 Intervalos melódicos permitidos:

b2, 2, b3, 3, 4, 5, b6 (apenas ascendente), 8

 Intervalos harmônicos:
Consonantes Perfeitos: uníssono, 5ª justa e 8ª
Consonantes Imperfeitos: b3, 3, b6, 6
Dissonâncias (em relação ao baixo): b2, 2, 4, 7, 7M (todos aumentados e
diminutos)

Iniciar e concluir com 8ª ou uníssono.

5ª é permitido apenas se o Cantus Firmus estiver na voz inferior.

REGRAS FUNDAMENTAIS DO CONTRAPONTO

Regra 1
De uma consonância perfeita para outra consonância perfeita devemos
proceder em movimento contrário ou oblíquo.

Regra 2
De uma consonância perfeita uma consonância imperfeita podemos proceder
em qualquer dos três movimentos.

Regra 3
De uma consonância imperfeita para uma consonância perfeita devemos
proceder em movimento contrário ou oblíquo.

Regra 4
De uma consonância imperfeita para outra consonância imperfeita podemos
proceder em qualquer um dos três movimentos (FUX, 2007, p.6).
 TRATAMENTO DA MELODIA

 Evitar cromatismos e saltos dissonantes;

 Excluídos: intervalos aumentados e diminutos;
 A sexta maior deve ser evitada como intervalo melódico. Sexta menor é
permitida apenas em movimento ascendente;
 Semitom cromático é estranho ao estilo;
 Saltos grandes (como 5ª) normalmente são compensados por grau conjunto ou
salto na direção contrária;
 Em movimento ascendente é preferível que o salto maior preceda o menor e
vice-versa;
 Saltos descendentes são livres.

1ª ESPÉCIE

 Apenas combinações consonantes são usadas. Lembrando que 4ªs são

dissonâncias (em relação ao baixo) em contraponto a duas vozes;
 Deve-se iniciar e concluir com Consonância Perfeita (C.P). Se o contraponto
estiver na voz inferior e o Cantus Firmus na superior, apenas uníssono e 8ª são
permitidos no início e final;
 Uníssonos podem ocorrer apenas na primeira e/ou última nota;
 5ªs e 8ªs diretas/paralelas NÃO são permitidas. Evitar 8ªs ocultas. Não é
possível atingir 5ª e 8ª por movimento direto;
 O Cantus Firmus e o contraponto não devem ficar muito distantes um do outro.
Somente por justificativas melódicas fortes o intervalo entre eles deve ser maior
do que uma décima. Preferível até 8ª, aceitável até 10ª.
 O contraponto e o Cantus Firmus não devem mover-se por muito tempo em 3ªs
ou 6ªs paralelas. Fazer, no máximo, quatro destes intervalos seguidos. Ou
seja, mover Cantus Firmus e contraponto em 3ªs e 6ªs com parcimônia;
 Na melodia, evitar demasiado número de saltos. Procurar um equilíbrio destes
com graus conjuntos. Observar com cuidado saltos na mesma direção;
 Empregar movimento contrário sempre que possível;
 Atingir o ponto culminante (nota mais aguda) apenas uma vez. Dedicar cuidado
idêntico ao som mais grave da melodia.
 Nas cadências, com exceção do modo Frígio, o 7º grau da escala aparece
elevado de um semitom cromático (sensível).

É importante que o contraponto a duas vozes seja autossuficiente

harmonicamente, que não necessite de uma outra voz para tornar clara as
funções harmônicas da melodia, que são basicamente as seguinte:

Início suspensão/tensão final

Tônica Dominante Tônica
(intervalo de 5ª ou 8ª) Som do acorde de V ou VII grau

(TRAGTENBERG, 2002, p.29).

EXERCÍCIOS