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Desenvolvimento do grafismoinfantil
Edith Derdyk
Anita Prades
Lídia Ganhito
III BLAV
2012
O DESENHO
• Parte da disciplina “Educação Artística”
“O desenhoinfantilmuitasvezesintimida o
adultoque, diantedaquelesindecifráveisrabiscos, acab
aporminimizar o universoqueelerepresenta”
Adultoacabaimpondosuapróriaimagem de
infânciasobre o desenhodacriança.
“Nãodá para falar de um
processosemnuncaterpassadoporele.”
• O adultodevereconheceremsi a capacidade de
exercer o atocriativo, relacionando-se sensível e
integralmente com o universográficoinfantil.
• Aoeducadorcabelevantaralgumasquestõesrefere
ntes à atitude do adulto:
suasprojeções, suasexigências, as medidas de
sucesso e fracasso.
“As
teorias, semumacompreensãoprática, semum
avivênciaefetivadalinguagem, podemtornar-se
palavrasvazias, meraaplicação, escudo contra
a incapacidade do adulto de penetrar num
universoquelhe é tãoestranho. Por
outrolado, evitarteorias e conceitosserianegar
a naturezaepistemológica do adulto e
dacriança, emsuasmanifestaçõesexpressivas.”
EDUCAÇÃO VIVENCIAL
Prática do sensível
• Jogo: a
criançainventapersonagens e
regrasqueelamesmapodesubvert
er;
• Atolúdico: operacional X
imaginário;
• Transformação de tempo e
espaço;
• Conteúdo Manifesto X
Conteúdolatente
Aprender a só ser
• Desenhar: “aprender a só ser”;
• Necessidade de representação;
• Intimidadeexposta e revelada.
Acondicionamento Cultural
• A criança vive inseridanapaisagem cultural do adulto, e
sobreessesconteúdosela opera;
• “O primeiroespaçográficodacriança é o
corposobre o papel” –Florence de Mèredieu, 1974
O processo
• Nãoocorre linear e ascendentemente – é um
processoorgânico;
• O mundoinfantil é continuamentereinventado;
Garatuja –
unidadegráficaabstrata, estácon
tidaemqualquerdesenhofigurati
vo;
• Prazerautogerado: MOTOR E
VISUAL;
• Trabalhoenérgicosemcompromi
ssofigurativo;
• Nãoexistea noção de A
sucessãotemporal criançaassociaerelaciona, carregandoodesenh
o de
conteúdosesignificadossimbólicosocultosaoad
“Rabiscosquenãosugeremformasnãosãorecordados. A criança tem
umapercepçãoinata de formas.”
Rhoda Kellog, 1969
O rabiscorequerpercepção e a percepçãorequercérebro”
- Rhoda Kellog, 1969
• Nãohánoção de espaço;
• A percepção do dentro
e do fora:
reconhecimento das
bordas;
• O campo
darepresentação e o
campo darealidade;
O corpo é a ponta do lápis.
A conquista do círculo
• O movimento circular
possuisignificadosimbólico
de
integração, unidade, continu
idadecíclica;
• O gesto circular é um
gestoarquetípico, queperten
ceaocoletivo e é
inerenteaohomem;
• Distinção entre o eu e o
outro: a
conquistadaconsciência;
• A forma fechada –
objeto, corpo.
O TerrenodaCriação
• Iníciodapercepção de
autoria;
• Aodesenhar, o espaço do
papel se altera- “É
naprópriamanipulação dos
espaçosque a
atividadelúdica se inicia”.
• Capacidade de perceber a
aceitar a sugestão do
própriotraço – nãoexiste o
projetodaação;
• Associaçõesprocessadasporanalo
giasvisuaisouintelectuais;
• Do todo, antes
indiferenciado, nasce o mundo
das formas.
Exploração da relação entre as linhas,
eixos cartesianos, diagramas
"Sabia que eu sei desenhar um cavalo? Ele está fazendo cocô."
"Vou desenhar aqui, que tem espaço vazio."
"O cavalo ficou escondido debaixo disso tudo!" Joana, 3 anos
• A linguagem verbal e a
linguagemgráficaparticipam de umanatureza
mental, cadauma com suaespecificidadee a
suamaneira particular de participar de
umaimagem, umaideia, um conceito.
“EuganheiumacachorrachamadaElaelagosta de brincar no
gramadoe come comida naminhamão”
A Natureza caligráfica do desenho
• A vontade de ingressar no
mundo adulto leva a criança a
inventar escrituras fictícias:
linhas angulares, dentes de
serra