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RoQUE Morars RONALDO Mancuso DUCACAO QZ PRODUGAO DE CURRICULOS E FORMACAO DE PROFESSORES MONPa ot 2004 GONZALEZ, J. Ft sh. Come hoc wieder didices ienovadsras? Sev: Diad, 199, LIBANEO, J.C. Didi, io Paul: Cortez, 199, MORAES, R. Ninguim or bake dae ore vo mana ri: cute em process permanente de superagte, Texte nto-publisdo, 2002 POZO, J. Humana ment, El mondo Ik cocienca la carne. Madrid ‘Mora, 200 POZUBLOS, FJ Unidades didtccusy indica de aula. In: CANAL, Ps LLEDO, As POZUELOS, FJ; TRAVE, 6. Frege kr eu: lomentos pars una ensefana slteratvn, Sevilla: Diads, 1997 . 138 161 SANMARTI,N, Et aieo de wnidadesdidaicat, Teato no publendo, 2000 SILVA, TT: Documentos de eidade- wma inerodugia is toras do correo, Belo Horizonte: Aurénia, 1899. WELLS, G. Dialog inpuiy cowards sociocultural practic and theory of Education, New York: Cambridge University Press, 1999 WERTSCH, J. Vins of mind: a sociocultell approtch to mediated section. 3. ed. 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Assim, pro- ceurase mouzar a peaquisa como elemento indisteivel do ensino © come alivancador ds sprendigem. © APRENDER: uma epistemologia ro senfide do um corhecento als complex ‘Como aprendemos? Qual relalo da cultura com a consteuss0 ‘do conhecinente do indviduor? Qual 0 pape da escal no processo de aprender? Esss so algumas questies que, com freqiénets, em Integra as notiaerflexts. A seguir presenta se slgumassnteser dese proceno sellesio, buscando explicitar outer pressupostos 1 be ess importante temic. A oprendizagem como complexificogto do conhecimento Antes de epresenarnossospressupesissepistemelogios subse ‘aprender, dscuiremos alguns aspects que susteatam nossosenten- imentos tus. Bm primeio lugar consider-se que neahum coahe- cimenco € superior out. Assn, o conhecimentocleniica € spenas ua das formas de interpreta a realidad e, porsne, aceite aia 4e romper coms proposgto de rupturs com o conhecimento do senso ‘comum com origent no cotidiano em favor do conhecimento censfi- 0, invertendo a rape epistemoligie carscerea da Cincia mor ‘deen; como prope Boaventura de Sousa Santos (2002), assuminda, {de outro mod, «dia de continuidade dessa das forms de conhe- mento ¢ no 2 sua exclust, sida que compreendendo diferengas cm seus modos de constr {A problemics da coninuidade slidsde € complex» para compreende-ao ser humane langa io do conhesimento ciensific, mais simples. Parecornor que se deve cansiderar um aspeew muito presente no ensino de Citncas, que sh os concelts. Nao se desconsiders «| Imporsinei dot conceitos posulados nas Citacia, entretanco enter esse que oconhecimento evolve outos aspects sé dos conceit, ‘ome aprender sbbre a natureaa da Citncl, a como fazer e falar Cién- las, And assim, mesmo pensando no conhesiments d= Citcias como tum canhesimento abrangense, ao se reflec sobre dinaacidade da sala de aula de Cigncis, cle nto & 0 dnico conhecimento presonte. Falendo expectieanente sobre aprendizagem dos conceias, pura que ‘0 aluno complexiigue 0 seu conecimento vobre um conceit, no ambicot esol, ¢ precio pari do que ele sabe sobre auele con- ‘cei, En outas pals, 6 preciso pari da expliagio que oaluno é ‘apaz de fornecer sobre algom fendmeno em estudo. Saberse-, de forma imprecise lcuna, come o sino interpret 0 fendmeno e que ideias le associa para explo, juries lo ou prever «sua continu dade, A ptr da expliczagSo em aula das diferentes fomas de pensar que eat podem ser problematizadas © enviquendas pelo debate pels eitura, pola pesquisa, pela experiments, Fics evidente aqui que o proceso de compexifcagio do conhe- iment vi além da sala de aula eda escola A medida que osueito wa se impcegaando com 0 objeto de exude, a qualquer momento, ext 98 poss aonsen “ahaunevan @: ower = Matis po © Gsusara® _qualquer situa de vida, padevolara pensar sobre oassunio este Teoe relies, ampliando sconscodia eu = complexidade do sev co nhecimento, compreendendo mais, sabendo mais ¢sendo capa de fi fan escrevere,conseqlentenenteargumenta mai methoc sobre. Em socese,nlo hi vin de se apropriar do conhecimento vali do pola Cigncs se milo a pair do que jf se conhece © niso ext anda lum grande desi, que & conseguir tazero alunos dscusso plo seu ceniendimento, Nese sentido, os resultados fornecides pels ners pesquisa ealizads ao movimento de concepts akematvas podem see usados para auxlite»producio © apropriago de significados mais complexes pelos alunos professors. Amsociado a esse aspect, ama de nossa proposes € ave 0 aluno deve predic alge em sul (Lext com previsbes, jstiiaiva, ‘eserigdes, andes sites, avalagio} ou fra del, ea andlive tenta ‘dessa pradugio € que permite conhecer como cle pensa Isso €0 Ue {Well 2001) denomina ure “objeto apefegoivel”, odendo cao ser algo material como simbicn, Esso também se vineula 3 idgia de Boaventure de Sousa Santos de que “todo 0 conhecimento € avtocontecienta” Santos, 2002p. 50 © oprender« sr professor Da mesma forme que se enende + apropiago de sigifeados do contecimento ds Citncas, buscase entender « que sea comarse profesice Ao long da vida excolar corre a aproprigio eons dividual sobre © que sigan ser profesor, “dar aula", prepaar © plain atvidades, usar azempoe 0 recursos, val, enfin, vier na texcola Ao ser feit a opgio por tinarse profesor, raramente exo ‘Gaas 23 teotis que foram conatsindo foro profesor a0 longo da vin escolar € mesme fora dela, Assim, & no ambiente da Foemasio % Inicil que, uncamenslmente, esas eoia devem sr problematzadss € entiquecidas com aus eis scitas pela comunidad de edueado- res penquisadores das Gincis Soci Fazce da ela de aula expapo de atividades dos patticpantes arece-nos wind forms mito promlosora de perceber as teorias de todos os eavolvios. 0 dogo, a pesquisa Jeeua ea eert sto os ferramentss semistess que nos suxiliam a consti de questionamento (Wells, 1999, 2001), comunidades de prit (Wenger, 1998), Algumas de noses pesquisas mest iso (Moraes, Galas, 2000; Morac; Fria, 2002; Cline: Gongalves Lindemans, 2002: Ramos: Césso, 2001, comunidades Assim, ao aceditar que as aprendizagens vio se dando apace. «a paripasodreta do uno nas atvidades propos plo profess, as ciscusstes © nat avaligBies, entende-se que epropriagdo do co shecimento profisionl do professor também ooore desse modo. Ea reflexdo soe «prin © a andlise eoidana dosages desenvolvidas com op alunos que contibuem efetivamente para tomadas de cons ciénca soe a8 quertBer do ensinar€ do aprender, conseqtente- ‘mente, © conhecimente vil se tornando msis completa, com condi- ies de oferecer, cada ver mais, cespostas aos problemas que vio se apresentando, Asim, por exemplo, um professor de Quimica 6 val tomarte eompetente no emprego da experimen: com vistas «contbuir para a compesiiaszo do ccnhecimento qul- rico dos seus alunos, se aplicareetaabordagem com frequ2ncia e, lem diss, se coleteinformages perdi e sisemaicamente sobre ‘como os aluncsabalham como ist inflsencis na sua motvago, na sus cepacdade argumentatvs, na soa curosdade e intresc em ques- ona, no manoseio dos mateiais, entre outos aspect relevance. nf, se pesquisa pipe préica as sus alas, ‘Sho muita at resinttncas, nto dos alunos come dos presse. res, de evolu na apropringSo de conhesimento desse modo. Come pontua Wensch (1998), pom, resistin € uma forms dese apropriar © reconstruir um diseuzoenitao spore como posibilidade de eta Aexmagio das sorns pesos de alunos asuoe professors e evs fa madres [Ness prmeia parce busexmosexplc sprender,apresentando-o coma um processo de complexiiaso do conhecimente do sujite. Esse procesto ocorre nvm contexto oss torns sobre 0 sociocultural e o que limita ida ues sfo as feramenta fonecies, inguagem. A consciéa- i ses aspects rem implicates importantes pa a educa esco- lar. aprendizagem exige que separa do conhecimento que o ano ‘manifest pelo seu discus, O envolvimento com sividadesrelaclo- nada ese discus expec ncindo ages de ecisivo pars a sprendizagem nests Sra. leo também & wilde pas 0 process de formato do profesor ‘esscncilmente pela cultura prinipalmente ine de esta, ¢ No segunda parte emmarse- a pesquisa, modo de mateilizars reeonsrogoe complerificapto de que se conc e, portant, ue proceso alsvaneador do aprender. ‘OEDUCAR PELA PESQUISA: intagrando 0 pesquisar eo oprender (0s presupostosrferider sabre © gpremdércolocantnos dante do etacar pla pesquisa. Na interpreta que se dk para essa aborda- ‘gem de ensino denominadn por Demo (1996), lingoagem passa ser 4 principal fertamenta dante do cbjeto de conheciment, smronansarmmamsomonrmaengn tt ” ‘Assim, tem-se defend o eco ple pesquisa como uma forma de ensiquecere complexifiaro conhecimento de todos es envlvidos as apis pedagigiess (Moraes; Ramos; Galiaz, 1999). O azar pla _perguca no € uma metndologa de ensino. Nao se acreita que possa cxistr uma metadologa Grea, um curiculo Grice, uinafouna daca ie fazer excl ensino, pesquis, Pens encanto & divenidade de raldades, salar de aula, exolas, alunos, professoes, colts, sciedades. ‘Quando se aposs no adicar pl peste como principio pedagii- ex assumes lear par 0 context edueaonlaspecas da abordagem seciaulearl que pa bs, so exreninis. Apoxtar nese eines sign ‘ea apenarno dilogo, na lina, a esr na caborao region de sguments fundhmentaos mpi e teoeamente. No se est apenss escrevendo ume merodelogs, mas si uma forma de compreender 3 ol, ua ins inser na sociedade, com seus difeenes dsc ss, Estes so determinants e considers da escola ¢ dos inaviduos © so por eles também connitidos e deveeminades. Ao acitarse que a linguagem 6 von intmento de meg para apreprag erecenst fo do conhedment por alunos ¢ professes, ssume-te mons wa ver veo que nsciferoncis enquanta ers humanos dos outon ero Views & 4 nos capacidade de consi sgncndos pela inguagem em a di ‘veri ¢complexidade de cular ode sue manigesupies. [0 sgn fa que, prs as flr em azar elapse & ure es ns ais semicon detenvolvides pos sees humanos come medisires aa cla- boro de conhriaent, pel negociagso argumentative signicades Isso ria conde pu que ot extodantesdesenvvam acapacidedew 8 rmotvag de esuucuar conhecimentos com base nas sis sitigSes de vida, juno a sua comnidade, mas, 20 meso temp ese aprender gent ondiges deo sujeito compreenderconheciments de caer uve pois por ineio do aa el paste se ess sprendende «spender em susges meds (Gar, 2000; Ramos, 199). ‘em objetvaruniversis aide we © questionamento reconstrtve: «a problematizarde de conhecimento Uma das caracteristicas da Ciéneia © da pesquisa € 0 ‘questionamento sistemético (Der, 1997. Assim, um dos elementos ‘esienciis aus sala de aula do adtcar pela pegisa € 0 permanente ‘qvestionamena dos saberes dos patcipates. As perguntas feta por anos «peofesroes si feramentas importants eindspensvels para 4 prblematiapto do conhecimenro de todos e canteqlensemente, para oscu proceso de compleal—iagi O professor pergunta pars di gnostic, pace saber sobre © qe 0 aluno sabe, para entender come lane ess pensando sobre deteminado problema ov pars tener en- tender como @ sino explis um did fendmeno. Considea-se esse perguntar do profesor que € desencadeador de um provesso de exeur ‘a, como impresindlvel nesa abordagem educatvs, pis s6 ouvindo os alunos e tentando entender os mecansmos empregados por sles pte pensar a soluglo dos problemas apresentados & que 0 professor pderécompreender a lacuna ¢ flbas de conheciniento exstentes © doulas presents na consrago dat ters explicaias para ofe- fndmeno em estudo, S6 & possvel, det forma, ajudar © aluno = problemssisar 9 seu conhecimento so 0 owitmas efetivament Por our lado, 2 falar, aluno também se estuta , por iso le mesmo vi construing as sues soogSes e,eonseqdentemente, 0 Seu ‘conheciment, Além dist, para aprender, nfo basta saber 0 que se conhece. E necesério também que osueito reas conscitnia de que ‘io se, Na medida em que persede que rade de conheces,o caminio esti abeno puta 3 busca desseconbeci- once, € tn 4 on mento, Tunbém € Fungo do quessionamente por pare de professor 9 Adesafio © a provocasto wos alunos no process de discussie cde cons ‘suse du conbecimeno io incu oenvalvimento ex motvag para aprender mediancea busca de soluges pak as indagagbes poss. Alem diss, na medida om que © professor empress com fee= _autnciso qvestonamento em sala de ela, 0 aluno também vai aren ‘donde a fiz. Um dos ingedientes importantes no proceso Se cons twuglo do conheciment € a cuisidade, revelada pelo questions. (Quando o alone pergunt esl eentando preencher lncunas do sew co- hecitmenta; est coneestando a vlidade do conhecimento que esti sendo protzidoeoletivamente, pos 0 mesmo ainda nfo ests compre- ‘sive, elo menes ps cl, Noma inssinclacomunicaia 8 sujeitas “gue incegram 0 proceso argumentative contestam eaquanto noes ‘vrei stefeitos com a ompreensfo do que eek em sola. Ea preten- “so de verdad que est sondo quesionada po sua inconsistacs, No educa pol essa aprender pode sgniiat cada um valiar no cole ‘ye conecimente qv fi capa de constraz.E imposve! fazer isso sem oquestionamento que, porisso mesmo, cem ocariterreconstutve. Coneuindo, o questionsmento sitemsico e recanstutvo pode cox cribuie para a construglo de novos agsmentos, pate integrante de compexiiago do coneciment. A oprendizogem como constugso de noves argumentos A problemstiapo do conhecimentosuscia'a busca do novo. As fates gram o dese, pela conseigncs de que sous argumeatn so Fries, em process argumenrativos na sls de ala ou fora des, que ‘osalunossentem a necessidade de saber mais, portant, de buscar ‘que no ssbem. O conhecimeno sore o real es: muito relaionado om a capacidade de o suelo saber argumeatar sobre ess real: Nio ter asgumentos suficientes e convincentes pare darconta de um embi- tee ajudar a expliear um fen meno, ums auvidade mediada pelo profesor pode gerura angst necesstia para promover a buses de sesangumentos, Nese proceso de busca de novor aumento oak 100 os devem se incenuvader a pesquisa om tds as Lontes poses Recursos como lives didiice e paradidivics, revises, diconiries, cnciclopédias, TY, softwares edvcatvas es Intemet podem contibuie scbremancia pars «construgto de noves argumentos.Além dt, ex: periments orienrados on exports, colets de informagies na co- munidade, files seguidos de debate ereleto,simolaes acer cla teatative de saluto de problems ress, simples ou compexos, pee bidos na comvaidade e,inturve, exposiglo de temas pele professor ‘ov por espcialsuas slo altecnatvas importantes que podem concibule prs x constugo de novos argumeatos para tener sbordt ma si ‘o-problema ¢feoriar sobre ela. Por isso, parece importante estimelat of alunos «agement sobre fats, problemas e sitngtes deniadors, tants ocmente cone por esct, para que desenvolvam esta competincia, Para que scons sunt argumentos no entanto, 6 necessiie define o foo,» problems © oferecer condgbes propor estatégis pam que os slunos coletem informagies eapenes dealimenta proceso argumentative, B importante destacar que argumentr € ina iancits de en- ‘entar uma stungio problemtica, uma divide real, uma sisagio-pro blema pars aqua afo hd uma rerpoetsconclsiva. Pot ito, argumen ‘ago esrta ov fad tem por objetivo convencer os outros de que uma expliengzo € methor do que a oun (Isquieto; Samant, 2000, Asim, quando se denac a agumentapo come elemento fundante da sprendizagem, apost-se na superago ds simples transmissio passvn dena ifoesagso © de sun mira opie, Por outo lado, plo visto até aqui, & imposivel desenvolver esse proceso fora de uma relasSo dali, pois angumentarpresupie nlguém escabeleer un dsiogo com um interlocutor que tem reds Aisxineas do primeira. O mais importante, como diz Wells (1999), & qe hs reqdentes oporunidades para que os esudanes expressem uae renga ¢ opines, para que a egulem, compurande-a com asde seus companheiros © para que ax conju ance um argumento danvin, come ov uma informagSo complementar Bntende-se que ize inegea processo de vido do aur peas pegs A comunicosto, a erica ¢ vlorizacdo da produc exert: um processo de validoctio [Asim como na Citas, em que oconkecimenta censifies€ cons tiuido ne © pela comanidade espectcn, o eonhecimento em proceso nocessis ser submetida eo grupo da sla de ala ~ alunos © professor — pata uc sei valifad. Esta validago tem o sensido de submeter es angummentos ,confeqentemente, os conhesiments que ada um ex consteuindo A provae a erica dos eolegas. Desa forma, ésubmerende ‘seus stgumentor ao gropo ineuindo ao pofesor, que cade um vi ‘onsoldando 0 seu conhecimente, Assim, pode-se entender gue, ea quano hovver quesionamentese coatestagbes, signin que 0 angie mentor no esti cares par o entendimento do grupos, conseqente- mente, aquele que es defend no ets consegbindo convence os de- sais tlvez pores fade carers, Nessa perspective fo cabe apenas feet un relit6 de um experiment centegtloo fessor. precio submeté-o 90 grupo, de preferénci ormente, ama gio discursive Gilg. Iso mbm vale par demas textos e prods, Entendese que além do processo de comunicagio, € poste esenvolver com est ages a cc, elemento fundamental pua 0 vango do conbeciments. Dislogat aprender e ouvir, defender iis, sestar extias, reformla anguments,sdo movimentos necesiios © imprescindiveis para 6 spreader. Sendo movimentos inuinsees da esquiss,isso eforga a nossa agumentagio da indissocabildade ence aprender e pesquiss we A nossa cultura, porém, épredominante ofl Tver iso se deva 6 20 fato do emprego da exer ser mals tecente do que o emptege 4a fla. Emende-se que & papel do aducar pela pepuse privilege produsoexeia eles alunos. Um dos argumentoe que nos levam « incenivar os aluaos a excrever & 0 fate de a comunicato ol et me now exigente do que x eerita, Aceitu-se que we iga qualquer coisa ede ‘qualquer modo, desde que se consign comunict alg. E inaceitive, ro encanto, eerever com ext com fas de claees. Escrerer, asim, implica em erganiaagdo do pensamentoe de sua materikaagio por meio ds est Por outro ado, para escrever € necesirio fazer um exforgo de Sstematiasdo des propia iden no sentido de obcengo de cares, rimeir pra si mesmo, para que os ours possi entender a8 mensa- gens que se quer explicit. Ao parcipac com seus colegas © com 0 _oessor em pies sca, qUe,enteobtss as, postam {are ear sextosrelacioneos com as ages vivias em aus ou em Iaborairos, individuo pode apropiarse desss recutos cults © ‘ripregtlos ma constr de sua compreensto pessoal (Wels, 199) espe © exercicio do discuss esrto tm favorece a elaborate de uma linguagem mais sfonde, ‘al tende a conubuie pare @ de- senvolvimento dos conceitoscientcot e,poreant, mais complex, A avaliagso come processo produto acompanhade No rciocinio que se tem fein até aqui fea evidente que av lagto term um eacierradicalmence diferente do que a vivenci ‘nsinotaconal Em peice lugar, nto cabe © modelo de avaliagso sliergado no bindmio prelate puis. O pape da avaigto no aducor ria pesquisa & 0 de compreender que se pasa cm ss aprendiagens ws « constagtes que 0 sjeto faz. Por esse motivo, nfo eabe avaliar @ ptr apenas de instruments especifios, tadisonalmenteemprega- ds, come provas e examesfnas. ‘A svalago, no adcor pela pia, tem por fnlidadeacompa- nace proceso de complesificapto do conhesimento dos ano, iden tieando permanentementesdffeuldadesevidenciads 2olongo dessa ‘caminhac, Por is, 6 um prcestadinimioo ereerre a um conjunto e procedimentor insromentoscapazes de forneceriformagses pars tomadss de decisher pelos alunote pelo professor. A colea de infor magies extécentada na produco dos clus, manifesta tant oral> ‘mente como po escrito. Além da produso, & importante scompanhar sepeszor come 2 patcipasso, 0 eforgo em dilogar com 0 gTyPO, 8 Dusen de recuse pata a aul, pincipalmente na forms de textes. A condo da avenomia: os jas do oprendor ‘oda osunos produto de seus pce pesos eve simul pt que tomham sae inicinvas pein podesa ser ue dis foes da ene To signin canbe pat «consupt da ‘sonomia do uns. Nocatant os proceso de indepenizasto do sujct nfo podem ser ensinados, mas vivenciados Sto desi que {anon com que cd um busquealeernatvas de slug , 2 edie ‘ue enconti, os process vivecidon vio se wansfeemundo em sows aguas, em eonheciment, em caragem, em autonomi. Porn, problematagto do conkesinent do sii, jutamente com 4 ei, exerem imporante feng em dtego 4 autonomia, roman o alos ets do arende [Na medida em que os alunes vivenciam novos tetra, vio tornando-e autonome para continua 2 avangat no seu coohecimento amo a uma complexidade mang 108 yoga este -Maunivan @: aves = 1 fol comentado em slag is ferramentsfornecides plac tsa e que devem ser aprimoradas; enue as guns linguagem. Pis ‘quando te waa de aprendioagem, um dos paps da escola € fazer os cevtudantesamplarem asus linguagem. Diversifeando-a por melo do acess is eulturas de natrez cient, para que posam, posi ass 0% saberes dspontves.E imensurivel« quantdade de informagtes isponiveisem biblioteca ena podpiaInternet. Manipularosarcwaes ineragir com os softwares dos computadores & fc aos das de hoje. [cesar esas informagées dspontveis também. O que apresentadil- culdade ¢ compreendes as infocmagées, interprecsla, para que pos: sam ser eansformadss em conhecimeato, Iso exige de cada om 3s fecraments semitias que a escola deve ajuda fornece Considerarées Fincis © aprender € © pesquisar se confundem quando se acsits © sangumento de que conhecimento de cxda indivi evolsi na me- ‘ida em ue te torns mais complero, sem haver, necestariamente, rupturas com o conhecimenco previo, Por isto, a esncia do que foi cexplictado neste eexto tem relagto dite com a sto individual © coletiva dos alanos no sentido de reconsrugto de seus argumentos ftom a svsgées problemitices, tendo como referéacia 0 contexto sociocultural Aa implicates disso na escola levam para a sla de aula as feramencas cultura como 0 didlogo, a leitura © a esrta como rmediadors ds apendizagem, No cas das Gicias Natras 6 preci= 50 considera o conhecimento que 0 aluno tem sobre o que est sen- de estudado © que difere do discus das Citacis, arn que ponte ‘eorter&apropriagio de nova formas de pensar sobre o fendmene. mesmo acontece em relapio a aprender a ser professor: € preciso par smensnoosanren sR DHII ee tir do que o fuuro professor penta sobre ser profesor para que no [questonamentareconstutve posam se claordo arguments mals andameatados sobre ese faze. 0 edhcor pel psi, ced no texto como vans abordagem Ld cosinar © aprender, procera, pelo dln, pela problematiagto 30 ‘onfecimeno, pela produsio de novos arguments e pea s.wai (ho nose cleo, dar cota deste proceso cooperative de investi- {io a sila de aul, por meio do qual o desenvolvimento indvidesl © oletivo € ieentivado, A prendinagem, ness perspeciva, € compre ‘cedign conto uma fouma de construr novos arguments comunicades, ‘rscados evalorizados, expecislmente pea esr, A svaigto do educar pela peaguts fcp entio entendids como wn prcesso de producto tcompanhada peo profesor, Com esss cxractrstiss de sala de avla pontae no desenvolvimento 6a autonomis do aprender que pode frvoreces &womada de deciso com esponsibiliéaena produsio dos projets de vide dos estates Referéncios DEMO, P. 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MoacitLangonide Souza camping 2 sangre ude 00) Introd Apreseatamos alguns pressuportr que envolvem a ambien- tslinacho dos cuteuls esolres, num perspective que difere da tr- fase na abordagem de aspects pursment inforntivos ragmentados «© descontensalizados, como € freqdente na escola, Essh perspectiva ‘valve, por exemplo, ncunto de atitudes ¢ valores que estimvlens ‘uma vst sstmica de mundo, evando em conta a complene concex- 10 histrco socal e ambiental em que estamos insti. se ur nti cm oe ae Be ev rte wea tem pl pa Se

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