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Independência
➔ Elevação do Brasil à condição de Reino Unido em 1815.
➔ Fator externo decisivo: Revolução Liberal de 1820.
➔ Comerciantes e militares portugueses descontentes com a
permanência do rei no RJ; comerciantes metropolitanos em crise;
excessiva subordinação à Inglaterra. Exigem a volta de Dom João VI e a
instauração de uma Monarquia Constitucional. Convocam as Cortes para
elaborar uma Constituição.
➔ As Cortes apresentavam uma intenção recolonizadora que
desagradava aos deputados brasileiros, unindo-os.
➔ Facções políticas:
➔ “Partido” Português → manutenção dos laços com a metrópole, retorno
do regime colonial.
➔ “Partido” Brasileiro → exportadores de produtos tropicais que
desejavam comerciar diretamente com
os consumidores europeus.
➔ “Partido” Liberal-radical → republicanos; classe média urbana; forças
mais populares.
➔ Dom João retorna a Portugal; o Príncipe Dom Pedro permanece no
Brasil. Exige-se também seu retorno: Dia do Fico, janeiro de 1822. Novos
despachos de Lisboa exigindo seu retorno: ruptura definitiva (“grito do
Ipiranga”).
- Estrutura Administrativa :
- Governador Geral → representante máximo da Coroa no Brasil.
- Fazenda: Junta da Fazenda; provedor-mor.
- Defesa: tropas regulares e milícias; capitão-mor.
- Câmaras Municipais → poder local; participavam apenas os“homens bons”.
- Estado e Igreja: padroado real; subordinação da Igreja à Coroa lusa.
- Estado patrimonialista → indefinição da esfera pública e privada.
- Estrutura Econômica :
- Características Gerais: Grande propriedade (latifúndio); Monocultura; Produção
voltada para exportação;
Mão de obra escrava (negra e indígena) -Plantation
-Mão de Obra: - Por que optar pelo trabalho compulsório?
- Não havia oferta de trabalhadores dispostos a emigrar.
- O trabalho assalariado não era conveniente para os fins da colonização.
- O tráfico de escravos tornou-se lucrativa atividade econômica.
- Houve uma passagem da mão de obra índia para negra que variou no tempo e
espaço.
Em SP foi mais tardia; nos núcleos açucareiros, mais rápida.
- Atividades Econômicas :
- Açúcar
- Principais regiões produtoras: Pernambuco e Bahia.
- Início da produção: 1530-1540.
- Engenho: unidade produtiva; escravos; senzala; canavial; moenda; sr. de engenho;
casa grande.
- A produção impulsionou o tráfico de escravos africanos: em 1574 representavam
7% da força de trabalho; em 1591, 37%; em torno de 1638, a totalidade.
- Altos e baixos da produção: 1570-1620 expansão sem concorrência; a partir de
1630, concorrência antilhana, abalando a produção brasileira. Apesar disso, o
açúcar sempre ocupou o 1º lugar até meados do séc. XIX.
- Portugal não controlava as praças comerciais da Europa; assim, o comércio final
do açúcar ficava principalmente em mãos holandesas.
- Fumo
- Principal região produtora: Recôncavo Baiano.
- Moeda de troca na costa da África.
- Pecuária
- Contribuiu para a interiorização da colônia (Nordeste e Sul); produção de couro e
carne-seca.
- Sociedade Colonial:
- Preconceito com cristãos-novos. Visitações do Santo Ofício à Bahia e a
Pernambuco em fins do séc. XVI.
- Escravos: responsáveis pelos trabalhos pesados. Trabalho manual desprezado
como “coisa de negro”. Havia grande número de negros e mulatos livres ou libertos.
“Escravos de ganho”.
- Escravidão: instituição que penetrou toda sociedade; até mesmo escravos libertos
chegaram a ter escravos!
- Religião: clero pouco regrado; sincretismo religioso; festividades religiosas.
- Elite Colonial: grandes proprietários rurais; grandes comerciantes ligados ao
comércio exterior; traficantes de escravos; altos funcionários da administração.
“Homens Relativizar o “exclusivo”: Portugal não
foi capaz de manter rígido monopólio comercial sobre suas colônias! bons”:
brancos, de posses, cristãos.
- .Esta sociedade possuía as seguintes características:
Sociedade machista, patriarcal e escravagista;
- Povoação litorânea; “Sertão”: interior pouco explorado da colônia (menor
presença administrativa e legal da Coroa).
- Língua-geral: misto de tupi-guarani e português (predominante até fins do séc.
XVIII).
Atividade
o dia da consciência negra celebra a assinatura da Lei Áurea no século XIX, que
2)
proclamou a liberdade dos escravos.
32) a Constituição de 1988 afirma que “cabe aos remanescentes das comunidades de
quilombos que estejam ocupando suas terras o reconhecimento da propriedade
definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos definitivos”. Este artigo da
Constituição solucionou a “questão quilombola” no Brasil.
64) através das obras do pintor e desenhista alemão Johan Moritz Rugendas,
é possível conhecer aspectos do cotidiano da escravidão. Ele aqui esteve
no século XIX e deixou preciosa fonte iconográfica sobre a vida no
Brasil.
Exercício 2: (PUC-RIO 2009)
Sobre as características da sociedade escravista colonial da América portuguesa estão
corretas as afirmações abaixo, À EXCEÇÃO de uma. Indique-a.
A) I, II e IV
B) I, III e V
C) I, IV e V
D) II, III e IV
E) III, IV e V
A) I, somente.
B) II, somente.
C) I e II, somente.
D) II e III, somente.
E) I, II e III.
A vida nos engenhos era dura e penosa. Por isso, a expectativa de vida dos
A)
escravos era muito pequena.
Era relativamente comum ao “preto forro”, caso tivesse algum pecúlio, adquirir
D)
um escravo.
a partir de 1888, com a Lei Áurea, foram criadas condições especiais para que os
1)
libertos pudessem ingressar no mercado de trabalho, especialmente no meio
rural com a distribuição de terra a ex-escravos.
32) conflitos entre as várias tribos no continente africano fizeram com que
negros escravizassem outros negros, vendendo-os como mercadorias.
Questão 2: (UPE) Na colonização da América, a atuação dos jesuítas foi decisiva em muitos
aspectos para assegurar o domínio europeu.
Com relação à atuação dos jesuítas no Brasil, pode-se afirmar que:
A - protegeram, em algumas situações, os índios da exploração dos colonos portugueses;
B - não conseguiram se destacar politicamente, sendo apenas religiosos;
C - se restringiram ao trabalho de catequese nos engenhos de açúcar;
D - não se envolveram com os índios em São Vicente, defendendo os colonos;
E - acumularam bens materiais, embora nunca apoiassem a escravidão.
Questão 8: (UEL/PR) "Apesar dos diferentes níveis do sucesso nas capitanias, a política básica
dos jesuítas foi a mesma em todo o Nordeste. Opondo-se à escravização do gentio, eles
realizaram um programa de catequização nos pequenos povoados ou aldeias, onde tanto os
grupos tribais locais quanto os índios trazidos do sertão pudessem receber instrução e
orientação espiritual. Os índios eram educados para viver como cristãos, conceito que incluía
não só a moralidade, mas também os hábitos de trabalho dos europeus." (SCHWARTZ, Stuart.
Segredos internos: engenhos e escravos na sociedade colonial. São Paulo: Companhia das
Letras, 1988. p. 48.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a política jesuítica
implementada no Nordeste brasileiro durante os séculos XVI e XVII, é correto afirmar:
A - A defesa de uma política de catequização para as populações nativas revela o respeito dos
jesuítas à cultura indígena, distanciando-se dos colonizadores que a concebiam como bárbara
e inferior.
B - A atuação dos jesuítas foi decisiva para a manutenção das formas tradicionais de trabalho
presentes nas comunidades indígenas.
C - Embora houvesse discordância entre jesuítas e colonos, ambos respeitaram as diferenças
entre os grupos étnicos nativos e atuaram na pacificação das relações intertribais.
D - A ação dos jesuítas fundou-se no trabalho de catequização, que requereu a destribalização
e conversão dos gentios ao catolicismo, práticas tão desintegradoras da cultura indígena
quanto a escravização.
E - Os jesuítas, ao manterem alguns princípios essenciais das comunidades indígenas, como a
poligamia e o canibalismo ritual, obtiveram a conversão integral dos gentios ao cristianismo.
Questão 10: (UFES) As alternativas abaixo apresentam fatos relacionados ao Barroco mineiro,
desenvolvido no decorrer do século XVIII. Assinale a afirmativa incorreta:
A - As peculiaridades do culto católico encontraram sua expressão maior nas artes plásticas, na
música e na arquitetura de inspiração barroca.
B - O Barroco renovou a arquitetura das igrejas mineiras, buscando maior originalidade e
preocupando-se com a ornamentação interior.
C - A riqueza aurífera das áreas mineradoras dificultou a expansão da arte barroca,
principalmente a construção de igrejas.
D - Nas obras de Aleijadinho, encontram-se anjos e santos com traços mulatos, caracterizando
uma adaptação dos modelos tradicionais europeus à realidade local.
E - A arte religiosa mineira expressava o fervor da população que, com donativos, contribuiu
para a construção de igrejas.
Questão 11: (UNIFESP/SP) De acordo com um estudo recente, na Bahia, entre 1680 e 1797,
de 160 filhas nascidas em 53 famílias de destaque, mais de 77% foram enviadas a conventos,
5% permaneceram solteiras e apenas 14 se casaram. Tendo em vista que, no período colonial,
mesmo entre pessoas livres, a população masculina era maior que a feminina, esses dados
sugerem que:
A - os senhores-de-engenho não deixavam suas filhas casarem com pessoas de nível social e
econômico inferior;
B - entre as mulheres ricas, a devoção religiosa era mais intensa e fervorosa do que entre as
mulheres pobres;
C - os homens brancos preferiam manter sua liberdade sexual a se submeterem ao despotismo
dos senhores-de-engenho;
D - a vida na colônia era tão insuportável para as mulheres que elas preferiam vestir o hábito
de freiras na Metrópole;
E - a sociedade colonial se pautava por padrões morais que privilegiavam o sexo e a beleza e
não o status e a riqueza.
Questão 14: (PUC-MG) No processo de colonização do Brasil (sécs. XVI - XVIII), os jesuítas
tiveram papel de destaque na difusão do catolicismo. Sobre eles é correto afirmar, exceto:
A - Detinham o monopólio da educação e, na segunda metade do século XVI, fundaram
colégios na cidade de Salvador e na Vila de São Vicente.
B - Sua tarefa missionária era a catequização dos índios, convertendo-os à verdadeira fé e à
recuperação de fiéis.
C - Construíram as missões para impedir a escravidão dos indígenas pelos coloniais e manter
o universo de valores culturais dos índios.
D - Foram expulsos de Portugal e das possessões coloniais pelo Marquês de Pombal, após
1750, devido ao seu poder econômico e político.
Questão 15: (UFMG) Em janeiro de 1592, Brás Dias, mameluco, natural da cidade da Bahia,
confessou perante a Mesa da Santa Inquisição que, durante quatro ou cinco anos, andando
pelo sertão, fizera parte, junto com os gentios, de uma seita chamada Santidade, que
funcionava na fazenda de Fernão Cabral, em Jaguaripe. A seita era dirigida por um índio
chamado Antônio, que tinha sido criado pelos jesuítas nas missões. Entre outras coisas, esse
Antônio, que era casado, batizava os próprios filhos, utilizando duas candeias acesas e um
prato d’água, e chamavam a si próprios com os nomes de Jesus e de Santa Maria. Nos cultos,
celebrados ao pé de cruzes metidas no chão em montes de pedra, uivavam e se comportavam
como macacos, sem regras nem ordem, cometendo vários deslizes heréticos. (Texto baseado
em documentos transcritos em VAINFAS, Ronaldo (Org.). Confissões da Bahia . São Paulo:
Companhia das Letras, 1997.) Esse testemunho demonstra que:
A - os missionários indígenas formados nas reduções jesuítas reproduziam com perfeição os
ritos católicos por toda a Colônia;
B - a ação dos párocos, nos dilatados sertões da Colônia, levava a que os índios
internalizassem os dogmas católicos aprendidos com os jesuítas;
C - a religiosidade popular na Colônia se caracterizava pelo sincretismo e assimilava mais
facilmente os aspectos exteriores do culto católico;
D - os indígenas aceitavam livremente as regras e a ortodoxia dos preceitos do culto católico,
dispondo-se a imitá-los mesmo no sertão mais bravio.
Questão 18: (UNIFESP/SP) Não foi espírito evangélico que armou de mosquetes 80 ou 100 mil
índios e erigiu um poder intermediário do Rio da Prata ao Amazonas, que um dia poderá ser
fatal às potências dominantes da América do Sul. (Duque Silva Tarouca, 1758) O texto:
A - alerta para o perigo representado pela atuação dos jesuítas;
B - critica o uso da violência para desarmar os índios;
C - elogia a ocupação de todos os territórios indígenas;
D - denuncia a ação política das potências protestantes;
E - defende a política religiosa das potências ibéricas.
GABARITO:
questão 1: E - questão 2: A - questão 3: A - questão 4: D - questão 5: D - questão 6: C - questão
7: C - questão 8: D - questão 9: 0 - questão 10: C - questão 11: A - questão 12: E - questão 13:
B - questão 14: C - questão 15: C - questão 16: C - questão 17: D - questão 18: A
QUESTÃO BÔNUS
Assinale a alternativa correta:
No início do século XIX, Napoleão Bonaparte havia conquistado a
maior parte das nações européias, exceto:
a) ( ) a Áustria.
b) ( ) a Inglaterra.
c) ( ) a Rússia.
Para enfraquecer a economia inglesa, Napoleão decretou o
Bloqueio Continental, que proibia:
a) ( ) os países europeus de venderem produtos manufaturados à
Inglaterra.
b) ( ) as colônias de comerciarem com suas metrópoles.
c) ( ) os países europeus de comerciarem com a Inglaterra.
Portugal:
a) ( ) obedeceu às determinações de Napoleão.
b) ( ) desrespeitou o decreto de Napoleão, continuando a comerciar com
a Inglaterra.
c) ( ) respeitou o decreto de Napoleão, mas mesmo assim foi invadido
pelas tropas francesas.
História - Colonização do Brasil
06. (UNISO) Durante a maior parte do período colonial a participação nas câmaras
das vilas
era uma prerrogativa dos chamados "homens bons", excluindo-se desse privilégio
os outros
integrantes da sociedade. A expressão "homem bom" dizia respeito a:
a) homens que recebiam a concessão da Coroa portuguesa para explorar minas
de ouro e de
diamantes;
b) senhores de engenho e proprietários de escravos;
c) funcionários nomeados pela Coroa portuguesa para exercerem altos cargos
administrativos
na colônia;
d) homens considerados de bom caráter, independentemente do cargo ou da
função que
exerciam na colônia.
09. (UFRJ) "(...) meu coração estremece de infinita alegria por ver que a terra onde
nasci em
breve não será pisada por um pé escravo.
(...) Quando a humanidade jazia no obscurantismo, a escravidão era apanágio dos
tiranos;
hoje, que a civilização tem aberto brecha nas muralhas da ignorância e
preconceitos, a
liberdade desses infelizes é um emblema sublime (...).
Esta festa é a precursora de uma conquista da luz contra as trevas, da verdade
contra a
mentira, da liberdade contra a escravidão."
(ESTRELLA, Maria Augusta Generoso e Oliveira. "Discurso na Sessão Magna do
Clube
Abolicionista", 1872, Arquivo Público Estadual, Recife-PE.)
A escravidão está associada às diversas formas de exploração e de violência
contra a
população escrava. Essa situação, embora característica dos regimes
escravocratas, registra
inúmeros momentos de rebeldia. Em suas manifestações e ações cotidianas,
homens e
mulheres escravizados reagiram a esta condição, proporcionando formas de
resistência que
resultaram em processos sociais e políticos que, a médio e longo prazos, influíram
na
superação dessa modalidade de trabalho.
a) Cite duas formas de resistência dos negros contra o regime da escravidão
ocorridas no
Brasil.
b) Explique um fator que tenha contribuído para a transição para o trabalho livre no
Brasil no
século XIX.
10. (Cesgranrio-RJ) "O senhor de engenho é título a que muitos aspiram, porque
traz consigo o
ser servido, obedecido e respeitado de muitos." O comentário de Antonil, escrito no
século
XVIII, pode ser considerado característico da sociedade colonial brasileira porque:
a) a condição de proprietário de terras e de homens garantia a preponderância dos
senhores
de engenho na sociedade colonial.
b) a autoridade dos senhores restringia-se aos seus escravos, não se impondo às
comunidades vizinhas e a outros proprietários menores.
c) as dificuldades de adaptação às áreas coloniais levaram os europeus a
organizar uma
sociedade com mínima diferenciação e forte solidariedade entre seus segmentos.
d) as atividades dos senhores de engenho não se limitavam à agroindústria, pois
controlavam
o comércio de exportação, o tráfico negreiro e a economia de abastecimento.
e) o poder político dos senhores de engenho era assegurado pela metrópole
através da sua
designação para os mais altos cargos da administração colonial.
18. (UFMG) Leia o texto. Ele refere-se à capitania de Minas Gerais no século XVIII.
"... ponderando-se o acharem-se hoje as Vilas dessa Capitania tão numerosas
como se
acham, e que sendo uma grande parte das famílias dos seus moradores de limpo
nascimento,
era justo que somente as pessoas que tiverem esta qualidade andassem na
governança delas,
porque se a falta de pessoas capazes fez a princípio necessária a tolerância de
admitir os
mulatos aos exercícios daqueles oficias, hoje, que tem cessado esta razão, se faz
indecoroso
que eles sejam ocupados por pessoas em que haja semelhante defeito..."
(D. João, Lisboa, 27 de janeiro de 1726.)
No trecho dessa carta, o rei de Portugal refere-se à impropriedade de os mulatos
continuarem
a exercer o cargo de
a) governador, magistrado escolhido entre os "homens bons" da colônia para
administrarem a
capitania.
b) intendente das minas, ministro incumbido de controlar o fluxo de alimentos e do
comércio.
c) ouvidor, funcionário responsável pela administração das finanças e dos bens
eclesiásticos.
d) vereador, membro do Senado da Câmara, encarregado de cuidar da
administração local.
GABARITO
01. E
02. A
03. D
04. B
05. E
06. B
07. C
08. C
09. a) Uma forma de resistência era a fuga e a posterior organização em quilombos; outra era
a simples passividade perante o trabalho e o não-enfrentamento com o senhor, levando o
escravo algumas vezes ao suicídio.
b) Um fato foi o fim do tráfico negreiro em 1850 (Lei Eusébio de Queirós), levando ao lento
processo de diminuição da população de escravos.
10. A
11. a) Os holandeses atacaram o Nordeste brasileiro em decorrência do embargo açucareiro
decretado por Filipe II, rei da Espanha e, nos termos da União Ibérica de 1580 a 1640, também
rei de Portugal.
b) A longa duração de Palmares é, em grande parte, fruto do longo conflito com os
holandeses em Pernambuco (1630-54). Apesar de um período de apaziguamento, os atritos
entre holandeses e portugueses ou brasileiros estimulavam as fugas de escravos e contribuíam
para o fortalecimento do quilombo.
12. E
13. C
14. a) Os quilombos eram aldeamentos de negros fugitivos.
b) Porque a simples existência de quilombos representava uma forma de subversão da ordem
econômica brasileira, impedindo eventualmente que a colônia cumprisse sua função perante a
metrópole.
15. B
16. E
17. a) Portugal encontrava-se em decadência econômica, após o malfadado período da União
Ibérica (até 1640) e o rompimento das relações com os holandeses.
b) A principal cláusula do tratado de Methuen é aquela que abre Portugal para as importações
de tecidos ingleses e, em troca, a Inglaterra se abre para os vinhos portugueses.
c) A partir da assinatura do tratado, a economia portuguesa abre-se para as importações de
tecidos ingleses, arrasando o pequeno setor têxtil português e condenando o país à
especialização agrícola, mais especificamente à produção de vinhos.
d) O tratado garantiu para a Inglaterra o controle sobre o mercado português e,
conseqüentemente, sobre o brasileiro.
18. D
19. a) O alvará de 1785 basicamente restringe a instalação de manufaturas no Brasil e obriga
o fechamento das já existentes.
b) O principal argumento utilizado é a escassa mão-de-obra brasileira, que seria mais bem
aproveitada na lavoura e na mineração. O argumento é falso, já que tanto a atividade
mineradora quanto a lavoura tradicional (açucareira) encontravam-se em franca decadência. O
verdadeiro interesse português era a necessidade de garantir o monopólio metropolitano sobre
os manufaturados.
9/
D) Com o acervo trazido do velho Reino, foi criada a Biblioteca Real, origem
da atual Biblioteca Nacional.
01. (Fuvest-SP) Os primitivos habitantes do Brasil foram vítimas do processo colonizador. O europeu, com
visão de mundo calcada em preconceitos, menosprezou o indígena e sua cultura. A acreditar nos
viajantes e missionários, a partir de meados do século XVI, há um decréscimo da população indígena,
que se agrava nos séculos seguintes. Os fatores que mais contribuíram para o citado decréscimo foram:
a) a captura e a venda do índio para o trabalho nas minas de prata do Potosí.
b) as guerras permanentes entre as tribos indígenas e entre índios e brancos.
c) o canibalismo, o sentido mítico das práticas rituais, o espírito sanguinário, cruel e vingativo dos
naturais.
d) as missões jesuíticas do vale amazônico e a exploração do trabalho indígena na extração da borracha.
e) as epidemias introduzidas pelo invasor europeu e a escravidão dos índios.
A partir do texto, pode-se afirmar que todas as alternativas expressam a relação dos portugueses com a
cultura indígena, exceto:
a) A busca de compreensão da cultura indígena era uma preocupação do colonizador.
b) A desorganização social dos indígenas se refletia no idioma.
c) A diferença cultural entre nativos e colonos era atribuída à inferioridade do indígena.
d) A língua dos nativos era caracterizada pela limitação vocabular.
e) Os signos e símbolos dos nativos da costa marítima eram homogêneos.
03. (Fuvest-SP) A sociedade colonial brasileira "herdou concepções clássicas e medievais de organização
e hierarquia, mas acrescentou-lhe sistemas de graduação que se originaram da diferenciação das
ocupações, raça, cor e condição social. (...) as distinções essenciais entre fidalgos e plebeus tenderam a
nivelar-se, pois o mar de indígenas que cercava os colonizadores portugueses tornava todo europeu, de
fato, um gentil-homem em potencial. A disponibilidade de índios como escravos ou trabalhadores
possibilitava aos imigrantes concretizar seus sonhos de nobreza. (...) Com índios, podia desfrutar de uma
vida verdadeiramente nobre. O gentio transformou-se
05. (FESO-RJ) "O governo-geral foi instituído por D. João III, em 1548, para coordenar as práticas
colonizadoras do Brasil. Consistiriam estas últimas em dar às capitanias hereditárias uma assistência
mais eficiente e promover a valorização econômica e o povoamento das áreas não ocupadas pelos
donatários."
(Manoel Maurício de Albuquerque. Pequena história da formação social brasileira. Rio de Janeiro: Graal,
1984. p. 180.)
06. (UNISO) Durante a maior parte do período colonial a participação nas câmaras das vilas era uma
prerrogativa dos chamados "homens bons", excluindo-se desse privilégio os outros integrantes da
sociedade. A expressão "homem bom" dizia respeito a:
a) homens que recebiam a concessão da Coroa portuguesa para explorar minas de ouro e de diamantes;
b) senhores de engenho e proprietários de escravos;
c) funcionários nomeados pela Coroa portuguesa para exercerem altos cargos administrativos na colônia;
d) homens considerados de bom caráter, independentemente do cargo ou da função que exerciam na
colônia.
07. (UNAERP-SP) Em 1534, o governo português concluiu que a única forma de ocupação do Brasil seria
através da colonização. Era necessário colonizar, simultaneamente, todo o extenso território brasileiro.
Essa colonização dirigida pelo governo português se deu através da:
a) criação da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
b) criação do sistema de governo-geral e câmaras municipais.
c) criação das capitanias hereditárias.
d) d) montagem do sistema colonial.
e) criação e distribuição das sesmarias.
08. (Cesgranrio-RJ) Assinale a opção que caracteriza a economia colonial estruturada como
desdobramento da expansão mercantil européia da épaca moderna.
a) A descoberta de ouro no final do século XVII aumentou a renda colonial, favorecendo o rompimento
dos monopólios que regulavam a relação com a metrópole.
b) O caráter exportador da economia colonial foi lentamente alterado pelo crescimento dos setores de
subsistência, que disputavam as terras e os escravos disponíveis para a produção.
c) A lavoura de produtos tropicais e as atividades extrativas foram organizadas para atender aos
interesses da política mercantilista européia.
d) A implantação da empresa agrícola representou o aproveitamento, na América, da experiência anterior
dos portugueses nas suas colônias orientais.
e) A produção de abastecimento e o comércio interno foram os principais mecanismos de acumulação da
economia colonial.
09. (UFRJ) "(...) meu coração estremece de infinita alegria por ver que a terra onde nasci em breve não
será pisada por um pé escravo.
(...) Quando a humanidade jazia no obscurantismo, a escravidão era apanágio dos tiranos; hoje, que a
civilização tem aberto brecha nas muralhas da ignorância e preconceitos, a liberdade desses infelizes é
um emblema sublime (...).
Esta festa é a precursora de uma conquista da luz contra as trevas, da verdade contra a mentira, da
liberdade contra a escravidão."
(ESTRELLA, Maria Augusta Generoso e Oliveira. "Discurso na Sessão Magna do Clube Abolicionista",
1872, Arquivo Público Estadual, Recife-PE.)
A escravidão está associada às diversas formas de exploração e de violência contra a população escrava.
Essa situação, embora característica dos regimes escravocratas, registra inúmeros momentos de
rebeldia. Em suas manifestações e ações cotidianas, homens e mulheres escravizados reagiram a esta
condição, proporcionando formas de resistência que resultaram em processos sociais e políticos que, a
médio e longo prazos, influíram na superação dessa modalidade de trabalho.
a) Cite duas formas de resistência dos negros contra o regime da escravidão ocorridas no Brasil.
b) Explique um fator que tenha contribuído para a transição para o trabalho livre no Brasil no século XIX.
10. (Cesgranrio-RJ) "O senhor de engenho é título a que muitos aspiram, porque traz consigo o ser
servido, obedecido e respeitado de muitos." O comentário de Antonil, escrito no século XVIII, pode ser
considerado característico da sociedade colonial brasileira porque:
a) a condição de proprietário de terras e de homens garantia a preponderância dos senhores de engenho
na sociedade colonial.
b) a autoridade dos senhores restringia-se aos seus escravos, não se impondo às comunidades vizinhas
e a outros proprietários menores.
c) as dificuldades de adaptação às áreas coloniais levaram os europeus a organizar uma sociedade com
mínima diferenciação e forte solidariedade entre seus segmentos.
d) as atividades dos senhores de engenho não se limitavam à agroindústria, pois controlavam o comércio
de exportação, o tráfico negreiro e a economia de abastecimento.
e) o poder político dos senhores de engenho era assegurado pela metrópole através da sua designação
para os mais altos cargos da administração colonial.
11. (UFMG) "Restituídas as capitanias de Pernambuco ao domínio de Sua Majestade, livres já dos
inimigos que de fora as vieram conquistar, sendo poderosas as nossas armas para sacudir o inimigo, que
tantos anos nos oprimiu, nunca foram capazes para destruir o contrário, que das portas adentro nos
infestou, não sendo menores os danos destes do que tinham sido as hostilidades daqueles."
("Relação das guerras feitas aos Palmares de Pernambuco no tempo do Governador D. Pedro de
Almeida, de 1675 a 1678", citado por CARNEIRO, Edson. Quilombo dos Palmares. 2.ed. São Paulo: CEN,
Col. Brasiliana, 1958. v.302.)
O texto faz referência tanto às invasões holandesas ("... dos inimigos que de fora as vieram conquistar")
quanto ao quilombo de Palmares (“... o contrário, que das portas adentro nos infestou").
O quilombo de Palmares, núcleo de rebeldia escrava no Nordeste brasileiro, alcançou considerável
crescimento durante o período de ocupação holandesa em Pernambuco. Mesmo após a expulsão dos
invasores estrangeiros pela população local, o quilombo resistiu a inúmeros ataques de tropas
governistas.
a) Apresente uma razão para a ocupação holandesa do Nordeste brasileiro.
b) Explique, com base em um argumento, a longa duração de Palmares.
13. (Cesgranrio-RJ) A ocupação do território brasileiro, restrita, no século XVI, ao litoral e associada à
lavoura de produtos tropicais, estendeu-se ao interior durante os séculos XVII e XVIII, ligada à exploração
de novas atividades econômicas e aos interesses políticos de Portugal em definir as fronteiras da colônia.
As afirmações abaixo relacionam as regiões ocupadas a partir do século XVII e suas atividades
dominantes.
1) No vale amazônico, o extrativismo vegetal – as drogas do sertão – e a captura de índios atraíram os
colonizadores.
2) A ocupação do Pampa gaúcho não teve nenhum interesse econômico, estando ligada aos conflitos
luso-espanhóis na Europa.
3) O planalto central, nas áreas correspondentes aos atuais estados de Minas Gerais, Goiás e Mato
Grosso, foi um dos principais alvos do bandeirismo, e sua ocupação está ligada à mineração.
4) A zona missioneira no Sul do Brasil representava um obstáculo tanto aos colonos, interessados na
escravização dos indígenas, quanto a Portugal, dificultando a demarcação das fronteiras.
5) O Sertão nordestino, primeira área interior ocupada no processo de colonização, foi um prolongamento
da lavoura canavieira, fornecendo novas terras e mão-de-obra para a expansão da lavoura.
14. (Unicamp-SP) O escravo no Brasil é geralmente representado como dócil, dominado pela força e
submisso ao senhor. Porém, muitos historiadores mostram a importância da resistência dos escravos aos
senhores e o medo que os senhores sentiram diante dos quilombos, insurreições, revoltas, atentados e
fugas de escravos.
a) Descreva o que eram os quilombos.
b) Por que a metrópole portuguesa e os senhores combateram os quilombos, as revoltas, os atentados e
as fugas de escravos no período colonial brasileiro?
17. (UFMG) Em 1703, Portugal assinou com a Inglaterra o tratado de Methuen. A assinatura desse tratado
teve implicações profundas para as economias portuguesa e inglesa.
a) Apresente a situação em que se encontrava Portugal na época da assinatura do tratado.
b) Cite a principal cláusula do tratado de Methuen.
c) Apresente 2 (duas) implicações fundamentais desse tratado para a economia portuguesa.
d) Apresente a implicação fundamental desse tratado para a economia inglesa.
18. (UFMG) Leia o texto. Ele refere-se à capitania de Minas Gerais no século XVIII.
"... ponderando-se o acharem-se hoje as Vilas dessa Capitania tão numerosas como se acham, e que
sendo uma grande parte das famílias dos seus moradores de limpo nascimento, era justo que somente as
pessoas que tiverem esta qualidade andassem na governança delas, porque se a falta de pessoas
capazes fez a princípio necessária a tolerância de admitir os mulatos aos exercícios daqueles oficias,
hoje, que tem cessado esta razão, se faz indecoroso que eles sejam ocupados por pessoas em que haja
semelhante defeito..."
(D. João, Lisboa, 27 de janeiro de 1726.)
No trecho dessa carta, o rei de Portugal refere-se à impropriedade de os mulatos continuarem a exercer o
cargo de
a) governador, magistrado escolhido entre os "homens bons" da colônia para administrarem a capitania.
b) intendente das minas, ministro incumbido de controlar o fluxo de alimentos e do comércio.
c) ouvidor, funcionário responsável pela administração das finanças e dos bens eclesiásticos.
d) vereador, membro do Senado da Câmara, encarregado de cuidar da administração local.
Que devido ao grande número de fábricas e manufaturas, que desde alguns anos tem se difundido em
diferentes capitanias do Brasil, com grave prejuízo da cultura e da lavoura e da exploração das terras
minerais daquele continente; porque havendo nele falta de população é evidente que quanto mais se
multiplicar o número de fabricantes, mais diminuirá o de cultivadores e menos braços haverá...
Hei por bem ordenar que todas as fábricas e manufaturas... (excetuando-se as que tecem fazendas
grossas de algodão) sejam extintas e abolidas em qualquer parte dos meus domínios no Brasil."
(Alvará de 5/1/1785.)
No final do século XVIII, ampliam-se as restrições e proibições impostas pela metrópole portuguesa ao
desenvolvimento das atividades econômicas na colônia. O texto reproduzido acima, baixado por D. Maria
I, rainha de Portugal, contém aspectos dessa política de restrições. Leia com atenção o texto e a seguir:
a) identifique a restrição central nele imposta;
b) destaque e comente um argumento usado no texto para justificar tal medida.
GABARITO
01. E
02. A
03. D
04. B
05. E
06. B
07. C
08. C
09. a) Uma forma de resistência era a fuga e a posterior organização em quilombos; outra era a simples
passividade perante o trabalho e o não-enfrentamento com o senhor, levando o escravo algumas vezes
ao suicídio.
b) Um fato foi o fim do tráfico negreiro em 1850 (Lei Eusébio de Queirós), levando ao lento processo de
diminuição da população de escravos.
10. A
11. a) Os holandeses atacaram o Nordeste brasileiro em decorrência do embargo açucareiro decretado
por Filipe II, rei da Espanha e, nos termos da União Ibérica de 1580 a 1640, também rei de Portugal.
b) A longa duração de Palmares é, em grande parte, fruto do longo conflito com os holandeses em
Pernambuco (1630-54). Apesar de um período de apaziguamento, os atritos entre holandeses e
portugueses ou brasileiros estimulavam as fugas de escravos e contribuíam para o fortalecimento do
quilombo.
12. E
13. C
14. a) Os quilombos eram aldeamentos de negros fugitivos.
b) Porque a simples existência de quilombos representava uma forma de subversão da ordem econômica
brasileira, impedindo eventualmente que a colônia cumprisse sua função perante a metrópole.
15. B
16. E
17. a) Portugal encontrava-se em decadência econômica, após o malfadado período da União Ibérica (até
1640) e o rompimento das relações com os holandeses.
b) A principal cláusula do tratado de Methuen é aquela que abre Portugal para as importações de tecidos
ingleses e, em troca, a Inglaterra se abre para os vinhos portugueses.
c) A partir da assinatura do tratado, a economia portuguesa abre-se para as importações de tecidos
ingleses, arrasando o pequeno setor têxtil português e condenando o país à especialização agrícola, mais
especificamente à produção de vinhos.
d) O tratado garantiu para a Inglaterra o controle sobre o mercado português e, conseqüentemente, sobre
o brasileiro.
18. D
19. a) O alvará de 1785 basicamente restringe a instalação de manufaturas no Brasil e obriga o
fechamento das já existentes.
b) O principal argumento utilizado é a escassa mão-de-obra brasileira, que seria mais bem aproveitada na
lavoura e na mineração. O argumento é falso, já que tanto a atividade mineradora quanto a lavoura
tradicional (açucareira) encontravam-se em franca decadência. O verdadeiro interesse português era a
necessidade de garantir o monopólio metropolitano sobre os manufaturados.