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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP

Alexandre Batista Borges


Caio Henrique da Silva Bandão
Cleiton Rafael Silva Alves
Marcos Paulo de Oliveira
Wemerson Dantas Valentim

ATIVIDADES PRATICAS SUPERVISIONADAS


Deflexão em vigas

Ribeirão Preto
2017
Alexandre Batista Borges
Caio Henrique da Silva Bandão
Cleiton Rafael Silva Alves
Marcos Paulo de Oliveira
Wemerson Dantas Valentim

ATIVIDADES PRATICAS SUPERVISIONADAS


Deflexão em vigas

Trabalho apresentado para critério de avaliação


da disciplina de Atividades Praticas
Supervisionadas do curso Engenharia Civil da
Universidade Paulista – UNIP.

Orientador: (Prof.ª Luís Sérgio Paco Lopes)

Ribeirão Preto
2017
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO....................................................................................................05

2. MADEIRA PINUS...............................................................................................06
2.1 Ficha Técnica....................................................................................................06
2.2 Características Gerais......................................................................................06
2.3 Durabilidade / Tratamento................................................................................07
2.4 Características de processamento...................................................................07
1.1 Propriedades físicas.........................................................................................07
1.1 Propriedades mecânicas..................................................................................08
1.1 Utilização...........................................................................................................08

3. DEFLEXÃO.........................................................................................................09
1.1 Deflexão em vigas............................................................................................09

4. LINHA ELÁSTICA..............................................................................................10

5. TEORIA DA ELASTICIDADE OU MÓDULO DE YOUNG.................................12

6. DEFORMAÇÃO ESPECIFICA...........................................................................14
6.1 Expressão matemática da curvatura.............................................................14

6.2 Determinação da linha elástica e flecha da viga dada (EI=cte):.................15

7. CÁLCULOS TEÓRICOS DOS PESOS APLICADOS..............................................16

8. CÁLCULOS DE DEFLEXÃO TEÓRICA.................................................................17

9. RESULTADO TEÓRICO.......................................................................................18
10. MATERIAIS UTILIZADOS................................................................................19
10.1 Placa de madeira...........................................................................................19

10.2 Prensa manual...............................................................................................19

10.3 Gancho de peso.............................................................................................20

6.2 Placa de peso...................................................................................................20

6.1 Trena de fibra...................................................................................................21

11. VISITA AO LABORATÓRIO PARA O EXPERIMENTO...................................22

12. RESULTADOS PRÁTICOS..............................................................................26


12.1 Comparação de resultados práticos e teóricos..........................................26

12. CONCLUSÃO...................................................................................................27

12. REFERENCIAS................................................................................................28
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1 INTRODUÇÃO

Sabendo da importância das atividades práticas para a contribuição da


aprendizagem dos alunos, realizamos um experimento no laboratório de materiais
para construção civil na Universidade Paulista, no 6° período de Engenharia Civil
para obtenção da nota máxima de Atividade Prática Supervisionada (APS) com o
tema “Deflexão em vigas”.

Na construção civil, os engenheiros e arquitetos projetam e calculam a


estrutura de uma viga para que a mesma resista todas as tensões vindas de várias
direções possíveis. Contudo, as vigas podem sofrer estresse devido aos efeitos
naturais (chuva, vento, terremoto, etc.), circulação de pessoas, veículos, e outras
cargas em movimentos repetitivos que podem danificar o aço estrutural ou concreto,
levando, no pior dos casos a destruição do edifício.

Portanto, é necessário criar um limite para o grau de deflexão que uma viga
ou eixo pode sofrer devido a uma carga. Sabendo disso, e tendo as orientações pré-
definidas pela instituição, mostraremos através de cálculos, a deflexão que uma viga
de madeira (pela qual o tipo da mesma foi escolhido pelo grupo), sofre quando
submetido a algumas cargas em sua extremidade.

Nosso objetivo final, é fazer uma comparação através de um gráfico, entre os


resultados obtidos na prática e os resultados obtidos através dos cálculos.
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2. MADEIRA PINUS

2.1. Ficha Técnica

Nome científico: Pinus Elliottii Engelm.

Onde se encontra:

 Brasil: Amapá, Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará,
Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Outros países:

 Estados Unidos

2.2 . Características Gerais

Características sensoriais:

 Cerne e alburno distintos pela cor, branco-amarelado, brilho moderado; cheiro


e gosto distintos e característicos (resina); agradável; densidade baixa, macia
ao corte; grã direita; textura fina.

Descrição anatômica macroscópica:

 Parênquima Axial: invisível mesmo sob lente.


 Raios: visível apenas sob lente no topo; na face tangencial é invisível mesmo
sob lente.
 Camadas de crescimento: distintas; transição brusca entre o lenhe inicial e o
tardio.
 Canais de resina: visíveis sob lente; em disposição radial e axial.

2.3 . Durabilidade / Tratamento


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 Durabilidade natural: observações feitas pelo IPT (Instituto de Pesquisa


Tecnológica) complementadas por ensaios de laboratório, permitem
considerar esta madeira como suscetível ao ataque de fungos
(emboloradores, manchadores e apodrecedores), cupins, brocas-de-madeira
e perfuradores marinhos.
 Tratabilidade: o pinus-eliote é fácil de tratar. (IPT, 1989b)

2.4 . Características de processamento

Trabalhabilidade: a madeira de pinus-eliote é fácil de ser trabalhada. É fácil de


desdobrar, aplainar, desenrolar, lixar, tornar, furar, fixar, colar e permite bom
acabamento. (IPT, 1989b)

Secagem: a Madeira é fácil de secar. (IPT, 1989b)

2.5 . Propriedades Físicas

Densidade de massa (ρ):

 Aparente a 15% de umidade: 480 kg/m3


 Básica: 400 kg/m3

Contração:

 Radial: 3,4%
 Tangencial: 6,3%
 Volumétrica: 10,5%

Observação: Resultados obtidos de acordo com a norma ABNT MB26/53 (NBR


6230/85).

2.6 . Propriedades Mecânicas

Flexão:
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 Resistência Madeira verde: 48,0 MPa


 Resistência da madeira a 15% de umidade: 69,6 MPa
 Limite de proporcionalidade – Madeira verde:19,7 MPa
 Módulo de elasticidade – Madeira verde: 6463 MPa

Compressão paralela às fibras:

 Resistência Madeira verde: 18,5 MPa


 Resistência Madeira a 15% de umidade: 31,5 MPa
 Coeficiente de influência de umidade: 6,7%
 Limite de proporcionalidade – Madeira verde: 13,7 MPa
 Módulo de elasticidade – Madeira verde: 8846 MPa

Outras propriedades

 Resistência ao impacto de flexão – Madeira a 15% (choque): 14,5 MPa


 Cisalhamento – Madeira verde: 5,8 MPa
 Dureza janka paralela – Madeira verde: 1932 N
 Tração normal as fibras – Madeira verde: 3,0 MPa
 Fendilhamento – Madeira verde: 0,4 MPa

Observação: Resultados obtidos de acordo com a norma ABNT MB26/53 (NBR


6230/85).

2.7 . Utilização

Na construção civil, a madeira Pinus escolhida pelo grupo, pode ser utilizada em:

 Leve interna, estrutural: ripas e partes secundárias de estruturas.


 Leve interna, utilidade geral: cordões, guarnições, rodapés, forros e lambris.
 Uso temporário: fôrmas para concreto, pontaletes, andaimes.
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3. DEFLEXÃO

A deflexão é a resultante da ação de forças solicitantes externas no interior de


um elemento estrutural em função de suas características geométricas.

3.1 Deflexão em vigas

Em vigas, quando submetidas a esforços externos, ocorrem algumas


deformações, podendo ser elas de tração, compressão, flexão, deflexão e
cisalhamento. Neste experimento, utilizaremos somente a deformação de
“Deflexão”.

O interesse para a determinação da máxima deflexão em uma viga sujeito a


um determinado carregamento, está no fato de que em especificações de projetos
de uma viga existe um valor máximo para esta deflexão.

Antes de ser feito os cálculos de deflexão, precisamos primeiro saber se a


viga irá romper ou não. Por isso utilizaremos a fórmula de cálculo de tensões:

Onde:

= Kgf/cm2

M = Momento fletor
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4. LINHA ELÁSTICA

Quando submetemos uma viga a um carregamento qualquer, esta viga se


deforma, mudando a posição de seu eixo. Linha elástica é a curva formada pelo eixo
da viga, inicialmente retilíneo, deformado devido à aplicação de momentos de flexão.
A forma da que a viga toma é descrita pela sua elástica e suas deformações são
chama das de flechas.
O rascunho da linha elástica pode ser traçado sem muita dificuldade, porém é
necessário saber como a inclinação ou o deslocamento da viga são restringidos
pelos vários tipos de apoio.
Quando a viga é flexionada, ocorre em cada ponto ao logo o eixo uma deflexão
“v”. Para curva elástica, o momento positivo interno tende a curvar a viga com a
concavidade para cima, e vice versa.

Figura 1 – Direção do momento positivo e negativo

Apoios como parafusos, pinos e pregos resistem às forças e impedem o


deslocamento.

Figura 2 – Modelo teórico de deflexão


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Apoios como fixação em parede impedem tanto o deslocamento, como rotações


e inclinações.

Figura 3 – Modelo teórico de deflexão


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5. TEORIA DA ELASTICIDADE OU MÓDULO DE YOUNG

Módulo de elasticidade ou Módulo de Young mede o comportamento elástico


de um material sólido, ou seja, é a razão entre a tensão e a deformação na direção
da força aplicada sobre o material. Podemos dizer que o material está em regime
elástico quando ao se remover os esforços, este volta a sua forma original, caso
contrário, se o material sofreu uma deformação permanente houve o chamado
regime plástico.
O módulo de elasticidade é uma medida mecânica da rigidez do material
sólido. É um parâmetro fundamental para a engenharia e aplicação de materiais,
pois está associado com a descrição de várias outras propriedades mecânicas,
como por exemplo, a tensão de escoamento, a tensão de ruptura, a variação de
temperatura crítica para a propagação de trincas sob a ação de choque térmico
entre outros.
A rigidez de um componente mecânico diz respeito ao quanto ele pode defletir
sob uma determinada carga. Ela depende não só do valor do módulo de Young, mas
também de como são as solicitações mecânicas sobre ele: tensão de tração,
compressão, dobramento, etc., da forma e do tamanho do componente.

Assim:

Onde:
E = módulo de elasticidade ou módulo de Young
σ = tensão aplicada

ε = deformação elástica longitudinal do corpo de prova


∆L = variação do comprimento, medido em metros.
L0 = comprimento inicial, medido em metros
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Temos:

A Lei de Hooke (Robert Hooke 1678) estabelece que até a tensão limite de

proporcionalidade (σp), ou seja, até o ponto P do Diagrama TensãoDeformação, a


tensão em um material é proporcional à deformação nele produzida. Devido a esta
condição de proporcionalidade pode se escrever que:

onde:

= Tensão de tração


= Deformação específica
E = Módulo de elasticidade ou módulo de Young MPa (ver tabela 1)

Obs.: Módulo de Elasticidade é a medida de rigidez do material: quanto maioro valor


de “E” menor a deformação elástica e mais rígido é o material.
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6. DEFORMAÇÃO ESPECÍFICA

Deformação Específica Longitudinal é a relação que existe entre a


deformação medida em um corpo e o seu comprimento inicial, sendo as medidas
feitas na direção da tensão.

Onde:

6.1. Expressão matemática da curvatura


15

6.2. Determinação da linha elástica e flecha da viga dada (EI=cte):


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7. CÁLCULOS TEÓRICOS DOS PESOS APLICADOS:

Pesos utilizados: 4kg, 8kg e 12kg.


Primeiramente verificaremos se a viga resiste as tensões σ e τ.

Fórmulas:σ

ΣFx = 0 OK!
ΣFy = 0 → Ra = 12kgf
Ma = 800.12 → Ma = 9600 kgf/mm²

Observação: O trampolim suporta a massa de 12kg sem se romper, assim podemos


continuar nosso teste.
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8. CÁLCULOS DE DEFLEXÃO TEÓRICA:

Formula: V = PL³3EI E = 6463 MPa I = 60000 mm4

 Para peso 4Kg

P = 4kg ∙ 9,81m/s2 = 39,24N

 Para peso 8Kg

P = 8kg ∙ 9,81ms2 = 78,48N


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 Para peso 12Kg

P = 12kg ∙ 9,81ms2 = 117,72N

9. RESULTADO TEÓRICO

Peso (KG) Deflexão (mm)


4 17,27
8 34,53
12 51,8
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10. MATERIAIS UTILIZADOS

10.1. Placa de Madeira

Madeira pinus

 Comprimento: 80 cm
 Largura: 9 cm
 Espessura: 2 cm

Figura 4 – Placa de madeira pinus

10.2 Prensa manual

Equipamento de aço utilizado para prensar a placa uma extremidade da placa


de madeira, evitando seu deslocamento e giro no experimento.

Figura 5 – Prensa manual


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10.3 Gancho de peso

O gancho é um material de aço, que através de um furo é introduzido na


madeira, onde sua parte superior possui uma rosca para prendê-lo, e em sua parte
inferior existe um apoio para colocar as placas de peso.

Figura 6 – Gancho de peso Figura 7 – Gancho fixado na placa de madeira

10.4 Placas de peso

Placas metálicas retangulares com fenda até o centro para encaixe no gancho
de pesos. No experimento foram utilizados 2 placas de 2 kg e duas placas de 4kg.

Figura 8 – Placa de peso 2 kg Figura 9 – Placa de peso 4 kg


10.5 Trena de fibra
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Diastímetro utilizado para realizar medidas lineares como as dimensões da


placa de madeira e a distancia da extremidade da placa de madeira ao chão,
utilizado como referencia para medir a deflexão.

Figura 10 – Trena de fibra


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11. VISITA AO LABORATÓRIO PARA O EXPERIMENTO

Figura 9 – Alunos participantes

Figura 10 – Primeiras medidas e fixação da placa de madeira na prensa


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Figura 11 – Fixação do gancho de pesos na placa de madeira

Figura 12 – Testes com as placas de peso


25

Figura 13 – Medições com a trena de fibra

Figura 14 – Deflexão da viga com pesos


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12. RESULTADO PRÁTICO

Peso (KG) Deflexão (mm)


4 20,15
8 39,75
12 54,1

12.1 Comparação de resultados práticos e teóricos


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12. CONCLUSÃO

Apresentando o objetivo do trabalho e com a execução dos testes em


laboratórios, nota-se que os valores anotado nos cálculos são próximos aos valores
observados na prática em laboratório. Assim conclui-se que com a boa precisão e
qualidade dos equipamentos, pôde-se comprovar o cálculo de deflexões de forma
teórica através de formulas e aplicados na prática.
Com uso de régua, trena e uma prensa fixa no laboratório, deixamos a
madeira paralelas ao chão para que assim possa sustentar as cargas com as placas
de pesos inseridas no gancho, os resultados obtidos foram bem próximos dos
calculados.
Sabemos que diferentes espécies de madeira, podem apresentar deflexões
maiores ou menores, devido as suas características de resistência. Portanto,
conclui-se que os cálculos são extremamente importante na área da engenharia,
uma vez que o método é muito utilizado para cálculo de grandes estruturas que
envolvam deflexões, sendo de suma importância no desenvolvimento de projetos,
sendo assim para eliminar essa diferença é aplicado o fator de segurança para toda
e qualquer tipo de construção civil.
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13. REFERENCIAS

BOND, Daniela. Deflexão em vigas e Eixos. Disponível em: <


<http://www.joinville.udesc.br/portal/professores/bond/materiais/aula_cap_tulo_12.pdf >.
Acesso em: 23 de novembro de 2017.

JAREK, Amanda. Equação da Linha Elástica. Disponível em:


<ttp://www.estruturas.ufpr.br/wp-content/uploads/2015/02/Equa%C3%A7%C3%A3o-da-
Linha-El%C3%A1stica1.pdf>. Acesso em: 23 de novembro de 2017.

SILVA, Wellington P. S. et all. ATIVIDADES PRATICAS SUPERVISIONADAS


“VISITA TÉCNICA – TRAMPOLIM”. 45 folhas – Universidade Paulista, Ribeirão Preto,
2016

VANDERLEI R. D. Deflexão em vigas. Disponível em:


<http://www.gdace.uem.br/romel/MDidatico/MecanicaSolidosI/Capitulo4-
DeflexaodeVigas.pdf>. Acesso em: 23 de novembro de 2017.
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