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Universidade Federal do Ceará

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Departamento de Física
Princípios de Física Moderna

PRÁTICA 8
EXPERIMENTO DE FRANCK - HERTZ

Carlos Henrique da Silva Gomes – Matricula 321283

Bancada: Equipe 01
Alunos na Bancada: Carlos Henrique, Daniel, Diomaic.
Data de realização da Prática: 07 /12/ 2015 Prof :Jose Alves de Lima Junior
Data de entrega do relatório: 06/01/2016

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OBJETIVOS

 Verificar que a energia de excitação do mercúrio é quantizada.


 Medir a energia de excitação dos átomos de mercúrio.

MATERIAL

 Tubo de Franck - Hertz; 09085.00;


 Forno; 09085.93;
 Caixa com circuito para conexões; 09086.01;
 Fonte múltipla 13672.93;
 Amplificador 13620.93;
 Chave liga/desliga 06034.01;
 Cabos BNC (dois); 07542.11;
 Termômetro digital;
 Registrador X - Y;
 Cabos (16).

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Introdução

A experiência de Franck-Hertz foi feita em 1914, onde J.Franck e G.Hertz realizaram um


Experimento de grande importância pois a mesma confirmou as hipóteses de Bohn sobre a
quantização da energia nos átomos. Por ser uma experiência suma importância ate hoje é usada
nos laboratórios didáticos, em curso de graduação. Na figura 01, podemos ver um diagrama
esquemático do arranjo experimental.

Fig.01 Diagrama esquemático da experiência de Franck-Hertz.

Neste esquema experimental elétrons são ejetados de um catodo aquecido e acelerados em


direção a uma grade, que inicialmente tem um potencial V0 com relação ao catodo. Onde alguns
elétrons atravessam a grade e chegam á placa P, que possui um potencial um pouco inferior Vp
= V0 - ΔV. Dentro do tubo é colocado o vapor de mercúrio e faz –se as medidas da corrente de
placa como função V0. Conforme V0 é aumentado, a partir de zero, a corrente cresce até um
valor crítico (de 4,9 eV para Hg), quando repentinamente decresce. A medida que V0 continua a
ser aumentado, a corrente volta a crescer. A explicação dada para tal evento esta que o primeiro
estado excitado do Hg (próximo ao estado de menor energia) está próximo de 4,9 eV acima do
estado mais baixo (estado fundamental).
Como elétrons com energia abaixo deste valor não podem perder energia para os átomos de Hg,
mas elétrons com energia maior do que 4,9 eV podem sofrer colisões inelásticas e perder 4,9
eV. Quando isso ocorre próximo da grade esses elétrons não podem ganha energia suficiente
para vencer a diferença de potencial ΔV e alcançar a placa; a corrente portanto decresce.
Os átomos de Hg que são excitados para o nível de 4,9 eV acima do estado fundamental dever
retornar ao estado fundamental,imitido luz de comprimento d onda

𝑐 ℎ𝑐 1,22 x 10 eV Å
λ= = = = 2530 Å
𝑓 𝑒V0 4,9 eV

Quando se examina o tubo com um espectroscópio, a linha de comprimento de onda do Hg pode


ser vista quando Vo é maior do que 4,9 V, equanto não são vistas linhas quando Vo é menor.
Para acréscimos de Vo além desse valor, são observados descréscimos rápidos adicionais na
corrente, que correspondem ou à excitações de outros níveis do Hg ou à excitação múltipla do
primeiro estado excitado, isto é , a um elétron que perde 4,9 eV mais de uma vez. A fig. 02
mostra um gráfico de corrente versus diferença de potencial para o experimento de Franck-
Hertz.

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Figura 02. Corrente versus diferença de potencial aceleradora na experiência de Franck-Hertz.

A corrente decresce, pois muitos elétrons perdem energia, devido a colisões inelásticas com os
átomos de mercúrio no interior do tubo e, portanto não podem vencer o pequeno potencial
retardador. O espaçamento regular dos picos nesta curva indica que somente uma certa
quantidade de energia , 4,9 eV , pode ser perdida pelos átomos de mercúrio. Tais interpretações
são confirmadas pela observação do fóton de energia de 4,9 eV emitido por átomos de Hg,
quando Vo é maior que esta energia. [ De J.Franck e G.Hertz, Verband Deutscher Physikalischer
Gesellschaften, 16,457 (1914).] Ref-01.

Figura 03: Arranjo para o experimento de Franck-Hertz.

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Para essa prática utilizaremos o esquema de montagem nas Figuras 03 e 04. Onde o circuito
devera gerar uma voltagem crescente entre o anodo e o catodo. Observando-se a corrente na
placa retardadora enquanto a voltagem UA, cresce de zero a um valor máximo, onde será
exibido, na placa, os valores dos vários mínimos correspondentes à excitação dos átomos de Hg.
Logo a maneira para ser obter o gráfico da corrente em função da voltagem de aceleração se faz
utilizando um registrador X-Y , onde o eixo X do registrador representa a voltagem(UA) e o eixo
Y representa a corrente (IS) na placa. Para fazer a variação crescente da voltagem entre o catodo
e o anodo um capacitor será carregado estado conectado diretamente no anodo. Logo a
voltagem V no anodo crescera até um valor máximo que será de 50 V nessa experiência.
O capacitor C começara a ser carregado no momento que a chave S for aberta,onde a voltagem
no anodo passa a crescer de acordo com:

UA(t) = V (1-e-t/RC )

Para a desaceleração dos elétrons que passaram pela grade, o potencial na placa retardadora
devera está negativo. Quando variamos a voltagem V de (0) zero a (12) doze Volts (na fonte),
será possível obter VS entre 0 e 3 V. Inicialmente utilizaremos VS =0,5V. Pois a corrente média
na placa retardadora diminuíra de acordo com aumento da tensão contrária.
OBS: As posições dos mínimos não se alteram de forma perceptível.

Figura 04: Esquema para as ligações.

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Procedimento
1. O arranjo experimental foi montado como indicado nas figuras 7.3 e 7.4. A chave S
ficou inicialmente fechada.
2. Ligamos a fonte de tensão para aquecer o filamento (6,3 V). Onde nos foi recomendado
fazer o aquecimento do filamento pelo menos um minuto antes de ser iniciado o
aquecimento do forno.
3. Introduzimos o termopar pela abertura superior do forno. Onde aponta do mesmo ficou
perto do centro do forno.
4. Foi iniciado o aquecimento do forno e ajustado inicialmente o controle do mesmo para
posição 5. Esperou-se a temperatura estabilizar e então fizemos os ajustes de modo que
a temperatura ficasse entre 190 0C e 210 0C.

Atenção: Foi pedido para termos cuidado para evitar o contanto com as partes externas do
forno: alça, terminais BNC, pois ficam bastante aquecidas.

5. Ajustamos a tensão UA para 50 V.


6. A tensão retardadora VS foi justada com valores entre 0,5 V e 3,0 V. Onde foi
observado que a tensão da fonte era aplicada em um divisor de tensão e o valor de VS
deve ser verificado com um voltímetro sobre o resistor de 3,3 KΩ. Ajustamos
inicialmente VS em 0,5 V.
7. O amplificador fornecia para cada escala uma saída entre 0 e 10 V. Com IS é da ordem
de 10-9 A (nanoampéres), utilizamos inicialmente a escala de 10 nA e quando necessário
mudamos a escala.
8. Abrimos a chave S e simultaneamente acionamos o registrador X – Y. Pois o primeiro
mínimo era melhor observado em temperaturas mais baixas, mas por outro lado, um
maior número de mínimos pode ser visto em temperaturas mais altas.
Nota: Como conseqüência da ionização do mercúrio, pode Haver uma descarga
elétrica intensa,que faz a corrente IS aumentar bruscamente; quando isto ocorre, há
uma emissão de luz azulada próxima do catodo. Neste caso devemos fechar a chave S
imediatamente. Quanto maior for a temperatura, maior será a tensão em que ocorre
este processo, assim, se a descarga ocorre em tensões reduzidas, devemos aumentara
temperatura do forno.
9. Para evitar deposição de mercúrio sobre o catodo, ao desligar o equipamento o
aquecimento do forno foi desligado primeiro para depois desligar o aquecimento do
filamento.
10. A energia de excitação deve ser obtida pela média das distâncias entre os mínimos no
gráfico. O valor dessa energia, dado na literatura,é de 4,88 eV.

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Resultados e Discussão
Analisando o gráfico podemos ver que a partir do ponto de 13V de diferença de potencial,
temos um crescimento da curva representada na linha do gráfico. Tais discrepâncias
encontradas se dar pelo fato das incertezas das medições. Logo pudemos ver no experimento,
analisando o gráfico, que os elétrons de baixa energia são acelerados ao catodo pela diferença de
potencial. Onde o potencial retardador barra a passagem de elétrons com energia cinética
insuficiente para vencer a diferença de potencial, logo a corrente tende a decrescer. Mas a
medida que o potencial cresce os elétrons começam a ganha energia cinética suficiente para
superar o potencial retardador. Foi possível ver que Franck e Hertz e seu experimento
estavam certos e que através da evidência da quantização da energia podemos estudar a
medida de transição interna de qualquer átomo com vários elétrons.

Obs: Os resultados e discussão foram obtidos do gráfico e da literatura fazendo as comparações entre o
obtido no experimento feito e o mostrado na literatura.

Questionário
1. A partir da diferença entre dois máximos consecutivos no gráfico da correte, obtenha a
energia de excitação dos átomos de mercúrio e compare com o resultado obtido usando
a diferença entre mínimos. Discuta os resultados encontrados.
Resposta:
Com os dados temos que: V5 = 1,2V

(i)VMáx = 41V e (ii) VMáx = 32

ΔVMáx = (41 – 32 ) V = 9V
𝑉5 = 1,5 𝑉 (𝐼𝐼)

𝑉𝑚á𝑥1 = 41 𝑉 ⇒ 𝛥𝑉𝑚 á𝑥 = 10𝑉


𝑉𝑚á𝑥2 = 31𝑉

𝑉𝑚í𝑛1 = 35𝑉 ⇒ 𝛥𝑉𝑚í𝑛 = 8𝑉


𝑉𝑚í𝑛2 = 27𝑉

2. Veja na literatura qual é a energia de ionização do átomo de Hg. A partir do


experimento de Franck – Hertz você poderia determiná-la? Justifique.
Resposta:

Da literatura temos que energia que favorece o processo de ionização que se este item
do questionário nos pede é adquirida da energia necessária para que se possa encadear a
excitaçãoo átomo de mercúrio através do elétron:

𝐸 = 4,9 𝑉
Assim, para que se possa ionizar o átomo domercúrio, um dado elétron deve absorver
energia de forma que a transição dos níveis subatômicosaconteça,sendo iniciada no
nível inicial onde:

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𝑛 = 1
até o infinito, em que:
𝑛 →∞
Então, deste modo, a energiasobe de -4,9 V para 0.
Logo, a energia necessária para que se possa ionizar o átomo de Hg, será:
𝐸∞ − 𝐸1 = 0 − (−4,9) 𝑉
Assim:
𝐸∞ − 𝐸1 = 4,9 𝑉

3. Considere que 4,88 eV é a energia de ionização do átomo de mercúrio passar do estado


fundamental para o primeiro estado excitado. Então, ao passar do estado excitado para o
estado fundamental, o mercúrio deveria produzir uma linha no espectro eletromagnético
(infravermelho, visível, ultravioleta, etc...)?
Resposta:
𝑐 ℎ𝑐
λ= = = 1,24 x 104 eV-Å/ 4,88 eV = 2540 Å
𝑓 𝑒𝑉𝑜

Logo a linha está presente no ultravioleta.

4. Em uma experiência do tipo de Franck-Hertz, bombardeia-se hidrogênio atômico com


elétrons e obtêm-se os potenciais de excitação em 10,21 V e 12,10V. (a) Explique a
observação de que três linhas diferentes de emissão espectral que acompanham essas
excitações. (b) Determine as frequências e o comprimento de onda das linhas espectrais
observadas. (Sugestão: Trace um diagrama de nível de energia.)
Resposta:

Partindode:
−13,6𝑒𝑉
𝐸 =
𝑛2

Iremos calcular a energia no estado fundamental (n =1) e no primeiro estado excitado (n = 2):

Primeiramente, calcularemos para o potencial =10,2V:

−13,6𝑒𝑉
𝐸1 = → 𝐸1 = −13,6𝑒𝑉
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−13,6𝑒𝑉
𝐸2 = → 𝐸2 = −3,4𝑒𝑉
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Onde:
𝐸2 − 𝐸1 = −3,4𝑒𝑉 − 13,6𝑒𝑉

𝐸2 − 𝐸1 = 10,2𝑒𝑉

𝐸2 − 𝐸1 = ℎ𝑓 → 10,2𝑒𝑉 = 4,44 × 10−15 × 𝑓

𝑓 = 2,5 × 1015 𝐻𝑧 = 2,5 × 1015 𝑠−1


Assim:

𝑐 3 × 108 𝑚 𝑠
𝜆= = = 1,2 . 10−7 𝑚
𝑓 2,5 × 1015 𝑠 −1
Então:

𝜆 = 1,2 . 10−7 𝑚
Conclusão
A experiência de Franck – Hertz é importante pois confirma as idéias de que espectros ópticos
discretos existem devido a níveis discretos de energia nos átomos que podem ser excitados por
métodos não-ópticos. Logo percebemos hoje o quanto é gratificante poder detectar a existência
de níveis discretos de energia através de medidas utilizando somente voltímetros e
amperímetros.

Referências
01- Tipler,Paul Allen, 1933- Física Moderna-ED.Guanabara Dois S.A- Rio de
Janeiro – RJ.
02- Prof.Dr. Nildo Loiola Dias, 2015- Roteiros de práticas- Física Moderna-UFC.
03- E

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