitórias”.
É interessante notar a presença da preposição: “precisa-se de”, “necessita-se de”,
“acredita-se em”, “aspira-se a” – isso é uma indicação de que a partícula
“se” é indeterminadora do sujeito.

Dica 3: crase sem crise

1. Ele se referiu a ou à carta?


2. Ele escreveu a ou à carta?

Resposta:

O certo é: Ele se referiu à carta e escreveu a carta.

Para comprovarmos a crase, o melhor “macete” é substituir o substantivo


feminino por um masculino. Comprovamos a crase se o A se transformar
em AO:
“Ele se referiu à carta.” (=ao documento)
“Ele entregou o documento às professoras.” (=aos professores)
“Sua camisa é igual à do meu pai.” (=seu casaco é igual ao do meu pai)
“Ele fez referência às que saíram.” (=aos que saíram)

Observe a diferença:
“A secretária escreveu a carta.” (=o documento)
“Ele não encontrou as professoras.” (=os professores)
“A testemunha acusou a da direita.” (=o da direita)
“Não reconheci as que saíram.” (=os que saíram)
“Ele se referiu a esta carta.” (=a este documento)
“Tráfego proibido a motocicletas.” (=a caminhões)
Dica de Português da semana (15 a 19/03)
Dica 2:

HOUVE ou HOUVERAM dois acidentes?

Resposta:

O verbo HAVER, quando usado no sentido de “existir”, é impessoal. Isso significa


que não tem sujeito e que só pode ser usado no singular. O certo é
“HOUVE dois acidentes”.

É interessante notar que ninguém diria “hão muitas pessoas aqui”. Todos falam
corretamente: “Há muitas pessoas aqui”. O verbo HAVER (=existir) deve
ser usado sempre no singular em qualquer tempo verbal: “Havia muitas
pessoas na reunião”; “Haverá muitos candidatos no próximo concurso”…

Certa vez, li num bom jornal: “Houveram vários crimes na Baixada”. Sem dúvida,
um dos crimes foi contra a Língua Portuguesa!!! O certo seria: “Houve
vários crimes na Baixada”.
Dica de Português da semana (08 a 12/03)
Dica 1 – “Vamos concordar”.

ACONTECEU ou ACONTECERAM dois acidentes nesta esquina?

Resposta:

Segundo nossas regras gramaticais, o verbo deve concordar o sujeito. No caso


acima, o sujeito do verbo ACONTECER é “dois acidentes”, que está no
plural. Por isso, devemos dizer que “ACONTECERAM dois acidentes”.

Quando alguém diz que “aconteceu dois acidentes”, na verdade aconteceram três
acidentes…
Por que estudar Gramática?
Meus queridos, digamos que vocês estudem um idioma ou mesmo que queiram escrever
melhor em português, estudar para a prova ou estejam procurando um emprego. Em
qualquer um dos casos, a gramática pode ser uma grande ajuda – ou pode derrubá-los de
vez. Cada idioma possui uma gramática própria – assim como cada país tem as leis que
o regem. Não conhecer a gramática seria como navegar sem bússola ou mapas: a
qualquer momento vocês podem colidir com alguma coisa que os levará ao fundo do
mar…

A gramática não é tão difícil quanto parece, acreditem! E ela tem seus encantos…
Sabem por quê? Porque a gramática é baseada numa lógica e estabelece regras que não
devemos infringir se quisermos ser bem entendidos, mas para isso precisamos primeiro
conhecer esses regulamentos que são a diferença entre expressar-se bem ou falar de
forma errada ou inculta.

Antes de mais nada, é sempre bom ter à mão um bom livro de gramática para uma
necessidade urgente de última hora. A gramática é tão indispensável quanto um bom
dicionário na hora de resolver suas dúvidas. Acostumem-se a consultar seu livro de
gramática frequentemente e, aos poucos, procurem se familiarizar com ele.

No início, claro, será um pouco complicado, mas tenham paciência: gramática, como
QUALQUER OUTRA ÁREA DO CONHECIMENTO, é uma área que, para ser
entendida, precisa ser absorvida aos poucos, com organização, disciplina e dedicação.
Sempre lhes digo em sala e vou repetir aqui: quem é organizado vai além, consegue
melhores resultados!

Saber ou não a gramática pode ser a diferença entre passar ou não no vestibular ou PAS,
no concurso, no ENEM, ser aprovado numa entrevista ou não. Falar bem seu idioma
também implica em aprender a gramática, para não cometer erros graves como dizer
“para mim fazer”, “eu vi ela”, “o pessoal foram”, “não que isto seje”, “de menas
importância”, “vou ponhar isso ali” e bobagens do gênero, que agridem os ouvidos de
qualquer um!

E nunca se esqueçam: falar e escrever errado provocam uma má impressão, e como a


primeira impressão geralmente é a que fica, depois dará muito mais trabalho mudá-la.
Melhor então começar logo a aprender, porque como eu disse, a gramática obedece a
uma lógica e, se vocês conhecem a gramática da sua língua, terão muito mais facilidade
para lidar com as mais diversas situações de comunicação e interação.

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