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211 p.
Texto Eletrônico.
ISBN: 978-85-61693-13-8
CDD 910
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE - UERN
CAMPUS AVANÇADO PROFA. MARIA ELISA DE ALBUQUERQUE MAIA – CAMEAM
CURSO DE GEOGRAFIA
COMISSÃO ORGANIZADORA
Docentes
Prof. Me. Agassiel de Medeiros Alves (UERN)
Profa. Ma. Alexsandra Fernandes de Queiroz (IFRN)
Prof. Dr. Cícero Nilton Moreira da Silva (UERN)
Profa. Ma. Francisca Elizonete de Souza Lima (UERN)
Prof. Me. Franklin Roberto da Costa (UERN)
Prof. Esp. Francisco Leodécio Feitoza (UERN)
Prof. Dr. Josiel de Alencar Guedes (UERN)
Prof. Me. Josué Alencar Bezerra (UERN)
Profa. Ma. Jacimária Fonseca de Medeiros (UERN)
Profa. Ma. Jucicléa Medeiros de Azevedo (UERN)
Prof. Me. Laerton Bernardino da Costa (UERN)
Profa. Dra. Larissa da Silva Ferreira Alves (UERN)
Prof. Me. Luciano Vieira Dutra (IFRN)
Prof. Me. Luiz Eduardo do Nascimento Neto (UERN)
Prof. Dr. Rosalvo Nobre Carneiro (UERN)
Profa. Ma. Rute Soares Paiva (UERN)
Profa. Dra. Tereza Sandra Loiola Vasconcelos (UERN)
Técnica
Maria de Fátima Diógenes (UERN)
Discentes
Aluízio Bezerra Júnior
Ana Paula de Oliveira Gomes
Anderson Matheus André de Oliveira
Carla Camila Gomes Freitas
Conceição Kévia Firmino da Silva
Dionizia Simplicio Bisneta
Francisca Ariane Lopes da Silva
Francisco Alves da Costa Neto
Jesiel Éverson Alves Ribeiro
José Edson Leite Oliveira
José Ricardo de Sousa Silva
Kedson Kerlly Freitas Brasil
Maria Erlane Bezerra Bessa
Maria Juciana dos Santos Oliveira Silva
Maria Juliana do Nascimento
Maria Najla Sampaio da Silva
Noalda Vanessa Laurentino de Sousa
Renata de Holanda Silva
Robson Renato Sales do Nascimento
Viviane Nogueira de Lima
COMITÊ EDITORIAL
SUMÁRIO
Pág.
Apresentação 08
Larissa da Silva Ferreira Alves
Rosalvo Nobre Carneiro
Resumos expandidos
I. AS METOLOGIAS NO ENSINO DE GEOGRAFIA - REALIDADE 10
VIVENCIADA EM DUAS ESCOLAS DA REDE PÚBLICA DE ENSINO NA
CIDADE DE CAICÓ (RN)
Adynamôr Lucena de Medeiros
Sandra Kelly de Araújo
II. PRODUÇÃO DE MAPAS TÁTEIS PARA DEFICIENTES VISUAIS 15
Ivanilza Maria Lopes Ferreira
Lívia de Oliveira Soares
Artigos
III. A IMPORTÂNCIA DO LIVRO DIDÁTICO NO ENSINO DE GEOGRAFIA 19
Daiane de Almeida Santos
Ana Angélica Fernandes Freitas
Maria José Costa Fernandes
IV. A FORMAÇÃO DO LICENCIADO EM GEOGRAFIA E SUA RELAÇÃO COM 29
O ESTÁGIO SUPERVISIONADO
Ellano Jonh da Silva Matias
Lucas Gabriel da Silva
Maria José Costa Fernandes
V. A CONTRIBUIÇÃO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM GEOGRAFIA 41
PARA A FORMAÇÃO DOCENTE
Anderson Monteiro Araújo
Francisca Elizonete de Souza Lima
VI. A REFLEXÃO ENQUANTO ELEMENTO IMPORTANTE NO ESTÁGIO 53
Francisco Gabriel da Silva
Francisca Elizonete de Souza Lima
VII. O ENSINO DE CLIMATOLOGIA: I MOSTRA: MATERIAIS DIDÁTICO- 63
PEDAGÓGICOS DE CLIMATOLOGIA NA ESCOLA ESTADUAL ALMINO
AFONSO EM MARTINS-RN
Judson Tavares Matias
Yana Karina de Lima Souza
Heleriany de Medeiros Madeiros
VIII. A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA NO ENSINO DE GEOGRAFIA NA ESCOLA 74
ESTADUAL PADRE JOSÉ DE ANCHIETA EM SERRA DO MEL/RN
Tayline Cordeiro Pereira
Ananias Cordeiro Pereira
Maria José Costa Fernandes
Apresentação
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R esumos expandidos
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INTRODUÇÃO
Nos dias atuais, é preciso superar a ideia de que o ensino de Geografia deve ser
fundamentalmente teórico, mnemônico, sem significado e distante da realidade em que vivem
os alunos. De acordo com Callai (2011, p. 15) “fazer a educação geográfica requer esforço de
superar o simples ensinar Geografia ‘passando conteúdos’ e procurar com que os alunos
consigam fazer as suas aprendizagens tornando significativos para suas vidas estes mesmos
conteúdos”. Nesse sentido, quando se sentem ‘sujeitos do processo’ os alunos se sentem
entusiasmados e despertam interesse pelo tema, pela conversa, pela busca de resolução,
consequentemente pela própria disciplina.
É importante que o ensino de Geografia possa problematizar o cotidiano dos alunos,
de modo a superar os obstáculos para uma educação geográfica significativa. Nesse sentido,
o componente curricular Geografia possui práticas e conteúdos, que precisam ser
desenvolvidos, a fim de se alcançar os objetivos propostos. Nessa perspectiva, Guimarães
(1995) afirma que se durante a aula, o docente mantiver apenas no conteúdo pelo conteúdo,
se a realidade do aluno não for considerada, estará descontextualizando o conhecimento e
contribuindo para uma aprendizagem que não tenha significado para a vida do aluno, ou seja,
estará levando-o à alienação.
Na década de 1990 houve a reorganização atual da estrutura educacional brasileira,
com a entrada em vigor da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB, 9.394/96) e na
elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Nesse cenário, estará em foco à
inclusão dos temas transversais que perpassam pelas diferentes disciplinas escolares (BRASIL,
2001). Os mesmos devem servir como “pontes” entre o conhecimento dos currículos escolares
e a realidade de vida dos alunos. No entanto, a realidade em que os PCNs foram constituídos
se deu muito diferente do esperado, houve pouco debate para sua elaboração e pouca
participação de professores e pesquisadores da área educacional. Mesmo diante dessa
realidade, os PCNs não pode ser esquecido como documento oficial, fazendo parte dos
trabalhos escolares e até mesmo na construção do Projeto Político Pedagógico das escolas,
sendo uma ferramenta de apoio para educadores (PONTUSCHKA, PAGANELLI, CACETE, 2009).
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METODOLOGIA
Os procedimentos e os instrumentos técnicos adotados foram determinantes na
obtenção de dados através de fontes bibliográficas e entrevistas. A pesquisa bibliográfica
contribuiu para conhecer condições de ensino favoráveis para o uso de metodologias no ensino
de geografia. Dentre as obras a serem utilizadas estão: Callai (2011), Guimarães (2007),
Libâneo (1994) Pontuschka et al. (2009) e fonte documentais, como os Parâmetros
Curriculares Nacionais – PCN (BRASIL, 2001), que permitiu uma reflexão sobre a temática em
questão.
Após essa etapa, efetuou-se entrevistas individuais semiestruturadas, que foram
enunciadas pelo pesquisador e respondidas pelos professores que lecionam a disciplina
Geografia em duas escolas da rede pública de ensino, como o objetivo de investigar o uso de
metodologias pelos professores de Geografia. Nesta perspectiva, os aportes teóricos e
empíricos foram fundamentais para análise das falas dos sujeitos, procurando identificar os
pontos comuns, as dificuldades e as possibilidades de superação qualitativas de umas e outras.
RESULTADOS
As informações coletadas se deram a partir de questionários aplicados a dois
professores de Geografia do ensino fundamental maior de duas escolas pertencentes à rede
pública de ensino da cidade de Caicó-RN. O professor A, leciona a disciplina Geografia há 06
meses na Escola Municipal Presidente Kennedy, o mesmo possui licenciatura plena em
Geografia, tendo concluído no ano de 2015, pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
O professor B, tem 25 anos de exercício na docência, atualmente leciona a disciplina Geografia
em turmas do 6º ao 9º ano da Escola Estadual Senador Guerra, também localizada na cidade
de Caicó. O mesmo possui licenciatura plena em Geografia, tendo concluído no ano de 1995,
pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Entre os professores pesquisados é consenso sobre a importância da metodologia de
ensino para suas aulas de Geografia e a definem assim:
Professor A: “A metodologia é uma ferramenta indispensável para minhas aulas, pois dela me
fomento e subsidio para uma melhor desenvoltura e desempenho qualitativo em minhas
aulas”.
Professor B: “Muito importante. Toda atividade exige metodologia, dependendo do caráter da
atividade têm-se uma metodologia apropriada”.
Nesse caso, é preciso dizer que a aplicação das diferentes metodologias que se faz
em sala de aula, vai depender do significado delas para o docente e para o discente durante
o processo de ensino e aprendizagem. Nesse sentido, pode-se afirmar que cada situação
didática, exige do professor práticas e métodos adequados que possibilitem a aprendizagem
dos alunos.
Questionados sobre as metodologias mais utilizadas em suas aulas, os professores
mencionaram o seguinte:
Professor A: “Por iniciar recentemente minha vida docente no meio escolar e ter vivenciado
no meio universitário as metodologias as quais me amparo essencialmente são: aulas
expositivas dialogadas, o uso de leituras individuais e conjuntas como forma incentivadora da
prática de ler, aulas com recursos audiovisuais, pesquisas e trabalhos interpretativos em
grupos”.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
No âmbito escolar, é importante promover um ensino de Geografia que leve em
consideração a realidade em vive o aluno, é preciso que os conhecimentos sejam
contextualizados e a aprendizagem se torne significativa para sua vida. Além disso, existe a
necessidade de do professor fazer uso de diferentes metodologias, auxiliando-o em novas
práticas e tornando a aprendizagem dos temas geográficos relevantes para a vida dos alunos.
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais:
Geografia. Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF; 2001.
CALLAI, H. C. Em busca de fazer a educação geográfica. In: CALLAI, Helena Copetti (Org.).
Educação geográfica: reflexões e prática. Ed. Ijuí, 2011. P.15-33.
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material, na cartografia utilizamos os mapas, mas o que fazer para que os deficientes visuais
compreendam o assunto se o mesmo não tem oportunidade de enxergar esse mapa? A
compreensão do conteúdo se tornara praticamente impossível se não houver material
adequado para esse aluno, então durante as oficinas ministramos um pouco sobre a história
dos mapas, sobre o avanço tecnológico dos mesmos e sobre os mapas táteis, ao final da
oficina foi proposto aos discentes a confecção dos mesmos, para isso utilizamos isopor, arroz,
feijão, milho, papel crepom, e.v.a, entre outros, essas oficinas contribuíram muito na nossa
formação como futuros professores, pois no decorrer da nossa vida profissional encontraremos
muitas dificuldades ao longo do caminho, mas que não devemos desistir, mais insistir e sempre
inovar nossos métodos de ensino.
Além disso, analisamos ser um tema muito importante a ser trabalhado em sala de
aula, já que entendemos a dificuldade dos alunos com deficiência e também ao realizarmos
os estágios I e II, essa realidade pode ser observada, conhecemos a realidade das escolas
públicas com relação aos materiais adequados na utilização das práticas docentes no ensino
de geografia,
Concluímos que o ensino de geografia pode ser inovado através de novas técnicas de
ensino, desde que o professor tenha sempre o desejo de criar e desenvolver novos métodos,
que possam atrair os alunos e para que os mesmos se sintam motivados a participar
ativamente das aulas de geografia. Ao desenvolvimento do nosso trabalho percebemos o
interesse por parte dos alunos em conhecer e confeccionar tais mapas.
Assim ficamos cientes que a cartografia temática pode ser trabalhada em diversos
sentidos, mais o que nos chamou mais atenção foram os mapas táteis, pois através dos
mesmos os deficientes visuais conseguem criar mapas mentais, a partir disso conseguem se
localizar em que espaço estão inseridos, esse trabalho foi fundamental para ampliar nossos
conhecimentos, para a vida acadêmica e futuro profissional.
REFERÊNCIAS
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A rtigos
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RESUMO
Esse trabalho surgiu da necessidade de compreender o livro didático dentro do
contexto da sala de aula, na perspectiva de melhorar o ensino e perceber as necessidades
e desafios que o professor enfrenta na sua aplicabilidade. O objetivo da pesquisa foi
abranger a importância do uso do livro didático de Geografia, no ensino médio, assim
como, instrumento de ensino-aprendizagem, investigando sua utilização em sala de aula
pelos alunos e professores. Analisamos como estava o aprendizado na disciplina
Geografia, a maneira pela qual estão sendo explicados os conteúdos, e quais eram os
assuntos que os alunos do ensino médio possuem mais dificuldade ou facilidade no
aprendizado, se eram da área física ou da humana, e que outras metodologias de ensino,
além do livro didático que estão sendo impostas pelos professores para superar as
dificuldades encontradas na falta de interesse dos alunos pela geografia. O
desenvolvimento desse trabalho partiu da aplicação de questionários com os professores
de Geografia da Escola Centro de educação Integrada Prof. Eliseu Viana (CEIPEV),
localizada na cidade de Mossoró-RN, e com 70 alunos do ensino médio da referida escola,
o que representa um percentual de 10% do total de alunos, matriculados no ano de 2014.
As perguntas levavam em consideração qual o papel do livro didático como instrumento
de aprendizagem. Os resultados obtidos na pesquisa mostraram que tanto os alunos como
os professores, caracterizaram a importância do livro didático como ferramenta no
ensino/aprendizado, onde 83% dos alunos expõem que a utilização do livro didático é
fundamental. Diante da pesquisa realizada fica exposto que o aprender é um processo
em construção, que somente com a ajuda dos professores e alunos podemos tornar o
conhecimento, com valores significantes. Dessa forma, reeducamos os nossos olhares
para uma aprendizagem de sentido e valores focalizado a educação como um processo
em constante mudança.
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1 INTRODUÇÃO
A escola exerce um papel fundamental na vida das pessoas, tanto social como política
e econômica, auxiliando na função de uma base, para que no futuro tornarmos cidadãos
conscientes das nossas atitudes na sociedade. Tendo como passo norteador a educação que
se oficializa nas escolas com participação ativa dos alunos como sujeito que recebem e
produzem conhecimento, e cremos que esse é o papel da escola preparar e encaminhar os
alunos a exercer sua cidadania no meio em que vivem. Por isso, a educação está presente
nas escolas como o principal elemento modificador do mundo, através da conscientização
dos seres humanos.
Ao se falar em educação na escola cabe aqui retratar a importância do livro
didático, que também é peça fundamental para o aprendizado e conhecimento dos alunos,
desde que seja utilizado de forma correta, seguindo assim metodologias adequadas para
que o conteúdo seja explicado ao longo do ano de forma proveitosa para o aluno.
Partindo desta concepção do livro didático como ferramenta de ensino na sala de
aula, articulando os conteúdos com as diversas escalas de análise da Geografia, que vão do
local ao global podemos perceber como são necessário esses conhecimentos para o aluno,
para que o mesmo tenha domínio da teoria e a pratica do processo geográfico. Para
enriquecer essa pesquisa realizamos um breve relato sobre a importância do livro didático
no ensino de geografia, e também, conhecer qual é a posição dos professores como
mediadores do ensino, e principalmente como está sendo trabalhado o livro didático de
geografia.
Está análise foi realizado no Centro de Educação Integrada Professor Eliseu Viana,
localizado na Rua Duodécimo Rosado, s/n, Bairro Doze Anos, e recebe também alunos de
diversos bairros de Mossoró (Santo Antônio, Bom Jardim, Barrocas, Doze Anos, Paredões,
os Abolições, Boa Vista entre outros). É composta por quatro grandes blocos principais,
sendo três blocos de salas de aula e um bloco administrativo, o CEIPV possui apenas três
laboratórios, pois partilha o espaço com dois ramos das ciências exatas e informática, são
eles: Física e Matemática, Biologia e Química, e Informática. A Escola possui t a m b é m uma
Sala de Vídeo e Biblioteca, além de uma área de lazer.
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A sociedade atual passa por mudanças que são marcada pelos avanços das novas
tecnologias, modificando a vida dos cidadãos exigindo qualificação profissional. Analisando
essa questão a educação é considerada como fundamental para o aprendizado, e nela
destaco o livro didático como um dos principais instrumentos de ensino/aprendizagem no
ensino de geografia.
A sociedade se modificou, as tecnologias ganharam espaços, e vem se inovando a
cada dia mais, vivemos uma nova era, a da informação em tempo real, ou seja, o
conhecimento estar em constate mudança e tudo acontece em rápida velocidade. Temos
conhecimento acessível em todo o lugar, o mundo mudou, a maneira de ensinar também se
caracteriza com as novas tecnologias dentro da sala de aula com uso de multimídias,
computadores e infográficos, tudo isso em busca de um aprendizado de qualidade. Contudo,
a educação é e sempre vai ser questionada. Qual é a maneira “certa” de educar? Qual a
ferramenta para auxiliar as aulas e o professor? Para essas perguntas trago uma resposta,
o livro didático não apenas como o único recurso, mas como o mais próximo da realidade
de todos, desde que seja utilizado de forma bem-sucedida.
Ele surgiu para complementar os livros clássicos e tornar mais fácil a alfabetização.
Tendo em vista que a sua origem não é tão recente.
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direito aos livros didáticos para os estudantes como o Programa Nacional do Livro Didático–
PNLD, em vigor desde 1996.
Com o compromisso Brasileiro nos anos de 1990 iniciou-se um conjunto de medidas
com pareceres e atuações, principalmente, na educação para todos, com um processo de
transformações, que trouxe uma série de ações, A Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional-LDBN/1996, a prática dos Parâmetros Curriculares Nacionais-PCN/1996, as
Diretrizes Curriculares Nacionais-DCN/2000, esses conjuntos de ações gerou mudanças
fundamentais ao estado, universidades e escolas, processos esses avaliativas da educação
básica e superior e dos livros didáticos.
Na educação houve várias mudanças imposta pelo estado, em forma de ações.
Especialmente, a partir da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDBEN9.394/96.
Conjunto de ações que incluía desde os Parâmetros Curriculares Nacionais(PCN) para o
ensino fundamental e médio, as diretrizes curriculares para a formação de professores em
nível superior, o exame nacional do ensino médio(ENEM) da Avaliação do Ensino
Superior(ENADE) da Pós-Graduação(CAPES) e o Plano Nacional de Avaliação dos Livros
Didáticos(PNLD). Tendo o estado um poder controlador sobre a escola, interferindo nas
discursões sobre a seleção, e avaliação dos conteúdos.
O livro didático, torna-se parte dessas ações estabelecidas pelo estado, de forma
mais econômica, o livro engloba todo o texto, tornando mais fácil, e barato, estando
acessível a todos. É nele que se concentra os conteúdos e atividades que servem como guia
para alunos e professores (TORRES,1996). Concordo com Torres e analiso o fato de ser
compreensível e todos terem acesso, afinal vivenciamos o século XXI mas nem todos tem
acesso e conhecimento para manusear um computador e suas ferramentas. Para facilitar o
PNLD estabeleceu como critério para a aprovação de livros didáticos a sua adequação ao
PCN.
Os livros didáticos está caracterizado como peça essencial dentro das escolas,
auxiliando os professores no ensino/aprendizado, permanecendo como um instrumento
capaz de transmitir conhecimentos que possibilita saberes nos alunos. No entanto é
necessário a atuação do professor como mediador, para ministrar o uso de forma apropriada
para melhor se ter a compreensão dos conteúdos, estabelecendo mudanças no ensino, e
que seja avaliado pelos alunos com discursões, críticas, que eles possam crescer, produzir
e usar dos bens culturais, sociais e econômicos tornando cidadãos modificadores na
sociedade.
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E por fim a quinta unidade, com um tema bastante importante sobre: Natureza,
Sociedade e Ambiente. Aqui trabalha-se sobre a questão ambiental e desenvolvimento
sustentável, a dimensão global de alguns problemas ambientais e domínios morfoclimáticos
e questão ambiental no Brasil.
O livro possui um conteúdo de bom entendimento aos alunos, possui bastante
imagens que ajuda na compreensão do aluno. É composto de atividades no final dos capítulos,
inclusive questões do Enem e vestibulares, e no final de cada unidade ou capítulo contém
dicas de filmes, livros e sites que ajudam no entendimento da aula. No final do livro contém
mapas do mundo e do Brasil, e tem as referências bibliográficas.
O livro apresentado é rico em diversos questionamentos e discursões, trabalhar a área
física da geografia, tanto do mundo como do Brasil, desde modo, não basta somente o livro
como recurso, o professor deve buscar outros meios que possam dar assistências na sala
de aula, pois nesses assuntos da área física é necessário ter a parte pratica nas aulas, como
por exemplo uma aula de campo, ou algo que o aluno esteja envolvido, ou seja que ele
próprio faça ou perceba ao seu redor, e que isso tenha algum sentido em sua vida, para isso
o professor deve agir como intermediário desde aprendizado de tal maneira que a teoria e a
pratica caminhe juntas no universo que é aprender a geografia física.
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Foi questionada aos alunos sobre o que os mesmos achavam da utilização dos livros
em sala de aula, a maioria deles, 83% relatam a importância desse instrumento, enquanto
que 13% acha sua utilização sem importância e desnecessária, e 4 % não quiseram opinar
sobre a questão. Para justificarem suas respostas os mesmos disseram o seguinte a esse
respeito.
Aluno “A” Consigo aprender bastante com o livro pois tem muita influência
em nosso aprendizado” e “Sim, o livro esclarece muita coisa no exercício, pois tem
muito assunto” (grifo nosso).
Aluno “B “O conteúdo do livro é muito complicado e muito extenso” e “São
difíceis demais” (grifo nosso).
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Como podemos ver muitas vezes os alunos tem opiniões diversas em relação a
importância desse instrumento de aprendizagem. Enquanto alguns deles conseguem utiliza-
lo outros os identificam como de difícil leitura e entendimento.
Em relação à consulta aos livros didáticos para estudos complementares e pesquisas
os alunos se dividiram da seguinte forma: 47% deles afirmaram que nunca utiliza os livros
didáticos fora da escola, 33% afirmam que os utiliza fora da escola e 20% os utiliza quando
surgem dúvidas em relação aos conteúdo. Isso nos revela como esses alunos encontram
dificuldades para acompanhar os assuntos pelo livro, apesar de ele ser o principal instrumento
de apoio para seu acompanhamento das matérias.
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REFERÊNCIAS
BEZERRA, Jackson Leandro da Silva. SILVA, Rafael Fernandes. SILVA, Renaly Fernandes,
O livro Didática e o Ensino de Geografia.1° edição. Porto Alegre,2010.
BITTENCOURT, Circe (org.). O saber histórico na sala de aula. 4ª Ed. São Paulo:
Contexto, 2001.
DANYLA, Martins Rezende. LUCIENEIDE, Mendes Pires, A visão dos alunos do ensino
médio sobre o ensino de geografia: um estudo de caso do 4 instituto federal
goiano-campus morrinhos. ENPEG 10° encontro nacional de prática de estudo em
geografia. De 30 de agosto 02 setembro de 2009, Porto Alegre.
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RESUMO:
As transformações em relação à formação de professores vêm se refletindo na forma
de pensar o Estágio Supervisionado desenvolvido nos cursos de licenciaturas, visto que este
componente curricular sempre foi visto como a parte prática dos cursos de formação das
licenciaturas, com a finalidade de proporcionar uma aproximação com a realidade escolar que
o aluno encontrará ao iniciar a sua prática e saberes docentes. É neste contexto que o presente
estudo tem por objetivos, analisar o perfil do aluno estagiário do curso de geografia atuante
no ensino médio, refletir sobre a COntribuição do componente curricular estágio na formação
do professor. Os percursos metodológicos iniciam-se com revisão bibliográfica acerca da
temática relacionada ao ensino de geografia, elaboração e aplicação do instrumento de
pesquisa nas turmas de estágio IV com uma amostragem de 50% do corpo discente
matriculado no componente no semestre letivo de 2015.2. A experiência averiguada neste
trabalho possibilitou uma maior compreensão dos desafios e perspectivas da prática docente
trabalhada pelos licenciando em geografia. Assim em nossas reflexões ao longo desta
pesquisa, entendemos o Estágio Supervisionado como um momento de aprimoramento dos
conhecimentos com as habilidades essenciais ao exercício da profissão docente, que tem como
função integrar teoria e prática do saber docente. Tratando-se de uma experiência de caráter
formador e sócio-política, que proporciona ao docente do curso de licenciatura em geografia
a participação em situações reais de vida e trabalho no ambiente escolar.
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Aspectos acadêmicos
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É possível perceber nas falas de alguns licenciandos que mesmo não pensando em
ingressar na licenciatura em Geografia desde o inicio, eles buscam uma afinidade e identidade
com a disciplina durante os alunos cursados durante a educação básica como forma de ajuda
na escolha desta ciência como forma de qualificação profissional, muitas vezes suas escolhas
sendo já em ultima instancia, após muitas tentativas de ingresso em outras áreas como aponto
os resultados expostos. Um outro dado revelado durante pesquisa foi o numero de
licenciandos desnivelados no curso de licenciatura em Geografia, sendo cerca de 40% dos
discentes contrapondo 53% que estão regulamente em nivelado com a grande curricular do
curso, 7% não opinaram no item da questão. Como justificativa ao dado elevado de discentes
desnivelados muitos apontam que reprovaram algumas matérias consideradas pré-requisito
segundo a grade curricular do curso de licenciatura em Geografia, pois dessa forma os
impossibilitaram de se matricular no componente de Orientação e Estágio Supervisionado
tendo o mesmo um pre requisito de todas as disciplinas cursadas até esse período do curso.
É possível perceber ao averiguamos os resultados expostos pelos licenciandos nos
aspectos acadêmicos, que desde o inicio não se é visado às áreas das licenciaturas como um
campo profissional atrativo, estas sempre ficando em segundo plano nas escolhas dos
interessados em prestar vestibular ou ENEM como forma de ingresso ao Ensino Superior, como
demostra a escolha por geografia, e suas justificativas. Aliado a isso também é valido abrimos
um parêntese para o numero de alunos declarados desnivelados em relação ao curso de
Geografia, muitos apontam as disciplinas pré-requisitos estruturadas na grade curricular, mais
será que somente isso será justificativa plausível para tal acontecimento? Ou é necessário
irmos mais há fundo nesta questão e rever o real interesse dado à licenciatura pelos seus
licenciandos.
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perspectiva de saber docente que iniciamos as análises com mais afinco em relação ao papel
do Estágio Supervisionado na formação docente em Geografia, e iniciamos com a seguinte
indagação aos licenciandos: Antes de iniciar o Estágio Supervisionado já teve alguma
experiência em sala de aula?
6%
38% Sim
Não
56%
Gráfico 01: Antes de iniciar o Estágio Supervisionado já teve alguma experiência em sala de
aula?
Fonte: Elaborado a partir dos dados coletados da pesquisa realizada ( Março 2016).
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professores ou contratos firmados com órgão públicos educacionais para lecionar em caráter
de urgência. A seguir prossegue relatos de licenciandos:
“Ministrei aula durante oito meses contratado pelo estado no 7° ano do ensino
fundamental; A minha experiência com a docência veio com projetos voltados
para tal, como o PBID e o PRODOCÊNCIA; Através do PIBID. Esse projeto me
ofertou a oportunidade de estar em sala de aula bem antes do estágio.”
(Relato dos licenciandos apontados na pesquisa / Mar – 2016).
6%
44% Sim
Não
50% Não Informado
O gráfico 02 vem confirmar o que já foi em linhas gerais discutido no texto, contudo
queremos aqui fazer uma analogia de combribuição que os projetos de iniciação a docêcia
podem dar ao Estágio Supervisionado subsidiando um novo olhar, uma nova concepção a este
componente curricular como espaço da pesquisa docente, sim isso é possível tendo em vista
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que uma das competências desses programas em especial o PIBID é subsidiar a inserção do
seu bolsista ao exercício da pesquisa cientifica como forma de crescimento do seu currículo,
deste modo se estamos lapidando futuros docentes, é coerente que seu espaço de pesquisa
seja sua prática, seu ambiente de ação docente. Em meio a isso Bezerra (2013, p.52) ressalta
que:
Por fim, cabe destacar que os as aspetos dos saberes docente possuem uma
característica importante na formação docente, juntamente com as experiências vivenciadas
pelos licenciandos sejam elas em sala de aulas ou através de projetos de iniciação as docências
muito antes de iniciarem seus trajetos no estágio fomentam tal disciplina (Estágio
Supervisionado) enquanto espaço para formação integral do aluno e aproximação à realidade
docente proporcionada o futuro docente professor- pesquisar e auto reflexivo de sua prática.
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do curso de Geografia a interrogação “chave” que norteia a proposta deste presente trabalho,
entendemos que a vivência no estágio não poderia ser tabulada em gráficos ou números que
revelassem a experiência dos discentes, pois assim estaríamos afunilando suas respostas e as
enquadrando em moldes.
Desse modo, idealizamos um questionamento totalmente aberto que o licenciando se sentisse
a vontade para expressar sua vivência no estágio enquanto futuro docente, fazendo o seguinte
questionamento: O Estágio Supervisionado contribui para o seu amadurecimento enquanto
futuro professor, unindo a teoria com a prática escolar no fazer docente? Relate brevemente
sua vivência no estágio. Desse modo destacamos a seguir os relatos dos licenciandos do
Estágio Supervisionado IV, os quais evidenciam em suas palavras a relação da realidade que
o estágio proporciona e a sua oportunidade de concatenar a teoria e a prática para a formação
dos discentes enquanto futuro docente.
“Sim. Acredito que toda e qualquer profissão seja ela qual for o estágio é uma
forma de adquirir experiência e conhecimento na mesma.”; “Sim, de maneira
absoluta ao ‘entra’ literalmente na sala de aula a atmosfera vivenciada nos faz
perceber o quanto necessita-se estudar.”; “Sim, me mostrou a realidade
dentro da sala de aula, a experiência adquirida.”; “Com certeza, lá irei
repassar o que foi aprendido durante todos os anos de faculdade, além de
que, estarei aprendendo também com os próprios alunos.”; “Sim, no estágio
podemos perceber se realmente é a profissão que queremos.”; “O estágio de
fato contribui para o futuro professor lhe dando perspectivas de uma futura
profissão. Em relação ao debate entre teoria e prática, o estágio ainda não
consegui superar esse debate, a teoria às vezes acaba sendo muito bela no
papel, somente nele. As vivencias foram tranquilas e interessantes
desmitificando a história da escola como um lugar desconhecido e até
inesperado, violento ...” .” (Relato dos licenciandos apontados na pesquisa /
Mar – 2016).
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licenciandos o significado que este espaço de formação docente exerce em suas vidas de
qualificação docente, proporcionando a construção de suas identidades docentes.
A vivência no Estágio Supervisionado deixa clara segundo os licenciandos que há uma
possibilidade de um aprendizado imprescindível para que possam refletir frente a docência,
proporcionando enriquecer o seu objetivo de estudo e ensino na realidade vivenciada enquanto
futuros docentes. Nesse contexto Silva (2015) colabora dizendo que pensar o estágio significa
conceber a ação docente como meio articulador no próprio processo de formação docente,
tendo um caráter político, social e humano no sentido que estas ações propiciam um
reconhecimento profissional docente.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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LIMA, Iana Bárbara de Oliveira Viana; CABRAL, Rosiane Muniz; SILVA, Jacilane Bezerra da.
Estágio curricular supervisionado em Geografia III: Experiências vivenciadas na prática
docente. Geosaberes, Fortaleza, v. 5, n. 9, p.03-12, 2014. Semestral.
www.geosaberes.ufc.br.
PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L.; Estágio e docência. 7. Ed – São Paulo: Cortez, 2012.
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RESUMO:
O Estágio Supervisionado se constitui como um componente de grande importância no
curso de licenciatura, pois é nesse momento da graduação onde o licenciando tem seu primeiro
contato com o ambiente escolar e principalmente com a sala de aula, já adquirindo grande
experiência para o seu futuro profissional. Neste intento, o presente artigo tem por objetivo
expor algumas reflexões construídas durante o nosso primeiro estágio de observação em
escola pública, no curso de Geografia do CAMEAM/UERN. Para a construção deste trabalho
foram realizadas reflexões teóricas baseadas em autores como Pimenta e Lima (2010), Lima
(2012), Strarforini (2011) e Fantin (2010) que refletem o universo concernente ao estágio
docente e as particularidades inerentes a esse processo. Ainda, como procedimento
metodológico, foram feitas as observações na escola campo de estágio, Escola Estadual
Professora Maria Edilma de Freitas, na turma do 7º ano II, onde tivemos a oportunidade de
observar o universo da escola e os elementos inerentes ao processo ensino-aprendizagem,
além da oportunidade de exercer a docência, a partir da execução de oficinas temáticas. Assim,
diagnosticamos que o Estágio se torna momento propício para compreender as possibilidades
e os limites dos sujeitos envolvidos no espaço escolar na atual sociedade, bem como auxilia-
nos na decisão de exercer ou não a docência.
1 INTRODUÇÃO
O Estágio Supervisionado se constitui como um componente curricular em todo e
qualquer curso de licenciatura, apresentando uma grande importância nesse contexto, pois, é
nesse momento da graduação onde o licenciando tem seu primeiro contato com o ambiente
escolar e principalmente com a sala de aula, já adquirindo grande experiência para o seu
futuro profissional. Além disso, o estágio permite conhecer a dinâmica da escola e entender
um pouco a realidade dos alunos que lá estão inseridos. Nesse sentido, o presente artigo tem
como objetivo trazer reflexões acerca da experiência adquirida no Estágio de observação I,
considerando este momento de grande relevância para a construção e formação da prática
docente.
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O estágio proporciona uma reflexão acerca da docência, pois é a partir das suas
vivências inicias que o estagiário busca refletir a sua formação, bem como as suas atitudes
dentro da sala de aula, enquanto futuro docente. Haja vista a necessidade de uma melhor
formação docente é preciso que se tenha um bom planejamento, que, segundo Pimenta e
Lima (2010) se apresenta como um processo contínuo e coletivo, favorecendo dessa maneira
um processo de ensino-aprendizagem mais apropriado. Portanto, o planejamento e a avaliação
são dois fatores processuais inter-relacionados que mediam a ação docente e o processo de
ensinar e aprender. Contribuindo com essa reflexão a respeito de planejamento, Pimenta e
Lima (2010) lembram que:
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Desse modo, fica perceptível, nas palavras das autoras, que a organização do trabalho
do professor é um reflexo do processo de ensino aprendizagem. Por isso fica evidente que é
preciso se ter um bom planejamento e avaliação da práxis docente para a construção exitosa
do processo de ensino-aprendizagem, visto que estes fatores são grandes responsáveis para
o exercício da vida professoral. Entretanto, essa realidade é posta em grandes dificuldades,
uma vez que muitos estagiários, quando chegam a seu campo de estágio, encontram
problemas tanto em questões didático-pedagógicas, como uma forte desvalorização do
profissional, além de problemas estruturais. Porém, todos esses fatores contribuem para uma
reflexão sobre as barreiras existentes no contexto escolar e na prática docente.
Sendo assim, a observação é a realização de um contato pessoal do estagiário com a
escola, possibilitando o conhecimento da realidade daquele espaço escolar, para
posteriormente intervir, com a ajuda do professor colaborador de tal componente curricular.
Outro objetivo, alcançado também no período da observação, foi a organização e a coleta de
dados para servir de uma melhor compreensão da experiência adquirida durante o período do
estágio.
Outra perspectiva do estagiário deve ser a de compreender os objetivos da escola e
por isso é de fundamental importância conhecer os documentos em que a escola é regida, tais
como o Projeto Político Pedagógico (PPP) e a dialética existente no espaço de atuação,
incluindo também as teias relacionais entre escolas e universidade, tornando-se fator
primordial nesse observar do estagiário. Concordando com essa reflexão, Lima (2012) afirma
que a compreensão da prática docente, como parte do fenômeno educativo, envolve uma
percepção atenta dos processos de ensinar e de aprender, incluindo uma auto-avaliação do
estagiário sobre o sentido e o significado do Estágio em sua vida e formação profissional.
Nesse sentido, enquanto estagiários, precisamos, a cada momento vivenciado no espaço
escolar, nos auto avaliar sobre a importância do estágio para a formação docente, pautados
num olhar crítico e reflexivo, aberto aos questionamentos postos pelas transformações sociais
na contemporaneidade.
Um outro fator a ser considerado na construção do Estágio diz respeito à relação entre
o estagiário e o professor colaborador da escola, pois como cita Lima (2012), o professor não
deve ser um técnico, mas sim um intelectual em processo capaz de auxiliar o estagiário no
desenvolvimento de sua práxis, mas também se permitir aprender com esse sujeito que ora
ele acolhe no ambiente escolar. Para tanto, o objetivo dessa relação deve centrar no
aprendizado de ambos os sujeitos que juntos melhoram sua prática e formação. Ainda sobre
essa discussão Lima (2012) afirma que:
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estabelecem com eles uma relação de troca, que favorece ao diálogo sobre o
ensinar e o aprender a prática profissional, ao mesmo tempo em que
assumem seu papel formador de novos professores. (LIMA, 2012, p. 74).
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transformações das últimas décadas tem provocado uma crise paradigmática aos currículos
escolares. Assim, as reformas educacionais partindo desse princípio, se tornaram técnicas e
ideológicas e os currículos, vistos como um projeto de Estado que buscava a sua legitimação.
Os Parâmetros curriculares de Geografia sofreram muitas críticas, pois, na verdade foram
feitos visando a legitimação do sistema vigente, onde negligenciaram o olhar de um dos
principais sujeitos na relação do ensinar e aprender, que é o professor. Desse modo Straforini
(2011) salienta que:
Assim, a crítica aos PCN de Geografia surgiu após muitos acharem que o projeto
ideológico já estava todo organizado, atendendo a ação do Estado. Desse modo, os PCN foram
elaborados por técnicos do MEC e professores de universidades convidados. Só depois esse
documento chegou na comunidade escolar para debate e apreciação. Nesse sentido, deixaram
de fora a quem mais interessava esses parâmetros, ou seja, os professores da educação básica
que iriam trabalhar diretamente com esse normativo curricular. Nesse viés, acreditamos que
as políticas educacionais brasileiras continuam a acontecer de forma verticalizada “de cima
para baixo”, não atendendo as diversas demandas do ensino público brasileiro e isso também
é fator que contribui com a ineficiência do ensino nos dias atuais.
Straforini (2011) ainda reflete que as críticas ao PCN com relação à Geografia
decorrem das imprecisões e incoerências quanto a definição dos conceitos e das categorias
geográficas, que por muitas vezes estão empregadas como sinônimos ou de forma equivocada.
Além disso, destaca que a própria base filosófica contida nos PCN revela um ecletismo que
longe de ajudar, acaba tornando mais problemática a compreensão acerca da estrutura
curricular proposta.
Nesse sentido, o ensino da Geografia na educação infantil e nos anos iniciais do ensino
fundamental exige do professor uma boa atuação, pois é preciso ir além do que está posto
nos PCNs, se o objetivo for de construir de fato cidadãos críticos-reflexivos, onde a criança
tenha condições de desvendar o mundo em que vive. A esse respeito, Fantini (2010), mostra
que o papel da Geografia nos anos iniciais é ajudar aos alunos na construção da noção espaço-
temporal, como também ajudar a criança entender que ela faz parte do mundo em que vive
e, portanto, deve compreender a construção do espaço geográfico organizado pela sociedade,
a partir da relação entre sociedade/natureza. Assim assevera a autora citada:
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livro do aluno, em mal estado de conservação. No entanto, a professora conseguia driblar essa
problemática, dividindo a turma em grupos no trabalho com o livro didático. Percebemos que
o livro didático é uma importante ferramenta utilizada pela professora. Este não se torna o
“senhor da aula”, mas o norteador do conteúdo a ser trabalhado.
Sabemos nós que o processo de ensino-aprendizagem acontece na inter-relação entre
todos os sujeitos que compõe o ambiente escolar. Então, se pode apreender que a turma do
7º ano, apesar de dificuldades na escrita, falta de livro didático, a precariedade da estrutura
física das salas de aulas e os diferentes níveis de aprendizagem, é uma turma dedicada na
construção do conhecimento mediado pelo professor. Ou seja, percebemos que os alunos são
comprometidos com a aprendizagem e respondem positivamente aos estímulos do professor
a partir dos procedimentos metodológicos para trabalhar os conteúdos.
Durante o período de aulas, foi possível estabelecer uma boa relação com a professora
de Geografia. A mesma, a todo tempo, se mostrava atenta aos estagiários, solicitando ajuda
para algumas atividades a serem realizadas, como por exemplo, na avaliação do 1º bimestre,
onde a turma foi dividida e uma parte desta ficou na responsabilidade do estagiário permitindo
assim um contato com a turma no momento da aplicação de uma avaliação, o que nos
possibilitou experienciar esse momento, considerado um dos mais difíceis, no processo
educativo, pela professora. Além disso, a professora colaboradora buscou manter sempre o
diálogo com o estagiário, falando um pouco sobre a turma e as suas dificuldades encontradas
na prática profissional, enquanto docente. Uma das principais dificuldades relatada por ela diz
respeito à sua carga horária, como também a problemática infraestrutural da escola que aqui
já foi apresentada.
Ela também nos relatou que com a sua carga horária na escola, falta de incentivo à
pesquisa e a qualificação profissional, o professor se vê obrigado a ser apenas “ aulista”, ou
seja, um profissional que está no ambiente escolar apenas para ministrar aula, sem ter a
oportunidade de exercer a pesquisa e participar mais efetivamente de projetos de extensão
em parcerias com outras instituições. Isso, na fala da professora, é um elemento que
desmotiva a docência no ensino básico, pois, no ensino superior há maior incentivo com
relação à pesquisa e a qualificação do profissional.
No que concerne às metodologias utilizadas pela professora, observou-se que, a cada
aula, a professora colaboradora detinha métodos diferentes para conduzir o ensino de
Geografia em sala de aula, destacando entre eles a aplicação de atividades baseados no livro
didático, com auxílio do quadro negro e dos pincéis, a correção destas atividades se dava por
meio da discussão das questões, onde cada aluno tinha oportunidade de ler suas respostas e
participar mais efetivamente do processo de construção do conhecimento.
Além de metodologias mais tradicionais e recursos ainda tão necessários como o uso
do quadro/lousa, a professora costuma utilizar o procedimento da construção de mapas
mentais,1 produzidos a partir do conhecimento prévio do aluno sobre os conteúdos estudados
além de recursos como o projetor de multimídia para a apresentação de slides, que abordava
o conteúdo de maneira facilitadora e em grande parte das aulas notou-se a utilização de
1
Mapas mentais são imagens espaciais que as pessoas têm de lugares conhecidos, direta ou indiretamente. As representações
espaciais mentais podem ser do espaço vivido no cotidiano, como por exemplo, os lugares construídos do presente ou do passado;
de localidades espaciais distantes , ou ainda, formadas a partir de acontecimentos sociais, culturais, históricos e econômicos,
divulgados nos meios de produção. (ARCHEIA; GRATÃO; TROSTDORF. 2014, p. 127).
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recursos midiáticos, como filmes e documentários que, com linguagens acessíveis aos alunos
da turma do 7º ano, possibilitava a compreensão dos conteúdos estudados.
Durante o período de estágio foi trabalhado os conteúdos referentes à regionalização
do Brasil e sobre a população brasileira, na qual foi perceptível um bom domínio de conteúdo
e de sala de aula da professora, que sempre trabalhava de forma didática e dinâmica (a partir
dos recursos destacados) de maneira a facilitar a compreensão dos alunos sobre o conteúdo
estudado. Além disso, a professora utilizou outros espaços da escola, como a sala de vídeo
(com uma estrutura física mais adequada, apresentando uma boa ventilação devido à presença
de um ar-condicionado, mesas e cadeiras suficientes, data-show, televisão, etc.) para
desenvolver a aula utilizando os recursos midiáticos. Desse modo, percebemos que o estágio
possibilita compreender acerca dos desafios da prática docente, como a dificuldade de escolher
métodos de ensino que, em suma, pode ser agradável ou não ao aluno. Por isso é importante
sempre estar utilizando os métodos tradicionais como também metodologias novas que
permitam a compreensão do aluno e um melhor desenvolvimento do processo de ensinar e
aprender.
Nesse sentido, cabe destacar aqui o perfil da professora colaboradora que, apesar das
dificuldades vivenciadas no espaço escolar, é comprometida com a formação de seus alunos.
Portanto, a mesma busca, através de um posicionamento teórico da geografia crítica (ela
advoga seguir a corrente crítica), organizar materiais didático-pedagógicos que facilitem o
processo do ensino-aprendizagem. Ela usa o livro como guia dos conteúdos, mas busca outras
fontes de pesquisas e outros recursos para que a Geografia perca o sinônimo de decoreba e
se torne mais interessante para o aluno. Pelo que vivenciamos no período de observação e em
conversa informal com os alunos, a professora tem aos poucos conquistado seu objetivo, pois
vislumbramos, no discurso e participação dos alunos nas atividades, que os mesmos se
interessavam pela disciplina.
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aluno pudesse observar sua mão e perceber as diferenças nelas existentes e comentasse a
respeito do que conseguiram aprender, com o intuito de mostrar que todos são diferentes e
que precisamos respeitar as diferenças dos outros, introduzindo, de certa forma, o conteúdo
sobre a diversidade cultural brasileira.
Em seguida, com o auxílio de slides e recursos midiáticos foi feito uma exposição acerca
da compreensão do conceito de cultura, do que se entende por etnia, discorremos sobre os
processos históricos e geográficos, que deram conformidade à diversidade cultural brasileira,
momento este bastante enriquecedor onde se notou um bom diálogo entre professores e
alunos a respeito dos conteúdos abordados.
Continuando a oficina, após os primeiros momentos de discussão teórica dialogada,
apresentou-se a música “Sob o mesmo Céu” do cantor Lenine, a qual permitiu discutir a
diversidade brasileira de forma didática e dinâmica, refletindo um pouco a origem da cultura
brasileira. Na sequência, a sala foi dividida em 05 (figura 01) grupos, onde cada um pôde
trabalhar com uma região brasileira e produzir um cartaz acerca da diversidade cultural
existente naquela região; momento este de trabalho coletivo, com a finalidade de
compreender um pouco a cultura de cada região brasileira, e, em seguida socializar (figura
02) para toda a turma a produção dos grupos, favorecendo um melhor desempenho da oficina
e da participação dos alunos.
.
Figura 01: trabalho em grupo com os Figura 02: socialização dos trabalhos em
alunos. grupo.
Fonte: trabalho de campo, 2016. Fonte: trabalho de campo, 2016.
Com este trabalho foi perceptível um grande empenho dos alunos para a realização
da atividade, contribuindo de forma dinâmica para o entendimento sobre a diversidade cultural
de cada região brasileira. Na tentativa de mostrar as variações linguísticas de cada região do
país e mostrar que estes são importantes para a conformidade da cultura brasileira, realizou-
se um bingo onde, com mais dinamismo, cada aluno pudesse conhecer melhor as variações
das regiões brasileiras. Por fim, a culminância da oficina se deu no pátio da escola com a
apresentação do grupo de Dança e Teatro “Conexão de Ritmos” da cidade de Rodolfo
Fernandes, que apresentou o espetáculo “Meu Lugar”, mostrando um pouco a história da
cidade ao qual o grupo pertence, de forma a contribuir para a aprendizagem dos alunos acerca
do que é a cultura brasileira, ou seja, uma diversidade plural que é preciso ser respeitada em
suas singularidades.
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Essa oficina nos trouxe uma grande reflexão enquanto estagiários, pois permitiu
vivenciar na prática o “Ser Docente” dentro e fora da sala de aula, desde o planejamento da
atividade, até a sua execução. Além disso, entender as dificuldades enfrentadas pelo professor
em sala de aula, a partir da realidade e do contexto social ao qual cada aluno está inserido.
Percebemos também que a dinamicidade da aula instiga o aluno a participar ativamente das
discussões. Por fim, essa oficina trouxe contribuições significativas para a nossa formação
enquanto futuros docentes, por permitir esse contato direto com os alunos na condição de
professores e entender um pouco como se constrói cotidianamente a prática do professor,
atingindo assim de forma qualitativa o objetivo da oficina sobre a Pluralidade Cultural
brasileira, além da reflexão precisa acerca do espaço escolar que é dinâmico e necessita ser
um ambiente de acolhimento da diversidade cultural.
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uma vez que é necessário tornar mais forte o elo entre esses dois espaços na busca por um
ensino de qualidade.
REFERÊNCIAS
ARCHELA, Rosely Sampaio; GRATÂO, Lucia Helena B.; TRODSTDORF, Maria A. S. O lugar
dos Mapas Mentais na representação do lugar. GEOGRAFIA. Londrina, v.13, n.1, p.127-
141, jan/jun, 2004. Disponível em:
< http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/geografia/article/viewFile/6794/6116>. Acesso
em: Jul. 2016.
FANTIN, Maria Eneide. Reflexões iniciais sobre o currículo e o ensino da geografia na educação
infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental. In: TAUSCHEK, Neusa Maria; NEVES, Diogo
Labiak. Metodologia do ensino de geografia. 22 ed. ver. Atual e ampl. Curitiba: ibepex,
2010, p. 68-91.
LIMA, Maria Socorro Lucena. O olhar de observação sobre a escola e suas relações: qual o
sentido do estágio para o estagiário. In: _____. Estágio e aprendizagem da profissão
docente. Brasília: Liber Livro, 2012, p. 61-83.
PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e docência. 5 ed. São Paulo:
Cortez, 2010.
STRAFONINI, Rafael. O currículo de geografia das series iniciais: entre conhecer o que se diz
e o vivenciar o que se pratica. In: TONINI, Ivaine Maria ; GOULART, Ligia Beatriz; MILITZ.
Rosa Elisabete; MARTINS, Wypyczynski; CASTROGIOVANINI, Antônio Carlos; KAECHER,
Nestor André. O ensino de geografia e suas composições curriculares. Porto Alegre:
UFRGS, 2011, p. 41-59.
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RESUMO
Este trabalho apresenta os resultados do componente curricular Orientação e Estágio
Supervisionado em Geografia I, do curso de Geografia da Universidade do Estado do Rio
Grande do Norte (UERN), no Campus Avançado Profa. Maria Elisa de Albuquerque Maia
(CAMEAM). É fruto de discussões teóricas da sala de aula acadêmica, da observação de aulas
de Geografia na escola da educação básica e aplicação de oficinas nas escolas. As ideias aqui
assentadas contam com fundamentação teórica em Lima (2012), Pimenta e Lima (2010),
Fantin (2010), Straforini (2011) e Callai (2011). O estágio na formação docente deve ser
tomado como algo preponderante na busca de uma identidade profissional. Ante isso a
reflexão acerca do estágio possibilita uma pesquisa qualitativa por parte daqueles que
exercitam o estágio e se fazem pesquisadores. Sendo necessário um olhar atento a escola em
movimento, que se torna campo da pesquisa, partindo para uma observação que vai além da
sala de aula. A escola é um organismo vivo, munido de muitas informações, que precisam ser
problematizadas e contextualizadas pelo estagiário. Surgem assim muitas percepções que são
frutos do estágio, percepções que vão além de metodologias adotadas pelo professor na sala
de aula, e que aqui serão apresentadas como fatos inerentes a escola e ao ensino, que
necessitam ser entendidos por aqueles que pesquisam a escola e estão atentos ao seu
cotidiano.
1 INTRODUÇÃO
O estágio se apresenta como uma ação muito pertinente na formação docente e que
tem muito a repercutir a respeito dessa formação. Se conduzido de forma correta apresenta-
se como importante ferramenta de reflexão e análise do cotidiano escolar, que é um
significativo instrumento de pesquisa daqueles que fazem licenciatura e trilham os caminhos
da educação.
As discussões que aqui serão tomadas são fruto do primeiro estágio supervisionado em
Geografia. Este se deu através da observação das aulas de Geografia no Ensino Fundamental
II. A escola escolhida como campo de estágio foi a Escola Municipal Ricardo Sérgio de Lucena
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Dizer que o estágio é importante é quase um tema clichê. O seu alto valor na formação
docente é nítido. E por que da clareza em sua importância? Essa clareza é vista na busca das
universidades em formar profissionais a docência, profissionais estes que através da
experiência adquirida no âmbito escolar partirão na construção de uma identidade profissional,
que deve ser adquirida por meio da reflexão e do diálogo que são sugeridos na prática do
estágio.
É necessário cautela ao escrever sobre um tema “comum”1 como estágio na
licenciatura. Por que a cautela? Talvez por se tratar de um estágio profissional conexo a
profissão do professor, que por sua vez é um ofício munido de muitas discussões que causa
receio aqui listá-las. Apenas apresenta-se a importância de olhar para esta profissão sem
“romantizá-la”, sem torná-la um ofício divino que, ora é reconhecida como a mais bela das
profissões, ora é vitimada através de uma desvalorização extrema. Assim, estando em uma
licenciatura, em uma formação docente, há uma necessidade de ter um olhar profissional,
aliado a uma visão de pesquisador em formação, um pesquisador que é chamado a refletir
através da experiência propiciada pelo estágio, sobre uma profissão.
Por que a importância? Diferente do estágio profissional visto em muitas profissões, o
estagiário na formação docente terá contato com técnicas. Entretanto estas técnicas não são
nem devem ser aprendidas de forma plena, elas precisam ser construídas, reformuladas,
acrescentadas. Não se aprenderá um ofício. Aprende-se sobre um novo cotidiano, um
1
Comum e ao mesmo tempo complexo no que tange os sujeitos e espaços envolvidos, especialmente quando entendemos a
educação enquanto via motora para a transformação social.
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Tomando como base a ideia dessas autoras se observa que o ensino é complexo, e a
reflexão acerca desta complexidade nos propiciará um estágio mais qualitativo. E o que se
deve observar na escola para que se atinja tal reflexão? Lima (2012) nos chama atenção para
um olhar de observação direcionado por uma intencionalidade pedagógica. Esta autora (2012,
p.61) diz que olhar a escola em movimento é:
Partindo destas ideias não podemos aqui ficar refletindo apenas sobre a profissão do
educador. Embora seja uma reflexão pertinente, não pode ser tomada isolando o professor e
aluno, analisando somente o ato de ensinar e aprender. É necessário enxergar essa escola em
movimento como nos é lembrada pela autora supracitada. Analisar o contexto em que estão
inseridos o professor e aluno. Enxergar a escola como um organismo munido de muitas
intencionalidades e relações, que estão intrínsecas ao ato de ensinar. Isto é imprescindível
quando se deseja refletir na busca de uma identidade profissional. Lima (2012, p.65) diz que
olhar para escola no decorrer do estágio “Objetiva a reflexão que precisa ir além da percepção
da sala de aula de forma isolada, alcançando o contexto escolar e processo educacional como
um todo e este, na sociedade em que se insere”.
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Portanto a observação da escola que nos é proposta por Lima (2012), nos permite um
ambiente de aprendizagem sobre a profissão docente, assim como o conhecimento a respeito
da cultura escolar e da escola como organização educativa. Desta maneira, o que parece
comum e corriqueiro na escola em movimento, pode-se tornar objeto de estudo de um
estagiário pesquisador, que ali se faz presente, servindo como atividade reflexiva para aquele
“intruso” que faz da observação uma pesquisa qualitativa.
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A compreensão da escola deve ser entendida no diálogo entre os sujeitos que compõe
a comunidade escolar, que vai além daqueles cercados pelas paredes da escola. Até mesmo o
senhor do “quiosque”, que faz dos alunos clientes que contribuem para o seu setor financeiro,
compõe a comunidade escolar, pois, embora não lide diretamente com a educação, interfere
e atua no espaço escolar.
O quadro da sala de aula, colocado em uma parede suja, é um resquício acerca da má
estrutura física da escola. Em uma conversa com a gestão, o que foi visto na parede se
contextualiza quando se aborda os entraves burocráticos, que se inserem na escola que não
tem sede própria, e passa por barreiras por conta de tais problemas. Escutamos alunos que
falam da saída de colegas da escola, pois com o problema sério que é a perda do prédio de
funcionamento, os alunos contam com a incerteza da localidade de funcionamento e buscam
outras escolas.
Vale ressaltar que o prédio foi doado ao município sem nenhuma legalidade de
documentação e, na atualidade, os antigos donos reclamam sua posse na justiça. Neste ano
de 2016, a Prefeitura Municipal de Severiano Melo fez um contrato de locação com os donos
e hoje a escola funciona normalmente. Coube aqui frisar esse aspecto para que possamos
entender que são muitos os conflitos inerentes à comunidade e espaço escolar, e esses
conflitos são mediados por inúmeros atores corresponsáveis pelo sucesso ou insucesso no
trilhar educacional. No entanto, costumam-se jogar a responsabilidade da educação
unicamente nas mãos do professor, que sozinho não será capaz de vencer as adversidades
que surgem todos os dias concernentes à educação. É preciso neste sentido,
comprometimento de todos se quisermos que de fato a educação seja a “via motora de
transformação social”.
Como destacamos, muitos são os conflitos inerentes ao espaço escolar. Um deles se
remete à estrutura física, que, nas escolas públicas tendem a ser sempre mais precárias.
Quando se menciona a estrutura física, busca-se alcançar as relações que se dão com o local
e que interferem no ensino. Falar aqui que a sala de aula é quente e pequena pode soar como
uma crítica, mas esta precisa ser feita, pra se considerar os empecilhos que vão além da
relação professor e aluno.
Observar a escola que está em movimento é não observar apenas aulas de geografia,
estas são importantes, mas sozinhas não são capazes de nortear o entendimento sobre a
escola e o sistema que se insere a ela.
Na busca de compreender o cotidiano da escola em nos inserimos é importante
considerar o próprio período do dia em que a visitamos. O turno observado na escola campo
de estágio foi o turno vespertino, que se mostra diferente do turno matutino. Verificamos que,
a maioria dos alunos que estudam a tarde são oriundos da Zona Rural, compreendendo 88%
dos alunos da escola. Parte dos estudantes está fora da faixa etária do ano de ensino em que
estão inseridos, onde 35% dos alunos possuem idades que não correspondem aos anos em
que deveriam estar, quando se considera a idade padrão e ideal para cada ano de ensino, o
que se apresenta como sendo um sério problema enfrentado pela escola, relatado pela direção
como constituindo a grande causa de Evasão Escolar e descompromisso de alguns. Nos foi
contado pela equipe da escola que, no turno vespertino há um crescente índice de evasão e
repetência, existindo a distorção idade/série bastante acentuada. Os alunos deste turno
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compõem a maioria dos repetentes de ano letivo da escola. Portanto, é importante uma
atenção especial da escola para este problema.
Através da analise do PPP (Projeto Politico Pedagógico) da escola, as observações feitas
e os diálogos travados com os vários atores da escola, chega-se a conclusão que ela não
possui muitos projetos extra sala de aula. Entendidos como aqueles projetos que são fruto da
interação dos diversos docentes e demais funcionários, de caráter multidisciplinar. A maioria
dos projetos da escola tem estilo cultural, eles ocorrem através de ações relacionadas a
eventos de datas comemorativas. Foi lida uma fala do corpo docente da escola (que é de 16
membros), contida no PPP, em que relatam que sentem a ausência de um acompanhamento
pedagógico mais atuante; é dito que eles planejam isoladamente. Diante disto, enxergasse a
necessidade de se propor um trabalho interativo tentando sanar os problemas relacionados à
aprendizagem, como leitura, escrita, indisciplina, evasão e repetência.
Considerando os aspectos que aqui foram postulados à escola, e que fazem parte dela,
não nos cabe diagnosticá-la por suas falhas. O PPP analisado, por exemplo, é uma recente
criação da escola, porém sua criação é salutar, mostra que houve uma preocupação em fazê-
lo. Mais que atender a questões normativas, buscou-se refletir sobre práticas escolares,
envolvendo a participação de alunos, funcionários e todos que compõem a comunidade
escolar.
É importante destacar o zelo que a escola tem diante das dificuldades. Os problemas
não são camuflados pela escola e, mesmo em meio as barreiras, procura-se saná-los.
Recentemente a escola criou a Sala de Atendimento Para Alunos de Educação Especial (AEE).
O atendimento aos educandos com necessidade especial na Escola Municipal Ricardo Sérgio
de Lucena Melo ocorrerá em contra turno na sala de AEE, que é adaptada para os alunos que
apresentam diferentes deficiências. Os mesmos serão acompanhados por um professor
capacitado, para promover a aprendizagem e a socialização desses educandos, utilizando para
isso recursos didáticos, que tornará esse processo de aprendizagem lúdico e prazeroso. Muito
embora esta sala ainda não funcione, a sua idealização mostra o compromisso tido pela escola
para este ramo da educação. Das benfeitorias feitas na escola, ainda pode-se destacar as
rampas, assim como as portas largas nos banheiros e salas, atentando para a acessibilidade
aos cadeirantes.
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que o estagiário, que não possuía nenhum vínculo mais definitivo com a escola, já se fazia
parte do contexto escolar, até porque estagiário também é escola, pois se torna parte dela.
E o que se ensina na escola? Quais os métodos usados pelo professor para o ensino
da Geografia? Uma das percepções do estágio foi que pouco se notou técnicas, e ações
direcionadas apenas ao ensino da geografia. O que se viu foi uma sala de 25 alunos
heterogênea e de muitas particularidades, e isto sim interfere no ensino de Geografia, assim
como de todas as outras disciplinas escolares.
É espantosa a maneira com que o plano de aula do professor tende a não se cumprir,
o tempo que se perde mediando conflitos, o muito pouco tempo para realmente ensinar.
Percebe-se que as habilidades de um bom professor vão além do conhecimento técnico e
teórico-metodológico a respeito da disciplina que leciona. É importante o controle e a
autoridade do professor na sala de aula. Isto interferirá no repasse de informações e na
tentativa de tornar significativo tais informações e construção do conhecimento. Nas palavras
de Callai (2013, p.51):
De tal forma, se faz necessário por parte do professor na sala de aula, avançar na
reflexão, para que se possa progredir na tarefa de administrar tensões, pois, na prática o
professor está em constante contato com problemas no exercício da educação. Quando se fala
na reflexão pode-se questionar a respeito desta, pois é preciso ir além da reflexão. Os estudos
de teóricos da educação e da psicologia da educação só se farão importantes quando a partir
das reflexões propiciadas se consiga mediar conflitos práticos.
Postulado nas tensões conhecidas a respeito da sala de aula, e além de experiências
conhecidas no estágio, identifica-se que as práticas e conhecimentos didáticos pedagógicos
são importantes, uma vez que se torna um desafio ensinar em meio a complexidade que está
inerente à sala de aula, onde um dos maiores desafios é ensinar a alunos que não estão
dispostos a aprender.
Além das crises postas por aqueles que não querem aprender, foi visto também aqueles
alunos com necessidades de algumas habilidades que dificultam a aprendizagem. A sala
observada possuía muitos alunos repetentes, que necessitam de um atendimento
especializado, pois empiricamente pode-se tentar dizer que alguns tinham imperatividade,
déficit de aprendizagem, uma aluna, aliada a isso, ainda possuía problemas de visão e esses
problemas dificultavam na interação da mesma em sala de aula e no seu aprendizado.
Visualizamos também aspectos relacionados à adolescência2 que estava sendo vivenciada
pelos alunos, que, embora seja algo natural, interfere de forma direta no âmbito da sala de
aula.
2
Fase que se inicia após a puberdade, caracterizada pela eclosão dos hormônios e conflitos de toda ordem, desde físicos a
emocionais. Nesta fase é comum os problemas com indisciplina, fator que também conflitua-se no espaço escolar.
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Em meio a isso, como driblar a indisciplina? Como reagir frente aos problemas dos
alunos? Se faz necessário buscar formas de inserir estes alunos no ambiente de aprendizado
e tornar o aprendizado significativo. É comum se ouvir: “os alunos não querem nada”. Talvez
eles não queiram o ensino da maneira que está sendo ofertada a eles. Projetos lúdicos e
culturais costumam funcionar bem no resgate dos alunos e na melhor inserção destes no
ensino. Não se sugere aqui mudar as metodologias dos professores, entretanto estimulá-los a
inovar, a recriar suas práticas, a buscar maneiras de melhor atingir os objetivos no ensino se
faz indispensável. Deve-se buscar ainda travar uma relação benéfica entre aluno, gestão
escolar e família, e o professor talvez seja o melhor elo entre eles. No caso da aluna com
dificuldades na visão, por exemplo, o professor pode e deve ser aquele que percebe o
problema e busca o diálogo entre os que se inserem no problema, para que em conjunto
busque-se resolver a situação.
As indicações aqui apresentadas remetem a refletir sobre o papel do professor. Não se
pode exigir que os professores se portem como heróis, seria tornar a profissão um fardo muito
grande. Mas, exigisse ao menos que eles não sejam vilões. Que busquem no dia-a-dia métodos
e formas para melhor exercer a docência. Vale salientar que a tentativa de ensinar está
susceptível ao fracasso, pois se tem muitos sabotadores. Tomando conhecimento disto,
estima-se que os professores tentem driblar os problemas, para que enganando tais
dificuldades, a prática da educação não seja enganada.
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relevância do tema, que não é próprio da Geografia, mas sendo um tema transversal, se
mostrou de enorme importância para nossa formação enquanto docentes.
O planejamento foi outro fator imprescindível para o êxito da oficina. Planejar
possibilitou traçar metas e objetivos pra a nossa ação e buscar métodos para atingi-los. Diante
do planejamento foi visto ainda que este não é estável. No desenrolar das ações foi preciso
fazer uso da flexibilidade, e estar atentos para não se perder no tempo. O tempo também
deve ser tomado como fator proeminente na sala de aula.
O planejamento foi acompanhado pelos colegas de turma e professores supervisores
do estágio. Os planos de oficina foram apresentados em sala de aula na Universidade e
avaliados, sendo colocado a eles sugestões que se mostraram pertinentes. Ante isto o êxito
da oficina não é mérito apenas do grupo que a executou. As contribuições dadas pelos
professores e colegas permitiu a construção de um planejamento didático e adequado à
realidade que a oficina estava inserida.
O trabalho em equipe foi necessário na oficina, sem ele provavelmente haveria ocorrido
problemas maiores. Assim sendo o trabalho em equipe deve ser levado em consideração, na
prática docente. Foi visto que o diálogo respeitoso e integrado por todos que compõe o sistema
escolar se faz necessário na escola, assim como em outros espaços.
Se faz importante ressaltar a parceria significativa que os sujeitos do estágio travam
com as escolas. A universidade, embora seja mister no ensino, necessita de parcerias com a
sociedade, pois é para esta última que se serve. É pra sociedade que se forma os profissionais
da docência. É na escola, que é uma instituição social, que a universidade se insere e observa
suas relações que muito nos interessa. Portanto, a ótima recepção que os diretores,
professores e funcionários nos deram, em ambas as escolas (na escola da observação, e a
escola de aplicação das oficinas), foi de fundamental importância para o estágio e a execução
das oficinas.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
As atividades desenvolvidas pelo estágio foram muito importantes para aqueles que
estão na formação docente. Todas elas permitiram desenvolver um novo olhar sobre a escola.
Um olhar diferente do que possuíamos e que vai mudando quando se reflete acerca do que
foi estudado na sala de aula da universidade e nas escolas da educação básica. Não se
adquiriu um olhar apaixonado pelo ensino, assim como também não se adquiriu um olhar
indiferente a este. O estágio de observação, aliado as suas demais práticas permitiu um olhar
do real. O cotidiano escolar, quando acompanhado de perto e analisado, permite uma valiosa
reflexão que não pode estar fora do estágio.
A tarefa de se inserir na escola enquanto pesquisador e obter um olhar perspicaz e
atento não é tarefa fácil. É preciso se livrar de preconcepções que possuímos sobre a escola
e o ensino, na tentativa de desnudar nossos olhos de preconceitos e não apresentar um olhar
limitado. Não deve-se buscar um olhar meramente técnico restrito aos problemas já fixados
nas escolas. É necessário problematizar, distinguir as entrelinhas presentes naquele sistema,
naquela prática de ensino a qual estamos inseridos.
Assim, as reflexões tomadas pelo estagiário pesquisador são importantes em um
estágio qualitativo. Essas reflexões devem partir de um olhar crítico acerca do que é avaliado.
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Neste intento, acreditamos que conseguimos fazer do estágio um momento rico de pesquisa,
onde muitos elementos inerentes ao ambiente escolar foram por nós problematizados.
Conseguimos enxergar, mesmo que de forma bem inicial, o quanto é complexo e mediado por
conflitos o espaço escolar, mas ao mesmo tempo, conseguimos compreender este como lócus
da produção do conhecimento, da materialização das diversidades e da emancipação dos
sujeitos sociais. Imbuídos deste entendimento, partiremos para a continuidade dessa pesquisa,
que ora apenas se iniciou.
REFERÊNCIAS
LIMA, Maria Socorro Lucena. O olhar de observação sobre a escola e suas relações: qual o
sentido do estágio para o estágiario. In:_____. Estágio e aprendizagem da profissão
docente. Brasilia: Liber Livro, 2012. p. 61 á 83.
STRAFORINI, Rafael. O currículo de geografia das series iniciais: entre conhecer o que se diz
e vivenciar o que se pratica. In: TONINI, Maria Ivaine. GOULART, Ligia Beatriz. MILITZ, Rosa
Elisabet. MARTINS, Wypyczynski. CASTROGIOVANNI, Antonio carlos. KAECHER, Nestor
André. O ensino de geografia e suas composições curriculares. Porto Alegre: UFRGS,
2011. p.41 à 58.
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RESUMO:
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1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA DE TRABALHO
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3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
A escola pública nos dias atuais passam por carências absurdas em sua infraestrutura,
a falta de investimento, recursos didáticos e metodologia de ensino, como afirma CHAVES
(2015, s/p), “menos de 15% das escolas brasileiras têm um nível considerado adequado de
infraestrutura e apenas 0,6% alcançam o padrão avançado.”, demonstrando assim a
dificuldade que toda a comunidade escolar possui no que diz respeito ao aproveitamento de
um ambiente qualificativo, que incentive o desejo de aprender por parte dos estudantes e o
prazer de ensinar dos professores. Assim, as escolas são responsáveis para que a educação
seja valorizada e respeitada através dos valores humanos, uma vez que elas são as
responsáveis por contribuírem para a formação das futuras gerações.
Pensando nessa contribuição que as escolas apresentam na formação de um cidadão,
bem como o ensino da Geografia em suas diferentes áreas, é que se observa a necessidade
de contextualizar o cotidiano às temáticas estudadas em sala de aula, assim, os PCN’s afirmam
que:
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de grande visibilidade nas mídias e na vida dos alunos nos dias atuais Logo após os temas
escolhidos, os alunos do 3º período da Licenciatura em Geografia da UERN Campus Assú/RN,
que, nesse período estavam cursando a disciplina de Fundamentos de Climatologia, tiveram
como uma de suas atividades, a apresentação de microaulas e a produção de materiais
didáticos com os temas em questão (figura 1). Foi, a partir das microaulas que percebeu-se
a importância de compartilhar o conhecimento adquirido em sala de aula para a comunidade.
Pensando em compartilhar o conhecimento com a comunidade foi que surgiu a ideia
de apresentarmos os recursos didáticos produzidos em uma escola pública da cidade de
Martins/RN. A cidade de Martins/RN foi escolhida para a apresentação dos trabalhos, pois os
alunos do 3ª período de Licenciatura em Geografia da UERN, campus Assu iriam participar de
aula de campo realizada no município.
Nessa aula de campo, tivemos a oportunidade de aprimorar ainda mais os nossos
conhecimentos sobre climatologia, pois os materiais foram confeccionados pelos próprios
discentes do 3° Período de Geografia, e como planejado anteriormente a aula de campo,
surgiu à ideia de compartilhar essas micro-aulas em forma de material didático, com o objetivo
de promover uma exposição levando o conteúdo de forma mais dinâmica e interativa, ou seja,
aliando a teoria vista em sala de aula com a prática demonstrada nos recursos didáticos
elaborados.
A exposição dos recursos didáticos foi realizada na Escola Estadual Almino Afonso
Martins/RN em 01/06/2016, no turno vespertino entre as series do 6° ao 9° ano do ensino
fundamental –II (figura 2).
Na aula de campo, percebemos o quão importante ela é em nossa formação enquanto
alunos de Geografia e com a Mostra de Materiais Didáticos, o quanto a formação docente é
importante para o processo cognitivo das crianças.
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Assim, buscou-se nas microaulas utilizar o máximo de recursos, que não fossem
digitais, para que os alunos compreendessem de maneira mais lúdica os temas que envolvem
a Climatologia. Pois como bem afirma Oliveira (2012):
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REFERÊNCIAS
CHAVES, Svendla. Espaço para o ensino. In: Revista Escola Pública. São Paulo, Ed.47.
2015. Disponível em: http://revistaescolapublica.com.br/textos/39/espaco-para-o-ensino-
319357-1.asp#. Acesso em: 18/07/2016 às 09:49
OLIVEIRA, Divino José Lemes de; CHAGAS, Frank Luiz Rosa; ALVES, Washington Silva. Os
desafios de ensinar a climatologia nas escolas. Iporá/GO, 2012.
PAVIANI, Neires Maria Soldatelli; FONTANA, Niura Maria. Oficinas pedagógicas: relato de
uma experiência. In: Conjectura, v.14, n.2, Caxias do Sul. Rio Grande do Sul. 2009
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RESUMO
Este trabalho tem como objetivo principal investigar a música como um recurso didático
pedagógico no ensino de Geografia, desenvolvido no Componente Curricular Atividade Prática:
Oficina em Geografia Física I e Oficina em Geografia Humanas I, ao longo do semestre 2015.1
no Curso de Licenciatura em Geografia da FAFIC/UERN. O mesmo foi trabalhado na Escola
Estadual Padre José de Anchieta na Cidade de Serra do Mel/RN, com os alunos do Ensino
Médio e EJA. Em primeira instância procuramos fazer um diagnóstico da escola, levando em
consideração sua infraestrutura e sua estrutura curricular. Analisamos três livros didáticos
trabalhados pela instituição no Ensino Médio para descobrir se ela oferecia alguma base que
ajudasse o professor a trabalhar a música como um recurso didático. Foi feita uma seleção de
música que poderiam ser trabalhadas em sala de aula de acordo com o tema abordado pelo
professor. O aluno é o principal foco desta pesquisa, o meio em que ele está inserido é o
melhor lugar para trabalhar novas metodologias que o ajude aprender e pensando nisso,
realizamos questionários com breves comentários críticos com base nas observações feitas
durante a aplicação para saber sua opinião sobre o ensino da Geografia e como a música se
faz presente em seu dia a dia. A importância desse trabalho consiste na pesquisa que nós
enquanto futuros docentes, procurar meios para enriquecer as aulas proporcionando um
aprendizado melhor aos discentes.
1 INTRODUÇÃO
A presença da música na vida dos seres humanos é incontestável, uma vez que ela
tem acompanhado a história da humanidade, ao longo dos tempos, exercendo as mais
diferentes funções. Além disso, é possível afirmar que ela está presente em todas as regiões
do globo, em todas as culturas, em todas as épocas, ou seja, a música é uma linguagem
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Para realização desta pesquisa escolhemos a Escola Estadual Padre José de Anchieta
que está localizada na vila Rio Brasília s/n, no município de Serra do Mel/RN. Segundo a direção
da escola a mesma possui 926 alunos matriculados no ano de 2015, distribuídos por nível de
ensino da seguinte maneira: 244 no Ensino Fundamental; 186 na Educação de Jovens e
Adultos (EJA) do Ensino Fundamental; 366 no Ensino Médio regular; 130 na Educação de
Jovens e Adultos (EJA) do Ensino Médio. Para atender os alunos, a Escola conta com 25
docentes e de Geografia são apenas três professores, com a distribuição de um para o ensino
médio, o segundo para o ensino fundamental e terceiro para o EJA. A escola conta hoje
quatro pessoas da fazem parte da equipe técnico-pedagógico, que são duas coordenadoras e
duas supervisoras. (A seguir veremos a imagem da fachada do colégio)
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Hoje, a mesma funciona com 16 salas de aulas, sendo que não há carteiras suficientes
para os alunos, mas por outro lado há mesas e armários para todos os professores e o material
de expediente ou didático é acessível a todos.
A estrutura física da Escola é razoável. Há apenas um bebedouro instalado para atender
esses 926 alunos de modo que ele apresenta condições razoáveis para consumo saudável da
água. Nota-se a presença de rampas de acessibilidades e a Escola é muito bem iluminada e
ventilada pelos recursos naturais, todas as repartições existem janelas amplas e a arborização
se faz presente dentro da própria escola favorecendo assim uma ventilação fresca. A
iluminação artificial é suficiente, mas não é 100%, enquanto a ventilação artificial, não há ar-
condicionado e são poucos ventiladores em salas de aulas, mas esses recursos se fazem
presentes nas salas dos professores, direção, biblioteca e outros. Existe barulho nos corredores
devido os alunos que ficam fora das salas de aulas.
A Escola ainda conta com área de lazer, copa/refeitório/cantina, sala dos professores
e diretores, secretaria, arquivos, biblioteca, almoxarifado, sala de apoio pedagógico, sala
reprografia e um ginásio em andamento. Há presença de recursos didáticos como: DVD player,
Micro system, computadores, data show, filmadora, retroprojetor, gravador de som, episcópio
e outros.
Participaram da elaboração do Projeto Político Pedagógico (PPP) professores, pais,
alunos e gestores. O mesmo foi elaborado em 2010, mas tem que ser atualizado. A instituição
presente na escola é apenas o caixa escolar. Suas reuniões pedagógicas são feitas
bimestralmente, ou quando á necessidades importantes. A escola cumpre a função social na
comunidade, pois atendem os alunos assim também como os pais dos mesmos ou qualquer
outra pessoa que precisem do apoio da escola. A referida abre seu espaço para atender ao
pedido da comunidade, promovendo então a integração com a comunidade, pois a mesma
abre espaço para a organização de casamentos, aniversários, encontros religiosos abrem
também para as faculdades, cursos, PRONATEC e outros.
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Enquanto a repetência e a evasão, a escola trata com preocupação, e sofre com essa
situação que é enfrentada por quase todas as escolas, mas a mesma faz por onde resolver
essa problemática da melhor forma possível. Quanto a falta de aulas, os professores e diretores
sempre tenta repor, mas sabem que os alunos vão sair perdendo.
A escolha dos gestores da escola ocorre de forma democrática, ou seja, através de
eleições na qual vota os alunos, pais, funcionários. Os recursos da escola são gerenciados
através do caixa escolar, onde é formado por todos os segmentos da escola. Os gestores são
membros e o presidente do caixa escolar é o diretor. A escola desenvolve projetos
regulamente, são eles: despertar, projetos natalinos, feiras de ciências e outros.
De acordo com (Bittencourt, 2001) O livro didático, contem textos que auxiliam, ou
tem a capacidade de auxiliar o domínio da escrita, em qualquer que seja o nível do aluno,
servindo para ampliar informações, possibilitando ao aluno uma maior autonomia diante dos
assuntos estudados, uma vez que, o mesmo terá a oportunidade de aprender com uma
ferramenta indispensável e importantíssima no processo de aprendizagem, que é a pesquisa
Assim, entendemos como importante uma breve discussão acerca do livro didático
adotado pela escola onde realizamos a pesquisa, para perceber como o mesmo trata a questão
da música atrelada ao ensino.
Observando o livro didático de Geografia utilizado na Escola Estadual Padre José de
Anchieta, percebemos que a Coleção escolhida para o Ensino Médio foi Conexões - Estudos
de Geografia Geral e do Brasil da Editora Moderna, que pode ser visualizado, logo mais
abaixo na figura 02.
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A Coleção dos livros está dividida em 3 volumes (1º 2° e 3° ano), foi publicada em
2013 e está em sua 2ª edição. Os autores da Coleção são Lygia Terra, Regina Araújo e Raul
Borges Guimarães, entretanto trabalhemos apenas com os livros do 1º e 3º ano.
Fazendo uma análise rápida do livro didático supracitado podemos dizer que a Coleção
faz algumas indicações de atividades que envolvam outros recursos didáticos como músicas e
filmes. Em relação às músicas nos livros didáticos, foram encontradas apenas duas, uma no
livro da 1º série e outra na 3º serie. No livro da 2º série não foi encontrados nada referentes
a músicas.
No primeiro livro (1º série) de geografia, Espaço e sociedade, foi encontrado uma
música na página 258. O nome da música era o rap felicidade. Todos os livros (1º, 2º e 3º
série) apresentavam sugestões de sites, livros e filmes de quase todos os gêneros que
aprofundam e complementam os temas explorados nos capítulos. No terceiro livro (3º série),
temas de geografia regional foram encontrados uma página que falava da música o rap na
pagina 119.
Este página abordava o rap africano e ela traz um trecho da música “Le Patrimoine” (O
patrimônio). E uma análise feita pelo professor Mahomed Bamba que estudou o rap africano,
ele descreveu que o rap africano conservou a essência da cultura hip-hop e tornou-se uma
forma de reivindicação e de protesto social que serviu para denunciar os problemas sóciais e
políticos que continuam assolando os países africanos, mesmo depois de mais de 50 anos de
sua independência.
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LEI Nº 11.769, DE 18 DE AGOSTO DE 2008. Fala sobre a obrigatoriedade do ensino da Música nas séries iniciais
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Um dos principais fatores que contribuiu, e contribui para imigração, é o fator natural:
seca. A música trata essa característica desde o primeiro verso, quando o autor começa
descrevendo.
“Quando olhei a terra ardendo
Qual a fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação
Eu perguntei a Deus do céu, ai
Por que tamanha judiação”
Nos versos seguintes, o cantor/autor faz menção dos aspectos aos quais associam-se
a seca: falta d’água; improdutividade do solo para as plantas; morte dos animais; migração
das aves (asa branca).
Então, ele concretiza a ideia de migração, a partir do seguinte verso:
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São várias as Músicas, que assim como “Asa Branca” podem ser trabalhadas em sala
de aula associadas ao ensino da geografia. Como por exemplo a Música Cálice de Chico
Buarque, que retrata bem o período da ditadura militar vivido pelo Brasil nos anos de 1964-
1985. O trecho abaixo, mostra a angústia e relata a situação de revolta vivenciada pelo povo
no período do regime militar, quando fala:
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Quadro 01- Sugestão de músicas que podem sem trabalhadas em sala de aula
Fonte: Elaborado pelos autores (2015).
Nesta parte do trabalho vamos apresentar o resultado da pesquisa feita com a análise
dos dados que foram obtidos por meios observações e questionários aplicados e respondidos
pelos alunos do Ensino Médio da Escola Estadual Padre José de Anchieta na cidade de Serra
do Mel/RN. Vamos apresentar o resultado da pesquisa e análise dos dados obtidos em forma
de gráficos e breves comentários baseados em observações colhidas durante a realização dos
questionários. A seguir os gráficos e dados colhidos durante a pesquisa.
Perguntamos aos alunos o interesse deles pela música. 95% dos alunos entrevistados
afirmaram que gostavam da música, enquanto 5% alegaram não gostar. Dentro dos que
afirmaram gostar da mesma, afirma que: Ela nos dá a possibilidade de relaxar, tem a
capacidade de levar as pessoas a outros lugares, porque traz inspiração, faz bem para a alma,
porque faz pensar.
Os alunos que afirmaram não gostar da musica como recurso didático, alegram que:
Não era muito fã, que as músicas atuais não tem conteúdo e que faltam verdadeiros poetas
da música que fale dos humanos na sua essência.
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37%
63%
Indagamos aos alunos o nível de música no seu cotidiano, mais da metade, o que
corresponde a 63% afirmaram que a mesma é sempre presente no seu dia a dia e apenas
37% falaram que ouve música com pouca frequência.
Diante desse dado, concluímos que a musica tem bastante participação no cotidiano
dos jovens. Por tanto, usar essa ferramenta pode ser um ponto inicial para diferenciar e
melhorar as aulas, além de torna-las mais atrativas.
24%
76%
Gráfico 02: Opinião dos alunos a respeito da música durante as aulas de Geografia
Fonte: Elaborado a partir dos dados da pesquisa de campo 2015.
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BITTENCOURT, Circe (org.). O saber histórico na sala de aula. 4ª Ed. São Paulo:
Contexto, 2001.
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RESUMO:
O Estágio é um componente curricular que articula teoria e prática e que oportuniza
a aprendizagem permitindo ao discente em processo de formação em um curso de licenciatura,
no caso Geografia, com uma percepção temporária da realidade escolar. É nesse instante onde
se espera que o aluno vivencie aquilo que foi aprendido e construído na universidade. Nesse
artigo buscamos a discutir a relação entre à prática e teoria na formação dos professores de
licenciatura em Geografia, reconhecendo o estágio como mecanismo fundamental para que
essa junção ocorra. A discussão é realizada a partir de levantamentos bibliográficos, tais como
Cavalcanti (2005), Pontuschka (2001). Castrogiovanni (2007), dentre outros, em que são
enumerados aspectos relevantes ao tema proposto. Dividido em três partes, o presente literato
conta com uma exposição da importância do Estágio para a formação do docente e a
consolidação de sua prática. Em um segundo momento, temos relatos tecidos acerca do
Estágio e da formação do profissional, por fim, uma breve explanação do agir do profissional,
explorando sua prática. Assim, se conclui que o estágio curricular supervisionado permanece
sendo e deve ampliar sua carga de relevância contribuindo de forma significativa para a
formação dos futuros professores de Geografia, abarcando os lados desse prisma chamado
docência.
1 INTRODUÇÃO
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o período de formação. É nesse instante que ocorre a primeira aproximação dos conteúdos
vistos na academia com as práticas que contribuem para o desenvolvimento do processo de
ensino-aprendizagem. Nesse sentido Lima e Pimenta (2004) nos aponta que no estágio
consiste o cerne da formação dos professores, pois é através desse instrumento que o discente
é apresentado aos elementos indispensáveis para a sua formação e construção da sua
identidade enquanto professor. É na experiência do estágio docente, em sala de aula, que os
educadores são forjados. É na maioria das vezes, nessa etapa da formação, que se toma
consciência da inexistência de fórmulas prontas e acabadas para a realização de aulas, por
outro lado, deve existir a troca e construção de saberes em consonância, com a experiência
docente praticada ao longo do componente curricular estágio supervisionado.
Dividido em partes, este artigo objetiva refletir sobre a importância entre a teoria
e prática na formação dos professores, tendo como mecanismo de análise a iniciação docente
no Estágio Curricular Supervisionado, nesse caso, em Geografia. A partir de levantamento
bibliográfico sobre componente e que envolve a finalização do processo formativo, temos a
primeira parte que trata da importância do Estágio Curricular Supervisionado; a segunda que
tece relatos sobre a teoria e a prática docente e na terceira parte falamos das experiências
docentes, neste componente curricular e sua contribuição na formação dos professores de
Geografia.
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ser vista como fundamental no processo formativo. A necessária interação entre o aluno e o
estagiário possibilita estabelecer vínculos diversos, visto que, propicia inferências entre o que
se estuda na academia e o que se vivencia na sala de aula enquanto professor de Geografia.
No primeiro momento do Estágio Curricular, falando de forma generalizada, os
alunos da escola apresentam-se relutantes, desconfiados e, em alguns casos, desambientados.
Há uma inquietação por parte dos mesmos, pois o aluno estagiário representa naquele
momento, de certa forma, uma interferência na sala de aula sobrecarregada de um aporte de
indagações. E vice-versa, ambos os alunos se sentem estranhos no ambiente escolar em que
se rompe temporariamente o cotidiano docente.
Os alunos da escola concebem uma rotina com o professor titular da disciplina,
acostumados com as práticas metodológicas do mesmo, assim, ao defrontar-se com o aluno
estagiário acontece uma ruptura, pois mesmo sendo orientado pelo professor e orientador de
Estágio Curricular, o aluno estagiário tem sua própria forma de lidar e organizar o ambiente
da sala de aula.
É nesse momento que o futuro professor coloca em prática suas estratégias
metodológicas, exercita a didática e sua autonomia em sala de aula. É nesse instante,
determinante que o novo professor de Geografia expõe o que foi visto, discutido e trabalhado
na academia, onde o exercício da docência é praticado e apreendido. Segundo Cavalcanti
(2002, p. 33)
Em suas atividades diárias, alunos e professores constroem geografia, pois, ao circularem,
brincarem, trabalharem pela cidade, pelos bairros, constroem lugares, produzem espaço, delimitam
seus territórios; vão formando, assim, espacialidades cotidianas em seu mundo vivido e vão contribuindo
para a produção de espaços geográficos mais amplos. Ao construírem geografia, eles também
constroem conhecimentos sobre o que produzem, que são conhecimentos geográficos. Então, ao lidar
com as coisas, fatos, processos, na prática social cotidiana, os indivíduos vão construindo e
reconstruindo uma geografia e um conhecimento dessa geografia.
Notamos que, assim como os alunos constroem seus saberes diariamente, a partir
do cotidiano e das determinações dadas pelo próprio conteúdo, o professor também aprimora
suas técnicas, teorias, conceitos e práticas ao longo do desenvolvimento das aulas, onde o
mesmo, também, adquire confiança em seu fazer profissional, ousando percorrer caminhos
inexplorados, até, mesmo pela própria graduação.
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que envolvem ações comuns no cotidiano docente, tais como: o tempo para o planejamento
das aulas e do conteúdo a ser ministrado; a pesquisa e a discussão durante a exposição da
temática das aulas, estas que ocorrem de modo insuficiente e resultam em consequências
insatisfatórias para a efetiva educação geográfica.
Outro problema que acompanha o novo profissional é a inaptidão para o manuseio
dos materiais que fazem parte da vida do professor, como por exemplo, o diário de classe, o
planejamento de conteúdos (anuais, bimestrais, semanais), expondo, também, uma
fragilidade da formação acadêmica. Pois, enquanto alunos, essa parte burocrática do ensinar
foi deixada de lado. Godoi e Saiki (2007, p. 26-27) relacionam o estágio com a prática de
ensino desempenhada fora da universidade, demonstrando a importância do estágio nesse
processo:
Ainda nesse sentido, Pontuschka (2001) aponta para o fato de que alguns
licenciados têm dificuldades em observar e analisar o espaço da sala de aula e da escola, em
muitos casos detendo-se apenas aos problemas de falta de estrutura para desenvolvimento
do trabalho docente sejam estes de ordem ambiental, estrutural, físico, pedagógico e de
materiais didáticos. Salientamos que se faz necessária a crítica a estas problemáticas, no
entanto, sem o ideário conjunto de mudanças e ações efetivas o cenário escolar continuará o
mesmo e, por conseguinte, não contribuindo adequadamente com o desempenho de seus
alunos, nem de sua disciplina.
Além dos desafios cotidianos existem as necessárias ações de inovações presentes
no cotidiano escolar como a inclusão das novas tecnologias e ações transversais de ensino
neste ambiente formativo. O professor em formação tem passado por inúmeros desafios,
tendo em vista o fato de que, a universidade em seu conjunto de formação docente apresenta
inúmeras falhas em aspectos que necessitam ser revistos. Acaba por deixar o aluno em
diversas situações à margem da realidade escolar, e em muitos casos, construindo uma
realidade paralela, àquela que será encontrada na vida docente.
Em nosso caso, no processo de formação dos professores de geografia se faz
necessária uma ação mais direta para o conhecimento da realidade escolar e deve ser pensada
de forma objetiva a realidade que circunda o universo particular dos discentes. Nesse processo,
observa-se que os cursos de formação docente da universidade apresenta de forma superficial
o sistema de educação, em especial o brasileiro.
Partindo dessa afirmativa, temos que entender que isso não é um processo fácil,
principalmente pelas múltiplas realidades que encontramos em sala de aula. Dentro do espaço
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escolar, vivenciamos muitas facetas do processo de ensino, estas que não são apresentadas
durante a graduação.
Nesse sentido, fica a cargo do professor buscar alternativas para a construção de
uma Geografia que tenha como objetivo proporcionar aos alunos a compreensão de aspectos
fundamentais no cotidiano individual (que compreende cada aluno) e os aspectos da vida
social, em que se pode fazer uma leitura das relações entre os indivíduos. Kaercher (2007, p.
16) aponta que “pensar na importância e na influência do espaço, na fisicidade das coisas e
na geograficidade de nossa existência é uma das grandes contribuições que a Geografia pode
nos dar. A Geografia é um pretexto para pensarmos nossa existência [...]”.
Assim, devemos entender que os procedimentos metodológicos adotados durante
a aula ministrada, devem levar em consideração o saber do educando, concebendo-o como
um indivíduo dotado de experiências e por meio destas, levando-o a desenvolver a visão crítica
sobre suas vivências.
O professor passa da condição de detentor do saber e contraí um caráter de
mediador e articulador no desenrolar de suas aulas. Onde o objetivo destas seja estimular o
aluno a construir ponte entre os saberes que a ciência os proporciona e seus conhecimentos
prévios acerca do assunto exposto.
Contudo, não é tão simples fazer essa transposição, transformar o conhecimento
adquirido na formação (conhecimento acadêmico) em conhecimento escolar (disciplina,
componente curricular da educação básica). Os conteúdos, muitas vezes, amargam a difícil
transposição didática. Os conteúdos técnicos tornam-se por consequência, os assuntos mais
complicados de se trabalhar em sala de aula, fazendo, desta forma, emergir em nossas
práticas, as velhas metodologias tradicionalistas, fadando a disciplina ao enfadonho e
decorativo conceito que os alunos têm sobre ela.
A inclusão social também deve ser considerada um desafio, haja vista que o
encontro com alunos especiais, com deficiências físicas, psicológicas ou de aprendizagem
serão introduzidos em nossas práticas e cotidiano escolar. Contudo, mesmo considerando que
isso é um processo que tem mais ou menos uma década, ainda não está sendo introduzidos
diálogos sobre as temáticas dentro das universidades, especificamente nas aulas de Práticas
e Estágios Supervisionados.
5 CONCLUSÃO
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RREFERÊNCIAS
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KAERCHER, N. Práticas pedagógicas para o Ensino Médio. Porto Alegre: Artmed, 2007.
LIMA, M. S. L.; PIMENTA, S. G. Estágio e Docência.2 ed. São Paulo: 2004
PONTUSCHKA, N. N.; PAGANELLI, T. L.; CACETE, N. H. Para ensinar e aprender
geografia. 1ª edição. São Paulo: Cortez, 2007.
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RESUMO:
A avaliação é campo de tensão entre os sujeitos que pensam o currículo e suas práticas
escolares. No discurso dos órgãos oficiais a avaliação sistêmica é o elemento essencial para
atender as demandas sociais por meio de seus resultados. O Enem se insere no contexto das
atuais políticas públicas educacionais que constitui um conjunto de reformas educacionais
como parte desta avaliação sistêmica. Neste contexto a presente pesquisa procurou investigar
como se insere o ensino da Geografia no Exame Nacional do Ensino Médio nas avaliações de
2008 a 2014? Como as questões apresentadas se aproximam da geografia escolar e vivida no
cotidiano? O desenvolvimento das etapas de trabalho para a pesquisa baseou-se na construção
de arcabouço teórico sobre o tema avaliação, competências e habilidades, ensino de geografia,
e conceitos específicos da área. A pesquisa em analise foi documental, a partir das provas
aplicadas no período de 2008 a 2014, selecionando e avaliando as questões com conteúdos
de geografia. A participação dos conhecimentos geográficos em percentuais total vem se
mantendo em torno de 20% das questões elaboradas. Para além de uma estatística da
presença dos conceitos/conteúdos nas provas analisadas, percebe-se aqui uma ênfase em
temáticas que privilegiam as demandas políticas e sociais.
1 INTRODUÇÃO
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Desse modo o referido artigo tem como objetivo analisar a participação da Geografia
Escolar por meio das questões presentes nos exames de avaliação do ENEM, compreendendo
um período de 2008 a 2014. A pesquisa foi desenvolvida através do Programa Institucional de
Iniciação Científica da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte/PIBIC no período de
agosto/2014 a junho de 2015.
O texto apresenta-se em quatro partes, sendo a primeira um discursão teórico frente
às concepções acerca de avaliação, que vem sendo trabalhada por diversos autores
apresentados na pesquisa, que se propõem a investigar a temática aliado a essa proposta.
Pensamos em debater a perspectiva de avaliação e exame sendo essas praticas distintas
dentro da visão pedagógica.
O segundo ponto a ser abordado dentro do artigo é uma analise e discussão frente ao
ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), nesse sentido nos propormos a pensar como esse
componente curricular tem se estruturado nas orientações curriculares do Ensino Médio, e
como as questões referentes aos conteúdos de geografia tem participado nesse processo de
avaliação.
O terceiro ponto a ser exposto dentro da pesquisa foi à metodologia desenvolvida
onde a mesma apresenta os passos da pesquisa, sendo eles desenvolvimentos teóricos, á
catalogação das questões dentro do recorte de tempo de 2008 a 2014 e mensuração dos
resultados.
O quarto ponto da referida pesquisa demostra os resultados e discursão diante das
questões catalogadas e apresentadas dentro do ENEM, por uma ótica da disciplina escolar de
Geografia a partindo das categorias estruturadas dentro da pesquisa documental. Por
conseguinte, tercemos as ideias finais com as considerações em relação aos resultados durante
o desenvolvimento da pesquisa e as perspectivas futuras dentro da abordagem de avaliação
e exames na disciplina escolar de Geografia diante do ENEM.
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Como já foi discutido, e o autor ressalta, a avaliação é um processo que tem por
finalidade o acompanhamento continuo de todo o desenvolvimento do ensino e da
aprendizagem, visando o melhoramento do educando e, por conseguinte passa a ser um fator
positivo dos resultados finais, não tendo mais um caráter classificatório de aprovação e
reprodução.
Contudo devemos atentar a perspectiva de avaliação que o ENEM vem tentando impor,
pois se tratando dessa prova de um exame não prezar pelas características peculiares do ato
de avaliar. Tomando como base os estudos de Luckesi (2011), uma vez que, sendo o ENEM
um exame, seus atributos quanto à temporalidade volta-se ao passado enquanto a avaliação
para o futuro. Em um contexto de busca e solução, os exames permanecem presos ao
problema, já o processo de avaliação volta-se para a solução do problema. Em relação à
expectativa dos resultados os exames centram-se no produto final diferentemente da
avaliação, que compreende desde o inicio do processo ao produto final simultaneamente. Em
razão da abrangência das variáveis os exames simplificam a realidade atribuindo ao educando
exclusivamente os seus resultados, por sua vez a avaliação tem presente a complexidade.
Quanto à abrangência temporal o exame tem como característica a pontualidade e avaliação
a não pontualidade tornando-os totalmente discrepantes. Outra característica importante é a
da função, sendo a funcionalidade dos exames altamente classificatórias contrapondo a
avaliação que possui uma função diagnostica paralelo às funções de classificar e diagnostica.
É de suma importância ressaltar que as consequências desses dois atos pedagógicos são
seletivas para o exame e inclusivos para avaliação. Abordando a participação na aprendizagem
politicamente, os exames contem um caráter antidemocrático, já por sua vez a avaliação é
democrática. Por fim, relacionados ao ato pedagógico os exames são autoritários e a avaliação
dialógica.
Diante do exposto acima dos pensamentos do autor podemos perceber nitidamente a
grande variação entre os termos exame e avaliação, assim procede dizendo Luckesi (2011) A
avaliação diversamente dos exames, tem como centro predominante de atenção o processo
de construção de um resultado, nesta ação pedagógica o avaliador tem a consciência do
produto final, mas sabe-se que para chegar ao resultado final é importante o investimento e
dialogo durante o processo de ensino – aprendizagem, o que nem sempre é praticado por
grande parte dos educadores que enxergam sua pratica como avaliação tendo uma perspectiva
de exame. Seguindo essa linha de pensamento faz necessário pensarmos e discutirmos o
ENEM frentes a suas propostas para assim idealizar uma possível ferramenta avaliativa no
contexto educacional.
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O processo mais complexo foi à seleção das questões que apresentassem saberes
geográficos destacados na matriz de referência. Como sabíamos da natureza interdisciplinar
do Enem, procurou-se analisar essa articulação de saberes, mas destacando as principais
questões anteriormente levantadas, tais como: qual o espaço da Geografia frente aos outros
saberes disciplinares? Como esse saber geográfico tem se inserido no contexto das situações
problemas apresentados pelas questões, e que relação se pode fazer com as competências e
habilidades destacadas? Como essas transformações na perspectiva interdisciplinar tem se
apresentado nas questões? E que critérios utilizar para selecionar aquelas questões que
envolvem os conhecimentos geográficos?
Em um primeiro momento, baseando-se no documento “Orientações Curriculares para
o Ensino Médio: Ciências Humanas e suas Tecnologias” (2006), no item que trata da
articulação entre conceitos e conteúdos, procuramos destacar aqueles que dessem conta dos
principais temas da geografia escolar. Para além de reforçar a dicotomia entre Geografia
Física e Humana, fizemos uma breve separação das questões por eixos maiores que
integravam conceitos e conteúdos. É bom que se registre que a tentativa de criar eixos para
selecionar as questões não vai à contramão da interdisciplinaridade, pois acreditamos que as
mudanças curriculares provocadas pelo Enem ainda precisam ser melhor estudadas, pois
convivem na escola o currículo tradicional disciplinar com as propostas e tentativas de
interdisciplinaridade. Os principais eixos que selecionamos foram:
o Conhecimentos Cartográficos (destaque para a linguagem cartográfica e seus
signos)
o Dinâmica da Natureza (Trata das formações e processos naturais endógenos e
exógenos terrestre)
o Geração de Energia (Processos diversos de geração de energia e suas demandas
socioambientais)
o Meio Ambiente e questões ambientais (destacar a relação da sociedade com a
natureza no processo de construção do espaço geográfico)
o Dinâmica Econômica Mundial/local (Produção e organização do espaço geográfico
e mudanças nas relações de trabalho, inovações técnicas e tecnológicas e as novas geografias)
o Formação Territorial e Econômica (Formação territorial insere-se num processo
geo-histórico, onde a formação social apresenta centros dominantes comandando e subordinando
os ajustes econômicos)
o Geopolítica e Globalização (formas de organização da população nos vários lugares
do mundo, com suas lutas especificas, na definição de fronteiras e das possibilidades de sua
superação, na estruturação dos territórios e as configurações demarcadas por interesses
estratégicos nacionais)
o Questões Agrárias e Agrícolas (a diversidade dos espaços rurais em diferentes
partes do mundo e suas influências)
o População e Desenvolvimento humano (Organização e distribuição mundial da
população, os grandes movimentos migratórios atuais e os movimentos socioculturais e étnicos,
as novas identidades territoriais)
o Urbanização e Industrialização (A urbanização como fenômeno do mundo atual se
estende por todos os territórios e configura espaços característicos ao atual período técnico,
cientifico e informacional que se manifesta pela estruturação do fenômeno industrial)
Uma vez elencada os eixos para seleção das questões procedeu-se a tabulação dos
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dados agregando as quantidades por cada ano respectivo dos exames. A sistematização dos
dados permitiu visualizar aqueles eixos que tem sido mais presente nas questões do Enem
selecionadas.
A partir desta concentração procurou-se selecionar os eixos que tiveram maior número
de questões para a partir daí analisar o conjunto de competências e habilidades presentes em
cada uma das questões. A análise rendeu outra leitura mais atenta e meticulosa, haja vista
que tínhamos questões que variavam o número de abordagem de competências e habilidades
da matriz das ciências humanas e suas tecnologias. Essa seleção não foi de ordem
quantitativa, mas procurou-se de modo geral evidenciar quais competências foram mais
desenvolvidas nas questões, o que gerou outro quadro de análise.
Tabela 01: Distribuição das questões do ENEM por subáreas do conhecimento geográfico
Fonte: Organização dos autores, com base nas provas do ENEM de 2008 a 2014. (Julho de 2015).
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versões de cada ano, pelas demandas que permeiam a vida social e política. O enfoque nas
questões ambientais é reflexo das discussões contemporâneas que envolvem não somente a
preservação dos recursos naturais, mas problematiza para os estudantes como gerenciar a
utilização dos recursos naturais de modo sustentável frente as demandas crescentes de
mercado e consumo. No que refere-se às questões populacionais e desenvolvimento social,
apresenta-se o conjunto de questões que abordam as questões demográficas, mas
ultrapassam as leituras de dados estatísticos, trazendo a perspectiva da população como dado
social e não apenas na perspectiva de numero de habitantes. Deste modo, percebe-se que
os enfoques nessas duas vertentes representam elementos das demandas sociais da gestão
política dos recursos naturais e das necessidades da população, por melhores condições de
vida.
Merece destaque neste contexto da pesquisa, o número reduzido de questões que
exigem do candidato um conhecimento da linguagem e códigos da Geografia, como por
exemplo, os mapas e gráficos. É certo que a Cartografia tem aparecido de modo reduzido
nas versões do ENEM. Fato preocupante uma vez que o conhecimento dos fenômenos
espaciais necessita de uma interpretação a luz, da sua distribuição, frequência e localização.
Veja no gráfico a baixo o numero de questões envolvendo conhecimentos cartográficos.
Cartografia
Dinâmica da Natureza
Geração de Energia
Meio Ambiente e Questões Ambientais
9 9
7 7
6 6
5 5 5
4
3 3
2 2 22 22 2
1 1 1 1 11
O gráfico acima apresenta em síntese aquelas questões que traziam em sua estrutura
elementos que exigissem dos candidatos elementos da linguagem cartográfica. Percebeu-se
nestes resultados que a cartografia tem cada vez menos participado das preocupações
curriculares e de formação dos sujeitos. É bom que se frise que a alfabetização cartográfica
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ocorre durante todo o processo da vida escolar dos alunos, e mesmo assim, as competências
a habilidades não são satisfatórias quanto ao domínio da leitura e interpretação das
representações espaciais. Como sabemos as políticas de avaliação acabam por provocar
também mudanças nas políticas de currículo. Deste modo, sabendo que a questão do currículo
é também um espaço politico e de tensões, compreendemos que aqui está uma questão que
precisa ser melhor revisada do ponto de vista da matriz de referência do ENEM e das propostas
curriculares que chegam até a escola por meio desse exame. Os saberes cartográficos são
essenciais para que os alunos compreendam as transformações em sua vida cotidiana e no
território em escalas maiores.
Com relação à parte da pesquisa que investigava a participação dos conhecimentos
geográficos em meio aos saberes interdisciplinares, constatou-se que tem se mantido em uma
média de 20 a 35 questões, do total de questões elaboradas. Deve-se destacar que apesar do
aumento do número de questões com o ENEM de 2009, os anos subsequentes mantiveram o
mesmo patamar conforme o gráfico aponta abaixo. Ainda cabe ressaltar a dificuldade da
seleção das questões com conhecimentos e conceitos geográficos que contribuíram nas
diversas áreas de saberes de modo interdisciplinar. A leitura detida de cada questão foi
minuciosa para que ao final pudéssemos traçar esse panorama da participação da geografia
no contexto do Exame Nacional do Ensino Médio. Nunca é demais ressaltar que as informações
reveladas pela pesquisa estão passíveis de questionamento. O nosso intuito maior ao tentar
compreender a participação da Geografia enquanto saber disciplinar no contexto do exame
vai além de um percentual, significa compreender como tem sido esse dialogo entre os saberes
disciplinares e como essa seleção de conteúdos/conceitos via matriz de referência das
competências e habilidade tem provocado mudanças no contexto do currículo escolar.
63
40
27 29 26 27 32
21
Gráfico 02: Participação dos conhecimentos Geográficos nas questões do ENEM de 2008 a 2014.
Fonte: Sistematização dos autores (Julho de 2015).
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salientar que as questões destacadas dão ênfase a realidade local, mas em muitos casos exige
do candidato que estabeleça relações com escalas variadas.
Para finalizar a análise da participação da geografia no contexto do Exame Nacional do
Ensino Médio, no que tange as competências e habilidades, em uma primeira análise percebe-
se nas questões selecionadas que na subárea de Questões Ambientais e Meio Ambiente, houve
uma concentração nas competências relacionados no PCNEM, de Investigação e a
Compreensão e Contextualização Sócia Cultural. Evidenciou-se em número menor a
competência de Comunicação e representação. Em relação a matriz de referência do ENEM,
as questões analisadas apresentaram as seguintes competências: Competência de área 2 -
Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações
socioeconômicas e culturais de poder, Competência de área 4 - Entender as transformações
técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do
conhecimento e na vida social, Competência de área 6 - Compreender a sociedade e a
natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos históricos e
geográficos.
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
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SOUZA Kleber Luiz Gavião Machado de, STAMATTO Maria Inês Sucupira O espaço das
disciplinas na reconfiguração curricular do ensino médio brasileiro: o Enem e a
História v. 21, n. 2, Passo Fundo, p. 235-250, jul./dez. 2014 | Disponível em
www.upf.br/seer/index.php/rep
ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar / Antoni Zabala; tradução Ernani F. da
F. Rosa – Porto Alegre: Artmed, 1998. 224 p.
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RESUMO:
O presente trabalho é fruto das nossas reflexões e vivências durante o componente
curricular, Orientação e Estágio Supervisionado em Geografia I (OEG). Nesse sentido, o nosso
objetivo com a construção do texto é de organizar essas reflexões, denotando a importância
deste momento na formação docente. Para a construção deste artigo, nos utilizamos de alguns
procedimentos metodológicos. Como a pesquisa bibliográfica onde organizamos nossa
construção teórica a partir dos autores Fantin (2010), Lima (2012), Pimenta e Lima (2010)
que tratam da temática relacionada ao estágio, espaço escolar e ensino de Geografia. Além
disso, realizamos a pesquisa de campo com a observação na Escola Municipal Maria Pereira
Leite, no município de Encanto/RN, e buscando o exercício da prática docente, executamos
oficinas pedagógicas a partir dos temas transversais nas turmas de Ensino Fundamental na
Escola Estadual Prof.ª Maria Edilma de Freitas, localizada na cidade de Pau dos Ferros/RN.
Dessa forma, compreendemos ser estágio supervisionado uma etapa extremamente
necessária e significante para a formação docente, pois nos serve de experiência e exercício
para a vida professoral. É nesta etapa que construímos metodologias, técnicas e
desconstruímos tantas outras, nos moldando para, no exercício da docência, termos
capacidade de contribuir significativamente com o processo de ensino aprendizagem.
1 INTRODUÇÃO
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O estágio tem o objetivo de inserir o aluno em licenciatura no âmbito escolar, para que
este possa compreender a realidade de sua futura profissão. A maioria dos estágios acontece
em escolas públicas, já que é o lugar onde o licenciando, futuramente professor, irá lecionar.
A esse respeito, as autoras, Pimenta e Lima (2010, p.188) salientam que:
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O ensino de Geografia vem mudando gradativamente, cada vez mais se tornando uma
disciplina essencial para a educação. Antes era vista como uma disciplina simplória e em alguns
casos, era tida pelos alunos apenas como uma disciplina de “decoreba”. Muitas vezes, a
Geografia passava despercebida, pois quem lecionava nem sempre era formado na área de
Geografia. Isso fez com que essa disciplina fosse relegada a últimos planos no ambiente
escolar. Como futuros professores dessa disciplina, devemos ter que repassar para os alunos
sua importância na formação dos mesmos. Já que esta além de mostrar aspectos físicos da
natureza nos ajuda a desvendar os processos que ocorrem no espaço em que vivemos. Como
nos orienta Callai (2013), é preciso construir uma forma geográfica de pensar em torno da
disciplina escolar:
A Geografia deve ser inserida desde a educação infantil, com metodologias baseadas
na vida cotidiana do aluno, já que esse é o primeiro contato da criança com a disciplina. No
entanto, inserir a geografia nas séries iniciais pode ser uma tarefa complicada, já que a
geografia é mais complexa do que se imagina. Por isso, a importância que a Geografia seja
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lecionada por um professor formado nessa área. A Geografia tem um papel fundamental na
construção do conhecimento científico do aluno. Segundo Fantin (2010, p.74):
Assim, é preciso que o professor não perca o hábito da pesquisa, que conheça os
documentos normativos da disciplina que leciona, bem como as teorias construídas em torno
desta, para ministrar aulas mais dinâmicas e o entendimento da Geografia enquanto disciplina
importante para conhecer o mundo e realizar as análises espaciais. Para tanto, o professor
deve ter em mãos metodologias que chamem à atenção do aluno e ao mesmo tempo passar
o conteúdo de forma explícita e que os alunos possam relacionar o que aprende na escola
com o seu cotidiano. Ensinar é isso, ajudar o outro a desvendar o mundo. Formar pessoas
melhores.
Dessa forma, coadunamos da ideia de que a Geografia tenha se constituído como uma
das mais importantes disciplinas escolares, haja visto, que a partir dos conhecimentos
Geográficos, o aluno é capaz de conhecer o mundo, mas mais que isso, ele se torna capaz de
agir e atuar de forma crítica neste mundo. A Geografia permite o desvendar das relações
sociais que se processam no espaço, portanto é uma disciplina que possibilita a emancipação
do sujeito a partir do seu arcabouço teórico-metodológico auxiliando nas análises espaciais.
Contraditório a isso, é uma disciplina que vem perdendo espaço no ambiente escolar. Seja
com a diminuição da carga horária, seja com o desestímulo de alunos e professores. Nesse
sentido, faz-se necessário o movimento de resistência e de luta para mantermos viva a
Geografia nas escolas, mas uma Geografia que liberte os sujeitos da opressão e não aquela
que serve apenas para reforçar a “decoreba”, memorização e patriotismo.
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Observamos isso quando estivemos presente na escola no dia que foi comemorado “o dia do livro”. Vimos as crianças
entusiasmada com a leitura e caracterização dos professores.
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Para que se obtenha disciplina, a escola tem algumas regras a serem cumpridas por
seus alunos. Essas regras vai até o horário de chegada e saída como também o uso proibido
do celular dentro da escola. Há câmeras em toda a escola principalmente nas salas de aula.
A sala que escolhemos para a realização da observação foi o Oitavo (8º) ano “B” do
turno vespertino. A sala é bastante numerosa, matriculados são mais de quarenta (40) alunos.
Os mesmos são bem participativos, em sua maioria, embora tenhamos identificado alguns
alunos muito tímidos que precisavam ser mais estimulados a participarem das reflexões e
debates acerca dos conteúdos. Em suma, é uma turma boa de trabalhar já que a maioria tem
o interesse pelos assuntos abordados na disciplina de Geografia.
A professora é formado em Geografia pela Universidade do Estado do Rio Grande do
Norte (UERN), apresenta um rico conhecimento sobre sua área, fazendo com que suas aulas
sejam interessantes e instigue a curiosidade do aluno. Tudo que é explicado é de forma clara
e coerente, trazendo para seus alunos exemplos de sua realidade local para que eles possam
ter uma maior compreensão sobre determinado fenômeno que está sendo tratado.
A professora faz utilização de data show, trazendo imagens para explicar determinado
assunto (paisagem, por exemplo.), faz leitura compartilhada para que seus alunos possam
interagir em suas aulas. A utilização do livro didático é frequente, no entanto, a professora
não se prende exclusivamente ele.
A questão dos livros didáticos é uma problemática apresentada pelos alunos. Já que os
livros didáticos de oitavo ano do ensino de Geografia, não são suficientes para todos os alunos.
Isso faz com que ocorra apenas a consulta durante a aula, impossibilitando aos alunos levarem
para casa e realizarem suas tarefas. Com isso, a professora relata que se perde muito tempo,
já que muitas atividades que são feitas pelo livro, só podem ser realizadas em sala de aula.
A docente trabalha bastante a utilização de mapas, faz uma explicação de como fazer
a leitura de determinado mapa. Muitos dos alunos já fazem uma leitura bastante avançada
para sua escolaridade. No entanto, tem outros alunos que têm uma grande dificuldade em
localização dos continentes, por exemplo, e de alguns fenômenos evidenciados em cada
continente. Além da localização, a reflexão acerca dos fenômenos a partir da escala geográfica
é importante para construir o conhecimento mais aprofundado, no entanto, percebemos que
alguns alunos não avançam nesse sentido, mas destacamos a contribuição da professora em
trabalhar com a cartografia, denotando a importância desta no debate dos temas geográficos.
Muitas das deficiências visualizadas que os alunos apresentavam com relação a
aprendizagem, não é apenas responsabilidade da professora e da escola, mas também,
resultado do desinteresse de alguns alunos, e falta de atenção, já que a professora faz sempre
uma revisão de tudo que foi visto nas aulas passadas, antes de adentrar em novos assuntos.
Fazendo essa recaptura ela identifica se seus alunos realmente compreenderam o assunto em
questão e busca reforçar alguns conteúdos se identificar necessidade para tal.
Durante a observação os assuntos estudados foram sobre paisagem, regiões, e as
diferentes culturas que cada região tem em particular. A professora sempre fazia uma
explicação e escrevia um resumo sobre o que foi abordado durante a aula, facilitando assim,
para que os alunos tenham um guia de estudo, no momento de realização das atividades
questionadoras.
Esses assuntos citados acima, também foram temas apresentados pelos próprios
alunos, cada grupo ficava responsável por uma determinada região e fariam sua apresentação.
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A maioria dos grupos utilizavam cartazes para a realização do trabalho. Os alunos ainda não
exibem um domínio para apresentações de trabalho, muitos sem postura, e apenas leem o
texto. No entanto, essa atividade é significativa, pois prepara os mesmos na oralidade e
desenvoltura, bem como na construção do conhecimento através da pesquisa. Vale lembrar
que assim que cada trabalho era apresentado, a professora fazia um apanhado sobre o tema,
para que o restante da sala compreendesse melhor o que os colegas estavam apresentando.
Percebemos que o professor além de domínio sobre os assuntos de Geografia, o mesmo
tem que saber repassar seus conhecimentos, mostrar de forma clara os acontecimentos que
o cercam, tirar os conceitos dos livros didáticos, e trazer para nossa realidade, exemplificar
com o que há no nosso meio para que a partir disso, possamos compreender o “todo”. Assim,
o conhecimento construído ganha significado para o aluno.
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De início foi difícil controlar a sala, mas com o decorrer da utilização de metodologias
podemos ter um resultado satisfatório. A todo momento nós como mediadores da oficina
estávamos interagindo com as crianças, já que este era o nosso primeiro contato. Utilizamos
exemplos que fossem do cotidiano dos alunos para que os mesmos pudessem compreender o
que queríamos repassar. Conseguimos realizar todo o planejamento que nos propusemos.
A oficina nos proporcionou a oportunidade de se trabalhar em equipe, dá aula em
conjunto, nosso desafio era abordar o tema Meio Ambiente de forma coesa e coerente e que
os alunos tivessem a oportunidade de aprender um pouco mais sobre o tema exposto,
trabalhando em equipe pudemos desenvolver uma aula bastante proveitosa, que serviu de
incentivo tanto para os alunos do sexto ano, como para nós que estávamos na escola como
mediadores. A oficina no fim da disciplina de OEG I vem para vivenciarmos na prática a ação
docente.
Percebemos o quão é importante ter um bom planejamento e estar aberto para
imprevistos. Planejar é um dos verbos indispensáveis para a realização de uma aula
satisfatória. Com essa oficina praticamos algumas reflexões vistas nas teorias, verificamos que
nem tudo que se é planejado pode ocorrer corretamente, que nem sempre a turma será da
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maneira que pensamos que ser. E esse é o grande desafio do professor, se redescobrir, se
adaptar. Ser professor é bem mais que saber dos conteúdos (sim, isso é essencial), mas
também saber ser dinâmico nos momentos precisos, ser amigo, saber compreender, saber
ouvir. É ter sempre uma troca de interesses entre professor e aluno.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Percebemos que é a partir do Estágio que o aluno toma sua decisão para o futuro,
decide se esse é ou não seu objetivo de vida. Pois para ser professor tem-se que ter amor,
dedicação pelo o que faz, caso contrário se tornará um professor omisso, deixa de ser exemplo
para se tornar apenas “mais um”. Ter amor não significa calar entre os desafios e não lutar
por condições de trabalho e de salários melhor, mas ter amor é antes de tudo se identificar
com o que faz e se tornar militante por uma educação de qualidade.
O Estagio supervisionado é de grande relevância para o aluno em licenciatura. É por
meio desse processo que podemos nos inserir no cotidiano escolar, tomar conhecimento de
metodologias, saber planejar, ter um domínio de conteúdo e se adequar a imprevistos.
Todas essas vivências nas discussões teóricas, observação e também a prática na
realização das oficinas é enriquecedor para a nossa formação de futuros professores. São
essas experiências que serão determinantes para identificar se realmente é isso que queremos
para nosso futuro. Por isso, OEG, é o componente curricular, muitas vezes, decisivos na
formação docente.
Portanto, o estágio se torna o divisor de águas para o aluno de licenciatura, pois é
nessa fase, que iremos tirar algumas dúvidas que nos acompanham desde o início do curso.
É nesse contexto que iremos nos preparar para sermos professores. Não existe uma fórmula
para ser um bom professor, mas se tem alguns direcionamentos que são indispensáveis para
a nossa formação.
Durante todo esse processo de observação podemos perceber que a profissão de
professor é uma das mais importantes para a formação do indivíduo. É ele que se torna uma
das primeiras referências para a criança. É o professor que é o intermediário na construção do
conhecimento.
No entanto, essa profissão, infelizmente, não é valorizada como deveria. Muitos
professores têm uma carga horária exorbitante, salários defasados, trabalham em escolas com
péssima infraestrutura, o que faz com que o processo de ensino–aprendizagem se torne uma
tarefa cansativa, sem estímulo.
Concluímos que, o estágio de observação é apenas um passo para a nossa formação.
Teremos muitos processos a ser enfrentados. Mas é com esse passo, que chegaremos no
destino final, no Professor profissional, no mediador de conhecimentos, figura extremamente
importante na conquista de uma educação de qualidade.
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REFERÊNCIAS
FANTIN, Maria Eneida. Reflexões iniciais sobre o currículo e o ensino da geografia na educação
infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental. In _____. TAUSCHEK, Neusa Maria, NEVES,
Diogo Labiak. Metodologia do ensino de geografia. 2 ed. ver. Atal e ampl. Curitiba: ibepex,
2010. P.68- 91
LIMA, Maria Socorro Lucena. O olhar de observação sobre a escola e suas relações: qual o
sentido do estágio para o estagiário. In______ Estágio e aprendizagem da profissão
docente. Brasília: Liber Livro, 2012. p.61- 83.
PIMENTA, Selma Garrido, LIMA, Maria Socorro Lucena. Planejamento e avaliação do Estágio.
In. ____. Estágio e Docência. 5.ed. São Paulo: Cortez,2010,p.177 – 215.
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RESUMO
Este trabalho é fruto das discussões teóricas realizadas durante as aulas de Orientação
e Estágio Supervisionado em Geografia (OEG I), e tem como objetivo discutir as experiências
vivenciadas durante o estágio de observação na Escola Municipal Edilton Fernandes, localizada
na cidade de Marcelino Vieira - RN, e da aplicação de oficina na Escola Estadual Prof.ª. Maria
Edilma de Freitas, na cidade de Pau dos Ferros - RN. Com as discussões em sala, bem como
a partir da fase prática do estágio, pudemos entender e vivenciar a importância do estágio na
formação docente. A observação se constitui uma das etapas do Estágio Supervisionado, sendo
essa uma fase primordial, tendo em vista ser o primeiro momento em que deixamos de ser
alunos e nos encontramos enquanto professores, é também nessa etapa que tomamos
conhecimento da dinâmica da escola, bem como da sala de aula vivenciando possíveis
dificuldades a serem enfrentadas e a prática de várias metodologias de ensino. A experiência
com as oficinas foi de grande relevância, pois tivemos a oportunidade de assumir a sala de
aula enquanto professores. Destacamos ainda que essa etapa exigiu um amplo planejamento,
nos levando a refletir o quanto essa etapa é importante para o trabalho docente. A partir das
experiências do estágio, entendemos a importância da fase de observação na formação
docente, tendo em vista ser nessa etapa, o primeiro contato com espaço escolar, nos
permitindo assim entender a dinâmica que envolve a escola, bem como a sala de aula.
1 INTRODUÇÃO
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vista que é onde temos o primeiro contato com a realidade da sala de aula, sem que estejamos
na condição de alunos. É nesse momento da observação que podemos perceber os desafios e
as alegrias pelos quais o professor tem que passar. O estágio de observação nos permite
conhecer melhor a profissão que pretendemos seguir, e como nos diz Lima (2012, p.72) ter
esse conhecimento nos aproxima do magistério e nos leva “a perceber as possibilidades e
limites do trabalho desenvolvido pelos professores na realidade do cotidiano escolar.”
Este trabalho5 tem como principal objetivo, relatar de forma crítica a vivência durante
o Estágio Supervisionado em Geografia I (OEG I), destacando desde as discussões em sala,
tendo como aporte teórico Callai (2013); Fantin (2010); Lacoste (1988); Lima (2012);
Straforini (2011), além das leitura dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), até a prática,
vivenciada durante o estágio de observação na Escola Municipal Edilton Fernandes, localizada
na cidade de Marcelino Vieira - RN, e da experiência com a produção e a aplicação de oficina
com os temas transversais da Geografia na Escola Estadual Prof.ª. Maria Edilma de Freitas, na
cidade de Pau dos Ferros - RN.
O presente trabalho está organizado em cinco (5) seções. Inicialmente, trazemos uma
discussão acerca do currículo de Geografia no ensino fundamental, discutindo em seguida a
importância do estágio de observação. Na terceira seção fazemos uma breve contextualização
da escola campo de estágio. Nas últimas seções relatamos de forma crítica as experiências no
estágio de observação e com a aplicação da oficina.
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Este trabalho é fruto das nossas reflexões durante o Estágio Supervisionado I, sob orientação da professora mestra, Francisca
Elizonete de Souza Lima.
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4 CONHECENDO A ESCOLA
A instituição escolar adotada como campo de estágio, foi a Escola Municipal de Ensino
Fundamental Edilton Fernandes (Figura 01), localizada na Rua Maria José da Costa no
município de Marcelino Vieira–RN. A escola foi construída no ano de 2002, começando as
atividades no ano seguinte. Inicialmente oferecia ensino nos segmentos de 6º ao 9º anos. Em
2007 ampliou sua oferta de ensino para a Educação de Jovens e Adultos (EJA), atendendo
através da EJA de 3º e 4º níveis.
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A secretária de Saúde juntamente com as Escolas, realizaram uma caminhada de conscientização pelas principais ruas da cidade,
e passaram nas casas orientando a população de como prevenir a proliferação do Aedes Aegipty.
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ciclo de vida, que compreende o ensino médio. No entanto, durante a observação não
presenciamos o uso de textos paradidáticos.
Compreendemos que o uso do livro didático é importante na sala de aula, no entanto
ele deve ser entendido como uma ferramenta metodológica para o professor. Nesse sentido o
docente tem autonomia para trabalhar como julgar mais pertinente e de forma que acarrete
um melhor aprendizado para seus alunos, corroborando com essa ideia Lajolo (1996, p.06),
nos aponta que:
Nenhum livro didático, por melhor que seja, pode ser utilizado sem
adaptações. Como todo e qualquer livro, o didático também propicia
diferentes leituras para diferentes leitores, e é em função da liderança que
tem na utilização coletiva do livro didático que o professor precisa preparar
com cuidado os modos de utilização dele, isto é, as atividades escolares
através das quais um livro didático vai se fazer presente no curso em que foi
adotado.
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durante a prática docente. A própria turma não conversa com a aluna em questão, existe
claramente uma exclusão da mesma, isso foi algo que nos deixou bastante inquietos, pensando
em como inseri-la de fato na turma.
Embora o estágio seja de observação, também permite a coparticipação. Durante nossa
experiência enquanto estagiária observadora, tivemos a prazerosa experiência de ministrar
uma aula a pedido do professor. É inegável que foi um desafio, desde preparar a aula até o
momento que a mesma aconteceu, mas está frente aquela turma como professora foi muito
gratificante, uma experiência que certamente trouxe ganhos a nossa vida acadêmica, assim
como pudemos entender um pouca da dinâmica do próximo estágio que compreende a fase
de regência.
Concluída a primeira etapa do estágio passamos a entender o quão importante é,
passamos a ver a escola com o olhar de pesquisador, analisando as dificuldades, assim como
as coisas boas que existem na mesma, bem como quais os elementos responsáveis por um
bom processo de ensino aprendizagem. Concordamos com Lima (2012, p.65-66) quando nos
aponta que:
Entendemos que Lima (2012) quando fala sobre auto avaliação, refere-se às dúvidas
que foram respondidas durante o estágio, no sentido de que “Será que eu realmente quero a
docência pra minha vida?”, o estágio sem dúvidas foi bem esclarecedor nesse sentido, pois de
fato me vi como professora.
Foram muitas as dúvidas sanadas durante a observação, mas outras inquietações
surgiram em contrapartida. A docência é uma profissão apaixonante, mas as dificuldades e
desafios são constantes e muitas vezes difíceis de serem superados. Por sorte, a turma
observada era uma turma ótima, silenciosa e que interagiam durante as aulas. No entanto,
sabemos que nem todas seguem esse padrão.
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A oficina, assim como a observação, foi de grande relevância para despertar em nós a
vontade de seguirmos a docência, uma vez que além de vivenciar as dificuldades da profissão,
podemos receber o carinho dos alunos e isso é sem dúvida alguma muito gratificante.
A aplicação da oficina se constituiu numa experiência tão valorosa quanto à
observação. Com a oficina vivenciamos de fato o que é ser professor, pois trabalhamos no
planejamento e na execução da mesma. Nos fez refletir como trabalhar o tema proposto para
determinado ano do ensino fundamental. Foi de grande importância, pois nos mostrou um
pouco dos desafios que a docência traz, desde o planejamento até a execução.
Finalizamos a oficina com sentimento de dever cumprido e de satisfação por termos
vivenciado tão rica experiência. Um dos ensinamentos que tiramos dessa atividade foi que
desafios e dificuldades existirão sempre, mas que não podem impedir que o nosso dever, a
nossa aula, seja realizada.
7 CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
LACOSTE, Yves. A Geografia- isso serve, em primeiro lugar, para fazer a guerra.
Campinas: Papirus. 1988.
LIMA, Maria Socorro Lucena. O olhar de observação sobre a escola e suas relações: qual o
sentido do estágio para o estagiário?. In:Estágio e aprendizagem da profissão docente.
Brasília: Liber Livro, 2012. p.61-83.
STRAFORINI, Rafael. O currículo de geografia das séries iniciais: entre conhecer o que se diz
e o vivenciar o que se pratica. In: TONINI, Maria Ivaine; GOULART, Ligia Beatriz; MILITZ,
Rosa Elisabete; MARTINS, Wypyczynski; CASTROGIOVANNI, Antônio Carlos; KAECHER,
Nestor André. O ensino de Geografia e suas composições curriculares. Porto Alegre:
UFRGS, 2011. p.41 a 58.
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RESUMO
O presente trabalho aborda a importância da leitura no processo de ensino-
aprendizagem da geografia, destacando o uso de livros paradidáticos como recurso didático.
O objetivo é investigar como está sendo trabalhada a leitura no ensino de geografia e qual o
papel desempenhado pelo livro paradidático. Para tanto foi feita uma pesquisa bibliográfica e
em seguida foi realizada entrevistas semiestruturadas com alunos dos 6º anos e seus
respectivos professores de geografia das Escolas Públicas Municipais de Caicó\RN. Como
resultados preliminares notam-se que o trabalho predominante desenvolvido pelos professores
em relação à leitura e o ensino de geografia se dá em torno do uso do livro didático. No
entanto eles têm clareza da existência de outros recursos didáticos, como o livro paradidático,
porém não conseguem desenvolver atividades voltadas para esse recurso, devido ao grande
vínculo que mantém com o livro didático.
1 INTRODUÇÃO
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A leitura é uma das muitas ferramentas educacionais que o professor pode utilizar para
facilitar o processo de ensino-aprendizagem, contribuindo assim para a formação do aluno-
leitor. No entanto o hábito da leitura está cada vez mais distante da realidade de boa parte
dos alunos, no ensino da geografia escolar, a realidade não é diferente. É frequente, os alunos
relatarem que não gostam de ler, que é chato e enfadonho. Pontuschka (2009) afirma que
uma das grandes dificuldades dos alunos de qualquer nível de ensino, até mesmo dos que
chegam ao ensino superior, refere-se à leitura e análise de textos. Nesse sentido o trabalho
com leitura é essencial em sala de aula, não adianta só o aluno ler por ler, é fundamental que
ele compreenda o que leu e faça uma ponderação, se o aluno apresenta dificuldade nesse
processo cabe ao professor de qualquer disciplina ajudá-lo.
Nessa perspectiva é importante destacar o conceito de leitura abordado por Cagliari
(2001, p.150)
É perceptível que não é muito eficaz colocar o aluno só para ler de uma forma mecânica,
sem ao menos parar para refletir sobre o que está sendo abordado, é essencial que o professor
proporcione ao aluno uma leitura significativa. Nesse texto consideramos o conceito de leitura
significativa proposto acima por Cagliari (2001).
À luz dessas considerações, entende-se que a falta desse tipo de leitura tornou-se um
dos entraves no processo de ensino-aprendizagem para muitos alunos, tornando-se ainda mais
preocupante quando nos atentamos para o fato de quê o livro didático é o principal recurso
utilizado pelo professor e aluno. Segundo Castellar & Vilhena (2010), o livro didático ainda
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continua sendo um dos suportes mais importantes no cotidiano escolar, e, é, sem dúvida, o
mais utilizado e solicitado. Vale ressaltar que para se apropriar desse instrumento o aluno
precisa fazer uso da leitura, no entanto essa se deve dá de forma significativa, para que ele
possa tornar-se sujeito do seu próprio aprendizado.
Pontuschka (2009) enfatiza que saber ler e analisar um texto ou documento é requisito
indispensável para o estudante em todas as disciplinas escolares. A ausência de leituras
significativas surge como um empecilho para o ensino de geografia, pois essa prática pode
proporcionar ao aluno uma nova forma de interpretar e compreender o espaço geográfico ao
qual está inserido.
Dessa maneira é importante sensibilizar os alunos para esse tipo de leitura para que eles
tenham uma maior facilidade de compreensão dos conteúdos da geografia, assim como de
outras disciplinas.
Neste sentido, é de suma importância a busca de novos meios para instigar o aluno ao
mundo da leitura. Segundo Villardi (1997, p.04):
Fica claro que o professor precisa encontrar maneiras de trabalhar com a leitura de
uma forma que a torne significativa para os alunos, para isso os docentes necessitam se
apropriar de recursos didáticos e metodologias que torne a leitura algo prazeroso e não uma
obrigação, pois esta obrigatoriedade na maioria das vezes torna o trabalho com leitura árido
na perspectiva do aluno, podendo torna-se mais uma tarefa chata que ele tem que cumprir. É
importante destacar que a leitura e a interpretação é uma questão que está em pauta no
ambiente escolar. Segundo Villardi (1997, p.04) “... Toda a dinâmica da vida escolar está
centrada na capacidade de ler e compreender bem o que foi lido”. É inegável que em quase
todas as aulas, de qualquer disciplina, os alunos realizam leitura para desenvolver algum tipo
de atividade, contudo muitos não conseguem entender o lêem e acabam adotando uma
postura de desinteresse pela disciplina ou pela escola.
Segundo Pontuschka (2009, p.219) “Muitas vezes, as dificuldades de leitura e
entendimento de textos levam os alunos a uma atitude de desânimo perante os estudos”. É
comum durante as aulas os alunos alegarem que não resolvem uma questão porque não
conseguem compreender e cada vez mais os professores reclamam que os alunos não
compreendem o que está escrito. Neste contexto o professor precisa se apropriar de meios
para tornar o trabalho com leitura mais significante no ensino de geografia.
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didáticos são adotados no processo de ensino-aprendizagem nas escolas, seja como material
de consulta do professor, seja como material de pesquisa e de apoio às atividades do
educando. Desta forma, o uso desse instrumento pode se tornar uma forma atrativa de motivar
os alunos para a prática da leitura e interpretação, além de complementar os conteúdos
estudados no livro didático. Lopes (2011, p.15) destaca que o paradidático é uma alternativa
para que o professor possa diversificar sua aula, suprir as possíveis deficiências do livro
didático e estimular o aluno para leitura. Já Precioso e Salomão (2014) declaram que a leitura
os livros paradidáticos contribuem para o processo de letramento científico, permitindo a
ampliação e contextualização dos conteúdos. Souza (2013, p.3) aponta que “os paradidáticos
exploram uma realidade muitas vezes desconhecida”
O trabalho com livros paradidáticos não deve ser exclusividade da disciplina de língua
portuguesa, pois a leitura é importante em qualquer área do conhecimento. O PCN de
geografia (2001, p. 33) destaca que: “Mesmo na escola, a relação da geografia com a
literatura, por exemplo, tem sido redescoberta, proporcionando um trabalho que provoca
interesse e curiosidade sobre a leitura desse espaço”. Nesse aspecto a geografia tem um
campo vasto de possibilidades para o professor trabalhar com leitura utilizando livros
paradidáticos, ressaltando que o próprio PCN (2001) de geografia destaca que pela natureza
do seu objeto de estudo, a geografia está aberta a uma infinidade de recursos para a
motivação do aluno. Nesse sentido o uso de livros paradidáticos é uma alternativa para o
trabalho com leitura atrelada ao ensino de geografia.
4.1 Contexto
A realização do trabalho se deu em torno primeiramente da pesquisa bibliográfica a cerca
da temática abordada. Em seguida foi realizada uma pesquisa junto a Secretaria Municipal de
Educação de Caicó\RN para realizar o levantamento de dados a cerca das escolas municipais
que ofertam o ensino no 6º ano do ensino fundamental. Nesta oportunidade foram catalogadas
nove escolas, totalizando 14 turmas de 6ª anos e 11 professores. Foram realizadas entrevistas
estruturadas e focalizadas, com todos os professores de geografia e seus respectivos alunos.
Gil (2010, p.109) define entrevista “como a técnica em que o investigador se apresenta frente
ao investigado e lhe formula perguntas, com o objetivo de obtenção dos dados que interessam
à investigação”. As perguntas elaboradas para os alunos tinham o intuito de verificar qual o
papel ocupado pela leitura no seu cotidiano e como o professor de geografia trabalha a leitura
nesta disciplina. Já a entrevista com os professores tinham como objetivo verificar como o
professor inseriu a leitura no ensino de geografia, suas possíveis dificuldades e as
possibilidades de trabalhar com livros paradidáticos.
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4%
14% 4% 9%
Figura 01: Atividades de incentivo à leitura nas escolas municipais de Caicó-RN
Fonte: Elaborado a partir da pesquisa de campo (Maio de 2016)
O ideal é que o professor utilize esse recurso didático como um meio para mediar suas
aulas de geografia, no entanto muitos professores trabalham na perspectiva de que ele não é
um meio e sim um fim. Na maioria das vezes o problema está na metodologia utilizada pelo
professor para trabalhar com este recurso. Muitas vezes não consegue desperta interesse de
muitos alunos. De acordo com Pinheiro e Nascimento (2014, p. 49):
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Complementar os conteúdos
Orientar para vida
Dá suporte ao professor na hora de planejar
Instigar a leitura complementar no aluno
Estimular o desenvolvimento do aluno como membro da sociedade
9% 9% 28%
Não respondeu
9%
27% 18%
Figura 02: Objetivos dos livros paradidáticos na perspectiva do professor
Fonte: Elaborado a partir da pesquisa de campo (Maio de 2016)
Diante das respostas pode-se concluir que 90% dos professores entrevistados têm
clareza da função do livro paradidático, pois quando nos reportamos ao conceito, citado
anteriormente, Munakata (1997), percebe-se que todas as respostas dos professores estão de
acordo com o conceito de livro paradidático apontado por este autor. No entanto encontramos
poucos trabalhos, dentre os professores entrevistados, desenvolvidos com esse recurso
didático, pois quando os docentes foram questionados sobre algum trabalho desenvolvidos
por eles em sala de aula com esse tipo de livro descobrimos que apenas 27% já tinham
realizado algum trabalho, 64% não e 9% não respondeu.
Dos 64% que declararam que nunca trabalhou com esse recurso didático questionamos
o porquê e obtivemos as seguintes justificativas:
Professor A: Não trabalho por falta desse tipo de material.
Professor B: Trabalho com revistas.
Professor C: O tempo é curto e trabalho em três escolas.
Professor D: Nunca busquei trabalhar com esse recurso didático.
Professor E: Iniciei meu trabalho docente há pouco tempo.
Professor F: Me apego muito ao livro didático
Nota-se que o trabalho com livros paradidáticos ainda é escasso no ensino de geografia,
muitos professores sentem insegurança em trabalhar com esse recurso didático ou ainda não
encontraram uma maneira de desenvolver trabalhos com o mesmo, apesar desse tipo de
material fazer parte das bibliotecas, é mais comum o uso em língua portuguesa.
No entanto o uso desse instrumento no ensino de geografia pode se tornar uma forma
atrativa de motivar os alunos para a prática da leitura, além de complementar os conteúdos
estudados no livro didático. Segundo Lopes (2011), outra característica importante dos livros
paradidáticos é a possibilidade de utilizar uma linguagem mais fácil e presente no cotidiano
dos alunos. No geral, esses livros abordam o conteúdo da disciplina de uma forma atraente,
que acaba envolvendo o aluno, além de adotar um caráter interdisciplinar. Contudo é relevante
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destacar que o professor é uma peça fundamental para sistematizar esses conteúdos e
aprimorar o processo de ensino-aprendizagem, assim, espera-se que o aluno possa realizar
uma leitura de forma lúdica e prazerosa, proporcionando uma melhor aprendizagem.
Sobre este aspecto Azevedo e Almeida (2013) declara que a geografia escolar deve
estimular os alunos a desenvolverem uma leitura geográfica de livros paradidáticos e da
realidade em que vive. Desta forma, ter-se a possibilidade maior de uma transformação
partindo da educação, pois a partir do momento em que as pessoas entendem a realidade
mais próxima de si, elas saem do poder do desconhecimento, ou seja, passam a conhecer e
entender e podem daí buscar e lutar por mudanças. Pode-se dizer que seria uma leitura
significativa, pois se os alunos afirmam que gostam de ler, como veremos mais adiante, eles
não estão conseguindo compreender realmente o que estão lendo, provavelmente não estão
atingindo o que foi posto por Azevedo & Almeida (2013).
Dos 27% dos professores, que corresponde a três docentes, que já trabalharam com
livros paradidáticos relataram a sua experiência da seguinte maneira:
Professor G: Trabalhei com o livro, O Lobo Mal, para iniciar estudos sobre a região
amazônica. Pesquisamos os tipos de árvores e animais.
Professor H: Trabalhei com o livro, O que há da África em Nós. Os alunos representavam
com desenhos a compreensão que eles tiveram sobre o texto após a leitura.
Professor I: Trabalhei com o livro ensino de geografia para os alunos entenderem a
categoria lugar.
Na fala desses professores percebe-se que eles trabalharam de uma forma diferenciada,
utilizando a leitura de livros paradidáticos para trabalhar conteúdos do livro didático,
experimentando uma maneira mais lúdica de trabalhar os conteúdos da geografia. Vale
acrescentar que no estudo de Lopes (2011), ela destaca que o livro paradidático configura
uma ferramenta importante pra promover mudanças no ensino e aprendizado do aluno, além
de promover uma diversificação em relação aos recursos didáticos que podem ser utilizados
pelo professor, podendo tornar suas aulas mais atrativas e dinâmicas. Assim é muito
importante que os professores utilizem este recurso que está disponível em muitas bibliotecas
e que cada vez mais trabalhem com a leitura. Segundo Cagliari (2001, p.173)”A leitura não
pode ser uma atividade secundária na sala de aula ou na vida, uma atividade para a qual a
professora e a escola não dedicam mais que uns míseros minutos”.
Concluída a analise dos professores é chegada a vez dos alunos. Foi perguntado aos
alunos se eles gostam de ler. Dos 302 alunos, 99% afirmaram que sim e apenas 1% disse que
não. Para complementar essa questão foi questionado como o professor de geografia costuma
trabalhar leitura nas aulas de geografia. As respostas dos alunos ficaram da seguinte maneira
(figura 03).
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29%
60%
Figura 03: Atividades desenvolvidas pelos professores para trabalhar com leitura
Fonte: Elaborado a partir da pesquisa de campo (Maio de 2016)
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Segundo Pontuschka (2007) uma das grandes dificuldades dos alunos de qualquer nível
de ensino, até mesmo dos que chegam ao ensino superior, refere-se à leitura e análise de
textos. Percebe-se ao final desse artigo que essas dificuldades ainda estão muito presentes
em sala de aula. Os professores pesquisados afirmam que os alunos têm dificuldade em
relação à leitura e interpretação. Todavia o trabalho desenvolvido pela maioria deles se dá em
torno do livro didático, utilizando metodologias que de certa maneira não aguçam muito os
alunos para leitura, fato preocupante quando atentamos para a questão que boa parte dos
alunos afirma que gostam de ler, mas não gostam da leitura dos conteúdos do livro didático.
Os professores têm clareza das possibilidades de uso de livros paradidáticos, mas ainda não
encontraram uma maneira de trabalhar com esse recurso didático nas aulas de geografia, pois
seria uma maneira de sensibilizar os alunos para uma leitura mais significativa, no sentido que
os alunos compreendam o que estão lendo. Cabe ressaltar que os alunos foram categóricos
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em responder que gostam de ler, essa talvez seja a abertura que o professor necessita para
iniciar um trabalho com leitura de forma mais dinâmica utilizando livros paradidáticos.
Esperamos que este trabalho contribua para despertar nos professores o desejo de trabalhar
com livros paradidáticos no ensino de geografia, contribuindo assim para a formação do aluno-
leitor.
REFERÊNCIAS
CASTELLAR, Sônia; VILHENA, Jerusa. Ensino de geografia. São Paulo: CENGAGE Learning,
2010.
PONTUSCHKA, Nídia Nacib; PAGANELLI, Tomoko Iyda; CACETE, Núria Hanglei. Para
ensinar e aprender geografia. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2009.
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VILLARDI, Raquel. Ensinando a Gostar de Ler e Formando Leitores Para a Vida. Rio
de janeiro: Qualitymark.ed.1997.
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RESUMO:
O presente artigo tem por objetivo discutir sobre o processo de ensino e
aprendizagem e a sua importância para a construção de saberes no espaço escolar. Nessa
perspectiva, iremos apresentar as experiências adquiridas a partir do Estágio Supervisionado
em Geografia, destacando a significância deste para a formação docente e a atuação do
estagiário no espaço da escola, visando à construção do saber e os diálogos entre alunos,
docentes e a comunidade. Esta análise teve como aporte teórico-metodológico as obras de
Perrenoud (1993); Gadotti (1994); Vasconcelos (2004); Pimenta e Lima (2012); Pontuschka
(2012), Silva et al (2014), dentre outros autores que trabalharam com essa temática. A nossa
escrita está centrada em três momentos. Inicialmente, realizamos uma breve apresentação da
discussão, do nosso campo de estudo que, no caso, é composto pelas Escolas de Ensino
Fundamental I e II, “José Neri de Oliveira”, localizada no município de Doutor Severiano (RN)
e “Maria Pereira Leite”, situada no município de Encanto (RN), posteriormente, tratamos da
relevância da observação e criticidade no espaço escolar, enfatizando as experiências
adquiridas e relatando os desafios da regência e atuação em sala de aula; destacamos ainda
nessa oportunidade, a realização/execução de uma oficina pedagógica com alunos do 7º ano
do Ensino Fundamental.
1 INTRODUÇÃO
A sala de aula reúne em seu interior um universo de práticas e de ações, que são
intermediadas por professores e alunos que, de forma conjunta, constituem o processo de
ensino e aprendizagem. A Geografia se apresenta nesse “universo” como uma “porta-chave”
para a análise do espaço geográfico e a interpretação da realidade. É a partir desse
pressuposto que as aulas de Geografia na Educação Básica necessitam ser fundamentadas.
Sobre isso, Landim Neto e Barbosa (2010) destacam a ciência geográfica como uma
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Ainda nessa perspectiva, Pimenta e Lima (2012) identificam o estágio como uma
forma do licenciando refletir sobre a realidade do espaço escolar, tendo o mesmo um caráter
não apenas para a prática em si, mas sendo um processo que envolve conhecimentos teóricos,
epistemológicos, filosóficos e práticos no contexto educativo.
Os encontros no ambiente escolar estavam atrelados à proposição de um Estágio
Supervisionado em Geografia, com o objetivo de analisar elementos que configuram a
instituição escolar. Nessa análise crítica das escolas levamos em consideração a estrutura e
funcionamento da sala de aula durante as aulas de Geografia nas turmas de 6º ano “C” do
turno da tarde, considerando o funcionamento geral das respectivas instituições de ensino em
que estivemos envolvidas no estágio. Assim, fez-se necessário seguirmos um “roteiro” em
busca de considerações e análises sobre a situação da escola e sua importância no processo
de ensino e aprendizagem no componente curricular de Geografia.
No transcorrer das observações feitas nas escolas campo de estágio buscamos refletir
sobre as seguintes indagações: As escolas dispunham de recursos didático-pedagógicos para
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a realização das aulas de Geografia e dos demais componentes curriculares da escola durante
as aulas? Os (as) professores (as) se apresentavam dinâmicos (as) no momento da construção
do conhecimento? A gestão contribuía para o andamento das aulas ministradas pelos (as)
professores (as)? Qual era perfil dos (as) alunos (as)? De que maneira eram construídos os
planejamentos da escola com o corpo docente? Assim, buscaremos no decorrer dessa
discussão refletir sobre algumas das inquietações supracitadas.
As turmas observadas nas escolas 01 e 027 no turno vespertino apresentavam alunos
com perfis distintos e em faixas etárias diferentes (alunos com idades entre 12 a 30 anos). Os
professores, de maneira geral, utilizavam em suas aulas quadro branco e pincel. O livro
didático de Vesentini e Vlach (2014) se fazia presente como um condutor do processo no
transcorrer das aulas.
É nesse caminhar que, no presente trabalho, a nossa escrita está centrada em dois
momentos distintos: inicialmente, tratamos da relevância da análise e criticidade no ambiente
da escola, a partir da regência e atuação em sala de aula; e, por fim, destacamos a construção
da oficina pedagógica com alunos do Ensino Fundamental II, enquanto parte integrante do
Estágio Supervisionado8
7
Vale destacar, mais uma vez, que a escola 01 representa a Escola Municipal José Neri de Oliveira (Doutor Severiano, RN) e a
escola 02, a Escola Municipal Maria Pereira Leite (Encanto, RN).
8
A referida oficina pedagógica foi desenvolvida com uma turma do 7º ano do Ensino Fundamental II, com o intuito de diversificar
o nosso trabalho. No entanto, vale destacar que o estágio de observação e regência foram efetivado em turmas de 6° anos.
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Ainda sobre essa perspectiva, Moura (2003) apud Pimenta e Lima (2012, p. 134)
salienta que a escola ao ser “[...] compreendida como comunidade tem diferentes ações e
diferentes sujeitos com funções que também se diferenciam para a concretização do objetivo
coletivo, a educação escolar”.
Perante essa análise, entendemos a conjuntura da instituição escolar, que ao ser vista
como uma comunidade se apresenta com distintas e definidas ações e com sujeitos que
desempenham diferentes funções, com um objetivo em comum: o de educar para a vida e
possibilitar uma maior compreensão e intervenção do espaço geográfico.
Ainda sobre isso, destacamos a visão de Martin (1990) apud Silva et al (2014, p. 296)
sobre a importância das oficinas pedagógicas no processo de ensino e aprendizagem, no
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sentido de que, “procuramos através desse espaço, uma atmosfera facilitadora, para que a
elaboração, o discernimento e a construção pudessem ser uma constante no fazer coletivo”.
Podemos perceber quão importante é este espaço uma vez que ele proporciona o
estímulo ao desafio, a interação com o novo, à revisão do conhecimento já absorvido, ao uso
do potencial interno de cada um, à construção do não acadêmico ao fazer pedagógico.
Para realizarmos determinada oficina ou atividade faz-se necessário o planejamento
prévio, compreendendo que este “caracteriza-se por ser ‘flexível’, ajustando-se às situações-
problemas apresentadas pelos participantes a partir de seus contextos reais de trabalho”, uma
vez que o planejamento auxilia na sistematização e organização das ideias durante a execução
da tarefa (PAVIANI e FONTANA, 2009, p. 03). Esse tipo de atividade possibilita uma maior
interação entre alunos e professores por intermédio de temas geográficos, no caso da
Geografia, por exemplo, de um modo ativo, criativo e reflexivo, possibilitando conhecimentos
significativos aos indivíduos que os buscam. Nesse contexto, corroboramos com Paviani e
Fontana (2009, p. 02), quando afirmam que:
Concordamos, ainda, com Ribeiro (2001) apud Silva et al (2014, p. 285) quando ele
nos revela que: “A oficina pedagógica cria um contexto em que as situações de aprendizagem
são claras, precisas e diversificadas, de forma que os alunos aprendam a partir de seus
itinerários de apropriação dos saberes e desenvolvimento de suas capacidades”. Assim,
entendemos que essa atividade permite ao aluno não apenas descobrir novos caminhos, mas
incentiva-o a interagir com os outros, com o professor e com o grupo, em que estes aprendem
uns com os outros.
Durante a efetivação do Estágio Supervisionado nas escolas 01 e 02, realizamos
atividades em grupo, visando à participação e interação dos alunos e da comunidade escolar,
propiciando, assim, a construção do conhecimento e um diálogo de saberes entre o corpo
docente e os discentes das instituições.
Dessa forma, organizamos uma oficina pedagógica direcionada aos alunos do 7º ano
do Ensino Fundamental II, tendo por pauta de discussão o “Processo de urbanização no Brasil”.
A oficina foi desenvolvida em duas etapas: no primeiro momento, fizemos uma apresentação
da temática (parte teórica e discursiva) e, no segundo momento, apresentamos a proposição
metodológica à turma, dividindo-a em três equipes.
Um grupo ficou responsável por fazer a análise textual e propor
alternativas/possibilidades viáveis para uma melhor convivência com as dinâmicas da cidade.
Essa atividade teve por objetivo despertar o aluno para a leitura e compreensão de textos. Foi
utilizado, para isso, um texto sobre a cidade de São Paulo, intitulado por “Viver aqui é viver
entre luz e sombra”, da autora Tata Amaral. Os alunos apresentaram as suas considerações
sobre o texto lido, realizando um paralelo entre o contexto observado e a cidade do aluno,
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REFERÊNCIAS
AMARAL, Tata. “Viver aqui é viver entre luz e sombra”. Obtido em:
www.folha.uol.com.br. Acesso em: 05/10/2009.
PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio: diferentes concepções. In: PIMENTA, S. G.; LIMA,
M. S. L. Estágio e docência. 7ª ed. São Paulo: Cortez, 2012, p. 29-56.
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SILVA, V. I.; NASCIMENTO NETO, L. E. Experiência docente do PIBID no Ensino Médio. In:
CARVALHO, A. M.; SOARES, J. R.; BATISTA, M. S. S.; BARBOSA, S. M. C. (Orgs). Veredas
da formação docente. Mossoró, RN: Edições UERN, 2014, p. 245-256.
SILVA, et al. Oficinas pedagógicas de Geografia Física do RN: Relatos de uma experiência em
uma escola pública de Mossoró – RN. In: CARVALHO, A. M. de; SOARES, J. R; BATISTA, M.
S. ; BARBOSA, S. M. C. (Orgs.). Veredas da formação docente. Mossoró, RN: Edições
UERN, 2014, p. 284-285.
VESENTINI, J. W.; VLACH, V. Geografia: o espaço natural e a ação humana. São Paulo:
Editora Ática, Coleção Teláris Geografia, 6º ano, 2014.
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RESUMO
O Estágio Supervisionado é o momento em que o licenciando transpassa os muros da
Universidade, para vivenciar, no cotidiano da escola, uma dinâmica que até então estava
restrita às discussões teóricas. Conciliar teoria e prática, nesse momento tão desafiador na
formação docente, exige do professor em formação o estabelecimento de uma intervenção
pautada na práxis docente, no sentido de dar dinamicidade e credibilidade ao seu atuar
pedagógico, tendo em vista que nenhuma prática pode fugir dos preceitos teóricos de cada
ciência, mas que pode ser otimizada pelas experiências vividas e pelos percalços encontrados
durante esses momentos de construção de conhecimentos. Esse trabalho vem utilizar as
experiências vivenciadas durante o Estágio Supervisionado em Geografia I e II para discutir
como esse Componente Curricular pode contribuir para a formação do licenciando em
Geografia através do estabelecimento da práxis docente. Inicialmente, foi elaboramos uma
breve discussão sobre a grade curricular do Curso de Geografia, atentando-se para as
percepções dos autores sobre os conhecimentos que lhes foram repassados em cada momento
da formação acadêmica. Posteriormente, apresenta um relato sobre as experiências
vivenciadas na fase de observação do Estágio Supervisionado, elencando algumas colocações
sobre aspectos como: metodologia, relação professor/aluno e ensino/aprendizagem, além de
algumas colocações pautadas nos autores referenciados e nas apreensões dos pesquisadores.
Para finalizar, aborda as experiências do período de regência docente, apresentado os
procedimentos aplicados e os resultados obtidos, com base na realidade vivenciada em sala
de aula.
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Conversar com um aluno sobre sua indisciplina é sempre mais fácil quando é
uma conversa de pessoas que se conhecem, de companheiros em lados
diferentes. A palavra “companheiro” quer dizer aquele que divide o pão. Nossa
aula é nosso pão.
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Sendo assim, fica a cargo do professor fazer uma leitura mais crítica da proposta
curricular, propondo no seu atuar pedagógico uma maior reflexão por parte dos alunos,
permitindo assim, a formação de um sujeito mais consciente e participativo.
Problemas estruturais, alunos desinteressados, baixos salários, falta de
reconhecimento, são alguns dos desafios que o professor encara diariamente. Apesar disso,
essa experiência foi fundamental para reafirmar a vontade que faz com que todos esses
desafios sejam vencidos, a vontade de ensinar, e essa se faz presente com toda a sua força.
Nas palavras de Alves (2012, p.54) “A este processo mágico pelo qual a palavra desperta os
mundos adormecidos se dá o nome de educação. Educadores são todos aqueles que têm esse
poder. É por isso que a educação me fascina”.
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os aspectos físicos e humanos da Europa (2,0) pontos; Avaliação bimestral sobre todo o
conteúdo aplicado (6,0) pontos.
As questões elaboradas procuravam explorar ao máximo o senso crítico dos alunos,
deixando-os livres para a elaboração das suas respostas, com a proposta de relacionar os
conteúdos com a sua realidade e a visão reflexiva de cada um. Durante a correção foram
levados em consideração os seguintes aspectos: Argumentação; Relação com os conteúdos;
Organização das ideias e grafia.
O exercício elaborado a partir da construção de uma redação argumentativa foi muito
proveitoso, tendo em vista os resultados apresentados durante a correção dos textos
redigidos. Em geral, os alunos utilizaram argumentos sólidos para mostrar as diferenças e as
semelhanças entre as megacidades apresentadas (São Paulo e Nova Iorque), sempre fazendo
um contraponto entre os problemas e as possíveis soluções para tais. Além disso, esse
exercício serviu como oportunidade para o aprimoramento da escrita, organização das ideias
e da argumentação dos alunos sobre as problemáticas apresentadas.
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REFERÊNCIAS
KIMURA, Choko. Um saber novo, mas sempre provisório. In: KIMURA, Choko. Geografia no
Ensino Básico. São Paulo: Contexto, 2008. p. 181-192.
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RESUMO:
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) de Geografia, especialmente no Ensino
Fundamental nos leva a algumas discussões, diante da relevância de uma Educação Geográfica
para a formação de crianças e adolescentes, a partir da diversidade dos conteúdos que a
Geografia dispõe para o aprendizado desses sujeitos. Nesse ensaio, objetivamos refletir acerca
desse documento formativo, considerando-o em seus aspectos relevantes para o ensino de
Geografia. Para isso nos apoiamos, principalmente, em Callai (2013; 2005), Lopes (2004) e
Moraes (2010), bem como analisamos o PCN de Geografia do Ensino Fundamental 3º e 4º
ciclo. Consideramos que os conhecimentos geográficos são importantes para a formação de
sujeitos críticos, contribuindo, assim, para o entendimento e transformação do espaço em que
vivem. Nesse sentido, torna-se imprescindível traçarmos discussões acerca dos documentos
que normatizam o processo de ensino e aprendizagem na prática docente.
1 INTRODUÇÃO
O ensino de Geografia é importante para a formação de crianças e adolescentes,
pois essa disciplina dispõe de conhecimentos importantes sobre a formação e desenvolvimento
do espaço, da sociedade e da natureza possibilitando que esses sujeitos aprendam a fazer
uma leitura do mundo da vida ao qual eles pertencem. Ao longo dos anos, segundo Callai
(2005, p. 228), “a geografia, como componente curricular (tradicional) na escola básica,
também se modifica, seja por força das políticas públicas (PCN, por exemplo), seja por
exigências da própria ciência”.
9
Este trabalho é resultado das discussões realizadas na disciplina “Geografia e Ensino I” do Curso de Licenciatura em Geografia
do CAMEAM/UERN. Nessa perspectiva, trata-se de um ensaio que propõe, sobretudo, o debate e amadurecimento de ideias.
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sociedade globalizada e capitalista. Dentre essas mudanças ocorridas através das reformas
educacionais tem-se àquelas exercidas sobre os currículos. Segundo Lopes (2004, p. 111),
Toda política curricular é uma política cultural, pois o currículo é fruto de uma
seleção da cultura e é um campo conflituoso de produção de cultura, de
embate entre sujeitos, concepções de conhecimento, formas de entender e
construir o mundo.
Segundo Lacoste (1988, p. 25), “a geografia existe desde que existem aparelhos
de Estado”, e que, “a geografia serve, antes de tudo, para fazer a guerra”. Desse modo,
entendemos que, a partir de Lacoste (1988), o conhecimento geográfico pode ser utilizado
como um importante instrumento de domínio e controle social, seja através do discurso político
10
Vale destacar que algumas políticas públicas já haviam sido criadas no Brasil em décadas passadas, a exemplo, o projeto de
Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDBN), criada em 1961, que após ser promulgado, impulsionou o estabelecimento de um
Plano Nacional de Educação em 1961 (AZEVEDO, 2004, p. 31). A LDBN, é a legislação que regula o ensino e os órgão de ensino
nas esperas municipais e estaduais. O PNE determina diretrizes, metas e estratégias para a política educacional.
11
3º e 4º correspondem a segunda parte da estruturação dos PCN, é referente ao ensino do 5º ao 9º ano.
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reproduzido nos espaços escolares, seja através dos domínios dos conhecimentos
cartográficos que, ainda hoje, possui relevância para o Estado.
Uma abordagem importante para a compreensão da importância da Geografia
surge no século XIX, com “a Geografia dos professores”. Esta propagava um discurso
ideológico reproduzido pelos professores, muitas vezes de modo inconsciente, no qual uma de
suas “utilidades” era mascarar a importância dos conhecimentos das dinâmicas espaciais. A
Geografia escolar e universitária, nesse sentido, transmitiam os conhecimentos geográficos de
modo enumerados sem nenhuma ligação entre si (LACOSTE, 1988, p. 31).
Diferente da “geografia dos professores” que segundo Lacoste (1988, p. 33),
“funciona até certo ponto, como uma tela de fumaça que permite dissimular, aos olhos de
todos, a eficácia das estratégias políticas, militares, econômicas e sociais”, a Geografia nas
instituições de ensino, atualmente, desenvolve a importante função de tornar os educandos
sujeitos conhecedores e, também, transformadores do espaço. Porém, na contemporaneidade
a escola e o ensino de geografia até certo ponto se desenvolve como reprodutores do sistema
capitalista se considerarmos outros pontos (que não cabem ser discutidos aqui). O que
destacamos é que a Geografia é uma disciplina capaz de levar os sujeitos-educandos a pensar
o espaço, o mundo da vida por si mesmo, a partir do seu olhar sobre a sociedade e a natureza.
Segundo Moraes (2010, p. 118), a Geografia é “uma disciplina que tem como
memória incômoda uma certa ambiguidade em se aceitar como ciência natural ou social”.
Porém, compreendemos, que o social e o natural se relacionam e que não é possível
compreender os processos/fenômenos que ocorrem na sociedade e na natureza sem
relacioná-los. Acreditamos que na contemporaneidade, o grande desafio é superar o/a
descompasso/fragmentação existente entre a geografia escolar e a universitária, pois
percebemos que ambas ainda se encontram distanciadas no que se refere a teorias e práticas
de ensino da Geografia. Dessa forma, acreditamos que para aprimorar a geografia
universitária, principalmente dos cursos de licenciatura em geografia, deve-se estreitar as
relações como a escola e priorizar/intensificar a pesquisa sobre o ensino de geografia na
escola.
Segundo Callai (2013, p. 43), “A Geografia escolar portanto, é um conhecimento
diferente da Geografia acadêmica. Ela é, pois, uma criação particular e original da escola, que
responde às finalidades sociais que lhe são próprias”. Assim, entendemos que a Geografia
escolar considera o espaço de aprendizagem, as necessidades e capacidades dos sujeitos-
educandos que o compõe para se trabalhar os conteúdos da disciplina.
Diante disso, ressaltamos a importância do ensino de Geografia, considerando que
essa ciência pode contribuir para a formação de sujeitos críticos com conhecimentos
necessários para entender as dinâmicas socioespaciais, possibilitando a intervenção crítica
sobre estas.
Para tanto, é necessário pensar a escola, o ensino e os conteúdos curriculares que
possam levar a uma compreensão da composição do mundo em uma sociedade que a cada
dia se torna mais informatizada, globalizada e com novas territorialidades, considerando que
estes são processos que apresentam, também, novas formas de pensar o mundo. Assim, a
Geografia se torna um mecanismo intelectual importante para entender este mundo,
possibilitando aos sujeitos-educandos formas de compreender as espacialidades em que
vivem. É por meio de uma Educação Geográfica que proporcione formas geográficas de pensar
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o mundo de maneira mais ampla, que esses sujeitos desenvolvem aprendizagens significativas
(CALLAI, 2013, p. 40).
A compreensão e a prática dos conhecimentos geográficos, os diferentes
conteúdos e as metodologias pelas quais os conteúdos geográficos podem ser trabalhados,
são algumas das características que evidenciam a Educação Geográfica, principalmente no
Ensino Fundamental, por ser uma fase da formação destinada a desenvolver as capacidades
de leitura do mundo em crianças e adolescentes. Porém, isso não torna essa disciplina
“superior” às demais em qualquer que seja a fase de ensino, pois todas as disciplinas
contribuem para a formação da consciência e cidadania dos sujeitos-educandos.
Ainda de acordo com Callai (2013, p. 44 grifos da autora),
Conforme Brasil (1998), o Ensino Fundamental tem, entre seus objetivos, fazer
com que o aluno esteja apto a entender a cidadania para sua participação social e política, tal
como a prática de seus direitos e deveres políticos, civis e sociais. Nesse sentido, objetiva-se
fazer com que o aluno exerça no seu cotidiano um posicionamento de solidariedade,
colaboração e repulsa às injustiças, mantendo o respeito para com o outro e reivindicando
para si.
Dessa forma, esse nível do ensino, tem como objetivo desenvolver as capacidades
de crianças e adolescentes de fazerem a leitura do seu espaço, do seu cotidiano e da
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sociedade. Segundo Callai (2005, p. 228), “uma forma de fazer a leitura do mundo é por meio
da leitura do espaço, o qual traz em si todas as marcas da vida dos homens”. É no Ensino
Fundamental que esses sujeitos começam a desenvolverem de modo mais incisivo a
capacidade de entender sua participação na sociedade e atuar de acordo com os
conhecimentos de seus direitos e deveres, diante das imposições de uma sociedade capitalista
e de um mundo globalizado.
Para normatizar o Ensino Fundamental, e todos os outros níveis de ensino, foram
criados os PCN, no âmbito das políticas educacionais que foram criadas e reformuladas na
década de 1990. Segundo Sposito apud Straforini (2011, p. 49),
Assim, as falhas nos textos dos PCN, em que destacamos o de Geografia, pode ser
fruto de uma elaboração carente de um planejamento mais aprofundado no que se refere,
principalmente, a participação dos executores do ensino na Educação Básica na produção dos
PCN. Desse modo, segundo Straforini (2011, p. 51), “o problema não é o documento ter sido
elaborado por especialistas, mas a ausência do debate, sobre tudo, a ausência de diálogo com
os mais interessados no processo de produção de um currículo escolar”.
A disciplina da Geografia, norteada pelo PCN do Ensino Fundamental deve dispor
de conteúdos para que o aluno desenvolva uma compreensão da sociedade no espaço-tempo
em que vive. De acordo com Fantini (2010, p. 76),
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3º e 4º ciclo correspondem a segunda parta da estruturação dos PCN, é referente ao ensino do 5º ao 9º. É importante
ressaltar que está sendo construída a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), é a base para renovação e aprimoramento da
educação básica como um todo.
13
Os temas transversais estão relacionados à Ética, Pluralidade Cultural, ao Trabalho e Consumo, à Saúde, Orientação Sexual e
ao Meio Ambiente (BRASIL, 1998).
14
Movimento crítico surgiu da Geografia Critica, que é uma corrente que propõe romper com a neutralidade científica para fazer
da geografia uma ciência apta a elaborar uma crítica radical a sociedade capitalista pelo estudo do espaço e das forma de
apropriação da natureza.
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expressiva. Para tanto, o PCN de Geografia do Ensino Fundamental destaca em seu texto sobre
a caracterização da área de Geografia, a valorização dos conteúdos procedimentais, atitudinais
e conceituais.
Os conteúdos procedimentais consistem em despertar a capacidade do estudante
de “fazer e saber fazer”, permitindo que este saiba incorporar métodos e metodologias
apropriados para se desenvolver, através do contato com informações, comparando as ideias,
elevando, assim, sua aprendizagem e conhecimento. Os conteúdos atitudinais, referem-se aos
valores, às atitudes, e os comportamentos. Esses conteúdos estão situados entre os grupos e
sujeitos da escola e, assim, envolvem os aspectos afetivos e emocionais (CALLAI, 2013).
Os conteúdos conceituais, segundo Callai (2013, p. 55), “são aqueles conteúdos
que o estudante pode além de reproduzir e de repetir a sua definição, usá-lo como instrumento
para interpretar, para avançar na compreensão da realidade em que vive ou da temática que
está sendo estudada”. É importante ressaltar que, ambos os procedimentos, para serem
apreendidos pelos alunos, é necessário a mediação e envolvimento do professor no ensino e
na aprendizagem do estudante.
O PCN de Geografia no Ensino Fundamental ressalta que um de seus critérios
fundamentais é procurar traçar um trabalho a partir das categorias de análise: paisagem,
território, lugar e região, visando que estes promovam nos alunos a compreensão de como as
diferentes sociedades estabeleceram relações sociais, políticas e culturais que resultaram da
relação Sociedade-Natureza (BRASIL, 1998). Mas diante das críticas aqui expostas em torno
desse documento, consideramos que o mesmo necessita de um aprofundamento teórico em
torno das discussões dos temas geográficos pois foi possível detectar a imprecisão na definição
de alguns deles, como o de paisagem, citada anteriormente.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
AZEVEDO, Janete Maria Lins de. O estado, a política educacional e a regulação do setor
educacional no Brasil: uma abordagem histórica. In: FERREIRA, Maura S. C.; AGUIAR, Maria
A. da S. (orgs.). Gestão da educação: impasses, perspectivas e compromissos. 4ª ed. São
Paulo: Cortez, 2004, p. 17-40.
CALLAI, Helena Copetti. Aprendendo a ler o mundo: a Geografia nos anos iniciais do Ensino
Fundamental. Cad. Cedes. Campinas, vol. 25, n. 66, p. 227-247, mai/ago 2005.
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STRAFORINI, Rafael. O currículo de geografia das séries iniciais: entre conhecer o que se diz
e o vivenciar o que se pratica. In: TONINI, Maria Ivaine; GOULART, Ligia Carlos; KAECHER,
Nestor. O ensino de geografia e suas composições curriculares. Porto Alegre: UFRGS,
2011, p. 41-58.
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RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo, mostrar as experiências construídas a partir do
componente curricular, Orientação e Estágio Supervisionado em Geografia I, onde pudemos
diagnosticar, dentre outros elementos, a importância do planejamento para o “sucesso” do
processo de ensino-aprendizagem. Para a construção do trabalho, nos aportamos em alguns
teóricos que tratam da temática de estágio e a vivência no espaço escolar, tido como espaço
em movimento. Como exemplo de autores que utilizamos, citamos tal como Pimenta, Oliveira,
Vasconcelos. Além das construções teóricas, realizadas a partir do levantamento bibliográfico,
realizamos também a observação de aulas de Geografia no Ensino Fundamental em duas
escolas distintas, a Escola Municipal Edilton Fernandes, na cidade de Marcelino Vieira-RN, com
a análise da prática profissional do professor, e a Escola Municipal Prof.ª Maria Edilma de
Freitas, da cidade de Pau dos Ferros-RN, na qual foi exercido a ação docente através da
aplicação de oficinas temáticas. Assim podemos considerar que o estágio dentro de toda a sua
complexidade, possui um caráter determinante na formação de qualquer aluno, principalmente
para os alunos de licenciaturas. Foi nesta experiência onde verificamos que o ato de planejar
é tão importante quanto ao de avaliar. Nos atrevemos a afirmar que um mal planejamento ou
ausência de planejamento pode tornar fracassada uma aula, bem como todo o desenvolver
de uma disciplina. Um bom professor tem que ser antes de tudo, um bom planejador.
1 INTRODUÇÃO
O estágio se caracteriza como uma parte prioritária, para todo estudante universitário
que está se habilitando em algo. É o momento que o discente tem para por em prática aquilo
que foi visto na teoria. O estágio pode ocorrer de diversas formas e varia de acordo com a
área do conhecimento e até entre as diferentes instituições, mas é um componente obrigatório
para a formação. Trazer o aluno para a realidade que ele irá vivenciar posterior a sua formação,
é algo indispensável, para que ele possa decidir se seguirá ou não aquele caminho. Não
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na docência.
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que criamos as nossas singularidades perante os mecanismos de ensino, embora como já foi
dito o planejamento é flexível, mas essa flexibilidade vai sendo moldada dentro da nossa
singularidade, sendo impossível adotarmos um planejamento concebido e criado por outro
professor que detém outra prática.
Mais então o que fazer quando o planejamento falha? Quando os mecanismos que
você pretendia utilizar não funcionam? Quando os alunos não colaboram para o avanço das
atividades? Cabe então aí ao estagiário ou mesmo o já docente se utilizar de suas teorias, para
que possa criar planos de intervenções, visando se adequar a realidade e complicações que
vierem a surgir. O planejamento ao ser construído deve ser analisado com as probabilidades
de imprevistos que possam ocorrer em sala de aula. Assim, o professor saberá conduzir melhor
as possíveis falhas ou equívocos. Contudo, é preciso que o planejamento não seja considerado
algo mecânico ou obrigatório, feito pelo professor apenas para atender as exigências da equipe
pedagógica, pois o ato de planejar é antes de tudo, o ato de refletir acerca do ensino e da
escola, como nos lembra Vasconcellos (1995, p.59) é necessário:
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Para que o aluno possa ter um estágio produtivo, se faz necessário entendermos como
a geografia é utilizada na educação básica, para não transpor a realidade do aluno, muitas
vezes ficamos muito entusiasmado com os conhecimentos novos que adquirimos na
universidade, e tentamos soltá-los de forma demasiada aos alunos sem por nenhuma
formação basilar para isso. Vemos essa reflexão presente em Fantin (2010, p. 74):
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constante produção, e que esse parte de uma ação conjunta entre os membros da escola e
comunidade em geral.
Destarte, observar a escola, é antes de tudo, acreditar que se trata de um espaço em
constante movimento. É entender que a instituição escolar é construída através de normas e
condutas que o estagiário deve antes de tudo respeitar, mas é também compreender este
espaço como um laboratório no que tange a prática de ensino e as relações sociais. Portanto,
é importante faze do estágio um momento rico de pesquisa para que se possa evidenciar as
entrelinhas do processo educativo e da escola enquanto lócus de produção (e não reprodução
apenas como advoga alguns) do conhecimento.
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vivência do estágio, onde haja diálogo e parceria entre o estagiário e o professor colaborador
na escola campo de estágio.
Durante a observação no estágio, foi possível experienciar a observação de uma
regência de estágio que ocorreu na sala de aula. Foi possível presenciar, como a falta de
planejamento poderá vir a causar uma má ação em sala de aula, onde a estagiária em processo
de formação e aparentemente com domínio de conteúdo a respeito do tema trabalhado
(Socialismo e Capitalismo) se viu perdida na ação docente, foi perceptível o nervosismo ao ser
observada por duas pessoa para além dos alunos, o professor regente e outro estagiário, o
que só veio a se agravar quando os recursos tecnológicos na qual ela (a estagiaria) havia
pensado para ministrar a sua aula começou a falhar, fazendo com que toda aula se perdesse
por esse motivo. Daí notamos a importância de um planejamento, baseado em planos extras,
para que o professor não fique preso a um planejamento engessado, e tenha total ciência que
o campo de atuação onde ele exerce a docência é mutável e está sucinto a problemas, que
podem ser facilmente sanados com um bom planejamento. Assim, retomamos a premissa de
que um bom planejamento resulta em uma boa ação.
Figura 2: Escola Estadual Profª Maria Edilma de Freitas, em Pau dos Ferros/RN
Fonte: trabalho de campo, 2016
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Vale lembrar que esta etapa foi bastante desafiadora, pois embora alguns tenham certa
experiência em sala de aula, uma realidade diferente assusta em um primeiro momento. O
fato de vivenciarmos a oficina em outra escola (não sendo a mesma onde fizemos a
observação) foi um pouco difícil, tendo em vista que nos deparamos com uma realidade
distinta daquela que estávamos acostumados em observar, mas isso foi muito positivo, pois
aprendemos a nos adaptar a diferentes contextos existentes, o que deve ser primordial ao
profissional do ensino.
No que foi proposto a questão da oficina, ficou a cargo a realização sobre a temática
do Meio Ambiente, em uma sala de 6º ano. Dado o tema e a série a ser trabalhada iniciamos
um processo de pesquisa teórica sobre o que trabalhar em sua aplicação e como trabalhar,
adaptando a linguagem ao nível de ensino que nos foi proposto, pondo assim o nosso primeiro
contato de fato com um planejamento visando a uma ação eficaz. Para tanto, foi necessário a
elaboração de um plano, em que houvesse um "excedente" teórico, para que os alunos não
ficassem dispersos e sem "nada pra fazer", tivemos uma análise de falha, vislumbramos
possíveis imprevistos e nos preparamos para tal, e um estudo compartilhado do tema a ser
abordado, pois embora cada membro do grupo ministrante da oficina tivesse uma parte
específica, todos estavam a par do “todo”, prontos para assumir em algum imprevisto.
Refletindo acerca desse processo, conseguimos realizar da melhor maneira a oficina,
salvaguardado algum nervosismo que se é comum na primeira experiência como docente em
uma sala de aula.
Trabalhar Meio Ambiente é muito desafiador, despertar a consciência ambiental nos
alunos para que ao saírem pela porta da sala não seja apenas uma mensagem vã é muito
complicado, pensando nisso ficou resolvido trabalhar o meio ambiente sobre a perspectiva
deles, buscando saber o que eles entendiam por meio ambiente e tentando trazer os
problemas de "descuidos" ambientais para a vida deles, fazendo assim com que o tema não
fosse distante da realidade dos alunos.
A Oficina tinha por objetivo principal, levar os conhecimentos básicos sobre o Meio
Ambiente, considerando os conceitos empíricos que os alunos já continham, para que assim
eles conseguissem compreender a importância do estudo da temática para a preservação do
Meio Ambiente, vendo eles como parte integrante do meio. Para alcançarmos esse objetivo,
utilizamos de explanação oral sobre a ética ambiental, os 5 R’s assim como também de doenças
causadas devido ao descuido ambiental (Dengue, Zika, e Chicunguya), além disso utilizamos
vídeos e músicas que repassavam de forma mais lúdica o conteúdo. No entanto, a participação
se deu de forma mais primorosa através das dinâmicas, que gerou o nosso produto final
(Figuras 3 e 4). Diante do que tínhamos exposto, possibilitamos aos alunos refletirem acerca
das atitudes certas e erradas para o cuidado do meio ambiente, resultando assim na criação
de um “Mural de Atitudes” que ficou na escola e os auxiliará na lembrança dos ensinamentos
repassados na oficina.
Por meio de um “Tabuleiro Ambiental” (figura 04) motivamos os alunos a praticarem
bons atos ao meio ambiente, a fim de vencer o jogo, isso fez com que eles participassem de
forma bem prática. Por fim produzimos juntamente com os alunos, placas feitas com papelão
usado (figura 03), na qual foi pintado algo que sintetizasse o aprendizado vivenciado por eles
durante a oficina, algo bastante proveitoso, pois conseguimos alcançar o nosso objetivo
proposto, e acreditamos ter deixado a mensagem que queríamos que ficasse, ou seja, que é
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possível cuidarmos do meio em que vivemos e que estudar acerca desses cuidados e
desenvolver ações de preservação são possibilidades significativas no ensino de Geografia.
O uso de vídeos, músicas e jogos fizeram com que eles (os alunos) se mostrassem
interessados e dispostos a participar do trabalho em sala. Tomamos cuidado de a todo o
momento ressaltar a importância da preservação do meio ambiente partindo de cada um, e
como atitudes simples poderiam resultar em grandes ações. A principal problemática em
relação a aplicação da oficina se deu, devido a falta de atenção por parte de alguns alunos
que acabou atrapalhando a sala como um todo. Visando isso, se fez necessário um
planejamento ágil durante o horário do intervalo, para que o nosso projeto não se perdesse e
conseguíssemos chamar a atenção de todos na sala, o que foi plenamente possível graças a
execução da música "Herdeiros do Amanhã" de Toquinho, que motivou os alunos e fez com
que todos se envolvessem.
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do que foi apresentado, entendemos que o estágio dentro de sua complexidade,
possui um caráter determinante na formação de qualquer aluno, principalmente para os alunos
de licenciaturas. O texto buscou se basear na associação entre, a teoria estudada em sala de
aula e a expectativa do que será e/ou está sendo vivenciada no estágio docente. Devemos
entender a importância do planejamento para a construção de um estágio qualitativo, e
analisar a sua implicância na atuação profissional, sendo que, por muitas vezes o planejamento
dissociado da ação está mais vulnerável a erros, e assim vice-versa.
Como o estágio de observação costumeiramente torna-se o primeiro contato com a
profissão que o graduando exercerá, fragilidades e inquietações podem e devem ser analisadas
e corrigidas no decorrer desse processo. Possíveis dificuldades como, timidez, dificuldade no
repasse de conteúdos são fragilidades passíveis de serem superadas. Para que isso ocorra se
faz necessário um bom relacionamento tanto com o professor orientador quanto com o
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professor colaborador que na escola campo de estágio, visto que o mesmo pode ajudar na
superação das inquietações do aluno estagiário. Assim, é preciso conduzir com seriedade o
momento do estágio buscando filtrar desse processo os mecanismos, técnicas e ações capazes
de tornar a nossa prática mais rica e democrática em que a autonomia e aprendizagem dos
alunos sejam consideradas.
REFERÊNCIAS
LIMA, Maria Socorro Lucena. O olhar de observação sobre a escola e suas relações: qual o
sentido do estágio para o estagiário in: Estágio e aprendizagem da profissão docente.
Brasília: Liber Livro, 2012. p. 61 á 83.
MENEGOLLA, Maximiliano. SANT’ANNA, Ilza Martins. Por que planejar? Como planejar?
10ª Ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001
STRAFORINI, Rafael. O currículo de geografia das series iniciais: entre conhecer o que se diz
e o vivenciar o que se pratica. In: TONINI, Maria Ivaine. GOULART, Ligia Beatriz. MILITZ,
Rosa Elisabete. MARTINS, Wypyczynki. CASTROGIOVANNI, Antonio Carlos. KAECHER, Nestor
André. O ensino de geografia e suas composições curriculares. Porto Alegre: UFRGS,
2011. p 41 à 58.
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RESUMO:
O professor deve compreender o significado teórico de sua prática, o significado social
da mesma, e também deve estar sempre atuando com flexibilidade, criatividade e se
adequando sempre as novas metodologias que podem auxiliar no melhor repasse de
conhecimento. O objetivo geral dessa pesquisa foi analisar a metodologia no contexto da
prática docente dos professores de Geografia do ensino fundamental da Escola Estadual Nossa
Senhora de Fátima, em Mossoró/RN e a sua contribuição no processo de aprendizagem dos
alunos. Dessa forma levantei a seguinte questão: os procedimentos metodológicos utilizados
conforme a prática docente dos professores contribuem concretamente para a promoção da
aprendizagem dos alunos. A metodologia utilizada neste trabalho está baseada em uma
pesquisa teórica, entrevista semi-estruturada e observações nas aulas de dois professores da
escola selecionada. Os resultados desse trabalho traz uma discussão sobre o modelo
tradicional de ministrar os conteúdos de Geografia que ainda está presente nos métodos de
ensino de muitos professores, assim como também exemplos de recursos didáticos que podem
ser utilizados em sala de aula e que despertem a motivação dos alunos. Por último apresento
a metodologia utilizada pelos docentes da escola selecionada e as dificuldades que interferem
em suas práticas. Os dados obtidos resultaram algumas conclusões como o livro didático ser
o recurso mais utilizado em sala de aula e que norteia toda a prática pedagógica dos
professores pesquisados e a aprendizagem dos alunos.
1 INTRODUÇÃO
15
Artigo orientado pelo professor Jamilson Azevedo Soares/Docente do departamento de Geografia, FAFIC/UERN/CAMPUS
CENTRAL.
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seriam os primeiros passos? O livro didático é um dos primeiros recursos utilizados em sala de
aula e o mais utilizado atualmente nas escolas brasileiras, no entanto é necessário que o
professor ministre os conteúdos nas diversas escalas, com um foco preciso no local, para que
o aluno a partir do seu cotidiano e da sua vivência possa entender o regional, nacional e o
global, Segundo Vesentini (2008, p.56) “[...] Trata-se de usar criticamente o manual,
relativizando-o, confrontando-o com outros livros, com informações de jornais e revistas, com
a realidade circundante [...]”. É comum o aluno conhecer as diversas abordagens da Geografia,
como a cultura, política e economia dos diversos países, mas não conhecem as relações
culturais, sociais do seu lugar, da sua cidade. Deste modo Cavalcante (2010, p.6) afirma que
“ao estudar o lugar, pode-se atribuir maior sentido ao que é estudado, permitindo que se
façam relações entre a realidade e os conteúdos escolares.”
Embora isso ocorra com frequência no ensino dessa ciência, o professor é um agente
de transformação social que poderá dar os primeiros passos para reverter esse quadro, a partir
de uma renovação nas suas aulas, dando voz aos alunos, problematizando,
exemplificando, criando tempestade de ideias, assim o professor irá perceber o quanto essa
mudança nas suas aulas trará sucessos significativos de ensino-aprendizagem na sua prática
pedagógica. Segundo o Parâmetro Curricular Nacional (1998, p.30), “É fundamental, assim,
que o professor crie e planeje situações de aprendizagem em que os alunos possam conhecer
e utilizar os procedimentos de estudos geográficos [...].” O Parâmetro Curricular Nacional
(1998), traz como um dos objetivos que o aluno aprenda a ser criativo reflexivo e crítico desde
o ensino fundamental.
Existem diferentes formas de ministrar uma aula de Geografia, que tenha como
pressuposto despertar o pensamento e a reflexão do educando, inicialmente parte-se do
princípio da diversificação de técnicas metodológicas elaboradas pelo professor, oferecendo
uma nova oportunidade de aprender ao aluno para que o mesmo vivencie essas novas
práticas, tenha uma nova visão dos fenômenos e conceitos do ambiente vivido e uma nova
noção geográfica do mundo, nesse sentido Cavalcante (2010, p. 3) afirma que:
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Deste modo existem inúmeros recursos para trabalhar a Geografia, como as TICS
(tecnologias da informação e da comunicação), através de Softwares como o Google Maps e
Google Earth, uma vez que a sociedade vivencia a era tecnológica, onde as ferramentas digitais
e a internet estão cada vez mais inseridas no cotidiano dos estudantes. Segundo o Parâmetro
Curricular Nacional, (1998, p.31):
Outro meio seria a confecção de livros pop-up e maquetes, com isso os aspectos físicos
e humanos da Geografia poderia ser trabalhado de forma conjunta, aumentando a dinâmica
educacional e possibilitando a contextualização da teoria vista em sala de aula. Partindo dos
fundamentos de que nem todas as escolas possuem recursos para a produção de materiais
sofisticados, e de que nem todos os professores tem habilidade para trabalhar com recursos
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tecnológicos, proponho aqui sugerir uma prática pedagógica simples e dinâmica que podem
ser utilizada no ensino de Geografia e substituir as aulas rotineiras.
A proposta seria a aula de campo no próprio município em que a escola está situada,
com objetivo de unir a teoria trabalhada em sala de aula com a realidade que circunda o aluno,
já que muitas escolas não possuem recursos financeiros para levar o aluno a conhecer novos
lugares. Em relação a essas propostas os autores apontam que :
A aula de campo é um recurso que pode ser trabalhado e inserido nas aulas de
Geografia e no cotidiano escolar dos alunos desde o ensino fundamental. Tem como principal
contribuição no estudo da Geografia à concatenação entre a teoria passada pelo professor em
sala de aula e a realidade contida no espaço estudado, que vai ser observado pelo educando.
Essa é uma forma da Geografia deixar de ser vista por muitos alunos como uma ciência
monótona que se preocupa somente com a descrição dos rios, nomes de países, lugares e sim
uma nova forma de entender as influências que um determinado tipo de solo tem para a
prática da agricultura de uma área, ou a importância da mata ciliar para a preservação de um
rio e o quanto esse rio interfere na economia e cultura de uma determinada comunidade. Essa
parte prática, palpável permite o educando construir um novo olhar para as temáticas que
envolvem a Geografia e a novas descobertas e concepções sobre o que está sendo estudado.
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No entanto, percebe-se diante das falas dos sujeitos da pesquisa que existe um
interesse e um desejo pela formação continuada, porém em meio aos desafios, a sua prática
pedagógica está voltada mais para uma concepção tradicional, e estão muito presos ao livro
didático que norteia todo o início e o fim das aulas. Foi verificado nas observações das aulas
dos docentes e durante a entrevista semi-estruturada que a explicação das temáticas da
Geografia e em seguida um exercício de fixação e posteriormente a cobrança desse conteúdo
na prova, são metodologias comumente utilizadas no decorrer do ano letivo. Percebe-se que
a prática docente dos professores ainda é pautada por um modelo que reflete as abordagens
que remontam em parte à Geografia tradicional caracterizada pela descrição, a enumeração e
o apelo à memorização, não promovendo efetivamente o despertar do senso crítico e a
valorização de uma Geografia renovada como instrumento para a transformação social.
Foi objeto de investigação da pesquisa saber dos professores quais os métodos de
ensino mais utilizados em suas aulas ,de acordo com as observações ,as aulas expositivas e o
livro didático como recurso ,são metodologias usadas com frequência ,pois a escola não possui
espaço físico e recursos suficiente para trabalhos diferenciados. Isso pode ser verificado na
fala dos professores:
Diante dos métodos de ensino citados pelos professores pesquisados, foi indagado se
eles estão satisfeitos com as metodologias adotadas ou se gostaria de mudar e utilizar outras,
se percebe que os professores estão satisfeitos, mas outras metodologias seriam importantes
para a ampliação e assimilação maior dos conteúdos pelos alunos, porém eles não utilizam
porque a escola não tem espaço físico, recursos limitados, e o tempo do professor fora da sala
de aula ser insuficiente para produzir materiais, como também o desinteresse em sala de aula
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por parte dos alunos. Percebe-se que os poucos recursos ofertados pela escola não são
utilizados pelos professores, exceto o livro didático.
Em relação às dificuldades presentes na prática dos professores foi identificado à falta
de infraestrutura (salas pequenas) e a pouca participação dos alunos nas atividades em sala
de aula, relacionados à indisciplina e o desinteresse pela Geografia. O professor de Geografia
enfrenta desafios no seu campo de trabalho diariamente, como a falta de estrutura educacional
adequada, o desinteresse de muitos alunos, provenientes da falta de acompanhamento dos
responsáveis e a pouca valorização desse profissional atrelado às péssimas condições de
trabalho, isso tem impossibilitado o docente de aproximar sua prática de reflexões teóricas e
da possibilidade de sonhar com perspectiva de mudança. Diante desses resultados, Cavalcante
(2010, p. 3) cita que “Os professores de Geografia relatam que estão frequentemente
enfrentando dificuldade em atrair seus alunos nas aulas, pois a maioria não se interessa pelos
conteúdos que essa disciplina trabalha.”
Diante dos desafios enfrentados pelos professores, o que poderia contribuir para
melhorar o ensino de Geografia, em que os alunos pudessem adquirir mais conhecimento e
interesse pela disciplina, seria: maiores salas de aula, laboratório de Geologia, materiais para
confecção de maquetes. Isso pode ser visto na fala de um dos professores: “O aluno quando
ver algo diferente ,já muda o comportamento em sala de aula, fica mais interessado, pergunta
quando não entende ,e como pergunta! ” (Prof°. E.E. Nossa Senhora de Fátima, Mossoró
Abr.2016) .
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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player os professores ainda não utilizava, pelo fato da indisciplina permanecer constantemente
nas salas de aula, como também a falta de interesse e respeito por parte dos alunos.
REFERÊNCIAS
BATISTA, Bruno Nunes; CASTROGIOVANNI, Antônio Carlos. Jardins botânicos como espaços
de descoberta: o trabalho de campo no ensino de Geografia. Educação Por Escrito, Porto
Alegre, v. 5, n. 2, p. 315-332, jul.-dez. 2014.
VESENTINI, José William. Para uma Geografia crítica na escola. Editora do Autor. São
Paulo, 2008.
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RESUMO:
Posterior à década de 1990, as pesquisas sobre a formação docente em Geografia
sistematizam que os formandos desconhecem a realidade da sala de aula e o saber acadêmico
está distante da prática docente. Nesse tocante, esse trabalho tem como objetivo geral refletir
sobre a forma como o Ensino de Geografia está se dando na contemporaneidade, ressaltando
os desafios da prática docente no contexto da Geografia Escolar e a sua contribuição na
formação do sujeito no âmbito da sala de aula. Com relação os objetivos específicos, buscamos
apresentar a experiência do Estágio Supervisionado em Geografia III em sala de aula,
referindo-se às 20h aulas de Geografia, observadas na turma do 1° ano noturno no Ensino
Médio na escola Estadual Desembargador Licurgo Nunes no município de Marcelino Vieira
(RN), e trazer o relato sobre o desenvolvimento da oficina pedagógica “Pluralidade Cultural”
na Escola Estadual Professora Maria Edilma de Freitas na cidade de Pau dos Ferros (RN). Os
procedimentos metodológicos usados neste trabalho foi a revisão bibliográfica, o método
qualitativo e a “observação participante” in lócus para a coleta das apreciações da pesquisa.
Com isso identificamos através da contemplação dos escritos de Cavalcanti (2014), Azambuja
(2011), Santos (2012), Ianni (2000), Vesentini (2009), Pinheiro e Nascimento (2014) dentre
outros, que a mídia tem assumido o papel formativo da escola e da Geografia Escolar no
contexto da aldeia global, e quando a formação do sujeito se dá no espaço da sala de aula,
ele torna-se mais preparado para lidar com a realidade da Educação Básica.
1 INTRODUÇÃO
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vivenciar a dinâmica de uma sala de aula. A partir da experiência do Estágio, o formando pode
refletir sobre o papel do professor na sociedade e se posicionar criticamente sobre as práticas
de ensino e as situações corriqueiras que podem contribuir na sua futura escolha para a sua
atuação profissional.
No âmbito do Ensino de Geografia, outras questões referentes ao processo de
ensino/aprendizagem podem servir como base para a reflexão do papel dos saberes
geográficos e do próprio sistema educacional. Levando em consideração as contribuições do
estudo do Espaço Geográfico para a formação cidadã, acreditamos que a Geografia escolar
com o seu arcabouço teórico-metodológico poderá propiciar ao aluno a construção de sua
cidadania, buscando em primeiro lugar compreender o espaço Geográfico enquanto uma
construção histórico-social, resultante da relação sociedade/natureza. Diante disso, esse
trabalho tem como objetivo geral, refletir sobre o Ensino de Geografia na contemporaneidade,
ressaltando os desafios da prática docente no contexto da Geografia Escolar e a sua
contribuição na formação do sujeito no âmbito da sala de aula. Para os objetivos específicos,
pretende-se apresentar o diagnóstico do nosso terceiro Estágio Supervisionado em sala de
aula, referindo-se às 20h aulas de Geografia, observadas na turma do 1° ano noturno no
Ensino Médio diferenciado na escola Estadual Desembargador Licurgo Nunes no município de
Marcelino Vieira (RN). Além disso, será feito um relato sobre o desenvolvimento da oficina
pedagógica sobre “Pluralidade Cultural” na Escola Estadual Professora Maria Edilma de Freitas
na cidade de Pau dos Ferros (RN).
Os procedimentos metodológicos para a construção desse trabalho estão assim
distribuídos: em primeiro lugar, foi realizado o levantamento teórico com base nas ideias dos
autores Cavalcanti (2014), Azambuja (2011), Santos (2012), Ianni (2000), Vesentini (2009),
Pinheiro e Nascimento (2014), dentre outros, que fomentaram nossa discussão acerca do
Estágio Supervisionado e o Ensino de Geografia. Posteriormente, adotamos o método
qualitativo e a “Observação Participante” como metodologia na coleta das impressões
empíricas e interventivas.
Nesse sentido, buscamos fazer parte do ambiente escolar, observando a conjuntura
e intervendo quando nos foi propiciado esta possibilidade. Cabe ressaltar que nos utilizando
da observação participante conseguimos vivenciar e experimentar as relações construídas no
ambiente escolar, nos tornando sujeitos pesquisadores e em muitos momentos ativos neste
espaço.
Diante disso, além da presente introdução e das considerações finais, o trabalho que
ora apresentamos, está dividido em duas seções, na primeira, realizamos uma discussão
teórica sobre o Ensino de Geografia na atualidade, e os desafios da prática docente no âmbito
da Geografia Escolar, levantando a seguinte questão: quais os problemas que o professor tem
lidado nestes tempos de globalização do capitalismo? No segundo momento, apresentamos
uma sucinta discussão sobre a formação do sujeito no espaço da sala de aula com uma breve
explanação do diagnóstico do estágio de observação e da execução da oficina pedagógica.
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Segundo Santos (2012), o que é transmitido não esclarece, mas confunde. Tornando-
se um verdadeiro ato de violência contra a noção de bem público e de solidariedade. A
informação passa a ser uma ideologia, seguida e praticada pelas massas sociais a favor da
classe dominante. A emancipação dos sujeitos torna-se um problema de solução utópica para
a Ciência Geográfica.
Com a escola sem credibilidade e a Geografia buscando preparar seus alunos para o
mercado de trabalho, a percepção do espaço vem sendo suprimida. Essa é a grande
problemática da Geografia enquanto Ciência Humana, conquistar espaço dentro da própria
instituição de ensino e a sociedade para viabilizar a crítica social e formar intelectuais cidadãos,
na perspectiva de alcançar a verdade por trás da mídia e criar possibilidades para o
rompimento do desequilíbrio social.
Com a mídia desempenhando o papel da educação em massa, o social passa
despercebido, cria-se uma padronização, as pessoas tornam-se apenas consumidoras de
produtos e realidades criadas a favor do sistema capitalista. A esse respeito, Santos na sua
obra espaço do Cidadão (2007), já denuncia que não temos cidadãos, mas consumidores.
Temos pessoas que sabem consumir, mas não sabem exercer a sua cidadania a partir da luta
pelos direitos e comprometimento com os deveres sociais o que fomenta ainda mais as
desigualdades sociais, pois temos pessoas caladas diante a opressão do sistema vigente. E
como romper as desigualdades sociais sem ter quem as denuncie?
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As práticas docentes nas escolas, isoladas ou não das demais instâncias, devem
propiciar o desenvolvimento do ensino-aprendizagem dos discentes. A construção temática
deve ser organizada a partir da realidade do aluno, de forma que ele tenha mais condições de
participar dos debates, e a escola criar condições para a construção social do saber e da
emancipação dos sujeitos. A escola, neste sentido, é dinâmica, um organismo vivo, onde se
constrói e se materializa o processo de ensino-aprendizagem, mas é a construção deste
processo que deve estar pautada especialmente na emancipação do indivíduo e sua edificação
enquanto sujeito social na busca do exercício de sua cidadania.
Formar o sujeito no âmbito da sala de aula é uma necessidade urgente. Uma vez que
“[...], fica evidente a separação entre a teoria e a prática, questões por demais já debatidas
nas pesquisas sobre a formação de professores e que nos parece ainda hoje ser um nó nessa
formação” (ALBURQUERQUE;DIAS, 2014, p. 65). Eis um dos grandes dilemas das licenciaturas,
formar seus alunos associando teoria e prática. Mas, como fazer isso?
O que acontece como destaca Vesentini (2009) é que as licenciaturas buscam formar
seus alunos para serem especialistas e deixam a Educação Básica em segundo plano como se
esta fosse o destino dos fracassados. E a formação docente acaba se distanciando da realidade
do espaço escolar. Nesse caminhar, “A ligação teoria/prática, no caso da formação do
professor, deve ter a perspectiva do pedagógico, do educador e da ciência que se está
trabalhando, para não cair em conteudismo ou em uma “capa” metodológica sem conteúdo”
(CALLAI, 2009, p. 256), pois,
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Estar inserido na sala de aula, como observador, não mais como um leigo, mas como
aprendiz da docência, é uma é uma etapa essencial da formação docente. Conhecer o espaço
para habitar e (trans) formar esse espaço é um dos caminhos que os licenciandos precisam
percorrer para construir a sua prática docente. Durante a nossa observação, mantivemos o
olhar para quatro elementos basilares da Educação Básica: a estrutura da escola, o perfil dos
alunos, a postura do docente em exercício e o ensino da Geografia Escolar. Esses quatro
elementos estão problematizados ao longo do trabalho.
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Figura 01: Escola Estadual Desembargador Licurgo Nunes, Marcelino Vieira (RN)
Fonte: Trabalho de campo, 2016.
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Conversa informal com alunos da turma observada.
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REFERÊNCIAS
ALBURQURQUE, Maria Adailza Martins, LIMA, Anjélica Mara de Dias. Pensando a formação
do professor de Geografia: práticas de ensino e estágio supervisionado em questão. In:
MORAIS, Ione Rodrigues Diniz, GARCIA, Tânia Cristina Meira, e SANTOS, Djanní Martinho
Sobrinho. (org). Educação geográfica: ensino e práticas. Natal: EDUFRN, 2014.
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SANTOS, Milton. A produção da globalização. In: SANTOS, Milton. Por uma outra
globalização: do pensamento único à consciência universal. 10ª Ed. Rio de Janeiro:
Recorde, 2003, p. 23-78.
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RESUMO:
O olhar de observação do estagiário é caracterizado pela relação que este faz com a
escola, tendo em vista o contato pessoal e estreito, objetivando refletir sobre a prática docente
com um olhar crítico e reflexivo, para obter uma melhor compreensão do espaço escolar e
seus objetivos. Nesse sentido, o papel do estagiário estaria ligado a observar e analisar as
dinâmicas e relações do espaço escolar, a partir do viés da investigação que deverá compor
uma ação de pesquisa. O presente trabalho busca refletir sobre o olhar de observação do
estagiário, enquanto pesquisador e seu papel na escola, considerando o estágio indispensável
e relevante no processo de formação docente, pois permite observar além das paredes,
estruturas e documentos, sendo possível identificar os fatos e relações considerados comuns
entre os indivíduos no cotidiano da instituição e mostrar como ocorreram as observações das
aulas, bem como as oficinas realizadas no período de observação na disciplina de Orientação
e Estágio Supervisionado em Geografia I. Utilizou-se como referencial teórico básico, Lima
(2012), Pimenta (2010), Straforini (2011), e Fantin (2010). Além disso, realizaram-se
observações na escola de estágio, bem como foram elaboradas oficinas pedagógicas com
temas transversais para serem trabalhados em sala, com o objetivo de avaliar os ministrantes
na condição docente. Compreende-se que o estágio supervisionado é um campo de
conhecimento e espaço na formação docente, onde pode-se analisar através das observações
realizadas, como se dá o processo de ensino e aprendizagem.
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formação docente, pois este proporciona o primeiro contato com a sala de aula, ofertando
melhor compreensão do ambiente escolar e seus objetivos para que o estagiário analise os
processos que ocorrem naquele ambiente, durante o período de observação.
Diante disso, o presente trabalho17 tem como objetivo principal refletir sobre o olhar
de observação do estagiário (exercendo também a função de pesquisador) e seu papel na
escola. Para tanto, consideramos o estágio indispensável e relevante no processo de formação
docente, pois permite observar além das paredes, estruturas e documentos, sendo possível
identificar os fatos e relações considerados comuns entre os indivíduos no cotidiano da
instituição e mostrar como ocorreram as observações das aulas no Ensino Fundamental da
Escola Municipal Maria Pereira Leite no município de Encanto - RN, bem como as oficinas
efetivadas na Escola Estadual Professora Maria Edilma de Freitas no município de Pau dos
Ferros - RN. Analisando ainda as dificuldades encontradas na Geografia escolar e a relevância
do Estágio Supervisionado para a formação docente, frente à realidade da educação básica
atual.
Utilizou-se como referencial teórico básico, Lima (2012), onde a autora ressalta a
importância do estágio, considerando que o estagiário deve observar e conhecer o espaço
escolar, analisando o que existe entre o escrito e o vivido. Pimenta e Lima (2010), onde trata
o estágio como campo de conhecimento e espaço de formação docente tendo como eixo a
pesquisa da prática; Straforini (2011), abordando a discussão sobre os PCN e críticas realizadas
na elaboração deste documento, focando o papel do Estado como agente produtor do
currículo, transformando a escola num espaço de reprodução da ideologia neoliberal; e
Vasconcellos (1986), para a elaboração da oficina.
Posteriormente foram realizadas observações das aulas do Ensino Fundamental, na
turma de 8º ano, no turno vespertino e oficinas pedagógicas também no Ensino Fundamental,
na turma de 7º ano.
O presente trabalho se divide em cinco seções. Na primeira, a presente introdução; na
segunda será discutido sobre o olhar de observação e a importância dessas atividades na
formação docente, refletindo acerca do estagiário na escola, com o papel de “novo” mediador,
objetivando possibilitar o processo de ensino e aprendizagem; na terceira destacaremos as
observações realizadas em sala de aula, com apontamentos considerados relevantes durante
este período; a quarta seção está composta pela oficina pedagógica ministrada; e por fim as
considerações finais sobre o presente trabalho.
O olhar de observação do estagiário é caracterizado pela relação que este faz com a
escola, tendo em vista o contato pessoal e estreito, objetivando refletir sobre a prática docente
com um olhar crítico e reflexivo, para obter uma melhor compreensão do espaço escolar e
seus objetivos. Nesse sentido, o papel do estagiário estaria ligado a observar e analisar as
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Vale ressaltar que o presente trabalho é fruto das reflexões e vivências na disciplina de Orientação e Estágio Supervisionado
em Geografia I, sob orientação da Profa. Ma. Francisca Elizonete de Souza Lima.
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A autora destacada acima ressalta ainda sobre a importância de observar o que existe
entre o escrito e o vivido, ou seja, entre o que dizem os registros e o que realmente acontece
no cotidiano escolar; e o olhar crítico-reflexivo pode contribuir com essa percepção mais
acentuada acerca da escola, sendo o estágio considerado como uma janela para uma reflexão
crítica e comprometida com as transformações sociais, além de ser segundo Pimenta (2010),
um campo de conhecimento e espaço de formação docente, pensando na prática cotidiana do
professor compreendendo as atividades como básicas do processo de ensino e aprendizagem.
Sendo assim, o estágio se torna indispensável e relevante no processo de formação
docente, pois permite observar além das paredes, estruturas e documentos, sendo possível
identificar os fatos e relações considerados comuns entre os indivíduos no cotidiano da
instituição.
Para Lima (2012), o papel do estagiário no espaço escolar está ligado a observar e
ouvir os que compõem a Escola, como por exemplo, professores e alunos, além de funcionários
e gestores, considerando o estágio como um momento de formação profissional, sob a
responsabilidade de um professor habilitado, que será o colaborador na escola campo de
estágio.
Além de conhecer o espaço físico da escola, o Projeto Político Pedagógico (PPP) e
demais documentos normativos que regem a instituição, outro documento importante são os
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), que orienta a estrutura curricular de todas as
disciplinas, o estagiário deve estar atento, tendo em vista ser um documento curricular oficial,
que se faz necessário como referencial teórico básico, mesmo considerado segundo Straforini
(2011), resultado de uma reflexão dos interesses do poder hegemônico.
Os PCN são elaborados pelo Estado que permanece exercendo poder sobre a
sociedade, e por isso a questão central no debate curricular não deve se restringir a questões
pragmáticas dos conteúdos ao longo da escolaridade, pois a intenção deste documento é de
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O Estágio Supervisionado é considerado como uma janela para uma reflexão crítica e
comprometida com as transformações sociais. É um campo de conhecimento e espaço de
formação docente, onde se pode analisar através de observações das aulas, como se dá o
processo de ensino e aprendizagem de Geografia na Educação Básica, tendo como enfoque
nessa fase do estágio, o Ensino Fundamental, da educação brasileira nos dias atuais.
O componente referido a observações é Orientação e Estágio Supervisionado em
Geografia I (OEG I), onde o indivíduo em formação tem o seu primeiro contato com realidade
da sala de aula, fazendo análises com relação aos pontos positivos encontrados no ambiente
escolar, bem como os pontos negativos. A exemplo da ausência dos governantes para com a
educação básica, o distanciamento da família da vida escolar dos estudantes e, na maioria das
vezes baseado nas observações realizadas e diálogos com docentes, o desinteresse dos alunos
na aprendizagem dos conteúdos e a vivência no ambiente escolar.
Para tanto, foram realizadas observações das aulas de Geografia na Escola Municipal
Maria Pereira Leite, entre os dias 22 de março a 20 de abril de 2016, na turma de 8º ano do
Ensino Fundamental, no turno vespertino, tendo como objetivo a coleta e a organização dos
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registros de dados, entendendo de acordo com Lima (2012), que a pesquisa do cotidiano
escolar, desenvolvida no decorrer do estágio, se torna tarefa qualitativa que proporciona uma
aprendizagem mais significativa no momento do estágio (Figura 1).
Com o horário relacionado a este turno, a turma em grande parte é composta por
alunos da Zona Rural, devido possuir maior facilidade para transporte. Vale ressaltar que a
ruas próximas onde a escola está situada, há pequenos mercados onde são vendidos lanches
e lan houses, facilitando o acesso à internet. A referida escola tem boa estrutura física, com
recente reforma, dispondo ainda de uma sala restrita aos alunos com necessidades
educacionais especiais que é a AEE (Atendimento Educacional Especializado), e um consultório
odontológico. No entanto, as salas são pequenas, considerando que cada sala possui uma
média de 30 a 40 alunos matriculados. O PPP não foi analisado, pois nos foi informado que o
mesmo está em processo de digitação.
As aulas foram ministradas por uma professora formada na área de Geografia, a qual
possui domínio do conteúdo e da sala de aula, pois esta, em poucos momentos de
descontração, proporcionado muitas vezes pela mesma, chamava e prendia a atenção dos
alunos, evitando a dispersão. Esta atitude pode ser considerada normal para uma turma
bastante numerosa, que durante as exposições dos conteúdos se mostravam interessados,
fazendo anotações e questionamentos, salvo algumas exceções, no entanto, que não
atrapalhavam.
A professora fez uso de diversas metodologias, durante o período de observação, que
facilitava na compreensão dos alunos, destacando recursos multimídia, leituras
compartilhadas, mapas mentais com anotações no quadro de palavras chaves, vídeos e o livro
didático que era utilizado apenas dentro da escola no horário das aulas (infelizmente nem
todos os alunos possuíam o livro didático, pois não há exemplares para todos as outras turmas
que cursam o mesmo ano). Além disso, a professora buscava sempre tornar a aula
interessante para os alunos, relacionando os conteúdos expostos com o cotidiano dos mesmos,
de modo que facilitasse na compreensão.
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4 OFICINA PEDAGÓGICA
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transversais contidos nos PCN. Entre os temas ministrados destaco o da “Saúde”, onde foi
abordado sobre “Saneamento e Habitação”. Para isso, foi realizada a exposição do conteúdo
através de recursos multimídia, apresentando alguns vídeos sobre o tema de modo que
facilitasse a compreensão, também foi convidado Julio Cesar, discente do curso de
Enfermagem na UERN, para expor acerca do Flavivírus18.
Posteriormente foi realizada a dinâmica do dominó explicativo, como forma de avaliar
os conhecimentos dos alunos em relação ao tema exposto, após mostramos imagens de alguns
bairros da cidade de Pau dos Ferros – RN, os quais foram escolhidos a partir de uma lista
identificando aonde os alunos matriculados no 7º ano 1, da referida escola residem, para que
estes pudessem fazer análises da situação atual desses bairros. (Figura 3).
Figura 03: apresentação das análises acerca dos bairros de Pau dos Ferros que possuem e não
possuem saneamento básico.
Fonte: Jeyssi Martins, 2016.
Como produto final, foi feita a divisão da turma em quatro grupos para a elaboração
(Figura 4) e apresentação de um jornal com os seguintes temas: (Figura 5).
Higiene Pessoal;
Resíduos sólidos, o que fazer com o lixo? ;
Doenças transmitidas pelo Aedes Aegypti;
Cuidado com a água.
18
Causa as arboviroses transmitidas por mosquitos, que são as principais influenciadoras de surtos e epidemias.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
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elaborada as oficinas, pois era pouco participativa e de fácil dispersão. As salas de aula eram
pequenas para o número de alunos, pois ambas as turmas eram numerosas.
As atividades do estágio, durante o período de observação e efetivação das oficinas
pedagógicas, foi relevante e contribuiu para a formação docente, mostrando realidades antes
distantes e consideradas comuns no cotidiano escolar, com problemáticas e adversidades
encontradas ao longo deste processo. No entanto indispensáveis para a formação docente.
REFERÊNCIAS
LIMA, Maria Socorro Lucena. O olhar de observação sobre a escola e suas relações: qual o
sentido do estágio para o estagiário. Estágio e aprendizagem da profissão docente.
Brasília: Liber Livro, 2012.p 61 á 83.
STRAFORINI, Rafael. O currículo e o ensino de geografia das series iniciais: entre o conhecer
o que se diz e o vivenciar o que se pratica. In: TONINI, Maria Ivanine et al. (Orgs). O ensino
de geografia e suas composições curriculares. Porto Alegre: UFRGS, 2011. p 41 á 58.
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RESUMO
O estágio ocorrido na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte no campus
Avançado prefeito Walter de Sá leitão um evento proposto pelo departamento de geografia
com intuito de não atrasar as atividades do curso, devido à paralização das escolas de ensino
médio do município de Assú. Na ocasião a I SEMANA GEOGRÁFICA, que foi realizado pelos
alunos do 7° período, contou com a participação dos discentes do 1º, 3º e 5º período de
Geografia, onde trabalhamos com a Globalização e os Avanços Tecnológicos, com o propósito
de conhecer sobre a formação da globalização e os recursos tecnológicos, valorizando os
fatores que impulsionaram o avanço desse processo, além de apresentar as melhorias
juntamente com a deficiência que a globalização ocasiona num curto espaço de tempo. O
evento cumpriu com todas as etapas que deveriam ser aplicada na escola, como conhecimento
do campo de estagio, perfil do aluno, observação e regência. As experiências vivenciadas
durante o estagio serviram de base para nossa formação profissional, uma vez que
vivenciamos na pratica o que só conhecíamos na teoria, em vista disso presenciamos que ouve
interação, diálogos, conversas e saberes diferenciados na atuação dos estudantes que se
envolveram durante as atividades realizadas em sala de aula.
INTRODUÇÃO
Dentro do transcorrer do estágio algumas etapas são necessárias para esboçar uma
compreensão do cotidiano escolar. Primeiramente, é necessário fazer uma análise qualitativa
do Projeto Pedagógico do Curso de Geografia da universidade selecionada. Em paralelo,
observar a estrutura física em todos seus aspectos, bem como, realizar entrevistas informais
com os alunos. Todos esses procedimentos servem como base para o objetivo principal do
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estágio, que é efetuar uma análise das aulas de geografia, buscando uma melhor compreensão
da dinâmica em sala de aula.
O estagio supervisionado III realizado na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte
teve como objetivo principal mostrar a importância da geografia no âmbito da educação
visando à preparação dos graduandos do curso de geografia a exercerem a função de
professor no ato de sua formação.
A I Semana Geográfica foi promovida pelos alunos do 7° período aos estudantes dos 1°,
3° e 5°, dispondo de oficinas pedagógicas correspondendo os conhecimentos geográficos
sobre temas atuais, relacionados à contemporaneidade e a valorização da disciplina geografia
no âmbito educacional.
A oficina Globalização e Recursos Tecnológicos teve o propósito de conhecer sobre a
formação da globalização e os recursos tecnológicos, valorizando os fatores que impulsionaram
o avanço desse processo, além de apresentar as melhorias juntamente com a deficiência que
a globalização ocasiona num curto espaço de tempo.
As experiências vivenciadas durante o estagio serviram de base para nossa formação
profissional, uma vez que vimos na pratica o que só conhecíamos na teoria, em vista disso
presenciamos que ouve interação, diálogos, conversas e saberes diferenciados na atuação dos
estudantes que se envolveram durante as oficinas.
O Estágio Curricular Supervisionado em Geografia II da Universidade Estadual do
Rio Grande do Norte– UERN é o primeiro contato dos licenciandos em geografia com
a Universidade. É o estágio de novas boas vindas a este universo no qual futuramente
estarão inseridos. Uma vez que na Universidade é a primeira experiência, mas, que no
estágio do período passado foi realizado em escolas regulares da rede pública de
ensino.
APORTE TEÓRICO
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desenvolver oficinas pedagógicas entre os três períodos do curso, com o intuito de não
atrasar ainda mais as atividades letivas dos estagiários, e promover um evento que
contribuíssem para todos, resolvendo assim o problema da falta de escolas estaduais no
município para a realização do estágio.
Quanto aos alunos, havia uma tendência à formação de grupos em sala de aula que
se identificam por comportamentos similares, acarretando em dificuldades no ensino e no
aprendizado em relação ao conteúdo exposto na sala do terceiro período. Para isso
elaboramos o questionário para analisar o ensino-aprendizagem dos alunos do período acima
citado.
Algumas questões os alunos não responderam deixando em branco tais como
naturalidade, renda da família. Conforme o gráfico 1 (a) existe mais alunos do sexo feminino
do que masculino sendo (21 mulheres e 9 homens).
Conforme o gráfico 1 (b) residem mais alunos na zona urbana do que na rural. Sendo
23 da zona urbana e 6 da zona rural. E desses alunos que residem na zona urbana grande
são cidades da região do Vale do Açu, tais como Alto do Rodrigues, Ipanguaçu, Itajá, Janduis,
Jucurutu e Pendências.
6
9
21
Gráfico 1: (a) Distribuição dos alunos do 3º período por gênero, (b) local onde reside.
Fonte: Elaborado pelos autores.
A escolaridade dos pais dos alunos não ultrapassa o ensino médio, são filhos de
pessoas com grau de escolaridade básica, conforme Tabela 2.
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Escolaridade
30
25
20
15
10
0
Não Ensino Ensino Ensino Médio Ensino Médio Ensino Superior Ensino Superior
Completo Incompleto Completo Incompleto
Alfabetizado Fundamental Fundamental
Incompleto
Escolaridade de Mãe Escolaridade do Pai
11
19
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e quando o carro estraga, não existe substituição, assim os alunos ficam impedidos de
chegar a universidade, assim muitos deles muitas vezes buscam até mesmo a carona
conforme demonstra a Gráficos 5.
11
Sim Não
12
10
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20
15
10
5 Integralmente em Escola Integralemente em Escola Maior parte em escola Maior parte em escola
Particular pública
Pública Particular
Gráficos 6: Onde foram realizados os estudos de ensino fundamental e médio.
Fonte: Elaborado pelos autores.
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Estágio III sendo espaço para leituras textuais, esclarecimento de dúvidas e troca de
experiências. A segunda etapa acontecia nos horários da disciplina de Organização do Espaço
no 3º período de Geografia, onde eram observadas a prática da professora, dinâmicas
pedagógicas voltadas para a área de Geografia na turma do 3º período em Geografia
registrada em anotações todas as atividades.
Saiki & Godoi (2007, p. 26-27) a importância correlacionada entre prática de ensino
e estágio supervisionado. Segundo os autores:
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CONSIDERAÇOES FINAIS
Concluímos esse estágio com o sentimento de dever cumprido. Não podemos esquecer que,
esse momento foi de grande importância, pois através do mesmo, podemos perceber como
deve ser a postura que o professor deve ter diante dos problemas que envolvem o contexto
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escolar. Saímos desse estágio sabendo que dificuldades sempre aparecerão e, que por mais
que pareça difícil e sem solução, devemos erguer nossa cabeça e dar a volta por cima.
Contudo o Estágio Supervisionado III em Geografia teve algumas surpresas, por conta disso
não tivemos um campo de estágio apropriado, fizemos o melhor possível dentro da
universidade, pois foi única solução para que não atrasasse ainda mais as atividades do curso.
Muitas circunstâncias adversas nos fizeram entender, que tudo na vida tem um lado positivo
e negativo, e nesse estagio os resultados positivo é visível aos que participaram do evento.
Podemos reafirmar que a maneira de como as orientadoras conduziram a disciplina de
Estágio, diante a situações complicadas, foi desempenhado com o maior empenho e com a
maior garra, pois mesmo com tantas barreiras, as mesmas puderam realizar seu trabalho com
maestria. Finalizamos esse estágio sabendo da responsabilidade que, é posta sobre os ombros
de nós professores.
E que, por mais que a sociedade queira derrubar, menosprezar e até mesmo nos colocar
de cara para o chão, não conseguirão. Pois professor merece respeito como todo e qualquer
outro profissional. Temos ciência que nosso trabalho é o mais árduo e complicado, porém o
que mais pode contribuir para uma sociedade mais justa e igualitária.
REFERÊNCIAS
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PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e docência. São
Paulo/BRA: Cortez, 2008.
SAIKI, Kim & GODOI, Francisco Bueno de. A prática de ensino e o estágio
supervisionado. IN: PASSINI, Elza Yasuko et al (Org.). Prática de ensino de
geografia e estágio supervisionado. São Paulo: Contexto, 2007.
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