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Técnicas de Resgate e Salvamento

Suporte Básico de Vida

Escola Técnica New Life

TÉCNICAS DE RESGATE E SALVAMENTO

SUPORTE BÁSICO DE VIDA

Enfª Msd. Ana Carolina Feldns

1º Stg. Jefferson Lederhans

São Gabriel, março 2018.

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Suporte Básico de Vida

PRINCIPAIS CONCEITOS E A EVOLUÇÃO HISTÓRICA DO SUPORTE BÁSICO DE VIDA

Todos os dias, pessoas que aparentam absoluta normalidade estão conversando com sua família, fazendo
compras no supermercado, passeando pelo shopping ou praticando um esporte quando de repente têm uma parada
cardíaca e entram em colapso.

Você já parou para pensar por quanto tempo conseguimos resistir quando o nosso coração para de bater?
Será que o tempo que se demora para agir influencia na sobrevida de uma pessoa em parada cardiorrespiratória? O
que é preciso fazer para salvar uma vida de uma vítima em parada cardiorrespiratória? A reação das pessoas que
presenciam um fato como esse, na maioria das vezes, é de perplexidade. Algumas saem correndo, umas gritam,
outras simplesmente não conseguem sair do lugar e uma boa parte delas tenta colocar a vítima num automóvel para
buscar socorro em um hospital mais próximo. Errado! Segundo os especialistas, essa é a pior medida que poderemos
tomar, porque provavelmente estaremos transportando um cadáver, tendo em vista que dentro de cinco minutos
50% das pessoas em parada cardiorrespiratória irão apresentar sequelas irreversíveis ou inclusive a morte encefálica.

Por tudo isso, é absolutamente fundamental saber como agir quando alguém por perto encontra-se em
colapso. Atualmente, já existem diretrizes internacionais para direcionar o atendimento a vítimas em parada
cardiorrespiratória e otimizar suas chances de sobrevivência, mas nem sempre foi assim. Como vocês devem saber,
a ciência não é estática, encontra-se sempre em renovação e evolução. Ela tem se transformado da maneira mais
profunda e espetacular, refletindo as alterações que ocorrem na sociedade ao longo dos anos, inclusive no âmbito
do Suporte Básico de Vida.

PRINCIPAIS CONCEITOS DO SUPORTE BÁSICO DE VIDA

O Suporte Básico de Vida (SBV) compreende o conjunto de medidas utilizadas no atendimento a uma vítima
em parada cardiorrespiratória (PCR), visando à manutenção de seus sinais vitais e à preservação da vida, além de
evitar o agravamento das lesões existentes, até que uma equipe especializada possa transportá-la ao hospital e
oferecer um tratamento definitivo. Para os profissionais de saúde, a ressuscitação cardiopulmonar sempre foi um
dos maiores desafios a ser enfrentado, não somente pela possibilidade de insucesso, mas também por se tratar de
uma situação por si só estressante e permeada de emoções, uma vez que a única chance de sobrevivência do paciente
está vinculada à identificação precoce desse evento e à intervenção rápida e eficaz a fim de possibilitar o retorno
espontâneo da ventilação e da circulação, com o mínimo de sequela.

Urgência # Emergência

✓ Urgência: quadro de agravamento rápido, mas não necessariamente imprevisto ou súbito. Pode oferecer
risco de morte e necessita de tratamento em curto prazo de tempo.

✓ Emergência: quadro de agravamento rápido e ocorrência súbita, necessitando de solução imediata para
evitar morte ou sequelas irreversíveis.

O que é parada cardiorrespiratória e quais são os seus fatores de risco?

A parada cardiorrespiratória (PCR) é definida como cessação abrupta das funções cardíacas, respiratória e
cerebral, comprovada pela ausência de pulso central (carotídeo e femoral), perda da consciência devido à diminuição
da circulação cerebral e de movimentos respiratórios. Essa condição clínica caracteriza a morte súbita, ou seja, a
morte inesperada que ocorre imediatamente ou em um período de uma hora após o início dos sintomas. A

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interrupção abrupta das funções cardiopulmonares constitui um problema que sempre foi um desafio para a
medicina, pois representa uma emergência extrema, cujos resultados poderão ser lesão cerebral irreversível e morte,
caso as medidas adequadas para o restabelecimento do fluxo sanguíneo e da respiração não forem realizadas.

Vários fatores podem causar problemas que levam à parada cardiorrespiratória, entre eles estão:

• choques circulatórios ou alterações estruturais no coração;

• estresse físico ao extremo;

• traumas;

• doenças das artérias coronárias e

• desordens hereditárias da atividade cardíaca.

Dentre os fatores citados, as doenças do aparelho circulatório representam a principal causa de óbito no
mundo segundo a Organização Mundial de Saúde, sendo as doenças isquêmicas do coração, principalmente, o Infarto
Agudo do Miocárdio (IAM), as responsáveis por 80% dos episódios de morte súbita. As pessoas que estão mais
expostas são aquelas que apresentam fatores de risco como colesterol alto, obesidade, tabagismo, sedentarismo,
hipertensão e consumo excessivo de sódio.

Fonte: American Heart Association, 2015.

Apesar de avanços nos últimos anos relacionados à prevenção e ao tratamento da parada cardiorrespiratória,
muitas são as vidas perdidas nestes eventos. Por esse motivo, ela permanece como um problema mundial de saúde
pública. Nessa altura, você já deve estar se perguntando: quem pode ajudar a salvar a vida de uma pessoa em PCR?
A resposta é: qualquer cidadão pode, inclusive você!

Estima-se que mais da metade das PCR relacionadas à doença cardíaca isquêmica ocorrem fora do hospital.
Ocorrem geralmente nos lares das pessoas, em vias públicas ou em lugares de grande concentração de pessoas. Na
maioria das vezes são presenciadas pela família, colegas de trabalho ou por desconhecidos. Portanto, é
imprescindível que essas pessoas tenham agilidade para identificar e abordar essa situação, devendo estar

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familiarizadas com as técnicas e prioridades no atendimento até a chegada do serviço pré-hospitalar móvel. O
sucesso na ressuscitação cardiopulmonar fora do ambiente hospitalar está associado ao tempo entre o colapso e o
início do socorro básico, que não deve ultrapassar quatro minutos. Apesar de qualquer cidadão poder ajudar em uma
situação de emergência, é importante lembrar que isso não o torna um “socorrista” profissional. Para se
profissionalizar é necessário adquirir muito mais conhecimentos e habilidades no assunto, sendo fundamental a
participação em programas de atualização e treinamentos em ressuscitação cardiopulmonar (RCP).

O SUPORTE BÁSICO DE VIDA ATRAVÉS DOS TEMPOS

Para entender o que é hoje a ressuscitação cardiopulmonar, é fundamental que você acompanhe o percurso
histórico desta possibilidade terapêutica que só foi realmente estabelecida no século passado. Durante longos anos,
a morte esteve envolta em uma atmosfera mística e mágica. A tentativa de revertê-la era considerada um feito
impossível, uma verdadeira blasfêmia do ponto de vista científico e religioso.

Esse dramático quadro durou até meados do século XVIII, quando a humanidade finalmente começou a
considerar a possibilidade de execução de manobras efetivas para ressuscitação. A partir daí, foram necessários mais
duzentos anos até que as manobras de ressuscitação fossem desenvolvidas e somente na década de 1960 elas se
tornaram uma realidade. As causas de morte súbita também têm sofrido modificações com o passar dos séculos. Se
a morte súbita na era pré-moderna significava morte por afogamento, inalação de fumaça ou trauma, atualmente
temos as doenças cardiovasculares como implacável mal dos tempos modernos.

A CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA 2015

A cadeia de sobrevivência é composta por cinco elos que representam, simbolicamente, o conjunto de
procedimentos que permitem salvar vítimas em parada cardiorrespiratória. Esses procedimentos devem acontecer
de uma forma encadeada e constituem uma cadeia de atitudes em que cada elo articula o procedimento anterior
com o seguinte. Para que o resultado final possa ser, efetivamente, uma vida salva, cada um dos elos da cadeia é
vital e todos devem ter a mesma força. Todos eles são igualmente importantes. De nada serve ter o melhor Suporte
Avançado de Vida se quem presenciar a PCR não souber ligar para o serviço de emergência.

O atendimento de todos os pacientes após a PCR, independentemente de onde esta ocorra, converge ao
hospital, geralmente, numa unidade de cuidados intensivos na qual são fornecidos os cuidados pós-PCR. Porém, os
elementos da estrutura e os processos necessários antes desta convergência são muito diferentes para os dois
ambientes. Pacientes que têm parada cardiorrespiratória extra-hospitalar (PCREH) dependem da assistência da
comunidade, momento em que os socorristas leigos precisam reconhecer a PCR, pedir ajuda, iniciar a RCP e aplicar
a desfibrilação até que o serviço de emergência móvel chegue e assuma a responsabilidade para, em seguida,
transportar a vítima para uma unidade de pronto atendimento ou um serviço de hemodinâmica. Por outro lado, os
pacientes que já estão internados dependem de um sistema de vigilância adequado para evitar a parada
cardiorrespiratória intra-hospitalar (PCRIH). Ao ocorrer uma PCR, os pacientes dependem da interação harmoniosa
dos vários departamentos e serviços da instituição e de um time multidisciplinar de profissionais, que inclua médicos,
enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros.

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Cadeia de Sobrevivência Extra-Hospitalar (PCREH)

✓ 1º ELO (Reconhecimento e acionamento do serviço de emergência): O primeiro elo da cadeia de


sobrevivência é reconhecer a inconsciência ou respiração inadequada (gasping) e acionar o Serviço
Médico de Emergência, fazendo ligação telefônica para 192 - Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (SAMU) ou 193 Bombeiros.
o Lembre-se que a segurança da cena não deve ser negligenciada, pois, dependendo do local,
pode representar perigo para a pessoa que prestará o socorro e para a vítima.
✓ 2º ELO (RCP imediata e de alta qualidade): o Suporte Básico de Vida (SBV) é o segundo elo da cadeia
de sobrevivência e deve ser iniciado no atendimento pré-hospitalar com a RCP precoce com ênfase
nas compressões torácicas de alta qualidade.
✓ 3º ELO (Rápida desfibrilação): no terceiro elo, é indicada a realização da desfibrilação, mantendo as
manobras de RCP.
✓ 4º ELO (Serviços Médicos básicos e avançados de emergência): o quarto elo destaca-se pelos
cuidados da equipe de Suporte Avançado de Vida (SAV) do Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (SAMU).
✓ 5º ELO (Suporte Avançado de Vida e cuidados Pós-PCR): finalmente, os cuidados pós-PCR integrados
fazem parte do quinto elo da cadeia de sobrevivência e os principais objetivos são: otimizar a função
cardiopulmonar, melhorando a perfusão dos órgãos; transferir o cliente para continuidade do
cuidado; identificar e tratar as causas reversíveis; induzir hipotermia para otimizar a recuperação
neurológica; evitar ventilação excessiva.

Cadeia de Sobrevivência Intra-Hospitalar (PCRIH)

✓ 1º ELO (Vigilância e prevenção): pacientes no ambiente hospitalar dependem de um sistema de vigilância


adequado a fim de prevenir a PCR. Caso a PCR ocorra, é preciso uma interação harmoniosa dos vários
departamentos e serviços da instituição e de um time multidisciplinar de profissionais que inclua médicos,
enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros (time de resposta rápida). Acredita-se que equipes treinadas
podem diminuir a ocorrência de uma PCRIH e, caso ocorra, aumenta a chance de um melhor desfecho no
atendimento da PCR.
✓ 2º ELO (Reconhecimento e acionamento do serviço médico de emergência): o profissional deve reconhecer
a PCR (avaliar a responsividade, respiração e pulso) e solicitar, imediatamente, a outro profissional, de forma
clara e objetiva, que ele acione a equipe médica, traga um carrinho de emergência e o desfibrilador/DEA.
✓ 3º ELO (RCP imediata de alta qualidade): após o acionamento do serviço médico, deve-se iniciar as
compressões torácicas, respeitando a frequência e a profundidade corretas, e ventilação em todos os
pacientes adultos com PCR.
✓ 4º ELO (Rápida Desfibrilação): assim que chegar o desfibrilador, aplicar o choque, mantendo as manobras de
RCP.
✓ 5° ELO (Suporte Avançado de vida e cuidados pós PCR): o Suporte Avançado de Vida engloba recursos
adicionais como monitorização cardíaca, administração de fármacos, desfibriladores, equipamentos
especiais para ventilação, marca-passo e cuidados após o retorno a circulação espontânea.

Os cuidados pós PCR incluem: otimizar a função cardiopulmonar e a perfusão de órgãos vitais; transportar/
transferir o paciente para um hospital apropriado ou UTI com completo sistema de tratamento pós-PCR;
identificar e tratar síndromes coronarianas agudas e outras causas reversíveis; controlar a temperatura para
otimizar a recuperação neurológica; prever, tratar e prevenir a disfunção múltipla de órgãos.

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Resumindo... A parada cardiorrespiratória é um evento dramático que há muito tempo representa motivo de
alerta na saúde mundial, pois a cada ano milhares de pessoas vem sendo acometidas por esse mal súbito. A maior
parte dos casos é decorrente de problemas cardíacos, sendo imprescindível que sejam executadas uma série de
ações rápidas e coordenadas que otimizam as chances de sobrevivência e minimizam o surgimento de sequelas. Ao
longo dos anos, as técnicas em ressuscitação cardiopulmonar produziram um impacto na sociedade moderna a ponto
de gerar expectativas frente a vida e morte. Embora o Suporte Básico de Vida seja ensinado como uma sequência de
etapas distintas, a fim de aumentar a retenção das habilidades e estabelecer prioridades, várias ações podem ser
realizadas simultaneamente. E todas as ações são igualmente importantes e devem ter a mesma força para que uma
vida seja salva, como vimos na cadeia de sobrevivência.

Anatomia do coração

O coração é um órgão oco, do tamanho aproximado de um punho fechado, formado por um tipo especial de
músculo, o músculo estriado cardíaco. Está localizado no tórax, atrás do externo e acima do diafragma e constitui-se
de uma bomba que promove a circulação do sangue através dos vasos sanguíneos. Possui dois lados, o direito e o
esquerdo que são separados por uma parede chamada septo, a qual não permite comunicação direta entre eles. O
lado direito bombeia o sangue para os pulmões; e o lado esquerdo bombeia sangue para os órgãos periféricos. Cada
um deles possui duas câmaras: um átrio e um ventrículo. O átrio bombeia o sangue para o ventrículo, este por sua
vez, fornece a força de bombeamento principal que propele o sangue através da circulação pulmonar, partindo do
ventrículo direito, ou da circulação periférica, partindo do ventrículo esquerdo. Essa dinâmica é de extrema
importância para a manutenção do funcionamento de todos os órgãos do corpo humano (CARVALHO, 2007;
GUYTON; HALL, 2006).

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PCR

Parada cardiorrespiratória (PCR) é a cessação da atividade mecânica do coração determinada pela ausência de
pulso central palpável, ausência de respiração ou respiração anormal e não responsividade do paciente, com grave
repercussão no Sistema Nervoso Central (GRASSIA, 2010, p. 526).

Dessa forma, uma PCR pode ser identificada por meio de três sinais clínicos: irresponsividade, ausência de
respiração ou respiração agônica (gasping) e ausência de pulso central palpável. Nessas condições, o coração pode
estar se comportando de quatro formas, ou em outras palavras, quatro ritmos cardíacos: fibrilação ventricular,
taquicardia ventricular sem pulso, atividade elétrica sem pulso ou assistolia, que serão estudados, mais
detalhadamente, na próxima unidade.

RESSUSCITAÇÃO CARDIOPULMONAR (RCP)

✓ Avaliar a responsividade por meio de estímulo verbal;


✓ Simultaneamente, realizando estímulo tátil vigoroso, batendo nos ombros da vítima. Se ela não
responder, significa que está inconsciente.
✓ Chamar ajuda.
✓ Checar presença de respiração e de pulso simultaneamente. A checagem da respiração deve ser feita por
meio da análise da expansão do tórax por 10 segundos, se não houver expansão torácica ou se for
observada respiração agônica, conhecida como gasping, considera-se que a vítima não está respirando.
O gasping não é uma respiração normal! Pode se apresentar nos primeiros minutos de uma PCR súbita.
Normalmente, uma pessoa com gasping aparenta inspiração muito rápida, podendo abrir a boca e mexer
a mandíbula, a cabeça ou o pescoço com os gasps, que podem ser fortes ou fracos e com frequência
variada.

✓ Em bebês (até um ano de idade), deverá ser avaliado o pulso braquial colocando os dedos no lado
interno do antebraço, entre o cotovelo e o ombro. A RCP em bebês e crianças também pode ser
iniciada se houver ausência de responsividade, respiração e for identificada uma frequência cardíaca
abaixo de 60/min. com sinais de perfusão deficiente.
✓ Iniciar imediatamente as manobras de RCP. A prioridade é realizar as compressões torácicas, pois
elas permitem que o sangue seja bombeado do coração para o resto do corpo. Para realizar uma RCP
de alta qualidade, comprima com força e rapidez, numa frequência entre 100 e 120 compressões
por minuto, permitindo o retorno total do tórax (reexpansão) para que o sangue flua para o coração
e as compressões produzam um fluxo sanguíneo adequado. Tente minimizar o máximo possível as
interrupções e evite ventilações excessivas!
✓ Coloque a vítima em decúbito dorsal em uma superfície plana e rígida, posicione-se ao lado dela e
realize as etapas conforme veremos a seguir.

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CIRCULAÇÃO

Inicie as compressões torácicas na metade inferior do esterno, com uma mão sobre a outra, braços
completamente estendidos , utilizando a região hipotenar da mão que ficar em contato direto com o tórax. As
compressões devem ter uma profundidade entre 5 e 6 cm e uma frequência de, no mínimo 100, e no máximo 120
compressões por minuto e devem ser realizadas durante dois minutos ou cinco ciclos de 30 compressões e duas
ventilações (30:2).

Em bebês, caso esteja acompanhado de outro profissional treinado, você pode realizar as compressões numa
relação de 15 compressões para 2 ventilações (15:2). No entanto, se estiver sozinho, mantenha a relação 30:2. O
corpo do bebê é diferente do adulto, para realizar as compressões torácicas, você deve utilizar a técnica dos dois
dedos se estiver sozinho. Para isso, deve colocar os dois dedos no centro do tórax do bebê, logo abaixo da linha dos
mamilos. Se estiver com outro profissional treinado, você deve utilizar a técnica do envolvimento do tórax com as
mãos e compressão com os polegares. Essa técnica consiste em posicionar os dois polegares, lado a lado, no centro
do tórax sobre a metade inferior do esterno (os polegares podem se sobrepor em bebês muito pequenos). As
compressões devem ter uma profundidade de um terço do diâmetro do tórax, o que equivale a, aproximadamente,
4 cm.

A – Via Aérea

Abrir as vias aéreas para permitir as ventilações. O estado de inconsciência causa a queda da base da língua,
obstruindo as vias aéreas. Dessa forma, a desobstrução pode ser feita por meio de manobras manuais: como a
elevação do queixo (chin lift) ou, se houver trauma associado, a anteriorização/ subluxação da mandíbula sem inclinar
a cabeça (jaw thrust).

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Outra possibilidade de obstrução de via aérea é a presença de corpos estranhos como próteses, frações de
alimentos ou frutas, sementes, balas etc., que devem ser retirados se estiverem visíveis e alcançáveis. Uma outra
alternativa para manter via aérea pérvia é a partir de colocação da cânula orofaríngea.

B - Ventilação

Realizar duas ventilações de resgate com duração de um segundo cada uma e que produzam elevação visível
do tórax para garantir a oxigenação cerebral adequada. Essas ventilações podem ser executadas por meio de algumas
maneiras ou dispositivos: ventilação com máscara facial, que possui uma válvula unidirecional, a qual desvia o ar
expirado, sangue ou demais fluídos corporais para longe do profissional e ventilação com dispositivo bolsa-valva-
máscara/insuflador manual que consiste numa bolsa acoplada a uma máscara facial que também pode ter uma
válvula unidirecional e é o método mais utilizado pelos profissionais de saúde para administrar ventilação com
pressão positiva durante uma RCP.

A cada cinco ciclos de 30:2 ou dois minutos, os profissionais devem trocar de posição para garantir a
qualidade nas compressões. Em bebês e crianças devem ser usados os mesmos métodos de ventilação que no adulto,
o cuidado tem de ser tomado na escolha do tamanho apropriado das máscaras, que devem cobrir boca e nariz, deixar
descobertos os olhos e não encobrir o queixo.

Você deve estar se perguntando sobre a respiração boca a boca. Fazer ou não fazer? A respiração pode sim
ser usada como método de ventilação em PCR, no entanto, devido ao risco de contaminação, principalmente em
casos de vítimas desconhecidas, o profissional de saúde ou leigos podem realizar apenas as compressões torácicas
até ter disponível um outro método para ventilação, como a máscara facial ou o dispositivo bolsa-valva-
máscara/insuflador manual.

Preste atenção! Nesses casos, o profissional ou o leigo não PRECISAM fazer, mas a decisão fica a cargo de
cada um, sendo que muitas pessoas optam por realizar ventilação boca a boca em familiares e amigos, por exemplo.
No ar que expiramos há oxigênio de sobra para ser transmitido pela ventilação boca a boca. Cada vez que inspiramos,
entram, em média, 12,5 mililitros de ar no pulmão. Dessa quantidade, 21% são oxigênio, ou seja, 2,6 mililitros. Em
geral, apenas cerca de 0,62 mililitro do oxigênio é aproveitado. O que não é absorvido sai, novamente, com a
expiração. Quando se faz uma respiração boca a boca, esse oxigênio que sobra, (cerca de 16%) é soprado para dentro
do pulmão da vítima. Como ela provavelmente está com algum problema respiratório, absorverá ainda menos do
que 0,62 17 mililitro. Mas nos casos de PCR, já é o suficiente para ajudar a oxigenar o sangue, enquanto outro
dispositivo e oxigênio suplementar chegam.

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D Desfibrilação

Realizar a rápida desfibrilação assim que o DEA ou desfibrilador manual esteja disponível.

ATENÇÃO!!!! Nos casos em que a vítima estiver irresponsiva e sem respirar, mas com pulso presente, teremos
uma Parada Respiratória (PR). Uma parada respiratória também pode ser a causa e anteceder uma PCR, neste caso
realizar uma ventilação com o método de barreira disponível a cada 5 a 6 segundos, proporcionando uma frequência
respiratória de 10 a 12/min., checando pulso a cada dois minutos ou até a chegada do socorro ou a vítima apresentar
tosse ou respiração espontânea. Na ausência de pulso, reinicie RCP!

E TEM MAIS!!!! Se durante a RCP, com a chegada do suporte avançado de vida e viabilizada uma via aérea
avançada (intubação endotraqueal), a relação compressão-ventilação muda! As ventilações ocorrerão durante a RCP,
ou seja, simultaneamente com as compressões! Durante dois minutos, deverão ser realizadas compressões contínuas
e administrada uma ventilação a cada 6 segundos, proporcionando uma frequência respiratória de 10/min. A cada
dois minutos troque a posição dos profissionais.

As manobras de RCP só devem ser aplicadas em pacientes com PCR, identificados por meio dos sinais clínicos
já apresentados e que não estejam em uma situação conhecida como morte óbvia, ou seja, condições como evidente
estado de decomposição; decapitação ou segmentação do tronco; esmagamento do corpo; carbonização do corpo;
esmagamento de crânio com perda de massa encefálica e ausência de sinais vitais (não confundir com trauma de
crânio com perda de massa encefálica, que deve ser reanimado); presença de rigor mortis que inicia-se entre 1 e 6
horas após a morte, pelos músculos da mastigação e avança no sentido craniocaudal; presença de livor mortis que é
a estase sanguínea e depende da posição do corpo, inicia-se entre 1h30min. a 2 horas, atingindo o máximo entre 8
e 12 horas. Nos casos de morte óbvia, não deve ser realizada a RCP.

Quando suspender os esforços da ressuscitação? Em algum momento você pensou que o tempo seria um
fator importante? Se sim, você poderia me dizer quanto tempo vale sua vida? Então, o tempo isoladamente nunca
foi um fator limitador para a suspensão dos esforços da reanimação. Nesse tema, os médicos são os únicos
profissionais autorizados legalmente a constatar o óbito, e podem eventualmente, a depender da situação, associar
o tempo com outros fatores para encerrar os esforços. Os demais profissionais de saúde não poderão parar a RCP
por achar que o paciente morreu.

ANOTAÇÕES

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Porém, existem 4 situações que autorizam o profissional de Suporte Básico a interromper a RCP.

1) Chegada do Suporte Avançado de Vida (mas você pode continuar ajudando a equipe de SAV).

2) Vítima se recuperar (fique atento, pois o paciente pode ter um novo colapso!).

3) Reanimador exausto (Reflita, você está realmente exausto? Não considere o tempo da reanimação! Você
está sozinho? Existem outras pessoas que estão revezando a RCP com você a cada dois minutos?).

4) Ambiente oferecer risco (Existe risco de desabamento na cena? Explosão? Ação criminosa?).

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RITMOS CARDÍACOS DE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA

Existem apenas quatro ritmos de PCR, e eles podem ser classificados em dois grupos: os ritmos chocáveis,
fibrilação ventricular (FV), taquicardia ventricular sem pulso (TVSP) e o grupo dos ritmos não chocáveis, a atividade
elétrica sem pulso (AESP) e assistolia.

RITMOS CHOCÁVEIS

✓ Fibrilação ventricular: A principal causa de PCR, no adulto, é a fibrilação ventricular (FV). Esse é o distúrbio do
ritmo cardíaco mais comum nos primeiros dois minutos de PCR. A FV é um ritmo que evolui, rapidamente,
para assistolia, caso não sejam estabelecidas medidas de SBV. A FV é um ritmo cardíaco caótico que se inicia
nos ventrículos. Nesse ritmo, não ocorre a despolarização organizada dos ventrículos fazendo com que estes
tremulem ao invés de se contraírem de forma efetiva. Essa atividade caótica resulta na ineficiência total do
coração em manter um rendimento de volume sanguíneo adequado. No eletrocardiograma (ECG), ocorre a
ausência de complexos ventriculares individualizados que são substituídos por ondas irregulares em zigue-
zague, com amplitude e duração variáveis.

Dessa forma, o único tratamento disponível para o controle da FV é a desfibrilação precoce. A principal causa
de FV, em nosso meio, é o infarto agudo do miocárdio (IAM). Nesse caso, além do IAM, devem ser lembradas as
miocardiopatias, como a chagásica.

✓ Taquicardia ventricular sem pulso: esta pode ser definida como sendo a sucessão rápida de batimentos
ectópicos ventriculares, que podem levar à deterioração hemodinâmica, chegando à ausência de pulso arterial
palpável. Dessa forma, ela deve ser tratada com o mesmo rigor da FV, ou seja, com desfibrilação precoce. A
TVSP ocorre principalmente em indivíduos com doença arterial coronariana, como isquemia miocárdica,
apresentando-se com frequência maior que 100 bpm e não superior a 220 bpm com complexos QRS maiores
que 0,12 segundos ou mais bizarro e serrilhado. Normalmente, a pessoa apresenta como sinais e sintomas
iniciais tontura, palidez, sudorese fria e o clássico sinal do coração parecendo uma “batedeira” ou “britadeira”,
batendo muito acelerado, até que culmina com a inconsciência e ausência de pulso central. Essas alterações
eletrocardiográficas estão associadas à ausência de pulso palpável, pois o tempo de enchimento das câmaras
do coração é muito pequeno.

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Não existe base científica que comprove a eficácia de qualquer medicação antiarrítmica em reverter a
FV/TVSP. As medicações podem ser utilizadas como auxiliares, facilitadoras para que o estímulo elétrico possa
reverter o ritmo para sinusal. Equivale a dizer que não se deve retardar a aplicação de choque para a infusão de
medicação. A FV/TVSP são modalidades de PCR de melhor prognóstico e, em princípio, os esforços de ressuscitação
devem continuar até que o ritmo deixe de ser FV/TVSP (ou porque reverteu para sinusal, ou porque evoluiu para um
ritmo terminal) (AHA, 2015; PAIZIN FILHO et al., 2015).

RITMOS NÃO CHOCÁVEIS

✓ Atividade Elétrica Sem Pulso (AESP). Pode compreender ritmos bradicárdicos ou taquicárdicos, com
complexo QRS estreito ou alargado, sinusal, supraventricular ou ventricular. O importante é
identificar que, apesar de existir um ritmo organizado no monitor, não existe acoplamento do ritmo
com pulsação efetiva (com débito cardíaco). Assim, é preciso que você garanta o SBV, com ênfase
em compressões torácicas de alta qualidade e ventilações de resgate.

✓ Assistolia: Total ausência de atividade ventricular contrátil associada à inatividade elétrica cardíaca.
Ou seja, nessa modalidade, o coração encontra-se mesmo parado, sem ritmo algum. Então, é
caracterizada ao eletrocardiograma por uma linha reta. Casos raros de deflexões agonais podem
também ser visualizadas.

A assistolia corresponde à ausência total de qualquer ritmo cardíaco. É a situação terminal. Evidências cada
vez mais contundentes apontam que a identificação de assistolia deva corresponder ao término dos esforços, mas
não deve ser considerada isoladamente, outros parâmetros médicos devem estar associados na tomada da decisão

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de encerramento da RCP. São ritmos em que a desfibrilação não está indicada. Deve-se, então, promover RCP de boa
qualidade, aplicar as drogas indicadas e procurar identificar e tratar as causas reversíveis.

O tratamento para ASSISTOLIA no SBV será sempre COMPRESSÕES CARDÍACAS. Estando o paciente
monitorizado com o DEA, quando analisado pelo aparelho, este, avisará por estímulos sonoros que você deverá
continuar com as compressões cardíacas de alta qualidade, na sequência de 30 compressões e duas ventilações.

DESFIBRILADOR EXTERNO AUTOMÁTICO

O tratamento para os ritmos ditos chocáveis é a desfibrilação. Sabemos também que a chegada de um meio
de socorro ao local, ainda que muito rápida, pode demorar mais de cinco minutos e, em muitas cidades brasileiras
onde o SAMU ou os bombeiros não existam, esse socorro pode demorar ainda mais para chegar! Assim, as chances
de sobrevivência da vítima terão caído de 98% (PCR presenciada) para até 0% a 2% se as pessoas que presenciaram
a situação não souberem atuar em conformidade com as diretrizes aceitas internacionalmente.

O desfibrilador externo automático (DEA) é um aparelho que veio para ajudar a salvar vidas! Ele foi
desenvolvido para que qualquer pessoa, mesmo não sendo profissional de saúde, pudesse utilizá-lo para administrar
uma desfibrilação em um paciente vítima de PCR sempre que houver indicação.

O DEA é de simples utilização e foi programado para analisar o ritmo cardíaco do paciente e reconhecer um
ritmo chocável (FV/TVSP), indicando o choque sempre que necessário. O DEA se comunica, por voz e por sinais
luminosos no seu painel, com o socorrista, orientando-o durante toda a RCP.

Ele se baseia na aplicação de um pulso de corrente de grande amplitude no coração para restituir o ritmo
normal dos batimentos cardíacos em pacientes que apresentam FV/TVSP. Os DEA diferem dos desfibriladores
convencionais porque podem analisar o ritmo cardíaco e determinar se a desfibrilação será necessária. Veja que isso
elimina a necessidade de o operador interpretar o sinal de ECG antes da desfibrilação. Assim, o DEA foi concebido
para ser utilizado principalmente em situações de emergência em que os operadores não são treinados no suporte
avançado de vida (SAV), tais como bombeiros, condutores, agentes policiais, estudantes.

O DEA também pode ser utilizado em Unidades de Pronto Atendimento (UPA), Unidades Básicas de Saúde
(UBS) e áreas do hospital onde não existem pessoas treinadas para ministrar um suporte de vida avançado. O DEA é
um equipamento bifásico, isto é, assim como todos os desfibriladores bifásicos (automáticos, semiautomáticos ou
manuais), administra uma menor quantidade de choque (120J a 200J) em relação aos desfibriladores monofásicos
(360J) para o fazer o mesmo efeito desfibrilatório sobre as células do miocárdio. No Brasil, antes da disponibilidade
dos DEA, para fazer o diagnóstico do ritmo de PCR e definir a necessidade de desfibrilação e a quantidade de energia
(joules) a ser deflagrada, era indispensável a presença do médico, por ser o único profissional com habilitação para
diagnosticar o ritmo de PCR.

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Nesse contexto, podemos inferir que o DEA, desde sua criação, substituiu o papel do médico na cena inicial
de uma PCR, quando este não está presente, analisando o ritmo cardíaco, realizando o diagnóstico e prescrevendo
o tratamento da PCR. Assim, ele orienta o socorrista durante todo o suporte básico de vida.

O DEA é autoexplicativo e possui em suas pás o desenho da posição de como elas devem ser instaladas no
corpo desnudo do paciente. Mas você pode se questionar: “E se, no momento da PCR, eu estiver tão nervoso e trocar
a posição das pás? Isso vai diminuir a efetividade do DEA? Eu estou fazendo errado? O paciente perdeu todas as
chances de retornar por minha culpa?” Para nossa alegria, todas as respostas ao seu questionamento são NÃO!

Sobre essas dúvidas, muitos estudiosos fizeram experiências com todas as posições possíveis. Grandes
estudos do tipo ensaios clínicos randomizados foram testados, e eles chegaram à conclusão que, quanto ao
posicionamento das pás do DEA, quatro posições são possíveis, sendo que todas elas têm a mesma eficácia no
tratamento de arritmias atriais e ventriculares. São elas: anterolateral, anteroposterior, anterior-esquerdo
infraescapular, anterior-direita infraescapular. No entanto, para facilitar a memorização e educação, foi considerada
a posição das pás anterolateral um padrão aceitável e colocada como figura nas pás de todos os modelos de DEA
fabricado. Mesmo se a vítima retomar a consciência, o aparelho não deve ser desligado e as pás não devem ser
removidas ou desconectadas até que a equipe de emergência assuma o caso.

DEA EM SITUAÇÕES ESPECIAIS

Segundo a I Diretriz de Ressuscitação Cardiopulmonar e Cuidados Cardiovasculares de Emergência da


Sociedade Brasileira de Cardiologia, confirmada nas atualizações da AHA 2015, devemos ter uma atenção especial
nas seguintes situações.

1) Paciente que faz uso de marca-passo (MP) ou cardioversor-desfibrilador implantável: se o MP estiver na


região onde é indicado o local para aplicação das pás, afaste-as, pelo menos, 8 cm ou opte por outro posicionamento
das pás (anteroposterior, por exemplo), pois, estando muito próximas, pode prejudicar a análise do ritmo pelo DEA.

2) Excesso de pelos no tórax: você precisa retirar o excesso de pelos apenas da região onde serão
posicionadas as pás, com uma lâmina que geralmente está no kit DEA; outra alternativa é depilar a região com as
primeiras pás e, depois, aplicar um segundo jogo de pás. No entanto, se você não tiver mais de uma pá disponível,
use um pedaço de esparadrapo, coloque no peito e puxe rapidamente, como se tivesse fazendo uma depilação.

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3) Tórax molhado: enxugue rapidamente o tórax antes de aplicar as pás. Se a vítima estiver sobre uma poça
d’água, não há problema. Porém, se esta poça d’água também envolver o socorrista, remova a vítima para outro
local o mais rápido possível.

4) Adesivos de medicamentos/hormonais: você precisa remover o adesivo e o excesso de medicamento se


ele estiver no local em que serão aplicadas as pás do DEA.

5) Crianças de 1 a 8 anos: utilize o DEA com pás pediátricas e/ou atenuador de carga. Se o kit DEA possuir
somente pás de adulto, está autorizada a utilização delas, porém, se o tórax for estreito, pode ser necessária a
aplicação de uma pá anteriormente (sobre o esterno) e outra posteriormente (entre as escápulas), na mesma altura,
para que as pás não se sobreponham. As pás infantis não devem ser utilizadas em adultos, pois o choque aplicado
será insuficiente!!!!

6) Lactentes (0 a 1 ano): um desfibrilador manual é preferível, porém, se não estiver disponível, utilize o DEA
com pás pediátricas e/ou o atenuador de carga. Se este também não estiver disponível, utilize as pás de adulto, uma
posicionada anteriormente (sobre o esterno) e a outra posteriormente (entre as escápulas), na mesma altura; o
prejuízo para o miocárdio é mínimo e há bons benefícios neurológicos.

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7) Gestantes: não existem estudos que comprovem complicações maternas ou fetais com o uso do
desfibrilador, aventando-se pequeno risco de arritmia fetal. Mesmo assim, indica-se seu uso em qualquer estágio da
gestação como método seguro, considerando ainda como barreira e proteção fetal o líquido amniótico.

E AGORA? CHOQUE PRIMEIRO OU RCP PRIMEIRO?

Nas PCR de adultos presenciadas, quando há um DEA disponível imediatamente, deve-se usar o desfibrilador
o mais rapidamente possível. Em adultos com PCR sem monitoramento ou quando não houver um DEA prontamente
disponível, deve-se iniciar a RCP enquanto o desfibrilador é obtido e aplicado e tentar a desfibrilação, se indicada,
assim que o dispositivo estiver pronto para uso.

A RCP deve ser administrada enquanto as pás do DEA são aplicadas e até que o DEA esteja pronto para
analisar o ritmo. Imediatamente após o choque deve-se iniciar as compressões torácicas, obedecendo a sequência
de 30 compressões para cada duas ventilações (em adultos, ou crianças e bebês com apenas um profissional. Se for
criança ou bebê e o atendimento estiver sendo realizado por dois profissionais de saúde, essa relação deve ser de 15
compressões para duas ventilações) durante cinco ciclos ou dois minutos, ou até que o DEA solicite nova análise do
ritmo, o paciente se mova ou a equipe de suporte avançado chegue.

A função da desfibrilação ou choque é de PARAR o CORAÇÃO, ou seja, ZERAR a atividade elétrica


anteriormente DESORGANIZADA para que o marca-passo natural do nosso coração (NO SINOATRIAL) possa
comandar novamente as fibras cardíacas e reassumir um ritmo eficaz que gere pulso central. Como na AESP não há
desorganização de ritmo e na assistolia não há ritmo, consequentemente, NÃO EXISTE INDICAÇÃO de
DESFIBRILAÇÃO, cuja função é de “PARAR COM UM RITMO DESORGANIZADO”.

A desfibrilação não faz voltar a função cardíaca. A desfibrilação choca o coração e suspende, por um breve
período, toda atividade elétrica, inclusive a FV e a TVSP. Assim, se o coração ainda tiver energia e for viável, seu
marca-passo natural poderá, por fim, reiniciar a atividade elétrica, o que resulta, finalmente, no retorno da circulação
espontânea (RCE). Assim, imediatamente após o choque deve-se realizar compressões torácicas e NUNCA checar
pulso. Este só deve ser checado quando o paciente está monitorizado, com a presença da equipe de suporte
avançado e somente quando se observa no monitor, um RITMO ORGANIZADO; nesse caso, sim, deve-se checar pulso!

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CUIDADOS NO ALÍVIO DO ENGASGO EM ADULTOS E CRIANÇAS

Reconhecimento de asfixia

Vamos imaginar o seguinte cenário: você está num restaurante, comemorando o aniversário de um familiar
e de repente, seu pai começa a tossir de maneira angustiante após ingerir um pedaço de carne. A tosse é muito
forçada, os segundos vão passando e ele começa a perder as forças, a tosse fica fraca, silenciosa e sua boca fica
cianótica (roxa). E agora, você saberia o que fazer diante dessa situação?

A identificação precoce de obstrução da via aérea é a chave para um bom resultado. É importante distinguir
essa emergência de outras que podem causar desconforto respiratório súbito, mas que exigem tratamento distinto.

A asfixia pode ser definida como a dificuldade ou impossibilidade de respirar, que pode levar à falta de
oxigênio no organismo e, por consequente, à morte. No Brasil, é classificada como acidente por causa externa.

A asfixia por obstrução de via aérea por corpo estranho (OVACE) ou engasgo é uma das principais causas de
morbidade e mortalidade entre crianças, especialmente, entre as menores de 3 anos de idade. Nessa idade, as
crianças estão sob maior risco pois encontram-se numa fase de exploração e frequentemente põem objetos na boca
para explorar seus ambientes. Além do mais, seu organismo encontra-se vulnerável pois suas vias aéreas apresentam
capacidade subdesenvolvida de mastigar e engolir alimento.

Assim, podemos chamar de OVACE ou engasgo quando algum objeto, alimento, líquido ou secreção aloja-se
em alguma porção do trato respiratório de forma que obstrua a passagem do ar. Os casos mais frequentes dessas
obstruções são causados por alimento ingerido que tomou caminho errado e, ao invés de ir para o estômago, foi
para os pulmões. Os objetos mais frequentemente implicados na OVACE em crianças são, por ordem de frequência:
alimentos, moedas, balões e outros brinquedos. Nos adultos, os casos mais frequentes estão relacionados com
ingestão de alimentos, dentes e próteses. Na OVACE, a asfixia provocada pela obstrução prolongada dos pulmões
por um objeto sólido (pedaços de alimentos, goma de mascar, dentes, peças de brinquedos) pode ser parcial (leve)
ou total (grave).

OBSTRUÇÃO PARCIAL DAS VIAS AÉREAS

✓ Boa troca de ar;


✓ Capaz de tossir de maneira forçada;
✓ Presença de sibilos ou estridores;
✓ Inquietação Rubor facial Taquicardia (coração acelerado);
✓ Respiração forçada e rápida.

OBSTRUÇÃO TOTAL DAS VIAS AÉREAS

✓ Troca de ar deficiente ou ausente;


✓ Tosse fraca ou ineficaz, ou incapaz de tossir;
✓ Ruídos agudos durante a inspiração ou absoluta ausência de ruído;
✓ Maior dificuldade respiratória;
✓ Possível cianose (a pele se torna azulada ou arroxeada);
✓ Incapacidade de falar;
✓ Mostra o sinal universal de asfixia (coloca as mãos agarrando o pescoço).

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Uma manifestação típica da obstrução grave é o sinal universal de asfixia em que o paciente não conseguir
falar, a vítima coloca as mãos na face anterior do pescoço sinalizando que não é capaz de respirar e costuma
apresentar uma expressão facial de pânico. O risco de obstrução total das vias aéreas por um corpo estranho alojado
na laringe está associado a uma mortalidade em torno de 45% e em pacientes asfixiados por uma obstrução parcial
das vias aéreas pode ocorrer risco de encefalopatia hipóxica próximo de 30% (SMITH et al., 2015).

Tratamento para engasgo em adultos e crianças conscientes

Ao se deparar com uma vítima com sinais de obstrução parcial (leve), sua conduta deve ser expectante, desde
que a vítima continue com boa troca de ar. Dessa forma, você deve:

✓ Incentivar a vítima a continuar tossindo e esforçando-se para respirar espontaneamente;


✓ Permanecer ao lado da vítima, monitorando sua condição;
✓ Chamar o serviço de emergência caso a obstrução parcial persista.

Não tente bater nas costas de uma vítima de engasgo, caso ela esteja tossindo! Uma vítima que é capaz de
tossir indica estar com um bloqueio parcial das vias aéreas, e um tapa nas costas pode fazer com que a obstrução se
aloje mais profundamente, causando, assim, um bloqueio total de ar. Espere até que a vítima cuspa o objeto ou
mostre sinais de obstrução total antes de você intervir.

Caso a vítima evolua para uma obstrução total, mas ainda está consciente (acordada), você deve perguntar
se a vítima está se sentindo sem ar: “VOCÊ CONSEGUE RESPIRAR?”. Se a vítima acenar que NÃO (ela poderá fazer o
sinal universal da asfixia) e não puder falar, há presença de obstrução completa das vias aéreas e você deverá tentar
aliviar essa obstrução, pois agora temos um caso de obstrução grave de via aérea. Nessa situação, iremos realizar a
manobra de Heimlich (compressões abdominais).

A Manobra de Heimlich é uma técnica que consiste na realização de uma série de compressões a nível
superior do abdômen, mais precisamente abaixo do esterno. O objetivo desse procedimento é levantar
suficientemente o diafragma de forma a forçar o ar a sair dos pulmões para criar uma tosse artificial. Por sua vez,
pretende-se então que essa tosse movimente o ar através da traqueia, empurrando e expulsando o corpo estranho
para a cavidade oral e desobstruindo as vias aéreas superiores.

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Manobra de Heimlich

✓ Apresente-se rapidamente à vítima, dizendo que vai ajudá-la (isso vai reduzir a ansiedade e o
consumo de oxigênio).
✓ Fique de pé ou ajoelhe-se atrás da vítima e enrole seus braços em torno da sua cintura.
✓ Feche uma das mãos.
✓ Coloque o lado do polegar da mão fechada contra o abdome da vítima, na linha média, ligeiramente
acima do umbigo e bem abaixo do externo.
✓ Agarre a mão fechada com a outra mão e pressione-a contra o abdome da vítima, de maneira rápida
e forte, para dentro e para cima.

Dessa forma, você deve repetir as compressões até que o objeto seja expelido da via aérea ou a vítima pare
de responder (desmaiar). Aplique cada nova compressão com um movimento distinto e separado para aliviar a
obstrução. Se a vítima estiver grávida ou for obesa, aplique compressões torácicas ao invés de abdominais, uma vez
que compressões abdominais em gestantes podem provocar danos ao bebê, e em obesos, a estrutura espessa de
tecido adiposo pode dificultar o efeito da manobra de Heimlich, além de, eventualmente a pessoa que irá executá-
la poderá não conseguir envolver completamente a cintura da vítima com seus braços para aplicar as compressões.

Sabemos que vítimas de engasgo podem estar inicialmente responsivas/ conscientes e, em seguida, parar de
responder. Nessas circunstâncias, você presenciou tudo e sabe que a asfixia causou os sintomas na vítima e que deve
procurar um objeto estranho na garganta. Nessa situação, se a vítima de engasgo parar de responder, deite a vítima
no chão e inicie RCP, começando pelas compressões torácicas.

Como a causa da parada provavelmente foi a obstrução total da via aérea, você não precisa checar o pulso
do paciente, ele muito provavelmente encontra-se em parada respiratória e seu coração ainda pulsa. No entanto,
com o passar do tempo, ele logo poderá parar de bater e suas compressões torácicas além de provocar o aumento
da pressão intratorácica e tentar expulsar o corpo estranho, estará estimulando o coração, fazendo o sangue circular,
levando oxigênio para todo o corpo, inclusive para as coronárias (vasos do coração), minimizando as chances dele
entrar em colapso.

Segundo a American Heart Association (2015), em caso de vítima adulta ou pediátrica, atente-se para que
toda vez que você abrir a via aérea para administrar ventilações, abra bem a boca da vítima e procure o objeto. Se
conseguir ver um objeto que possa ser removido facilmente, remova-o com seus dedos.

Caso não possa visualizar o objeto, continue a RCP. Após cerca de 5 ciclos ou 2 minutos de RCP (com 30
compressões e 2 ventilações para adultos ou crianças/bebês com um único profissional de saúde, e 15 compressões
e 2 ventilações para crianças/bebês com dois ou mais profissionais de saúde.

Em outras situações, você pode encontrar a vítima de engasgo (adulta) já em estado de inconsciência (no
caso de não ter presenciado a cena), nesse caso, você, provavelmente não saberá que existe uma obstrução das vias

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aéreas. Acione o serviço de emergência local e inicie RCP. No entanto, em bebês e crianças, mesmo nos casos de PCR
não presenciada e se o profissional estiver sozinho, deve-se aplicar dois minutos de RCP antes de deixar o bebê ou a
criança para acionar o serviço de urgência/emergência e buscar o DEA.

CUIDADOS NO ALÍVIO DO ENGASGO EM BEBÊS

Reconhecimento de asfixia

O bebê passa grande parte do tempo mamando ou explorando o seu próprio corpo e os objetos pequenos
ao seu redor, que exercem neles um grande fascínio, um dos motivos que os leva a colocá-los na boca. Caso o bebê
se engasgue enquanto mama (ou ingere outros alimentos) ou colocou acidentalmente alguma pecinha pequena na
boca, mantenha-se calmo e atento e deixe que seu bebê desengasgue sozinho, tossindo (sim, todos os bebes tossem!
Inclusive os recém-nascidos! A tosse é uma defesa natural e o organismo dele vai tentar expulsar o corpo estranho).

OBSTRUÇÃO PARCIAL DAS VIAS AÉREAS:

✓ Boa troca de ar
✓ Capaz de tossir de maneira forçada
✓ Pode sibilar entre as tosses

OBSTRUÇÃO TOTAL DAS VIAS AÉREAS:

✓ Troca de ar deficiente ou ausente;


✓ Tosse fraca ou ineficaz, ou incapaz de tossir;
✓ Ruídos agudos durante a inspiração ou absoluta ausência de ruído;
✓ Maior dificuldade respiratória;
✓ Possível cianose (a pele se torna azulada ou arroxeada);
✓ Incapacidade de chorar

Tratamento para engasgo em bebês conscientes

O tratamento para o engasgo em bebês deve ser feito conforme o tipo de obstrução, assim como na criança
e no adulto. Sendo assim, se o bebê tiver com algum sinal de obstrução parcial, mantenha a calma e não interfira nas
tentativas do bebê em expelir o corpo estranho, mas permaneça ao seu lado e monitore sua condição, e se a
obstrução parcial persistir, acione o serviço de emergência.

Caso em algum momento, o bebê não consiga fazer nenhum som ou não respirar, de fato existe a presença
de obstrução total das vias aéreas e você deverá tentar aliviar a obstrução. Remover um objeto das vias aéreas de
um bebê, exige uma combinação de pancadas nas costas e compressões torácicas.

Passos a serem realizados na desobstrução de bebês conscientes

✓ Ajoelhe-se ou sente-se com o bebê no colo.


✓ Se for fácil fazê-lo, remova a roupa do tórax do bebê.
✓ Mantenha o bebê voltado para baixo, com a cabeça ligeiramente mais baixa que o tórax, apoiado em
seu antebraço.
✓ Sustente a cabeça e a mandíbula dele com a mão.
✓ Tenha o cuidado de evitar comprimir os tecidos moles da garganta.
✓ Repouse seu antebraço sobre o colo ou coxa para sustentá-lo.
✓ Dê 5 pancadas vigorosas no meio das costas, entre as escápulas do bebê, usando o calcanhar da mão.
Dê cada pancada com força suficiente para tentar desalojar o corpo estranho.

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✓ Após as 5 pancadas, coloque a mão que está livre nas costas do bebê, apoiando a parte de trás da
cabeça dele com a palma da sua mão.
✓ O bebê ficará adequadamente deitado entre seus dois ante braços, com a palma de uma mão
sustentando o rosto e a mandíbula enquanto a palma da outra mão sustenta a parte de trás da
cabeça dele.
✓ Vire-o como um todo, sustentando cuidadosamente a cabeça e o pescoço. Mantenha-o voltado para
cima, com seu antebraço repousando sobre sua coxa. Mantenha a cabeça dele mais baixa do que o
tronco.
✓ Aplique 5 compressões torácicas rápidas para baixo, no meio do tórax, sobre a metade inferior do
esterno (mesma posição das compressões torácicas durante uma RCP em bebê).
✓ Aplique-as à frequência aproximada de 1 por segundo, cada qual com a intenção de criar força
suficiente para desalojar o corpo estranho.
✓ Repita a sequência de 5 pancadas nas costas e 5 compressões torácicas até que o objeto seja
removido ou o bebê pare de responder.

Tratamento para engasgo em bebês inconscientes

Eventualmente, a manobra ensinada pode não ter êxito e o bebê desmaiar, ou seja, ficar inconsciente. Nesse
caso, não execute uma varredura digital às cegas em bebês e crianças, pois isso pode empurrar o corpo estranho de
volta para a via aérea, causando mais obstrução ou lesão.

SALVAMENTO VEICULAR

Acidentes de Trânsito provocam inúmeras mortes, seqüelas temporárias e permanentes. O atendimento


realizado com guarnições treinadas, funções específicas, materiais e equipamentos adequados, é de vital importância
para a diminuição destes números.

Salvamento Veicular é a ação de:

✓ Localizar – chegar até o local, procura de vítimas dentro de veículos e identificar a situação, próximo aos
veículos acidentados.
✓ Acessar – é a utilização das técnicas de desencarceramento, é chegar até a vítima deixando-a livre de
ferragens (bombeiros e equipe treinada).
✓ Estabilizar - é o emprego de técnicas de atendimento pré-hospitalar, e a sua extração do interior do veículo.
✓ Transportar - é a condução rápida de uma vítima até o hospital que tenha condições de atendê-la, de acordo
com os traumas presentes.

Desencarceramento (somente realizado por bombeiros ou equipe treinada).

São as ações empregadas para se conseguir o espaço suficiente para avaliar a vítima, o acesso necessário
para a sua retirada. Empregando-se sempre a regra de tirar as ferragens da vítima e nunca a vítima das ferragens.

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Extração
É a retirada da vítima do interior do veículo, após a vítima estar desencarcerada, empregando-se as técnicas
de Resgate (APH), utilizando-se todas as imobilizações adequadas de acordo com a gravidade da vítima ou situação
de risco do local, poderá ser empregado uma Extração Rápida.

SEGURANÇA:
Equipamento de Proteção Individual

✓ EPI

✓ Segurança da Equipe: Materiais de primeiros socorros; Desligamento da bateria;

✓ Segurança do Local: Extintor de PQS; Isolamento do local com fita; Viatura posicionada em diagonal
protegendo a área de atendimento, com sinais luminosos ligados e sinalizados por cones.

✓ Segurança da Vítima

RISCOS EM POTENCIAIS PARA O ATENDIMENTO DA OCORRÊNCIA

✓ Colisão contra postes com risco de queda de fiação, transformador e o próprio poste;
✓ Colisão contra edificações com risco de queda de estrutura;
✓ Vazamento de combustível líquido ou gasoso (GNV);
✓ Veículos transportando produtos perigosos;
✓ Veículos com risco de queda em depressões;
✓ Veículos ocupados por marginais.

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ANOTAÇÕES

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Referências:

ALFARO. Diego; FILHO, Herminio Mattos. Atendimento pré hospitalar ao traumatizado. Rio de Janeiro, Elsevier,
2007.

American Heart Association, Suporte Básico de Vida. Disponível em http://international.heart.org/pt/handsonly.


2017.

COSTA. Isabel Karolyne F; LEITE, José Eugênio Lopes; TIBÚRCIO, Manuela Pinto. SUPORTE BÁSICO DE VIDA
UNIDADE 1, 2 e 3. Disponível em: http://avasus.ufrn.br

IPED. Suporte básico de vida. Disponível em: www.iped.com.br

LIBERADO. Daniel. SALVAMENTO VEÍCULAR. Disponível em:


http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAdaUAI/salvamento-veicular

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