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Agrupamento de Escolas Santos Simões

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DAS DOCENTES ESTAGIÁRIAS

ANO LETIVO 2017/2018

RELATÓRIO REFLEXIVO DO ESTÁGIO PROFISSIONAL

Nome do avaliado: Paula Alexandra Marques Ferreira


Categoria: Professora Estagiária
Departamento curricular: Ciências Sociais e Humanas
Período em avaliação: 04/09/2017 a 31/05/2018
Grupo: 400

1. Níveis atribuídos e disciplinas lecionadas.

1.1. Níveis Atribuídos: 9.º e 11.º Anos

1.2. Disciplinas lecionadas: História – 9.º ano, Formação Cívica e História da Cultura e das Artes – 11.º Ano

1.3. Turmas onde lecionou:

a) Ensino Básico – 3.º Ciclo/Disciplina

• 9.º A – História/Formação Cívica

• 9.º B – História

• 9.º C – História

• 9.º D – História

b) Ensino Secundário – Artes Visuais

• 11.º C2 – História da Cultura e das Artes

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Agrupamento de Escolas Santos Simões

Aulas lecionadas: História e História da Cultura e das Artes

Dia Turma/Ano Disciplina Avaliação Qualitativa

9.º B (45
4-10-2017 História Suficiente
minutos)

9.º A (45
4-10-2017 História Suficiente
minutos)

11.º C (90
11-10-2017 HCA Bom
minutos

11.º C2
18-10-2017 HCA Bom
(45 minutos)

9.º A (90
25-10-2017 História Bom
minutos)

9.C (45
26-10-2017 História Bom
minutos)

9.º C (45
7-11-2017 História Suficiente
minutos)

8-11-2017
9.º B (90
Aula História Suficiente
minutos)
assistida

9.º B (90
17-01-2018 História Bom
minutos)

9.º C (90
18-01-2018 História Bom
minutos)

11.º C2 (90
24-01-2018 HCA Bom
minutos)

9.º A (45
24-01-2018 História Bom
minutos)

9.º C (90
01-03-2018 História Bom
minutos)

07-03-2018
9.ºA (90
Aula História Bom
minutos)
Assistida

2
Agrupamento de Escolas Santos Simões

21-03-2018 9.º A (45 História Bom


minutos)

13-04-2018 9.º A (45 História Bom


minutos)

18-04-2018
11.º C (90
Aula HCA Bom
minutos)
Assistida

11.º C2 (45
26-04-2019 HCA Bom
minutos)

9.º C (45
8-05-2018 História Suficiente
minutos)

9-05-2018
9.º A (90
Aula História Suficiente
minutos)
assistida

9.º A (45
23-05-2018 História Bom
minutos)

9.º C (90
24-05-2018 História Bom
minutos)

9.º A (90
30-05-2018 História Bom
minutos)

3
Agrupamento de Escolas Santos Simões

Aulas lecionadas: Formação Cívica

Dia Turma/Ano Disciplina Avaliação Qualitativa

18-09- 9.º A (45


FC Suficiente
2017 minutos)

25-09- 9.º A (45


FC Bom
2017 minutos)

02-10- 9.º A (45


FC Bom
2017 minutos)

09-10- 9.º A (45


FC Bom
2017 minutos)

16-10- 9.º A (45


FC Bom
2017 minutos)

23-10- 9.º A (45


FC Muito Bom
2017 minutos)

30-10- 9.º A (45


FC Bom
2017 minutos)

13-11- 9.º A (45


FC Bom
2017 minutos)

20-11- 9.º A (45


FC Muito Bom
2017 minutos)

18-12- 9.º A (45


FC Muito Bom
2017 minutos)

15-01- 9.º A (45


FC Muito Bom
2018 minutos)

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Aulas Assistidas da Colega de Estágio

Dia Turma/Ano Disciplina Avaliação Qualitativa

9.º B (45
4-10-2017 História Suficiente
minutos)

9.º A (45
4-10-2017 História Suficiente
minutos)

11.º C2
18-10-2017 HCA Bom
(45 minutos)

9.º B (90
25-10-2017 História Suficiente
minutos)

9.C (45
26-10-2017 História Bom
minutos)

9.º D (45
7-11-2017 História Bom
minutos)

8-11-2017 9.º A (90


História Bom
Aula assistida minutos)

11.º C2 (90
18-01-2018 HCA Bom
minutos)

9.º B (90
24-01-2018 História Bom
minutos)

9.C (90
25-01-2018 História Bom
minutos)

31-01-2018 9.ºA (90


História Muito Bom
Aula assistida minutos)

9.ºA (45
21-03-2018 História Muito Bom
minutos)

10-04-2018 9.º D (45 História Bom


minutos)

9.º C (45
10-04-2018 História Bom
minutos)

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11-04-2018 9.º A (90


História Bom
Aula assistida minutos)

9.ºA (45 História Muito Bom


13-04-2018
minutos)

11.º C2 (45
26-04-2019 HCA Bom
minutos)

11.º C2 (90
30-04-2018 HCA Bom
minutos)

9-05-2018 11.º C2 (90


HCA Muito Bom
Aula assistida minutos)

9.º D (45
15-05-2018 História Bom
minutos)

9.º C (45
15-05-2018 História Bom
minutos)

9.º A (90
16-05-2018 História Bom
minutos)

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2. Participação nas atividades promovidas, considerando o Plano Anual de Atividades.

Dia Atividade Público Alvo Professor/ Professores Local da Avaliação


Desenvolvida Professores Acompanhantes visita Qualitativa
Responsáveis
PES (Projeto
de Educação
“Onda Rosa”- Toda a Escola
15-10 a 31- para a Saúde)
Prevenção do cancro comunidade Santos Excelente
10-2017 /JPS (Jovens
da mama. educativa Simões
Promotores da
Saúde)
Toda a Escola
Dia Mundial da
16-10-2017 comunidade PES Santos Excelente
Alimentação
educativa Simões
Dia Mundial do 1.º, 2.º e 3.º
Escola
Combate ao Bullying – Ciclos, Ensino
20-10-2017 PES, SPO e GIA Santos Excelente
Ciclo de cinema sem Secundário
Simões
bullying
Serviços de
“Dislexia, Mito ou Psicologia e Professor Doutor Auditório da
Discentes e
Realidade?”, Orientação. João Lopes Escola
25-10-2017 Funcionários Excelente
conferência sobre a Grupo de Universidade do Santos
educativos
Dislexia Educação Minho Simões
Especial
Igreja de São
Visita de estudo à 11.º C1 Carla Sanfins
31-10-2017 Juliana Freitas Francisco, Excelente
Igreja de São Francisco 11.º C2
Paula Ferreira Guimarães
Nuno Sousa
Alunos EMRC José Cruz
Professores de
do Carla Rocha
EMRC
7-02 a 11- Secundário: Carla Gonçalves Milão
Visita de estudo a Itália Juliana Freitas
02-2018 10.º Francisco Oliveira Verona Excelente
Paula Fereira
11.º Juliana Freitas Veneza
12.º Paula Ferreira

Visita de estudo à Carla Sanfins Sociedade


27-02-2018 Sociedade Martins 11.º C2 Paula Ferreira Juliana Freitas Martins Excelente
Sarmento 9.º C Sarmento,
Guimarães

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“A Mulher, Igualdade
Carla Sanfins,
de Género”, atividade Juliana Freitas Escola
9.º A Florbela
8-03-2018 desenvolvida na Paula Ferreira Santos Muito Bom
5.º B Guimarães,
Biblioteca da Escola Simões
5.º D Sofia Branco
para o Dia da Mulher
Montanha
11.º C2 Juliana Freitas
13-04-2018 Atividade na Penha Carla Sanfins da Penha Excelente
9.ºA Paula Ferreira
Guimarães

Ângela
Senane
Visita de estudo à 9.ºA Carla Sanfins
Carla Sanfins
Casa da Arquitetura 9.ºB Carla Coutinho
17-04- Juliana
e ao Museu de Arte 9.º C Cecília Vaz Excelente
2018 Freitas Porto
Contemporânea de 9.º D Juliana Freitas
Paula
Serralves 11.º C2 Paula Ferreira
Ferreira

25-05-
Centro
2018, Direção e Diretores de
Santos Simões na Comunidade Histórico
adiada Equipa de turma.
cidade Escolar de
para o dia Projetos Paula Ferreira
Guimarães
5-06-2018

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3. Heteroavaliação da Colega de Estágio

Desde cedo que sabia como era importante o núcleo de estágio, por isso fiquei
muito feliz e motivada por saber quem era a minha colega de estágio. A Juliana é uma
amiga desde o inicio da licenciatura em História na Universidade do Minho,
companheira nas viagens para a faculdade e de alguns trabalhos académicos, pelo que
sabia que com ela estaria muito bem acompanhada.
Crescemos e aprendemos uma com a outra, ajudamo-nos mutuamente, e
resolvemos sempre as nossas divergências de uma forma civilizada. Trabalhamos juntas,
em equipa, e isso permitiu-nos evoluir e corrigir os erros uma da outra. Refletimos
diariamente e tentamos encontrar respostas para os problemas que foram surgindo.
A Juliana Freitas evoluiu na sua prestação enquanto docente, no início das suas
lecionações era acanhada, mas logo assegurada a boa relação com os alunos,
ultrapassou as dificuldades. O seu percurso foi notável, investindo sobretudo no
domínio científico e na gestão das situações de aprendizagem.

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4. Autoavaliação

Há escolas que são gaiolas. Há escolas que são asas.

Escolas que são gaiolas existem para que os


pássaros desaprendam a arte do voo. Pássaros
engaiolados são pássaros sob controlo.
Engaiolados, o seu dono pode levá-los para onde
quiser. Pássaros engaiolados sempre têm um dono.
Deixaram de ser pássaros. Porque a essência dos
pássaros é o voo.

Escolas que são asas não amam pássaros


engaiolados. O que elas amam são pássaros em
voo. Existem para dar aos pássaros coragem para
voar. Ensinar o voo, isso, elas não podem fazer,
porque o voo já nasce dentro dos pássaros. O voo
não pode ser ensinado. Só pode ser encorajado.

(ALVES, 2004, p. 7)

O Estágio Profissional representa o derradeiro passo na formação inicial. É nesta


fase que o estagiário aplica em contexto real todos os conhecimentos teóricos e práticos
adquiridos ao longo da sua formação. Os desafios são enormes e a exigência é máxima.
Terminado o primeiro ano do Mestrado em Ensino de História no 3º ciclo do
Ensino Básico e no Ensino Secundário, chegara a altura de decidir onde seria o estágio.
A minha primeira opção foi a de recorrer à minha antiga escola, a Santos Simões, em
Guimarães, e deste modo, tive algumas reuniões com um membro da direção, até que
finalmente recebi a notícia de que era aceite, assim como a minha colega de estágio, a
Juliana Freitas. Senti-me muito feliz e motivada, fiquei ansiosa para que o primeiro dia
chegasse e pudesse voltar à “minha escola” como professora. Todavia, estava muito
nervosa, já não ia estar na condição de aluna, mas sim de professora, ia estar do outro
lado pela primeira vez. Quando cheguei, os funcionários eram os mesmos do tempo em
que eu frequentara a escola, e também encontrei alguns dos meus professores. Só
pensava na forma como iriam olhar para mim e no que iriam pensar de eu ser professora
estagiária, mas correu tudo muito bem, receberam-me de braços abertos e sempre
disponíveis para tudo o que precisasse. De fato a Santos Simões é uma escola fantástica
a todos os níveis!
A professora que aceitou o grande desafio de orientadora cooperante, recebeu-
nos muito bem, tendo desde logo deixado uma primeira impressão muito positiva. A
professora Carla Sanfins deixou-nos logo à vontade e mostrou-se muito disponível para
ajudar em tudo, foi sem dúvida a base de apoio do nosso estágio.
Sendo eu mais nova, questionava-me se os alunos me iriam respeitar, se iria ser capaz
de controlar a turma, e de aplicar os meus conhecimentos. Tinha tantas dúvidas, mas

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levantei a cabeça e enfrentei o novo desafio, sempre com um sorriso na cara e boa
disposição.
O estágio permitiu compreender que ser professor não é apenas lecionar, um
professor pode e deve desempenhar outros papéis dentro da instituição escolar, desde
a participação ativa nas atividades do grupo a que pertence até aos eventos de maior
envergadura, como são, no caso desta escola, o Sarau e o Arraial.
Do meu ponto de vista, a escola não é apenas um edifício em que há alunos, e os
professores que dão aulas a esses alunos. A escola está inserida num determinado meio,
tem o seu próprio espaço, os seus funcionários, os seus professores e os seus alunos. A
escola Santos Simões tem, deste modo, a sua identidade, l e penso que os professores
têm um papel fundamental nesta questão.

1
Os professores são profissionais
essenciais nos processos de mudança
das sociedades.

Nas horas em que frequentava a sala de professores, observava os docentes. Alguns,


apenas cruzavam as pernas à espera do toque, outros vinham ter connosco e
perguntavam-nos com frequência como estava a correr o estágio, e outros davam-nos
uma palavra amiga, houve, por exemplo, quem nos facultasse novos recursos didáticos.
Agradou-me ver que há de fato docentes empenhados e que adoram o seu trabalho,
sempre preocupados com o sucesso dos alunos, mas acima de tudo, na formação destes
como pessoas responsáveis e cidadãos conscientes para o futuro.
Falar da escola Santos Simões, é falar como se fosse a minha segunda casa, é
muito especial. É uma escola que aproxima os alunos através das diversas atividades
que promove, fez-me sentir a aluna mais privilegiada à face da terra, e agora como
professora estagiária, não podia ter encontrado um lugar melhor, acolhedor e
organizado. Nota-se, também, a existência de uma boa relação entre os professores e
os funcionários, o que é bom para o funcionamento da escola. Há respeito mútuo, algo
que para mim é fundamental em qualquer relação, seja ela pessoal ou profissional.
A escola acolhe alunos do 5.º ao 12.º ano de escolaridade. Algumas turmas
chegam a ultrapassar os 30 alunos, o que não é algo desejável.
Desde cedo que sabia como era importante o núcleo de estágio, por isso fiquei
muito feliz e motivada por saber quem era a minha colega de estágio. A Juliana é uma
amiga desde o início da licenciatura em História na Universidade do Minho,
companheira nas viagens para a faculdade e de alguns trabalhos académicos, pelo que
sabia que com ela estaria muito bem acompanhada.
Crescemos e aprendemos uma com a outra, ajudamo-nos mutuamente, e resolvemos
sempre as nossas divergências de uma forma civilizada. Trabalhamos juntas, em equipa,
e isso permitiu-nos evoluir e corrigir os erros uma da outra. Refletimos diariamente e
tentamos encontrar respostas para os problemas que foram surgindo. A professora
orientadora, Carla Sanfins esteve sempre ao nosso lado, apoiou e ajudou-nos em tudo,
permitiu o desenvolvimento do nosso trabalho, deu-nos asas para voar. Alertou-nos,
acima de tudo, para a responsabilidade e autonomia que a docência acarreta, fazendo-

1
BITTENCOURT, Circe Maria Fernandes, Ensino de História: fundamentos e métodos, São Paulo:
Cortez Editora, 2008.

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nos refletir diariamente sobre as nossas práticas. Estou-lhe eternamente agradecida,


aprendi muito, obrigada por isso.

O núcleo de estágio vimaranense lecionou em quatro turmas de 9.º ano, a saber,


9.ºA, 9.º B, 9.º C e 9.º D, e ainda uma turma de 11.º ano de História da Cultura e das
Artes (HCA), a saber o 11.º C2.
Nas primeiras aulas, a professora orientadora informou-nos sobre as turmas e sobre os
alunos que as compunham, a professora já as conhecia. Essas informações foram muito
úteis, principalmente durante as primeiras aulas em que ainda não conhecíamos os
alunos. Ao longo das assistências das aulas e da lecionação, fui conhecendo as diversas
turmas, assim como cada um dos alunos.
A turma do 9.º A, constituída por 28 alunos, foi uma das turmas em que lecionei
com mais frequência. Foram todos amáveis, divertidos e bem-educados, foi uma turma
especial, também devido ao fato de os acompanhar nas aulas de Formação Cívica,
apercebendo-me rapidamente das suas potencialidades e dificuldades. Havia sempre
um grupo de alunos que adotavam uma postura exemplar nas aulas, não falavam
quando eu o fazia, e participavam ativamente na aula quando lhes era solicitado, todavia
havia um grupo que por vezes distraía os colegas. Mas, bastava uma chamada de
atenção para que adotassem o comportamento adequado. No que concerne ao domínio
cognitivo era uma turma com um nível muito positivo, havia claramente um grupo de
alunos que se destacava nas intervenções nas aulas. O grupo de alunos menos
participativo, tentava aprender da melhor forma, e reparei que para isso, retiravam
apontamentos para o caderno diário, mesmo quando eu não solicitava. Alegria e boa
disposição são as palavras que melhor caraterizam esta turma.
A turma do 9.º C, constituída por 18 alunos, foi igualmente uma das turmas que
mais me marcou, e pela positiva. Deparei-me pela primeira vez com aluno com
necessidades educativas especiais, um menino tão querido e humilde, sempre
sossegado e feliz. Não adotei nenhuma estratégia concreta para este aluno, o mesmo
levava um livro de desenhos, e pintava-o durante a aula, eu fui apenas observando-o e
referindo que estava a fazer um belo desenho. Enchia-me o coração ver aquela criança
sempre de sorriso nos lábios e sempre muito educado. Reconheço que tenho uma
maneira muito própria de dar aula, sou extremamente expressiva, ando de um lado para
o outro, e por vezes quase me emocionava ao abordar determinados conteúdos. No
início, esta turma olhava-me com uma cara muito admirada, só eu sei as expressões
deles, e isso assustava-me. Tentei melhorar a minha expressividade, mas a minha alegria
de dar as aulas não foi alterada, e os alunos habituaram-se à minha maneira de ser.
Houve um aluno que durante todo este processo me fez confusão, ele era novo na
escola, e na sua secretária ficava cabisbaixo e quase que adormecia, para mim esta
postura era impensável. Depois de falar com os outros docentes que lecionavam nesta
turma, apercebi-me que era um comportamento recorrente nas outras disciplinas, o
aluno praticava uma atividade física, pelo que se deitava muito tarde, e de manhã não
tinha forças para se manter de pé. Senti-me impotente para esta situação. Todavia
gostei muito de lecionar a esta turma, que tal como no 9.º A, tinha alunos interessados
e muito participativos, e outros que eu nem lhes ouvia a voz. A humildade é a palavra
que melhor designa esta turma, o que a fez, para mim, única e especial.
No que concerne à turma do 11.º C2, a mesma era constituída por 14 alunos,
sendo que um desistiu no início do 3.º Período, ficando apenas com 13 alunos. Nesta

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Agrupamento de Escolas Santos Simões

turma também havia uma aluna com necessidades educativas especiais, e à semelhança
do que ocorrera na turma do 9.º C, não adotei nenhuma estratégia de ensino em
particular, a aluna era muito educada, estava sempre atenta, e nunca perturbara o
normal funcionamento da aula. Esta turma tornou-se um desafio constante, porque
tinha de lecionar uma disciplina que envolvia artes. A nossa formação académica é de
fato em História, pelo que as artes foram pouco abordadas ao longo da formação. Mas
isto não foi desculpa para não investir nesta disciplina, pelo contrário, eu gostei muito
de aprender. Para fazer face às minhas dificuldades, requisitava vários livros na
biblioteca da escola e na biblioteca municipal Raúl Brandão. No início do ano,
apercebemo-nos do desempenho desta turma. Os resultados dos testes, não eram os
desejáveis, mas sabíamos que a causa para os maus resultados era o fato de não
estudarem. Para os motivar para a disciplina adotei algumas estratégias, a título de
exemplo: recorri algumas vezes a trailers de diversos filmes para abordar, ainda que
sucintamente, a biografia de um artista da corrente artística a estudar. Penso que esta
estratégia resultou, conseguia atenção dos alunos e motivá-los para os conteúdos. Estes
jovens podiam não alcançar os melhores resultados nas fichas de avaliação, mas como
pessoas, são únicas, demonstraram princípios desde o início. O altruísmo é a palavra que
melhor carateriza esta turma. Não quero deixar de referir a excelente relação que se
criou entre as professoras e alunos.
Também lecionei nas turmas 9.º B e 9.º D, e foram estas turmas em que menos
lecionei. No geral, são todos simpáticos e bem-educados, alguns são irrequietos e
faladores, mas não se tornou num problema efetivo nas minhas aulas. Quando eu falava
acerca dos conteúdos, poucas vezes me perturbavam a aula, excetuando na realização
de alguns exercícios, em que realmente se propiciava um momento para algum
burburinho. Para estes momentos de maior perturbação, admito que podia ter chamado
mais vezes atenção, mas fui-me apercebendo que os alunos também precisam de
momentos mais ativos e de discussão.
Em suma, considero que as minhas lecionações foram pautadas por momentos
bons, e outros menos bons. Preparei com antecedência o que pretendia transmitir aos
alunos durante a aula. Para isso, a utilização do recurso PowerPoint foi fundamental,
pois permitiu-me manter focada na informação que pretendia transmitir ao invés de
dispersar o meu pensamento. Também tentei não me descurar da utilização do manual
escolar, utilizando principalmente os documentos disponibilizados. Uma das minhas
maiores dificuldades prende-se com a utilização lógica destes dois instrumentos de
trabalho, por isso era recorrente o ligar e o desligar das luzes para a consecução da aula,
o abrir e fechar manual. Ao longo do estágio esforcei-me para reduzir a utilização dos
recursos multimédia, porque senti que alguns alunos se cansavam da sua projeção, mas
às vezes era-me impossível não o fazer, o manual não oferecia as condições necessárias
para o desenvolvimento do meu trabalho na sala de aula.
A competência científica foi um dos parâmetros em que mais investi, porque era
de fato o domínio em que me sentia menos preparada. Lembro-me de folhear os meus
apontamentos do tempo da licenciatura na Universidade do Minho, e pensava nas
dificuldades que ia enfrentar, porque reparei que apenas tínhamos chegado, por
exemplo, no que diz respeito à época contemporânea, à unificação da Alemanha. Sendo
que eu ia lecionar o 9.º ano, o programa de História iria exigir de mim conhecimentos
que eu até então não tinha adquirido.

13
Agrupamento de Escolas Santos Simões

Para uma melhor preparação e consecução das aulas, consultei vários manuais
escolares e realizei leituras de bibliografia mais específica sobre os conteúdos a lecionar.

Gerir o tempo de aula e fora da sala de aula é uma tarefa importantíssima na


atividade do professor. Realizei as tarefas a que me propus e as que me foram propostas,
e foi durante todo este processo de aprendizagem, que conheci melhor as minhas
potencialidades e as minhas limitações. Umas das limitações a sublinhar, é a gestão do
tempo, demorava algum tempo a executar algumas tarefas que à primeira vista
pareciam simples, como por exemplo, a realização de uma ficha de avaliação, ou um
simples relatório de uma atividade. Demorava dias a fazê-lo, aprendi que devo ser mais
pragmática e deixar de lado alguns pormenores, que nem sempre são relevantes.
Selecionei pedagogias diversificadas, utilizando estratégias e recursos distintos:
apresentações em PowerPoint, realização de exercícios em pares, meios audiovisuais e
método expositivo.
Considero também que as minhas aulas foram pautadas por um bom relacionamento
aluno-professor, tentando sempre encontrar a melhor forma de controlar as turmas. Os
alunos respeitaram-me e penso que isso era o mais importante.
Desde o início do estágio até ao presente, fui assídua e pontual. As atividades letivas
foram concretizadas com algum sucesso e quase todas correram como o planeado.
Ao longo do ano fui refletindo sobre as minhas práticas e procurei mobilizar o
conhecimento adquirido na melhoria do meu desempenho.
Em relação às perceções dos alunos em relação às minhas aulas, são positivas,
penso, que a maioria dos alunos gostou das minhas aulas. Houveram momentos em que
me perguntavam à entrada da sala de aula: “é a professora que vai dar aula? Que bom,
gostamos das suas aulas”, ou uma afirmação a dada altura na aula de Formação Cívica:
“a professora é uma inspiração”. Se estas afirmações refletem aquilo que os alunos
pensam sobre mim e minha prática docente, eu não sei, nunca o saberei. Durante este
ano de mestrado a importância da reflexão foi enaltecida vezes e vezes sem conta, e
reconheço que gostava de ter feito mais e melhor, o ano letivo passou num ápice. Estou
consciente do trabalho que me espera, da postura que devo adotar futuramente e do
aprofundamento científico que a profissão de docente exige.
Relativamente ao meu contributo, no que concerne ao Plano Anual de
Atividades, o meu núcleo de estágio dinamizou e participou em algumas atividades, a
saber:
- no dia 15 de outubro, “Onda rosa”- Prevenção do cancro da mama;
- no dia 31 de outubro o meu núcleo de estágio organizou uma visita de estudo à Ordem
Terceira de S. Francisco no âmbito da disciplina de História da Cultura e das Artes;
- nos dias 7, 8, 9, 10 e 11 de fevereiro realizou-se uma visita de estudo à Itália, às cidades
de Milão, Verona e Veneza e o núcleo de estágio ajudou na logística de toda a visita;
- no dia 27 de fevereiro, no âmbito do meu relatório de estágio, organizei uma visita de
estudo à Sociedade Martins Sarmento, em Guimarães.
- participei na dinamização do dia da alimentação “E tu? já comeste fruta hoje?”, no dia
16 de outubro;
- palestra “Dislexia: Mito ou realidade” no dia 25 de outubro;
- durante o mês de outubro realizou-se a "onda rosa", no âmbito do Projeto organizado
pela Liga Portuguesa Contra o Cancro;

14
Agrupamento de Escolas Santos Simões

-acompanhamento à turma 9.º A, direção de turma, no dia 15 de novembro, na ida ao


teatro “O auto da Barca do Inferno”, realizada no auditório da Universidade do Minho,
no Campus de Azurém, Guimarães;
- no dia 8 de março “A Mulher, Igualdade de Género”, atividade desenvolvida na
Biblioteca da Escola para o Dia da Mulher;
- no dia 13 de abril, realização da atividade na montanha da Penha;
- e por último, no dia 17 de abril, a visita de estudo à Casa da Arquitetura e ao Museu de
Arte Contemporânea de Serralves.
A colaboração em todas estas atividades permitiu-me reforçar as relações de empatia
com os alunos e potenciou um melhor relacionamento e cooperação com toda a
comunidade educativa. Grande parte das atividades não eram de caráter obrigatório,
todavia, os alunos participaram nelas, e se as atividades tiveram sucesso, parte desse
sucesso deve-se a eles, foram e são um orgulho para mim, os meus primeiros alunos,
que nunca irei esquecer.
Estou tão grata por me terem recebido nesta escola. Ficarei para sempre
agradecida à professora Carla Sanfins, orientadora cooperante, por nos ouvir e
aconselhar todos os dias. Mas também não posso deixar de referir o professor
supervisor Luís Alves, que durante todo este processo foi sincero, e as suas críticas
contribuíram para a minha formação e evolução como professora.
Perante o exposto autoavalio-me com um 15.

15

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