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Artigo original

Diagnósticos de enfermagem em portadores de hipertensão arterial


na atenção primária

Fabrizio do Amaral Mendes1, Marlucilena Pinheiro da Silva2 e


Cecília Rafaela Salles Ferreira3
1 Residente em Saúde Coletiva pela UNIFAP. Enfermeiro, Brasil. E-mail: ftam1234@yahoo.com.br
2 Doutora em Educação, Mestre em Saúde Coletiva. Enfermeira. Docente na Universidade Federal do Amapá, Brasil. E-mail:
marlucilena@gmail.com
3 Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Amapá. Enfermeira, Brasil. E-mail: ceci_raphinha@hotmail.com

RESUMO: Objetivo: Identificar diagnósticos de enfermagem (DEs) em portadores de hi-


pertensão arterial atendidos na Unidade Básica de Saúde/UNIFAP. Metodologia: Estudo
descritivo de abordagem quantitativa, realizado em uma unidade básica de saúde com
portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica cadastrados e acompanhados pelo pro-
grama de Doenças Crônicas do Ministério da Saúde, no período de janeiro à maio de
2017. Resultados: 25 hipertensos passaram por consulta de enfermagem, a maioria era
do sexo feminino (56%), faixa etária que variava de 50 a 69 anos, média de idade 60,4
(±14) anos, casados (44%), não alfabetizados (40%) e de renda familiar de 1 a 2 salários
mínimos (100%). Os diagnósticos de enfermagem mais frequentes foram: Risco de Fun-
ção Cardiovascular Prejudicada-100%; Estilo de Vida Sedentário-68%; Falta de Adesão-
60%; Conhecimento deficiente-60% e Sobrepeso-48% Conclusão: A identificação dos di-
agnósticos de enfermagem, colabora para o avanço científico desta área e melhora o a-
tendimento para o usuário hipertenso, pois promove um cuidado planejado, facilitando
sua implementação e favorecendo a avaliação do mesmo, contribuindo para redução da
morbimortalidade advinda de complicações da HAS, provenientes da falta de adesão pe-
los hipertensos na Atenção Primária.
Palavras-chave: Diagnósticos de Enfermagem. Hipertensão. Atenção Primária à saúde.

Nursing diagnostics in patients with arterial hypertension in primary care


ABSTRACT: Objective: To identify nursing diagnostic (NDs) in patients with arterial hyperten-
sion treated at the Basic Health Unit / UNIFAP. Methodology: Descriptive study of a quantita-
tive approach, performed in a basic health unit with patients with systemic arterial hyperten-
sion enrolled and monitored by the Chronic Diseases Program of the Ministry of Health, from
January to May 2017.Resultados: Of the 25 hypertensive patients who underwent a nursing
consultation, the majority were female (56%), ranging from 50 to 69 years, mean age 60.4 (±
14) years, married (44%) , Non-literate (40%) and family income of 1 to 2 minimum wages
(100%). The most frequent nursing diagnostic were: Risk of Impaired Cardiovascular Func-
tion-100%; Sedentary Lifestyle-68%; Lack of adherence-60%; Deficiency of knowledge -60%
and Overweight-48% Conclusion: The identification of nursing diagnostic contributes to the
scientific progress of this area and improves care for the hypertensive user, since it promotes
a planned care, facilitating its implementation and favoring the evaluation of the same , con-
tributing to the reduction of morbidity and mortality due to the complications of systemic
arterial hypertension due to the lack of adherence by hypertensive patients in primary care
Keywords: Nursing Diagnostics. Hypertension. Primary Health Care.

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2 Mendes, Silva e Ferreira

1 INTRODUÇÃO ambientes com recursos escassos (OR-


GANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE,
A hipertensão arterial sistêmica 2014). Diante desse contexto os profis-
(HAS) é definida como uma condição sionais da Atenção Básica (AB) têm um
clínica multifatorial caracterizada por papel primordial nas estratégias de
níveis elevados e sustentados de pres- prevenção, diagnóstico, monitorização
são arterial (PA). Associada frequen- e controle da hipertensão arterial, pau-
temente a alterações das funcionalida- tando a sua práxis centrada na pessoa
des e/ou estruturas de órgãos-alvo, e, envolvendo usuários e cuidadores,
como o coração, encéfalo, rins, vasos em nível individual e coletivo, na defi-
sanguíneos e também a alterações me- nição e implementação de estratégias
tabólicas, relacionando a um aumento de monitoramento da hipertensão
do risco de alterações cardiovasculares (BRASIL, 2013). O Enfermeiro sendo
que podem ser não-fatais ou levar até a parte integrante da equipe multiprofis-
morte (SBC; SBH; SBN, 2010). A HAS é sional deve prestar atendimento avali-
responsável por pelo menos 40% das ando e aplicando as normatizações e
mortes por acidente vascular cerebral, direcionamentos que as instituições
por 25% das mortes por doença arterial governamentais e profissionais pro-
coronariana e, em combinação com o põem para benefício do seu serviço,
diabetes, 50% dos casos de insuficiên- possibilitando assim uma prática orga-
cia renal terminal (BRASIL, 2016). De nizada que promova maior adesão ao
acordo com a Pesquisa Nacional de tratamento, considerando também as
Saúde realizada no Brasil em 2013, a demandas e contextos sociais que es-
prevalência de HAS foi de 21,4% na tes indivíduos estão inseridos. Segundo
população de pessoas com 18 anos ou a Resolução do Conselho Federal de
mais de idade e uma estimativa de 31 Enfermagem (COFEN) 358/2009 em
milhões de indivíduos com esta condi- seu art. 1º O Processo de Enfermagem
ção (BRASIL, 2015). O relatório mundial deve ser realizado, de modo deliberado
de doenças crônicas expedido pela Or- e sistemático, em todos os ambientes,
ganização Mundial de Saúde no ano de públicos ou privados, em que ocorre o
2014 aponta que complicações cardio- cuidado profissional de Enfermagem.
vasculares como ataques do coração e Sendo uma atividade privativa do en-
acidentes vasculares encefálicos devem fermeiro, obedecendo a um encadea-
ser reduzidos por meio da melhoria da mento de cinco etapas inter-
cobertura do tratamento farmacológico relacionadas, interdependentes e re-
e aconselhamento de pessoas expostas correntes, incluindo a identificação dos
a alto risco cardiovascular ou que já Diagnósticos de Enfermagem. A Taxo-
têm a doença, pois considera uma in- nomia Internacional de Diagnósticos de
tervenção acessível que pode ser reali- Enfermagem (NANDA, 2015, p.25) con-
zada ao nível da atenção primária, ceitua:
mesmo quando estes acontecem em

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“o diagnóstico de enfermagem como (DEs) em portadores de hipertensão


um julgamento clínico sobre uma res- arterial atendidos na UBS/UNIFAP, no
posta humana a condições de saú-
período de janeiro a maio de 2017.
de/processos de vida, ou uma vulnera-
bilidade a tal resposta, de um indivíduo,
uma família, um grupo ou uma comuni- 2 METODOLOGIA
dade.”
Trata-se de um estudo descritivo,
Reiterando que os enfermeiros são com abordagem quantitativa. Os dados
responsáveis por diagnosticar proble- foram coletados no período de janeiro
mas de saúde, estados de risco e dis- a maio de 2017, junto aos hipertensos
posição para a promoção da saúde. usuários da UBS da Universidade Fede-
Corroborando Albuquerque; Lira; Lopes ral do Amapá (UNIFAP). A referida UBS
(2010) colocam que a identificação dos se localiza no município de Macapá no
diagnósticos de enfermagem e de seus Estado do Amapá, gerenciada por con-
problemas colaboradores dá subsídios vênio tripartite envolvendo a UNIFAP, a
ao enfermeiro, para a elaboração de Secretaria de Saúde do Estado do A-
um plano de cuidados mais específico, mapá (SESA) e a Secretária de Saúde do
de acordo com o comprometimento de Município de Macapá (SEMSA). As ati-
cada indivíduo. E com o conhecimento vidades de atenção primária incluem
de tais respostas humanas e de seus desde consultas na clínica geral, pediá-
respectivos fatores preditores, torna-se trica, ginecológica, além de atendimen-
possível predizer, prever, detectar e tos de enfermagem, como consultas de
controlar complicações potenciais. As- enfermagem para pré-natal, preventivo
sim sendo, oferecendo um serviço sis- do câncer de colo uterino, educação
tematizado o enfermeiro, favorece a sexual e reprodutiva, educação em sa-
continuidade da assistência e a integra- úde, puericultura, controle de doenças
ção entre os diferentes membros de crônicas e transmissíveis (tuberculose e
uma equipe multiprofissional, pois este hanseníase). A coleta de dados consis-
identifica as principais demandas de tiu em dois momentos, em primeiro
saúde destes portadores de HAS e po- instante convidando pacientes que a-
de direcionar de uma forma mais eficaz guardavam na sala de espera para con-
seu tratamento ou acompanhamento sulta de enfermagem voltada a pacien-
na rede de saúde. Buscando prestar um tes com doenças crônicas, e em um
atendimento integral e de qualidade ao segundo momento, em um retorno
portador de hipertensão, fez-se neces- agendado previamente com 30 dias
sário à identificação das principais ne- para uma nova consulta de enferma-
cessidades de saúde destas pessoas, gem subsequente. A UBS no período da
reconhecendo suas particularidades coleta de dados possuía uma popula-
biopsicossociais. Assim, esta pesquisa ção de 205 pessoas cadastradas em seu
teve como objetivo principal, identifi- livro de atendimento do Programa de
car os diagnósticos de enfermagem acompanhamento de doenças crônicas

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não transmissíveis (DCNT). Como crité- riam no local da pesquisa no período


rio de Inclusão, foi necessário ser parti- da coleta, impossibilitando a utilização
cipante assíduo do programa e não de outros tipos de amostragens mais
possuir outras comorbidades associa- confiáveis, do tipo probabilística (GIL,
das à hipertensão, pelo fato do foco da 2008). Para a coleta de dados, realizou-
identificação dos DEs nesta pesquisa, se consulta de enfermagem em consul-
ser a promoção de saúde e diminuição tórios da própria UBS, além de infor-
de complicações, e além disso o au- mações de fontes secundárias como os
mento de demandas de saúde que prontuários dos pacientes, e fichas de
possam estar relacionadas com outras acompanhamento em doenças crônicas
doenças e não a HAS, e por fim aceitar utilizadas pela equipe de enfermagem
participar do estudo, assinando o Ter- da UBS. Foi utilizado um instrumento
mo de Consentimento Livre e Esclare- de coleta de dados adaptado pelos au-
cido da Pesquisa. Teve-se como critério tores da pesquisa do Caderno de Aten-
de exclusão a falta em consulta subse- ção Básica nº 37 do Ministério da Saú-
quente, pelo fato da insuficiência de de na consulta de enfermagem, com-
informações e dados, a não assinatura posto por variáveis sociodemográficas
de TCLE e hipertensos com idades me- e clínicas que subsidiaram a elaboração
nores de 18 anos. Assim, obedecendo dos diagnósticos de enfermagem. A
aos critérios de inclusão e exclusão, análise dos dados foi feita a partir do
foram excluídos 88 pacientes que pos- software estatístico SPSS, versão 20.0,
suíam outras DCNT, 47 hipertensos que com identificação de médias, frequên-
possuíam comorbidades associadas cias absolutas e relativas para as variá-
como Diabetes e Cardiopatias e 5 pes- veis quantitativas, além de desvio pa-
soas que recusaram-se a participar da drão e médias. Este estudo obedeceu
pesquisa. Obteve-se dessa forma uma aos critérios de Ética em Pesquisa com
amostra de hipertensos de 65 pessoas. seres humanos, de acordo com a Reso-
Porém passaram por consulta de en- lução do Conselho Nacional de saúde,
fermagem somente 25 indivíduos com nº. 466/2012, sendo aprovado pelo
diagnóstico de HAS, sem comorbida- Comitê de Ética em Pesquisa da UNI-
des, de ambos os sexos, com idades FAP, parecer nº 2.036.902, de
entre 36 e 84 anos, pois, sendo a amos- 27/04/2017.
tragem do tipo não probabilística por
conveniência ou acessibilidade, que 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
ocorre com frequência na prática
quando o pesquisador é forçado a cole- 3.1 Caracterização das variáveis socio-
tar a amostra na parte acessível da po- demográficas
pulação, o que é descrito como popu-
lação-amostrada, e que ocorreu nesta A caracterização sociodemográfica
pesquisa, pelo fato de não se ter con- desta população permite descrever o
trole de quais hipertensos comparece- contexto social e identificar particulari-

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dades destas pessoas, incluindo variá- Este estudo obteve os resultados


veis como: idade, sexo, estado civil, descritos a seguir. O sexo feminino foi
renda familiar, ocupação e escolarida- prevalente em 56% da amostra. Corro-
de. (Tabela 01), contribuindo assim pa- borando com estudo realizado por An-
ra direcionamento no atendimento drade, et al. (2014), que fez a análise
deste usuário, considerando todos os da prevalência de HAS autorreferida
contextos que estes estão inseridos, Brasileira com base nos resultados ob-
favorecendo assim o conhecimento tidos na Pesquisa Nacional de Saúde
mais fidedigno sobre a população em realizada pelo Instituto Brasileiro de
estudo e permitindo a execução de ati- Geografia e estatística (IBGE) no ano de
vidades em saúde mais eficazes, respei- 2013, apontando um percentual de
tando os princípios doutrinários do sis- 56,9% dos entrevistados como sendo
tema único de saúde. do sexo feminino. Outra pesquisa que
buscou identificar a HAS autorreferida
Tabela 01. Características Sociodemográficas de Hiper- e a utilização de medicamentos de uso
tensos atendidos na Unidade Básica de Saúde-UNIFAP.
Macapá, AP, 2017. contínuo no Brasil, chegou ao resultado
Table 01. Socio-demographic Characteristics of de 60% de mulheres em sua amostra
Hypertensives attended at the Basic Health Unit-UNIFAP.
Macapá, AP, 2017. (FERREIRA; BARRETO; GIATTI, 2014).
Variáveis Fn F% Como apontam outros estudos, pode-
Sexo Feminino 14 56 se chegar à conclusão, que a amostra
Masculino 11 44
Ocupação Doméstica 7 28
predominantemente feminina está re-
Merendeira 2 8 lacionada ao fato da maior procura por
Aposentado 8 32 assistência em saúde por este gênero,
Monitora 1 4
Pedreiro 1 4 podendo assim diagnosticar a HAS em
Carpinteiro 1 4 maior número nessa população (WOT-
Diarista 1 4
TRICH et al., 2011; ANDRADE et al.,
Copeira 1 4
Autônomo 2 8 2014; DANIEL; VEIGA, 2013). 32% dos
Auxiliar Administrativo 1 4 hipertensos eram aposentados, e ou-
Idade 30 A 49 6 24
50 A 69 11 44
tros 28% da amostra referiram realizar
70 A 89 8 32 atividades domésticas. Em estudo feito
Renda 1 A 2 salários mínimos 25 100 com portadores de hipertensão arteri-
Estado Civil União estável 4 16
Casado 11 44 al, obteve-se resultado semelhante
Solteiro 9 36 com aproximadamente 32% sendo a-
Viúvo 1 4
Escolaridade Não alfabetizado 10 40
posentados e 22% executando ativida-
EMC* 4 16 des domiciliares (DANIEL; VEIGA,
EMI* 4 16 2013). A média de idade foi de 60,4
EFC* 2 8
EFI* 5 20
anos (±14) e uma faixa etária prevalen-
*EMC: Ensino Médio Completo; EMI: Ensino Médio te de 50 a 69 anos; observa-se uma
Incompleto; EFC: Ensino Fundamental Completo; EFI:
Ensino Fundamental Incompleto.
concordância com outros estudos reali-
Fonte: dados da pesquisa, 2017.
zados no Brasil, com médias de idade
próximas, de 64,01 (±9,9); 54,9(±9,7);

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56,7(±13,1) respectivamente (DANIEL; panheiras e 64,3% de mulheres que


VEIGA, 2013; ARAUJO; GUIMARÃES, tinham companheiros, este autor asso-
2007; GUIMARÃES FILHO et al., 2015 ). ciou a busca dos homens pelos serviços
De acordo com metanálise realizada no de saúde, relacionando ao fato de pos-
Brasil, objetivando identificar a preva- suírem uma companheira, pois histori-
lência de Hipertensão em pessoas ido- camente as mulheres buscam mais por
sas, chegou-se a conclusão que 68% serviços de saúde que os homens, con-
possuíam HAS. (PICON et al., 2013). siderando o estado conjugal destes
Para as VII diretrizes Brasileiras de Hi- como casados ou tendo união estável,
pertensão, existe uma relação direta e um fator protetor para manutenção da
linear entre o envelhecer e aumento saúde (WOTTRICH et al., 2011). Em re-
dos casos totais de HAS, associando a lação à Escolaridade, este estudo iden-
mudança do perfil epidemiológico atu- tificou 40% como não alfabetizados e
al, com mais pessoas idosas no país na 28% com no máximo 8 anos de estudo;
última década de 2000 a 2010 (de 6,7% concordando com série temporal, que
para 10,8%) e consequente aumento objetivou estimar as prevalências de
dos anos que a pessoa vive, próximo HAS autorreferida na população adulta
dos 75 anos hoje em dia (SBC, 2016). A no ano de 2011 nas capitais brasileiras
renda familiar prevaleceu com todos os e no Distrito Federal, chegando ao re-
entrevistados (100%) em torno de 1 a 2 sultado de 26,8% da amostra com até
salários mínimos. Corroborando com oito anos de escolaridade (ANDRADE et
estudos que apontam uma renda do- al., 2014). Ressalta-se nesta pesquisa,
miciliar em torno de 87,4% em hiper- que existe uma relação inversa, entre
tensos com uma renda de 1 até 3 salá- nível de escolaridade e prevalência de
rios mínimos no máximo (FERREIRA; HAS, sendo considerado esta variável
BARRETO; GIATTI, 2014;). Segundo es- um fator protetor contra as doenças
tes autores, a renda está associada a crônicas não transmissíveis (DCNTs),
melhor adesão ao tratamento, e men- pois a população com maior escolari-
ciona que quanto maior a renda famili- dade acaba tendo maior acesso as prá-
ar mensal, com um ganho acima de 3 ticas de promoção a saúde, como ali-
salários mínimos, menor será o número mentação saudável, atividade física,
de faltas em consultas médicas nos úl- além de alcançar mais os serviços de
timos 6 meses, em contrapartida hiper- saúde. Reitera ainda, que a Organiza-
tensos com rendas menores que 3 salá- ção Mundial de Saúde, aponta que a
rios mínimos, possuem número maior prevalência de HAS é maior em países
de falta em consultas médicas progra- de baixa e média nível educacional,
madas. O Estado Civil que prevaleceu porém a diminuição dos casos desta
foi o de Casado (44%), porém a União doença está diretamente relacionada
estável teve um percentual de 16%. Em às intervenções na área de saúde pú-
estudo realizado, obteve-se resultado blica para redução de fatores de risco e
81,8% de homens que possuíam com- aumento de fatores protetores contra a

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HAS. A Obesidade (40%), sobrepeso


(48%), Risco de sobrepeso (8%), soma-
3.2 Caracterização dos diagnósticos de dos a Estilo de Vida Sedentário (68%),
enfermagem foram Diagnósticos de Enfermagem
que se fizeram presentes, com signifi-
Entre os 18 diagnósticos encontra- cativo percentual da população investi-
dos, destaca-se o diagnóstico de Risco gada (Tabela 02).
de Função Cardiovascular Prejudicada
(n=25), encontrado em 100% dos parti- Tabela 02. Diagnósticos de Enfermagem encontrados nos
Hipertensos atendidos na Unidade Básica de Saúde-
cipantes, tendo como principal Fator de UNIFAP conforme NANDA 2015-2017. Macapá/AP, 2017.
Risco (FR) a presença da HAS. Table 02. Nursing diagnoses found in hypertensive pa-
tients attending the Basic Health Unit-UNIFAP according
Para Siqueira et al., (2015), a HAS é to NANDA 2015-2017. Macapá / AP, 2017.
um importante fator de risco (FR) car- DOMINÍO DIAGNÓSTICO Fn F%
diovascular e torna-se mais preocupan-
te quando associada a outros fatores 01 Estilo de vida se- 17 68
Promoção da saúde dentário (0168)
de risco como: obesidade, sedentaris-
01 Falta de adesão 15 60
mo, tabagismo, dieta inadequada, raça Promoção da saúde (079)
negra, idade avançada e baixo nível 02 Obesidade (0232) 10 40
Nutrição
socioeconômico. Este estudo descritivo 02 Sobrepeso (0233) 12 48
exploratório, que objetivou caracterizar Nutrição
o perfil de pacientes com crise hiper- 02 Risco de sobrepeso 2 8
Nutrição (0234)
tensiva atendidos em um pronto socor- 02 Volume de líquidos 1 4
ro no sul do Brasil, identificou-se que Nutrição deficiente (027)
03 Constipação (011) 1 4
48% das crises hipertensivas acontece- Eliminação e troca
ram em idosos em estágio III da HAS 04 Atividade/repou- Risco de função 25 100
com idade igual ou superior a 60 anos, so cardiovascular
prejudicada (0239)
além de 34,6% estarem na faixa etária 04 Atividade/repou- Insônia (095) 7 28
de 40 a 59 anos em estágio II. Reitera so
04 Atividade/repou- Fadiga (093) 2 8
que os mesmos adentram as emergên- so
cias apresentando sinais clínicos de 05 Conhecimento 15 60
Percepção/cognição deficiente (0126)
complicações cardiovasculares como:
06 Baixa autoestima 1 4
cefaleia (71,1%), tontura (28%), Dor Autopercepção situacional (0119)
precordial (17,1%), Dor na nuca (2,7%), 07 Processos familiares 2 8
Papéis e relaciona- disfuncionais (063)
entre outros sintomas, demonstrando mentos
a não adesão ao tratamento por parte 09 Ansiedade (0146) 3 12
Enfrentamento/tole-
destes pacientes e os riscos de compli- rância ao estresse
cações cardiovasculares associadas a 09 Medo (0148) 3 12
órgãos alvo, como o Infarto Agudo do Enfrentamento/tole-
rância ao estresse
Miocárdio (IAM), Acidente Vascular 09 Sobrecarga de 2 8
Encefálico (AVE) e Insuficiência Renal Enfrentamento/tole- estresse (0177)
rância ao estresse
Crônica (IRC).

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8 Mendes, Silva e Ferreira

11 Dentição prejudica- 7 28 ra nas cidades, direcionando recursos


Segurança/proteção da (048) para incentivar a criação de locais que
12 Dor crônica (0133) 1 4
Conforto sejam utilizados para a prática de ativi-
Fonte: dados da pesquisa, 2017. dade física, além de estímulo ao co-
mércio para venda de produtos saudá-
Suas respectivas CD principais fo- veis, como feiras e horti-frutas, objeti-
ram: adulto IMC>30 kg/m2; adulto vando o crescimento econômico e mu-
IMC>25 kg/m2; adulto com IMC apro- dança de estilo de vida da população,
xima-se de 25 kg/m2 e Atividade Física favorecendo assim a redução da obesi-
diária inferior à recomendada para o dade, sobrepeso e sedentarismo.
gênero e a idade. (Tabela 03) e seus Outros diagnósticos que se destaca-
Fatores Relacionados: comportamento ram devido a sua importância clínica
alimentar inadequado, comportamen- para o correto seguimento do trata-
tos alimentares inadequados desorde- mento para a HAS, foram a Falta de
nados, atividade física inferior à reco- adesão (60%) e o Conhecimento defici-
mendada para sexo e idade, e interesse ente (60%) (Tabela 02). Onde tiveram
insuficiente de apoio pela atividade destaque as CD: comportamento de
física respectivamente. falta de adesão (47%) e conhecimento
Em estudo epidemiológico transver- insuficiente (53%) (Tabela 03) e Fatores
sal, que objetivou analisar a distribui- Relacionados: duração prolongada do
ção espacial da obesidade em adultos regime (67%) e alteração na função
em Belo horizonte identificou uma pre- cognitiva (60%).
valência média de obesidade de 12,4%
Tabela 03. Características Definidoras dos Diagnósticos
(IC=11,5-13,3) e enfatizou também que de Enfermagem elencados em hipertensos da UBS-
a área mais central do município possu- UNIFAP conforme NANDA 2015-2017 Macapá, AP, 2017.
iu uma maior aglomeração de pessoas Table 03. Defining Characteristics of Nursing Diagnoses
listed in hypertensive patients of UBS-UNIFAP according
obesas, porém sem evidência estatísti- to NANDA 2015-2017 Macapá, AP, 2017.
ca. Em contrapartida, identificou tam- Variáveis Característica Defini- Fn F%
bém uma área de não obesos em regi- dora
2
Obesidade (0232) Adulto IMC>30kg/m 10 100
ão ao leste do município, esta com sig- Sobrepeso (0233) Adulto IMC>25kg/m
2
10 100
nificância estatística (p-valor=0,04). Estilo de vida AF diária inferior à 14 82
sedentário (0168) recomendada para o
Estes autores associaram o número gênero e a idade
diminuído de obesos em região especí- Falta de adesão Comportamento de 7 47
fica, a maior diversidade de estabele- (079) Falta de Adesão
Risco de função AUSENTE 0 0
cimentos de venda de alimentos e lo- cardiovascular
cais para prática de atividade física, prejudicada (0239)
Conhecimento Conhecimento insufi- 8 53
além de maior renda da vizinhança, e deficiente (0126) ciente
menores taxas de homicídio (MATOZI- Dentição prejudi- Cárie nos Dentes 7 100
NHOS, et al., 2015). Observa-se assim, cada (048)
Insônia (095) Dificuldade para 9 60
a importância de investimento por par- manter o sono
te dos gestores em maior infraestrutu- Ansiedade (0146) Medo 1 50

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Processos familia- Deterioração nos 2 100 toda equipe de saúde para promoção e
res disfuncionais relacionamentos implementação de estratégias educa-
(063) familiares
Medo (0148) Sensação de medo 2 67 cionais que orientem e eduquem estes
Fadiga (093) Cansaço 1 50 hipertensos (SILVA, et al., 2016).
Capacidade prejudi- 1 50
cada para manter as
Os entrevistados apresentaram tam-
rotinas habituais bém, diagnósticos de enfermagem di-
Baixa Autoestima Verbalização autone- 1 100
Situacional (0119) gativa
retamente ligados ao emocional e a
Sobrecarga de Estresse excessivo 2 100 saúde mental, como ansiedade (12%),
Estresse (0277) insônia (28%), medo (12%), sobrecarga
Risco de Sobrepeso Adulto: IMC aproxima- 2 40
(0234) se de 25kg/m
2 de estresse (8%) e baixa autoestima
Constipação (011) Redução de frequên- 1 100 situacional (4%), Outros diagnósticos
cia nas fezes
Dor Crônica (0133) Expressão facial de 1 100
ainda, podem também ser observados
dor na Tabela 02.
Fonte: dados da pesquisa,2017. Como coloca Lipp (2007), o trata-
mento da HAS, representa um grande
Em revisão integrativa que buscou desafio para os profissionais da saúde,
identificar os fatores associados à não pois, mesmo com todos os avanços no
adesão ao tratamento da HAS, obteve- tratamento medicamentosos da doen-
se o resultado que múltiplos fatores ça, a equipe de saúde acaba vendo-se
acabam predispondo os hipertensos a frustrada ao verificar a resistência por
não aderirem ao tratamento, incluindo parte destes pacientes à mudança de
desde o regime terapêutico, aspectos estilo de vida, tão essencial para uma
econômicos e sociodemográficos, o terapêutica eficaz. Enfatiza que os pro-
serviço prestado, os profissionais de fissionais seu atendimento na doença
saúde inseridos na prestação dos cui- do paciente e não no paciente, não
dados, além de aspectos pessoais e identificando este como um ser huma-
psicossociais. Reitera que a não adesão no, que possui desejos, fantasias, me-
do paciente acaba acontecendo pelo dos e disposições cognitivas, e que
fato dos hipertensos não identificarem nem sempre irão acabar reagindo de
a sua doença como um problema de modo colaborativo. Aponta também
saúde que necessite de tratamento em que é necessário conhecer o portador
detrimento da ausência de sintomas, de HAS, para saber o que pode motivar
enfatiza ainda, que o enfermeiro deve e o que pode interferir no processo do
identificar vulnerabilidades sociais, autocuidado, pois o mesmo tende a
empoderando estas pessoas, para que usar mecanismos de defesa, como a
busquem seus direitos. Coloca ainda negação, que podem contribuir para a
que quanto maior for o grau de conhe- não adesão ao tratamento. Este estudo
cimento pelo paciente sobre a sua do- chegou a conclusão que o Treino de
ença maior o envolvimento destes nas Controle de stress (TCS) é eficaz na
atividades de autocuidado e adesão ao modulação da reatividade cardiovascu-
tratamento, com responsabilidade de lar em momentos de stress emocional

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e que auxilia tanto na adesão ao trata- acolhidas


mento, quanto na reestruturação do Processos familia- Abuso de Substância 2 100
res disfuncionais
modo de pensar, conduzindo a uma (063)
mudança estável e duradoura do estilo Medo (0148) Estimulo fóbico 3 100
Fadiga (093) Condição fisiológica 1 33,3
de vida, mais compatível com o auto- Falta de condiciona- 1 33,3
cuidado necessário no manejo de do- mento físico
enças crônicas. Percebe-se assim, que Privação de sono 1 33,3
Baixa autoestima Historia de perda 1 100
alterações emocionais, como, a baixa (0119)
autoestima, ansiedade, medo e princi- Sobrecarga de Recursos insuficientes 2 67
estresse (0177)
palmente o estresse, podem ser fatores Risco de sobrepe- AF diária inferior a 2 40
dificultantes no processo de adesão do so (0234) recomendada para
sexo e idade
hipertenso, e prejudiciais para aumen- Volume de líqui- Alteração no turgor da 1 100
to do risco cardiovascular, facilitando dos deficiente pele
assim o surgimento de emergências (027)
Constipação (011) AF Media diária inferior 1 100
hipertensivas e lesões em órgãos alvo. a recomendada pra
Os DE elencados podem ser visualiza- idade e o gênero
Dor crônica Condição musculoes- 1 100
dos na Tabela 02, assim como suas ca- (0133) quelética crônica
racterísticas definidoras na Tabela 03 e Volume de liquido Alteração no turgor da 1 100
Fatores relacionados na Tabela 04. inadequado (027) pele
AF*: Atividade Física.
Fonte: dados da pesquisa, 2017.
Tabela 04. Fatores Relacionados e Fatores de Risco Pre-
valentes dos Diagnósticos de Enfermagem. Macapá, AP
2017. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Table 04. Related Factors and Prevalent Risk Factors of
Nursing Diagnoses. Macapá, AP 2017.
Variáveis Fatores Relacionados Fn F% A Hipertensão Arterial Sistêmica
Obesidade (0232) Comportamento ali- 8 47 (HAS) vem sendo considerada por di-
mentar inadequado
Sobrepeso (0233) Comportamentos 11 92
versos pesquisadores como um agra-
alimentares inadequa- vante a saúde da população, apresen-
dos desordenados
tando prevalência assustadora a nível
Estilo de vida Interesse insuficiente 10 59
sedentário (0168) de apoio pela atividade nacional e mundial, além de ser causa-
física dora de índices elevados de morbidade
Falta de adesão Duração prolongada do 10 67
(079) regime e mortalidade.
Risco de função HAS 25 100 A atenção primária de saúde tem
cardiovascular
prejudicada
como uma de suas principais funções a
(00239) identificação precoce de diagnóstico de
Conhecimento Alteração na função 9 60 HAS e estimulo a promoção e preven-
deficiente (0126) cognitiva
Dentição prejudi- Dificuldade de acesso a 7 50 ção deste agravo. Além de identificar
cada (048) cuidados dentários fatores de risco que podem contribuir
profissionais
Insônia (095) Desconforto físico 9 60 para o desenvolvimento desta patolo-
Ansiedade (0146) Preocupação 1 33,3 gia, prestando assistência de qualidade
Ameaça de morte 1 33,3 e resolutiva com atendimento de equi-
Crise situacional 1 33,3
Necessidades não 1 33,3 pe multiprofissional articulada para

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Diagnósticos de enfermagem em portadores de hipertensão arterial na atenção primária 11

resolução das necessidades de saúde ciplinar e resolutivo, contribuindo para


na atenção primária. a redução dos casos alarmantes de
O Enfermeiro neste contexto possui mortalidade advindas de complicações
papel extremamente importante, pois desta patologia.
seu atendimento na maioria dos casos
é o inicial, e baseia-se na busca para REFERÊNCIAS
identificar as problemáticas e anseios
do paciente e direcionar os atendimen- ALBUQUERQUE, J. G.; LIRA, A. L. B. C.;
tos de saúde. Além disso, o papel do LOPES, M. V. O. Fatores preditivos de
enfermeiro através da consulta de en- diagnósticos de enfermagem em paci-
fermagem permite um atendimento entes submetidos ao transplante renal.
mais particularizado, sistematizado e Rev. Bras. Enferm., Brasília, v.63, n.1,
com um olhar integral. p. 98-103, 2010.
A identificação dos diagnósticos de ANDRADE, S. S. C. A. et al. Prevalência
enfermagem (Tabela 01) colabora para da hipertensão arterial autorreferida
o avanço científico da área de enfer- nas capitais brasileiras em 2011 e aná-
magem, pois por meio da identificação lise de sua tendência no período de
dos mesmos, o atendimento para o 2006 a 2011. Rev Bras Epidemiol Suppl
paciente hipertenso torna-se planeja- Pense, Brasília, p.215-26, 2014.
do, facilita sua execução e favorece a ARAUJO, J. C.; GUIMARÃES, A. C. Con-
avaliação do cuidado, além de conside- trole da hipertensão arterial em uma
rar as reais necessidades do usuário, unidade de saúde da família, Rev Saú-
contribuindo para identificação de de- de Pública, Salvador, v. 41, n.3, p.368-
mandas que muitas vezes não são de- 74, 2007.
tectadas sem o desenvolvimento de BRASIL. Ministério da saúde. Portal da
uma prática mais holística e humaniza- Saúde, 2016. Disponível em: <http://po
da. rtalsaude.saude.gov.br/index.php/o-mi
Este estudo identificou como princi- nisterio/principal/secretarias/814-sasr
pais necessidades de saúde, a falta de aiz/daet-raiz/doencas-cronica/l1-doen
adesão no tratamento, conhecimento cas-cronica/22067-hipertensao-arteri
deficiente, obesidade e sobrepeso, se- al-e-diabetes>. Acesso em: 01 maio
dentarismo, risco de função cardiovas- 2017.
cular e outras demandas relacionadas ______. Ministério da Saúde. Cadernos
ao contexto psicossocial do indivíduo, de Atenção Básica, n.37. Secretaria de
como ansiedade, estresse, medo, baixa Atenção à Saúde. Departamento de
autoestima e processos familiares dis- Atenção Básica. Brasília: Ministério da
funcionais, que podem ser minimizadas Saúde, 2013. 128 p. il.
e/ou solucionadas se o processo de ______. Ministério da Saúde. Secreta-
enfermagem acontecer nesses ambien- ria de Vigilância em Saúde. Saúde Brasil
tes de atenção primária, focando em 2014: uma análise da situação de saú-
um atendimento humanizado, interdis- de e das causas externas. Brasília: Mi-

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Hipertens, Campinas, v.14, n.2, p.89- License information: This is an open-access article
distributed under the terms of the Creative Com-
93, 2007. mons Attribution License, which permits unrestrict-
MATOZINHOS, F. P. et al. Distribuição ed use, distribution, and reproduction in any medi-
espacial da obesidade em área urbana um, provided the original work is properly cited.

no Brasil. Ciência & Saúde Coletiva, Artigo recebido em 04 de agosto de 2017.


Belo Horizonte, v. 20, n. 9, p. 2779-86, Aceito em 22 de janeiro de 2018.
2015.

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