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Apraxia: sintomas, tratamentos e causas

Obs: texto retirado da internet

Impossibilidade de executar movimentos coordenados (marcha, escrita),


conquanto não haja afecção da motricidade e da sensibilidade. Disfunção
neurológica que resulta na impossibilidade de realizar movimentos
coordenados, mesmo que a pessoa tenha uma condição muscular normal e
que ela saiba como executar os movimentos.

Na medicina, “praxia” significa a capacidade de coordenação dos movimentos.


Daí o significado de apraxia (o sufixo “a” indica ausência).

A apraxia é causada por danos cerebrais, em geral decorrentes de:

 Tumores no cérebro.
 Doenças neurodegenerativas, que destroem progressivamente o
sistema nervoso.
 Demência.
 Acidente Vascular Cerebral (AVC).
 Traumatismo crânio/encefálico; lesões no crânio e no cérebro, causadas
por traumas.

E em alguns casos, a apraxia pode ter causas hereditárias. Apraxia é um termo


genérico, pois existem vários tipos, com significados próprios, sendo mais
específico falar em apraxias.

TIPOS:

Apraxia Ideomotora

Tem como significados a incapacidade de completar uma ação motora (um


gesto, por exemplo) de forma voluntária, em resposta a uma ordem verbal.
Porém, a mesma ação pode ser executada pela pessoa de forma espontânea.
Exemplificando: o portador pode receber uma ordem para levantar a mão
direita, durante o tratamento médico e não ser capaz de executar esse gesto,
mesmo tendo capacidade muscular e por mais que se esforce para isso.
Saindo do consultório ele avista uma pessoa conhecida e levanta a mão direita
espontaneamente, num gesto de cumprimento.

Apraxia verbal

Apraxia verbal ou apraxia da fala é um distúrbio motor da fala. A pessoa que


tem apraxia verbal possui plena consciência dos significados que deseja
exprimir, porém, seu cérebro tem dificuldade em coordenar os movimentos
musculares necessários para emitir as palavras através da fala. Pode ocorrer
de dizer algo totalmente diferente dos significados que se quer
transmitir.Nesses casos, o indivíduo pode perceber o erro tentar corrigi-lo,
muitas vezes sem sucesso, pois novamente é emitida uma mensagem que
nada tem a ver com os significados pretendidos. Por isso, a apraxia verbal é
causadora de frustração e dificuldades de socialização para seus
portadores.Quando diagnosticada na infância, a apraxia da fala deve ser
devidamente tratada para reduzir seus significados negativos na vida adulta.

Apraxia oculomotora

A apraxia oculomotora congênita, também conhecida como Síndrome de


Cogan, é uma doença hereditária rara que atinge os olhos. Caracterizada pela
incapacidade de executar movimentos horizontais voluntários dos olhos, leva a
pessoa a fazer movimentos bruscos com a cabeça, para compensar essa falta
de mobilidade dos olhos. A apraxia oculomotora pode ser diagnosticada ainda
na infância.

Outros tipos de apraxia:


 Apraxia orofacial ou bucofacial: condição que implica na
impossibilidade de realizar voluntariamente a movimentação muscular
de partes da face.
 Apraxia membro-cinética: prejudica a capacidade de movimentar
intencionalmente os braços e as pernas.
 Apraxia ideacional: incapacidade de realizar tarefas complexas na
ordem correta.

Na grande maioria dos casos, tem a apraxia significado relacionado à


frustração para seus portadores, podendo levar a quadros de depressão e
isolamento social.

A apraxia pode ser diagnosticada por um clínico geral ou neurologista, através


de avaliação clínica e exames como eletroencefalograma, punção lombar,
ressonância magnética e tomografia computadorizada.Nos casos de apraxia da
fala, o diagnóstico e tratamento são realizados por profissionais da área de
fonoaudiologia.

Apraxia de Fala na Infância - O que é isso?

É um distúrbio motor da fala, caracterizado pela dificuldade de


programação e planejamento das seqüências dos movimentos motores da fala,
resultando em erros de produção dos sons (Hall, 2007).

Manifestações clínicas (dificuldades apresentadas pelas


crianças com Apraxia)

- Bebês são considerados “quietos”; vocalizam e balbuciam pouco;


- Repertório limitado de vogais (dificuldade em produzir as vogais) e de
consoantes;
- Variabilidade de erros (a criança pode apresentar diferentes “trocas na fala”).
Fala de difícil compreensão;
- Maior número de erros quanto maior a complexidade silábica ou discursiva
(quanto mais extensa a palavra, maior será a dificuldade);
- Instabilidade na produção da fala (tem dia que a fala está pior, ou melhor);
- Alteração prosódica (melodia da fala é diferente/”estranha”). Fala pode ser
monótona;
- Déficits no tempo de duração dos fonemas, pausas (podem apresentar
prolongamentos, hesitações). “Lentidão” para falar.
- Procura do ponto articulatório (a criança fica procurando o ponto articulatório,
por exemplo, ao falar “pato”, pode falar “bato” “cato” “lato”...até chegar no
“pato”.
- Pobre inventário fonético: pobre domínio dos sons da fala. Os pais têm a
impressão de que a criança não sabe o que fazer com a boca, parece
desconhecer os movimentos necessários para a fala (não movimenta
adequadamente a língua);
- Atraso no aparecimento das primeiras palavras (os pais relatam que demorou
a começar a falar);
- Alterações em outros aspectos da linguagem oral (como por exemplo,
vocabulário pobre, dificuldade para produzir frases mais elaboradas, para
relatar fatos, etc);
- Pode apresentar além da dificuldade motora na fala, outras dificuldades,
como na coordenação motora fina, para se alimentar, mastigar, se vestir, para
andar de bicicleta (os pais podem perceber uma inabilidade motora geral).

DIAGNÓSTICO:

A Apraxia é considerada uma desordem da fala, da comunicação e,


portanto, o profissional qualificado para dar este diagnóstico é o fonoaudiólogo,
com experiência nesta área. Pode ser necessário também o encaminhamento
para outros profissionais, como Terapeutas Ocupacionais, Psicólogos,
Neuropediatras,etc. Deve ser realizada uma avaliação minuciosa de todos os
aspectos da fala, da linguagem e da motricidade oral da criança, incluindo as
habilidades práxicas. Existem dificuldades que são específicas do quadro, mas
podem variar de criança para criança e até na mesma criança, com o avanço
da idade. O contexto educacional e familiar no qual a criança está inserida
também deve ser analisado.

Muitas vezes, não é possível diagnosticar uma criança com menos de dois
anos de idade, porque ainda não conseguirá compreender as instruções
específicas para cumprir as tarefas essencias para o diagnóstico. Entre dois e
três anos, podemos suspeitar do quadro e indicar alguns meses de terapia
diagnóstica para a confirmação do diagnóstico. A intervenção precoce é muito
importante para se obter resultados mais significativos. Os pais preocupados
com o desenvolvimento da fala e da linguagem devem sempre procurar ajuda.

O ato da fala é altamente sofisticado. É um processo cerebral que envolve


músculos da boca, da face, da língua, do palato, faringe. O controle motor da
fala é complexo e depende de mecanismos cerebrais específicos e acredita-se
que nos quadros de Apraxia, estes mecanismos não conseguem se integrar,
gerando falhas no processamento, no planejamento e na execução da fala.
Crianças com apraxia têm consciência de suas dificuldades, “tentam falar
corretamente, mas não conseguem”.
Crianças com Apraxia necessitam de atendimento terapêutico individual.
Os resultados e progressos podem ser obtidos a longo-prazo. Com a terapia
pode haver uma melhora das habilidades comunicativas, mas outros fatores,
como a gravidade do quadro e a idade da criança também devem ser
considerados. Também deve ser feito um trabalho com a família (Programa de
suporte e orientação aos pais) e com a escola (os professores necessitam de
orientações). A Apraxia de fala pode acarretar dificuldades que irão persistir na
idade adulta.

A parceria com a família deve ser considerada uma extensão do


tratamento. Os pais devem observar a terapia e devem receber orientações de
como ajudar em casa.

http://www.apraxia-kids.org/ . (Site americano, para pais e profissionais sobre


Apraxia de Fala). Infelizmente no Brasil, não temos serviços deste tipo,
disponíveis.
Texto elaborado por: Dra. Elisabete Giusti www.atrasonafala.com.br

Referência Consultada: Hall, P.K; Jordan, L.S.; Robin, D.A. Developmental


Apraxia of Speech. Theory and clinical practice. Second Edition.Pro-ed, 2007.

Apraxia
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A apraxia é uma desordem neurológica que se caracteriza por provocar uma


perda da capacidade em executar movimentos e gestos precisos que
conduziriam a um dado objectivo, apesar do paciente ter a vontade e a
habilidade física para os executar. Resulta de disfunções nos
hemisférios cerebrais, no lobo frontal, mais especificamente no córtex motor e
na sua área motora secundária. Caracteriza-se, mais especificamente, na
diminuição da capacidade para executar actividades motoras apesar das
capacidades motoras, a função sensorial e a compreensão da tarefa requerida
estarem intactas. Leva à diminuição das capacidades de pantomima da
utilização de objectos (por exemplo, escovar o cabelo)e da capacidade de
execução de atos motores conhecidos (por exemplo, acenar em adeus). A
apraxia é uma patologia provocada por lesões cerebrais tais como acidentes,
tumores, etc.

O termo “apraxia” foi usado pela primeira vez em 1871 por Steinthal. Não existe
uma definição universal para o termo, mas Rothi e Heilman sugerem que seja
definido como uma alteração neurológica da capacidade de movimento
apreendido e proposicional que não possa ser explicado por defeitos
elementares da motricidade nem dos sistemas sensoriais.

A apraxia ideativa corresponde à ideomotora, mas o desempenho não melhora


com a presença do objecto nem com a imitação. É como se todos os
esquemas de programação motora estivessem perdidos. Este tipo de apraxia é
comum na demência. A apraxia buco-facial corresponde à incapacidade de
realizar movimentos com os músculos da face e da boca. Este tipo acompanha
muitas vezes os quadros afásicos, sendo possível que os mecanismos que
sustentam estes movimentos partilhem algumas funções com as da linguagem.
O mesmo já não acontece nas apraxias, que se torna evidente nos membros
em que a lateralidade se correlaciona mais com a sua presença. A apraxia de
marcha, como o nome indica, corresponde à impossibilidade de realizar os
movimentos necessários para andar. Estes doentes, são capazes de cruzar as
pernas quando estão sentados, de bater com os pés no chão alternadamente,
de fazer movimentos de bicicleta quando estão deitados, mas não conseguem
realizar os movimentos necessários para progredir na marcha. A apraxia do
vestir surge com muita frequência nos casos de demência. O doente deixa de
saber a sequência correta com que se vestem as diferentes peças de roupa.
Pode, por exemplo, vestir a camisa por cima do casaco. Muitas vezes, tenta
vestir peças de roupa de forma errada, tenta enfiar a perna na manga do
casaco e, noutras ocasiões, pode usar múltiplas peças de roupa repetidas, por
exemplo, três pares de meias.

Causas

A apraxia ideomotora é quase sempre causada por lesões no hemisfério


cerebral dominante da linguagem (geralmente o esquerdo), e estes pacientes
frequentemente têm afasia concomitante, especialmente do tipo de Broca ou
de condução. A afasia ideomotora lateral esquerda pode ser causada por uma
lesão do corpo caloso anterior.

A apraxia ideacional é geralmente associada com estados de confusão e


demência.

Sintomas

Os sintomas da Apraxia da fala infantil podem ser notados a partir dos 2 anos
de idade. Em geral, a criança tem uma fala bastante limitada e pouco clara.

O distúrbio caracteriza-se pela incapacidade de planejar os movimentos


necessários para produzir fonemas e construir palavras, ou seja, a criança não
consegue programar a sequência da fala.
Uma criança com esta condição tem o raciocínio preservado. Portanto, ela
pensa no que quer dizer, mas não é capaz de converter o pensamento em
palavras. O cérebro dá o comando para falar, mas o estímulo não é concluído.
É como se a comunicação entre o cérebro e a boca estivesse cortada.

o TRATAMENTO:
o Repetir sons diversas vezes a fim de ensinar o movimento para a boca.
o Retardar o discurso da pessoa.
o Ensinar diferentes técnicas para ajudar na comunicação.
o É importante ficar atento para a possibilidade da pessoa desenvolver
depressão e caso desenvolva o problema, o tratamento da condição é
necessário.

Nos casos de outras Apraxias é orientado:

o Fazer com que a pessoa fique em um ambiente tranquilo.


o Reservar um tempo para mostrar a pessoa com Apraxia como se faz
uma determinada tarefa e permitir que ela tenha seu próprio tempo para
realizar tal tarefa.
o Sugerir formas alternativas de lidar com determinada tarefa pode ser
interessante.

A sutil diferença entre o autismo e a apraxia de fala

Seu filho entende tudo o que você diz, mas, ainda que já tenha idade para falar,
ele não consegue te responder. Ele tenta e você percebe o esforço dele, só que
alguma coisa parece não funcionar bem e não obedecer a esse esforço. Você já o
levou ao pediatra e ele não encontrou nenhum problema relacionado à musculatura ou
aos reflexos. Mas então, o que seu filho tem?
A dificuldade de desenvolvimento da fala ou das habilidades de comunicação é
um dos sintomas característicos do autismo. Mas, em certos casos, o problema
pode estar mais ligado à apraxia do que ao espectro.

A Associação Americana de Fonoaudiologia define como Apraxia de Fala na


Infância o “distúrbio neurológico motor da fala em crianças, resultante de um
déficit na consistência e precisão dos movimentos necessários ao ato de falar
quando o indivíduo não apresenta nenhum déficit neuromuscular (reflexos
anormais, tônus alterado etc.)”.

Em linhas gerais, podemos dizer que a Apraxia de Fala na Infância é um


grave distúrbio motor que afeta a habilidade da criança em produzir e
sequencializar os sons da fala da forma que seria comum à sua idade. A criança
com apraxia tem a ideia do que quer comunicar, mas seu cérebro falha ao
planejar e programar a sequência de movimentos ou gestos motores da
mandíbula, dos lábios e da língua para produzir sons e formar sílabas, palavras
e frases.

DIAGNÓSTICO

Em primeiro lugar é importante ter em mente que nem toda criança com
dificuldade no desenvolvimento da fala tem ou terá apraxia. Esse atraso pode
ser causado por vários motivos, inclusive o Transtorno do Espectro do Autismo
(TEA). Como as diferenças são sutis, o diagnóstico pode acabar sendo
confundido.

Comparando os sintomas das duas condições fica mais fácil entender por
que a linha entre o autismo e a Apraxia de Fala na Infância é tão tênue. No caso
do autismo, uma característica muito comum é o atraso ou dificuldade no
desenvolvimento da fala e a dificuldade de iniciar e manter um diálogo. Já na
apraxia, a criança compreende a linguagem, mas tem dificuldade em se
expressar corretamente. É como se ela “não soubesse” o que fazer com a
própria boca, pois não consegue planejar os movimentos para que as palavras
sejam produzidas e a fala ocorra no tempo e ordem certa. Nas crianças mais
novas, uma outra característica percebida é a fala muito limitada, com pobre
repertório de palavras e/ou fala de difícil compreensão (a fala não é clara).
Quanto mais extensa a palavra, maior a dificuldade.

A apraxia pode ser pura, quando é específica e não está associada a uma
outra condição; ou pode ocorrer associada a outras condições, tais como
autismo e síndromes genéticas, por exemplo Síndrome de Down, Síndrome de
Prader-Willi, entre outras. Vale lembrar que uma condição não elimina a outra:
crianças com autismo podem ter (ou não) apraxia de fala, e vice-versa. Alguns
cientistas acreditam que um distúrbio seja resultante do outro, e não que eles
apenas coexistam, mas a própria ciência ainda tem dificuldades em diagnosticar
as duas condições quando elas se manifestam em conjunto. A falta de certezas
é um dos fatores que complicam a exatidão do diagnóstico. Mas se você tem
dúvidas se o desenvolvimento da fala do seu filho está adequado não espere
para procurar ajuda. Um fonoaudiólogo que tenha experiência com crianças,
desenvolvimento da fala e linguagem e que conheça a Apraxia de Fala na
Infância poderá dar um diagnóstico correto. Se não conhecer nenhum, peça
indicação ao médico do seu filho. Procure também apoio em grupos de pais,
para que vocês possam trocar experiências e informações.

Tratamento

Pais e cuidadores devem estar envolvidos no processo terapêutico e ajudar em


casa. A terapia fonoaudiológica individual frequente, intensiva e adequadamente
planejada dará à criança a oportunidade de praticar o planejamento, a
programação e a produção adequada dos movimentos da fala. Mas é
importante também que a criança consiga encontrar meios de se expressar.
Então busque uma forma alternativa ou complementar de comunicação, como
desenhos ou escrita. O treino no lar é fundamental para potencializar os
resultados das terapias.
Por fim, lembre-se que a criança com Apraxia de Fala:

SABE mais do que DIZ


PENSA mais do que FALA
ENTENDE mais do que você IMAGINA!

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