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parte III
1974
allan kaprow
Os modelos seguidos pela arte experimental desta geração não tem sido tanto as
particularmente em relação a como e o quê comunicamos, como nos afeta tal processo,
e como nos conecta com os processos naturais que vão além do social.
Os seguintes exemplos – alguns situados no começo dos anos cinquenta mas a maioria
recentes – foram agrupados de acordo com cinco modelos base que podemos encontrar na
naturais, ecologias, a forma das coisas, lugares e assuntos humanos), modelos auto-
Cleaning Happening (Happening de Limpeza) do grupo High Red Center poderia estender-
aprendizagem.
Dentro destes grupos amplos, as obras derivam de fontes mais específicas. As obras de
Vostell e Neuhaus estão baseadas no modelo de uma visita guiada; Haacke utiliza uma
urna eleitoral como a ferramenta política que de fato é; Ruscha emprega o formato de
um informe policial; Orgel faz paródia de uma rotina doméstica; o sistema ecológico
O essencial agora é compreender o valor das novas atividades em qualquer nível, não
Modelos de Situação
e, creio, seu uso. Qualquer pessoa poderia levar qualquer peça substituindo por outra
de categoria similar, por exemplo, uma gravata violeta poderia ser substituída por uma
faixa do mesmo tom, ou uma meia rosa por uma azul. Dessa forma, a loja mantinha sua
Paul Taylor, vestido com traje social e sem se mover do lugar, adotou diversas poses
Joseph Beuys dirigiu um protesto de cem dias em uma recente Documenta de Kassel.
Durante esse tempo esteve disponível para discutir com qualquer pessoa seus
interesses atuais em torno de uma mudança política e o papel que as artes poderiam
e implicitamente, também estaria qualquer ação futura que pudesse se derivar das
conversas. (1973)
um grupo de dezessete pessoas – a maior parte não eram bailarinos – para que
acordo o tempo e as posições no cenário, independente dos sons que saiam dos alto-
Allen Ruppesberg conseguiu licença para negociar o aluguel de uma pousada em Los
Angeles. Anunciou como Al`s Grand Hotel e ofereceu quartos para aluguel durante
seis fins de semana consecutivos. O hotel dispunha de bar, música, café da manhã
continental, serviço de quarto, souvenirs, e quartos duplos com bom preço. Os quartos
tinham coisas como uma enorme cruz de madeira (o Quarto de Jesus), um piquenique
estendido sobre uma toalha de quadros e paredes cobertas com páginas da revista Life
três andares, dez presentes de casamento, hera de plástico, e flores (A Suíte Nupcial).
da estadia. (1971)
Sandra Orgel realizou uma peça colaborativa na Casa da Mulher em Los Angeles.
Estava sem maquiagem, com uma bata barata e sapatilhas usadas, com bobes de
cabelo e um cigarro pendurado na boca. Colocou uma tábua de passar roupa e ligou
era o único som. Durante dez minutos, silenciosa e metodicamente, passou um lençol
Uma velha máquina de escrever Royal foi jogada de um carro em alta velocidade.
Foi realizada uma documentação fotográfica com medições cuidadosas dos rastros
Joseph Kosuth colocou três mesas ao redor das paredes de um quarto vazio. Três
cadeiras dobráveis para cada mesa foram colocadas de frente para a parede. Nas
No Museu de Arte Moderna, MOMA, Hans Haacke instalou duas caixas de metacrilato
Modelos de Operação
Michael Heizer utilizou uma escavadeira manobrada por um operador para fazer
Barbara Smith produziu um livro com uma fotocopiadora. Começando com uma foto de
sua filha pequena, fez dessa imagem uma cópia, copiou a cópia, e seguiu o processo em
uma longa série. Da mesma forma que acontece com a evolução biológica, as imagens
em uma constelação de pontos até finalmente parecer um mero ponto no espaço. Isso
uma fotografia diferente da mesma menina. (Essa segunda série foi realizada da
o livro). (1967)
Emmet Williams é autor do livro chamado Sweethearts feito mais para ser visto que
lido. Cada página está composta pelo entrecruzamento das onze letras do título
conteúdo borrado mas subliminarmente claro. Este tratamento fílmico do texto lembra
A composição de La Monte Young: Desenhe uma linha reta e siga-a, aconteceu em uma
garagem. Young e um amigo desenharam uma linha no chão com um pedaço de giz
(desde dois pontos, acredito, e à maneira dos topógrafos). O processo teve lugar durante
várias horas durante as quais foram trocados alguns comentários em voz baixa. (1960)
Durante uma parte de uma dança de Yvonne Rainer, um grupo de homens e mulheres
Cada pessoa dispunha de 22 cartões indicando o equipamento de seu carro que deveria
ser ativado depois de uma contagem regressiva: rádio, luzes, limpador de parabrisas,
portas, janelas, motor, bancos, freio, porta-luvas, capota, porta malas, buzina, etc.
(1960)
O grupo japonês High Red Center preparou um evento agit-prop, um Cleaning Happening.
pendurados entre um e seis discos de aço de cinco onças cada. Era pedido ao usuário
que pronunciasse uma ou duas palavras para descobrir o que acontecia com os fonemas
públicas. (1972)
Max Bense distribuiu sessenta e duas palavras aleatoriamente em uma página, como
peixe, nada, muro, ano, sal, caminho, noite e pedra. Considerava-as um <<conjuntos de
palavras>> tal como na teoria matemática de conjuntos. Podiam ser combinadas pelo
leitor em <<conjuntos>> quase infinitos como valores objetuais mais que verbais. (1963)
Modelos Estruturais
estruturais dos sons dos carros que escutava diariamente enquanto dirigia pelo túnel
Lincoln de Nova Iorque. A gravação tinha o som ligeiramente oco de ar ao redor das
orelhas.
horas, em órbitas variáveis, para uma câmera que filmava continuamente. Instalou o
equipamento em uma área deserta do Canadá e a câmera registrou tudo o que havia
a sua frente: terra e céu. Vendo o filme, é possível escutar o som dos motores da
lenta e cuidadosamente em outra garrafa vazia, e vice versa, até que (devido ao leve
Dieter Roth expôs vinte malas velhas cheias de especialidades sortidas de queijos
começaram a apodrecer, alguns começaram a escorrer pelas laterais das malas, todos
e milhares de vermes rastejavam por ali. Obviamente, o cheiro era incrível. (1969)
camarões composto por quatro tanques retangulares de água marinha com diferentes
algas eram nutridas pelo sol e os camarões se alimentavam delas. A medida que o
sol evaporava a água aumentava a salinidade, fazendo com que a água mudasse de
cor, de verde nas zonas menos salgadas a coral brilhante nas mais salgadas. O nível
certo. (1970)
Modelos autoreferenciais
um monitor e, sentada em frente a ele, manteve uma conversa com sua cópia filmada
em torno do assunto: tentar relaxar. Essa cena foi gravada, e reproduzida em outro
monitor para revisão coletiva. (1972)
John Baldessari elegeu um mapa da Califórnia. Determinou os pontos onde suas letras
cada localização, onde pintou ou escreveu com pedras, fios, sementes, madeira, etc.,
Em uma peça de teatro de Robert Whitman duas mulheres atuavam diante da projeção
como uma segunda tela, sobre a qual se projetava um filme onde ela aparecia tirando
a roupa. Seus gestos coincidiam perfeitamente até terminar nua, ainda que todos
podiam ver como cada foto correspondia com seu próprio ponto de vista no quarto ou
nas janelas. A obra funcionava como uma coleção de <<olhos>>, e quando a exposição
foi transferida a outro espaço, logicamente, foram feitas novas fotografias. (1966)
projetado para situar-se tanto dentro como fora da janela do apartamento de Kirby.
Foram feitas fotografias das quatro esquinas do retângulo, para fora e para dentro,
seguinte poema
Robert Morris construiu uma pequena caixa cinza. Do seu interior saíam ruídos de
serras e marteladas. Intitulava-se Box with the sound of its own making (Caixa com o
Modelos de aprendizagem
Robert Rauschenberg produziu uma série de lenços brancos unidos entre si verticalmente.
Como não havia mais nada sobre eles, os espectadores se tornaram conscientes de
Pouco depois, John Cage apresentou 4`33``. O pianista David Tudor abriu a tampa
Volf Vostell forneceu um mapa para viajar na Petite Ceinture (linha circular de ônibus) de
Paris e aconselhou ao viajante prestar atenção aos cartazes rasgados, nos desperdícios,
Alguns anos depois, Max Nehaus levou alguns amigos a uma série de visitas guiada a
dos motores enormes e sentir o edifício vibrar embaixo dos seus pés. (1966, 1967)
outros. (1964?)
George Brecht enviou aos seus amigos pequenos cartões, como este: (1960)
DUAS APROXIMAÇÕES
(
obituárias
)
com o cano diante do inimigo imaginário, Acconci acentuava suas palavras dando
golpes com o cano contra o chão. Um homem do grupo que contemplava a cena em
um monitor a distância decidiu pôr Acconci à prova, o que gerou uma dramática briga.
Estes exemplos marcam um ponto de inflexão na alta cultura. Ainda que os artistas
físico, das idéias e assuntos humanos -ou seja, da <<vida>>- seus modelos primários
eram traduções da vida, ou seja, outras obras de arte. A vida em si era um modelo
por cima dos modos linguísticos definidos pela poesia, pintura, música e outros, e estão
apresentadas como rituais; a obra de Bernard Cooper alude à experiência, que nos é
tão familiar, de tentar responder à conversa do dentista quando temos a boca cheia de
tubos e ganchos; Barbara Smith descobre uma nova forma de retrato aproveitando as
Nada disso se encontra em estado tão natural em obras de arte anteriores. Ao invés
disso, tal atividade precisa ser comparada com a dos modelos indicados, (ou nos induz
a pensar neles se não são imediatamente evidentes em outros exemplos não expostos
aqui). O que segue é um olhar mais próximo a esses modelos de an-arte e ao que
Algumas imitações são projetadas para enganar. Como uma nota falsa de dólar, são
a imitação sugere que, incluindo quando uma obra não tenta endossar uma cópia por
de tal prática.
a cópia dentro da categoria de fraude e o artista dentro da criminal. Sob esta grande
estilo. No passado, os devotos poderiam ter se sentido tão próximos de seu guia que
seus esforços comuns pareciam estar conectados entre si quase de modo místico. Se
esforçaram para dar a impressão de que não existia diferença alguma entre primeira
e segunda mão. Mas na história mais recente, a imitação, não importa seu grau de
sinceridade, é, aos olhos da maioria dos intelectuais, algo sem dúvidas, desonesto, como
Ainda assim as vanguardas da arte permitiram, inclusive dando a abertura a uma certa
entre o artista e o público, a cópia sempre foi explicitamente diferente de sua fonte. O
feito de poder diferenciar no ato uma da outra era algo essencial para seu significado;
por isso o copiado era habitualmente algo pertencente não às belas artes, senão à vida
cotidiana, seus costumes e artefatos. Para colocar um exemplo recente relevante, Alfred
Jarry se apropriou, para Ubu Roi, do estilo de uma sátira de uma peça de marioenetes
escolar que provavelmente ajudou a escrever em sua juventude, um estilo familiar para
instrutivo dos manuais técnicos indicando o método para A noiva desnuda e as notas
uma sirene. O Futurista Luigi Russolo construiu para seus concertos máquinas que
Blaise Cendrars, segundo dizem, copiou cada linha de seu livro de poemas Kodak de
trabalho de Picabia foi executado à maneira dos catálogos de serralherias e dos textos
Dessa forma, se aludia ironicamente, mas com gesto impassível, como se se tratasse de
um ligeiro e vulgar reconhecimento entre amigos, a idéia, ainda que passada de moda
As técnicas de reprodução em massa, afinal, haviam levado a cabo essa tarefa durante
o último quarto do século dezenove (além das figurinhas, lembram dos rolos de música
para pianolas, e as fachadas clássicas de alguns edifícios feitas com moldes de ferro
fundido?), portanto as utopias foram mais ou menos levadas, sem modificação, do entorno
múltiplas imitações, mas levadas a cabo sem nenhuma das habilidades ilusionistas
escritos dos Beats e na Pop Art; na música de Cage, Nehaus e outros; nas <<tarefas
falei dessas formas de cópia, nos parágrafos 1 e 2 deste ensaio). A ironia aqui se encontra
no feito de que o próprio ato que libera o objeto, som ou acontecimento ordinário de uma
rotina indiferente é entendido como novidade. Para o artista não se trata simplesmente
Harold Rosenberg (em The anxious objetc [New York, Horizon, 1964], pp. 61-62) descreve
como esse tipo de ilusionismo recorrente que aparece na Pop Art e no Novo Realismo
da cidade,>> escreve,
apenas um detalhe entre a pedra e o aço que conformam seu habitat. Dada
faz evidente que em nenhum outro período histórico o mundo visível foi
natural e artificial.
O que Rosenberg diz também pode ser apropriado em relação a distinção entre original
e cópia. Por acaso os jovens de cabelo comprido lembram, ou importa a eles, que os
Quem sustentaria que os japoneses não tem direito a uma tecnologia ocidental que lhes
Apenas nas belas artes perdura a questão da originalidade como vestígio de individualismo
artes cênicas promete recompensas cada vez mais tangíveis no terreno intelectual.
Sob qualquer ponto de vista, a originalidade como índice de integridade parece estar
anônimas da vitalidade de uma arte nova. Porque, de fato, os artistas estão descartando
Jill Ciment se deu conta de que cada número do telefone de teclas produz um som
diferente quando fazemos uma chamada. Depois marcou os números de 185 telefones
cassete. Os apitos variavam de tom e duração devido ao tempo, esgotador, que custou
ser levado a cabo durante todo o processo, enquanto que sua dinâmica se mantinha
de uma caixinha de papelão um pouco maior foi enviada por correio a um endereço
de Berkeley, Califórnia. Depois de ser devolvido por ser considerada <<não apta para
envio>>, o pacote foi colocado em outra caixa de papelão ligeiramente maior e reenviado
e por último a Hull, Massachussets, traçando uma linha geográfica que unia as duas
costas dos Estados Unidos (e cobrindo uma extensão de cerca de 10.000 km) em um
O pacote final, todos os impressos e recibos, e um mapa, junto com esta declaração,
-Douglas Huebler
Certamente, os artistas originais ainda podem ser aplaudidos. Tem as idéias e concebem
os protótipos de seus trabalhos. Mas quando faz apenas alguns anos que a popularidade
de Andy Warhol era tão grande que alugou os serviços de um sósia para substituí-lo
intelligentsia), deixou a incômoda impressão de que, hoje em dia, pode ser tão fácil
duplicar um artista como duplicar sua arte. De fato, durante um bom tempo depois de
ser descoberto as pessoas ainda se perguntavam se estavam falando com o Andy real
Ainda que a crítica tenha chegado a um ponto em comum em relação a esta aparente
irreverência, não se prestou atenção suficiente ao gosto atual pelos heróis, criado e
The anxious object, e de novo recentemente, sublinhou o modo com que os meios criam
realidades; no que diz respeito às belas artes, tem algumas reservas em torno do desvio
do objeto de arte criado ao artista como criação, mas aponta que o fenômeno traz à
como se, em favor da perspectiva de McLuhan, cada um de nós nos sentíssemos mais
em contato com essas personalidades através de, por exemplo, um aperto de mãos, se
mesmo tempo, um fenômeno íntimo e público. E sua reprodutibilidade o faz mais real.
É óbvio que o herói em carne e osso não pode estar em todos os lugares nem para todo
mundo. Muito melhor estar em contato com essa fantasia imaterial através de uma
criador da vida. Um artista, um original; um Deus, uma existência. Mas hoje em dia
”o um” é substituído pelo ”múltiplo”, a realidade pode ser percebida como um menu de
no espaço exterior são, hoje em dia, uma realidade graças às tecnologias atuais. Além
desenvolvidas nas principais universidades para o uso dos “novos primitivos” que desejam
mais crítico de tudo, uma educação cultural onde as opções representam o direito da
classe média.
cidade sofisticada a ser construída nas vizinhanças do parque recreativo. Não contaria
concebidos na variedade de estilos e formas que se deseje, mas incluem uma cápsula
modelo Fuller com uma atmosfera controlada ”naturalmente” prazeirosa para o clima
1
tropical úmido da Flórida. Como diz a canção da Disney, ”It’s a small, small world” , e
Já faz tempo que os pilotos de avião treinam com simuladores de vôo que reproduzem
avião de passageiros, podem ver projetado, através da janela da cabine, uma cena de
dia ou de noite que corresponde em detalhe e escala às principais pistas aéreas sobre
A réplica, completada graças a ajuda dos capacetes e das vibrações da cabine, estão
realizadas em terra, razão pela qual meio por brincadeira e meio a sério, alguns
espectadores conjecturaram que toda a história era uma maquete, que apenas mudavam
as legendas.
2
O antropólog Edmund Carpenter, em seu livro They Became What They Beheld (New
York, Outerbridge and Dienstfrey/Dutton, 1970), cita uma frase em torno da chegada do
Nova Iorque a Los Angeles. O escritor, ”estava com um grupo de jornalistas,... e notou
que quase todos observavam o evento através de um televisor instalado para a ocasião. O
caixão real estava passando atrás deles, quase à mesma distância com que contemplavam
Yorker (17 de março de 1973) que ”na televisão mostravam grupos de prisioneiros de
sua cidade...”
plástico, e a grama artificial. E a revista Life, sendo coerente com seu nome, dedicou um
vida na lua são apenas versões diferentes do artifício da natureza humana. A arte, que
David Antin foi convidado a dar uma conferência sobre arte. Falou de forma improvisada
e gravou sua conversa em uma fita cassete. A fita foi transcrita, e todas as frases e
pausas para tomar ar foram indicadas nas linhas de impressão por meio de espaços em
branco. A transcrição foi publicada primeiro como um artigo para uma revista de arte
lido, em silêncio ou em voz alta, não era mais que David Antin falando normalmente.
uma questão,
“São os trabalhos de teoria de arte parte do conjunto de Arte Conceitual e, como tais,
podem, quando são expostos por artistas Conceituais, ser considerados uma obra de
arte em si mesma?” A pergunta foi respondida por Ian Burn e Mel Ramsdem em outro
ensaio sobre este tema, ao declarar que seu texto “contava como obra de arte”. Mas
lidos, em silêncio ou em voz alta, ambos ensaios não eram mais que estetas escrevendo
3 No original, “echo system”. Jogo de palavras entre o termo “ecosistema” e “sistema de ecos” (N.doT.)
foram marcadas em amarelo as palavras “Obras de arte frágeis”. Foram carregados a
reboque por um caminhão junto com dois pallets de sacos de areia e transportados (sob
acordo prévio) ao longo de umas oitocentas milhas até dois museus de arte e a galeria
carregamento dependia do destinatário) e foram expostos como arte; uma foi aceita
como embalagem para outra obra de arte e foi utilizada como tal; outras duas foram
de volta junto com o transportador, McCarn. Ele e seus amigos levaram a cabo o
processo exatamente do mesmo modo que qualquer caminhoneiro teria feito. (1970)
*Nota: optou-se por manter a tradução do termo an artista, proposto por Ricardo
Basbaum na tradução do texto A Educação do An Artista II. Basbaum faz uma revisão
da tradução do título A Educação do Não-Artista I, que teve o termo traduzido
incorretamente como não-arte. Como sinala Basbaum, o texto de Kaprow `elabora
quatro senhas para os membros do clube de arte: nonart, traduzida como não-arte;
art-art, traduzida como arte-arte; un-art, traduzida equivocadamente como não-arte`.