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TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (TCU)

ANÁLISE DE INFORMAÇÕES PARA TODOS OS CARGOS DE AUDITOR DO TCU


AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO
TEORIA E EXERCÍCIOS
AULA O
PROFs: PATRÍCIA QUINTÃO E RICARDO GOMES

Aula 00 - Aula Demonstrativa

TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO (TCU)

Breve Apresentação

Prezado(as) Concurseiros(as) de Plantão,


É com muito prazer que iniciamos o Curso de Teoria e Exercícios
de ANÁLISE DE INFORMAÇÕES PARA TODOS OS CARGOS DE AUDITOR
DO TCU (TEORIA E EXERCÍCIOS) para o Concurso do TCU (Tribunal de
Contas da União)!
O tão aguardado Edital finalmente foi publicado! Agora é a
reta final. A matéria é nova e todos estão cheios de expectativas, não é
verdade? Contudo, tentaremos facilitar ao máximo a vida de vocês
nesta reta final até a data da prova!
O concurso do TCU será mais uma excelente oportunidade de

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entrarmos no serviço público em uma carreira fantástica (Auditor Federal de


Controle Externo – AFCE)!
Nós temos vários colegas que trabalham no TCU e que tecem
elogios rasgados ao Tribunal! Falar bem do TCU até é démodé (quase um
pleonasmo: subir para cima; descer para baixo, etc)...rs
Vamos então nos apresentar:

Profa. Patrícia Quintão


Sou a Profa Patrícia Lima Quintão, moro em Belo Horizonte e
tenho ministrado aulas de informática no Ponto dos Concursos desde
2009 (visando certames como Senado Federal, Banco do Brasil, Câmara dos
Deputados, STF, INSS, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil
do Distrito Federal, MPU, MTE, TCU, TCE, Ministério da Fazenda, Petrobrás,
MPOG, ABIN, TRE, TRT, TSE, ANEEL, SEFAZ-DF, SEFAZ-RJ, SEFAZ-SC, SEFAZ-
SP, ISS-RJ, ISS-BH, ISS-SP, SUSEP, TJ-DFT, TJ-CE, ANVISA, CGU, dentre
outros), além de integrar a equipe dos professores que atuam no Coaching
para Concursos do Ponto, assessorando os candidatos para que consigam
atingir seu objetivo: a aprovação em concurso público, de forma mais rápida e
eficiente. Auxilio também os candidatos na elaboração dos recursos (Ponto
Recursos) e sou coordenadora de todos os cursos de TI e informática básica
do Ponto. Também tenho lecionado disciplinas técnicas do curso de Sistemas
de Informação e Ciência da Computação, tanto na graduação, quanto na pós-
graduação e atuo como Gerente de Segurança da Informação na PRODABEL.
Sou instrutora autorizada CISCO e autora dos seguintes livros:
1) 1001 questões comentadas de informática (Cespe/UnB) pela Editora
Gen/Método. A primeira edição do livro já está disponível em
http://www.grupogen.com.br/1001-questoes-comentadas-de-
informaticacespe.html. Aproveitem ! NOVO! 2) Informática FCC - Questões
comentadas e organizadas por assunto, pela Editora GEN/Método, sob a
coordenação dos grandes mestres Vicente Paulo e Marcelo Alexandrino. Aliás,
vale destacar aqui que a terceira edição desse livro pode ser obtida também
pelo site
http://www.editorametodo.com.br/produtos_descricao.asp?codigo_produto

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= 2303.
Quanto à formação, tenho mestrado em Engenharia de
Sistemas e Computação pela COPPE/UFRJ, sou pós-graduada em
Gerência de Informática e bacharel em Informática pela Universidade
Federal de Viçosa (UFV). Atuo como membro:  da Sociedade Brasileira de
Computação,  do PMI - Project Management Institute (e do Brazil Chapter do
PMI, com sede em BH),  da ISACA (associada também ao Capítulo Brasília), 
da Comissão de Estudo de Técnicas de Segurança (CE-21:027.00) da ABNT
(Associação Brasileira de Normas Técnicas), responsável pela elaboração das
normas brasileiras sobre gestão da Segurança da Informação. Também sou
editora da revista InfraMagazine; tenho certificações técnicas na área de
segurança, governança, redes e perícia forense; além de artigos publicados a
nível nacional e internacional com temas da área de informática.
E como não poderia deixar de ser, nas horas vagas, também
concurseira, tendo sido aprovada em vários concursos, como:  Professora
titular do Departamento de Ciência da Computação do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (2011);  Professora
substituta do Departamento de Ciência da Computação da
Universidade Federal de Juiz de Fora (2011);  Analista de Tecnologia
da Informação/Suporte, Prodabel (2012);  Analista do Ministério
Público MG (2012);  Analista de Sistemas, Dataprev, Segurança da
Informação (2011);  Analista de Sistemas, Infraero (2011);  Analista
- TIC, Prodemge (2011);  Analista de Sistemas, Prefeitura de Juiz de
Fora (2007);  Analista de Sistemas, SERPRO (concursos de 2001 e
2005);  Analista Judiciário (Informática), TRF 2ª Região RJ/ES
(2003), etc.

Prof. Ricardo Gomes


Para quem ainda não me conhece, segue a minha breve
apresentação:
Meu nome é RICARDO GOMES, sou Bacharel em Direito pela
Universidade Federal da Bahia (UFBA), formado no ano de 2007. Dei o
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primeiro passo na caminhada pelos concursos públicos no mesmo ano, quando


fui aprovado exatamente no concurso do Tribunal Superior Eleitoral (TSIE). nos
anos de 2006/2007. Após isso, fui aprovado nos concursos do Tribunal de
Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), do Tribunal Superior do
Trabalho (TST) e da Controladoria-Geral da União (CGU), no ano de 2008. Por
último, logrei êxito no concurso para o cargo de Procurador do Banco Central
do Brasil ( BACEN ), em 2009/2010.
Assim, também sou concurseiro igual a vocês! Atire a primeira
pedra quem não é ou não foi! Rsrs.
Trabalhei por mais de 1 ano no TSE. Posteriormente, trabalhei no
TJDFT e, desde 2008, atuo como Analista de Finanças e Controle da
Controladoria-Geral da União (CGU) .
Por derradeiro, fui aprovado em 70 lugar para Consultor da
Câmara dos Deputados - Área 2 (Direito Processual Civil, Civil e
Internacional) em 2014.

Metodologia e Conteúdo do Curso

Registro que nos Cursos Específicos de concursos pretéritos


(TJDFT, CNJ, STJ, TST, TSE, MP/RJ, MP/PI, TREs, TRTs e Tls Estaduais)
nós abarcamos, em todos eles, 100°/o das questões cobradas na prova !
Inclusive, em Direito Processual Civil e Informática do Ponto, nas provas
do TCU anteriores (2011 e 2013) !
A nossa intenção é repetir a mesma experiência nesse concurso do
TCU-2015! Portanto, aos estudos!
Com o estudo desse material, você, Aluno, não precisará
preocupar-se com a aquisição de outros materiais adicionais ou Li vros de
Análise de Informações. A dica é estudar as Aulas Teóricas, fazer os Exercícios
Comentados, ler a lei seca e repetir os exercícios com gabarito.

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Aconselho a ler o material pelo menos 3 VEZES, deixando 1 delas


para a última semana antes da prova.
Uma das grandes vantagens dos Cursos do Ponto dos Concursos
elaborados para determinados concursos (ex: TCU) é a abordagem específica
de CADA PONTO DO EDITAL, fechando todas as lacunas possíveis de
matérias e questões a serem cobradas pelo examinador.
Os livros (doutrina), a despeito de trazerem uma maior vastidão de
assuntos, são muito pouco específicos, objetivos e direcionados para a sua
prova. Por outro lado, os Cursos do Ponto, de uma maneira geral, tentam levar
ao aluno os principais tópicos a serem cobrados na prova, com base em cada
item do edital, com comentários teóricos e por meio de exercícios de fixação
dos assuntos especificamente estudados nas aulas.
Para o concurso do TCU lançamos os seguintes Cursos:

1. ANÁLISE DE INFORMAÇÕES
2. DIREITO PROCESSUAL CIVIL
3. CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS EM EXERCÍCIOS
COMENTADOS PARA AFCE DO TCU - AUDITORIA DE TI,
GESTÃO, GOVERNANÇA DE TI E ENGENHARIA DE
SOFTWARE (PARTE I)
4. NOÇÕES DE INFORMÁTICA EM EXERCÍCIOS PARA
TÉCNICO FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO DO TCU

Ressalto novamente que este Curso de Análise de Informações,


que agora se inicia, tem por foco preparar os concurseiros que irão concorrer
especificamente ao Cargo de Auditor Federal de Controle Externo do TCU.
Seguindo a linha de nossos Cursos ministrados no Ponto dos
Concursos, este Curso para terá um CARÁTER PRÁTICO, voltado para o que,
efetivamente, vem sendo cobrado nas últimas provas de concursos.
Além do conhecimento e embasamento teórico que o aluno tem
que dominar, é fundamental na preparação para concursos que o aluno faça e
refaça quantos exercícios puder das matérias a ser estudadas, para que os

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TEORIA E EXERCÍCIOS
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conhecimentos apreendidos sejam verdadeiramente solidificados,


aperfeiçoados e lapidados.
Prova disso é que, mesmo após ser realizada uma leitura at enta e
debruçada sobre determinado material, quando vamos responder às questões
ficamos com um "montão" de dúvidas. Parece até que não aprendemos direito,
e ai dizemos: "mas eu estudei isto? como não sei responder à questão?"
Nestes casos, o aluno aprende, mas às vezes a sua visão e
entendimento não foi pontual, não memorizou os pontos mais relevantes,
correndo o risco de errar questões relativamente fáceis pela ausência de
prática e por não ter visto o assunto com "outros olhos", outro viés.
Desse modo, os exercícios propiciam exatamente isto aos alunos:
lapidarem seus conhecimentos teóricos para atentarem facetas não
percebidas ao longo do estudo teórico, além também de revisarem e
rememorarem a teoria.
Historicamente, a Banca Organizadora do Concurso do TCU sempre
foi o tradicional CESPE. Por isso, comentaremos neste curso questões
especialmente do CESPE, sem prejuízo de utilizarmos de outras bancas por
questões didáticas na abordagem de determinados assuntos.
Desse modo, teremos uma parte teórica, com destaques e dicas
dos pontos altos, e uma lista de várias questões estilo do CESPE!!
Ao fina l de cada aula, farei um RESUMO do assunto abordado,
destacando os pontos mais relevantes.

Creio que, com a exaustiva resolução de questões e com uma metodologia


mais prática e didática, conseguiremos fechar a matéria de Análise de
Informações do Edita l do TCU! Até porque comentaremos exaustivamente
todos os pontos do Edital listados abaixo, sem qualquer lacuna.

Gente, é assunto "pra caramba"!! Portanto, aos estudos!


ANÁLISE DE INFORMAÇÕES:
1 Dado, informação, conhecimento e inteligência. Dados estruturados e não estruturados.
Dados abertos. Coleta, tratamento, armazenamento, integração e recuperação de dados.

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2 Banco de dados relacionais: conceitos básicos e características. Metadados. Tabelas, visões


(views) e índices. Chaves e relacionamentos.
3 Noções de modelagem dimensional: conceito e aplicações.
4 Noções de mineração de dados: conceituação e características. Modelo de referência CRISP-
DM. Técnicas para pré- processamento de dados. Técnicas e tarefas de mineração de dados.
Classificação. Regras de associação. Análise de agrupamentos ( clusterização). Detecção de
anomalias. Modelagem preditiva. Aprendizado de máquina. Mineração de texto.
5 Noções de Big Data: conceito, premissas e aplicação.
6 Visualização e análise exploratória de dados.
7 Noções de sistemas de informação da Administração Pública Federal: SIAFI, SIASG e
SICONV. Finalidade. Principais informações.
8 Lei de Acesso a Informação (Lei n° 12.527/2011): conceitos e aplicação.

1. Cronograma do Curso

Este Curso de ANÁLISE DE INFORMAÇÕES para o ,Ig!, como


veremos no cronograma abaixo, será ministrado em apenas 9 AULAS + Aula
Demonstrativa, que se inicia linhas abaixo.
A programação das aulas será nos seguintes termos 1 :
Análise de Informações (Teoria e Exercícios)
o Au la demonstrativa.
1 Lei de Acesso a Informação (Lei nº 12.527/2011): conceitos
(Ricardo) e aplicação. (Parte I)
2 Lei de Acesso a Informação (Lei nº 12.527/2011): conceitos
(Ricardo) e aplicação. (Parte II)
3 Dado, informação, conhecimento e inteligência. Dados
(Patrícia) estruturados e não estruturados. Dados abertos. Coleta,
tratamento, armazenamento, integração e recuperação de
dados.
4 Banco de dados relacionais: conceitos básicos e
( Patrícia ) características . Meta dados. Tabelas, visões (views) e índices.
Chaves e relacionamentos.
5 Noções de sistemas de informação da Administração Pública

1
Obs: o cronograma das Aulas poderá ser alterado a qualquer tempo mediante prévio aviso aos Alunos na pa1te aberta
do curso, no Campo AVISOS.

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( Ricardo) Federal : SIAFI, SIASG e SICONV. Fina lidade. Principais


informações.
6 Noções de modelagem dimensiona l: conceito e aplicações.
( Patrícia)
7 Noções de mineração de dados : conceituação e
( Patrícia) características . Modelo de referência CRISP-DM . Técnicas
para pré- processamento de dados. Técnicas e tarefas de
m ineração de dados. Classificação . Regras de associação.
Análise de agrupamentos (clusterização) . Detecção de
anomalias. Modelagem predit iva . Aprendizado de máq uina .
Mineração de texto.
8 Noções de Big Data : conceito, premissas e aplicação.
( Patrícia) Visual ização e aná lise exploratória de dados.

9 Simu lado final.


( Patrícia)

Obs: Sempre aconselho aos alunos a acompanharem a parte


aberta do Curso, no Campo AVISOS, espaço onde postamos eventuais
recados e informes durante a vigência do Curso, inclusive de possíveis
alterações nas datas das au las. 2

AULA DEMONSTRATIVA

Prezados Alunos, esta é uma pequena Au la Demonstrativa de


nosso Curso, apenas para inicia rmos nosso estudo da matéria .

o Lei Federal n° 12.527, de 18/11/2011 (Lei de


2
Obs: o cronograma das Aulas poderá ser alterado a qualquer tempo mediante prévio aviso aos Alunos na parte abe1ta
do curso, no Campo AVISOS.

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Acesso à Informação).

Na aula de hoje veremos pontos fundamenta is sobre a Lei


12.527/2011 a tão fa lada Lei de Acesso.

1. Lei de Acesso à Informação.

A Lei 12.527/2011 (Lei de Acesso a Informação), É UMA LEI


ORDINÁRIA FEDERAL que entrou em vigor em 16 de maio de 2012, regula o
acesso a informações previsto no inciso XXXIII do art. 50, no inciso II do § 3º
do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição Federal Brasileira; altera a Lei
nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei nº 11.111, de 5 de maio
de 2005, e dispositivos da Lei nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991; e dá outras
providências.

Assim, o direito de acesso à informação é previsto em 3 momentos em


nossa Constituição Federal de acordo com a Lei de Acesso: no artigo 50, inciso
XXXIII, no artigo 37, §3º, inciso II e no artigo 216, §2º.

Para facilitar o entendimento, eis o conteúdo dos normativos:

"Art. 50
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos
informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo
ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de
responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo se;a
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado;"

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A lei que a Constituição fazia referência no inciso acima era a Lei nº


11.111, de 05.05.05, revogada pela Lei 12.257.

“Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos


Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na
administração pública direta e indireta, regulando especialmente:
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a
informações sobre atos de governo, observado o disposto no art.
5º, X e XXXIII;”

O artigo 5º, XXXIII, já foi transcrito anteriormente. O inciso X prevê que


são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas,
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de
sua violação.

Portanto, depreende-se do texto acima que as informações prestadas


pela Administração Pública devem respeitar a vida privada, a honra e a
imagem das pessoas.

Por fim, o artigo 216, §2º da Constituição dispõe:

“Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de


natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em
conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória
dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos
quais se incluem: (...)
§ 2º - Cabem à administração pública, na forma da lei, a

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gestão da documentação governamental e as providências para


franquear sua consulta a quantos dela necessitem.”

É relevante que o leitor saiba que já foram promulgadas, nos últimos


anos, leis que avançaram na interação entre o Estado e o cidadão. No entanto,
a Lei de Acesso foi essencial na medida em que REGULAMENTA
OBRIGAÇÕES, PROCEDIMENTOS e PRAZOS PARA DIVULGAÇÃO DE
INFORMAÇÕES pelas instituições públicas. Essa normatização garante a
EFETIVIDADE do direito de acesso.

QUEM DEVE CUMPRIR OS DITAMES DA LEI DE ACESSO? Nesse


sentido a Lei é abrangente elencando em seus artigos 1º e 2º os órgãos e
entidades subordinadas aos seus normativos, são eles:

i. órgãos e entidades públicas dos três Poderes


(Executivo, Legislativo e Judiciário), de todos os
níveis de governo (federal, estadual, distrital e
municipal);
ii. Tribunais e Contas e o Ministério Público;
iii. Autarquias;
iv. Fundações públicas;
v. Empresas públicas;
vi. Sociedades de economia mista;
vii. demais entidades controladas direta ou
indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal
e Municípios;
viii. entidades privadas sem fins lucrativos que

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recebam recursos públicos para a realização de


ações de interesse público, diretamente do
orçamento ou por meio de subvenções sociais, contrato
de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes
e outros instrumentos similares.

Assim, todos os órgãos públicos integrantes da administração direta dos


Poderes Executivo, Legislativo (incluindo as Cortes de Contas), Judiciário e
Ministério Público, e da administração indireta (autarquias, das fundações
públicas, das empresas públicas, das sociedades de economia mista e demais
entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito
Federal e Municípios) são tutelados pela Lei de Acesso.
Portanto, a Lei de acesso à informação não é restrita à UNIÃO! Cuidado,
hen? No âmbito de cada Estado deve ser editado um Decreto regulamentador
da Lei de Acesso à Informação.
Além desses órgãos e entidades o normativo em comento também
contempla, como revela o caput do art. 2º da Lei 12.527/2011, que também
se subordinam a seus ditames as ENTIDADES PRIVADAS SEM FINS
LUCRATIVOS que recebam, para realização de ações de interesse público,
recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais,
contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros
instrumentos congêneres.

É por essa razão que a Lei de Acesso à informação afigura-se como um


importante instrumento de CONTROLE SOCIAL por meio da
TRANSPARÊNCIA PÚBLICA. Tanto é assim que podemos encontrar

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expressamente gravada em seu art. 3º, inciso V essa afirmação:

“Art. 3º Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a


assegurar o direito fundamental de acesso à informação e devem
ser executados em conformidade com os princípios básicos da
administração pública e com as seguintes diretrizes:
(...)
V – desenvolvimento do controle social da administração
pública.”

Quanto aos PROCEDIMENTOS previstos na Lei de Acesso, os mesmos


destinam-se a assegurar o DIREITO FUNDAMENTAL DE ACESSO À
INFORMAÇÃO. Portanto, é importante ter em mente que a essência da Lei de
Acesso está fundamentada no princípio basilar de que o ACESSO DO
CIDADÃO À INFORMAÇÃO DEVE SER A REGRA e o SIGILO a EXCEÇÃO.
Nesse sentido, a norma determina que qualquer pessoa (sem a necessidade de
haver justificativa acerca do porquê do pedido) poderá solicitar gratuitamente
(salvo hipóteses previstas no art. 12º, parágrafo único da Lei em comento3) a
um órgão público federal (por exemplo) informações de seu INTERESSE
PESSOAL ou mesmo COLETIVO.

3
“Art. 12. O serviço de busca e fornecimento da informação é gratuito, salvo nas hipóteses de
reprodução de documentos pelo órgão ou entidade pública consultada, situação em que poderá ser
cobrado exclusivamente o valor necessário ao ressarcimento do custo dos serviços e dos materiais
utilizados.

Parágrafo único. Estará isento de ressarcir os custos previstos no caput todo aquele cuja situação
econômica não lhe permita fazê-lo sem prejuízo do sustento próprio ou da família, declarada nos termos
da Lei no 7.115, de 29 de agosto de 1983.”

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Portanto, torna-se dever do estado estabelecer procedimentos e criar


ambientes onde as informações sejam disponibilizadas para o cidadão de
forma ágil, inteligível e de fácil acesso. Nessa direção é esclarecedor o inserto
no art. 5º da Lei 12.527:

“Art. 5º É dever do Estado garantir o direito de acesso à


informação, que será franqueada, mediante procedimentos
objetivos e ágeis, de forma transparente, clara e em
linguagem de fácil compreensão.”

O que o legislador quis evitar com esse dispositivo? Quis evitar que as
informações fossem expostas de forma complexa, com uso excessivo de
linguajar técnico. Essa situação inviabilizaria a compreensão da maioria. Ou
seja, mesmo disponível, a informação seria privilégio de poucos. Esse é o
conceito de LINGUAGEM CIDADÃ (acessível).

É dever de todos os órgãos e entidades do poder público assegurar os


seguintes pontos:

 gestão transparente da informação, propiciando amplo acesso a


ela e sua divulgação;
 proteção da informação, garantindo-se sua disponibilidade,
autenticidade e integridade;
 proteção da informação sigilosa e da informação pessoal,
observada a sua disponibilidade, autenticidade, integridade e
eventual restrição de acesso.

O acesso à informação compreende os seguintes direitos de obter:

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1. orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso,


bem como sobre o local onde poderá ser encontrada ou obtida a
informação almejada;
2. informação contida em registros ou documentos, produzidos ou
acumulados por seus órgãos ou entidades, recolhidos ou não a
arquivos públicos;
3. informação produzida ou custodiada por pessoa física ou
entidade privada decorrente de qualquer vínculo com seus
órgãos ou entidades, mesmo que esse vínculo já tenha cessado;
4. informação primária, íntegra, autêntica e atualizada;
5. informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades,
inclusive as relativas à sua política, organização e serviços;
6. informação pertinente à administração do patrimônio público,
utilização de recursos públicos, licitação, contratos administrativos;
7. informação relativa:
a) à implementação, acompanhamento e resultados dos
programas, projetos e ações dos órgãos e entidades
públicas, bem como metas e indicadores propostos;
b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas
de contas realizadas pelos órgãos de controle interno e externo,
incluindo prestações de contas relativas a exercícios anteriores.

Observação! O acesso à informação referidos não compreende as


informações referentes a projetos de pesquisa e desenvolvimento
científicos ou tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado. A regra é que permite, salvo para tais projetos,

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imprescindíveis à segurança nacional.

Ressalte-se que muitas informações acerca dos órgãos da


administração direta e entidades da administração indireta DEVEM (TÊM
QUE) SER DISPONIBILIZADAS INDEPENDENTEMENTE DE QUALQUER
SOLICITAÇÃO DO CIDADÃO. Assim, devem ser disponibilizados na internet
dados sobre o orçamento, despesa anual, licitações, contratos, convênios,
principais programas, quantidade de servidores, podendo ser acompanhados
por qualquer cidadão que tenha um computador ou que possua familiaridade
com a informática.

Contudo, atentem para uma exceção à divulgação de dados por meio da


internet inserta no § 4º do art. 8º:

Art. 8
§ 4º Os Municípios com população de até 10.000 (dez mil)
habitantes ficam dispensados da divulgação obrigatória na
internet a que se refere o § 2º, mantida a obrigatoriedade de
divulgação, em tempo real, de informações relativas à execução
orçamentária e financeira, nos critérios e prazos previstos no art.
73-B da Lei Complementar n.o 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de
Responsabilidade Fiscal).”

É importante que o leitor saiba que essa situação (em que os órgãos e
entidades disponibilizam (sem a necessária provocação do cidadão)
informações) é chamada de TRANSPARÊNCIA ATIVA4 que é expressamente

4
Aquela que é disponibilizada conscientemente pelo sujeito ativo da ação (no caso o poder público), em locais
públicos e de fácil acesso, sem a necessidade de manifestação do cidadão.

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TEORIA E EXERCÍCIOS
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abordada no art.8º da Lei 12.527/2011. Assim, de acordo com o normativo em


comento:

“Art. 8º É dever dos órgãos e entidades públicas promover,


independentemente de requerimentos, a divulgação em local
de fácil acesso, no âmbito de suas competências, de informações
de interesse coletivo ou geral por eles produzidas ou custodiadas.”

No entanto, a Lei de Acesso também trata da TRANSPARÊNCIA


PASSIVA (circunstância em que o cidadão solicita a informação). De tal sorte,
em que pese os recursos da informática também atenderem – em parte – essa
ocorrência, há casos em que o cidadão prefere comparecer pessoalmente à
repartição no intuito de buscar a informação.

Assim, a Lei 12.527/2011, prevê a criação de ambientes físicos nos


órgãos e entidades onde o cidadão possa receber o atendimento devido.
Portanto, não só meios virtuais, como a internet, devem ser utilizados,
cada órgão, entidade pública ou privada que receba recursos governamentais
deve criar e manter, em sua ESTRUTURA FÍSICA, um local onde o cidadão
possa solicitar informações ou esclarecer dúvidas PESSOALMENTE. É por
isso que a Lei de Acesso, conforme a seguir transcrito, também prevê a criação
do SERVIÇO DE INFORMAÇÃO AO CIDADÃO – SIC:

“Art. 9o O acesso a informações públicas será assegurado


mediante:
I - criação de serviço de informações ao cidadão, nos órgãos e
entidades do poder público, em local com condições apropriadas
para:
a) atender e orientar o público quanto ao acesso a

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informações;
b) informar sobre a tramitação de documentos nas suas
respectivas unidades;
c) protocolizar documentos e requerimentos de acesso a
informações; e
II - realização de audiências ou consultas públicas, incentivo à
participação popular ou a outras formas de divulgação.”

O pedido de acesso à informação pode ser apresentado por qualquer


interessado! Basta conter a identificação do requerente e a especificação da
informação solicitada (só isso!). Por isso, a identificação do requerente não
pode conter exigências que inviabilizem a solicitação e são vedadas
quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação de
informações de interesse público.

Assim, um órgão público não pode negar informação ao cidadão sob o


fundamento de que é requisito para a concessão da informação saber os
motivos pelos quais ele quer ter acesso. Exemplo: solicito à Aeronáutica os
registros de voo realizados em 15 de janeiro de 1973 no Estado do Pará; a
Aeronáutica não pode me negar esta informação, alegando que eu preciso
explicitar os motivos (se para saber registros de OVNIS, registros de acidentes,
etc).

Art. 10. Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso


a informações aos órgãos e entidades referidos no art. 1o desta
Lei, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a
identificação do requerente e a especificação da informação
requerida.
§ 1o Para o acesso a informações de interesse público, a
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identificação do requerente não pode conter exigências que


inviabilizem a solicitação.
§ 2o Os órgãos e entidades do poder público devem viabilizar
alternativa de encaminhamento de pedidos de acesso por meio de
seus sítios oficiais na internet.
§ 3o São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos
determinantes da solicitação de informações de interesse público.

Todavia, não bastaria apenas a previsão do direito à informação sem


medidas que garantissem a agilidade e a efetividade do atendimento às
solicitações cidadãs. Com esse intuito, a Lei 12.527 também prevê que os
gestores públicos não poderão negar o acesso à informação, devendo ser
disponibilizada de IMEDIATO, ou na impossibilidade do atendimento
imediato do pleito, num prazo máximo de 20 DIAS 5. É esse o entendimento
advindo da leitura do art. 11, § 1º da Lei de Acesso:

“Art. 11. O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder


o acesso imediato à informação disponível.
§ 1º Não sendo possível conceder o acesso imediato, na forma
disposta no caput, o órgão ou entidade que receber o pedido
deverá, em prazo não superior a 20 (vinte) dias:
(...)
§ 2º O prazo referido no § 1º poderá ser prorrogado por mais 10
(dez) dias, mediante justificativa expressa, da qual será
cientificado o requerente.”

5
O prazo de 20(vinte) dias poderá ser prorrogado por mais 10 (dez) dias, mediante justificativa expressa, da qual será
cientificado o requerente conforme § 2º do art. 11 da Lei 12.527 de 2011.

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Do exposto, pode-se depreender que um aspecto fundamental acerca da


Lei de Acesso é que o solicitante NÃO PRECISA JUSTIFICAR AS RAZÕES
DO SEU PEDIDO DE INFORMAÇÃO. E ainda, os gestores públicos não
poderão negar as informações solicitadas pelos cidadãos, tendo um prazo de
20 (VINTE DIAS) para RESPONDER ao questionamento.

No entanto, veremos mais adiante que o gestor poderá negar o acesso


à informação de acordo com a classificação da mesma como ultrassecreta,
secreta ou reservada. Mas, ainda assim, a Lei garante que qualquer cidadão
possui a faculdade de apresentar PEDIDO DE DESCLASSIFICAÇÃO ou
RECURSO CONTRA A NEGATIVA DE ACESSO À INFORMAÇÃO conforme o
disposto na Lei de Acesso. Nesse sentido, o quadro exposto na folha seguinte
resumirá os principais pontos abarcados pelos artigos 15, 16, 17 e 18 da Lei de
Acesso.

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INDEFERIMENTO 1 ª INSTÁNCIA RECURSAL 2 ª INSTANCIA RECURSAL 3 ª INSTANCIA RECURSAL


Autoridade hierarquicamente Controladoria-Geral da União Comissão Mista de Reavaliação de
ACESSO À s uperior à que exarou a decisão - CGU (OS (cinco) dias para Informações.
INFORMAÇÃO impugnada (OS (cinco) dias para deliberar sobre o assunto)
se pronunciar) (art. 15, § único)
Autoridade hierarquicamente Recurso ao Ministro de Estado Comissão Mista de Reavaliação de
s uperior à que exarou a decisão da respectiva Área (art. 17 Informações. (art. 17 caput)
impugnada . No caso das Forças caput ) sem prejuízo do disposto
PEDIDO DE
Armadas, ao respectivo Co mando no art. 16.
DESCLASSIFICAÇÃO
(art. 17, § 1º).

É bom frisar que ESSAS REGRAS VALEM PARA O PODER EXECUTIVO, os poderes Legislativo, Judiciário
e o Ministério público criarão regulamento próprio para a matéria conforme inserto no art. 18 da Lei de Acesso

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EXERCÍCIOS COMENTADOS

QUESTÃO 1 (CESPE - BACEN - Analista - 2013}


Julgue os itens subsecutivos, com base no disposto na Lei n. 0
12.527 /2011.

Sendo pessoas jurídicas de direito privado, as empresas públicas não estão


sujeitas às regras previstas na referida lei.

COMENTÁRIOS:
A LA! abarca todas as entidades Admin istração Direta e Indireta,
inclusive empresas públicas. Nesse sentido a Lei é abrangente elencando em
seus artigos 1o e 2º os órgãos e entidades subordinadas aos seus normativos,
são eles:
i. órgãos e entidades públicas dos três Poderes
(Executivo, Legislativo e Judiciário), de todos os
níveis de governo (federal, estadual, distrital e
municipal );
ii. Tribunais e Contas e o Ministério Público;
iii. Autarqu ias;
iv. Fundações públicas;
v. Empresas públicas;
vi . Sociedades de economia mista;
vii . demais entidades controladas direta ou
indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal

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e Municípios;
viii. entidades privadas sem fins lucrativos que
recebam recursos públicos para a realização de
ações de interesse público, diretamente do
orçamento ou por meio de subvenções sociais, contrato
de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes
e outros instrumentos similares.
Assim, todos os órgãos públicos integrantes da administração direta dos
Poderes Executivo, Legislativo (incluindo as Cortes de Contas), Judiciário e
Ministério Público, e da administração indireta (autarquias, das fundações
públicas, das empresas públicas, das sociedades de economia mista e demais
entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito
Federal e Municípios) são tutelados pela Lei de Acesso.

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 2 (CESPE – BACEN – Analista - 2013)


Julgue os itens subsecutivos, com base no disposto na Lei n.º
12.527 / 2011.
O Órgão Público não pode exigir do particular que ele apresente os motivos
determinantes da solicitação de informações de interesse público por ele
realizada.

COMENTÁRIOS:

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O pedido de acesso à informação pode ser apresentado por qualquer


interessado! Basta conter a identificação do requerente e a especificação da
informação solicitada (só isso!). Por isso, a identificação do requerente não
pode conter exigências que inviabilizem a solicitação e são vedadas
quaisquer exigências relativas aos motivos determinantes da solicitação de
informações de interesse público.

Art. 10. Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso


a informações aos órgãos e entidades referidos no art. 1o desta
Lei, por qualquer meio legítimo, devendo o pedido conter a
identificação do requerente e a especificação da informação
requerida.
§ 1o Para o acesso a informações de interesse público, a
identificação do requerente não pode conter exigências que
inviabilizem a solicitação.
§ 2o Os órgãos e entidades do poder público devem viabilizar
alternativa de encaminhamento de pedidos de acesso por meio de
seus sítios oficiais na internet.
§ 3o São vedadas quaisquer exigências relativas aos
motivos determinantes da solicitação de informações de
interesse público.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 3 (Legislação - Ponto dos Concursos - Ricardo Gomes) Sobre


a Lei de Acesso, é correto afirmar que:

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a) A Lei 12.527/2011 é uma Lei Complementar Federal que entrou em vigor


em 16 de maio de 2012.

b) A Lei de Acesso a Informação é uma Lei Ordinária Federal que entrou em


vigor na data de sua publicação.

c) A Lei 12.527/2011 (Lei de Acesso a Informação) é uma Lei Complementar


que entrou em vigor na data de sua publicação.

d) A Lei 12.527/2011 (Lei de Acesso a Informação) é uma Lei Ordinária


Federal que entrou em vigor em 16 de maio de 2012.

e) A Lei 12.527/2011 em conjunto com a Lei 11.111 formam o arcabouço


jurídico que regulamenta o Acesso à Informação no Brasil.

COMENTÁRIOS:
Como visto, a Lei 12.527/2011 (Lei de Acesso a Informação) é uma Lei
Ordinária Federal que entrou em vigor em 16 de maio de 2012. Além disso, a
Lei de Acesso REVOGOU o disposto na Lei nº 11.111, de 5 de maio de 2005.

RESPOSTA CERTA: D

QUESTÃO 4 (Legislação - Ponto dos Concursos - Ricardo Gomes)


Marque a assertiva que contempla todos aqueles que se subordinam aos
ditames da Lei 12.527 (Lei de Acesso):

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a) Os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes


Executivo e Judiciário e do Ministério Público, as autarquias, as fundações
públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais
entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito
Federal e Municípios. No entanto, a Lei de Acesso não alcança as entidades
privadas quaisquer que sejam.

b) Os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes


Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do
Ministério Público, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas,
as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou
indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. No entanto, a
Lei de Acesso não alcança as entidades privadas quaisquer que sejam.

c) Os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes


Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do
Ministério Público, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas,
as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou
indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Também são
aplicadas as disposições desta Lei, no que couber, às entidades privadas sem
fins lucrativos que recebam, para realização de ações de interesse público,
recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais,
contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros
instrumentos congêneres.

d) Os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes


Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do

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Ministério Público, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas,


as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou
indiretamente pela União. Também são aplicadas as disposições desta Lei, no
que couber, às entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para
realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do
orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de
parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres.

e) Os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes


Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do
Ministério Público, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas,
as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou
indiretamente pela União, Estados e Municípios. Por ser um estado anômalo o
Distrito Federal não necessita seguir os ditames expressos na Lei de Acesso.
Também são aplicadas as disposições desta Lei, no que couber, às entidades
privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização de ações de
interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante
subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo,
ajustes ou outros instrumentos congêneres.

COMENTÁRIOS:
Na assertiva “a” faltou o poder Legislativo, incluindo as Cortes de Contas. Além
disso, a Lei de Acesso também alcança as entidades privadas sem fins
lucrativos que recebam, para realização de ações de interesse público,
recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais,

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contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros


instrumentos congêneres. A assertiva “b” está incorreta tendo em vista que as
entidades privadas, nos casos elencados na Lei de Acesso, também são
alcançadas pelo dispositivo legal. A assertiva “c” é o conteúdo expresso no
parágrafo único, incisos I e II do art. 1º e no art. 2º da Lei de Acesso. Na
assertiva “d” faltou dizer que também são tuteladas pela Lei as autarquias, as
fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e
demais entidades controladas direta ou indiretamente pelos Estados, Distrito
Federal e Municípios. Sobre a assertiva “e” basta dizer que o Distrito Federal
também é abrangido pela tutela da Lei 12.527.

RESPOSTA CERTA: C

QUESTÃO 5 (Legislação - Ponto dos Concursos - Ricardo Gomes)


A lei de Acesso implementou uma série de avanços que corroboram com o
Controle Social. Esses avanços se mostram inclusive na utilização de meios
modernos para a divulgação das informações. Nesse sentido, a Lei de Acesso
obriga a União, o Distrito Federal e todos os Estados e Municípios a divulgarem
na internet determinadas informações independentemente da solicitação do
cidadão. Trata-se da transparência ativa.

a) A assertiva está Incorreta pois a Lei implementou avanços no que diz


respeito ao Acesso à informação mas não avançou muito no que concerne ao
Controle Social.

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b) A assertiva está Incorreta pois o enunciado se refere à transparência


passiva.

c) A assertiva está totalmente Correta.

d) A assertiva está Incorreta pois os Municípios de até 10.000 habitantes


dispensados da divulgação obrigatória da Internet e o enunciado se refere à
transparência passiva.

e) A assertiva está Incorreta pois os Municípios de até 10.000 habitantes


dispensados da divulgação obrigatória da Internet.

COMENTÁRIOS:
A assertiva “e” corresponde ao insculpido no § 4º do art. 8º da Lei de Acesso à
Informação. Além disso, o enunciado se refere de fato à Transparência Ativa.
“§ 4o Os Municípios com população de até 10.000 (dez mil)
habitantes ficam dispensados da divulgação obrigatória na internet
a que se refere o § 2o, mantida a obrigatoriedade de divulgação,
em tempo real, de informações relativas à execução orçamentária
e financeira, nos critérios e prazos previstos no art. 73-B da Lei
Complementar no 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de
Responsabilidade Fiscal).”

RESPOSTA CERTA: E

QUESTÃO 6 (Legislação - Ponto dos Concursos - Ricardo Gomes):

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A Lei de Acesso à Informação avançou muito no que diz respeito à


transparência ativa. No entanto, não dispôs, em seu texto, acerca da
transparência passiva. Assinale o único item abaixo que corresponde à
assertiva correta:

a) O enunciado está Correto pois o texto da Lei de Acesso não dispôs acerca
da transparência passiva.
b) O enunciado está Incorreto pois ocorreu o contrário, o texto da norma
dispôs sobre transparência passiva não se referindo porém à
transparência ativa.
c) O enunciado está incorreto tanto no que diz respeito à transparência
ativa quanto no que concerne à trasparência passiva pois a Lei de Acesso
trata somente da classificação da informação.
d) O enunciado está incorreto pois a Lei de Acesso também trata da
transparência passiva em seu texto.
e) O enunciado está incorreto pois a Lei de Acesso trata da transparência
passiva quando dispõe que determinadas as informações serão
disponibilizadas na internet.

COMENTÁRIOS:
A assertiva “d” é a correta pois a Lei de Acesso também trata da transparência
passiva em seu texto quando dispõe em seu art. 9º sobre o Serviço de
Informação ao Cidadão - SIC. Assim:

“Art. 9o O acesso a informações públicas será assegurado


mediante:

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I - criação de serviço de informações ao cidadão, nos órgãos


e entidades do poder público, em local com condições
apropriadas para:

a) atender e orientar o público quanto ao acesso a informações;

b) informar sobre a tramitação de documentos nas suas


respectivas unidades;

c) protocolizar documentos e requerimentos de acesso a


informações; e

II - realização de audiências ou consultas públicas, incentivo à


participação popular ou a outras formas de divulgação.”

RESPOSTA CERTA: D

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EXERCÍCIOS COM GABARITO


QUESTÃO 1 (CESPE - BACEN - Analista - 2013}
Julgue os itens subsecutivos, com base no disposto na Lei n. 0
12.527 /2011.

Sendo pessoas jurídicas de direito privado, as empresas públicas não estão


sujeitas às regras previstas na referida lei.
QUESTÃO 2 (CESPE - BACEN - Analista - 2013}
Julgue os itens subsecutivos, com base no disposto na Lei n. 0
12.527 / 2011.
O Órgão Públ ico não pode exigir do particular que ele apresente os motivos
determinantes da solicitação de informações de interesse público por ele
realizada.

QUESTÃO 3 (Legislação - Ponto dos Concursos - Ricardo Gomes) Sobre


a Lei de Acesso, é correto afirmar que:

a) A Lei 12.527/2011 é uma Lei Complementar Federal que entrou em vigor


em 16 de maio de 2012.

b) A Lei de Acesso a Informação é uma Lei Ordinária Federal que entrou em


vigor na data de sua publicação.

c) A Lei 12.527/2011 (Lei de Acesso a Informação) é uma Lei Complementar


que entrou em vigor na data de sua publicação.

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d) A Lei 12.527/2011 (Lei de Acesso a Informação) é uma Lei Ordinária


Federal que entrou em vigor em 16 de maio de 2012.

e) A Lei 12.527/2011 em conjunto com a Lei 11.111 formam o arcabouço


jurídico que regulamenta o Acesso à Informação no Brasil.

QUESTÃO 4 (Legislação - Ponto dos Concursos - Ricardo Gomes)


Marque a assertiva que contempla todos aqueles que se subordinam aos
ditames da Lei 12.527 (Lei de Acesso):

a) Os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes


Executivo e Judiciário e do Ministério Público, as autarquias, as fundações
públicas, as empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais
entidades controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito
Federal e Municípios. No entanto, a Lei de Acesso não alcança as entidades
privadas quaisquer que sejam.

b) Os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes


Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do
Ministério Público, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas,
as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou
indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. No entanto, a
Lei de Acesso não alcança as entidades privadas quaisquer que sejam.

c) Os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes


Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do
Ministério Público, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas,
as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou

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indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Também são


aplicadas as disposições desta Lei, no que couber, às entidades privadas sem
fins lucrativos que recebam, para realização de ações de interesse público,
recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais,
contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros
instrumentos congêneres.

d) Os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes


Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do
Ministério Público, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas,
as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou
indiretamente pela União. Também são aplicadas as disposições desta Lei, no
que couber, às entidades privadas sem fins lucrativos que recebam, para
realização de ações de interesse público, recursos públicos diretamente do
orçamento ou mediante subvenções sociais, contrato de gestão, termo de
parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros instrumentos congêneres.

e) Os órgãos públicos integrantes da administração direta dos Poderes


Executivo, Legislativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do
Ministério Público, as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas,
as sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou
indiretamente pela União, Estados e Municípios. Por ser um estado anômalo o
Distrito Federal não necessita seguir os ditames expressos na Lei de Acesso.
Também são aplicadas as disposições desta Lei, no que couber, às entidades
privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização de ações de
interesse público, recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante

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subvenções sociais, contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo,


ajustes ou outros instrumentos congêneres.

QUESTÃO 5 (Legislação - Ponto dos Concursos - Ricardo Gomes)


A lei de Acesso implementou uma série de avanços que corroboram com o
Controle Social. Esses avanços se mostram inclusive na utilização de meios
modernos para a divulgação das informações. Nesse sentido, a Lei de Acesso
obriga a União, o Distrito Federal e todos os Estados e Municípios a divulgarem
na internet determinadas informações independentemente da solicitação do
cidadão. Trata-se da transparência ativa.

a) A assertiva está Incorreta pois a Lei implementou avanços no que diz


respeito ao Acesso à informação mas não avançou muito no que concerne ao
Controle Social.

b) A assertiva está Incorreta pois o enunciado se refere à transparência


passiva.

c) A assertiva está totalmente Correta.

d) A assertiva está Incorreta pois os Municípios de até 10.000 habitantes


dispensados da divulgação obrigatória da Internet e o enunciado se refere à
transparência passiva.

e) A assertiva está Incorreta pois os Municípios de até 10.000 habitantes


dispensados da divulgação obrigatória da Internet.

QUESTÃO 6 (Legislação - Ponto dos Concursos - Ricardo Gomes):

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A Lei de Acesso à I nformação avançou muito no que diz respeito à


transparência ativa. No entanto, não dispôs, em seu texto, acerca da
transparência passiva. Assinale o único item abaixo que corresponde à
assertiva correta:

f) O enunciado está Correto pois o texto da Lei de Acesso não dispôs acerca
da transparência passiva.
g) O enunciado está Incorreto pois ocorreu o contrário, o texto da norma
dispôs sobre transparência passiva não se referindo porém à
transparência ativa.
h) O enunciado está incorreto tanto no que diz respeito à transparência
ativa quanto no que concerne à trasparência passiva pois a Lei de Acesso
trata somente da classificação da informação.
i) O enunciado está incorreto pois a Lei de Acesso também trata da
transparência passiva em seu texto.
j) O enunciado está incorreto pois a Lei de Acesso trata da transparência
passiva quando dispõe que determinadas as informações serão
disponibi lizadas na internet.

GABARITOS OFICIAIS

1 2 3 4 5 6
E e D e E D

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RESUMO DA AULA
- A Lei 12.527/2011 (Lei de Acesso a Informação), É UMA LEI ORDINÁRIA
FEDERAL

- A Lei nº 11.111, de OS.OS.OS, foi revogada pela Lei 12.257

- Já foram promulgadas leis que avançaram na interação entre o Estado e o


cidadão. No entanto, a Lei de Acesso foi essencial na medida em que
REGULAMENTA OBRIGAÇÕES, PROCEDIMENTOS e PRAZOS PARA
DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÕES pelas instituições públicas. Essa
normatização garante a EFETIVIDADE do direito de acesso.

- São órgãos e entidades públicas e privadas subordinados aos ditames da Lei


de Acesso:

a) órgãos e entidades públicas dos três Poderes (Executivo, Legislativo e


Judiciário), de todos os níveis de governo (federal, estadual, distrital e
municipal);
b) Tribunais e Contas e o Ministério Público;
c) autarquias;
d) fundações públicas;
e) empresas públicas;
f) sociedades de economia mista;
g) dema is entidades controladas direta ou indiretamente pela União,
Estados, Distrito Federal e Municípios;

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h) entidades privadas sem fins lucrativos que recebam recursos


públicos para a realização de ações de interesse público, diretamente do
orçamento ou por meio de subvenções sociais, contrato de gestão, termo de
parceria, convênios, acordo, ajustes e outros instrumentos similares.

- A Lei de Acesso à informação é um importante instrumento de CONTROLE


SOCIAL por meio da TRANSPARÊNCIA PÚBLICA.

- É objetivo da Lei 12.527/2011 ASSEGURAR O DIREITO FUNDAMENTAL


DE ACESSO À INFORMAÇÃO

- O ACESSO DO CIDADÃO À INFORMAÇÃO DEVE SER A REGRA, E O


SIGILO, A EXCEÇÃO

- A TRANSPARÊNCIA ATIVA consiste na disponibilização de informações


INDEPENDENTEMENTE DE QUALQUER SOLICITAÇÃO DO CIDADÃO.

- A Lei de Acesso também trata de ações para melhorar aspectos referentes à


TRANSPARÊNCIA PASSIVA. Uma dessas ações é a criação do SERVIÇO DE
INFORMAÇÃO AO CIDADÃO – SIC.

- A Lei 12.527 também prevê que os gestores públicos não poderão negar o
acesso à informação, devendo está ser disponibilizada de IMEDIATO, ou
na impossibilidade do atendimento imediato do pleito, num prazo máximo de
20 (vinte) dias, podendo esse prazo ser prorrogado por mais 10 (dez)
dias, mediante justificativa expressa, da qual será cientificado o requerente.

- O solicitante NÃO PRECISA JUSTIFICAR AS RAZÕES DO SEU PEDIDO


DE INFORMAÇÃO

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LEGISLAÇÃO DA AULA

LEI Nº 12.527 /2011.

CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. lo Esta Lei d ispõe sobre os proced imentos a serem observados pela
União, Estados, Distrito Federa l e Municípios, com o fim de garantir o acesso a
informações previsto no inciso XXXIII do art. So, no inciso II do § 30 do art. 37 e no §
2º do art. 216 da Constituição Federa l.
Pa rág rafo único. Subord inam-se ao regime desta Lei:
I - os órgãos públicos integra ntes da administração direta dos Poderes
Executivo, Legis lativo, incluindo as Cortes de Contas, e Judiciário e do Ministério
Público;

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II - as autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as


sociedades de economia mista e demais entidades controladas direta ou
indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
Art. 2o Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, às entidades
privadas sem fins lucrativos que recebam, para realização de ações de interesse
público, recursos públicos diretamente do orçamento ou mediante subvenções sociais,
contrato de gestão, termo de parceria, convênios, acordo, ajustes ou outros
instrumentos congêneres.
Parágrafo único. A publicidade a que estão submetidas as entidades
citadas no caput refere-se à parcela dos recursos públicos recebidos e à sua
destinação, sem prejuízo das prestações de contas a que estejam legalmente
obrigadas.
Art. 3o Os procedimentos previstos nesta Lei destinam-se a assegurar o
direito fundamental de acesso à informação e devem ser executados em conformidade
com os princípios básicos da administração pública e com as seguintes diretrizes:
I - observância da publicidade como preceito geral e do sigilo como
exceção;
II - divulgação de informações de interesse público, independentemente
de solicitações;
III - utilização de meios de comunicação viabilizados pela tecnologia da
informação;
IV - fomento ao desenvolvimento da cultura de transparência na
administração pública;
V - desenvolvimento do controle social da administração pública.
Art. 4o Para os efeitos desta Lei, considera-se:
I - informação: dados, processados ou não, que podem ser utilizados
para produção e transmissão de conhecimento, contidos em qualquer meio, suporte
ou formato;

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II - documento: unidade de registro de informações, qualquer que seja o


suporte ou formato;
III - informação sigilosa: aquela submetida temporariamente à restrição
de acesso público em razão de sua imprescindibilidade para a segurança da sociedade
e do Estado;
IV - informação pessoal: aquela relacionada à pessoa natural identificada
ou identificável;
V - tratamento da informação: conjunto de ações referentes à produção,
recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transporte, transmissão,
distribuição, arquivamento, armazenamento, eliminação, avaliação, destinação ou
controle da informação;
VI - disponibilidade: qualidade da informação que pode ser conhecida e
utilizada por indivíduos, equipamentos ou sistemas autorizados;
VII - autenticidade: qualidade da informação que tenha sido produzida,
expedida, recebida ou modificada por determinado indivíduo, equipamento ou
sistema;
VIII - integridade: qualidade da informação não modificada, inclusive
quanto à origem, trânsito e destino;
IX - primariedade: qualidade da informação coletada na fonte, com o
máximo de detalhamento possível, sem modificações.
Art. 5o É dever do Estado garantir o direito de acesso à informação, que
será franqueada, mediante procedimentos objetivos e ágeis, de forma transparente,
clara e em linguagem de fácil compreensão.
CAPÍTULO II
DO ACESSO A INFORMAÇÕES E DA SUA DIVULGAÇÃO
Art. 6o Cabe aos órgãos e entidades do poder público, observadas as
normas e procedimentos específicos aplicáveis, assegurar a:
I - gestão transparente da informação, propiciando amplo acesso a ela e

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sua divulgação;
II - proteção da informação, garantindo-se sua disponibilidade,
autenticidade e integridade; e
III - proteção da informação sigilosa e da informação pessoal, observada
a sua disponibilidade, autenticidade, integridade e eventual restrição de acesso.
Art. 7o O acesso à informação de que trata esta Lei compreende, entre
outros, os direitos de obter:
I - orientação sobre os procedimentos para a consecução de acesso, bem
como sobre o local onde poderá ser encontrada ou obtida a informação almejada;
II - informação contida em registros ou documentos, produzidos ou
acumulados por seus órgãos ou entidades, recolhidos ou não a arquivos públicos;
III - informação produzida ou custodiada por pessoa física ou entidade
privada decorrente de qualquer vínculo com seus órgãos ou entidades, mesmo que
esse vínculo já tenha cessado;
IV - informação primária, íntegra, autêntica e atualizada;
V - informação sobre atividades exercidas pelos órgãos e entidades,
inclusive as relativas à sua política, organização e serviços;
VI - informação pertinente à administração do patrimônio público,
utilização de recursos públicos, licitação, contratos administrativos; e
VII - informação relativa:
a) à implementação, acompanhamento e resultados dos programas,
projetos e ações dos órgãos e entidades públicas, bem como metas e indicadores
propostos;
b) ao resultado de inspeções, auditorias, prestações e tomadas de contas
realizadas pelos órgãos de controle interno e externo, incluindo prestações de contas
relativas a exercícios anteriores.
§ 1o O acesso à informação previsto no caput não compreende as
informações referentes a projetos de pesquisa e desenvolvimento científicos ou

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tecnológicos cujo sigilo seja imprescindível à segurança da sociedade e do Estado.


§ 2o Quando não for autorizado acesso integral à informação por ser ela
parcialmente sigilosa, é assegurado o acesso à parte não sigilosa por meio de
certidão, extrato ou cópia com ocultação da parte sob sigilo.
§ 3o O direito de acesso aos documentos ou às informações neles
contidas utilizados como fundamento da tomada de decisão e do ato administrativo
será assegurado com a edição do ato decisório respectivo.
§ 4o A negativa de acesso às informações objeto de pedido formulado
aos órgãos e entidades referidas no art. 1o, quando não fundamentada, sujeitará o
responsável a medidas disciplinares, nos termos do art. 32 desta Lei.
§ 5o Informado do extravio da informação solicitada, poderá o
interessado requerer à autoridade competente a imediata abertura de sindicância para
apurar o desaparecimento da respectiva documentação.
§ 6o Verificada a hipótese prevista no § 5o deste artigo, o responsável
pela guarda da informação extraviada deverá, no prazo de 10 (dez) dias, justificar o
fato e indicar testemunhas que comprovem sua alegação.
Art. 8o É dever dos órgãos e entidades públicas promover,
independentemente de requerimentos, a divulgação em local de fácil acesso, no
âmbito de suas competências, de informações de interesse coletivo ou geral por eles
produzidas ou custodiadas.
§ 1o Na divulgação das informações a que se refere o caput, deverão
constar, no mínimo:
I - registro das competências e estrutura organizacional, endereços e
telefones das respectivas unidades e horários de atendimento ao público;
II - registros de quaisquer repasses ou transferências de recursos
financeiros;
III - registros das despesas;
IV - informações concernentes a procedimentos licitatórios, inclusive os

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respectivos editais e resultados, bem como a todos os contratos celebrados;


V - dados gerais para o acompanhamento de programas, ações, projetos
e obras de órgãos e entidades; e
VI - respostas a perguntas mais frequentes da sociedade.
§ 2o Para cumprimento do disposto no caput, os órgãos e entidades
públicas deverão utilizar todos os meios e instrumentos legítimos de que dispuserem,
sendo obrigatória a divulgação em sítios oficiais da rede mundial de computadores
(internet).
§ 3o Os sítios de que trata o § 2o deverão, na forma de regulamento,
atender, entre outros, aos seguintes requisitos:
I - conter ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita o acesso à
informação de forma objetiva, transparente, clara e em linguagem de fácil
compreensão;
II - possibilitar a gravação de relatórios em diversos formatos
eletrônicos, inclusive abertos e não proprietários, tais como planilhas e texto, de
modo a facilitar a análise das informações;
III - possibilitar o acesso automatizado por sistemas externos em
formatos abertos, estruturados e legíveis por máquina;
IV - divulgar em detalhes os formatos utilizados para estruturação da
informação;
V - garantir a autenticidade e a integridade das informações disponíveis
para acesso;
VI - manter atualizadas as informações disponíveis para acesso;
VII - indicar local e instruções que permitam ao interessado comunicar-
se, por via eletrônica ou telefônica, com o órgão ou entidade detentora do sítio; e
VIII - adotar as medidas necessárias para garantir a acessibilidade de
conteúdo para pessoas com deficiência, nos termos do art. 17 da Lei no 10.098, de 19
de dezembro de 2000, e do art. 9o da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com

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Deficiência, aprovada pelo Decreto Legislativo no 186, de 9 de julho de 2008.


§ 4o Os Municípios com população de até 10.000 (dez mil) habitantes
ficam dispensados da divulgação obrigatória na internet a que se refere o § 2o,
mantida a obrigatoriedade de divulgação, em tempo real, de informações relativas à
execução orçamentária e financeira, nos critérios e prazos previstos no art. 73-B da
Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).
Art. 9o O acesso a informações públicas será assegurado mediante:
I - criação de serviço de informações ao cidadão, nos órgãos e entidades
do poder público, em local com condições apropriadas para:
a) atender e orientar o público quanto ao acesso a informações;
b) informar sobre a tramitação de documentos nas suas respectivas
unidades;
c) protocolizar documentos e requerimentos de acesso a informações; e
II - realização de audiências ou consultas públicas, incentivo à
participação popular ou a outras formas de divulgação.
CAPÍTULO III
DO PROCEDIMENTO DE ACESSO À INFORMAÇÃO
Seção I
Do Pedido de Acesso
Art. 10. Qualquer interessado poderá apresentar pedido de acesso a
informações aos órgãos e entidades referidos no art. 1o desta Lei, por qualquer meio
legítimo, devendo o pedido conter a identificação do requerente e a especificação da
informação requerida.
§ 1o Para o acesso a informações de interesse público, a identificação do
requerente não pode conter exigências que inviabilizem a solicitação.
§ 2o Os órgãos e entidades do poder público devem viabilizar alternativa
de encaminhamento de pedidos de acesso por meio de seus sítios oficiais na internet.
§ 3o São vedadas quaisquer exigências relativas aos motivos

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determinantes da solicitação de informações de interesse público.


Art. 11. O órgão ou entidade pública deverá autorizar ou conceder o
acesso imediato à informação disponível.
§ 1o Não sendo possível conceder o acesso imediato, na forma disposta
no caput, o órgão ou entidade que receber o pedido deverá, em prazo não superior a
20 (vinte) dias:
I - comunicar a data, local e modo para se realizar a consulta, efetuar a
reprodução ou obter a certidão;
II - indicar as razões de fato ou de direito da recusa, total ou parcial, do
acesso pretendido; ou
III - comunicar que não possui a informação, indicar, se for do seu
conhecimento, o órgão ou a entidade que a detém, ou, ainda, remeter o requerimento
a esse órgão ou entidade, cientificando o interessado da remessa de seu pedido de
informação.
§ 2o O prazo referido no § 1o poderá ser prorrogado por mais 10 (dez)
dias, mediante justificativa expressa, da qual será cientificado o requerente.
§ 3o Sem prejuízo da segurança e da proteção das informações e do
cumprimento da legislação aplicável, o órgão ou entidade poderá oferecer meios para
que o próprio requerente possa pesquisar a informação de que necessitar.
§ 4o Quando não for autorizado o acesso por se tratar de informação
total ou parcialmente sigilosa, o requerente deverá ser informado sobre a
possibilidade de recurso, prazos e condições para sua interposição, devendo, ainda,
ser-lhe indicada a autoridade competente para sua apreciação.
§ 5o A informação armazenada em formato digital será fornecida nesse
formato, caso haja anuência do requerente.
§ 6o Caso a informação solicitada esteja disponível ao público em
formato impresso, eletrônico ou em qualquer outro meio de acesso universal, serão
informados ao requerente, por escrito, o lugar e a forma pela qual se poderá

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consultar, obter ou reproduzir a referida informação, procedimento esse que


desonerará o órgão ou entidade pública da obrigação de seu fornecimento direto,
salvo se o requerente declarar não dispor de meios para realizar por si mesmo tais
procedimentos.
Art. 12. O serviço de busca e fornecimento da informação é gratuito,
salvo nas hipóteses de reprodução de documentos pelo órgão ou entidade pública
consultada, situação em que poderá ser cobrado exclusivamente o valor necessário ao
ressarcimento do custo dos serviços e dos materiais utilizados.
Parágrafo único. Estará isento de ressarcir os custos previstos no caput
todo aquele cuja situação econômica não lhe permita fazê-lo sem prejuízo do sustento
próprio ou da família, declarada nos termos da Lei no 7.115, de 29 de agosto de
1983.
Art. 13. Quando se tratar de acesso à informação contida em documento
cuja manipulação possa prejudicar sua integridade, deverá ser oferecida a consulta de
cópia, com certificação de que esta confere com o original.
Parágrafo único. Na impossibilidade de obtenção de cópias, o interessado
poderá solicitar que, a suas expensas e sob supervisão de servidor público, a
reprodução seja feita por outro meio que não ponha em risco a conservação do
documento original.
Art. 14. É direito do requerente obter o inteiro teor de decisão de
negativa de acesso, por certidão ou cópia.

Espero a todos na AULA 1!


Fraterno Abraço e até a próxima!

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Ricardo Gomes
Por sua aprovação!

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