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BÁSICO
MELSEC-F
(FX3)
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 6
1.1. CLP Mitsubishi série FX .................................................................................................. 6
1.2. Estrutura de um CLP......................................................................................................... 6
1.3. Processamento do CLP ..................................................................................................... 7
1.4. Componentes básicos ....................................................................................................... 7
1.4.1. Interface de entrada ........................................................................................................... 7
1.4.2. Interface de saída ............................................................................................................... 8
1.4.3. Unidade de processamento - CPU ................................................................................... 10
1.4.4. Unidade de Memória ....................................................................................................... 10
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3.2.6. Contadores ( C ) .............................................................................................................. 21
3.2.7. Instrução END ................................................................................................................ 22
3.3. Instruções de transferência ( MOV ) ........................................................................... 27
3.4. Contatos de comparação (=, < >, >, >=, <, <=) ............................................................ 27
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Data da Revisão Nome do Arquivo Revisão
Jun/2011 Treinamento Básico FX3 (A) Primeira edição
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1. INTRODUÇÃO
Em 2004 a Mitsubishi lança o FX3U (terceira geração) que vem a substituir a série FX2N
oferecendo maiores funcionalidades. Em 2008 foi lançado o FX3G que vem a substituir a série FX1N
oferecendo maior capacidade de expansão e maior velocidade de processamento.
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1.3. Processamento do CLP
Todo o processamento de dados é feito através da CPU do CLP. Ele segue um ciclo básico
mostrado na figura a seguir:
É onde todos os sinais de entradas são coletados. Estes sinais são utilizados normalmente em
24 Vcc ou 110 Vca. Para proteger a CPU de uma sobretensão ou sobrecorrente, os terminais de
entradas são isolados, para isso são utilizadas foto-acopladores. Estes foto-acopladores são tais que
é possível acionar o seu LED interno, sem uma polaridade fixa.
No caso dos CLPs da série FX, as entradas digitais encontram-se na parte superior, como
mostrado:
BORNES DAS
ENTRADAS
FÍSICAS DIGITAIS
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1.4.2. Interface de saída
É onde todos os sinais de saídas são gerados. Estes sinais podem ser basicamente de 2
tipos:
i) RELÉ
ii) TRANSISTOR
i) RELÉ
Com relé é possível ligar cargas em DC, com corrente máxima de 2A (resistivo) ou em AC,
com tensão máxima 250Vrms e corrente máxima de 2A resistivo (pico).
ii) TRANSISTOR
Assim como as entradas, existe uma isolação entre a CPU e a interface de saída, para os de
tipo transistor. Já para a unidade relé a isolação entre a bobina e o contato é de forma natural.
No caso dos transistores, diferentemente do relé, a carga a ser controlada precisa ser
SEMPRE alimentada com tensão de no máximo 24Vcc. Por ser corrente contínua, existem duas
formas de chaveamento possíveis: NPN (onde o lado 0V – zero volt – é chaveado) ou PNP (onde o
lado 24Vcc é chaveado).
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Assim como nas entradas há uma isolação entre a CPU e a interface de saída para os de tipo
transistor. Já para a unidade relé a isolação entre a bobina e o contato é de forma natural.
No caso dos CLPs da série FX, as saídas digitais encontram-se na parte inferior, como
mostrado:
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BORNES DAS
SAÍDAS FÍSICAS
DIGITAIS
A unidade de processamento pode ser chamada de cérebro do CLP. A CPU tem a função de
executar o programa contido na memória, tendo como argumento as entradas e o resultado das
saídas. Isto leva um tempo que é chamado de “scan time” (tempo de varredura), um scan pode ser
grande dependendo do tamanho e da complexidade do programa.
Um CLP precisa de algum local para armazenar o programa de trabalho. Este local é a
unidade de memória. Esta memória pode ser volátil ou não-volátil.
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Existem dois tipos de unidade de memória:
RAM ( Random Access Memory ): são memórias que podem ser escritas ou lidas a
qualquer instante randomicamente. Essas memórias geralmente são voláteis e precisam
de alimentação, que pode ser externa ou através de uma bateria, caso contrário perde-se
os dados armazenados.
ROM ( Read Only Memory ): são memórias que podem ser lidas e precisam de
provedimento especial para ser escrita. Essas memórias geralmente são não-voláteis. Há
alguns tipos de memória ROM que se diferenciam pela maneira como são gravados e/ou
apagados. Dentre a memória ROM existem:
- EPROM ( Erasable Programable Read Only Memory )
- EEPROM (Electrically Erasable Programable Read Only Memory).
Para o FX3U, o FX3U-FLROM-16 (64) substitui a memória embutida RAM para uma memória
de mesmo tamanho porém o tipo passa a ser Flash-ROM (semelhante à EEPROM, porém de maior
capacidade e acesso mais rápido). Independe de bateria.
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2. INSTALAÇÃO DE CLP MITSUBISHI
Montagem Direta – Pode ser colocado direto na base do painel sem nenhum problema,
só torna mais difícil a retirada do equipamento defeituoso.
Há duas maneiras de instalar com segurança: uma das maneiras é a técnica de pinos
soldados aos fios que é a melhor maneira de ser montado, pois evitaria o mau contato que é o maior
problema. Se a pessoa tem habilidade em crimpar o fio também é uma boa solução.
O CLP Mitsubishi possui um terminal de entrada, “S/S”, que define um dos tipos de conexão
de sensores ou normas de instalação.
Ligação PNP
Ligação NPN
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LIGAÇÃO PNP LIGAÇÃO NPN
De forma geral, as lógicas em que o sinal a ser chaveado pelo sensor ou chaves é o 0V (zero
volt) – chamada também de lógica NPN – é utilizado em máquinas de origem japonesa, já que as
normas elétricas daquele país prevêem que todo o comando elétrico deve ser construído dessa
maneira. Já a lógica PNP, é geralmente encontrada em máquinas de origem européia.
2.4. Comunicação
FX-USB-AW
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SC-09
Indicado por além de permitir a comunicação entre os atuais PLC FX, possui também
uma emenda com conectores DB25 para comunicação com PLX FX1 e FX2.
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Item Significado
a Tampa da bateria
b Bornes para a ligação das entradas digitais
C Bornes para a ligação das saídas digitais
D Proteção plástica de segurança dos bornes
LEDs indicativos das entradas digitais:
E ACESO : entrada ligada (CLP detectou sinal na entrada)
APAGADO : entrada desligada (CLP não detectou sinal na entrada)
LEDs indicativos das saídas digitais:
F ACESO : saída ligada
APAGADO : saída desligada
LEDs indicativos da condição de operação da CPU
POWER : indica que a CPU está alimentada (fonte do CLP funcionando)
RUN : indica se o programa que está armazenado na CPU está rodando
BATT : indica se a bateria de lítio que mantém dados e programa está esgotada.
obs: Caso esse LED esteja aceso providencie imediatamente uma bateria nova,
G
pois a CPU estará na iminênciade perder dados e programas caso a máquina seja
desligada.
ERROR :
- caso o LED esteja PISCANDO, indica uma falha de software no programa
- caso o LED esteja ACESO, indica um problema grave na CPU que poderá
H Tampa para conexão dos módulos de expansão adicional à esquerda
Chave de RUN/STOP
I RUN : coloca o programa em operação
STOP : pára o programa
J Porta de programação RS-422
K Tampa protetora do soquete de expansão de memória e soquete para placas opcionais
L Tampa para conexão dos módulos de expansão adicional à direita
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3. ELEMENTOS DE PROGRAMAÇÃO
Para realizar a conexão com dispositivos externos, é necessário que utilizemos alguns bornes
que o CLP disponibiliza para este fim. O mesmo pode ser dito quando necessitamos enviar uma
resposta de uma lógica para um solenóide ou um relé externo. No programa, identificamos as
entradas por X e as saídas por Y. Estas entradas e saídas assim como todos os outros dispositivos
encontrados programação da série FX são numerados utilizando-se à base octal (0~7).
Obs: As saidas Y são colocadas em OFF quando a chave do CLP estiver na posição STOP.
Existem relés auxiliares disponíveis para uso na programação do série FX: relés internos de
uso geral, de backup e relês especiais (M8000~8255).
O registrador de dados (D) é uma área de memória do PLC utilizada para armazenar dados de
16 bits (números). Esses registradores permitem sua escrita/leitura através de instruções de 16 bits.
Quando for necessário utilizar-se 32 bits, serão necessários dois registradores onde o primeiro
registrador armazena os 16 bits menos significativos e o seguinte armazena os 16 bits mais
significativos.
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Modelo CLP Uso geral Retentivo
FX1S D0 - D127 D128 - D255
D0 - D127
FX3G D128 - D1099
D1100 - D7999
FX3U D0 - D199 D200 - D7999
3.1.4. Constantes
Neste início caberá um adendo a alguns elementos da programação em ladder que variam de
CLP para CLP. Quanto às outras lógicas, seguem o mesmo padrão.
A seguir é mostrado a simbologia utilizada na programação:
Contato de pulso de borda de subida: similar ao contato normal aberto, mas energiza
durante a borda de subida do sinal de entrada e somente conduz durante um scan
Contato de pulso de borda de descida: similar ao contato normal aberto, mas energiza
durante a borda de descida do sinal de entrada e somente consuz durante um scan
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3.2.1. Instrução PLS
A instrução PLS é uma saída ativa na borda de subida do sinal de entrada com duração
Exemplo:
A instrução PLF é uma saída ativa na borda de descida do sinal de entrada com duração de
um SCAN.
Exemplo:
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3.2.3. Instrução SET
A instrução SET é uma saída ativa com retenção, é ativada com um conjunto verdadeiro de
condições. Aparece sempre como o último contato na linha de programa.
Exemplo:
A instrução RST é uma saída especial vinculada (desativa), é ativado como um resultado de
um conjunto verdadeiro de condições. Aparece sempre como último contato na linha de
programação.
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Exemplo:
A instrução Timer é uma saída especial. No diagrama de ladder ela aparece no final da linha
de programa. Usualmente acima e a direita do temporizador está um valor “K” ou “H” (K se constante
decimal ou H se hexadecimal) que é o set point do temporizador. No caso de um set point variável,
substitui-se a constante por um registrador D.
CLP/Base 100 ms 10 ms 1 ms
FX1S T0 ~ T62 T32 ~ T62 (M8028=ON) T63
T0 ~ T199 T256 ~ T319
FX3G T200 ~ T245
T250 ~ T255 (R) T246 ~ T249 (R)
T0 ~ T199 T256 ~ T511
FX3U T200 ~ T245
T250 ~ T255 (R) T246 ~ T249 (R)
obs: (R) = retentivo
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Para zerar os temporizadores retentivos é necessário o uso da instrução RST.
Exemplo:
Abaixo, a carta de tempo do ladder exibido anteriormente. Note que o contato X0 deverá
permanecer fechada até o T0 atingir 500ms. Após o temporizador atingir este valor a saída Y0 se
mantém ligada até que o contato X0 seja aberto novamente. Neste momento o T0 volta ao valor
inicial.
3.2.6. Contadores ( C )
Os contadores são tratados como saídas especiais (bobinas). Aparece no final de uma linha e
geralmente acima e a direita está um valor “K” ou “H” (K se constante decimal e H se hexadecimal),
que é o set point do contador. No caso de um set point variável, substitui-se a constante por um
registrador D. Esses contadores são de 16 bits.
Os contadores deste tipo dependem do scan de programa e incrementam a cada vez que
ocorre uma borda de subida no contato associado à bobina do contador.
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Exemplo:
A CPU faz a varredura do programa do início ao fim. A instrução END indica à CPU o fim do
programa e ela reinicia a varredura, evitando varreduras em vazios de memória, aumentando o seu
tempo de varredura.
Por exemplo, se um programa tem 400 passos e forem utilizados numa memória de 1000
passos, 600 passos estarão sem função. Caso não haja a instrução END a CPU faria a varredura até
1000 passos, sendo que apenas 400 passos estão sendo utilizados.
Com a execução da instrução END, os resultados de toda a lógica realizada durante a execução do
programa, tem seus valores exteriorizados para as saídas.
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TREINAMENTO FX PLC - EXERCÍCIOS I
M0:
M500:
M500:
M0:
M500:
M500:
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3. Temos o seguinte programa:
M0:
M20:
M20:
ANOTAÇÕES:
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4. Considere o trecho de programa e a tabela de dispositivos do PLC usado:
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Caso haja uma queda de energia, como indique ficarão os estados de Y100 e Y102 ao retornar a
alimentação?
Y100 Y102
DESENVOLVIMENTO DE PROGRAMAS
1. Fazer um programa, onde uma entrada ativa um contador por 5 vezes, quando o contador alcançar
seu valor programado, deverá ativar uma saída. Use uma outra entrada para resetar o contador. (Use
X1, X2, Y1, C0).
2. Fazer um programa onde uma entrada ativa uma lâmpada por 3 segundos. Após este tempo, a
lâmpada desliga-se automaticamente ficando assim por 1 segundo. Então a lâmpada deve ligar-se
novamente para repetir o ciclo inicial. O ciclo da lâmpada deve auto-repetir-se a menos que a entrada
seja desligada ou a lâmpada já tenha se desligado por 7 vezes. Quando a lâmpada desligar-se por 7
vezes, deverá haver uma entrada para reiniciar o ciclo (Use X3, X4, Y2, T1, T2,C1).
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3.3. Instruções de transferência ( MOV )
Exemplo:
Quando a entrada X0 for acionada habilitará a função a mover os dados de K100 para o
registrador de dados D0.
3.4. Contatos de comparação (=, < >, >, >=, <, <=)
A operação de comparação realiza uma comparação numérica de magnitude (como =, >, <
etc.) entre dois valores. Essas comparações são feitas em forma de contato que é ativado quando a
condição imposta torna-se verdadeira. A aplicação das instruções de comparação é a mesma dos
contatos comuns de acordo com a seqüência abaixo.
Exemplo:
No exemplo acima quando o 4 tiver valor menor ou igual ao registrador D0, a instrução de
comparação acima atuará como um contato Y10.
Essa instrução de comparação pode ser colocada não só como um único contato, como
introduzido em lógicas conforme colocado na tabela acima.
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4. INSTRUÇÕES ARITMÉTICAS (INTEIRO)
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4.3. Instrução multiplicação ( MUL )
Exemplo: D0 x D2 = D4D5
No caso de utilizamos uma instrução DMUL no exemplo acima, o valor de D0D1 (32 bits) é
multiplicado por D2D3 e armazenado em D4D5D6D7 já que o resultado pode ser de até 64 bits,
porém não é possível manipular os 64 bits em uma só instrução.
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4.5. Instrução incremento ( INC )
Esta instrução é utilizada caso necessite incrementar (+1) o valor armazenado em algum
registrador.
Esta instrução é utilizada caso necessite decrementar (-1) o valor armazenado em algum
registrador.
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Apêndice A: REGISTRADORES INTERNOS ESPECIAIS
Os dispositivos que trataremos a partir de agora, são utilizados pelo controlador para indicar
seu status, facilitar a programação e identificar falhas ou erros que podem estar ocorrendo.
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A.2. Dispositivos Temporizadores
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