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Direito Internacional Público

Faculdade de Direito Milton Campos

Prof. Pedro Gomes Andrade

prof.pgga@gmail.com

Imunidades dos Estados


•Decorre do próprio conceito de soberania
- CF/88, art. 4º, I
- Par in parem non habet imperium/iudicium - entre pares não
há jurisdição; não pode haver o poder de um Estado sobre
outro
•Soberania interna
- Verticalizada -> relacao de poder entre governo e povo
•Soberania externa
- Horizontalizada -> estados como entes soberanos e iguais
entre si
•Impossibilidade de jurisdição extraterritorial (Obs.:
Caso Lotus, CPJI, 1927 – princípio do voluntarismo)
•Até o Séc. XX: princípio da imunidade absoluta - Ex.:
Caso Schooner Exchange (1812), na Suprema Corte dos
Estados Unidos.
•É preponderantemente baseada no costume
internacional.
- Existe um tratado da ONU, não foi assinado pelo Brasil.
•Abordagem atual:
- Diferença entre atos soberanos e atos privados (de iure
imperii e de iure gestionis).
- Os atos de império estariam protegidos pela imunidade, porém
os atos de gestão poderiam tê-la relativizada
- Essa diferenciação é fundamental para saber em quais situações
a imunidade poderá ser relativizada
A imunidade é do Estado e não de seus representantes
- Ela se estende a eles, mas não os torna titular
- Por isso, que em casos de atos privados, existe a possibilidade
de relativização da imunidade
Imunidades de Estados e Organizações Internacionais

STF – Repercussão Geral nº 947 (julgada) - RE 1.034.840


- Discute a imunidade de Organismos Internacionais
“O organismo internacional que tenha garantida a imunidade de
jurisdição em tratado firmado pelo Brasil e internalizado na ordem
jurídica brasileira não pode ser demandado em juízo, salvo em caso de
renúncia expressa a essa imunidade.”
Obs.: Decidiu com base na força dos tratados internacionais, ao
contrário do RE 578.543 e do RE 607.211, que decidiram com base na
força do costume internacional.

STF – Repercussão Geral nº 944 (em julgamento) - RE 954.858


- Discute a imunidade de Estados Estrangeiros
“Em manifestação no Plenário Virtual, o ministro Edson Fachin explicou
que no Brasil a matéria é regida pelo Direito costumeiro, tendo em
vista que o país ainda não se vinculou à Convenção das Nações Unidas
sobre a Imunidade de Jurisdição dos Estados e de suas Propriedades
de 2004”
STF – RE 578.543
“Nas decisões proferidas por esta Corte naquela época, prevaleceu a
força da doutrina clássica da imunidade absoluta, proveniente de
norma costumeira incorporada ao Direito das Gentes”

“Como o Consulado proprietário do automóvel era, obviamente,


repartição da República da Polônia, este Supremo Tribunal
reconheceu, mais uma vez, a imunidade de jurisdição do Estado
estrangeiro com base na regra de costume internacional”

“os Estados estrangeiros obtiveram nesta Corte, sistematicamente, o


reconhecimento de suas imunidades, invocadas com base na norma
costumeira de Direito Internacional”
O que é “Estado”? – interpretação mais ampla do que a
Convenção de Montevidéu de 1933

Art. 2º – Uso dos termos


§1º - para os fins da presente Convenção
b) Estado significa:
(i) O Estado e seus vários órgãos de governo;
(ii) unidades federadas de um Estado Federal;
(iii) subdivisões políticas do Estado que podem agir no exercício da
autoridade soberana do Estado;
(iv) agências ou organismos do Estado e outras entidades, no limite
de poderem agir no exercício da autoridade soberana do
Estado;
(v) representantes do Estado agindo nessa capacidade.

Art. 5º – Um Estado goza de imunidade, em respeito de si e de sua


propriedade, da jurisdição dos tribunais de outro Estado […]

(Convenção das Nações Unidas sobre a Imunidade de Jurisdição dos
Estados, de 2004)
Imunidade de Jurisdição
• Segundo a convenção da ONU de 2004, não se pode invocar
a imunidade (arts. 10 a 17) em:

 Transações comerciais;
 Contratos de trabalho;
 Bens que não estejam relacionados à funções
diplomáticas ou consulares;
 Danos a bens ou a pessoas (atos ilícitos);
 Propriedade intelectual ou industrial;
 Sociedades empresariais;
 Navios comerciais.
 Arbitragem

Brasil – mudança jurisprudencial – STF. AC 9696


ESTADO ESTRANGEIRO. IMUNIDADEJUDICIÁRIA. CAUSA
TRABALHISTA. NÃO HÁ IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO PARA O
ESTADO ESTRANGEIRO, EM CAUSA DE NATUREZA
TRABALHISTA. EM PRINCÍPIO, ESTA DEVE SER
PROCESSADA E JULGADA PELA JUSTIÇA DO TRABALHO, SE
AJUIZADA DEPOIS DO ADVENTO DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL DE 1988 (ART. 114). NA HIPÓTESE, POREM,
PERMANECE A COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL, EM
FACE DO DISPOSTO NO PARAGRAFO 10 DO ART. 27 DO
A.D.C.T. DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988, C/C ART. 125,
II, DA E.C. N. 1/69. RECURSO ORDINÁRIO CONHECIDO E
PROVIDO PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA SE
AFASTAR A IMUNIDADE JUDICIÁRIA RECONHECIDA PELO
JUÍZO FEDERAL DE PRIMEIRO GRAU, QUE DEVE
PROSSEGUIR NO JULGAMENTO DA CAUSA, COMO DE
DIREITO. (ACi 9696, Relator(a): Min. SYDNEY SANCHES, Tribunal
Pleno, julgado em 31/05/1989, DJ 12-10-1990 PP- 11045
EMENT VOL-01598-01 PP-00016 RTJ VOL-00133-01 PP-00159
Competência
Competência dos tribunais brasileiros para julgar
pessoas jurídicas de direito público externo

 Estado estrangeiro ou OI v. União, Estado, DF ou


território
o Competência originária do STF (CF art. 102, I, e)

 Estado estrangeiro ou OI v. município ou pessoa


privada
o Competência originária da Justiça Federal (CF art. 109,
II) com recurso ordinário ao STJ (CF art. 105, II, c)
 Causas trabalhistas
o Justiça do Trabalho - CF art 114, I)
Art. 102, I, “e”
“Compete ao Supremo Tribunal Federal (...) processar e julgar,
originariamente (...) o litígio entre Estado estrangeiro ou organismo
internacional e a União, o Estado, o Distrito Federal ou o Território”

Art. 109, II e art. 105, II, “c”


“Aos juízes federais compete processar e julgar (...) as causas entre
Estado estrangeiro ou organismo internacional e Município ou
pessoa domiciliada ou residente no País”
“Compete ao Superior Tribunal de Justiça (...) julgar, em recurso
ordinário (...) as causas em que forem partes Estado estrangeiro ou
organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou
pessoa residente ou domiciliada no País”

Art. 114, I
“Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar (...) as ações
oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito
público externo e da administração pública direta e indireta da
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”

Imunidade de Execução
•Menor possibilidade de relativização.
•Jurisprudência internacional: violações graves de direitos
humanos.
 Caso Ferini (justiça nacional italiana);
 Caso Imunidades Jurisdicionais do Estado (CIJ, 2012) Obs.:
ler voto do juiz Cançado Trindade. •Possibilidades no
direito brasileiro:
 Pagamento voluntário;
 Negociação diplomática ou Proteção Diplomática;
 Expedição de carta rogatória (judiciário estrangeiro);
 Bens não afetos à missão diplomática (RE-AGR 222.368)
 Renúncia expressa (direito disponível).
Renúncia à imunidade
- INTERNACIONAL, CIVIL E PROCESSUAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO MOVIDA
CONTRA OS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA DO NORTE. INTERVENÇÃO DE
CARÁTER POLÍTICO E MILITAR EM APOIO À DEPOSIÇÃO DO PRESIDENTE DA
REPÚBLICA DO BRASIL. DANOS MORAIS E MATERIAIS. DEMANDA MOVIDA
PERANTE A JUSTIÇA FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. ATO DE
IMPÉRIO. IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO. POSSIBILIDADE DE RELATIVIZAÇÃO,
POR VONTADE SOBERANA DO ESTADO ALIENÍGENA. PREMATURA EXTINÇÃO
DO PROCESSO AB INITIO. DESCABIMENTO. RETORNO DOS AUTOS À VARA DE
ORIGEM PARA QUE, PREVIAMENTE, SE OPORTUNIZE AO ESTADO SUPLICADO
A EVENTUAL RENÚNCIA À IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO. I. Enquadrada a situação
na hipótese do art. 88, I, e parágrafo único, do CPC, é de se ter como possivelmente
competente a Justiça brasileira para a ação de indenização em virtude de danos morais
e materiais alegadamente causados a cidadãos nacionais por Estado estrangeiro em
seu território, decorrentes de ato de império, desde que o réu voluntariamente renuncie
à imunidade de jurisdição que lhe é reconhecida. II. Caso em que se verifica precipitada
a extinção do processo de pronto decretada pelo juízo singular, sem que antes se
oportunize ao Estado alienígena a manifestação sobre o eventual desejo de abrir mão
de tal prerrogativa e ser demandado perante a Justiça Federal brasileira, nos termos
do art. 109, II, da Carta Política. III. Precedentes do
STJ. IV. Recurso ordinário parcialmente provido, determinado o retorno dos autos à
Vara de origem, para os fins acima. (RO 57/RJ, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, Rel.
p/ Acórdão Ministro ALDIR PASSARINHO JUNIOR, TERCEIRA TURMA, julgado em
21/08/2008, DJe 14/09/2009)

Imunidades de Chefes de Estado, de


Governo e Ministros de RE
•A imunidade é de titularidade do ESTADO, ainda que seja
exercida por seus agentes.
•Ainda que o Estado possa renunciar, outros não podem
renunciar
 Caso Balmaceda-Waddington 1907)
 Caso Arrest Warrant (mandado de prisão), CIJ (2002) –
Congo vs. Bélgica.
o “O mandado de prisão ao Ministro de RE do Congo violou
as imunidades do Estado”.
•Tribunais Penais Internacionais: não há imunidade por
crimes de guerra ou crimes contra a humanidade.
 Caso Pinochet: “Casa dos Lordes” no Reino Unido:

oEx-Chefes de Estado não teriam imunidade.

Estatuto de Roma (Tribunal Penal Internacional)

 Julgam crimes tipificados internacionalmente


 Ex: terrorismo, genocídio
 Não há imunidade por crimes de guerra ou crimes contra a
humanidade
 Perante os crimes internacionais, os chefes de estado não
possuem imunidade
 Se o agente cometeu o crime no território de um Estado que tenha
ratificado o TPI, poderá ser julgado, mesmo que seu país de
origem não o tenha feito
Constituição da República:
Art. 5º. §4º. O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal
Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.

Decreto Federal nº 4.388/2002 (Promulga o Estatuto de Roma)


Artigo 27 - Irrelevância da Qualidade Oficial
1. O presente Estatuto será aplicável de forma igual a todas as
pessoas sem distinção alguma baseada na qualidade oficial. Em
particular, a qualidade oficial de Chefe de Estado ou de Governo, de
membro de Governo ou do Parlamento, de representante eleito ou de
funcionário público, em caso algum eximirá a pessoa em causa de
responsabilidade criminal nos termos do presente Estatuto, nem
constituirá de per se motivo de redução da pena.
2. As imunidades ou normas de procedimento especiais decorrentes
da qualidade oficial de uma pessoa; nos termos do direito interno ou
do direito internacional, não deverão obstar a que o Tribunal exerça a
sua jurisdição sobre essa pessoa.
Imunidade de Chefes de Estado no Brasil
EMENTA: ESTATUTO DE ROMA. INCORPORAÇÃO DESSA CONVENÇÃO MULTILATERAL
AO ORDENAMENTO JURÍDICO INTERNO BRASILEIRO (DECRETO Nº 4.388/2002).
INSTITUIÇÃO DO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL. CARÁTER SUPRA-ESTATAL DESSE
ORGANISMO JUDICIÁRIO. INCIDÊNCIA DO PRINCÍPIO DA COMPLEMENTARIDADE (OU DA
SUBSIDIARIEDADE) SOBRE O EXERCÍCIO, PELO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL, DE
SUA JURISDIÇÃO. COOPERAÇÃO INTERNACIONAL E AUXÍLIO JUDICIÁRIO:
OBRIGAÇÃO GERAL QUE SE IMPÕE AOS ESTADOS PARTES DO ESTATUTO DE ROMA
(ARTIGO 86). PEDIDO DE DETENÇÃO DE CHEFE DE ESTADO ESTRANGEIRO E DE SUA
ULTERIOR ENTREGA AO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL, PARA SER JULGADO PELA
SUPOSTA PRÁTICA DE CRIMES CONTRA A HUMANIDADE E DE GUERRA. SOLICITAÇÃO
FORMALMENTE DIRIGIDA, PELO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL, AO GOVERNO
BRASILEIRO. DISTINÇÃO ENTRE OS INSTITUTOS DA ENTREGA (“SURRENDER”) E DA
EXTRADIÇÃO. QUESTÃO PREJUDICIAL PERTINENTE AO RECONHECIMENTO, OU NÃO,
DA COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA EXAMINAR
ESTE PEDIDO DE COOPERAÇÃO INTERNACIONAL. CONTROVÉRSIAS JURÍDICAS EM
TORNO DA COMPATIBILIDADE DE DETERMINADAS CLÁUSULAS DO ESTATUTO DE ROMA
EM FACE DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. O § 4º DO ART. 5º DA CONSTITUIÇÃO,
INTRODUZIDO PELA EC Nº 45/2004: CLÁUSULA CONSTITUCIONAL ABERTA DESTINADA A
LEGITIMAR, INTEGRALMENTE, O ESTATUTO DE ROMA? A EXPERIÊNCIA DO DIREITO
COMPARADO NA BUSCA DA SUPERAÇÃO DOS CONFLITOS ENTRE O ESTATUTO DE
ROMA E AS CONSTITUIÇÕES NACIONAIS. A QUESTÃO DA IMUNIDADE DE JURISDIÇÃO
DO CHEFE DE ESTADO EM FACE DO TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL: IRRELEVÂNCIA
DA QUALIDADE OFICIAL, SEGUNDO O ESTATUTO DE ROMA (ARTIGO 27). MAGISTÉRIO
DA DOUTRINA. ALTA RELEVÂNCIA JURÍDICO- CONSTITUCIONAL DE DIVERSAS
QUESTÕES SUSCITADAS PELA APLICAÇÃO DOMÉSTICA DO ESTATUTO DE
ROMA. NECESSIDADE DE PRÉVIA AUDIÊNCIA DA DOUTA PROCURADORIA-GERAL DA
REPÚBLICA (Pet 4625, Rel.: ELLEN GRACIE, Decisão: CELSO DE MELLO, 17/07/2009)
Imunidades Diplomáticas
Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas (1961)
 Promulgada: Decreto Federal nº 56.435/1965

 Rationnae personnae – Corpo diplomático (chefe da missão

ou funcionários de carreira)
 Imunidades e Privilégios: exemplos

 Imunidades pessoais de natureza tributária


 Imunidades reais de natureza tributária (obs.: taxas vs.
tributos)
 Imunidades do trabalho
 Imunidades da missão
 Imunidades de jurisdição e de execução
 Imunidade penal (ex.: prisão e obrigação de prestar
testemunho)
Imunidades Diplomáticas
Exceções à jurisdição civil

 Questões eminentemente privadas;

 Imóveis particulares;
 Recovenção;
 Atividades comerciais (mas estas são proibidas).
 Família direta (extensiva)
Pessoal administrativo – limitado aos atos de ofício
Serviços domésticos – não gozam de imunidade.

Imunidades Consulares
Convenções
 de Viena sobre Relações
Diplomáticas Consulares (1963)
Promulgada: Decreto Federal nº 61.078/1967
 Ratione Materiae
 Obrigatoriedade de atuação como testemunha;
Prisão por crimes graves e prisão judicial (art. 41 da
CVRC 1963)
Atenção: “inviolabilidade pessoal” para fins de
prisão preventiva não se confunde com a imunidade
de jurisdição.
Ex.: prisão por crime grave no exercício das funções OU
vedação de prisão por crime leve fora do exercício?
ARTIGO 41
Inviolabilidade pessoal dos funcionário consulares

1. Os funcionários consulares não poderão ser detidos ou presos


preventivamente, exceto em caso de crime grave e em decorrência
de decisão de autoridade judiciária competente.
2. Exceto no caso previsto no parágrafo 1 do presente artigo, os
funcionários consulares não podem ser presos nem submetidos a
qualquer outra forma de limitação de sua liberdade pessoal, senão em
decorrência de sentença judiciária definitiva.
3. Quando se instaurar processo penal contra um funcionário consular,
êste será obrigado a comparecer perante as autoridades competentes.
Todavia, as diligências serão conduzidas com as deferências devidas
à sua posição oficial e, exceto no caso previsto no parágrafo 1 dêste
artigo, de maneira a que perturbe o menos possível o exercício das
funções consulares. Quando, nas circunstâncias previstas no
parágrafo 1 dêste artigo, fôr necessário decretar a prisão preventiva
de um funcionário consular, o processo correspondente deverá iniciar-
se sem a menor demora.
STF. HC 81158 - HABEAS CORPUS. PRISÃO
PREVENTIVA. FUNDAMENTOS. ACUSADO QUE
EXERCIA AS FUNÇÕES DE CÔNSUL DE ISRAEL NO RIO
DE JANEIRO. CRIME PREVISTO NO ART. 241 DO
ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (LEI Nº
8.069/90). [...] INEXISTÊNCIA DE OBSTÁCULO À PRISÃO
PREVENTIVA, NOS TERMOS DO QUE DISPÕE O ART. 41
DA CONVENÇÃO DE VIENA SOBRE RELAÇÕES
CONSULARES. ATOS IMPUTADOS AO PACIENTE QUE
NÃO GUARDAM PERTINÊNCIA COM O DESEMPENHO
DE FUNÇÕES CONSULARES. NECESSIDADE DA
PRISÃO PREVENTIVA PARA GARANTIR A APLICAÇÃO
DA LEI PENAL. ORDEM INDEFERIDA.

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