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Curso de Química
Aluno:.................................................................................................
AULA 1
CINÉTICA QUÍMICA
1. Para cada uma das combinações tabeladas (Tab.1) adicione num béquer de 100 mL os
volumes indicados, medidos com bureta:
Tabela 1
Combinação Volume (mL)
S2O32- (0,3 mol/L) H2O
1 25,0 0
2 20,0 5,0
3 15,0 10,0
4 7,5 17,5
5 5,0 20,0
Deixe o béquer sobre uma tira de papel preto sobre fundo branco. A visibilidade da
tira de papel servirá como indicador do tempo necessário para que se forme uma
determinada quantidade de enxofre. Adicione 5,0 mL de ácido clorídrico 2 mol/L. Com
auxílio de um cronômetro, meça o tempo necessário para que não mais se enxergue o
papel preto, quando olhado de cima para baixo. Isto se deve a turbidez que se forma pela
liberação de enxofre. Repita a experiência com as demais combinações de volumes.
Tabela 2
Combinação Volume (mL)
HCl 0,3 mol/L H2O
1 10,0 0
2 8,0 2,0
3 6,0 4,0
4 4,0 6,0
5 3,0 7,0
REFERÊNCIAS
1. Mahan, B. H. ,Química, um curso Universitário, Ed. Edgar Blücher e Ed. da USP, 1970.
2. Giesbrecht, E. (coord.), Experiências de Química, Ed. Moderna e Ed. da USP, 1979.
3. Livros de Química Geral
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Curso de Licenciatura em Química
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AULA 2
SÍNTESE DE UM ÉSTER
1- OBJETIVOS:
Sintetizar o acetato de butila através da reação do ácido acético com o álcool n-
butílico catalisada por ácido sulfúrico.
2- CONCEITOS FUNDAMENTAIS:
2.1- ÉSTERES
Os ésteres são compostos orgânicos que reagem com a água para produzir álcoois
e ácidos orgânicos ou inorgânicos. Os ésteres carboxílicos são os mais comuns.
O nome do éster é obtido fazendo a substituição do sufixo -ico- do
ácido que lhe deu origem, pelo sufixo -ato-, indicando em seguida o grupo
alquilo ou arilo existente. Exemplos:
CH3-COO-CH3 (etanoato de metila ou acetato de metila), HCOO-C6H5
(metanoato de fenila).
2.2- ESTERIFICAÇÃO
A reação de um ácido carboxílico com um álcool para produzir um éster mais água
é conhecida como reação de esterificação de Fisher. Esta reação é lenta a temperatura
ambiente e é reversível. É uma desidratação, na qual o ácido atua como catalisador e
desidratante.
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3- PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4- QUESTÕES:
Escreva a reação de esterificação para os dois ésteres obtidos. Quais os reagentes
presentes no final da reação?
Há algum reagente em excesso? Qual?
Por que utilizar o sistema de refluxo para a obtenção do acetato de butila?
Quais os fatores que estão influenciando na velocidade da reação da esterificação?
Explique.
Com que finalidade foi usado a solução aquosa a 5% de NaHCO3?
Como se chama a reação no sentido inverso da esterificação?
O oxigênio da água (H2O) formada na esterificação provém de qual dos reagentes
Com que finalidade, costuma-se retirar a água formada durante a esterificação de Fischer?
Explicar usando o princípio de Le Chatelier.
5- BIBLIOGRAFIA
GIESBRECHT, E. “Experiências em química: Técnicas e Conceitos Básicos”, PEQ - Projetos
de Ensino de Química, Ed. Moderna Ed. da USP, São Paulo, SP (1979).
RUSSEL, J.B., Química Geral (volume 1). São Paulo, McGraw-Hill do Brasil, 2ª edição, 1994.
VOGEL, A.L. Química orgânica: análise orgânica qualitativa. 2. ed., Rio de Janeiro, Ao Livro
Técnico S. A, 1981. v. 1.
ALLINGER, N. L.; CAVA, M. P.; JONGH, D. C. et al. Química orgânica. 2. ed, 2. Rio de
Janeiro, Guanabara Dois, 1978.
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AULA 3
OBJETIVOS
O objetivo deste experimento é verificar o comportamento de pigmentos extraídos de
extratos vegetais frente à variação de pH.
INTRODUÇÃO
Antocianinas
As antocianinas, que são pigmentos da classe dos flavonóides, são responsáveis
por uma variedade de cores atrativas de frutas, flores e folhas que variam do vermelho ao
azul. Os flavonóides, destacando-se as antocianinas são solúveis em água e álcool etílico
e podem ser extraídos macerando a planta nesses solventes, a frio ou a quente [1].
A nomenclatura dos pigmentos antocianinas é complexa. O termo antocianina
descreve a forma usualmente encontrada na natureza que contém carboidratos. Uma
molécula como a antocianina, que contém carboidrato, é classificada como um
"glicosídeo". O núcleo principal da molécula de antocianina é constituído por três anéis
com ligações duplas conjugadas chamadas "aglicona" (livre de açúcar) e também
denominado "antocianidina", cuja estrutura genérica ilustrada na Figura 1 é o cátion
flavílico.
Antocianidinas R1 R2
cianidina OH H
peonidina OCH3 H
delfinidina OH OH
petunidina OCH3 OH
malvinidina OCH3 OCH3
pelargonidina H H
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PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Parte I - Extração
Extrair o suco de beterraba, repolho roxo, pétalas de flores coloridas e outros
materiais biológicos em meio alcoólico. Cada grupo de pesquisa deve escolher dois tipos
de material biológico.
Triturar em gral o material utilizando uma mistura de 5 mL água e 5 mL de álcool
para facilitar a extração do pigmento; filtrar o extrato com papel de filtro e transferir 0,5 mL
para 8 tubos de ensaio numerados de 1 a 8. Durante a etapa de filtração, observe que
parte do extrato ficará impregnada no papel de filtro. Isto originou o estudo com papel
indicador de pH.
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No tubo n.º 05 adicione 5 gotas de NaOH 0,1 mol L-1.
No tubo n.º 06 adicione 5 gotas de NaCl 0,1 mol L-1;
No tubo n.º 07 adicione 5 gotas de NH4Cl 0,1 mol L-1;
No tubo n.º 08 adicione 5 gotas de Acetato de sódio 0,1 mol L-1;
BIBLIOGRÁFIA
1 – J.M.A. Araújo, “Química de Alimentos”, Universidade Federal de Viçosa. 1995
2 – F.O. Bobbio, P.A. Bobbio, “Manual de Laboratório de Química de Alimentos”, Livraria
Varela, São Paulo,1995.
3 – D.M. Barry, “Anthocyanins: A Colorful Class os Compounds”, J. Chem. Educ. 74
(1997) 175-1177.
3 - C.A.M. Ciscato, “Extração de pigmentos vegetais”, Revista de Ensino de Ciências –
FUNBEC 20 (1998) 49-50.
4 – R., Curtright, J.A. Rynearson, J. Markwell, “Anthocyanins Model compounds for
learning about more than pH”, J. Chem. Educ. 73 (1996) 306-309.
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AULA 04
2 – INTRODUÇÃO TEÓRICA:
Muitas substâncias ligam-se a moléculas de água, dando origem a compostos
sólidos cristalinos com composição definida. Esses compostos são denominados hidratos.
Cada um dos hidratos possui um número constante de mols de água para cada mol da
substância anidra (sem água).
Nesse experimento iremos determinar o número de moléculas de água ligadas ao
sulfato cúprico. Isso é possível removendo-se, por aquecimento, toda a água ligada a
uma massa conhecida do hidrato. Após a remoção da água, determina-se a massa do
composto anidro.
X . (H2 O)n →
Δ
X + n H2 O
hidrato composto anidro
No caso que estudaremos, o aquecimento é executado em forno tipo mufla, com
temperatura não superior a 230°C para que não ocorra a uma reação secundária
representada a seguir com o composto anidro produzindo um sal básico de coloração
cinzenta.
2 CuSO 4 . n H2 O →
∆
Cu 2 (OH) 2 SO 4 + SO 3 + (n − 1) H2 O
3 – PROCEDIMENTO:
I – DETERMINAÇÃO DO NÚMERO DE MOLÉCULAS DE ÁGUA DE HIDRATAÇÃO DO
CuSO4 . n H2O
a - Aqueça um cadinho de porcelana limpo no forno a uma temperatura entre 200 e 230
°C por 15 minutos.
b - Retire-o do aquecimento com auxílio de uma pinça metálica (previamente aquecida
para evitar o choque térmico e a conseqüente quebra do cadinho) e transfira-o para um
dessecador até esfriar.
c - Pese o cadinho numa balança analítica e anote sua massa (m1).
d - Adicione uma quantidade de CuSO4 . n H2O finamente pulverizada (entre 1,0 e 1,2 g)
ao cadinho.
e - Pese novamente o cadinho, agora contendo o hidrato e anote sua massa (m2)
f - Leve o cadinho novamente ao forno e deixe por mais 15 minutos.
g - Transfira-o para o dessecador com auxílio de uma pinça, espere esfriar, observe a
coloração e anote, pese-o novamente e anote sua massa (m3).
h - Repita as operações f e g, anotando a massa m4.
OBS: se m3 e m4 não diferirem entre si de mais de 0,01 g o processo pode ser interrompido e a
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massa considerada como constante. Se a diferença entre m3 e m4 for maior que 0,01 g, repetir os
itens f e g novamente até massa constante.
Determinar o número de moléculas de água de hidratação desse hidrato.
a - Aqueça um cadinho de porcelana limpo no forno tipo mufla a uma temperatura entre
200 e 230 °C por 15 minutos.
b - Retire-o do aquecimento com auxílio de uma pinça metálica (previamente aquecida
para evitar o choque térmico e a conseqüente quebra do cadinho) e transfira-o para um
dessecador até esfriar.
c - Pese o cadinho numa balança analítica e anote sua massa (m1).
d – Você receberá uma amostra de CuSO4 . n H2O impuro. Adicione uma quantidade
dessa amostra de CuSO4 . n H2O impuro finamente pulverizada ao cadinho (~2 g)
e - Pese novamente o cadinho, agora contendo o hidrato impuro e anote sua massa (m2)
f - Leve o cadinho novamente ao forno e deixe por mais 15 minutos.
g - Transfira-o para o dessecador com auxílio de uma pinça, espere esfriar, observe a
coloração e anote, pese-o novamente e anote sua massa (m3).
h - Repita as operações f e g, anotando a massa m4.
OBS: se m3 e m4 não diferirem entre si de mais de 0,01 g o processo pode ser interrompido e a
massa considerada como constante. Se a diferença entre m3 e m4 for maior que 0,01 g, repetir os
itens f e g novamente até massa constante.
BIBLIOGRAFIA:
Química Básica Experimental – Diamantino Fernandes Trindade et. al. – Ícone
Editora
Guia do Professor para - Química – uma ciência experimental - A.L. McClellan –
Fundação Calouste Gulbenkian – Lisboa
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AULA 3
CROMATOGRAFIA DE ADSORÇÃO
1- OBJETIVOS:
Realizar uma cromatografia de adsorção e separação de compostos orgânicos.
Calcular o valor de Rf (fator de retenção) para diferentes substâncias.
2- CONCEITOS FUNDAMENTAIS:
A palavra cromatografia (do grego KROMATOS – cor, e GRAPHOS – escrita) foi
primeiramente utilizada em 1903 por Michael Tswett (botânico russo) para descrever a
separação de pigmentos de plantas em zonas de cores distintas. Tswett utilizou um tubo
de vidro preenchido com uma substância sólida (carbonato de cálcio – fase estacionária)
e passou através do tubo extratos de plantas diluídos em solvente, observando a
formação de zonas verdes e amarelas. Pigmentos que interagiam mais fortemente com a
fase estacionária e menor afinidade com o solvente moviam-se mais lentamente na
coluna cromatográfica do que pigmentos que tinham afinidade como solvente e uma
atração mais fraca com a fase estacionária. Foi observado que os primeiros tinham sido
separados em várias manchas com cores diferentes como um resultado do fato de que
haviam movido na coluna com velocidades diferentes. Substâncias cujas moléculas são
polares interagem mais intensamente com solventes polares e aquelas apolares têm mais
afinidade com solventes apolares. Assim, variando-se a polaridade do eluente que ser
através de uma mistura de solvente pode-se controlar a separação dos componentes da
mistura.
Cromatografia de Adsorção
A cromatografia de adsorção pode ser comparada aos raios de luz em um prisma,
em que se separam os diversos comprimentos de onda da luz incidente correspondente à
cores diferentes, pois há a separação dos diversos componentes de uma mistura de
pigmentos, os quais poderão ser então determinados qualitativa ou quantitativamente,
Figura 1. Em química ou biologia, muitas vezes é necessário separar, purificar e identificar
os componentes de misturas complexas. Por exemplo, a identificação de componentes
individuais de uma mistura de aminoácidos de uma proteína é quase impossível pelo
método de cristalização fracionada, por exemplo, devido às semelhanças das
propriedades físicas e químicas dos componentes. Já por meio da cromatografia, esta
separação é viável.
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Cromatografia de papel
Na cromatografia de papel a fase estacionária é o papel de filtro colocado em um
frasco com tampa, com o solvente na extremidade inferior não tocando a amostra, O solvente
sobe pelo papel carregando as substâncias com velocidades diferentes.
Sob condições pré-estabelecidas (adsorvente, solvente e homogeneidade), razão entre a
velocidade do movimento de um componente com relação à velocidade do movimento da frente
do solvente (Rf –fator de retenção) é uma propriedade específica de cada composto. O valor de Rf
é determinado medindo-se a distância percorrida por uma substância a partir do ponto de
aplicação até o centro da mancha dividido pela distância percorrida pelo solvente, a partir do
mesmo ponto de aplicação (ver Figura 2).
distância percorrida pela substância x
Rf =
distância percorrida pelo solvente x
Frente
do solvente
Rf = dx Componente Separado
ds ds
dx
Ponto de aplicação
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
2. Cromatografia em Papel
Usaremos esta técnica para separar componentes de:
a) Tintas de canetas hidrográficas ou de ponta porosa.
b) Mistura de alaranjado de metila e azul de metileno.
c) Mistura de sais inorgânicos.
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15 cm
9 cm
1 cm
...Etc...
2,5 cm 2,5 cm
Figura 3 – Marcações no papel para cromatografia.
9 cm
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eficiência da separação e na visibilidade das manchas. (Observação: para fazer um
círculo pequeno, de 1 mm, é preciso dar apenas um ligeiro toque da caneta no papel).
2 - Deixe os outros dois pontos sem nada ou faça manchas de canetas da cor que
quiser. Pode usar, também, canetas esferográficas, mas a separação dos corantes não é
tão eficiente com o solvente usado aqui.
3 – Prepare solvente misturando 3 mL de água com 7 mL de álcool 96% já na cuba
cromatográfica (béquer de 500 mL).
4 – Faça um tubo com o papel como mencionado nas Fig. 4, coloque o tubo na
câmara cromatográfica e deixe correr até o solvente chegar a aproximadamente 5 mm do
topo do papel.
5 – Retire da cuba, faça uma marca com lápis na frente do solvente e deixe secar.
6 – Retire os grampos e faça um desenho no seu caderno de anotações
representando o resultado obtido, indicando as cores.
2 – Como solvente, use uma mistura 1:1 de etanol (95%) e água, ou seja, 5 mL de
etanol e 5 mL de água.
3 - Faça uma marca com lápis na frente do solvente logo que retirar da cuba
cromatográfica.
4 - Deixe secar, retire os grampos e meça os Rf de todas as manchas.
OBS: estas soluções contém água, que demora para secar e dificulta a formação de
manchas pequenas (máximo de 5 mm de diâmetro), como é necessário para uma boa
separação. Se for preciso, use um secador de cabelos para facilitar a operação.
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8 – Coloque o tubo de papel na câmara reveladora (béquer de 1000 mL coberto com
vidro de relógio, com um pequeno chumaço de algodão embebido em amônia
colocado em um lado no fundo do béquer) sem encostar o papel no algodão, tampe e
espere cerca de uma hora.
9 – Observe e anote as cores que se desenvolveram, comparando com as cores
obtidas durante a cromatografia. Explique.
10 – Ao retirar o tubo da câmara reveladora, lembre-se que as manchas
desaparecerão em pouco tempo. Portanto, SEJA RÁPIDO para retirar os grampos
(pode rasgar o papel no sentido do ponto de inserção do grampo para a borda), abrir o
papel e marcar com um lápis os contornos das manchas, fazendo um ponto no centro
da região que lhe parecer de maior densidade.
11 – Determine o valor de Rf para todas as manhas.
12 – Faça um desenho do resultado como se apresentou logo ao retirar da câmara
reveladora, indicando as cores.
13 – Conclua qual a composição de sua amostra desconhecida.
3. Cromatografia em coluna
No caso da cromatografia em coluna, a situação é mais complexa, O modo mais
rápido consiste em coletar o solvente (eluente) que sai da coluna em pequenas frações:
usando uma bateria com algumas dezenas de tubos de ensaio, e começamos a coletar no
tubo numerado n. 1. Após coletar um volume determinado (por exemplo, 2 mL), passamos
a coletar o tubo n. 2, e assim por diante. O conteúdo de cada tubo pode depois ser
analisado por cromatografia em camada delgada, revelando com iodo, e assim
saberemos qual tubo contém as substâncias correspondendo a cada mancha da placa.
Existe uma relação aproximada entre o valor de Rf, obtido em uma cromatografia em
camada delgada, e o volume de solvente necessário para retirar uma substância da
coluna, se o adsorvente e o solvente forem os mesmos da placa cromatográfica e na
coluna (sílica-gel como adsorvente, por exemplo):
volume do solvente 1− R f
=
volume da coluna Rf
Essa relação pode ajudar a localizar aproximadamente em qual fração pode estar o
composto de interesse, e pode ser usada também para determinar o volume ideal de cada
fração a ser coletada. Volume da coluna, na fórmula, é o volume ocupado pela fase
estacionária (adsorvente).
Experimento:
Esta técnica será utilizada para separar a mesma mistura de corantes utilizada
anteriormente, azul de metileno e alaranjado de metila.
Preparação da coluna:
1 - usar bureta de 25 mL para fazer a coluna cromatográfica.
2 – Feche a torneira da bureta e coloque uns 5 mL de etanol no seu interior.
3 – Pegue um pequeno chumaço de algodão e molhe-o com etanol, colocando-o no
interior da bureta e empurrando com uma vareta de vidro até que ele encoste no ponto
onde o tubo se torna mais estreito (perto da torneira). NÃO APERTE COM FORÇA o
algodão, apenas encoste-o no estrangulamento; se você apertar demais, restringirá o
fluxo de solvente e sua cromatografia levará muito mais tempo para terminar.
4 – Coloque 7 g de sílica em um erlenmeyer e acidione (aos poucos) etanol
suficiente para formar uma suspensão fluida.
5 – Adicione parte desta suspensão à coluna, abra a torneira (coloque um recipiente
qualquer embaixo) e dê pequenas pancadinhas na coluna (use o “martelo” feito com
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BIBLIOGRAFIA
1 – Oliveira, A.R.M. et al. Cromatografando com giz e espinafre, Química Nova na Escola
7 (1998) 37.
2 – Paloschi, R. et al. Experimentos cromatográficos, Química Nova na Escola 7 (1998)
35.
3 – BESSLER, K.E. e NEDER, A.V.F. Química em Tubos de Ensaio. 1a edição. Editora
Edgard Blücher Ltda., São Paulo, 2004.
4 – Constantino, M.G., et al. Fundamentos de Química Experimental. 1ª edição. Editora
da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2004.
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AULA 6
1 – OBJETIVOS
- Preparar um detergente pela sulfonação de álcool.
- Verificar as propriedades do detergente sintetizado.
2 – SÍNTESE
Prepare o detergente utilizando o álcoois n-octanol procedendo da seguinte
maneira:
a – Em um tubo de ensaio adicione 2 mL do álcool e 1,5 mL de ácido sulfúrico
concentrado ( cuidado – é altamente corrosivo ), agite e deixe em repouso por 10
minutos. Irá ocorrer a seguinte reação:
H H OH b – Junte a esta mistura 8 mL de água
C OH + H2SO4 C O S O destilada e transfira-a para um béquer
de 50 mL. Com cuidado, adicione 4 mL
H H O de solução de hidróxido de sódio (
n-octanol ácido octano sulfônico
NaOH ) a 25 % ( cuidado – a reação é
+
H2O exotérmica ). Resfrie a solução até a
temperatura ambiente.
c – Meça o pH com papel de tornassol e ajuste com solução de hidróxido de sódio, gota a
gota até que o pH fique levemente alcalino.
3 – PROPRIEDADES
Com o detergente sintetizado, faça os seguintes testes:
A – REAÇÃO ESPUMANTE
Coloque 2 mL da solução de detergente numa proveta de 10 mL, tampe, e agite
levemente invertendo o recipiente por 10 vezes em 60 segundos. Anote a altura da
espuma.
B – AÇÃO EMULCIONANTE
Coloque 2 mL do detergente num tubo de ensaio e adicione óleo, gota a gota
(contando as gotas) e agitando levemente até que haja formação persistente de duas
fases. Anote o número de gotas.
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SÍNTESE DA ASPIRINA
1 - OBJETIVO
Preparar aspirina.
2 - SÍNTESE:
Coloque em um Erlenmeyer, de 50 mL, 2,0 g de ácido salicílico e adicione 5 mL de
anidrido acético. Junte 5 gotas de ácido fosfórico a 85 % (catalisador). (Cuidado: anidrido
acético e ácido fosfórico causam graves queimaduras.)
Aqueça durante 5 minutos o Erlenmeyer em um banho de água a ~ 75°C
(temperatura do banho) , agitando a mistura reagente de vez em quando com um bastão
de vidro. Adicione cuidadosamente 2 mL de água destilada para decompor qualquer
excesso de anidrido acético. (Deve evoluir pequena quantidade de vapor de ácido
acético.)
Quando cessar o desprendimento dos vapores, remova o frasco do banho e
adicione 20 mL de água destilada. Deixe o frasco esfriar por alguns minutos ao ar para
que se formem os cristais de aspirina. Se os cristais demorarem a surgir, atrite as paredes
internas do frasco com o bastão de vidro.
Resfrie em banho de gelo para acelerar a cristalização e aumentar o rendimento do
produto. Filtre, sob sucção, utilizando um funil de Büchner e lave 2 vezes com 5 mL de
água fria.
A aspirina é sintetizada pela seguinte da reação:
O
OH
H3C C O O
C
O H3C C
H3C C O
O
Anidrido acético
H 3 PO4
+ Ácido acetilsalicílico ( Aspirina )
O OH
C +
OH
HO H3C C
O
Ácido acético
Ácido salicílico
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AULA 4
EQUILÍBRIO QUÍMICO
1- OBJETIVO
Nessa prática será estudado o deslocamento de equilíbrio químico em função da
concentração, fato que indiretamente comprova a existência do equilíbrio. Também será
investigado o conceito de reversibilidade de uma reação que seja perceptível visualmente,
deslocando sistemas em equilíbrio nos quais participam substâncias de colorações
características. Por fim serão efetuados experimentos baseados em equilíbrios iônicos
envolvendo sais pouco solúveis, abordando conceitos tais como Princípio de Le Chatelier,
produto de solubilidade, cálculos e equilíbrios iônicos simultâneos.
2- PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
PARTE I
Considerando o deslocamento de equilíbrio químico em função da concentração:
A - Quando se aumenta a concentração de um dos componentes do equilíbrio, ele se
desloca no sentido de consumir o reagente adicionado.
B - Quando se diminui a concentração de um dos componentes do equilíbrio, ele se
desloca para repor componente retirado.
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PARTE II
Outro equilíbrio bastante interessante para observações experimentais é aquele
entre cromatos (soluções amarelas) e dicromatos (soluções alaranjadas). Dissolvendo-se
uma pequena quantidade de dicromato de potássio em água, ocorrerá a reação.
PARTE III
Tubo no de gotas
1 1
2 2
3 3
4 4
5 10
20
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PARTE IV
Com relação a equilíbrios iônicos envolvendo sais pouco solúveis, realize os
seguintes experimentos:
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AULA 8
CALOR DE DISSOLUÇÃO
OBJETIVO
Determinar o calor de dissolução do ácido benzóico (C6H5COOH), a partir das
medidas de sua solubilidade em solução aquosa a diferentes temperaturas.
FUNDAMENTOS TEÓRICOS
Nesse experimento será estudado o equilíbrio entre o soluto na solução e soluto
sólido puro:
soluto(sólido puro) → soluto(solução)
Nesta condição a solução encontra-se saturada, com respeito ao soluto. A
condição de equilíbrio requer que:
K = [X 2 ] = S (1)
onde x2 e a fração molar do soluto na solução saturada, e é portanto, a solubilidade do
soluto (S) expressa em termos de fração molar ou molalidade.
A equação que relaciona energia livre e constante de equilíbrio em solução e:
∆G = −RT ln K (2)
se, ∆G e a energia livre molar de dissolução do soluto em saturação, K e expresso pela
sua solubilidade e a equação ( 2 ), torna-se:
∆G dissol. = −RT ln S (3)
ou
∆G dissol
ln S = − (4)
RT
sendo ∆G = ∆H − T∆S , para T constante, podemos descrever a equação ( 4 ) como:
∆H dissol. ∆S dissol.
ln S = − + (5)
RT R
onde, ∆Hdissol. e a variação de entalpia envolvida na dissolução de um soluto para formar
uma solução saturada e ∆Sdissol. a variação de entropia para a mesma transformação.
Supondo-se que ∆Hdissol. e ∆Sdissol. são constantes entre as temperaturas T1 e
T2, podemos escrever a equação ( 5 ) para as temperaturas T1 e T2 e subtraindo uma da
outra, obtemos:
∆H dissol. ∆H dissol.
ln S 2 − lnS 1 = − + (6)
RT2 RT1
ou
S ∆Hdissol. 1 1
ln 2 = - (7)
S1 R T1 T2
onde S1 é a solubilidade do soluto na temperatura absoluta T1 , e S2 é a solubilidade do
soluto em T2 .
Se a solubilidade de uma substância é determinada em duas temperaturas
diferentes, o seu calor de dissolução (∆Hdissol. ) pode ser calculado pela aplicação da
equação (7). Um resultado mais preciso pode ser obtido se a solubilidade for determinada
em várias temperaturas diferentes, assim, ∆Hdissol. pode ser obtido na inclinação de um
gráfico log. S versus 1/T, de acordo com a equação (4).
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MATERIAIS E REAGENTES
Erlenmeyers ( 6 ) Bureta 50 mL
Pipetador Fenolftaleína
Termômetros ( 2 ) Proveta de 100 mL
Hidróxido de sódio p.a. Ftalato ácido de potássio
Pipeta volumétrica de 25 mL Bastão de vidro
Acido benzóico p.a Termostato
OBJETIVOS
Padronizar uma solução estoque de hidróxido de sódio (NaOH) com
concentração aproximadamente 0,1 mol/L, usando com padrão uma massa conhecida de
ftalato ácido de potássio ( COOH
C8H5O4K )
COOK
PROCEDIMENTO
1) Coloque em um Erlenmeyer de 250 mL a massa de ftalato ácido de potássio fornecida,
acrescente 50 mL de H2O e 3 gotas de fenolftaleína. Agite até dissolver todo o ftalato
ácido de potássio. (Não esqueça de anotar a massa utilizada).
OBJETIVO
Através da titulação com NaOH, determinar a concentração da solução de acido
benzóico em diversas temperaturas.
A solução de acido benzóico a ser titulada é uma solução saturada na
temperatura de determinação.
PROCEDIMENTO
OBSERVAÇÃO: Este experimento será repetido nas temperaturas: ambiente, 35 °C e 40
°C.
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3) Complete com a solução de NaOH padronizado o volume da bureta até zero.
6) Calcule a massa de ácido benzóico na alíquota de 25,0 mL para cada titulação. Calcule
a média das massas para cada temperatura.
10) Compare o valor obtido com o valor tabelado. Procure este valor em um Handbook na
biblioteca.
BIBLIOGRAFIA
SIENKO, M.J. & PLANE, R.A. - Experimental Chemistry (McGraw-Hill Book Co. Inc.,New York).
STONE, H.W. & McCULLOUGH, J.D. - Experiments, Theory and Problems in General
Chemistry (McGraw-Hill Book Co. Inc., New York).
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AULA 10
CONDUÇÃO ELETROLÍTICA
1 – CONDUTIVIDADE
1 – 1 - efeito do solvente
Começando pelas lâmpadas de maior potência, ensaiar a condutibilidade dos seguintes
materiais:
Água Solução de sacarose 5 % em água
Etanol Solução de ácido acético 5 % em água
NaCl sólido Solução de NaCl 5 % em etanol
Sacarose sólida Solução de sacarose 5 % em etanol
Ácido acético puro Solução de ácido acético 5 % em etanol
Solução de NaCl 5% em água
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1 – 2 - EFEITO DA CONCENTRAÇÃO DAS SOLUÇÕES NA CONDUTIBILIDADE DAS
MESMAS
1 – 2 – 1 – NaCl
Usando a lâmpada de 100 W e mantendo os terminais do dispositivo afastados 2,5
cm um do outro ensaiar a condutibilidade da solução com soluções diluídas de NaCl.
Para tanto, preparar 100 mL de solução estoque de NaCl 0,1 mol/L pesando
aproximadamente 0,6 g de NaCl e dissolvendo em água suficiente para produzir 100 mL
de solução.
Fazer a diluição dessa solução para obter as demais da seguinte forma:
no Gotas solução estoque Vol. Final da solução Conc. da solução final (mol/L)
(mL)
1 10 25,0 0,002
2 20 25,0 0,004
3 40 25,0 0,008
4 100 25,0 0,020
Ensaiar a condutibilidade dessas soluções começando pela lâmpada mais potente.
1 – 2 – 2 – ÁCIDO ACÉTICO
Usando a lâmpada de 100 W e mantendo os terminais do dispositivo afastados 2,5
cm um do outro ensaiar a condutibilidade da solução com soluções diluídas de ácido
acético. Para tanto, preparar 100 mL de solução estoque de ácido acético 0,1 mol/L
medindo aproximadamente 0,6 mL de ácido acético e dissolvendo em água suficiente
para produzir 100 mL de solução.
Fazer a diluição dessa solução para obter as demais da seguinte forma:
o
n Gotas solução estoque Vol. de água (mL) Conc. da solução final (mol/L)
1 10 25,0 0,001
2 20 25,0 0,002
3 40 25,0 0,004
4 100 25,0 0,010
Ensaiar a condutibilidade dessas soluções começando pela lâmpada mais potente.
BIBLIOGRAFIA:
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