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SEGURANÇA DO
TRABALHO
Profª. Naum Victor dos Santos
SUMÁRIO
Sumário
1. Aspectos Históricos da Segurança do Trabalho ................................................................................5
O trabalho na pré história e antiguidade ...................................................................................................5
O trabalho na idade média ........................................................................................................................5
Revolução Industrial .................................................................................................................................7
Evolução no Brasil ....................................................................................................................................8
Aspectos cronológicos do trabalho no Brasil ............................................................................................8
2. Os Profissionais de Segurança do Trabalho ......................................................................................8
2.1 Principais atribuições do Técnico de Segurança do Trabalho .............................................................8
3. Concepção da relação Trabalho e Segurança. ..................................................................................9
Trabalho. ..................................................................................................................................................9
Segurança: Conceitos Básicos. .............................................................................................................. 10
4. Acidente de Trabalho....................................................................................................................... 12
5. Acidente x Incidente ou quase acidente ........................................................................................... 13
Incidente ou quase incidente .................................................................................................................. 13
. Considerações Gerais .......................................................................................................................... 13
CAT – Comunicação de Acidente de Trabalho. ...................................................................................... 14
5.5 Classificação dos acidentes quanto a sua gravidade ......................................................................... 14
Tipos de incapacidade ..................................................................................................................... 14
6. Causas dos Acidentes de Trabalho ................................................................................................. 15
. Atos Inseguros (Inadequados). ............................................................................................................. 15
7.1.1. Atos inadequados mais freqüentes: .............................................................................................. 15
Condições Inseguras: ............................................................................................................................. 16
7.2.1. As condições inseguras mais freqüentes podem ser assim descritas: .......................................... 16
Fator Pessoal de Insegurança: ............................................................................................................... 16
. Fatos Catastróficos ............................................................................................................................... 16
. Responsabilidade para a empresa........................................................................................................ 16
7. Consequências dos Acidentes......................................................................................................... 18
Para a Empresa ...................................................................................................................................... 18
Para a nação: ......................................................................................................................................... 19
8. Análise de Acidente de Trabalho ..................................................................................................... 19
Metodologia. ........................................................................................................................................... 20
9. Gerenciamento de Risco. ................................................................................................................ 21
Normas sobre Gerenciamento de Riscos................................................................................................ 21
O Processo de Gerenciamento de Riscos. ............................................................................................. 21
Metodologia do Processo. ...................................................................................................................... 22
Estudo do Processo................................................................................................................................ 22
10. Riscos Ambientais ....................................................................................................................... 29
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Introdução a Segurança do Trabalho Profª Naum Victor
O PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - NR9............................................................ 29
Agentes Físicos: ..................................................................................................................................... 30
Ruído: ..................................................................................................................................................... 30
Vibração: ................................................................................................................................................ 30
Temperaturas extremas: ......................................................................................................................... 31
Pressões anormais ................................................................................................................................. 31
Radiações .............................................................................................................................................. 31
Umidade ................................................................................................................................................. 31
Agentes Químicos: ................................................................................................................................. 31
Há três vias básicas de penetração no organismo dos agentes químicos: ............................................. 32
As medidas preventivas podem ser: ....................................................................................................... 32
Agentes Biológicos ................................................................................................................................. 32
Agentes Ergonômicos: ............................................................................................................................ 33
Agentes Mecânicos ................................................................................................................................ 33
11. Mapa de Risco ............................................................................................................................. 35
Objetivo do Mapa de Riscos ................................................................................................................... 35
Benefícios da adoção do Mapa de Riscos .............................................................................................. 35
Elaboração do Mapa de Riscos .............................................................................................................. 35
Etapas de elaboração ............................................................................................................................. 36
Identificar os agentes de riscos existentes no local avaliado, conforme a tabela de classificação dos
riscos ambientais. ................................................................................................................................... 36
Identificar os indicadores de saúde: ........................................................................................................ 36
Elaborar o Mapa de Riscos, sobre uma planta ou desenho do local de trabalho, indicando através do
círculo: .................................................................................................................................................... 36
15. Equipamento de Proteção Coletiva (EPC).................................................................................... 37
15 . Equipamento de Proteção Individual – EPI – NR 6 - Portaria 3214/78........................................ 38
O uso do EPI baseia-se em três fatores básicos: necessidade, seleção e utilização. ............................. 38
Seleção: ................................................................................................................................................. 39
Utilização: ............................................................................................................................................... 39
Exigências legais para uso dos EPI’s: .................................................................................................... 39
Obrigações do empregado ..................................................................................................................... 39
Classificação .......................................................................................................................................... 39
Equipamentos de uso temporário: .......................................................................................................... 39
Tipos de EPI de acordo com a parte do corpo a proteger. ...................................................................... 39
Proteção para a Cabeça ......................................................................................................................... 40
Proteção dos Olhos ................................................................................................................................ 40
Proteção da Face e máscara de solda.................................................................................................... 40
Proteção dos Ouvidos ............................................................................................................................ 40
Proteção Respiratória ............................................................................................................................. 41
Proteção do Tronco ................................................................................................................................ 41
Proteção dos Braços .............................................................................................................................. 41
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Introdução a Segurança do Trabalho Profª Naum Victor
Proteção das Mãos ................................................................................................................................. 42
Proteção das Pernas .............................................................................................................................. 42
Proteção dos Pés ................................................................................................................................... 42
Proteções Especiais ............................................................................................................................... 43
Proteção para a pele .............................................................................................................................. 44
16 . Reuniões e Campanhas de Segurança ...................................................................................... 45
17 . Procedimento Operacional (PO) ................................................................................................ 45
18. Legislações e Normas. ................................................................................................................. 47
NR1 - Disposições Gerais................................................................................................................ 47
NR4 - Serviço Especializado de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho – SESMT Portaria
3214/78. ................................................................................................................................................. 47
NR5 – CIPA Comissão Interna de Prevenção de Acidentes –– Portaria 3214/78. ........................... 48
NR 7 – Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO. ....................................... 48
NR 9 – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA. ..................................................... 48
NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. ..................................................... 51
NR 12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos. ........................................................... 53
NR17 – Ergonomia. ......................................................................................................................... 56
NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. .............................. 58
NR 23 - Proteção Contra Incêndios ................................................................................................. 58
NR 33 – Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaço Confinados............................................... 59
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Introdução a Segurança do Trabalho Profª Naum Victor
O trabalho desenvolvido pelo homem nem sempre teve a mesma conotação dos dias
atuais, ele passou por uma série de significações ao longo da história em função do momento
político e econômico vivenciado.
Desde que o Homem surgiu na face da Terra ele necessitou trabalhar para poder
continuar a viver. No início ele sobreviveu extraindo da natureza aquilo que ela poderia
fornecer: alimentos (frutos e outras plantas), abrigou-se em cavernas, confeccionou roupas de
peles de animais mortos, e bem mais tarde desenvolveu a arte da caça. Quando o ser humano
começou a ter necessidade de produzir mais alimentos, iniciou a fase da agricultura e
conseqüentemente o trabalho começou a ter que se organizar e a se intensificar.
Assim caminhou a humanidade, sempre respondendo às necessidades criadas, quer
por hábitos ou mesmo por necessidades devido a crescente demanda da população em função
do seu crescimento vegetativo. O homem pré-histórico e o Homem antigo sempre procuraram
trazer o trabalho para bem perto do prazer em trabalhar, confundindo o trabalho com o prazer
(o que seria o ideal para todos nós, até os dias de hoje).
Outro tipo de trabalho dessa mesma época eram os afetos à Guerra (soldados). No
Egito Antigo apareceu a primeira vez na História da Humanidade a figura do trabalho
remunerado (emprego). Na Grécia Antiga, o homem que trabalhasse era considerado um mal
patriota, pois não tinha tempo para pensar e contribuir para solução dos problemas da nação.
E bem mais tarde apareceu o trabalho escravo.
Os historiadores atribuem o surgimento do trabalho a um progresso da humanidade da
época, pois antes disso o povo vencido em guerra era morto pelo vencedor.
Na época da escravidão não se ouvia falar em direitos trabalhistas, pois o escravo era
considerado mero objeto, seu dono tinha o poder sobre a sua vida, e ele não tinha direitos, seu
senhor tinha a disponibilidade da vida do escravo e o seu único dever era o de alimentá-lo.
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Introdução a Segurança do Trabalho Profª Naum Victor
Leis e objetivos do código
As 281 leis foram talhadas numa rocha de diorito de cor escura. Escrita em caracteres
cuneiformes, as leis dispõem sobre regras e punições para eventos da vida cotidiana. Tinha
como objetivo principal unificar o reino através de um código de leis comuns. Para isso,
Hamurabi mandou espalhar cópias deste código em várias regiões do reino.
As leis apresentam punições para o não cumprimento das regras estabelecidas em várias
áreas como, por exemplo, relações familiares, comércio, construção civil, agricultura, pecuária,
etc. As punições ocorriam de acordo com a posição que a pessoa criminosa ocupava na
hierarquia social.
O código é baseado na antiga Lei de talião, “olho por olho, dente por dente”. Logo, para
cada ato fora da lei haveria uma punição, que acreditavam ser proporcional ao crime cometido.
A pena de morte é a punição mais comum nas leis do código. Não havia a possibilidade de
desculpas ou de desconhecimento das leis.
- Se alguém enganar a outrem, difamando esta pessoa, e este outrem não puder provar, então
aquele que enganou deverá ser condenado à morte.
- Se uma pessoa roubar a propriedade de um templo ou corte, ele será condenado à morte e
também aquele que receber o produto do roubo deverá ser igualmente condenado à morte.
- Se uma pessoa roubar o filho menor de outra, o ladrão deverá ser condenado à morte.
- Se uma pessoa arrombar uma casa, deverá ser condenado à morte na parte da frente do local
do arrombamento e ser enterrado.
- Se uma pessoa deixar entrar água, e esta alagar as plantações do vizinho, ele deverá pagar
10 gur de cereais por cada 10 gan de terra.
- Se um homem tomar uma mulher como esposa, mas não tiver relações com ela, esta mulher
não será considerada esposa deste homem.
- Se um homem adotar uma criança e der seu nome a ela como filho, criando-o, este filho
quando crescer não poderá ser reclamado por outra pessoa.
Revolução Industrial
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Evolução no Brasil
O Brasil tem uma legislação relativamente nova em matéria prevencionista. Tendo sido
sua economia baseada no braço escravo e na agricultura, até praticamente o início deste
século, não tinha o País se defrontado com problemas dos países - que já contavam apenas
com trabalhadores livres e com uma indústria crescente - vinham conhecendo.
Só depois da 1ª guerra mundial é que o nosso País, em decorrência da assinatura de
tratados internacionais, como o tratado de Versalhes, se cogitou de medidas legislativas,
tendentes à proteção dos trabalhadores, que já então começavam a se concentrar nas cidades
A CIPA, que em muitos países já vigorava desde 1921, no Brasil foi introduzida em
1944. E foi a partir do Decreto-Lei nº 229 de 1967, que ficou instituída sua obrigatoriedade,
passando assim, a fazer parte das leis que regem o direito do trabalhador, na Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT).
Atualmente a legislação ordinária sobre proteção dos trabalhadores diante dos riscos
no trabalho faz parte da legislação trabalhista e também está contida na CLT, que abrange
todos os empregados.
A redação atual do Capítulo da CLT que abrange a parte de Segurança e Medicina do
Trabalho (Título II, Capítulo V “Da Segurança e Medicina do Trabalho”, foi estabelecido pela Lei
6514 de 22/12/77 e se estende do Artigo 154 ao Artigo 201 da CLT).
O detalhamento e a aplicação desta lei estão contidos em 36 normas regulamentadoras
(NR’s), estabelecidas por portaria do Ministério do Trabalho.
O profissional de Segurança do Trabalho atua conforme sua formação, quer seja ele
médico, técnico, enfermeiro ou engenheiro.O campo de atuação é muito vasto. Em geral o
engenheiro e o técnico de segurança atuam em empresas organizando programas de
prevenção de acidentes, orientando a CIPA, os trabalhadores quanto ao uso de equipamentos
de proteção individual, elaborando planos de prevenção de riscos ambientais, fazendo
inspeção de segurança, laudos técnicos e ainda organizando e dando palestras e treinamento.
Muitas vezes esse profissional também é responsável pela implementação de programas de
meio ambiente e ecologia na empresa. O médico e o enfermeiro do trabalho dedicam-se a
parte de saúde ocupacional, prevenindo doenças, fazendo consultas, tratando ferimentos,
ministrando vacinas, fazendo exames de admissão e periódicos nos empregados.
Trabalho.
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Introdução a Segurança do Trabalho Profª Naum Victor
Exercício de fixaçao (0,75 pontos):
2 - Em 1802, foi criada a “Lei da Saúde e Moral dos Aprendizes”, na Inglaterra, onde foi
estabelecido um limite de quantas horas trabalhada para menores aprendizes?
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Acidente de Trabalho.
Conceitos.
Conceito Prevencionista.
“Acidente do trabalho é todo aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da
empresa ou de empregador doméstico, provocando lesão corporal, perturbação funcional que
cause a morte ou a perda ou a redução permanente ou temporária, da capacidade para o
trabalho.”
A diferença entre os dois conceitos reside no fato de que no primeiro é necessário
haver, apenas lesão física, enquanto que no segundo são levados em considerações, além das
lesões físicas, a perda de tempo e os materiais.
O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja
contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua
recuperação;
Acidente
Evento não desejado que cause lesão corporal ou dano material. CLT - ART. 21 letra
“d” - “Acidente de Trabalho”.
São eventos não desejados que ocorrem por diferentes motivos, que possa ou não
causar danos a equipamentos, paralisação na operação, sem lesionar pessoas, mas se não
forem bloqueados poderão causar danos materiais, perda de tempo ou lesão no
trabalhador.Tipos de acidentes
Considerações Gerais
Doença Profissional
“Assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a
determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho
e da Previdência Social; “
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Introdução a Segurança do Trabalho Profª Naum Victor
Doença do Trabalho
“Assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em
que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação elaborado
pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social.”
CPT – Com perda de tempo ou com afastamento - É aquele que impede o acidentado
em retornar ao trabalho no dia seguinte ao do acidente, provocando a incapacidade temporária
ou permanente do acidentado.
Tipos de incapacidade
A- Incapacidade temporária
B- Incapacidade permanente, sendo: Total ou Parcial.
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SPT – Sem perda de tempo ou sem afastamento -É aquele em que o acidentado pode
exercer sua função normal, no mesmo dia do acidente, ou no próximo, no horário regulamentar.
ACIDENTE COM – Com morte: É aquele que a gravidade da lesão resulta em morte ao
acidentado. Alguns exemplos de doenças profissionais:
Dermatite: contato com produtos químicos, cimento, etc.
Pneumoconioses: silicose, asbestose, bissinose, etc.
Câncer: Benzeno, etc.
Problemas cardíacos: arsênio, chumbo, mercúrio, co, agrotóxicos, etc.
Conjuntivite: arsênio, radiações ionozantes, cimento, gases irritantes, etc.
Stress grave e stress pós traumático.
Hipertensão arterial: Chumbo, ruído, etc.
Depressão do sistema nervoso central (SNC): Hidrocarbonetos, cola, thiner, solventes,
manganês.
DORT (Doença ortomuscular referente ao exercício do trabalho): lombalgias, etc.
Perda auditiva: Ruído.
Insolação, intermação: mal-estar, tontura, câimbras, etc.
Como todos os eventos, os acidentes possuem uma ou mais causas e uma ou mais
conseqüências. A prevenção de acidentes consiste em eliminar as causas, evitando assim, a
sua ocorrência.
Os acidentes do trabalho decorrem basicamente de 04 causas básicas, ou seja, atos
indevidos dos empregados, condições inseguras, falhas administrativas e fator pessoal de
insegurança.
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Condições Inseguras:
São as circunstâncias externas de que dependem as pessoas para realizar seu
trabalho que sejam incompatíveis ou contrárias com as normas de segurança e prevenção de
acidentes. Podem ser descritas como as deficiências, defeitos, irregularidades técnicas na
empresa, no local de trabalho que constituem riscos para a integridade física do trabalhador,
para sua saúde e para os bens materiais da empresa.
. Fatos Catastróficos
São fenômenos da natureza onde se enquadram os terremotos, maremotos, vulcões,
relâmpagos, enchentes, etc.
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indenização por danos morais;
indenização por danos estéticos;
indenização por lucros cessantes;
pagamento de despesas médicas; medicamentos; próteses
mecânicas,dependendo
Para o Trabalhador
Lesão com sofrimento físico e mental;
cirurgias e remédios;
próteses e assistência médica;
fisioterapia e assistência psicológica;
dependência de terceiros para acompanhamento e locomoção;
diminuição do poder aquisitivo;
desamparo à família;
desemprego;
marginalização;
depressão e traumas.
Necessidade de readaptação
Diminuição de sua eficiência
Dificuldade de arranjar novo emprego compatível com a sua deficiência.
Para a Empresa
salário dos quinze primeiros dias após o acidente;
transporte e assistência médica de urgência;
paralisação de setor, máquinas e equipamentos;
insegurança da equipe;
interrupção da produção;
Redução da eficiência nos primeiros dias após retorno ao trabalho;
prejuízos ao conceito e à imagem da empresa;
destruição de máquina, ferramentas, veículo ou equipamento;
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Para a nação:
socorro e medicação de urgência;
intervenções cirúrgicas;
mais leitos nos hospitais;
maior apoio da família e da comunidade;
benefícios previdenciários.
redução da população economicamente ativa ou perda de elemento produtivo
aumento do desemprego e baixa do poder aquisitivo;
aumento da taxação securitária;
aumento de impostos e taxa
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Metodologia.
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Gerenciamento de Risco.
Metodologia do Processo.
As normas OHSAS 18001:2007 e ABNT NBR ISO 31000:2009 indicam um método
sistemático para o gerenciamento de riscos que inicia com a escolha de um contexto para em
seguida identificar, analisar, estimar, tratar, monitorar e comunicar os riscos associados a
alguma atividade, função ou processo da organização.
Diagrama Esquemático do Processo de Gestão de Riscos.
Estudo do Processo.
Processo pode ser definido como um conjunto definido de passos para a realização de
uma tarefa; um processo como conjunto definido é aquele que é descrito suficientemente em
detalhes, de forma que possa ser consistentemente usado.”
Ou ainda:
Qualquer atividade ou conjunto de atividades que toma um input, adiciona valor a ele e
fornece um output a um cliente específico”;
Ordenação específica das atividades de trabalho no tempo e espaço, com um começo,
um fim, entradas e saídas, claramente identificadas, enfim, uma estrutura para ação”.
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Fluxo PDCA para Controle de Risco.
Conceitos e Definições.
Identificação de risco - “processo de busca, reconhecimento e descrição de risco”
(ABNT NBR ISO 31000).
Inspeção de segurança - É um método que visa identificar riscos comuns.
Análise de riscos - “processo de compreender a natureza do risco e determinar o nível
de risco” (ABNT NBR ISO 31000).
Avaliação de Riscos – Processo de comparar os resultados da análise de riscos com
uma determinada referência, de modo a avaliar se o risco é aceitável ou tolerável (ABNT NBR
ISO 31000).
Tratamento de riscos - “Processo para modifica o risco” (ABNT NBR ISO 31000).
Medida de controle - Medida que modifica o risco (ABNT NBR ISO 31000).
Probabilidade – “chance de algo acontecer.”(ABNT NBR ISO 31000:2009)
Na terminologia de gestão de riscos, a palavra “probabilidade” é utilizada para referir-se
à chance de algo acontecer, não importando se definida, medida ou determinada objetiva ou
subjetivamente, qualitativa ou quantitativamente, ou se descrita utilizando-se termos gerais ou
matemáticos (tal como probabilidade ou frequência durante um determinado período de tempo).
Incidente – “Evento relacionado ao trabalho no qual uma lesão ou
doença (independentemente da gravidade) ou fatalidade ocorreu ou poderia ter ocorrido.”
(OHSAS
18001:2007)
Um acidente é um incidente que resultou em lesão, doença ou fatalidade.
Um incidente no qual não ocorre lesão, doença ou fatalidade pode também ser
denominado um "quase-acidente", "quase-perda", "ocorrência anormal" ou "ocorrência
perigosa".
Doença - “Condição física ou mental adversa identificável, oriunda de, e/ou agravada
por, uma atividade laboral e/ou situação relacionada ao trabalho.” (OHSAS 18001:2007)
Dano – “É a consequência negativa do acidente que gera prejuízo. Gravidade da perda
humana, material ou financeira que pode resultar se o controle sobre um risco é perdido. A
probabilidade e a exposição podem manter-se inalteradas, e mesmo assim, existir diferença na
gravidade do dano.”
Causa – “Origem, de caráter humano ou material, relacionada com o evento
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Introdução a Segurança do Trabalho Profª Naum Victor
catastrófico ou acidente, pela materialização de um perigo, resultando em danos. É aquilo que
provocou o acidente, sendo responsável por sua ocorrência, permitindo que o risco se
transformasse em dano. Antes do acidente existe o risco. Após o acidente existe a causa.”
Estudo do Risco.
“Medida de perda econômica e/ou de danos à vida humana, resultante da combinação
entre as frequências de ocorrência e a magnitude das perdas ou danos (consequências).”
É o risco para uma pessoa presente na vizinhança de um perigo, considerando a
natureza do dano e o período de tempo em que o mesmo pode ocorrer. Normalmente, o dano é
estimado em termos de fatalidade.
Principais metodologias de Identificação de Riscos:
Checklists e Roteiros
Inspeção de Segurança
Investigação de Acidentes
Fluxogramas
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Exercício de fixação (0,75):
3 – Se um funcionário sai de casa com sua moto própia para o trabalho e para na
padaria que fica no mesmo trajeto para comprar pão e após isso ele cai de moto. Essa situação
é considerada acidente de trajeto? Justifique a sua resposta.
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Análise de Riscos.
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Riscos Ambientais
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Agentes Físicos:
Ruído:
Os danos causados pelo ruído ao sistema auditivo humano estão ligados a dois fatores:
Freqüência (exposição prolongada ou constante) • Intensidade (ruídos muito fortes)
Exemplos de fontes de ruídos em níveis bastante elevados presentes em centros industriais ou
urbanos :
maquinário (leve ou pesado, fixo ou móvel),
veículos automotores em geral,
serras,
compressores, etc.
Vibração:
A vibração é o resultado das trepidações provocadas por diversos tipos de máquinas e
equipamentos motorizados, operados nas várias atividades profissionais. São exemplos de
fontes de vibração: tratores, máquinas de terraplenagem,
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Introdução a Segurança do Trabalho Profª Naum Victor
Temperaturas extremas:
Tanto o frio (trabalhos em frigoríficos, por exemplo) quanto o calor (trabalhos com
exposição ao sol, próximos a fornos, caldeira, solda, etc.) excessivos podem provocar
alterações no organismo, principalmente se exposição ocorrer por longos períodos.
Os principais problemas causados pelo calor excessivo são: insolação, câimbra de
calor, catarata, erupções na pele e problemas cardiovasculares.
Os principais problemas causados pelo frio abaixo de 10ºC são: enregelamento dos
membros que poderá levara gangrena e até mesmo a amputação, ulcerações de frio como,
feridas, rachaduras e necroses dos tecidos superficiais.
Pressões anormais
São aquelas a que estão expostos os indivíduos que operam fora do ambiente normal,
como por exemplo, em grandes altitudes ou em explorações submarinas.
No caso de mergulhadores, podem causar embolia pulmonar, além de problemas
psíquicos.
As medidas preventivas são as seleções de trabalhadores do ponto de vista físico e
psíquico, a realização de treinamentos, além de exames periódicos, conforme a NR15.
Radiações
Classificam-se em dois grupos:
Ionizantes: Provocam câncer, anemia, catarata, etc. Podem ser naturais (quando
provêm de elementos radioativos encontrados na natureza, como o urânio e o potássio) e
artificiais (quando provêm de equipamentos e aparelhos fabricados pelo homem, como o Raio
X, Gama e Beta).
Não ionizantes: Provocam câncer de pele, vaso dilatação, catarata, etc. Podem ser
naturais (radiação produzidas pelo sol) e artificiais (produzidas por fornos, solda elétrica, solda
oxiacetileno).
As medidas preventivas são o uso de EPC’s e EPI’s.
Umidade
Ocorrem em atividades ou operações executadas em locais alagados ou encharcados.
As medidas preventivas são o uso de EPC’s e EPI’s.
Agentes Químicos:
Os agentes químicos são aqueles que podem reagir com os tecidos humanos ou afetar
o organismo, causando alterações em sua estrutura e/ou funcionamento. Podem ser sólidos,
líquidos e gasosos (vapores).
Sólidos: Apresentam-se sob a forma de poeiras e fumos metálicos.(Partículas sólidas
que surgem quando um material sólido se evapora e ao arrefecer condensa. Por exemplo, os
vapores metálicos arrefecem e condensam em partículas extremamente pequenas, geralmente
de tamanho de partículas menores de 1 µm diâmetro. Os fumos metálicos podem aparecer em
operações como a soldadura, fundições, etc.). Podem ser de origem mineral (por exemplo a
poeira resultante de jato de areia e do amianto), vegetal (a poeira resultante do processamento
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Introdução a Segurança do Trabalho Profª Naum Victor
do algodão) ou animal (as poeiras provenientes dos pelos e do couro dos animais).
Líquidos: São os ácidos e solventes que, em forma de pequenas partículas em
suspensão no ar, podem causar danos ao sistema respiratório.
Gasoso ou vapores: Alguns exemplos, vapores de ácidos, dióxido de enxofre, óxido de
nitrogênio, monóxido de carbono, amoníaco, cloro, éter, vapores metálicos de mercúrio,
arsênio, manganês, etc.
Os agentes químicos podem causar diversos tipos de problemas pulmonares como
asma, bronquite, pneumoconioses, anemias, danos à medula e ao cérebro, diversos tipos de
intoxicações, leucemias, dentre outros.
Há três vias básicas de penetração no organismo dos agentes químicos:
Via respiratória: É a que oferece maior perigo, pois a maioria dos agentes químicos se
encontra sob a forma de gases, vapores, poeiras, etc. Originam-se de operações de
transformação de matérias primas que liberam na atmosfera diversas substâncias. São os
chamados aerodispersóides.
Via cutânea: Devido, por exemplo, à manipulação de produtos químicos, penetrando
através dos poros e interstícios da pele. Entrando na corrente sanguínea. Ocorre no uso de
inseticidas, graxas, óleos a base de hidrocarbonetos aromáticos, etc.
Via digestiva: Ocorre por meio de ingestão involuntária, pois em muitos locais ainda
existe o mau hábito de comer, beber e fumar no ambiente de trabalho, fora dos refeitórios ou
em locais não apropriados.
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Introdução a Segurança do Trabalho Profª Naum Victor
Agentes Ergonômicos:
A ergonomia é o conjunto de ciências e tecnologias que procuram fazer um ajuste
confortável e produtivo entre o ser humano e o seu trabalho, basicamente procurando adaptar
as condições de trabalho às características do ser humano.
A ergonomia estuda as relações entre o homem e o seu ambiente de trabalho, sendo
que o termo ambiente relaciona-se com equipamentos, aparelhos, ferramentas, materiais,
métodos, processos e a organização do trabalho. Os objetivos práticos da ergonomia são a
segurança, a satisfação e o bem estar dos trabalhadores em seu relacionamento com os
sistemas produtivos. Para realizá-lo, a ergonomia estuda diversos aspectos do comportamento
humano na produção, além de outros fatores importantes para o projeto de sistemas de
trabalho:
O homem, considerando as características físicas, fisiológicas, psicológicas e sociais
do trabalhador, o sexo, a idade, o treinamento e a motivação.
A máquina, levando em conta todas as ajudas materiais que o homem utiliza na
atividade produtiva, englobando os equipamentos, ferramentas, mobiliários e instalações.
O ambiente, considerando as características do meio físico que envolve o homem
durante o trabalho, como temperatura, ruídos, vibrações, iluminação, cores e outros.
5 – Você está usando graxa para rolamentos, esse produto é considerado um agente
químco? Explique.
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Introdução a Segurança do Trabalho Profª Naum Victor
Mapa de Risco
O Mapa de Riscos é uma das modalidades mais simples de avaliação qualitativa dos
riscos existentes nos locais de trabalho. É a representação gráfica dos riscos por meio de
círculos de diferentes cores e tamanhos, permitindo fácil elaboração e visualização. É um
instrumento participativo, elaborado pelos próprios trabalhadores e de conformidade com as
suas sensibilidades. O Mapa de Riscos está baseado no conceito filosófico de que quem faz o
trabalho é quem conhece os riscos. Ninguém conhece melhor a máquina do que o seu
operador. As informações e queixas partem dos trabalhadores, que deverão opinar discutir e a
CIPA deve elaborar o Mapa de Riscos e divulgá-lo a todos os trabalhadores da empresa
através da fixação e exposição em local visível. Serve como um instrumento de levantamento
preliminar de riscos, de informação para os demais empregados e visitantes, e de planejamento
para as ações preventivas que serão adotadas pela empresa.
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Introdução a Segurança do Trabalho Profª Naum Victor
Etapas de elaboração
Conhecer o processo de trabalho do local avaliado:
Os trabalhadores - número, sexo, idade, queixas de saúde, jornada, treinamento
recebido; Os equipamentos, instrumentos e materiais de trabalho; as atividades exercidas; O
ambiente.
Identificar os agentes de riscos existentes no local avaliado, conforme a tabela de
classificação dos riscos ambientais.
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Introdução a Segurança do Trabalho Profª Naum Victor
Utilização:
O nível de compreensão do trabalhador que vai usar o equipamento sobre a
necessidade do uso do EPI em sua atividade. • As medidas disciplinares legalmente
estabelecidas de que se pode lançar mão para fazer com que o trabalhador use o EPI.
Obrigações do empregador
Obrigações do empregado
Usar o EPI apenas para a finalidade a que se destina • Responsabilizar-se por sua
guarda e conservação
Comunicar ao empregador as alterações que o torne impróprio para uso • Substituí-lo
imediatamente, quando danificado ou extraviado • Comunicar ao MTE toda irregularidade
observada no EPI adquirido
Classificação
Equipamentos de uso permanente:
É o equipamento cujas circunstâncias de uso são exigidas pela natureza do trabalho e
é de utilização exclusiva do usuário.
Equipamentos de uso temporário:
É o equipamento que o usuário recebe por empréstimo para trabalhos específicos.
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Introdução a Segurança do Trabalho Profª Naum Victor
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Introdução a Segurança do Trabalho Profª Naum Victor
Proteção Respiratória
Respiradores e Máscaras com filtro químico – Tem a finalidade de proteger as vias
respiratórias contra agentes ambientais prejudiciais à saúde, tais como poeiras, gases e
vapores tóxicos.
Proteção do Tronco
Aventais – Tem a finalidade de proteger o tronco contra agentes agressivos. Serviços
de corte e solda, agentes abrasivos, transporte de peças usinadas, cozinha, etc.
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Introdução a Segurança do Trabalho Profª Naum Victor
Proteção das Mãos
Luvas – Têm a finalidade de proteger as mãos contra lesão provocada por materiais
escoriantes, abrasivos, cortantes, perfurantes, produtos químicos, materiais aquecidos, choque
elétrico, radiações, frio e agentes biológicos.
Luva isolante de borracha
Luva de cobertura para proteção da luva isolante de borracha
Luva de proteção em raspa e vaqueta
Luva de proteção em vaqueta
Luva de proteção tipo condutiva
Luva de proteção em borracha nitrílica
Luva de proteção em PVC (hexanol)
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Introdução a Segurança do Trabalho Profª Naum Victor
Proteções Especiais
Roupas Especiais – As roupas têm a finalidade de proteger contra exposição a agentes
químicos, absorvíveis pela pele, vias respiratórias e digestivas.
Blusão em tecido impermeável
Calça em tecido impermeáveL
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Introdução a Segurança do Trabalho Profª Naum Victor
Dispositivo trava-quedas
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Introdução a Segurança do Trabalho Profª Naum Victor
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Introdução a Segurança do Trabalho Profª Naum Victor
Exercicío de fixação (1,0):
Todas as questões referentes à Segurança do Trabalho no Brasil são regidas por leis e
normas que periodicamente sofrem alterações e, por isso, devem ser objeto de constante
atualização.
A seguir são descrias sucintamente algumas dessas normas, que são exigências dos
órgãos competentes, principalmente o Ministério do Trabalho e Emprego – MTE.
Portaria do MTE nº 3.214, 08 de junho de 1978 - “Aprova as Normas
Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis do Trabalho,
relativas a Segurança e Medicina do Trabalho”
Estabelecendo ainda que: “Sempre que uma ou mais empresas, tendo embora, cada
uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob direção, controle ou administração e
outra, construindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão,
para efeito de aplicação das Normas Regulamentadoras – NR, solidariamente responsáveis a
empresa principal e cada uma das subordinadas”.
Objetivo.
Diretrizes.
O PCMSO é parte integrante do conjunto mais amplo de iniciativas da empresa no
campo da saúde dos trabalhadores, devendo estar articulado com o disposto nas demais NR.
Deverá considerar as questões incidentes sobre o indivíduo e a coletividade de
trabalhadores, privilegiando o instrumental clínico-epidemiológico na abordagem da relação
entre sua saúde e o trabalho.
Deverá ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à
saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza subclínica, além da constatação da
existência de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores.
Desenvolvimento.
O PCMSO deve incluir, entre outros, a realização obrigatória dos exames médicos:
admissional;
periódico;
de retorno ao trabalho;
de mudança de função; m)demissional.
Riscos Ambientais.
Para efeito desta NR, consideram-se riscos ambientais os agentes físicos, químicos e
biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração
ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
Agentes Físicos.
Consideram-se agentes físicos as diversas formas de energia a que possam estar
expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas
extremas, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, bem como o infra-som e o ultra-som.
Agentes Químicos.
Reconhecimento.
Esta etapa envolve a identificação dos riscos existentes nos ambientes de trabalho.
São informações necessárias nesta etapa, que deverão estar contidas nos seguintes
itens:
a sua identificação.
a determinação e localização das possíveis fontes geradoras;
a identificação d possíveis trajetórias e meios de propagação;
identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos ao
risco;
caracterização das atividades e do tipo de exposição;
a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento
da saúde decorrentes do trabalho;
possíveis danos à saúde relacionados aos riscos identificados;
a descrição das medidas de controle já existentes.
Medidas de Controle.
Envolve a adoção de medidas necessárias e suficientes para a eliminação ou redução
dos riscos ambientais;
O estudo, desenvolvimento e implantação de medidas de proteção coletiva deverá
obedecer à seguinte hierarquia:
medidas que eliminam ou reduzam a utilização ou a formação de agentes prejudiciais à
saúde;
medidas que previnam a liberação ou disseminação desses agentes no ambiente de
trabalho;
medidas que reduzam os níveis ou a concentração desses agentes no ambiente de
trabalho.
Quando comprovado pelo empregador ou instituição a inviabilidade técnica da adoção
de medidas de proteção coletiva ou quando estas não forem suficientes ou encontrarem-se em
fase de estudo, planejamento ou implantação, ou ainda em caráter complementar ou
emergencial, deverão ser adotadas outras medidas, obedecendo-se à seguinte hierarquia:
medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho;
utilização de equipamento de proteção individual - EPI.
No âmbito do PPRA a utilização de EPI deverá considerar além das normas em vigor,
no mínimo:
seleção do EPI adequado tecnicamente ao risco a que o trabalhador está exposto e à
atividade exercida, considerando-se a eficiência necessária para o controle da exposição ao
risco e o conforto oferecido segundo avaliação do trabalhador usuário;
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Introdução a Segurança do Trabalho Profª Naum Victor
Aplicação.
“Esta NR se aplica às fases de geração, transmissão, distribuição e consumo, incluindo
as etapas de projeto, construção, montagem, operação, manutenção das instalações elétricas e
quaisquer trabalhos realizados nas suas proximidades, observando-se as normas técnicas
oficiais estabelecidas pelos órgãos competentes e, na ausência ou omissão destas, as normas
internacionais cabíveis.”
Medidas de Controle.
Em todas as intervenções em instalações elétricas devem ser adotadas medidas
preventivas de controle do risco elétrico e de outros riscos adicionais, mediante técnicas de
análise de risco, de forma a garantir a segurança e a saúde no trabalho.
As medidas adotadas devem integrar-se as demais iniciativas da empresa; obriga as
empresas a manter esquemas unifilares atualizados, especificações de sistema de aterramento
e dispositivos de proteção.
O subitem 10.2.4, estabelece que: “Os estabelecimentos com carga instalada superior
a 75 kW devem constituir e manter o Prontuário de Instalações Elétricas.
O Prontuário de Instalações Elétricas deve ser organizado e mantido atualizado pelo
empregador ou pessoa formalmente designada pela empresa, devendo permanecer à
disposição dos trabalhadores envolvidos nas instalações e serviços em eletricidade.
As medidas de proteção coletiva compreendem, prioritariamente, a desenergização
elétrica, na sua impossibilidade, o emprego de tensão de segurança.
Nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de proteção coletiva forem
tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os riscos, devem ser adotados
equipamentos de proteção individual específicos e adequados às atividades desenvolvidas, em
atendimento ao disposto na NR 6.
Treinamento NR10.
Os trabalhadores autorizados a intervir em instalações elétricas devem possuir
treinamento específico sobre os riscos decorrentes do emprego da energia elétrica e as
principais medidas de prevenção de acidentes em instalações elétricas, de acordo com o
estabelecido no Anexo II da NR10.
Deve ser realizado um treinamento de reciclagem bienal e sempre que ocorrer alguma
das situações a seguir:
troca de função ou mudança de empresa;
retorno de afastamento ao trabalho ou inatividade, por período superior a três meses;
modificações significativas nas instalações elétricas ou troca de métodos, processos e
organização do trabalho.
Os trabalhadores com atividades não relacionadas às instalações elétricas
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Introdução a Segurança do Trabalho Profª Naum Victor
desenvolvidas em zona livre e na vizinhança da zona controlada, conforme define esta NR,
devem ser instruídos formalmente com conhecimentos que permitam identificar e avaliar seus
possíveis riscos e adotar as precauções cabíveis.
Procedimento de Trabalho.
Definido no glossário item 20.
Descrição do passo-a-passo da tarefa com medidas de controle.
Descrição do objetivo, campo de aplicação, competência e responsabilidades, base
técnica, medidas de controle e orientações finais. Ordens de serviço que citem as medidas de
controle o os procedimentos.
Responsável pelo serviço.
Situações de Emergência.
As ações de emergência que envolvam as instalações ou serviços com eletricidade
devem constar do plano de emergência da empresa.
Os trabalhadores autorizados devem estar aptos a executar o resgate e prestar
primeiros socorros a acidentados, especialmente por meio de reanimação cardio-respiratória.
A empresa deve possuir métodos de resgate padronizados e adequados às suas
atividades, disponibilizando os meios para a sua aplicação.
Disposições Finais.
Os trabalhadores devem interromper suas tarefas exercendo o direito de recusa,
sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde
ou a de outras pessoas.
Na ocorrência do não cumprimento das normas constantes nesta NR, o MTE adotará
as providências estabelecidas na NR 3.
A documentação prevista nesta NR deve estar, permanentemente, à disposição das
autoridades competentes.
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Introdução a Segurança do Trabalho Profª Naum Victor
Exercicío de fixação (1,0):
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Introdução a Segurança do Trabalho Profª Naum Victor
NR17 – Ergonomia.
Objetivo.
Estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às
características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de
conforto, segurança e desempenho eficiente.
As condições de trabalho incluem aspectos relacionados ao levantamento, transporte e
descarga de materiais, ao mobiliário, aos equipamentos e às condições ambientais do posto de
trabalho e à própria organização do trabalho.
ser utilizado documento de fácil legibilidade sempre que possível, sendo vedada a
utilização do papel brilhante, ou de qualquer outro tipo que provoque ofuscamento.
Os equipamentos utilizados no processamento eletrônico de dados com terminais de
vídeo devem observar o seguinte:
Área de Vivência.
Os canteiros de obras devem dispor de: cc) instalações sanitárias;
dd) vestiário; ee) alojamento;
ff) local de refeições;
gg) cozinha, quando houver preparo de refeições; hh) lavanderia;
ii) área de lazer;
jj) ambulatório, quando se tratar de frentes de trabalho com 50 (cinquenta) ou mais
trabalhadores.
Instalações Elétricas.
Quando não for possível desligar o circuito elétrico, o serviço somente poderá ser
executado após terem sido adotadas as medidas de proteção complementares, sendo
obrigatório o uso de ferramentas apropriadas e equipamentos de proteção individual.
As emendas e derivações dos condutores devem ser executadas de modo que
assegurem a resistência mecânica e contato elétrico adequado.
Os condutores devem ter isolamento adequado, não sendo permitido obstruir a
circulação de materiais e pessoas.
Os circuitos elétricos devem ser protegidos contra impactos mecânicos, umidade e
agentes corrosivos.
Sempre que a fiação de um circuito provisório se tornar inoperante ou dispensável,
deve ser retirada pelo eletricista responsável.
As redes de alta-tensão devem ser instaladas de modo a evitar contatos acidentais com
veículos, equipamentos e trabalhadores em circulação, só podendo ser instaladas pela
concessionária.
Equipamentos de Proteção Individual.
O cinto de segurança tipo abdominal somente deve ser utilizado em serviços de
eletricidade e em situações em que funcione como limitador de movimentação.
O cinto de segurança tipo pára-quedista deve ser utilizado em atividades a mais de
2,00m (dois metros) de altura do piso, nas quais haja risco de queda do trabalhador.
Medidas Administrativas.
manter cadastro atualizado de todos os espaços confinados, inclusive dos desativados,
e respectivos riscos;
definir medidas para isolar, sinalizar, controlar ou eliminar os riscos do espaço
confinado;
manter sinalização permanente junto à entrada do espaço confinado, conforme o
Anexo I da presente norma;
implementar procedimento para trabalho em espaço confinado;
adaptar o modelo de Permissão de Entrada e Trabalho, previsto no Anexo II desta NR,
às peculiaridades da empresa e dos seus espaços confinados;
preencher, assinar e datar, em três vias, a Permissão de Entrada e Trabalho antes do
ingresso de trabalhadores em espaços confinados;
possuir um sistema de controle que permita a rastreabilidade da Permissão de Entrada
e Trabalho;
entregar para um dos trabalhadores autorizados e aoVigia cópia da Permissão de
Entrada e Trabalho;
encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho quando as operações forem completadas,
quando ocorrer uma condição não prevista ou quando houver pausa ou interrupção dos
trabalhos;
manter arquivados os procedimentos e Permissões de Entrada e Trabalho por cinco
anos;
disponibilizar os procedimentos e Permissão de Entrada e Trabalho para o
conhecimento dos trabalhadores autorizados, seus representantes e fiscalização do trabalho;
designar as pessoas que participarão das operações de entrada, identificando os
deveres de cada trabalhador e providenciando a capacitação requerida;
estabelecer procedimentos de supervisão dos trabalhos no exterior e no interior dos
espaços confinados;
assegurar que o acesso ao espaço confinado somente seja
iniciado com acompanhamento e autorização de supervisão capacitada;
garantir que todos os trabalhadores sejam informados dos riscos e medidas de controle
existentes no local de trabalho; e
implementar um Programa de Proteção Respiratória de acordo com a análise de risco,
considerando o local, a complexidade e o tipo de trabalho a ser desenvolvido.
A Permissão de Entrada e Trabalho é válida somente para cada entrada.
Nos estabelecimentos onde houver espaços confinados devem ser observadas, de
forma complementar a presente NR, os seguintes atos normativos: NBR 14606 – Postos de
Serviço
Entrada em Espaço Confinado; e NBR 14787 – Espaço Confinado – Prevenção de
Acidentes, Procedimentos e Medidas de Proteção, bem como suas alterações posteriores.
O procedimento para trabalho deve contemplar, no mínimo: objetivo, campo de
aplicação, base técnica, responsabilidades, competências, preparação, emissão, uso e
cancelamento da Permissão de Entrada e Trabalho, capacitação para os trabalhadores, análise
de risco e medidas de controle.
Os procedimentos para trabalho em espaços confinados e a Permissão de Entrada e
Trabalho devem ser avaliados no mínimo uma vez ao ano e revisados sempre que houver
alteração dos riscos, com a participação do Serviço Especializado em Segurança e Medicina do
Trabalho - SESMT e da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA.
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Introdução a Segurança do Trabalho Profª Naum Victor
Medidas Pessoais.
Todo trabalhador designado para trabalhos em espaços confinados deve ser submetido
a exames médicos específicos para a função que irá desempenhar, conforme estabelecem as
NRs 07 e 31, incluindo os fatores de riscos psicossociais com a emissão do respectivo
Atestado de Saúde Ocupacional - ASO.
Capacitar todos os trabalhadores envolvidos, direta ou indiretamente com os espaços
confinados, sobre seus direitos, deveres, riscos e medidas de controle, conforme previsto nesta
norma.
O número de trabalhadores envolvidos na execução dos trabalhos em espaços
confinados deve ser determinado conforme a análise de risco.
É vedada a realização de qualquer trabalho em espaços confinados de forma individual
ou isolada.
O Supervisor de Entrada deve desempenhar as seguintes funções:
emitir a Permissão de Entrada e Trabalho antes do início das atividades;
executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na
Permissão de Entrada e Trabalho;
assegurar que os serviços de emergência e salvamento estejam disponíveis e que os
meios para acioná-los estejam operantes;
cancelar os procedimentos de entrada e trabalho quando necessário; e
encerrar a Permissão de Entrada e Trabalho após o término dos serviços.
O Vigia deve desempenhar a as seguintes funções:
manter continuamente a contagem precisa do número de trabalhadores autorizados no
espaço confinado e assegurar que todos saiam ao término da atividade;
permanecer fora do espaço confinado, junto à entrada, em contato permanente com os
trabalhadores autorizados;
adotar os procedimentos de emergência, acionando a equipe de salvamento, pública
ou privada, quando necessário;
operar os movimentadores de pessoas; e
ordenar o abandono do espaço confinado sempre que reconhecer algum sinal de
alarme, perigo, sintoma, queixa, condição proibida, acidente, situação não prevista ou quando
não puder desempenhar efetivamente suas tarefas, nem ser substituído por outro Vigia.
Emergência e Salvamento.
O empregador deve elaborar e implementar procedimentos de emergência e resgate
adequados aos espaços confinados.
O pessoal responsável pela execução das medidas de salvamento deve possuir
aptidão física e mental compatível com a atividade a desempenhar.
A capacitação da equipe de salvamento deve contemplar todos os possíveis cenários
de acidentes identificados na análise de risco.
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Introdução a Segurança do Trabalho Profª Naum Victor
ANEXO I – Sinalização
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Introdução a Segurança do Trabalho Profª Naum Victor
Referencias
Atlas, equipe. Segurança e Medicina do Trabalho. 70ª Ed. São Paulo: Atlas, 2012.
BARROS, Alice Monteiro de. CURSO DE DIREITO DE TRABALHO. 7ª Ed. São Paulo:
LTr, 2011.
BRASIL. Lei nº 12.740, de 8 de dezembro de 1912. Altera o art. 193 da CLT, aprovada
pelo Decreto –Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, a fim de redefinir os critérios para
caracterização das atividades ou operações perigosas, e revoga a Lei nº7.369, de 20 de
setembro de 1985.
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