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3º NÍVEL BRASIL COLONIA II

A colonização de outras regiões da América portuguesa


A colonização do Norte:
➔ Pouco interesse pela região até a ocupação francesa em 1612 (fundação
de São Luiz; França Equinocial).
➔ Administração espanhola estabelece, em 1621, o Estado do Maranhão
e Grão-Pará, dividido do Estado do Brasil.
➔ Economia do Norte: produtos da floresta, cacau, baunilha (drogas do
sertão); mão de obra indígena.
➔ Conflito entre jesuítas e colonos.
A colonização do Sudeste e do Centro-Sul :
➔ Fundação da povoação de São Paulo em 1561; padres Nóbrega e
Anchieta.
➔ Características: fraqueza da agricultura de exportação; forte presença
de índios; colonos x missionários; escassez de moeda; influência
indígena; criação de gado; cultivo de trigo.
➔ As Bandeiras: apresamento de índios e busca de metais preciosos;
força militar: atacar quilombos; contribuíram para a interiorização da
colônia; bandeirantes: idealizados pelos paulistas na primeira metade do
séc. XX.

Impactos da descoberta de ouro e diamantes : 1ª grande corrente


migratória para o Brasil; deslocamento do eixo administrativo colonial do
Nordeste para o Centro-Sul (capital transferida para o
Rio de Janeiro em 1763); fomento do comércio interprovincial;
urbanização (Ouro Preto, Mariana, São João Del Rey); inflação dos preços
na colônia.
A Coroa e o controle das minas: esforço de regulamentação :
➔ Impostos: quinto e capitação.
➔ Casas de Fundição; Intendência das Minas → cobrar o “quinto”.
➔ Distrito Diamantino.
➔ Formas de extração do ouro: datas; lavras ou lavagens; faiscação.
A sociedade das minas :
➔ Sociedade mais diversificada: mineradores, escravos, artesãos,
burocratas, militares, padres, advogados, prostitutas, aventureiros.
Pessoas com os interesses estritamente vinculados à Colônia.
➔ Irmandades religiosas.
➔ Expressões artísticas: barroco, arcadismo.
➔ Proliferação de quilombos.
➔ Apogeu do ouro: 1733-1748.
Com quem ficava o ouro das minas?
➔ Dependência econômica de Portugal em relação à Inglaterra (Tratado
de Methuen, 1703). Ouro das minas: equilibrar a balança comercial
negativa com a Inglaterra; gastos da Corte e com obras grandiosas;
pirataria.
➔ Direta e indiretamente: para a Inglaterra. Guerra dos Emboabas
(1709): paulistas x estrangeiros e baianos.

A Crise do Antigo Regime


Novas ideias :
➔ Pensamento ilustrado: princípio da razão; direito natural, direito à
insurreição; liberalismo (iniciativa individual, ideia de progresso, direito
de representação, Constituição, defesa da propriedade, contra os
privilégios de nascimento, meritocracia).
Contexto internacional:
➔ Independência dos EUA em 1776; Revolução Francesa em 1789;
processo de industrialização na Inglaterra (incentivo ao “livre comércio” e
combate às práticas mercantilistas).
➔ Simplificadamente: formação do capitalismo industrial e ascensão
política da burguesia.

Administração Pombalina (1750-1777):


➔ Esforço de tornar mais eficaz a administração portuguesa: combinava
absolutismo ilustrado e tentativa de aplicação consequente das
doutrinas mercantilistas.
➔ Criação de companhias privilegiadas de comércio.
➔ Incentivo à instalação de manufaturas.
➔ Expulsão dos jesuítas de Portugal e do Brasil (centralização
administrativa da Coroa).
➔ Políticas de integração dos índios (escravidão índia extinta em 1757).
➔ Fronteira Sul: Guerras dos Guaranis, de 1754 a 1756; Colônia do
Sacramento (1680); Tratado de Madri, 1750; Tratando de Santo Ildefonso,
1777.
➔ “Viradeira”: fim do época pombalina.

Movimentos de Rebeldia : revoltas regionais e não nacionais!


➔ Inconfidência Mineira: fins do séc. XVIII → declínio econômico.
Membros da elite mineira endividados com a Coroa.
➔ Novo governador Barbacena: derrama!
➔ Conspiradores: influência estadunidense (1776) e iluminista;
proclamar uma República; escravidão:
pondo polêmico entre os inconfidentes.
➔ Conspiração debelada: banimentos e enforcamento de Tiradentes.
A transformação da figura de Tiradentes em herói nacional só ocorre
após a proclamação
da República, em 1889.

Conjuração dos Alfaiates: Bahia, 1798, caráter popular, Cipriano


Barata. Defesa da República, fim da escravidão. Duramente reprimidos.
Influência da Rev. Francesa.

Vinda da Família Real (1808) :


➔ Situação na Europa: invasões napoleônicas; bloqueio continental.
➔ Transferência da Corte para o Brasil sob proteção inglesa (1808).
➔ Abertura dos Portos: quebra do exclusivo colonial.
➔ Tratado de Navegação e Comércio com a Inglaterra, 1810: tarifas
alfandegárias vantajosas para a
Inglaterra (leva à decadência dos comerciantes lusos da metrópole).
Pressões inglesas pelo fim da
escravidão.
➔ Anexação da Província Cisplatina em 1821.
➔ A Corte no RJ: maior efervescência cultural, política e econômica.
Revolução Pernambucana de 1817: motivações: desigualdades
regionais e sentimento antilusitano. Proclamou-se a República, não se
tocou na escravidão. Reprimidos após dois meses.

Independência
➔ Elevação do Brasil à condição de Reino Unido em 1815.
➔ Fator externo decisivo: Revolução Liberal de 1820.
➔ Comerciantes e militares portugueses descontentes com a
permanência do rei no RJ; comerciantes metropolitanos em crise;
excessiva subordinação à Inglaterra. Exigem a volta de Dom João VI e a
instauração de uma Monarquia Constitucional. Convocam as Cortes para
elaborar uma Constituição.
➔ As Cortes apresentavam uma intenção recolonizadora que
desagradava aos deputados brasileiros, unindo-os.
➔ Facções políticas:
➔ “Partido” Português → manutenção dos laços com a metrópole, retorno
do regime colonial.
➔ “Partido” Brasileiro → exportadores de produtos tropicais que
desejavam comerciar diretamente com
os consumidores europeus.
➔ “Partido” Liberal-radical → republicanos; classe média urbana; forças
mais populares.
➔ Dom João retorna a Portugal; o Príncipe Dom Pedro permanece no
Brasil. Exige-se também seu retorno: Dia do Fico, janeiro de 1822. Novos
despachos de Lisboa exigindo seu retorno: ruptura definitiva (“grito do
Ipiranga”).

-A respeito da Independência do Brasil, é válido concluir que foi um


arranjo político que preservou a monarquia como forma de governo.
-Estabelecimento de uma Monarquia centralizadora sem grandes
transformações sociais, garantindo a
permanência da ordem escravista.

5º PERÍODO- BRASIL COLONIAL


1º BIMESTRE
A Expansão Marítima
- Europa do século XV : transição para a Idade Moderna; emergência de
mentalidade humanista; antropocentrismo; centralização política (Estado
Absolutista); crescimento demográfico; desafios para o
renascimento comercial: escassez de metais preciosos; intermediários árabes no
comércio com o Oriente.
Saída encontrada: navegações; explorar novas regiões.
Navegações Portuguesas : Por que Portugal foi pioneiro?
- Pela longa experiência no comércio de longa distância; posição geográfica; reino
unificado precocemente;
técnicas de navegação; investimentos genoveses e venezianos.
- Buscavam ouro e especiarias.
- Lento processo de navegação pela costa africana; feitorias; ocupação de ilhas do
Atlântico.
- Tratado de Tordesilhas em 1494. Demarcava as terras de exploração dos
países ibéricos, tendo como ponto de referencia as ilhas de Cabo Verde, uma linha
imaginária foi traçada a 100 léguas a Oeste do arquipélago do Cabo Verde. As terras
a Leste dessa linha pertenceriam a Portugal e, a Oeste, à Espanha..
- Procura de uma rota para a Índia; “chegada” ao Brasil em 1500.

Período Inicial da Colônia (1500-1549)


- Inicialmente (até 1530): desinteresse; feitorias no litoral; pau-brasil; escambo.
- Índios: tupis-guaranis e tapuias; vitimados por doenças.
- Pirataria; território ameaçado; expedições guarda-costas; expedição de Martim
Afonso (1530); necessidade de efetiva ocupação da terra.
- Passo importante na organização administrativa da Colônia.
- Capitanias Hereditárias (1534): concedidas mediante Carta de Doação Foral,
intransferíveis; sistema
colonizador descentralizado; capital privado;
Fracasso das Capitanias Hereditárias: Exceções: São Vicente e Pernambuco.

O Governo Geral foi instituído com o objetivo de: Administrar o


sistema de capitania hereditária
- Tomé de Souza (1549-1553), primeiro governador geral; primeiros
jesuítas; fundação de Salvador, capital.
- Duarte da Costa (1553-1556): ocupação da Guanabara pelos franceses; França
Antártica
contexto de guerras → religiosas na Europa (huguenotes x católicos).
- Mem de Sá (1558-1572): expulsão dos franceses.

- Estrutura Administrativa :
- Governador Geral → representante máximo da Coroa no Brasil.
- Fazenda: Junta da Fazenda; provedor-mor.
- Defesa: tropas regulares e milícias; capitão-mor.
- Câmaras Municipais → poder local; participavam apenas os“homens bons”.
- Estado e Igreja: padroado real; subordinação da Igreja à Coroa lusa.
- Estado patrimonialista → indefinição da esfera pública e privada.

- Estrutura Econômica :
- Características Gerais: Grande propriedade (latifúndio); Monocultura; Produção
voltada para exportação;
Mão de obra escrava (negra e indígena) -Plantation
-Mão de Obra: - Por que optar pelo trabalho compulsório?
- Não havia oferta de trabalhadores dispostos a emigrar.
- O trabalho assalariado não era conveniente para os fins da colonização.
- O tráfico de escravos tornou-se lucrativa atividade econômica.

- Índios e Negros: por que a opção pelo africano?


- Oposição da Igreja à escravidão indígena (daí o conflito entre colonos e jesuítas).
- Leis da Coroa contra a escravidão indígena (muitas vezes letra morta).
- Já se utilizavam escravos africanos nas ilhas do Atlântico.
- Racismo: negro visto como racialmente inferior.
- Doenças vitimavam os índios.
- A produtividade dos cativos africanos era maior: já trabalhavam com agricultura
intensiva, pecuária e metais.
Atenção!
- Apesar do aparelho administrativo, havia limitações da autoridade real: lentidão
das comunicações; choques entre as autoridades coloniais (sobreposição de
poderes); ordens religiosas
muito autônomas (Estado dentro do Estado).

- Houve uma passagem da mão de obra índia para negra que variou no tempo e
espaço.
Em SP foi mais tardia; nos núcleos açucareiros, mais rápida.

- Quilombos: povoações de negros fugidos onde se recompunham formas de


organização social
semelhantes às africanas. Forma de resistência à
escravidão!

- Mercantilismo e Exclusivo Colonial:


Mercantilismo: prática e lógica econômica dos Estados europeus entre os séc. XV –
XVIII. Balança
comercial favorável: conseguir metais preciosos e retê-los. O ganho de um Estado é
o prejuízo do
outro. Ampla intervenção do Estado na economia: monopólios, protecionismo, etc.
- Exclusivo Colonial: colônias → estruturar sua produção para o enriquecimento da
metrópole.
Comércio externo da colônia: monopolizado pela metrópole a seu favor.

- Atividades Econômicas :
- Açúcar
- Principais regiões produtoras: Pernambuco e Bahia.
- Início da produção: 1530-1540.
- Engenho: unidade produtiva; escravos; senzala; canavial; moenda; sr. de engenho;
casa grande.
- A produção impulsionou o tráfico de escravos africanos: em 1574 representavam
7% da força de trabalho; em 1591, 37%; em torno de 1638, a totalidade.
- Altos e baixos da produção: 1570-1620 expansão sem concorrência; a partir de
1630, concorrência antilhana, abalando a produção brasileira. Apesar disso, o
açúcar sempre ocupou o 1º lugar até meados do séc. XIX.
- Portugal não controlava as praças comerciais da Europa; assim, o comércio final
do açúcar ficava principalmente em mãos holandesas.
- Fumo
- Principal região produtora: Recôncavo Baiano.
- Moeda de troca na costa da África.
- Pecuária
- Contribuiu para a interiorização da colônia (Nordeste e Sul); produção de couro e
carne-seca.

- Sociedade Colonial:
- Preconceito com cristãos-novos. Visitações do Santo Ofício à Bahia e a
Pernambuco em fins do séc. XVI.
- Escravos: responsáveis pelos trabalhos pesados. Trabalho manual desprezado
como “coisa de negro”. Havia grande número de negros e mulatos livres ou libertos.
“Escravos de ganho”.
- Escravidão: instituição que penetrou toda sociedade; até mesmo escravos libertos
chegaram a ter escravos!
- Religião: clero pouco regrado; sincretismo religioso; festividades religiosas.
- Elite Colonial: grandes proprietários rurais; grandes comerciantes ligados ao
comércio exterior; traficantes de escravos; altos funcionários da administração.
“Homens Relativizar o “exclusivo”: Portugal não
foi capaz de manter rígido monopólio comercial sobre suas colônias! bons”:
brancos, de posses, cristãos.
- .Esta sociedade possuía as seguintes características:
Sociedade machista, patriarcal e escravagista;
- Povoação litorânea; “Sertão”: interior pouco explorado da colônia (menor
presença administrativa e legal da Coroa).
- Língua-geral: misto de tupi-guarani e português (predominante até fins do séc.
XVIII).

A União Ibérica e as Invasões Holandesas


➔ Dom Sebastião some na batalha de Alcácer-Quibir. Crise sucessória em Portugal:
Felipe II, rei da Espanha, assume trono português.

União Ibérica: de 1580 a 1640.


➔ Com a união dos reinos, o conflito aberto entre Espanha e Holanda compromete
o comércio holandês de açúcar brasileiro.
➔ As invasões :
➔ Cia. das Índias Ocidentais: ocupação das zonas produtoras no Nordeste; controle
do suprimento de escravos na costa africana.
➔ 1ª invasão: 1624-25, Salvador, Bahia.
➔ 2ª invasão: 1630, Pernambuco. Fases: 1) 1630-37: combates até o controle da
região pelos holandeses; 2) 1637-44: relativa paz, governo de Maurício de Nassau;
3) 1645-54: reconquista; Batalhas dos Guararapes.
➔ Consequências: desestruturação da infra-estrutura produtiva do Nordeste;
estabelecimento de produção
açucareira holandesa nas Antilhas.
➔ Restauração da Monarquia portuguesa (1640) :
➔ Portugal em crise econômica: perda de posses no Oriente; perda do monopólio
de escravos africanos para a América espanhola; passou a depender
majoritariamente dos impostos do comércio brasileiro.
➔ A administração da Coroa torna-se mais presente no Brasil.

Atividade

I – Marque apenas uma alternativa.


1) Sobre o Tratado de Tordesilhas, assinado em 7 de junho de 1494, pode-se
afirmar que objetivava:
a ( )Demarcar as terras de exploração dos portugueses e espanhóis, tendo como ponto
de referencia as ilhas de Cabo Verde.
b ( ) Formar um exército nacional, para defender o reino português.
c ( ) Estimular o livre comércio entre os países ibéricos.
d ( ) Criar um sistema econômico de monopólio que atingia todas as colônias
portuguesa.

2)O início da colonização portuguesa no Brasil foi assinalado pela:


A( )divisão do Brasil em dois Estados;
B( ) criação do sistema de Capitanias Hereditárias;

C( ) criação do Governo Geral;

D( ) expedição de Martim Afonso de Souza, 15303

3) Durante o início da colonização do Brasil, a economia girou em torno


dos seguintes produtos:
A( ) pau-brasil, cana-de-açúcar e fumo; B( ) cacau, café e cana-de-
açúcar;
C( ) cana-de-açúcar, pau-brasil e ouro; D( ) café, cacau e ouro;
E( ) fumo, café e cana-de-açúcar.

4)Participaram da montagem da empresa açucareira brasileira, investindo


capitais e participando das operações de refino e comercialização do
produto:
A( ) Espanhóis; B( ) Holandeses; C( ) Italianos; D( )
Ingleses.

5)A expressão popular "pai autoritário, mãe submissa e filho obediente"


exemplifica a sociedade rural, no período do Brasil-Colônia. Esta
sociedade possuía as seguintes características:
A( ) fechada e industrial; B( ) feudal e aberta;

C( ) patriarcal e escravagista; D( ) matriarcal e mercantil;

6) As relações comerciais entre Portugal e o Brasil-Colônia eram


controladas pelo mercantilismo, que estabeleceu o sistema
de: a( )
Metalismo b( ) Livre – comércio
c( ) Monopólio d( )
Tarifas protecionistas
7) Qual das alternativas abaixo NÃO foi causa do fracasso das capitanias
hereditárias?
a( ) Distância de Portugal; b( ) Falta de recursos dos
donatários;
c( ) Reação indígena; d( ) Ajuda financeira de
Portugal.

8) O Governo Geral do Brasil foi instituído com o objetivo de:


a( ) Administrar o sistema de capitania hereditária;
b( ) Descentralizar o poder;
c( ) Garantir aos donatários a posse dos seus lotes;
d( ) Acaba com o sistema de capitania.
9)A França Equinocial, criada no início do século XVII, foi uma
tentativa de fixação dos franceses em (no):
A( ) Pernambuco; B( ) Espírito Santo C( ) Maranhão; D( )
Paraná;

História - Trabalho e escravidão no Brasil colônia

Exercício 1: (UFSC 2010)


Os africanos foram trazidos do chamado continente negro para o Brasil em um fluxo de
intensidade variável. Os cálculos sobre o número de pessoas transportadas como escravos
variam muito. Estima-se que, entre 1550 e 1855, entraram pelos portos brasileiros 4
milhões de escravos, na sua grande maioria jovens do sexo masculino.
(FAUSTO, Boris. História do Brasil. São Paulo: Ed. da Universidade de São Paulo,1995. p.
51.)
Sobre a escravidão no Brasil, é correto afirmar que:

eram chamados quilombos os espaços determinados para alojar os escravos


1)
destinados ao comércio e foram fundamentais na estrutura produtiva dos
engenhos de açúcar.

o dia da consciência negra celebra a assinatura da Lei Áurea no século XIX, que
2)
proclamou a liberdade dos escravos.

aos escravos só restava a rebeldia como forma de reação, a qual se manifestava


4)
através do assassinato de feitores, das fugas e até do suicídio. Não havia
qualquer forma de negociação com vistas a melhores condições de vida por parte
dos negros.

o Quilombo dos Palmares, organizado no interior do atual Estado de


8)
Alagoas, é considerado o mais importante do período colonial e foi
liderado por Zumbi.

16) no continente africano os vários povos estavam divididos em etnias organizadas


em tribos, clãs e reinos. Apesar desta divisão, a unidade desses povos foi uma
forma de resistirem à escravidão e não serem transformados em mercadoria.

32) a Constituição de 1988 afirma que “cabe aos remanescentes das comunidades de
quilombos que estejam ocupando suas terras o reconhecimento da propriedade
definitiva, devendo o Estado emitir-lhes os títulos definitivos”. Este artigo da
Constituição solucionou a “questão quilombola” no Brasil.

64) através das obras do pintor e desenhista alemão Johan Moritz Rugendas,
é possível conhecer aspectos do cotidiano da escravidão. Ele aqui esteve
no século XIX e deixou preciosa fonte iconográfica sobre a vida no
Brasil.
Exercício 2: (PUC-RIO 2009)
Sobre as características da sociedade escravista colonial da América portuguesa estão
corretas as afirmações abaixo, À EXCEÇÃO de uma. Indique-a.

O início do processo de colonização na América portuguesa foi marcado pela


A)
utilização dos índios – denominados “negros da terra” – como mão-de-obra.

Na América portuguesa, ocorreu o predomínio da utilização da mão-de-obra


B)
escrava africana seja em áreas ligadas à agro-exportação, como o nordeste
açucareiro a partir do final do século XVI, seja na região mineradora a partir do
século XVIII.

A partir do século XVI, com a introdução da mão-de-obra escrava


C)
africana, a escravidão indígena acabou por completo em todas as regiões
da América portuguesa.

Em algumas regiões da América portuguesa, os senhores permitiram que alguns


D)
de seus escravos pudessem realizar uma lavoura de subsistência dentro dos
latifúndios agroexportadores, o que os historiadores denominam de “brecha
camponesa”.

Nas cidades coloniais da América portuguesa, escravos e escravas trabalharam


E)
vendendo mercadorias como doces, legumes e frutas, sendo conhecidos como
“escravos de ganho”.

Exercício 3: (FUVEST 2009)


Trabalho escravo ou escravidão por dívida é uma forma de escravidão que consiste na
privação da liberdade de uma pessoa (ou grupo), que fica obrigada a trabalhar para pagar
uma dívida que o empregador alega ter sido contraída no momento da contratação. Essa
forma de escravidão já existia no Brasil, quando era preponderante a escravidão de negros
africanos que os transformava legalmente em propriedade dos seus senhores. As leis
abolicionistas não se referiram à escravidão por dívida. Na atualidade, pelo artigo 149 do
Código Penal Brasileiro, o conceito de redução de pessoas à condição de escravos foi
ampliado de modo a incluir também os casos de situação degradante e de jornadas de
trabalho excessivas. (Adaptado de Neide Estergi. A luta contra o trabalho escravo, 2007.)
Com base no texto, considere as afirmações abaixo:
I. O escravo africano era propriedade de seus senhores no período anterior à Abolição.
II. O trabalho escravo foi extinto, em todas as suas formas, com a Lei Áurea.
III. A escravidão de negros africanos não é a única modalidade de trabalho escravo na
história do Brasil.
IV. A privação da liberdade de uma pessoa, sob a alegação de dívida contraída no momento
do contrato de trabalho, não é uma modalidade de escravidão.
V. As jornadas excessivas e a situação degradante de trabalho são consideradas formas de
escravidão pela legislação brasileira atual.
São corretas apenas as afirmações:

A) I, II e IV

B) I, III e V

C) I, IV e V
D) II, III e IV

E) III, IV e V

Exercício 4: (PUC-RIO 2007)

Cartazes, como o acima, registram algumas das características da escravidão na sociedade


brasileira, durante o século XIX.
Com base nas informações contidas no documento e no seu conhecimento acerca da
escravidão, assinale a única opção que NÃO apresenta uma característica correta.

Os escravos especializados em algum ofício usufruíam de melhores


A)
condições de trabalho; viviam, nas cidades, como homens livres, e
evitavam fugas ou revoltas.

O costume de andar calçado era um símbolo de status social que permitia


B)
estabelecer critérios de distinção entre trabalhadores libertos (forros) e escravos.

A identificação do escravo como “crioulo” apontava para sua condição de nascido


C)
no Brasil, distinguindo-o, do “africano”, o recém-chegado, trazido pelo tráfico.

As diferenças entre escravos e “forros”, isto é, cativos que haviam conseguido


D)
sua alforria, em áreas urbanas, eram pouco expressivas em termos de matizes
raciais.

As fugas de escravos, a despeito de sua recorrência, eram compreendidas pelos


E)
proprietários como a perda de um bem constituído, o que justificava o
pagamento de recompensa pela captura.

Exercício 5: (UDESC 2009)


Em 17 de março de 1872 pelo menos duas dezenas de escravos liderados pelo escravo
chamado Bonifácio avançaram sobre José Moreira Veludo, proprietário da Casa de Comissões
(lojas de venda e compra de escravos) em que se encontravam, e lhe meteram a lenha . Em
depoimento à polícia, o escravo Gonçalo assim justificou o ataque: Tendo ido anteontem
para a casa de Veludo para ser vendido foi convidado por Filomeno e outros para se associar
com eles para matarem Veludo para não irem para a fazenda de café para onde tinham sido
vendidos. (Apud: CHALHOUB, Sidney, 1990, p. 30 31)
Com base no caso citado acima e considerando o fato e a historiografia recente sobre os
escravos e a escravidão no Brasil, é possível entender os escravos e a forma como se
relacionavam com a escravidão da seguinte forma:
I – O escravo era uma coisa, ou seja, estava sujeito ao poder e ao domínio de seu
proprietário. Privado de todo e qualquer direito, incapaz de agir com autonomia, o escravo
era politicamente inexpressivo, expressando passivamente os significados sociais impostos
pelo seu senhor.
II – Nem passivos e nem rebeldes valorosos e indomáveis, estudos recentes informam que
os escravos eram capazes de se organizar e se contrapor por meio de brigas ou desordens
àquilo que não consideravam justo , mesmo dentro do sistema escravista.
III – Incidentes, como no texto acima, denotam rebeldia e violência por parte dos escravos.
O ataque ao Senhor Veludo, além de relevar o banditismo e a delinqüência dos escravos, só
permite uma única interpretação: barbárie social.
IV – O tráfico interno no Brasil deslocava milhares de escravos de um lugar para outro. Na
iminência de serem subitamente arrancados de seus locais de origem, da companhia de seus
familiares e do trabalho com o qual estavam acostumados, muitos reagiram agredindo seus
novos senhores, atacando os donos de Casas de Comissões, etc.
V – Pesquisas recentes sobre os escravos no Brasil trazem uma série de exemplos, como o
texto citado acima, que se contrapõem e desconstroem mitos célebres da historiografia
tradicional: que os escravos eram apenas peças econômicas, sem vontades que orientassem
suas próprias ações.
Assinale a alternativa correta.

A) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras.

B) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.

C) Somente as afirmativas I, II, IV e V são verdadeiras.

D) Somente as afirmativas II, IV e V são verdadeiras.

E) Todas as afirmativas são verdadeiras.

Exercício 6: (FUVEST 2009)


O Brasil ainda não conseguiu extinguir o trabalho em condições de escravidão, pois ainda
existem muitos trabalhadores nessa situação. Com relação a tal modalidade de exploração
do ser humano, analise as afirmações abaixo.
I. As relações entre os trabalhadores e seus empregadores marcam-se pela informalidade e
pelas crescentes dívidas feitas pelos trabalhadores nos armazéns dos empregadores,
aumentando a dependência financeira para com eles.
II. Geralmente, os trabalhadores são atraídos de regiões distantes do local de trabalho, com
a promessa de bons salários, mas as situações de trabalho envolvem condições insalubres e
extenuantes.
III. A persistência do trabalho escravo ou semi-escravo no Brasil, não obstante a legislação
que o proíbe, explicase pela intensa competitividade do mercado globalizado.
Está correto o que se afirma em:

A) I, somente.

B) II, somente.

C) I e II, somente.

D) II e III, somente.

E) I, II e III.

Exercício 7: (ADVISE 2009)


A escravidão negra no Brasil teve várias facetas. Dentre as assertivas a seguir, qual não
pode ser considerada uma marca do escravismo brasileiro?

A vida nos engenhos era dura e penosa. Por isso, a expectativa de vida dos
A)
escravos era muito pequena.

Todos os escravos se reconheciam como iguais e lutaram juntos pelo fim


B)
da infame escravidão.

O processo de derrocada da escravidão foi lento e gradual, durando, legalmente


C)
falando, quase quarenta anos (1850-1888).

Era relativamente comum ao “preto forro”, caso tivesse algum pecúlio, adquirir
D)
um escravo.

Os escravos que conseguiam, ao longo de muito anos de trabalho duro, juntar


E)
algum cabedal compravam a sua liberdade.

Exercício 8: (UFPB 2008)


O texto, a seguir, retrata uma das mais tristes páginas da história do Brasil: a escravidão.
“O bojo dos navios da danação e da morte era o ventre da besta mercantilista: uma máquina
de moer carne humana, funcionando incessantemente para alimentar as plantações e os
engenhos, as minas e as mesas, a casa e a cama dos senhores – e, mais do que tudo, os
cofres dos traficantes de homens.”
(Fonte: BUENO, Eduardo. Brasil: uma história: a incrível saga de um país. São Paulo: Ática,
2003. p. 112).
Sobre a escravidão como atividade econômica no Brasil Colônia, é correto afirmar:

As pressões inglesas, para que o tráfico de escravos continuasse, aumentaram


A)
após 1850. Porém, no Brasil, com a Lei Eusébio de Queiróz, ocorreu o fim do
tráfico intercontinental e, praticamente, desapareceu o tráfico interno entre as
regiões.
A mão-de-obra escrava no Brasil, diferente de outros lugares, não era permitida
B)
em atividades econômicas complementares. Por isso, destinaram-se escravos
exclusivamente às plantações de cana-de-açúcar, às minas e à produção do café.

A compra e posse de escravos, durante todo o período em que perdurou a


C)
escravidão, só foi permitida para quem pudesse manter um número de, pelo
menos, 30 cativos. Essa proibição justificava-se, devido aos altos custos para se
ter escravos.

Muitos cativos, no início da escravidão, conseguiam a liberdade, após adquirirem


D)
a carta de alforria. Isso explica o grande número de ex-escravos que, na Paraíba,
conseguiram tornar-se grandes proprietários de terras.

Os escravos, amontoados e em condições desumanas, eram


E)
transportados da África para o Brasil, nos porões dos navios negreiros,
como forma de diminuição de custos. Com isso, muitos cativos morriam
antes de chegarem ao destino.

Exercício 9: (UFSC 2011)


A Anti-Slavery Internacional, organização não-governamental que atua no combate à
escravidão no mundo contemporâneo, considerava que cerca de 25 milhões de pessoas
eram vítimas do trabalho escravo em 2003. Dentre essas pessoas haveria trabalho infantil,
exploração sexual e trabalhadores escravizados por dívida. Nesse mesmo ano, conforme a
Comissão Pastoral da Terra (CPT), aproximadamente 25 mil pessoas estariam vivendo
nessas condições no Brasil.
CATELLI JUNIOR, Roberto. História – Texto e Contexto. São Paulo: Editora Scipione, 2007. p.
268.
Sobre o tema escravidão, é CORRETO afirmar que:

a partir de 1888, com a Lei Áurea, foram criadas condições especiais para que os
1)
libertos pudessem ingressar no mercado de trabalho, especialmente no meio
rural com a distribuição de terra a ex-escravos.

dada à tradição de liberdade, a população indígena no Brasil nunca pode ser


2)
submetida à escravidão, optando-se, então, pela compra de negros da África.

no Brasil do século XXI ainda existem pessoas que vivem em condições


4)
de escravidão, tanto em grandes fazendas quanto no meio urbano.

em função das políticas de inclusão adotadas no Brasil nos últimos anos, as


8)
diferenças salariais desapareceram quando comparados os salários entre brancos
e negros.

16) hoje, a escravidão existente se relaciona diretamente a preconceitos étnicos e de


cor, não tendo nenhuma relação com as condições sociais e a distribuição de
renda.

32) conflitos entre as várias tribos no continente africano fizeram com que
negros escravizassem outros negros, vendendo-os como mercadorias.

Postado por VERONICA MOS às 08:23


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História - Estado e Igreja no Brasil colônia

ASSISTA A VÍDEO-AULA E RESPONDA AS QUESTÕES


PROPOSTAS

Questão 1: (UFRGS) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas do texto


abaixo, na ordem em que aparecem. A Aldeia de Nossa Senhora dos Anjos foi um aldeamento
formado por indígenas da etnia _________, estabelecido no século XVIII no território do atual
município de ________, no Rio Grande do Sul. As populações autóctones que se
estabeleceram nesse aldeamento eram originárias dos __________________________.
A - minuano – Gravataí – contrafortes da Serra do Mar
B - guarani – Rio Grande – campos situados às margens do Rio da Prata
C - caingangue – Pelotas – campos de Cima da Serra
D - minuano – Rio Grande – vales fluviais do Planalto Central
E - guarani – Gravataí – Sete Povos das Missões

Questão 2: (UPE) Na colonização da América, a atuação dos jesuítas foi decisiva em muitos
aspectos para assegurar o domínio europeu.
Com relação à atuação dos jesuítas no Brasil, pode-se afirmar que:
A - protegeram, em algumas situações, os índios da exploração dos colonos portugueses;
B - não conseguiram se destacar politicamente, sendo apenas religiosos;
C - se restringiram ao trabalho de catequese nos engenhos de açúcar;
D - não se envolveram com os índios em São Vicente, defendendo os colonos;
E - acumularam bens materiais, embora nunca apoiassem a escravidão.

Questão 3: (UNESP/SP) O padre José de Anchieta escreveu sobre as dificuldades de


conversão dos índios ao cristianismo. Por aqui se vê que os maiores impedimentos nascem
dos Portugueses, e o primeiro é não haver neles zelo de salvação dos índios [...] e com isso
pouco se lhes dá aos senhores que têm escravos, que não ouçam missa, nem se confessem, e
estejam amancebados. E, se o fazem, é pelos contínuos brados da Companhia, e logo se
enxerga claro nos tementes a Deus que seus escravos vivem diferentemente pelo particular
cuidado que têm deles. José de Anchieta. Informação do Brasil e de suas capitanias, 1584.
Pela leitura do texto, é correto afirmar que o jesuíta:
A - entendia que a escravidão não poderia se tornar um obstáculo à catequização do gentio;
B - opunha-se à escravização dos índios por julgá-la contrária aos princípios do cristianismo;
C - considerava os costumes tradicionais dos indígenas adequados aos mandamentos cristãos;
D - julgava os indígenas ociosos e inaptos para o trabalho na grande empresa agrícola;
E - advogava a sujeição dos índios aos portugueses como meio para facilitar a sua conversão.

Questão 4: (MACKENZIE/SP) Entre as funções desempenhadas pela Igreja Católica no


Período Colonial, destaca-se:
A - o incentivo à escravização dos nativos, pelos colonos, por meio da qualificação de todos os
índios como criaturas sem alma;
B - a tentativa de restringir a utilização de mão-de-obra escrava indígena, apenas aos serviços
agrícolas nas áreas de extração do ouro e da prata;
C - a orientação da educação indígena, no sentido de estimular a formação, na colônia, de uma
elite intelectual católica;
D - a imposição dos princípios cristãos por meio da catequese, favorecendo o avanço do
processo colonizador;
E - a promoção da plena alfabetização com a conversão de todos os índios e negros à fé
católica.
Questão 5: (PUC-MG) “E porque a maior parte dos moradores daquelas terras não tratam de
casar-se, pela soltura e liberdade com que nelas se vive, não sendo fácil a coação para que se
apartem do concubinato dos negros e das mulatas, e por esta escusa se vão maculando as
famílias todas, é preciso uma providência, pela qual se evite este dano.” (INÁCIO, Inês da C. e
LUCA, Tânia R. de. Documentos do Brasil colonial. São Paulo. Ática, 1993, p. 139.) Esse
trecho é parte de uma representação do Conselho Ultramarino ao Rei de Portugal, em 1725,
referente à capitania das Minas Gerais, mas que expressava a realidade da Colônia. Todas as
opções abaixo confirmam o explicitado no documento, exceto:
A - concubinato como prática usual entre os habitantes da Colônia;
B - preconceito racial contra o negro e seus descendentes;
C - aumento do processo miscigenador entre as raças;
D - submissão dos coloniais às regras morais impostas pela Metrópole.

Questão 6: (UNIFEI/MG) A Inquisição atuou no Brasil, durante o Período Colonial, com as


“visitações do Santo Ofício”. Os indiciados eram levados para Portugal. As feiticeiras agiam
livremente antes e muitas tiveram que responder aos visitadores sobre seus encantamentos. O
poeta Gregório de Matos, que viveu em Salvador, no século XVII, assim escreveu sobre uma
delas:
“Dormi com o Diabo à destra
e fazei-lhe o rebolado,
porque o mestre do pecado
também quer a puta mestra,
e se na torpe palestra
tiveres algum desar, não tendes que reparar,
que o Diabo quando emboca
nunca dá a beijar a boca
e no... o heis de beijar.”
A União Ibérica, a partir de 1580, trouxe a ação dos inquisidores para o Brasil. Podem ser
consideradas atribuições da Inquisição as atividades abaixo, exceto:
A - Buscar os pecadores que caíam em “erros morais”, tais como sodomia, bigamia, fornicação
e crítica ao celibato clerical.
B - Incentivar as “confissões voluntárias” de heresias e erros morais, iniciando um verdadeiro
processo de delação de vizinhos e familiares.
C - Atrair, com paixão e amor, à verdadeira fé os que se haviam desviado por desconhecer os
evangelhos e os mandamentos.
D - Entregar ao poder secular, para serem queimados na fogueira, os condenados no Tribunal
do Santo Ofício.

Questão 7: (UFJF/MG) – “Quando chega a época do amanho da terra e da sementeira, (...) o


padre dá a cada índio duas ou três juntas de boi para o amanho da roça (...). Pois o padre
chegou a um índio, que lhe parecia ser o mais aplicado. Que tinha ele feito dos bois, que o
padre tinha lhe emprestado? (...) o coitado está com fome, desatrela o zebruno e o abate. (...)
Desta maneira, o pobre boi do arado virou fumaça num único almoço (...) Aos europeus isto
parecerá incrível, mas aqui entre nós é a pura verdade, que os índios deixam estragar as
espigas de milho maduras e amarelas, se os padres não os ameaçam expressamente com 24
pancadas de sova como castigo. Castigar desta maneira paternal tem resultado extraordinário,
também entre os bárbaros mais selvagens, de sorte que nos amam de verdade, como os .lhos
aos pais.” (SEPP, Anton. (1655-1733). Viagem às missões jesuíticas e trabalhos apostólicos.
São Paulo: Ed. Universidade de São Paulo, 1972, p. 87.) A passagem acima se refere ao
trabalho que os jesuítas desenvolviam junto aos índios do Brasil, nos séculos XVI e XVII. Sobre
esse contexto histórico, aponte a alternativa correta:
A - Os jesuítas desenvolveram a catequese junto aos índios, como forma de escravizá-los,
aplicando constantes castigos físicos a quem não trabalhasse;
B - Os jesuítas pregavam que os índios selvagens não tinham alma e que, portanto, era
necessário convertê-los ao catolicismo, como forma de torná-los mais dóceis para serem
escravizados pelos senhores de terras;
C - As missões tinham como orientação integrar os índios nos princípios da civilização cristã,
promovendo a educação religiosa e para o trabalho;
D - O trabalho das missões foi interrompido, pois não alcançava resultados práticos e muitos
padres acabavam adquirindo hábitos próprios dos índios, o que contrariava os interesses da
Igreja;
E - Apesar de conseguirem muitos resultados positivos nas atividades econômicas, pois
castigavam os índios preguiçosos, no campo religioso não alcançaram resultados, sendo baixo
o número de índios que se converteram ao cristianismo.

Questão 8: (UEL/PR) "Apesar dos diferentes níveis do sucesso nas capitanias, a política básica
dos jesuítas foi a mesma em todo o Nordeste. Opondo-se à escravização do gentio, eles
realizaram um programa de catequização nos pequenos povoados ou aldeias, onde tanto os
grupos tribais locais quanto os índios trazidos do sertão pudessem receber instrução e
orientação espiritual. Os índios eram educados para viver como cristãos, conceito que incluía
não só a moralidade, mas também os hábitos de trabalho dos europeus." (SCHWARTZ, Stuart.
Segredos internos: engenhos e escravos na sociedade colonial. São Paulo: Companhia das
Letras, 1988. p. 48.) Com base no texto e nos conhecimentos sobre a política jesuítica
implementada no Nordeste brasileiro durante os séculos XVI e XVII, é correto afirmar:
A - A defesa de uma política de catequização para as populações nativas revela o respeito dos
jesuítas à cultura indígena, distanciando-se dos colonizadores que a concebiam como bárbara
e inferior.
B - A atuação dos jesuítas foi decisiva para a manutenção das formas tradicionais de trabalho
presentes nas comunidades indígenas.
C - Embora houvesse discordância entre jesuítas e colonos, ambos respeitaram as diferenças
entre os grupos étnicos nativos e atuaram na pacificação das relações intertribais.
D - A ação dos jesuítas fundou-se no trabalho de catequização, que requereu a destribalização
e conversão dos gentios ao catolicismo, práticas tão desintegradoras da cultura indígena
quanto a escravização.
E - Os jesuítas, ao manterem alguns princípios essenciais das comunidades indígenas, como a
poligamia e o canibalismo ritual, obtiveram a conversão integral dos gentios ao cristianismo.

Questão 9: (UFMS) A respeito das missões jesuítico-guaranis na região platina do período


colonial, é correto afirmar que:
1 - a expansão da fé fez da Companhia de Jesus a mais eficaz ordem religiosa em defesa da
Cristandade Ocidental;
2 - apesar das tentetivas, a missão fracassou no propósito de ser um espaço de
transculturação entre os valores da sociedade tradicional tribal guaranítica e os da sociedade
global espanhola;
4 - a missão se manifestava no povoado que estava organizado sob a doutrina da Companhia
de Jesus representante local da Santa Sé e do Estado Absoluto Moderno, isto é, os jesuítas
representavam e davam continuidade à aliança circunscrita ao papa e ao rei; 8 - nos séculos
XVII e XVIII, sobretudo neste último, a expansão portuguesa na bacia platina foi feita com a
visível ação geopolítica de estruturação do domínio lusitano na região, o que significou, por sua
vez, o
fortalecimento das missões jesuítico-guaranis;
16 - a chamada “Guerra Guaranítica” (1754-1756) foi uma reação indígena contra a opressão
dos padres no interior das missões, sobretudo no que se refere à escravidão guarani.
SOMATÓRIA (___)

Questão 10: (UFES) As alternativas abaixo apresentam fatos relacionados ao Barroco mineiro,
desenvolvido no decorrer do século XVIII. Assinale a afirmativa incorreta:
A - As peculiaridades do culto católico encontraram sua expressão maior nas artes plásticas, na
música e na arquitetura de inspiração barroca.
B - O Barroco renovou a arquitetura das igrejas mineiras, buscando maior originalidade e
preocupando-se com a ornamentação interior.
C - A riqueza aurífera das áreas mineradoras dificultou a expansão da arte barroca,
principalmente a construção de igrejas.
D - Nas obras de Aleijadinho, encontram-se anjos e santos com traços mulatos, caracterizando
uma adaptação dos modelos tradicionais europeus à realidade local.
E - A arte religiosa mineira expressava o fervor da população que, com donativos, contribuiu
para a construção de igrejas.

Questão 11: (UNIFESP/SP) De acordo com um estudo recente, na Bahia, entre 1680 e 1797,
de 160 filhas nascidas em 53 famílias de destaque, mais de 77% foram enviadas a conventos,
5% permaneceram solteiras e apenas 14 se casaram. Tendo em vista que, no período colonial,
mesmo entre pessoas livres, a população masculina era maior que a feminina, esses dados
sugerem que:
A - os senhores-de-engenho não deixavam suas filhas casarem com pessoas de nível social e
econômico inferior;
B - entre as mulheres ricas, a devoção religiosa era mais intensa e fervorosa do que entre as
mulheres pobres;
C - os homens brancos preferiam manter sua liberdade sexual a se submeterem ao despotismo
dos senhores-de-engenho;
D - a vida na colônia era tão insuportável para as mulheres que elas preferiam vestir o hábito
de freiras na Metrópole;
E - a sociedade colonial se pautava por padrões morais que privilegiavam o sexo e a beleza e
não o status e a riqueza.

Questão 12: (FUVEST/SP) Em um engenho sois imitadores de Cristo crucificado porque


padeceis em um modo muito semelhante o que o mesmo Salvador padeceu na sua cruz, e em
toda a sua paixão. (...) Os ferros, as prisões, os açoites, as chagas, os nomes afrontosos, de
tudo isto se compõe a vossa imitação, que se for acompanhada de paciência, também terá
merecimento de martírio. (Padre Antônio Vieira. Sermão pregado na Baía à irmandade dos
pretos de um engenho, no ano de 1633.)Pode-se concluir dos argumentos do padre Vieira que
os jesuítas, no Brasil:
A - eram favoráveis à abolição da escravidão dos negros;
B - viviam em conflito aberto com os senhores-de-engenho;
C - consideravam necessário castigarem-se os escravos;
D - estimulavam a escravidão de povos não-europeus;
E - reconheciam os sofrimentos produzidos pela escravidão.

Questão 13: (UFRGS) Considere as seguintes afirmações, referentes ao Período Colonial no


Rio Grande do Sul (séculos XVII e XVIII):
I. Os Sete Povos das Missões foram uma tentativa de evangelização empreendida pelos
jesuítas portugueses, visando à formação de reduções que abrigariam majoritariamente povos
indígenas de etnia guarani, os quais, em troca da instrução religiosa, prestariam serviços nas
estâncias missioneiras.
II. A vila da Colônia do Sacramento foi a primeira capital da capitania do Rio Grande do São
Pedro, tendo a entrega daquele território aos espanhóis ocasionando a transferência da capital
para Porto Alegre.
III. A ocupação efetiva do território do atual Rio Grande do Sul começou com o processo de
concessão de sesmarias e com a constituição das primeiras estâncias ou fazendas dedicadas
à pecuária extensiva.
Quais estão corretas?
A - Apenas I
B - Apenas III
C - Apenas I e II
D - Apenas I e III
E - Apenas II e III

Questão 14: (PUC-MG) No processo de colonização do Brasil (sécs. XVI - XVIII), os jesuítas
tiveram papel de destaque na difusão do catolicismo. Sobre eles é correto afirmar, exceto:
A - Detinham o monopólio da educação e, na segunda metade do século XVI, fundaram
colégios na cidade de Salvador e na Vila de São Vicente.
B - Sua tarefa missionária era a catequização dos índios, convertendo-os à verdadeira fé e à
recuperação de fiéis.
C - Construíram as missões para impedir a escravidão dos indígenas pelos coloniais e manter
o universo de valores culturais dos índios.
D - Foram expulsos de Portugal e das possessões coloniais pelo Marquês de Pombal, após
1750, devido ao seu poder econômico e político.

Questão 15: (UFMG) Em janeiro de 1592, Brás Dias, mameluco, natural da cidade da Bahia,
confessou perante a Mesa da Santa Inquisição que, durante quatro ou cinco anos, andando
pelo sertão, fizera parte, junto com os gentios, de uma seita chamada Santidade, que
funcionava na fazenda de Fernão Cabral, em Jaguaripe. A seita era dirigida por um índio
chamado Antônio, que tinha sido criado pelos jesuítas nas missões. Entre outras coisas, esse
Antônio, que era casado, batizava os próprios filhos, utilizando duas candeias acesas e um
prato d’água, e chamavam a si próprios com os nomes de Jesus e de Santa Maria. Nos cultos,
celebrados ao pé de cruzes metidas no chão em montes de pedra, uivavam e se comportavam
como macacos, sem regras nem ordem, cometendo vários deslizes heréticos. (Texto baseado
em documentos transcritos em VAINFAS, Ronaldo (Org.). Confissões da Bahia . São Paulo:
Companhia das Letras, 1997.) Esse testemunho demonstra que:
A - os missionários indígenas formados nas reduções jesuítas reproduziam com perfeição os
ritos católicos por toda a Colônia;
B - a ação dos párocos, nos dilatados sertões da Colônia, levava a que os índios
internalizassem os dogmas católicos aprendidos com os jesuítas;
C - a religiosidade popular na Colônia se caracterizava pelo sincretismo e assimilava mais
facilmente os aspectos exteriores do culto católico;
D - os indígenas aceitavam livremente as regras e a ortodoxia dos preceitos do culto católico,
dispondo-se a imitá-los mesmo no sertão mais bravio.

Questão 16: (UPE) Assinale a alternativa correta:


A - As colonizações portuguesa e espanhola tiveram êxito na conversão pacífica dos nativos da
América, construindo uma cultura híbrida e diversificada.
B - As administrações coloniais seguiram, inicialmente, princípios do mercantilismo
substituídos, já no século XVII, pelas teorias do liberalismo econômico.
C - A presença da Igreja Católica foi fundamental nas colônias portuguesas, ajudando na
montagem da dominação e garantindo um suporte religioso importante.
D - O ouro foi a grande riqueza da América portuguesa, livrando a metrópole de dívidas e
garantindo o ressurgimento do Império Português.
E - Os modelos administrativos coloniais foram centralizadores, incentivaram a prática da
escravidão, mas deram certa autonomia às colônias para organizar sua economia.

Questão 17: (UDESC) O continente


[...] Maneco Terra deu dois passos na direção do catre e perguntou:
- Como é o nome de vosmecê?
O outro pareceu não entender. Maneco repetiu a pergunta e o índio respondeu:
- Meu nombre é Pedro.
- Pedro de quê?
- Me jamam Missioneiro.
Maneco lançou-lhe um olhar desconfiado.
- Castelhano?
- No.
- Continentino?
- No.
- Donde é, então?
- De parte ninguna.
Maneco Terra não gostou da resposta. Foi com voz irritada que insistiu:
- Mas onde foi que nasceu?
- Na mission de San Miguel. (p. 82)
[...] (VERÍSSIMO, Érico. A fonte. In: O tempo e o vento . O continente I. São Paulo: Globo,
1997.) Assinale a alternativa incorreta:
A - A penúltima resposta dada por Pedro Missioneiro a Maneco Terra indica uma realidade
histórica diferente daquela imposta pelo Tratado de Madrid, que dividia a região entre
portugueses e espanhóis.
B - Pedro Missioneiro, que representa, em O continente, a miscigenação do grupo indígena
com o bandeirante paulista, também sofreu a imposição do catolicismo pelos jesuítas
espanhóis. Tais circunstâncias simbolizam, na trilogia de Érico Veríssimo, a construção do povo
rio-grandense a partir de várias etnias.
C - A desconfiança de Maneco Terra é devida mais ao bilingüismo de Pedro Missioneiro do que
à origem indígena deste.
D - O trecho acima faz referência à conjuntura histórica da Guerra Guaranítica - que ocorreu no
século XVII, quando portugueses e espanhóis se uniram contra os indígenas guaranis que
viviam nos Sete Povos das Missões - além de referir-se à história de luta entre Maneco Terra e
Pedro Missioneiro.
E - Ignoro a resposta.

Questão 18: (UNIFESP/SP) Não foi espírito evangélico que armou de mosquetes 80 ou 100 mil
índios e erigiu um poder intermediário do Rio da Prata ao Amazonas, que um dia poderá ser
fatal às potências dominantes da América do Sul. (Duque Silva Tarouca, 1758) O texto:
A - alerta para o perigo representado pela atuação dos jesuítas;
B - critica o uso da violência para desarmar os índios;
C - elogia a ocupação de todos os territórios indígenas;
D - denuncia a ação política das potências protestantes;
E - defende a política religiosa das potências ibéricas.

GABARITO:
questão 1: E - questão 2: A - questão 3: A - questão 4: D - questão 5: D - questão 6: C - questão
7: C - questão 8: D - questão 9: 0 - questão 10: C - questão 11: A - questão 12: E - questão 13:
B - questão 14: C - questão 15: C - questão 16: C - questão 17: D - questão 18: A

Exercício - Brasil colônia


I ASSUNTOS: A Mineração do Brasil; Independência do Brasil; Primeiro
Reinado e Revolução Francesa.

1) Leia atentamente o trecho selecionado, a seguir:

"...decadência em que [achava] o povo das Minas, vexação em que se


[via] causada da multidão de negros fugidos e aquilombados que [havia]
em todas elas, de que [resultavam] os extraordinários casos que
continuamente [estavam] sucedendo nos cruéis assassínios e roubos
violentos que a cada instante [estavam] fazendo..."

O aumento da violência nos sertões mineiros, durante o século XVIII, a


que se refere o fragmento acima, é considerado resultado histórico:

a) da substituição do trabalho escravo em Minas Gerais pelo trabalho


imigrante italiano, após a proibição do tráfico negreiro.
b) do declínio da comercialização da cana-de-açúcar no território
mineiro, em virtude da concorrência do produto oriundo das Antilhas
Holandesas.
c) das crises de fome e abastecimento provocadas pela corrida do ouro
ao território mineiro, constantes fugas de escravos e o aumento da
cobrança de impostos sobre os alimentos.
d) dos abusos cometidos pelos jagunços contratados pelos senhores de
engenhos, para matar os negros reconhecidos como assassinos
profissionais.

2) A independência do Brasil foi um processo lento, maturado no início do


século XIX, até a ruptura política com Portugal. Para esse processo,
concorreu:

a) a rebelião escrava que, apoiada pela aristocracia rural, minou o poder


autoritário da Metrópole.
b) o desejo da elite agrária em industrializar o país como alternativa para
a crise da cana-de-açúcar, resultante da concorrência do açúcar
antilhano.
c) a transferência da Corte portuguesa para o Brasil e o estabelecimento
da liberdade comercial, obtida com a "Abertura dos Portos às Nações
Amigas".
d) o governo revolucionário francês, que apoiou com armas e homens a
luta de independência brasileira, objetivando enfraquecer Portugal, aliado
da Inglaterra.

3) Marque V para as frases verdadeiras e F para as falsas:


a) (V) A abertura dos portos não satisfez plenamente os interesses
ingleses e, em 1810, Dom João assinou um novo tratado.
b) (F) O tratado de 1810 estabelecia o aumento dos impostos sobre as
mercadorias importadas de qualquer país, exceto da Inglaterra.
c) (V) Os ingleses adquiriram também o direito de comercializar dentro
da Colônia.
d) (V) O Brasil tornou-se um dos principais mercados consumidores dos
produtos ingleses.
e) (V) Desde a derrota de Napoleão, em 1815, os portugueses esperavam
a volta de Dom João ao Reino.

4) Com a transferência da Corte portuguesa para o Brasil, Portugal


mergulhou em uma grave crise. Entre os fatores que contribuíram para
essa crise, podemos apontar:
a) ( ) a invasão do país pelos exércitos de Napoleão.
b) ( ) a fuga em massa da população para outros países.
c) ( ) a abertura dos portos brasileiros.
d) ( ) a rebelião das camadas humildes.
e) ( ) a ocupação do país por tropas inglesas.

5) O estabelecimento da Corte portuguesa no Rio de Janeiro trouxe


vários benefícios para a cidade, entre eles:
a) ( ) alargamento das principais ruas.
b) ( ) instalação de iluminação a gás.
c) ( ) ampliação do seu porto.
d) ( ) instalação de cabos submarinos.
e) ( ) construção de novos edifícios públicos (Faculdade de Medicina e
Engenharia, Banco do Brasil, Real Biblioteca).

6) A abertura dos portos brasileiros prejudicou:


a) ( ) os ingleses, pois seus produtos manufaturados passaram a
concorrer com os de diversas nações.
b) ( ) os colonos brasileiros, pois os produtos importados teriam seus
preços elevados.
c) ( ) os comerciantes portugueses, pois perderam a exclusividade de
comércio e passariam a enfrentar a concorrência de outros países.
d) ( ) os empresários brasileiros, pois seus produtos manufaturados
perderiam mercado devido à concorrência dos produtos ingleses.
7) Coloque em ordem cronológica os acontecimentos do início do século
XIX no Brasil.
a) Brasil elevado a Reino Unido. (3)
b) Chegada da Família Real ao Brasil. (1)
c) Dia do Fico. (4)
d) Declaração de independência. (5)
e) Abertura dos portos às Nações Amigas. (2)

8) Entre os fatos que marcaram a fase inicial (revolução burguesa) da


Revolução Francesa, não podemos mencionar:
a) ( ) o confisco dos bens da Igreja.
b) ( ) a divisão do terceiro estado em três grupos: girondinos, jacobinos
e pântano.
c) ( ) invasão da França pelo exército dos emigrados, com auxílio da
Áustria e da Prússia.
d) ( ) o apoio do rei para combater o exército dos emigrados.
e) ( ) a vitória do povo francês, liderado pelos jacobinos, e proclamação
da República.

9) O que estabelecia a Declaração dos Direitos do homem, aprovada na


fase inicial da revolução?
Estabelecia a liberdade, igualdade e fraternidade entre os homens, e lhes
dava o direito (liberdade) de escolher o voto (por estado ou sensitário).

10. Como Napoleão tornou-se imperador?


Alegando um atentado e que os absolutistas voltariam, declararam
Napoleão imperador.

QUESTÃO BÔNUS
Assinale a alternativa correta:
 No início do século XIX, Napoleão Bonaparte havia conquistado a
maior parte das nações européias, exceto:
a) ( ) a Áustria.
b) ( ) a Inglaterra.
c) ( ) a Rússia.
 Para enfraquecer a economia inglesa, Napoleão decretou o
Bloqueio Continental, que proibia:
a) ( ) os países europeus de venderem produtos manufaturados à
Inglaterra.
b) ( ) as colônias de comerciarem com suas metrópoles.
c) ( ) os países europeus de comerciarem com a Inglaterra.
 Portugal:
a) ( ) obedeceu às determinações de Napoleão.
b) ( ) desrespeitou o decreto de Napoleão, continuando a comerciar com
a Inglaterra.
c) ( ) respeitou o decreto de Napoleão, mas mesmo assim foi invadido
pelas tropas francesas.
História - Colonização do Brasil

ASSISTA A VÍDEO-AULA E RESPONDA AS QUESTÕES


PROPOSTAS

01. (Fuvest-SP) Os primitivos habitantes do Brasil foram vítimas do processo


colonizador. O
europeu, com visão de mundo calcada em preconceitos, menosprezou o indígena
e sua
cultura. A acreditar nos viajantes e missionários, a partir de meados do século XVI,
há um
decréscimo da população indígena, que se agrava nos séculos seguintes. Os
fatores que mais
contribuíram para o citado decréscimo foram:
a) a captura e a venda do índio para o trabalho nas minas de prata do Potosí.
b) as guerras permanentes entre as tribos indígenas e entre índios e brancos.
c) o canibalismo, o sentido mítico das práticas rituais, o espírito sanguinário, cruel
e vingativo
dos naturais.
d) as missões jesuíticas do vale amazônico e a exploração do trabalho indígena na
extração
da borracha.
e) as epidemias introduzidas pelo invasor europeu e a escravidão dos índios.

02. (UFMG) Leia o texto.


“A língua de que [os índios] usam, toda pela costa, é uma: ainda que em certos
vocábulos
difere em algumas partes; mas não de maneira que se deixem de entender. (...)
Carece de três
letras, convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto,
porque
assim não tem Fé, nem Lei, nem Rei, e desta maneira vivem desordenadamente
(...)."
(GANDAVO, Pero de Magalhães, História da Província de Santa Cruz, 1578.)
A partir do texto, pode-se afirmar que todas as alternativas expressam a relação
dos
portugueses com a cultura indígena, exceto:
a) A busca de compreensão da cultura indígena era uma preocupação do
colonizador.
b) A desorganização social dos indígenas se refletia no idioma.
c) A diferença cultural entre nativos e colonos era atribuída à inferioridade do
indígena.
d) A língua dos nativos era caracterizada pela limitação vocabular.
e) Os signos e símbolos dos nativos da costa marítima eram homogêneos.

03. (Fuvest-SP) A sociedade colonial brasileira "herdou concepções clássicas e


medievais de
organização e hierarquia, mas acrescentou-lhe sistemas de graduação que se
originaram da
diferenciação das ocupações, raça, cor e condição social. (...) as distinções
essenciais entre
fidalgos e plebeus tenderam a nivelar-se, pois o mar de indígenas que cercava os
colonizadores portugueses tornava todo europeu, de fato, um gentil-homem em
potencial. A
disponibilidade de índios como escravos ou trabalhadores possibilitava aos
imigrantes
concretizar seus sonhos de nobreza. (...) Com índios, podia desfrutar de uma vida
verdadeiramente nobre. O gentio transformou-se em um substituto do
campesinato, um novo estado, que permitiu uma reorganização de categorias
tradicionais. Contudo, o fato de serem aborígines e, mais tarde, os africanos,
diferentes étnica, religiosa e fenotipicamente dos europeus, criou oportunidades
para novas distinções e hierarquias baseadas na cultura e na cor."
(Stuart B. Schwartz, Segredos internos.)
A partir do texto pode-se concluir que
a) a diferenciação clássica e medieval entre clero, nobreza e campesinato,
existente na
Europa, foi transferida para o Brasil por intermédio de Portugal e se constituiu no
elemento
fundamental da sociedade brasileira colonial.
b) a presença de índios e negros na sociedade brasileira levou ao surgimento de
instituições
como a escravidão, completamente desconhecida da sociedade européia nos
séculos XV e
XVI.
c) os índios do Brasil, por serem em pequena quantidade e terem sido facilmente
dominados,
não tiveram nenhum tipo de influência sobre a constituição da sociedade colonial.
d) a diferenciação de raças, culturas e condição social entre brancos e índios,
brancos e
negros tendeu a diluir a distinção clássica e medieval entre fidalgos e plebeus
europeus na
sociedade.
e) a existência de uma realidade diferente no Brasil, como a escravidão em larga
escala de
negros, não alterou em nenhum aspecto as concepções medievais dos
portugueses durante os
séculos XVI e XVII.
04. (UFMG) Todas as alternativas apresentam fatores que explicam a primazia dos
portugueses no cenário dos grandes descobrimentos, exceto
a) a atuação empreendedora da burguesia lusa no desenvolvimento da indústria
náutica.
b) a localização geográfica de Portugal, distante do Mediterrâneo oriental e sem
ligações
comerciais com o restante do continente.
c) a presença da fé e o espírito da cavalaria e das cruzadas que atribuíam aos
portugueses a
missão de cristianizar os povos chamados "infiéis".
d) o aparecimento pioneiro da monarquia absolutista em Portugal responsável pela
formação
do Estado moderno.
05. (FESO-RJ) "O governo-geral foi instituído por D. João III, em 1548, para
coordenar as
práticas colonizadoras do Brasil. Consistiriam estas últimas em dar às capitanias
hereditárias
uma assistência mais eficiente e promover a valorização econômica e o
povoamento das áreas
não ocupadas pelos donatários."
(Manoel Maurício de Albuquerque. Pequena história da formação social brasileira.
Rio de
Janeiro: Graal, 1984. p. 180.)
As afirmativas abaixo identificam corretamente algumas das atribuições do
governador-geral, à
exceção de:
a) Estimular e realizar expedições desbravadoras de regiões interiores, visando,
entre outros
aspectos, à descoberta de metais preciosos.
b) Visitar e fiscalizar as capitanias hereditárias e reais, especialmente aquelas que
vivenciavam problemas quanto ao povoamento e à exploração das terras.
c) Distribuir sesmarias, particularmente para os beneficiários que comprovassem
rendas e
meios de valorizar economicamente as terras recebidas.
d) Regular as alianças com tribos indígenas, controlando e limitando a ação das
ordens
religiosas, em especial da Companhia de Jesus.
e) Organizar a defesa da costa e promover o desenvolvimento da construção naval
e do
comércio de cabotagem.

06. (UNISO) Durante a maior parte do período colonial a participação nas câmaras
das vilas
era uma prerrogativa dos chamados "homens bons", excluindo-se desse privilégio
os outros
integrantes da sociedade. A expressão "homem bom" dizia respeito a:
a) homens que recebiam a concessão da Coroa portuguesa para explorar minas
de ouro e de
diamantes;
b) senhores de engenho e proprietários de escravos;
c) funcionários nomeados pela Coroa portuguesa para exercerem altos cargos
administrativos
na colônia;
d) homens considerados de bom caráter, independentemente do cargo ou da
função que
exerciam na colônia.

07. (UNAERP-SP) Em 1534, o governo português concluiu que a única forma de


ocupação do
Brasil seria através da colonização. Era necessário colonizar, simultaneamente,
todo o extenso
território brasileiro.
Essa colonização dirigida pelo governo português se deu através da:
a) criação da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
b) criação do sistema de governo-geral e câmaras municipais.
c) criação das capitanias hereditárias.
d) d) montagem do sistema colonial.
e) criação e distribuição das sesmarias.

08. (Cesgranrio-RJ) Assinale a opção que caracteriza a economia colonial


estruturada como
desdobramento da expansão mercantil européia da épaca moderna.
a) A descoberta de ouro no final do século XVII aumentou a renda colonial,
favorecendo o
rompimento dos monopólios que regulavam a relação com a metrópole.
b) O caráter exportador da economia colonial foi lentamente alterado pelo
crescimento dos
setores de subsistência, que disputavam as terras e os escravos disponíveis para
a produção.
c) A lavoura de produtos tropicais e as atividades extrativas foram organizadas
para atender
aos interesses da política mercantilista européia.
d) A implantação da empresa agrícola representou o aproveitamento, na América,
da
experiência anterior dos portugueses nas suas colônias orientais.
e) A produção de abastecimento e o comércio interno foram os principais
mecanismos de
acumulação da economia colonial.

09. (UFRJ) "(...) meu coração estremece de infinita alegria por ver que a terra onde
nasci em
breve não será pisada por um pé escravo.
(...) Quando a humanidade jazia no obscurantismo, a escravidão era apanágio dos
tiranos;
hoje, que a civilização tem aberto brecha nas muralhas da ignorância e
preconceitos, a
liberdade desses infelizes é um emblema sublime (...).
Esta festa é a precursora de uma conquista da luz contra as trevas, da verdade
contra a
mentira, da liberdade contra a escravidão."
(ESTRELLA, Maria Augusta Generoso e Oliveira. "Discurso na Sessão Magna do
Clube
Abolicionista", 1872, Arquivo Público Estadual, Recife-PE.)
A escravidão está associada às diversas formas de exploração e de violência
contra a
população escrava. Essa situação, embora característica dos regimes
escravocratas, registra
inúmeros momentos de rebeldia. Em suas manifestações e ações cotidianas,
homens e
mulheres escravizados reagiram a esta condição, proporcionando formas de
resistência que
resultaram em processos sociais e políticos que, a médio e longo prazos, influíram
na
superação dessa modalidade de trabalho.
a) Cite duas formas de resistência dos negros contra o regime da escravidão
ocorridas no
Brasil.
b) Explique um fator que tenha contribuído para a transição para o trabalho livre no
Brasil no
século XIX.

10. (Cesgranrio-RJ) "O senhor de engenho é título a que muitos aspiram, porque
traz consigo o
ser servido, obedecido e respeitado de muitos." O comentário de Antonil, escrito no
século
XVIII, pode ser considerado característico da sociedade colonial brasileira porque:
a) a condição de proprietário de terras e de homens garantia a preponderância dos
senhores
de engenho na sociedade colonial.
b) a autoridade dos senhores restringia-se aos seus escravos, não se impondo às
comunidades vizinhas e a outros proprietários menores.
c) as dificuldades de adaptação às áreas coloniais levaram os europeus a
organizar uma
sociedade com mínima diferenciação e forte solidariedade entre seus segmentos.
d) as atividades dos senhores de engenho não se limitavam à agroindústria, pois
controlavam
o comércio de exportação, o tráfico negreiro e a economia de abastecimento.
e) o poder político dos senhores de engenho era assegurado pela metrópole
através da sua
designação para os mais altos cargos da administração colonial.

11. (UFMG) "Restituídas as capitanias de Pernambuco ao domínio de Sua


Majestade, livres já
dos inimigos que de fora as vieram conquistar, sendo poderosas as nossas armas
para sacudir
o inimigo, que tantos anos nos oprimiu, nunca foram capazes para destruir o
contrário, que das
portas adentro nos infestou, não sendo menores os danos destes do que tinham
sido as
hostilidades daqueles."
("Relação das guerras feitas aos Palmares de Pernambuco no tempo do
Governador D. Pedro
de Almeida, de 1675 a 1678", citado por CARNEIRO, Edson. Quilombo dos
Palmares. 2.ed.
São Paulo: CEN, Col. Brasiliana, 1958. v.302.)
O texto faz referência tanto às invasões holandesas ("... dos inimigos que de fora
as vieram
conquistar")
quanto ao quilombo de Palmares (“... o contrário, que das portas adentro nos
infestou").
O quilombo de Palmares, núcleo de rebeldia escrava no Nordeste brasileiro,
alcançou
considerável crescimento durante o período de ocupação holandesa em
Pernambuco. Mesmo
após a expulsão dos invasores estrangeiros pela população local, o quilombo
resistiu a
inúmeros ataques de tropas governistas.
a) Apresente uma razão para a ocupação holandesa do Nordeste brasileiro.
b) Explique, com base em um argumento, a longa duração de Palmares.
12. (UEL-PR) No Brasil colônia, a pecuária teve um papel decisivo na
a) ocupação das áreas litorâneas.
b) expulsão do assalariado do campo.
c) formação e exploração dos minifúndios.
d) fixação do escravo na agricultura.
e) expansão para o interior.

13. (Cesgranrio-RJ) A ocupação do território brasileiro, restrita, no século XVI, ao


litoral e
associada à lavoura de produtos tropicais, estendeu-se ao interior durante os
séculos XVII e
XVIII, ligada à exploração de novas atividades econômicas e aos interesses
políticos de
Portugal em definir as fronteiras da colônia.
As afirmações abaixo relacionam as regiões ocupadas a partir do século XVII e
suas
atividades dominantes.
1) No vale amazônico, o extrativismo vegetal – as drogas do sertão – e a captura
de índios
atraíram os colonizadores.
2) A ocupação do Pampa gaúcho não teve nenhum interesse econômico, estando
ligada aos
conflitos luso-espanhóis na Europa.
3) O planalto central, nas áreas correspondentes aos atuais estados de Minas
Gerais, Goiás e
Mato Grosso, foi um dos principais alvos do bandeirismo, e sua ocupação está
ligada à
mineração.
4) A zona missioneira no Sul do Brasil representava um obstáculo tanto aos
colonos,
interessados na escravização dos indígenas, quanto a Portugal, dificultando a
demarcação das
fronteiras.
5) O Sertão nordestino, primeira área interior ocupada no processo de colonização,
foi um
prolongamento da lavoura canavieira, fornecendo novas terras e mão-de-obra para
a expansão
da lavoura.
As afirmações corretas são:
a) somente 1, 2 e 4.
b) somente 1, 2 e 5.
c) somente 1, 3 e 4.
d) somente 2, 3 e 4.
e) somente 2, 3 e 5.

14. (Unicamp-SP) O escravo no Brasil é geralmente representado como dócil,


dominado pela
força e submisso ao senhor. Porém, muitos historiadores mostram a importância
da resistência
dos escravos aos senhores e o medo que os senhores sentiram diante dos
quilombos,
insurreições, revoltas, atentados e fugas de escravos.
a) Descreva o que eram os quilombos.
b) Por que a metrópole portuguesa e os senhores combateram os quilombos, as
revoltas, os
atentados e as fugas de escravos no período colonial brasileiro?

15. (Cesgranrio-RJ) A expansão da colonização portuguesa na América, a partir da


segunda
metade do século XVIII, foi marcada por um conjunto de medidas, dentre as quais
podemos
citar:
a) o esforço para ampliar o comércio colonial, suprimindo-se as práticas
mercantilistas.
b) a instalação de missões indígenas nas fronteiras sul e oeste, para garantir a
posse dos
territórios por Portugal.
c) o bandeirismo paulista, que destruiu parte das missões jesuíticas e descobriu as
áreas
mineradoras do planalto central.
d) a expansão da lavoura da cana para o interior, incentivada pela alta dos preços
no
mercado internacional.
e) as alianças políticas e a abertura do comércio colonial aos ingleses, para conter
o
expansionismo espanhol.

16. (Fuvest-SP) Podemos afirmar sobre o período da mineração no Brasil que


a) atraídos pelo ouro, vieram para o Brasil aventureiros de toda espécie, que
inviabilizaram a
mineração.
b) a exploração das minas de ouro só trouxe benefícios para Portugal.
c) a mineração deu origem a uma classe média urbana que teve papel decisivo na
independência do Brasil.
d) o ouro beneficiou apenas a Inglaterra, que financiou sua exploração.
e) a mineração contribuiu para interligar as várias regiões do Brasil e foi fator de
diferenciação da sociedade.

17. (UFMG) Em 1703, Portugal assinou com a Inglaterra o tratado de Methuen. A


assinatura
desse tratado teve implicações profundas para as economias portuguesa e
inglesa.
a) Apresente a situação em que se encontrava Portugal na época da assinatura do
tratado.
b) Cite a principal cláusula do tratado de Methuen.
c) Apresente 2 (duas) implicações fundamentais desse tratado para a economia
portuguesa.
d) Apresente a implicação fundamental desse tratado para a economia inglesa.

18. (UFMG) Leia o texto. Ele refere-se à capitania de Minas Gerais no século XVIII.
"... ponderando-se o acharem-se hoje as Vilas dessa Capitania tão numerosas
como se
acham, e que sendo uma grande parte das famílias dos seus moradores de limpo
nascimento,
era justo que somente as pessoas que tiverem esta qualidade andassem na
governança delas,
porque se a falta de pessoas capazes fez a princípio necessária a tolerância de
admitir os
mulatos aos exercícios daqueles oficias, hoje, que tem cessado esta razão, se faz
indecoroso
que eles sejam ocupados por pessoas em que haja semelhante defeito..."
(D. João, Lisboa, 27 de janeiro de 1726.)
No trecho dessa carta, o rei de Portugal refere-se à impropriedade de os mulatos
continuarem
a exercer o cargo de
a) governador, magistrado escolhido entre os "homens bons" da colônia para
administrarem a
capitania.
b) intendente das minas, ministro incumbido de controlar o fluxo de alimentos e do
comércio.
c) ouvidor, funcionário responsável pela administração das finanças e dos bens
eclesiásticos.
d) vereador, membro do Senado da Câmara, encarregado de cuidar da
administração local.

19. (PUC-SP) "Eu a Rainha faço saber:


Que devido ao grande número de fábricas e manufaturas, que desde alguns anos
tem se
difundido em diferentes capitanias do Brasil, com grave prejuízo da cultura e da
lavoura e da
exploração das terras minerais daquele continente; porque havendo nele falta de
população é
evidente que quanto mais se multiplicar o número de fabricantes, mais diminuirá o
de
cultivadores e menos braços haverá...
Hei por bem ordenar que todas as fábricas e manufaturas... (excetuando-se as que
tecem
fazendas grossas de algodão) sejam extintas e abolidas em qualquer parte dos
meus domínios
no Brasil."
(Alvará de 5/1/1785.)
No final do século XVIII, ampliam-se as restrições e proibições impostas pela
metrópole
portuguesa ao desenvolvimento das atividades econômicas na colônia. O texto
reproduzido
acima, baixado por D. Maria I, rainha de Portugal, contém aspectos dessa política
de
restrições. Leia com atenção o texto e a seguir: a) identifique a restrição central
nele imposta;
b) destaque e comente um argumento usado no texto para justificar tal medida.

GABARITO
01. E
02. A
03. D
04. B
05. E
06. B
07. C
08. C
09. a) Uma forma de resistência era a fuga e a posterior organização em quilombos; outra era
a simples passividade perante o trabalho e o não-enfrentamento com o senhor, levando o
escravo algumas vezes ao suicídio.
b) Um fato foi o fim do tráfico negreiro em 1850 (Lei Eusébio de Queirós), levando ao lento
processo de diminuição da população de escravos.
10. A
11. a) Os holandeses atacaram o Nordeste brasileiro em decorrência do embargo açucareiro
decretado por Filipe II, rei da Espanha e, nos termos da União Ibérica de 1580 a 1640, também
rei de Portugal.
b) A longa duração de Palmares é, em grande parte, fruto do longo conflito com os
holandeses em Pernambuco (1630-54). Apesar de um período de apaziguamento, os atritos
entre holandeses e portugueses ou brasileiros estimulavam as fugas de escravos e contribuíam
para o fortalecimento do quilombo.
12. E
13. C
14. a) Os quilombos eram aldeamentos de negros fugitivos.
b) Porque a simples existência de quilombos representava uma forma de subversão da ordem
econômica brasileira, impedindo eventualmente que a colônia cumprisse sua função perante a
metrópole.
15. B
16. E
17. a) Portugal encontrava-se em decadência econômica, após o malfadado período da União
Ibérica (até 1640) e o rompimento das relações com os holandeses.
b) A principal cláusula do tratado de Methuen é aquela que abre Portugal para as importações
de tecidos ingleses e, em troca, a Inglaterra se abre para os vinhos portugueses.
c) A partir da assinatura do tratado, a economia portuguesa abre-se para as importações de
tecidos ingleses, arrasando o pequeno setor têxtil português e condenando o país à
especialização agrícola, mais especificamente à produção de vinhos.
d) O tratado garantiu para a Inglaterra o controle sobre o mercado português e,
conseqüentemente, sobre o brasileiro.
18. D
19. a) O alvará de 1785 basicamente restringe a instalação de manufaturas no Brasil e obriga
o fechamento das já existentes.
b) O principal argumento utilizado é a escassa mão-de-obra brasileira, que seria mais bem
aproveitada na lavoura e na mineração. O argumento é falso, já que tanto a atividade
mineradora quanto a lavoura tradicional (açucareira) encontravam-se em franca decadência. O
verdadeiro interesse português era a necessidade de garantir o monopólio metropolitano sobre
os manufaturados.
9/

Postado por VERON

Exercícios - Período Joanino


Lista de questões de vestibulares de história sobre o Período Joanino.
Ler artigo Período Joanino.

Exercício 1: (PUC-RIO 2007)


À EXCEÇÃO DE UMA, as alternativas abaixo apresentam de modo
correto algumas das transformações culturais e científicas
promovidas pelo governo joanino (1808 1821), durante a
permanência da Corte portuguesa no Brasil. ASSINALE-A.

A) Ainda que tivessem sido criados a Impressão Régia e o primeiro jornal do


Brasil, a existência da censura e a ação da Intendência Geral de Polícia
coibiram com sucesso a difusão de idéias contrárias ao governo joanino.

Pouco depois de chegar ao Brasil, D. João fundou o Real Horto (o Jardim


B)
Botânico do Rio de Janeiro), onde foram aclimatadas e introduzidas novas
espécies vegetais.

Logo após a elevação do Brasil à categoria de Reino-Unido a Portugal e


C)
Algarves, o Príncipe-regente autorizou a vinda da Missão Artística
Francesa, chefiada por Joaquim Lebreton, da qual faziam parte artistas
como Jean Baptiste Debret.

D) Com o acervo trazido do velho Reino, foi criada a Biblioteca Real, origem
da atual Biblioteca Nacional.

Chegaram à América portuguesa cientistas e viajantes estrangeiros, como


E)
o zoólogo Spix, o botânico Martius e o naturalista Saint-Hilaire, que
percorreram o território realizando inventários de comunidades, da
geografia, da fauna e da flora.

BRASIL COLÔNIA EXERCÍCIOS DE


HISTÓRIA

 Redação Mundo Vestibular

01. (Fuvest-SP) Os primitivos habitantes do Brasil foram vítimas do processo colonizador. O europeu, com
visão de mundo calcada em preconceitos, menosprezou o indígena e sua cultura. A acreditar nos
viajantes e missionários, a partir de meados do século XVI, há um decréscimo da população indígena,
que se agrava nos séculos seguintes. Os fatores que mais contribuíram para o citado decréscimo foram:
a) a captura e a venda do índio para o trabalho nas minas de prata do Potosí.
b) as guerras permanentes entre as tribos indígenas e entre índios e brancos.
c) o canibalismo, o sentido mítico das práticas rituais, o espírito sanguinário, cruel e vingativo dos
naturais.
d) as missões jesuíticas do vale amazônico e a exploração do trabalho indígena na extração da borracha.
e) as epidemias introduzidas pelo invasor europeu e a escravidão dos índios.

02. (UFMG) Leia o texto.


“A língua de que [os índios] usam, toda pela costa, é uma: ainda que em certos vocábulos difere em
algumas partes; mas não de maneira que se deixem de entender. (...) Carece de três letras, convém a
saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não tem Fé, nem Lei,
nem Rei, e desta maneira vivem desordenadamente (...)."
(GANDAVO, Pero de Magalhães, História da Província de Santa Cruz, 1578.)

A partir do texto, pode-se afirmar que todas as alternativas expressam a relação dos portugueses com a
cultura indígena, exceto:
a) A busca de compreensão da cultura indígena era uma preocupação do colonizador.
b) A desorganização social dos indígenas se refletia no idioma.
c) A diferença cultural entre nativos e colonos era atribuída à inferioridade do indígena.
d) A língua dos nativos era caracterizada pela limitação vocabular.
e) Os signos e símbolos dos nativos da costa marítima eram homogêneos.

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03. (Fuvest-SP) A sociedade colonial brasileira "herdou concepções clássicas e medievais de organização
e hierarquia, mas acrescentou-lhe sistemas de graduação que se originaram da diferenciação das
ocupações, raça, cor e condição social. (...) as distinções essenciais entre fidalgos e plebeus tenderam a
nivelar-se, pois o mar de indígenas que cercava os colonizadores portugueses tornava todo europeu, de
fato, um gentil-homem em potencial. A disponibilidade de índios como escravos ou trabalhadores
possibilitava aos imigrantes concretizar seus sonhos de nobreza. (...) Com índios, podia desfrutar de uma
vida verdadeiramente nobre. O gentio transformou-se

em um substituto do campesinato, um novo estado, que permitiu uma reorganização de categorias


tradicionais. Contudo, o fato de serem aborígines e, mais tarde, os africanos, diferentes étnica, religiosa e
fenotipicamente dos europeus, criou oportunidades para novas distinções e hierarquias baseadas na
cultura e na cor."
(Stuart B. Schwartz, Segredos internos.)

A partir do texto pode-se concluir que


a) a diferenciação clássica e medieval entre clero, nobreza e campesinato, existente na Europa, foi
transferida para o Brasil por intermédio de Portugal e se constituiu no elemento fundamental da sociedade
brasileira colonial.
b) a presença de índios e negros na sociedade brasileira levou ao surgimento de instituições como a
escravidão, completamente desconhecida da sociedade européia nos séculos XV e XVI.
c) os índios do Brasil, por serem em pequena quantidade e terem sido facilmente dominados, não tiveram
nenhum tipo de influência sobre a constituição da sociedade colonial.
d) a diferenciação de raças, culturas e condição social entre brancos e índios, brancos e negros tendeu a
diluir a distinção clássica e medieval entre fidalgos e plebeus europeus na sociedade.
e) a existência de uma realidade diferente no Brasil, como a escravidão em larga escala de negros, não
alterou em nenhum aspecto as concepções medievais dos portugueses durante os séculos XVI e XVII.
04. (UFMG) Todas as alternativas apresentam fatores que explicam a primazia dos portugueses no
cenário dos grandes descobrimentos, exceto
a) a atuação empreendedora da burguesia lusa no desenvolvimento da indústria náutica.
b) a localização geográfica de Portugal, distante do Mediterrâneo oriental e sem ligações comerciais com
o restante do continente.
c) a presença da fé e o espírito da cavalaria e das cruzadas que atribuíam aos portugueses a missão de
cristianizar os povos chamados "infiéis".
d) o aparecimento pioneiro da monarquia absolutista em Portugal responsável pela formação do Estado
moderno.

05. (FESO-RJ) "O governo-geral foi instituído por D. João III, em 1548, para coordenar as práticas
colonizadoras do Brasil. Consistiriam estas últimas em dar às capitanias hereditárias uma assistência
mais eficiente e promover a valorização econômica e o povoamento das áreas não ocupadas pelos
donatários."
(Manoel Maurício de Albuquerque. Pequena história da formação social brasileira. Rio de Janeiro: Graal,
1984. p. 180.)

As afirmativas abaixo identificam corretamente algumas das atribuições do governador-geral, à exceção


de:
a) Estimular e realizar expedições desbravadoras de regiões interiores, visando, entre outros aspectos, à
descoberta de metais preciosos.
b) Visitar e fiscalizar as capitanias hereditárias e reais, especialmente aquelas que vivenciavam
problemas quanto ao povoamento e à exploração das terras.
c) Distribuir sesmarias, particularmente para os beneficiários que comprovassem rendas e meios de
valorizar economicamente as terras recebidas.
d) Regular as alianças com tribos indígenas, controlando e limitando a ação das ordens religiosas, em
especial da Companhia de Jesus.
e) Organizar a defesa da costa e promover o desenvolvimento da construção naval e do comércio de
cabotagem.

06. (UNISO) Durante a maior parte do período colonial a participação nas câmaras das vilas era uma
prerrogativa dos chamados "homens bons", excluindo-se desse privilégio os outros integrantes da
sociedade. A expressão "homem bom" dizia respeito a:
a) homens que recebiam a concessão da Coroa portuguesa para explorar minas de ouro e de diamantes;
b) senhores de engenho e proprietários de escravos;
c) funcionários nomeados pela Coroa portuguesa para exercerem altos cargos administrativos na colônia;
d) homens considerados de bom caráter, independentemente do cargo ou da função que exerciam na
colônia.

07. (UNAERP-SP) Em 1534, o governo português concluiu que a única forma de ocupação do Brasil seria
através da colonização. Era necessário colonizar, simultaneamente, todo o extenso território brasileiro.
Essa colonização dirigida pelo governo português se deu através da:
a) criação da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil.
b) criação do sistema de governo-geral e câmaras municipais.
c) criação das capitanias hereditárias.
d) d) montagem do sistema colonial.
e) criação e distribuição das sesmarias.

08. (Cesgranrio-RJ) Assinale a opção que caracteriza a economia colonial estruturada como
desdobramento da expansão mercantil européia da épaca moderna.
a) A descoberta de ouro no final do século XVII aumentou a renda colonial, favorecendo o rompimento
dos monopólios que regulavam a relação com a metrópole.
b) O caráter exportador da economia colonial foi lentamente alterado pelo crescimento dos setores de
subsistência, que disputavam as terras e os escravos disponíveis para a produção.
c) A lavoura de produtos tropicais e as atividades extrativas foram organizadas para atender aos
interesses da política mercantilista européia.
d) A implantação da empresa agrícola representou o aproveitamento, na América, da experiência anterior
dos portugueses nas suas colônias orientais.
e) A produção de abastecimento e o comércio interno foram os principais mecanismos de acumulação da
economia colonial.

09. (UFRJ) "(...) meu coração estremece de infinita alegria por ver que a terra onde nasci em breve não
será pisada por um pé escravo.
(...) Quando a humanidade jazia no obscurantismo, a escravidão era apanágio dos tiranos; hoje, que a
civilização tem aberto brecha nas muralhas da ignorância e preconceitos, a liberdade desses infelizes é
um emblema sublime (...).

Esta festa é a precursora de uma conquista da luz contra as trevas, da verdade contra a mentira, da
liberdade contra a escravidão."

(ESTRELLA, Maria Augusta Generoso e Oliveira. "Discurso na Sessão Magna do Clube Abolicionista",
1872, Arquivo Público Estadual, Recife-PE.)

A escravidão está associada às diversas formas de exploração e de violência contra a população escrava.
Essa situação, embora característica dos regimes escravocratas, registra inúmeros momentos de
rebeldia. Em suas manifestações e ações cotidianas, homens e mulheres escravizados reagiram a esta
condição, proporcionando formas de resistência que resultaram em processos sociais e políticos que, a
médio e longo prazos, influíram na superação dessa modalidade de trabalho.
a) Cite duas formas de resistência dos negros contra o regime da escravidão ocorridas no Brasil.
b) Explique um fator que tenha contribuído para a transição para o trabalho livre no Brasil no século XIX.

10. (Cesgranrio-RJ) "O senhor de engenho é título a que muitos aspiram, porque traz consigo o ser
servido, obedecido e respeitado de muitos." O comentário de Antonil, escrito no século XVIII, pode ser
considerado característico da sociedade colonial brasileira porque:
a) a condição de proprietário de terras e de homens garantia a preponderância dos senhores de engenho
na sociedade colonial.
b) a autoridade dos senhores restringia-se aos seus escravos, não se impondo às comunidades vizinhas
e a outros proprietários menores.
c) as dificuldades de adaptação às áreas coloniais levaram os europeus a organizar uma sociedade com
mínima diferenciação e forte solidariedade entre seus segmentos.
d) as atividades dos senhores de engenho não se limitavam à agroindústria, pois controlavam o comércio
de exportação, o tráfico negreiro e a economia de abastecimento.
e) o poder político dos senhores de engenho era assegurado pela metrópole através da sua designação
para os mais altos cargos da administração colonial.

11. (UFMG) "Restituídas as capitanias de Pernambuco ao domínio de Sua Majestade, livres já dos
inimigos que de fora as vieram conquistar, sendo poderosas as nossas armas para sacudir o inimigo, que
tantos anos nos oprimiu, nunca foram capazes para destruir o contrário, que das portas adentro nos
infestou, não sendo menores os danos destes do que tinham sido as hostilidades daqueles."

("Relação das guerras feitas aos Palmares de Pernambuco no tempo do Governador D. Pedro de
Almeida, de 1675 a 1678", citado por CARNEIRO, Edson. Quilombo dos Palmares. 2.ed. São Paulo: CEN,
Col. Brasiliana, 1958. v.302.)

O texto faz referência tanto às invasões holandesas ("... dos inimigos que de fora as vieram conquistar")
quanto ao quilombo de Palmares (“... o contrário, que das portas adentro nos infestou").
O quilombo de Palmares, núcleo de rebeldia escrava no Nordeste brasileiro, alcançou considerável
crescimento durante o período de ocupação holandesa em Pernambuco. Mesmo após a expulsão dos
invasores estrangeiros pela população local, o quilombo resistiu a inúmeros ataques de tropas
governistas.
a) Apresente uma razão para a ocupação holandesa do Nordeste brasileiro.
b) Explique, com base em um argumento, a longa duração de Palmares.

12. (UEL-PR) No Brasil colônia, a pecuária teve um papel decisivo na


a) ocupação das áreas litorâneas
b) expulsão do assalariado do campo
c) formação e exploração dos minifúndios
d) fixação do escravo na agricultura
e) expansão para o interior

13. (Cesgranrio-RJ) A ocupação do território brasileiro, restrita, no século XVI, ao litoral e associada à
lavoura de produtos tropicais, estendeu-se ao interior durante os séculos XVII e XVIII, ligada à exploração
de novas atividades econômicas e aos interesses políticos de Portugal em definir as fronteiras da colônia.
As afirmações abaixo relacionam as regiões ocupadas a partir do século XVII e suas atividades
dominantes.
1) No vale amazônico, o extrativismo vegetal – as drogas do sertão – e a captura de índios atraíram os
colonizadores.
2) A ocupação do Pampa gaúcho não teve nenhum interesse econômico, estando ligada aos conflitos
luso-espanhóis na Europa.
3) O planalto central, nas áreas correspondentes aos atuais estados de Minas Gerais, Goiás e Mato
Grosso, foi um dos principais alvos do bandeirismo, e sua ocupação está ligada à mineração.
4) A zona missioneira no Sul do Brasil representava um obstáculo tanto aos colonos, interessados na
escravização dos indígenas, quanto a Portugal, dificultando a demarcação das fronteiras.
5) O Sertão nordestino, primeira área interior ocupada no processo de colonização, foi um prolongamento
da lavoura canavieira, fornecendo novas terras e mão-de-obra para a expansão da lavoura.

As afirmações corretas são:


a) somente 1, 2 e 4.
b) somente 1, 2 e 5.
c) somente 1, 3 e 4.
d) somente 2, 3 e 4.
e) somente 2, 3 e 5.

14. (Unicamp-SP) O escravo no Brasil é geralmente representado como dócil, dominado pela força e
submisso ao senhor. Porém, muitos historiadores mostram a importância da resistência dos escravos aos
senhores e o medo que os senhores sentiram diante dos quilombos, insurreições, revoltas, atentados e
fugas de escravos.
a) Descreva o que eram os quilombos.
b) Por que a metrópole portuguesa e os senhores combateram os quilombos, as revoltas, os atentados e
as fugas de escravos no período colonial brasileiro?

15. (Cesgranrio-RJ) A expansão da colonização portuguesa na América, a partir da segunda metade do


século XVIII, foi marcada por um conjunto de medidas, dentre as quais podemos citar:
a) o esforço para ampliar o comércio colonial, suprimindo-se as práticas mercantilistas.
b) a instalação de missões indígenas nas fronteiras sul e oeste, para garantir a posse dos territórios por
Portugal.
c) o bandeirismo paulista, que destruiu parte das missões jesuíticas e descobriu as áreas mineradoras do
planalto central.
d) a expansão da lavoura da cana para o interior, incentivada pela alta dos preços no mercado
internacional.
e) as alianças políticas e a abertura do comércio colonial aos ingleses, para conter o expansionismo
espanhol.

16. (Fuvest-SP) Podemos afirmar sobre o período da mineração no Brasil que


a) atraídos pelo ouro, vieram para o Brasil aventureiros de toda espécie, que inviabilizaram a mineração.
b) a exploração das minas de ouro só trouxe benefícios para Portugal.
c) a mineração deu origem a uma classe média urbana que teve papel decisivo na independência do
Brasil.
d) o ouro beneficiou apenas a Inglaterra, que financiou sua exploração.
e) a mineração contribuiu para interligar as várias regiões do Brasil e foi fator de diferenciação da
sociedade.

17. (UFMG) Em 1703, Portugal assinou com a Inglaterra o tratado de Methuen. A assinatura desse tratado
teve implicações profundas para as economias portuguesa e inglesa.
a) Apresente a situação em que se encontrava Portugal na época da assinatura do tratado.
b) Cite a principal cláusula do tratado de Methuen.
c) Apresente 2 (duas) implicações fundamentais desse tratado para a economia portuguesa.
d) Apresente a implicação fundamental desse tratado para a economia inglesa.

18. (UFMG) Leia o texto. Ele refere-se à capitania de Minas Gerais no século XVIII.
"... ponderando-se o acharem-se hoje as Vilas dessa Capitania tão numerosas como se acham, e que
sendo uma grande parte das famílias dos seus moradores de limpo nascimento, era justo que somente as
pessoas que tiverem esta qualidade andassem na governança delas, porque se a falta de pessoas
capazes fez a princípio necessária a tolerância de admitir os mulatos aos exercícios daqueles oficias,
hoje, que tem cessado esta razão, se faz indecoroso que eles sejam ocupados por pessoas em que haja
semelhante defeito..."
(D. João, Lisboa, 27 de janeiro de 1726.)

No trecho dessa carta, o rei de Portugal refere-se à impropriedade de os mulatos continuarem a exercer o
cargo de
a) governador, magistrado escolhido entre os "homens bons" da colônia para administrarem a capitania.
b) intendente das minas, ministro incumbido de controlar o fluxo de alimentos e do comércio.
c) ouvidor, funcionário responsável pela administração das finanças e dos bens eclesiásticos.
d) vereador, membro do Senado da Câmara, encarregado de cuidar da administração local.

19. (PUC-SP) "Eu a Rainha faço saber:

Que devido ao grande número de fábricas e manufaturas, que desde alguns anos tem se difundido em
diferentes capitanias do Brasil, com grave prejuízo da cultura e da lavoura e da exploração das terras
minerais daquele continente; porque havendo nele falta de população é evidente que quanto mais se
multiplicar o número de fabricantes, mais diminuirá o de cultivadores e menos braços haverá...

Hei por bem ordenar que todas as fábricas e manufaturas... (excetuando-se as que tecem fazendas
grossas de algodão) sejam extintas e abolidas em qualquer parte dos meus domínios no Brasil."
(Alvará de 5/1/1785.)

No final do século XVIII, ampliam-se as restrições e proibições impostas pela metrópole portuguesa ao
desenvolvimento das atividades econômicas na colônia. O texto reproduzido acima, baixado por D. Maria
I, rainha de Portugal, contém aspectos dessa política de restrições. Leia com atenção o texto e a seguir:
a) identifique a restrição central nele imposta;
b) destaque e comente um argumento usado no texto para justificar tal medida.

GABARITO

01. E
02. A
03. D
04. B
05. E
06. B
07. C
08. C
09. a) Uma forma de resistência era a fuga e a posterior organização em quilombos; outra era a simples
passividade perante o trabalho e o não-enfrentamento com o senhor, levando o escravo algumas vezes
ao suicídio.
b) Um fato foi o fim do tráfico negreiro em 1850 (Lei Eusébio de Queirós), levando ao lento processo de
diminuição da população de escravos.
10. A
11. a) Os holandeses atacaram o Nordeste brasileiro em decorrência do embargo açucareiro decretado
por Filipe II, rei da Espanha e, nos termos da União Ibérica de 1580 a 1640, também rei de Portugal.
b) A longa duração de Palmares é, em grande parte, fruto do longo conflito com os holandeses em
Pernambuco (1630-54). Apesar de um período de apaziguamento, os atritos entre holandeses e
portugueses ou brasileiros estimulavam as fugas de escravos e contribuíam para o fortalecimento do
quilombo.
12. E
13. C
14. a) Os quilombos eram aldeamentos de negros fugitivos.
b) Porque a simples existência de quilombos representava uma forma de subversão da ordem econômica
brasileira, impedindo eventualmente que a colônia cumprisse sua função perante a metrópole.
15. B
16. E
17. a) Portugal encontrava-se em decadência econômica, após o malfadado período da União Ibérica (até
1640) e o rompimento das relações com os holandeses.
b) A principal cláusula do tratado de Methuen é aquela que abre Portugal para as importações de tecidos
ingleses e, em troca, a Inglaterra se abre para os vinhos portugueses.
c) A partir da assinatura do tratado, a economia portuguesa abre-se para as importações de tecidos
ingleses, arrasando o pequeno setor têxtil português e condenando o país à especialização agrícola, mais
especificamente à produção de vinhos.
d) O tratado garantiu para a Inglaterra o controle sobre o mercado português e, conseqüentemente, sobre
o brasileiro.
18. D
19. a) O alvará de 1785 basicamente restringe a instalação de manufaturas no Brasil e obriga o
fechamento das já existentes.
b) O principal argumento utilizado é a escassa mão-de-obra brasileira, que seria mais bem aproveitada na
lavoura e na mineração. O argumento é falso, já que tanto a atividade mineradora quanto a lavoura
tradicional (açucareira) encontravam-se em franca decadência. O verdadeiro interesse português era a
necessidade de garantir o monopólio metropolitano sobre os manufaturados.

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