You are on page 1of 188

INGRESSO

ORÇAMENTÁRIO

INGRESSO EXTRA ORÇAMENTÁRIO


q RECURSOS PERTENCENTES AO ESTADO

q RECURSOS NÃO PERTENCENTES AO ESTADO -


TERCEIROS
q RENDA DO ESTADO

q RECEITAS TRANSITÓRIAS
q PREVISÍVEIS OU NÃO NA LOA

q NÃO PREVISÍVEIS NA LOA


q FONTE DE RECURSOS PARA
FINANCIAMENTO DA DESPESA PÚBLICA.

q NÃO CONSTITUI FONTE DE RECURSOS.


Quanto ao
poder de tributar
Federal
Estadual

Municipal
Quanto a
Coercitividade
Derivada
Originária
A doutrina classifica as receitas públicas, quanto à
procedência, em originárias e derivadas. Essa classificação
possui uso acadêmico e não é normatizada; portanto, não é
utilizada como classificador oficial da receita pelo poder
público.
Derivada
São recursos oriundos do poder que o Estado tem de exigir
uma prestação pecuniária sobre bens, rendas e lucros dos
particulares. (4.320/64 Art. 9º Tributo é a receita derivada
instituída pelas entidades de direito público,
compreendendo os impostos, as taxas e contribuições nos
termos da Constituição e das leis vigentes em matéria
financeira, destinando-se o seu produto ao custeio de
atividades gerais ou específicas exercidas por essas
entidades).
São as obtidas pelo poder público por meio da
soberania estatal. Decorrem de norma
constitucional ou legal e, por isso, são auferidas de
forma impositiva, como, por exemplo, as receitas
tributárias e as de contribuições especiais.
Exemplos: Tributos, Empréstimos e
Contribuições compulsórias, em geral,
todas as receitas cuja percepção dependa de
disposição legal.
Originária
Segundo a doutrina, são as arrecadadas por meio
da exploração de atividades econômicas pela
Administração Pública. Resultam, principalmente,
de rendas do patrimônio mobiliário e imobiliário do
Estado (receita de aluguel), de preços públicos, de
prestação de serviços comerciais e de venda de
produtos industriais ou agropecuários.
TARIFA X TAXA
Distingue taxa e tarifa afirmando que a primeira é
modalidade tributária enquanto que a segunda não é.
A taxa é uma modalidade tributária e, portanto,
submetida à força coercitiva do Estado, que a
cobra independentemente da vontade do
contribuinte. Está submetida às garantias
constitucionais.
As tarifas constituem a contraprestação
contratualmente assumida de um serviço ou de uma
coisa.
Portanto, seus traços são nitidamente diferenciados.
Em primeiro lugar, a tarifa é voluntária. A sua fixação,
em regra, depende da avença entre as partes e, em
última análise, encontra seus parâmetros nas
próprias leis de mercado.
Quanto a
Regularidade
Quanto a periodicidade as receitas públicas são
classificadas em ordinária e extraordinária.

Ordinárias

Extraordinárias
Receita ordinária
É a arrecadada regularmente em cada período
financeiro. São as receitas periódicas previstas no
orçamento público.
Receita extraordinária
São aquelas SEM A CARACTERÍSTICA DE
CONTINUIDADE, ou seja, as que representam
ingressos de caráter acidental de natureza
transitória ou, pelo menos, inconstante e, não raro,
excepcional.
Quanto ao
Sentido
Amplo

Restrito
Amplo

É toda a entrada ou ingressos de recursos que, a


qualquer título, adentra os cofres públicos,
INDEPENDENTEMENTE de haver contrapartida no
passivo. Como exemplo, fianças, cauções,
antecipações de receitas orçamentárias (ARO),
operações de crédito, receitas tributárias,
patrimoniais, empréstimos compulsórios, etc.
Restrito

É toda entrada ou ingresso de recursos que se


incorporam ao patrimônio público SEM
COMPROMISSO de devolução posterior. Por
exemplo: receita tributária, patrimonial, de
serviços, alienação de bens, etc.
Classificação por
Natureza de Receita
A classificação orçamentária por natureza de receita
é estabelecida pelo § 4º do art. 11 da Lei no 4.320,
de 1964. No âmbito da União, sua codificação é
normatizada por meio de Portaria da SOF, órgão do
Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. A
normatização da codificação válida para Estados e
Municípios é feita por meio de Portaria
Interministerial (SOF e STN).
FINALIDADE
A classificação da receita por natureza visa a
identificar a origem do recurso segundo o fato
gerador.
NÍVEIS/DÍGITOS
Face à necessidade de constante atualização e
melhor identificação dos ingressos aos cofres
públicos, o código identificador da natureza de receita
é desmembrado em níveis. Assim, na elaboração do
orçamento público a codificação econômica da
receita orçamentária é composta dos seguintes
níveis:
1º Nível – Categoria Econômica
2º Nível – Origem
3º Nível – Espécie
4º Nível – Rubrica
5º Nível – Alínea
6º Nível – Subalínea
1º NÍVEL
2º NÍVEL
3º NÍVEL
4º NÍVEL
5º NÍVEL
6º NÍVEL
CÓDIGO DA RECEITA
(Manual da Receita)
C
C
O
C
O
E

Permite qualificar com maior


detalhe o fato gerador dos
ingressos
C
O
E
R
C
O
E
R
A
C
O
E
R
A

S
C
O
E
R
A

S
CLASSIFICAÇÃO ORÇAMENTÁRIA
CÓD. DA RECEITA
(PORT. 163/01)
C
C
F
C
F
SF
C
F
SF
R
C
F
SF
R
A
C
F
SF
R
A

S
MANUAL
X
PORTARIA
MANUAL
C
O
PORT. C
E
F
R
SF
A
R
S
A

S
MANUAL
C
O
PORT. C
E
F
R
SF
A
R
S
A

S
CATEGORIAS ECONÔMICAS
4.320/64
A Lei nº 4.320/64, em seu artigo 11, classifica a
receita orçamentária em duas categorias
econômicas: Receitas Correntes e Receitas de
Capital.
Lei 4.320/64
Art. 11 A receita classificar-se-á nas seguintes
categorias econômicas:
RECEITAS CORRENTES E
RECEITAS DE CAPITAL:
RECEITA
CORRENTE
RECEITA DESPESA
CORRENTE CORRENTE

São arrecadadas dentro do exercício, aumentam as


disponibilidades financeiras do Estado, em geral
com efeito positivo sobre o Patrimônio Líquido, e
constituem instrumento para financiar os objetivos
definidos nos programas e ações correspondentes
às políticas públicas.
Art. 11, § 1º São receitas correntes as receitas
tributárias, de contribuições, patrimonial,
agropecuária, industrial, de serviços e outras e,
ainda, as provenientes de recursos financeiros
recebidos de outras pessoas de direito público ou
privado, quando destinadas a atender despesas
classificáveis em despesas correntes.
CORRENTE

Tributária Contribuições
CORRENTE

Patrimonial Agropecuária
CORRENTE

Industrial Serviços
CORRENTE

Transferências Correntes ORC


TRIBUTÁRIAS
São os ingressos provenientes da arrecadação de
impostos, taxas e contribuições de melhoria. Dessa
forma, é uma receita privativa das entidades
investidas do poder de tributar: União, Estados,
Distrito Federal e os Municípios.
IMPOSTOS

TRIBUTÁRIA TAXAS

CM
CONTRIBUIÇÕES
Reúnem-se nessa origem as contribuições sociais,
de intervenção no domínio econômico e de interesse
das categorias profissionais ou econômicas,
conforme preceitua o art. 149 da CF.
SOCIAIS

CONTRIBUIÇÕES

ECONÔMICAS
ATENÇÃO
SÃO RECEITAS TRIBUTÁRIAS
4.320/64
IMPOSTOS

TRIBUTÁRIA TAXAS

CM
SÃO RECEITAS DE CONTRIBUIÇÕES
4.320/64
SOCIAIS

CONTRIBUIÇÕES

ECONÔMICAS
IMPOSTOS

TRIBUTÁRIA TAXAS

CS
IMPOSTOS

TRIBUTÁRIA TAXAS

CM
PATRIMONIAL
São receitas provenientes da fruição do patrimônio
de ente público.
EXEMPLOS:
Aluguéis, juros de títulos de renda, dividendos
recebidos da PETROBRAS, Laudêmio,
arrendamentos, foros, JUROS DE APLICAÇÃO
FINANCEIRA, etc.
AGROPECUÁRIA
Trata-se de receita originária, auferida pelo Estado
quando atua como empresário, em posição de
igualdade com o particular.
AGROPECUÁRIA
É o ingresso proveniente da atividade ou da
exploração agropecuária de origem vegetal ou
animal. Incluem-se nessa classificação as receitas
advindas da exploração da agricultura (cultivo do
solo), da pecuária (criação, recriação ou engorda
de gado e de animais de pequeno porte) e das
atividades de beneficiamento ou transformação de
produtos agropecuários em instalações existentes
nos próprios estabelecimentos.
CUIDADO
Excetuam-se as usinas de açúcar, fábricas de polpa,
de madeira, serrarias e unidades industriais com
produção licenciada, que são classificadas como
industriais.
INDUSTRIAL
São provenientes de atividades industriais exercidas
pelo ente público, como: indústria de extração
mineral, de transformação, de construção, entre
outras.
SERVIÇOS
Decorrem da prestação de serviços por parte do ente
público, tais como comércio, transporte,
comunicação, serviços hospitalares, armazenagem,
serviços recreativos, culturais, juros sobre
empréstimos concedidos, etc. Tais serviços são
remunerados mediante preço público, também
chamado de tarifa.
TRANSFERÊNCIA CORRENTE
É o ingresso proveniente de outros entes ou
entidades, referente a recursos pertencentes ao
ente ou entidade recebedora ou ao ente ou entidade
transferidora, efetivado mediante condições
preestabelecidas ou mesmo sem qualquer
exigência, desde que o objetivo seja a aplicação em
despesas correntes.
ORC
São os ingressos correntes provenientes de outras
origens, não classificáveis nas anteriores.
Exemplos:
Multas e JUROS DE MORA, indenizações e
restituições, receitas de cobrança da dívida ativa
(principal + acessório), alienação de bens
apreendidos, produtos de depósitos abandonados
de dinheiro ou objetos de valor, receitas diversas.
RECEITA
DE CAPITAL
São os ingressos de recursos financeiros oriundos
de atividades operacionais ou não operacionais
para aplicação em despesas operacionais,
correntes ou de capital, visando ao alcance dos
objetivos traçados nos programas e ações de
governo.
São denominados receita de capital porque são
derivados da obtenção de recursos mediante a
constituição de dívidas, amortização de
empréstimos e financiamentos ou alienação de
componentes do ativo permanente, constituindo-se
em meios para atingir a finalidade fundamental do
órgão ou entidade, ou mesmo, atividades não
operacionais visando ao estímulo às atividades
operacionais do ente.
Lei 4.320/64
ART. 11, § 2º São receitas de capital as provenientes
da realização de recursos financeiros oriundos de
constituição de dívidas; da conversão, em espécie, de
bens e direitos; os recursos recebidos de despesas
classificáveis em despesas de capital e, ainda, o
superávit do orçamento corrente.
CAPITAL

Op.
Crédito
CAPITAL

Op. Alienação de
Crédito bens
CAPITAL

Op. Alienação de Amort. de


Crédito bens Emp. Conc.
CAPITAL

Op. Alienação de Amort. de Transf. de


Crédito bens Emp. Conc. capital
CAPITAL

O
Op. Alienação de Amort. de Transf. de
Crédito R
bens Emp. Conc. capital
C
Outras Receitas de Capital:
Registram-se nesta origem receitas cuja característica
não permita o enquadramento nas demais
classificações da receita de capital, como: Resultado
do Banco Central, Remuneração das Disponibilidades
do Tesouro Nacional, Integralização do Capital Social,
entre outras.
SUPERÁVIT
DO ORÇAMENTO CORRENTE
Lei 4.320/64
Art. 11 § 3º O superávit do orçamento corrente
resultante do balanceamento dos totais das receitas e
despesas correntes, apurado na demonstração a que
se refere o anexo 1, não constituirá item da receita
orçamentária.
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL

Rec..Corrente.........10.000 Desp.Corrente.......8.000
Rec. de Capital......10.000 Desp. de Capital...12.000
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL

Rec..Corrente.........10.000 Desp.Corrente.......8.000
Rec. de Capital......10.000 Desp. de Capital...12.000
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL

Rec..Corrente.........10.000 Desp.Corrente.......8.000
Rec. de Capital......10.000 Desp. de Capital...12.000

SUPERÁVIT CORRENTE = 2.000


LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL

Rec..Corrente.........10.000 Desp.Corrente.......8.000
Rec. de Capital......10.000 Desp. de Capital...12.000
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL

Rec..Corrente.........10.000 Desp.Corrente.......8.000
Rec. de Capital......10.000 Desp. de Capital...12.000

DÉFICIT DE CAPITAL = 2.000


LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL

Rec..Corrente.........10.000 Desp.Corrente.......8.000
Rec. de Capital......10.000 Desp. de Capital...12.000
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL

Rec..Corrente.........10.000 Desp.Corrente.......8.000
Rec. de Capital......10.000 Desp. de Capital...12.000

Total....................20.000 Total....................20.000
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL

Rec..Corrente.........10.000 Desp.Corrente.......8.000
Rec. de Capital......10.000 Desp. de Capital...12.000

Total....................20.000 Total....................20.000
LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL

Rec..Corrente.........10.000
Desp.Corrente.......8.000
Rec. de Capital......10.000
Desp. de Capital...12.000
Sup. Orç. Corrente..2.000

Total.......................22.000 Total....................20.000
PORT. INTERMINISTERIAL
338/2006
PORT. 338/2006

RECEITA CORRENTE INTRA-


ORÇAMENTÁRIA
PORT. 338/2006

RECEITA CAPITAL INTRA-ORÇAMENTÁRIA


Corrente
Receita Intra-Orçamentária
Capital

Orçamento Fiscal/Seguridade Social

Órgão Órgão
A Origem é o detalhamento das categorias
econômicas “Receitas Correntes” e “Receitas de
Capital”, com vistas a identificar a natureza da
procedência das receitas no momento em que
ingressam no Orçamento Público.
Os códigos da origem para as receitas correntes e
de capital, de acordo com a Lei no 4.320, de 1964,
são:
É o nível de classificação vinculado à Origem que
permite qualificar com maior detalhe o fato gerador
das receitas. Por exemplo, dentro da origem Receita
Tributária, identifica-se as espécies “Impostos”,
“Taxas” e “Contribuições de Melhoria”.
Agrega determinadas espécies de receitas cujas
características próprias sejam semelhantes entre si;
dessa forma, detalha a espécie, por meio da
especificação dos recursos financeiros que lhe são
correlatos.
Exemplo: A rubrica “Impostos sobre o Patrimônio e a
Renda” é detalhamento da espécie “Impostos”.
A alínea é o detalhamento da rubrica e exterioriza o
“nome” da receita que receberá o registro pela
entrada de recursos financeiros.
Exemplo: A alínea “Impostos sobre a Renda e
Proventos de Qualquer Natureza” é o detalhamento
da rubrica “Impostos sobre o Patrimônio e a
Renda”.
A subalínea constitui o nível mais analítico da
receita, utilizado quando há necessidade de se
detalhar a Alínea com maior especificidade.
Exemplo: A subalínea “Pessoas Físicas” é
detalhamento da alínea “Impostos sobre a Renda e
Proventos de Qualquer Natureza”.
OUTRAS DEFINIÇÕES DA RECEITA
RECEITA FINANCEIRA
São as receitas decorrentes de aplicações financeiras,
operações de crédito, alienação de ativos e outras.
RECEITA NÃO-FINANCEIRA
São as receitas oriundas de tributos, contribuições,
patrimoniais, agropecuárias, industriais, serviços e outras.
RECEITA LÍQUIDA REAL
Definição dada pela Resolução do Senado Federal nº 96,
de 15 de dezembro de 1989, para a receita realizada nos
doze meses anteriores ao mês em que se estiver
apurando, excluídas as receitas provenientes de
operações de crédito e de alienação de bens. A referida
Resolução dispõe sobre as operações de crédito internas
e externas dos Estados, do Distrito Federal, dos
Municípios e de suas respectivas autarquias, inclusive
concessão de garantias, seus limites e condições de
autorização.
RECEITA COMPARTILHADA
Receita orçamentária pertencente a mais de um beneficiário
independente da forma de arrecadação e distribuição.
RECEITA VINCULADA
É a receita arrecadada com destinação específica
estabelecida em dispositivos legais. A vinculação da receita
torna a programação financeira menos flexível, reservando
parte dos recursos disponíveis para uma determinada
destinação.
RECEITAS COMPULSÓRIAS
São receitas cujas origens encontram-se nas legislações
que impõem aos particulares uma obrigação. São casos de
receita compulsória: os tributos, as contribuições etc.
RECEITAS FACULTATIVAS
As receitas facultativas possuem sua origem nos atos
jurídicos bilaterais, ou seja, aquelas decorrentes da vontade
das pessoas. Como exemplos, temos os aluguéis (Receita
Patrimonial), preços públicos, etc.
RECEITAS PRÓPRIAS
São as receitas provenientes do esforço de arrecadação de
cada Órgão, isto é, receitas que o Órgão tem a competência
legal de prever e arrecadar.
RECEITA DE RESSARCIMENTO
Recebimento que representa reembolso de valores
anteriormente gastos em nome de terceiros e que agora
estão sendo devolvidos, geralmente, resultante de
procedimentos pactuados entre as partes. Reposição de
custos por uma das partes envolvidas quando foram
utilizados de meios da outra para atingir determinado fim.
RECEITA DE RESTITUIÇÃO
Recebimento resultado da devolução de recurso que estava
em posse de outrem, indevidamente ou por disposição
legal. A restituição pode ser motivada por fato
superveniente que alterou a situação anteriormente
estabelecida, criando direito a uma reintegração de valor.
RECEITA DE INDENIZAÇÃO
Recebimento que resulta da compensação de prejuízo
causado por terceiros, visando a reparar dano sofrido ou
perda de um direito.
ETAPAS DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA
As etapas da receita seguem a ordem de ocorrência
dos fenômenos econômicos, levando-se em
consideração o modelo de orçamento existente no
País. Dessa forma, a ordem sistemática inicia-se
com a etapa de previsão e termina com a de
recolhimento.
PLANEJAMENTO: PREVISÃO

•143
Efetuar a previsão implica planejar e estimar a
arrecadação das receitas que constará na proposta
orçamentária. Isso deverá ser realizado em
conformidade com as normas técnicas e legais
correlatas e, em especial, com as disposições
constantes na LRF. Sobre o assunto, vale citar o
art. 12 da referida norma:
Art. 12. As previsões de receita observarão as
normas técnicas e legais, considerarão os efeitos
das alterações na legislação, da variação do índice
de preços, do crescimento econômico ou de
qualquer outro fator relevante e serão
acompanhadas de demonstrativo de sua evolução
nos últimos três anos, da projeção para os dois
seguintes àquele a que se referirem, e da
metodologia de cálculo e premissas utilizadas.
ESTÁGIOS DA RECEITA ORÇAMENTÁRIA
A Lei nº 4.320/1964 estabelece como estágios
da execução da receita orçamentária o:
q Lançamento
q Arrecadação
q Recolhimento.
4.320/64
LANÇAMENTO 4.320/64

Art. 53. O lançamento da receita é ato da repartição


competente, que verifica a procedência do crédito
fiscal e a pessoa que lhe é devedora e inscreve o
débito desta.
LANÇAMENTO 4.320/64

Art. 52. São objeto de lançamento os impostos


diretos e quaisquer outras rendas com vencimento
determinado em lei, regulamento ou contrato.
ARRECADAÇÃO

É a entrega, realizada pelos contribuintes ou


devedores, aos agentes arrecadadores ou bancos
autorizados pelo ente, dos recursos devidos ao
Tesouro.
OBSERVAÇÃO: Exceção às Etapas da Receita
Nem todas as etapas citadas ocorrem para todos os
tipos de receitas orçamentárias. Pode ocorrer
arrecadação não só das receitas que não foram
previstas (não tendo, naturalmente, passado pela
etapa da previsão), mas também das que não foram
“lançadas”, como é o caso de uma doação em
espécie recebida pelos entes públicos.
RECOLHIMENTO

É a transferência dos valores arrecadados à conta


específica do Tesouro, responsável pela
administração e controle da arrecadação e
programação financeira, observando-se o Princípio
da Unidade de Caixa, representado pelo controle
centralizado dos recursos arrecadados em cada
ente.
RECOLHIMENTO 4.320/64

Art. 56. O recolhimento de todas as receitas far-se-á


em estrita observância ao princípio de unidade de
tesouraria, vedada qualquer fragmentação para
criação de caixas especiais.
ATENÇÃO 4.320/64

Art. 57. Ressalvado o disposto no parágrafo único


do art. 3º desta Lei, serão classificadas como receita
orçamentária, sob as rubricas próprias, todas as
receitas arrecadadas, inclusive as provenientes de
operações de crédito, ainda que não previstas no
orçamento
4.320/64
Art. 51. Nenhum tributo será exigido ou aumentado
sem que a lei o estabeleça, nenhum será cobrado
em cada exercício sem prévia autorização
orçamentária, ressalvados a tarifa aduaneira e o
imposto lançado por motivo de guerra.
ESTÁGIOS
DOUTRINA + LEI
CRONOLOGIA DAS ETAPAS DA RECEITA
ORÇAMENTÁRIA
REGIME CONTÁBIL PARA APURAÇÃO
DE RESULTADOS

•161
A Lei Federal nº 4.320/64, em seu Art. 35, determina:

“Art. 35 – Pertencem ao exercício financeiro:



I – as receitas nele arrecadadas;
II – as despesas nele, legalmente, empenhadas”.

•162
RECEITA ARRECADAÇÃO

•163
RECEITA ARRECADAÇÃO

DESPESA EMPENHO
EMPENHO

•164
ARRECADAÇÃO CAIXA

•165
ARRECADAÇÃO CAIXA

EMPENHO COMPETÊNCIA

•166
RECEITA CAIXA

•167
RECEITA CAIXA

DESPESA COMPETÊNCIA
COMPETÊNCIA

•168
REGIME CONTÁBIL

•169
RECEITA CAIXA

DESPESA COMPETÊNCIA

•170
RECEITA CAIXA

DESPESA COMPETÊNCIA
COMPETÊNCIA

MISTO •171
QUESTÕES
1. (FCC - Procurador Geral do Estado de RR) Receita
derivada e receita originária são, respectivamente,
(A) taxa de lixo urbano e imposto sobre a renda.
(B) taxa de lixo domiciliar e pagamento pelo consumo de luz
elétrica.
(C) contribuição de melhoria e contribuição social.
(D) imposto sobre a renda e contribuição social.
(E) empréstimo compulsório e contribuição de intervenção no
domínio econômico.
1. (FCC - Procurador Geral do Estado de RR) Receita
derivada e receita originária são, respectivamente,
(A) taxa de lixo urbano e imposto sobre a renda.
(B) taxa de lixo domiciliar e pagamento pelo consumo de luz
elétrica.
(C) contribuição de melhoria e contribuição social.
(D) imposto sobre a renda e contribuição social.
(E) empréstimo compulsório e contribuição de intervenção no
domínio econômico.
2. (FCC - Estado do AM – MP junto ao TCE) Acerca da taxa e
do preço público, a doutrina ensina que a taxa
(A) é receita originária e compulsória, enquanto que o preço público
é receita derivada e voluntária.
(B) é uma relação jurídica de direito privado, enquanto que o preço
público é uma relação jurídica de direito público.
(C) é criada por lei, decreto ou ato normativo, enquanto que o preço
público somente pode ser instituído por
(D) é receita derivada e compulsória, enquanto que o preço público
é receita originária e não compulsória.
(E) e o preço público se confundem, porque ambos têm natureza
jurídica tributária.
2. (FCC - Estado do AM – MP junto ao TCE) Acerca da taxa e
do preço público, a doutrina ensina que a taxa
(A) é receita originária e compulsória, enquanto que o preço público
é receita derivada e voluntária.
(B) é uma relação jurídica de direito privado, enquanto que o preço
público é uma relação jurídica de direito público.
(C) é criada por lei, decreto ou ato normativo, enquanto que o preço
público somente pode ser instituído por
(D) é receita derivada e compulsória, enquanto que o preço público
é receita originária e não compulsória.
(E) e o preço público se confundem, porque ambos têm natureza
jurídica tributária.
3. (FCC - MPU) É um exemplo de receita extra-orçamentária:
(A) receitas industriais.
(B) cauções em dinheiro.
(C) receitas patrimoniais.
(D) receitas de capital.
(E) amortizações de empréstimos concedidos.
3. (FCC - MPU) É um exemplo de receita extra-orçamentária:
(A) receitas industriais.
(B) cauções em dinheiro.
(C) receitas patrimoniais.
(D) receitas de capital.
(E) amortizações de empréstimos concedidos.
4. (FCC - TRF 3ª Região) Quanto à periodicidade de ingresso,
as receitas classificam-se como
(A) orçamentárias e extra-orçamentárias.
(B) ordinárias e extraordinárias.
(C) corrente e de capital.
(D) originaria e derivadas.
(E) preços públicos e preços quase privados.
4. (FCC - TRF 3ª Região) Quanto à periodicidade de ingresso,
as receitas classificam-se como
(A) orçamentárias e extra-orçamentárias.
(B) ordinárias e extraordinárias.
(C) corrente e de capital.
(D) originaria e derivadas.
(E) preços públicos e preços quase privados.
5. (FCC - TCE – AM) É definição de Receitas Públicas, em
sentido estrito:
(A) Entrada que, integrando-se no patrimônio público, sem
nenhuma reserva, condições ou correspondência no passivo, vem
acrescer o seu vulto, como elemento novo e positivo.
5. (FCC - TCE – AM) É definição de Receitas Públicas, em
sentido estrito:
(A) Entrada que, integrando-se no patrimônio público, sem
nenhuma reserva, condições ou correspondência no passivo, vem
acrescer o seu vulto, como elemento novo e positivo.
(B) Somas de dinheiro recebidas pelo Estado e demais entes
públicos para cobertura de seus gastos.
(C) Todos os créditos ou proventos destinados à despesa geral do
Estado e à manutenção do seu patrimônio.
(D) Entrada que, integrando-se no patrimônio público, sem
nenhuma reserva, porém com condições ou correspondência no
passivo, vem acrescer o seu vulto, como elemento novo e positivo.
(E) Conjunto de ingressos financeiros com fonte e fatos geradores
próprios e permanentes, oriundos da ação e de atributos inerentes
à instituição, e que integrando o patrimônio na qualidade de
elemento novo, produz-lhe acréscimos, podendo, contudo, gerar
obrigações, reservas ou reivindicações de terceiros.
6. (FCC - Procurador TCE/AM) Acerca da taxa e do preço
público, a doutrina ensina que a taxa
(A) é receita originária e compulsória, enquanto que o preço público
é receita derivada e voluntária.
(B) é uma relação jurídica de direito privado, enquanto que o preço
público é uma relação jurídica de direito público.
(C) é criada por lei, decreto ou ato normativo, enquanto que o preço
público somente pode ser instituído por lei.
(D) é receita derivada e compulsória, enquanto que o preço público
é receita originária e não compulsória.
(E) e o preço público se confundem, porque ambos têm natureza
jurídica tributária.
6. (FCC - Procurador TCE/AM) Acerca da taxa e do preço
público, a doutrina ensina que a taxa
(A) é receita originária e compulsória, enquanto que o preço público
é receita derivada e voluntária.
(B) é uma relação jurídica de direito privado, enquanto que o preço
público é uma relação jurídica de direito público.
(C) é criada por lei, decreto ou ato normativo, enquanto que o preço
público somente pode ser instituído por lei.
(D) é receita derivada e compulsória, enquanto que o preço público
é receita originária e não compulsória.
(E) e o preço público se confundem, porque ambos têm natureza
jurídica tributária.
7. (FCC/2014 - TRT 16ª CONTABILIDADE) Relativamente a
etapa da execução orçamentária da receita, nos termos da Lei
Federal no 4.320/64, e o procedimento licitatório para
contratação de serviços, nos termos da Lei de Licitações no
8.666/93, considere as informações a seguir.
Determinado município recebeu do governo do Estado
recursos financeiros, no valor de R$ 72.000,00, destinados à
contratação de serviços de conservação e manutenção das
escolas públicas municipais. A classificação da receita
orçamentária e a modalidade de licitação para contratação dos
serviços são, respectivamente,
(A) subvenções correntes e tomada de preços.
(B) transferências correntes e convite.
(C) receita patrimonial e convite.
(D) outras receitas correntes e tomada de preços.
(E) transferências de capital e convite.
(A) subvenções correntes e tomada de preços.
(B) transferências correntes e convite.
(C) receita patrimonial e convite.
(D) outras receitas correntes e tomada de preços.
(E) transferências de capital e convite.

You might also like