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Nutrientes
ou conjunta desses fatores tem levado Tabela 1 | Conteúdo de P-total (Pt), P-inorgânico (Pi), P-orgânico (Po), percentagem
a respostas bem menos pronunciadas de P-orgânico (Po %), em relação a P-total e P extraível por resina de troca aniônica
(Pr), em Latossolo Vermelho-Amarelo
a altas doses de fósforo, inclusive com
Frações de P
redução dos níveis de adubação. Profundidade
Pt Pi Po Po P-res
Trabalhos para determinar P-total,
cm mg kg-1 mg kg-1 mg kg-1 % mg kg-1
P-inorgânico, P-orgânico e P extraído 0 – 2,5 311 91,5 219,5 70,6 10,0
por resina de troca aniônica explicam as 2,5 – 5,0 251 76,8 174,2 69,4 7,8
baixas respostas às doses de fósforo (Ta- 5,0 – 10 271 84,1 186,9 69,0 16,8
bela 1). O conteúdo do P-orgânico foi em 10 – 20 210 62,5 147,5 70,2 7,8
média 2,2 vezes superior ao P-inorgânico, 20 – 30 179 58,9 120,1 67,1 6,9
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eficiência agronômica da aplicação desse retido na estrutura de minerais (K estru- nos teores de K trocável nos cultivos
insumo, ao longo dos anos de cultivo, sob tural), mais o retido nas entrecamadas de iniciais, desde que não haja reposição via
o SPD. Isso ocorre, principalmente, porque argilominerais expansivos (K “fixado”); K adubação (Curi et al., 2005).
se pensava que o P necessitava ser unifor- total (KT), extraído com HF. Todavia, verifica-se, em diversas si-
memente incorporado na camada arável Existe certo equilíbrio entre essas for- tuações, que a quantidade de K extraída
para que maior volume de raízes tivesse mas de potássio no solo. As plantas ab- pelas plantas, com frequência, é superior
contato com o P do fertilizante. Entre- sorvem K da solução, o qual é tamponado às formas trocáveis, assim, as formas Knt
tanto, a eficiência de absorção de P pelas pelas formas trocáveis, que são repostas contribuem significativamente para o to-
plantas depende da interação entre o teor pelas formas não trocáveis e estruturais. tal de K absorvido pelos vegetais. Muitos
de P no solo, a dose de P, o volume de solo As formas não trocáveis e estruturais de K casos de não resposta das plantas à adu-
fertilizado e a capacidade de adsorção de são usualmente consideradas reservas de bação potássica devem-se à expressiva
P pelo solo. Assim, à medida que aumenta médio e longo prazo para as plantas. Sob contribuição de formas não trocáveis de
o teor de P-orgânico na camada superfi- o ponto de vista da nutrição de planta, o K (Knt) no suprimento às plantas, o que
cial do solo, a adsorção diminui, e doses equilíbrio mais importante se dá entre está relacionado à presença de minerais
menores de P misturadas com menores K trocável e K solução (cujo somatório, primários e/ou secundários como fontes
frações de solo tornam-se mais eficientes para fins práticos, é considerado K “dis- de potássio no solo.
(Lopes et al., 2004). Além disso, no SPD há ponível”), que são as fontes imediatas de O SPD, com o manejo realizado de
um maior teor de água, necessário para K para as plantas (Curi et al., 2005). maneira que preserve a planta e seus
a difusão de P na camada superficial do Como a maioria dos solos brasileiros é resíduos sobre o solo, propicia um au-
solo e também porque, havendo maior bastante intemperizado e lixiviado, com mento da matéria orgânica, o que tem
teor de matéria orgânica nessa camada, predomínio de caulinita [Al2Si2O5(OH)4], beneficiado a eficiência da adubação
haverá menor atividade de Al3+, além do gibbsita [Al(OH)3], goethita (FeOOH) e he- potássica, principalmente em função
P ligado ao Al nessa matéria orgânica ser matita (Fe2O3), em diferentes proporções do aumento da capacidade de troca de
mais solúvel do que o P ligado à argila na fração argila e com pequenas quanti- cátions (CTC) e de sua reciclagem via
(Thomas, 1986). dades de minerais fornecedores de K ,nas plantas de interesse econômico e de co-
frações mais grosseiras (areia e silte) as bertura do solo. Assim, quando aumenta
Potássio reservas de K não trocável tendem a ser o carbono orgânico total no solo, au-
O potássio (K) do solo é, usualmente, distin- pequenas, caracterizando ambientes menta também a CTC, e isso proporciona
guido nas seguintes formas: K na solução onde são baixas as reservas de médio a um grande efeito sobre o K trocável na
do solo (Ks); K trocável (Kt), fracamente longo prazo. Nesses ambientes de solo solução do solo. Como consequência da
retido na CTC do solo; K não trocável (Knt), é comum verificar redução significativa maior CTC, há menor quantidade de K na
solução do solo e, portanto, será menor
sua perda por lixiviação. Resultado con-
Rodrigo Estevam Munhoz de Almeida
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do país. Num período de cerca de 90 dias, ção da rotação com nabo correspondeu à ção do solo e adubação. Planaltina: Embrapa
pode liberar na superfície do solo, para aplicação de 160 a 210 kg ha-1 de K antes do Cerrados, 2002.
o trigo subsequente, até 200 kg ha-1 de K, trigo. Se não houver cultura para utilizar o STEVENSON, F. J. Cycles of soil. New York:
que fora retirado da solução do solo e que K, nesse período, ele estará sujeito a per- Wiley-Interscience Publication, 1986.
poderiam ter sido lixiviados em profundi- das por erosão, escoamento superficial ou THOMAS, G. W. Mineral nutrition and fertilizer
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dade. Nesse sistema (milho/nabo/trigo), lixiviação. O SPD permite a utilização mais
No-tillage and surface-tillage agriculture;
verificou-se a ciclagem de 770 kg ha-1 de K, eficiente do K do solo e do K aplicado como the tillage revolution. New York: John Wiley,
em contraste com 483 kg ha-1 no manejo fertilizante (Mielniczuk, 2005). 1986. p. 1-18.
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