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Ricardo Júlio dos Santos Gaspar

201306740133

1. Explique a afirmação: “Quase todas as viagens começam e terminam a pé, mas


os pedestres são frequentemente ignorados por planejadores”.

O pedestre é a parte mais vulnerável do trânsito e porque todos nós somos pedestres –
usuários do transporte coletivo, ciclistas, motoristas e motociclistas. Enquanto para ser
motorista é preciso estar de posse de um carro e para usar o transporte público é preciso
pagar uma tarifa, o pedestre é a situação primária, gratuita e básica da mobilidade e do
deslocamento. A seguinte afirmação considera o indivíduo como pedestre permanente,
mesmo que tenha posse de algum meio de transporte, pois de certa forma todos
caminhamos pelas calçadas da cidade nem que seja por um só instante ao realizar
atividades humanas e acessar o transporte individual ou coletivo.

Mesmo com esta consideração, ainda grande parte dos planejadores de transportes dos
municípios brasileiros tem uma visão onde se prioriza o transporte individual em
detrimento dos pedestres. A engenharia de tráfego ainda é muito usada para solucionar
problemas como congestionamentos, intervenções viárias para diminuir o tempo de
viagem de carros, etc. As medidas que são feitas para pedestres ainda são usadas
atreladas ao melhoramento de sistemas de transportes individuais ou coletivos
motorizados.

A segurança, conforto e qualidade de caminhabilidade do pedestre no tecido urbano


ainda não são levados em consideração como ocorre em diversas cidades do mundo
desenvolvido. Os planejadores de transporte levarão um tempo para enxergar uma
mobilidade urbana onde o pedestre seja a condição básica inicial, sendo o foco de
intervenções para melhorias, de modo a se chegar a uma cidade ideal para pessoas e não
para carros.

2. Explique duas intervenções para a travessia de pedestres.

Gradil: é uma barreira do tipo metálica que apresenta como vantagens relativas sua boa
eficiência na canalização de pedestres e seu baixo custo inicial. A função do gradil é
canalizar o pedestre para que o mesmo realize a travessia em local desejado pelo
projetista.

Refúgio ou ilha: é uma construção destinada a acomodar pedestres que atravessam uma
via e separar seus fluxos veiculares. Sua função é a de oferecer um local de apoio ao
pedestre, de modo que ele possa aguardar uma brecha no fluxo veicular para completar
sua travessia, permitindo que a realizem com maior facilidade (em duas etapas).
3. O que é plano de Mobilidade Urbana e a que deve ser integrado?

É o instrumento de efetivação da Política Nacional de Mobilidade Urbana, instituída em


abril de 2012 pela Lei Federal n. 12.587, que é um dos instrumentos de
desenvolvimento urbano no Brasil e tem como finalidade a integração entre os
diferentes modos de transporte e a melhoria da acessibilidade e da mobilidade de
pessoas e cargas.

Deve ser integrado e compatível com o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano,


conforme o art. 24, caput, e §1º, da Lei de Mobilidade.

4. Apresente de forma esquemática (desenho ou foto com indicações) as partes de


uma calçada e suas funcionalidades.

Faixa de serviço: Serve para acomodar o mobiliário, os canteiros, as árvores e os postes


de iluminação ou sinalização. Nas calçadas a serem construídas, recomenda-se reservar
uma faixa de serviço com largura mínima de 70 centímetros. Para o plantio de árvores
na calçada deve ser consultada a Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

Passeio ou Faixa livre: é a parte livre da calçada ou do leito carroçável destinada à


circulação de pedestres. Deve ser contínuo entre lotes, sem degraus, e livre de qualquer
obstáculo como carros estacionados, contentores de lixo, materiais de obra, entre outros.
A altura livre deve ser de no mínimo 210 cm. Grelhas, juntas de dilatação e tampas
devem estar fora do fluxo principal de circulação. Quando não for possível, os vãos e
frestas devem ter dimensão máxima de 1,5cm com perpendiculares ao sentido de
passagem para não prender a roda da cadeira de rodas, que tem 1,5cm de largura.

Faixa de acesso: Consiste no espaço de passagem da área pública para o lote. Esta faixa
é possível apenas em calçadas com largura superior a 200 cm.

5. Apresente três situações incorretas de aplicação da lei de acessibilidade em


prédios públicos de Belém.
Na primeira situação (figura abaixo) tem-se o piso tátil que indica mudança de
direção, porém não há continuidade na direção perpendicular.

No segundo caso, a drenagem incorreta retira a qualidade da rampa e autonomia na


travessia de pessoas com deficiência, percebe-se também que as rodas poderiam não
vencer a profundidade da sarjeta.

No terceiro caso (figura abaixo) o corredor de acesso a um prédio de ensino público não
tem piso tátil, além de ser inseguro a deficientes visuais pelo desnível em que se
encontra.
6. Dentro do artigo 254 do CTB, cite 3 proibições aos pedestres.

De acordo com o Art. 254. É proibido ao pedestre:

I - permanecer ou andar nas pistas de rolamento, exceto para cruzá-las onde for
permitido;

III - atravessar a via dentro das áreas de cruzamento, salvo quando houver sinalização
para esse fim;

IV - utilizar-se da via em agrupamentos capazes de perturbar o trânsito, ou para a


prática de qualquer folguedo, esporte, desfiles e similares, salvo em casos especiais e
com a devida licença da autoridade competente;

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