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FICHA DE LEITURA: BAUMAN, Zygmunt. Cultura como práxis. In: ______. Ensaios
sobre o conceito de cultura. Rio de janeiro: Zahar, 2012. p. 215-304
Autor: Zygmunt Bauman
Título: Cultura como práxis
Palavras-chave: cultura, práxis, sociedade
Tema central
A cultura na estrutura social enquanto conceito que representa a práxis humana, a
subjetividade objetificada.
Resumo do texto
A teoria britânica se satisfaz ao conferir a uma teoria da integração social desenvolvida
numa interação humana, em um alinhamento que resulta numa “coerência” da estrutura
social. Os teóricos americanos investigam além e consideram as relações sociais “como
estados mentais das pessoas, característicos e inter-relacionados, com respeito à
conduta de homens em relação aos homens”(Redfield), na esfera da ética, do sistema
de ideias e valores. Para isso, é interessante a associação entre o ethos, a “qualidade
total” da cultura, tal qual o “espírito” e o eidos, como sua aparência formal que
denotam normas e avaliações morais.
O espírito é supraindividual, compartilhado pelo coletivo individual; é a compreensão
da vida e da capacidade de viver.
A natureza “superorgânica” da cultura é uma realidade em si mesma, algo acrescentado
ao real e acima dele (Durkheim). Sob a pressão da “mente coletiva”, os humanos vêm a
ser sociedade. E é no campo da metodologia que Weber persegue a objetividade da
sociologia como como a ciência da “compreensão”.
“A cultura não é apenas intersubjetiva, mas é subjetiva em seu próprio sentido
específico”, a partir de Znaniecki. “A cultura opera no ponto de encontro do indivíduo
humano com o mundo que ele percebe como real. O conceito de cultura é a
subjetividade objetificada.” A experiência humana é intuitiva.
JOSÉ ROBERTO SEVERINO – jseverino@ufba.br