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Manual do Professor
9o ano
1
Geografia
Reinaldo Scalzaretto
Direção editorial
Mário Ghio Júnior
Coordenação pedagógica
Ricardo Silva Leite
Supervisão de convênios
Tania Fontolan
Conselho editorial
Luís Ricardo Arruda de Andrade
Mário Ghio Júnior
Mônica Vendramin Gallo
Tania Fontolan
Gerência editorial
Mônica Vendramin Gallo
Edição
Bárbara M. de Souza Alves (coordenação)
Moisés Negromonte
Assistência editorial
Cláudia P. Winterstein
Revisão
Adriana Gabriel Cerello (coordenação)
Danielle Modesto
Edilson Moura
Fabiana Teodoro
Letícia Pieroni
Tamara Castro
Tayra Alfonso
Iconografia
Fabiana Manna da Silva (coordenação)
Licenças e autorizações
Luci Yara Celin
Ilustrações
Sistemas de Ensino Abril Educação S.A.
Cartografia
Sistemas de Ensino Abril Educação S.A.
Projeto gráfico Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Sistemas de Ensino Abril Educação S.A. (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
Editoração e arte
Equipe de Apoio Coleção Anglo vestibulares Ensino Fundamental: 9o ano
Capa (língua portuguesa, história, geografia, química,
Ulhôa Cintra Comunicação Visual física, matemática). – São Paulo: Anglo, 2013. –
(Coleção Anglo Ensino Fundamental).
Impressão e acabamento
Vários autores.
Vários ilustradores.
Todos os direitos reservados por Suplementado pelo manual do professor.
Sistemas de Ensino Abril Educação S.A.
Rua Gibraltar, 368 – Santo Amaro 1. Ensino fundamental 2. Livros-texto (Ensino
CEP 04755-070 – São Paulo – SP Fundamental) I. Título. II. Série.
(0xx11) 3273-6000
10-12983 CDD-372.19
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Objetivos gerais
Este Manual está em concordância com os obje- No Módulo 1 – “O mundo subdesenvolvido” –,
tivos gerais da introdução do programa de Ensino que se desenvolverá em pelo menos quatro (4) aulas,
Fundamental do Sistema de Ensino e busca seguir, de apresentamos ao aluno uma síntese sobre os aspectos
forma equilibrada, as propostas dos Parâmetros básicos da economia e do quadro humano dos países
Curriculares Nacionais do MEC. subdesenvolvidos.
Seguindo as diretrizes do projeto integral da área, No Módulo 2 – “O quadro natural africano” –,
sempre que possível desenvolveremos os conteúdos que se desenvolverá em pelo menos duas (2) aulas, da-
geográficos orientados pela ideia de interdisciplina- mos início ao estudo da África, analisando seus prin-
ridade. Os temas mostrarão a Geografia como uma cipais aspectos naturais e os problemas ambientais
forma de conhecimento que, integrada a outras dis- mais importantes do continente.
ciplinas, constitui um instrumento de análise da di- No Módulo 3 – “O quadro humano e social afri-
nâmica das transformações que ocorreram no espaço cano” –, que se desenvolverá em pelo menos três (3)
geográfico ao longo da História. aulas, estudamos a população africana e suas principais
As orientações de trabalho estão formuladas de características sociais.
modo sintético para agilizar a leitura, que deverá ser No Módulo 4 – “A economia africana” –, que se
acompanhada pelo Caderno do aluno, no momento desenvolverá em pelo menos três (3) aulas, apresenta-
de preparação das aulas. Reforçamos que nosso obje- mos os aspectos da economia rural e industrial do
tivo é facilitar o trabalho e não restringi-lo com impo- continente.
sições que impeçam o professor de fazer as adaptações Utilizamos um grande número de mapas e gráfi-
e complementações que considerar pertinentes. Este cos, colocando em prática o entendimento da
material serve como um guia, e é essencial que perso- Cartografia como linguagem e instrumento para o
nalize suas aulas. estudo crítico da Geografia.
Assim, lembramos ainda que o Caderno do aluno Quanto às tarefas da seção Em casa, fica a seu
é escrito para 12 aulas, e o bimestre, que segue o ca- critério solicitá-las à turma e corrigi-las no momento
lendário de sua escola, tem 18 aulas. Dessa maneira, da aula que considerar mais oportuno. Lembramos que
você disporá de tempo suficiente para o planejamento as respostas registradas neste Manual não devem ser
e a personalização do curso. tomadas como modelos, mas como indicações desti-
Com este Caderno, damos continuidade ao estudo nadas a nortear sua correção.
da Geografia Geral, que teve início no 8o ano, quando Atenciosamente,
estudamos os países desenvolvidos. Agora passaremos
a analisar os países subdesenvolvidos. O autor.
Objetivo
• Apresentar os conceitos básicos sobre o quadro humano e social do mundo subdesenvolvido.
Roteiro (sugestão)
AULA DESCRIÇÃO ANOTAÇÕES
Origens do subdesenvolvimento
Atividade 1
1 A divisão do mundo
Atividade 2
Orientações para a tarefa 1 (Em casa)
Correção da tarefa 1
Como medir o subdesenvolvimento
Principais aspectos do subdesenvolvimento
2 A) Dependência da economia primária
B) Elevada parcela de trabalhadores no campo
Atividade 3
Orientações para a tarefa 2 (Em casa)
Correção da tarefa 2
C) Setor secundário dependente
D) Setor terciário hipertrofiado
3 E) Pequena participação no comércio internacional
F) Problemas demográficos
Atividade 4
Orientações para a tarefa 3 (Em casa)
Correção da tarefa 3
G) Problemas urbanos
H) A fome
4
I) Educação
Atividade 5
Orientações para a tarefa 4 (Em casa)
Estratégias e orientações
Origens do subdesenvolvimento (página 162)
Inicie a aula lembrando que no ano anterior estudamos os países desenvolvidos, e que agora analisaremos
os países subdesenvolvidos. Essa estratégia segue o caminho do processo histórico, já que os países desen-
volvidos, durante a expansão imperialista, submeteram a maior parte dos atuais países pobres à subordinação
Ensino Fundamental - 9°- ano 6
política e à exploração econômica, o que se relaciona os nove aspectos que resumem as características atuais
às más condições de vida de grande parte da popu- dos dois grupos de países. Novamente não vemos ne-
lação das ex-colônias. O painel fotográfico de aber- cessidade de aprofundar esses detalhes, já que grande
tura do Módulo apresenta alguns dos problemas que parte deles foi estudada no ano passado.
serão estudados. Para fixar as causas do subdesenvolvimento, desen-
Explique que o moderno conceito de subdesenvolvi- volva a Atividade 2, na qual se analisa um texto que
mento surgiu após a Segunda Guerra Mundial, mas a relaciona desenvolvimento e subdesenvolvimento com
desigualdade entre as nações é um processo bem mais a presença de recursos naturais. Considerando a impor-
antigo. Comente rapidamente que o processo de acumu- tância do tema e as confusões que o senso comum gera
lação de capital nas metrópoles europeias possibilitou a sobre ele, sugerimos incentivar um debate entre os alu-
Revolução Industrial e provocou o aumento das desigual- nos sobre cada uma das quatro análises do texto.
dades entre as nações. Mostre a gravura sobre a constru- Recomende a tarefa 1, na qual se apresenta uma
ção do metrô na cidade de Londres na metade do século outra forma de analisar o desenvolvimento. O tema não
XIX, meio de transporte urbano que ainda não chegou à é novo, já que foi estudado no ano passado, mas é im-
maior parte dos países subdesenvolvidos. portante, pois exige reflexão sobre as relações entre o
Apresente os dados da diferença do PIB per capita consumo de energia e o desenvolvimento dos países.
entre os países ricos e pobres e quantifique a extensão
do mundo subdesenvolvido, que envolve mais de 160 Como medir o
países e cerca de 60 colônias ou possessões. O tema já
foi abordado na introdução do 8o ano, mas agora o
subdesenvolvimento (página 166)
retomamos com dois objetivos: revisar o conceito e Inicie a aula reforçando o conceito de IDH.
atualizar a situação, já que nas últimas décadas alguns Relembre quais são seus três indicadores básicos (renda,
países subdesenvolvidos conquistaram maior partici- educação e saúde). Com ajuda do mapa “IDH em 2011”
pação no PIB mundial. e da tabela “Extremos de IDH em 2011”, mostre as dis-
Portanto, para explicar o aumento dessa participa- paridades de classificação, destacando a predominância
ção na geração do PIB mundial, iniciada na década de de países com IDH muito alto na América Anglo-
1990, desenvolva a Atividade 1, na qual, por meio de -Saxônica, na Europa Ocidental, no Japão e na Austrália
um gráfico, mostra-se a crescente participação dos países (estudados no ano passado). Mostre ainda a concentra-
subdesenvolvidos no PIB mundial. A atividade pode ção de países de baixo IDH na África Subsaariana.
ser desenvolvida individualmente, mas é possível pro-
mover um rápido debate, especialmente sobre o item b. Principais aspectos do
O tema desse item já foi discutido ao longo do 8o ano, subdesenvolvimento (página 167)
quando apresentamos a Nova Ordem Internacional,
marcada pela ascensão dos países emergentes. Mas, Comece a análise das características do subdesen-
provavelmente, os alunos não se lembrarão do assunto, volvimento. Cuidado para não se alongar, já que a ideia
por isso é interessante retomá-lo, já que ele é essencial é fazer uma síntese do que será estudado ao longo do
para a compreensão desta e das próximas aulas. ano. Portanto, a meta é fazer um panorama introdutó-
rio, e não saturar o aluno com um imenso conjunto de
informações.
A divisão do mundo (página 163)
Retome a exposição teórica, comentando a impor-
A) Dependência da economia primária
(página 167)
tância do nível de renda como indicador do subdesen-
volvimento. Para isso, use o mapa do Caderno – “Países Mostre os 10 países com maiores dependências do
de menor PIB per capita em 2011” –, no qual estão os PIB primário. Destaque o fato de que essa realidade
38 países com as mais baixas rendas do mundo. indica uma forma de organização econômica extrema-
Explique que essa não é a única forma de dividir o mente simples. Comente ainda as duas formas de pro-
mundo. Comente que, entre as diversas possibilidades, dução agrícola comuns em países agrários, a de subsis-
a mais usada atualmente é a que está no mapa “Norte × tência e a de plantations. Nesta última, fique atento
Sul”. Apesar de simples, essa classificação é suficiente para que os alunos não a confundam com a forma
para uma análise introdutória ao assunto, como indicam histórica, que era baseada no trabalho escravo.
Grupo I Grupo II
Características
Substituição das importações Plataformas de exportação (Tigres Asiáticos)
Época Década de 1950 Década de 1970
Principais países Brasil, México e Argentina Singapura, Coreia do Sul, Taiwan e Hong Kong
Investimentos Estatais e transnacionais Transnacionais
Mercado principal Interno Externo
Outros aspectos Incentivos fiscais e elevados investimentos em educação
Respostas e comentários
Professor: É importante neste caso destacar que a má distribuição nacional de renda é um problema
mundial, com raras exceções. O tema foi desenvolvido no ano passado e vale a pena retomá-lo agora,
ampliando o entendimento dos problemas mundiais. Uma boa forma de mostrar isso é pelo Coeficiente
de Gini (lembrando que, quanto mais próximo do zero, melhor é a distribuição da renda). Veja os
extremos mundiais:
4. Resposta pessoal.
Professor: Uma boa forma de correção desta tarefa é por meio da troca de respostas entre os alunos.
Pode-se fazer uma disputa para verificar qual texto usou mais palavras. É importante ler pelo menos
uma ou duas das produções, discutindo seus erros e acertos.
Ásia Ocidental
83
88
Ásia Meridional
79
91
Ásia Oriental
95
96
África Subsaariana
58
76
África do Norte
86
94
América Latina
93
95
0 25 50 75 100 %
1999
2009
(*) Porcentagem de alunos em idade de receber educação
primária que se matricularam
Graças a um crescimento de 18 pontos percentuais, entre 1999 e 2009, a África Subsaariana conseguiu o maior
avanço, seguida pela Ásia Meridional e África do Norte, que tiveram um crescimento percentual de 12 pontos e de
8 pontos, respectivamente.
Para conquistar a meta de 2015, as crianças de todo o mundo devem alcançar o ciclo completo de ensino primário.
As estatísticas atuais demonstram que o mundo está longe de alcançar essa meta, pois apenas 87% das crianças das
regiões subdesenvolvidas terminam o ensino primário. Na metade dos países menos desenvolvidos, pelo menos 4 de
cada 10 crianças matriculadas no ensino primário abandonam a escola antes de terminar o ciclo.
A taxa de alfabetização juvenil (15 a 24 anos) subiu de 83% para 89% entre 1990 e 2009. A Ásia Meridional e a
África do Norte registraram os maiores progressos, com crescimentos percentuais de 20 e 19 pontos, respectivamente.
A África Subsaariana também teve uma melhoria significativa com um aumento de 7 pontos percentuais, embora
continue sendo a região com a taxa de alfabetização juvenil mais baixa (72% em 2009). Observe a evolução
regionalmente:
África Subsaariana 65 72
Oceania 73 75
Ásia Meridional 60 80
África do Norte 68 87
Ásia Ocidental 87 93
América Latina 92 97
Ásia Oriental
95 99
Mundo 83 89
60 70 80 90 100 %
Fonte: ONU. Objetivos de desarrollo del milenio. Informe 2011. Nueva York, 2011. (Adaptado.)
Na rede
• <http://faostat.fao.org/> (Acesso em: jul. 2012.)
Página da FAO (Food and Agriculture Organization), com dados relacionados ao problema da fome. Na seção
Suministro alimentario (em espanhol) há muitos dados interessantes sobre a situação alimentar do mundo.
Disponível em inglês, francês e espanhol.
aulas 5 e 6
O QUADRO NATURAL
Geografia 2 AFRICANO
Objetivos
• Conhecer os aspectos naturais do continente, base para o entendimento do seu quadro humano e
econômico.
• Analisar os principais impactos ambientais da ação humana sobre o espaço natural africano.
Roteiro (sugestão)
Respostas e comentários
Atividade 1 (página 184) Atividade 3 (página 187)
A região representada é a África Oriental. Os lagos a) F
da região surgiram pelo deslocamento das placas tectô-
nicas (indicadas pelas setas) ou pelo preenchimento de Professor: O verão de Argel ocorre entre
crateras de vulcões temporariamente inativos. O relevo junho e setembro, época de seca. Na Cidade
é formado por planaltos e montanhas instáveis, com do Cabo, o verão ocorre entre dezembro e
grande número de vulcões e com ocorrência de terre- março, período de menor precipitação.
motos, fatos que indicam formação geológica recente.
b) F
Professor: Esse é um possível resumo do
conteúdo do texto que os alunos devem de- Professor: Na cidade de Argel, a estação
senvolver. A maior ou menor extensão e o seca é bem definida; e na Cidade do Cabo,
detalhamento da resposta vão depender do há apenas uma redução das precipitações.
encaminhamento em sala. Veja as instruções A amplitude térmica é bem grande em
da atividade. Argel (cerca de 15 °C).
c) F
Atividade 2 (página 185)
Acima da linha desenhada no mapa, predominam Professor: O verão de Argel é seco e as
os rios intermitentes ou temporários, já que a região chuvas concentram-se no outono-inverno.
está ocupada pelo mais extenso deserto tropical, o
Saara. Esses rios se formam com o degelo da neve, dos
raros picos da região, ou com eventuais chuvas torren- d) V
ciais. A consequência da intermitência desses rios é a
impossibilidade de desenvolvimento agrícola. Professor: As médias da Cidade do
Cabo são mais baixas e ficam entre 13 °C e
20 °C. As chuvas são mais intensas no meio
Professor: Vale a pena destacar ainda o do ano, época de inverno no hemisfério sul.
rio Nilo, que, graças ao grande volume de
chuvas da zona equatorial, consegue atraves-
sar o deserto e chegar ao mar Mediterrâneo.
Por esses fatores, o Nilo tem bom aproveita- Em casa (página 191)
mento de seu potencial hidrelétrico e é utili- 1. a) A região descrita é a África Oriental ou a parte
zado para a irrigação agrícola. leste do continente.
b) Trata-se do rio Nilo.
Professor: Não deixe de verificar os mapas. Sugerimos montar uma exposição na sala com os
mapas que estiverem mais bem desenhados.
2. a) O principal fator determinante das grandes diferenças de temperatura entre as cidades do mapa é a altitude
(observe que a latitude é quase igual).
Professor: Os dados de altitude estão no mapa, mas provavelmente a maior parte dos alunos não deve
ter percebido isso. É um bom momento para reforçar a importância de observar o mapa com atenção.
Mar
Medi
terrâneo
ÁSIA
Trópic
o de Cân
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Ma
rV
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OCEANO
OCEANO
ATLÂNTICO
ÍNDICO
Equador
Insuficiente: menos de 1.000 m3/pessoa
Razoável: de 1.001 a 2.000 m3/pessoa
Suficiente: de 2.001 a 10.000 m3/pessoa
Abundante: mais 10.001 m3/pessoa 0 510 km
3. A foto representa uma paisagem típica de um dos principais ecossistemas do continente africano, represen-
tado no mapa por um número.
EUROPA
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Trópi ÁSIA
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Ma
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5o
Equador
3 OCEANO
OCEANO ÍNDICO
ATLÂNTICO
Capricórnio
Trópico de
4
0 930 km
Consequências:
Facilidade de alimentação
do rebanho
a) Escreva no quadro em branco pelo menos duas consequências das sucessivas queimadas que ocorrem na
África.
b) Esse processo é comum em que parte do continente? Por quê?
A água potável do planeta caminha para assumir o papel que tinha o petróleo em 1973: um produto
escasso e caro, com potencial de lançar a economia mundial num estado de choque. Entre 1970 e 1995, a
quantidade média de água disponível para cada habitante do mundo caiu 37%. De 1996 a 2010, calcula-se
que a redução tenha sido de mais de 25%. Mantida a atual política de uso da água e com as estimativas de
crescimento da população, a ONU prevê que várias regiões do mundo terão seu estoque de água potável
esgotado ainda nessa década.
ONU. Integrating Environment and Development. (Adaptado.)
Tró Ma
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Equador
OCEANO
ÍNDICO
OCEANO
ATLÂNTICO
ricórnio
o de Cap
Trópic
Física
Econômica 0 805 km
Objetivos
• Conhecer os aspectos sociais do continente, base para o entendimento do seu quadro humano e
econômico.
• Desenvolver a habilidade de leitura de gráficos e de mapas.
• Aprofundar a capacidade de analisar dados em tabelas e, por meio de sua correlação com conceitos, estabelecer
sínteses sobre conteúdos desenvolvidos.
Roteiro (sugestão)
Estratégias e orientações
Atividade 1 (página 194) b) Não. O mapa mostra que as taxas são elevadas
mesmo nas áreas tropicais e equatoriais.
a) O crescimento mostrado no gráfico é denomi-
nado explosão demográfica. Em casa (página 200)
b) A s causas do acelerado crescimento da po-
pulação africana após 1950 foram a redução 1. S omente a afirmativa I é correta. Os dados da tabela
das taxas de mortalidade, graças à ajuda in- mostram um substancial aumento do crescimento
ternacional para o combate de doenças epi- da população entre as décadas de 1950 e 2010, quan-
dêmicas, e a manutenção de elevadas taxas do, com ajuda internacional, ocorreu a intensificação
de natalidade. do combate a doenças epidêmicas no continente e a
introdução de técnicas de saneamento básico.
Atividade 2 (página 196) Professor: A afirmativa II é absurda, já que
a) Porque seu crescimento vegetativo é baixo e a a seca não poderia atingir toda a África, exceto
taxa de fertilidade está em declínio. esses quatro países. A afirmativa III não faz
b) A maior parte desses países localiza-se na África sentido, já que técnicas anticoncepcionais não
Subsaariana. foram aplicadas na África. Além disso, se a taxa
c) Esses países não terão um grande desenvolvi- de natalidade tivesse caído, não poderia haver
mento. A manutenção de alta fertilidade per- o substancial aumento do crescimento da po-
mite deduzir que eles manterão base econômica pulação mostrado pelos dados.
rural, baixa urbanização e problemas socioeco-
nômicos que dificultam a modernização e a
consequente queda da taxa de natalidade. 2. O
crescimento é extremamente acelerado, com
aumento de mais de 120% das populações de to-
das as cidades no período. As principais causas
Professor: Esses conceitos são bem co- desse crescimento são o forte êxodo rural e o ele-
nhecidos e foram desenvolvidos e emprega- vado crescimento vegetativo.
dos em diferentes momentos desde o 6o ano.
Aqui, o mais importante é sua aplicação ao 3. Resposta pessoal.
continente africano.
Professor: Espera-se que os alunos per-
cebam que o nível de renda deve ter uma
certa influência na parcela de população
Atividade 3 (página 199) contaminada. Recomenda-se que o assunto
a) Não. As taxas acima de 50 por mil são muito seja discutido em sala e, se houver tempo,
elevadas, portanto, todos os países representa- que se leiam algumas redações.
dos têm taxas altas.
Objetivos
• Conhecer os aspectos econômicos específicos do continente e relacioná-los às características gerais do
subdesenvolvimento.
• Ampliar a capacidade de leitura de mapas e a habilidade de relacionar as suas informações com os conceitos
desenvolvidos.
• Desenvolver a habilidade de interpretar tabelas e de relacionar seus dados quantitativos com os conceitos
desenvolvidos.
Roteiro (sugestão)
Estratégias e orientações
2. A
frase I analisa a tabela de forma correta, pois
Atividade 2 (página 209) todos os produtos sofreram desvalorizações, que
a) A África exporta produtos primários, ou seja, vão de 25% a 74%.
recursos minerais e agrícolas. Eles podem tam-
bém ser classificados como commodities. Professor: A frase II é falsa, já que os
b) Esses produtos são de baixo valor no mercado in- produtos importados, como alimentos, má-
ternacional, o que gera pouca renda e dificulta as quinas, combustíveis e equipamentos, tive-
importações de produtos de que os países necessi- ram aumento de preço no período. A frase
tam, além de provocar perdas em suas balanças III também está errada, pois os produtos
comerciais (deterioração dos termos de troca). As sofreram desvalorização.
extensas monoculturas de exportação diminuem
a área cultivada com alimentos e geram fome em
todo o continente. Por fim, a exportação excessiva 3. a) Resposta pessoal.
de minérios leva ao esgotamento das jazidas.
Professor: Sugerimos comentar com os
Atividade 3 (página 212) alunos a respeito dos dois conceitos pesqui-
sados (má nutrição crônica e fome aguda).
O mapa mostra as ferrovias saindo do interior de al-
guns países da região e dirigindo-se ao litoral. Elas não Se houver tempo, pode ser feito um debate
integram os países e suas regiões, pois servem apenas ou a leitura de algumas das pesquisas.
de meio de escoamento das produções do interior, que
são enviadas ao litoral para serem exportadas. b) A fome está diretamente relacionada às nu-
merosas guerras no continente e à condição
Professor: Talvez seja interessante desta- econômica de subdesenvolvimento da África,
car que essa malha é reflexo da desarticulação a qual mantém formas de produção agrícola
econômica interna, da dependência externa e ultrapassadas, improdutivas e danosas ao am-
da ação das transnacionais no continente. biente, enquanto a exploração das melhores
terras se volta para produtos de exportação.
1. Analise o mapa a seguir, que indica as zonas da África onde ocorrem a doença do sono e a malária.
ÁSIA
Ma
rV
e rm
e lh
o
OCEANO
ÍNDICO
Equador
OCEANO
ATLÂNTICO
ricórnio
co de Cap
Trópi
Malária
Doença do sono 0 864 km
Relacione a ocorrência dessas doenças com as condições naturais e sociais das áreas assinaladas.
2. M
uitas vezes, a seca do Sahel ocupou o noticiário internacional, tornando conhecida mundialmente essa
margem do deserto do Saara sujeita a catástrofes que destroem a economia, provocam a morte de milhares
de pessoas e a migração de muitas outras. A caridade internacional costuma manifestar-se tardiamente e é
sempre inferior às necessidades, apenas evitando uma tragédia maior.
Classifique como verdadeira (v) ou falsa (f) cada afirmativa sobre o assunto. Em seguida, justifique suas
escolhas.
a) ( ) A seca constante em toda essa área impossibilita a agricultura e impede a criação de gado.
b) ( ) Os cultivos de plantations, típicos dessa região, têm provocado a diminuição da produção de alimentos
e a ampliação das zonas desérticas.
Respostas
1. A
doença do sono se desenvolve na região da Bacia do Congo, área com clima quente e úmido, ocupada
por uma densa floresta equatorial, habitat que favorece a proliferação da mosca tsé-tsé, sua transmissora. A
malária surge em diferentes espaços naturais africanos (desde o equatorial até o semiárido), onde há altas
temperaturas e água estagnada, condições que propiciam a proliferação do mosquito-prego, seu transmissor.
As duas doenças incidem em regiões pobres, onde as medidas preventivas são praticamente inexistentes e a
saúde pública é precária.
2. a) F
Essa região não tem seca constante, mas sim clima semiárido, o que permite uma razoável criação de
gado, especialmente caprino e ovino.
b) F
As plantations não são típicas do Sahel, mas sim das regiões tropicais mais ao sul.
Ensino Fundamental - 9°- ano 28
Sugestões de material para consulta
Estratégias
Respostas – Rumo ao Ensinoe orientações
Médio
1. Alternativa b 2. Alternativa d
O processo de urbanização é acompanhado de Somente o dado de que 10% da humanidade de-
transformações sociais e econômicas que contri- tém 85% da riqueza produzida no planeta é sufi-
buem para a queda da taxa de natalidade. Entre ciente para mostrar a imensa desigualdade entre o
elas, destacamos: maior participação da mulher Norte (rico) e o Sul (pobre), já que podemos de-
no mercado de trabalho; divulgação de métodos duzir, com base no que foi visto em aula, que a
anticoncepcionais; aumento do custo de criação porção subdesenvolvida contém 90% da popula-
dos filhos. ção do mundo e tem apenas 15% do PIB global.