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S.He.F.

Avaliação da maturidade e vitalidade fetal


MATURIDADE FETAL - Drogas (aminofilina, beta miméticos,
- Órgãos fetais com máxima capacidade funcional, glicocorticoides, hormônios tireoidianos)
semelhante ao RN a termo. O principal recurso para
essa avaliação é a maturidade pulmonar. Avaliação por métodos clínicos
DUM:
Prematuridade: interrupção da gravidez antes das - Idade gestacional cronológica: IG em semanas pela
37 semanas (259 dias completos) data da última menstruação
- Ocorre +/- 10% de todas as gestações - Idade gestacional ultrassonográfica: IG em
- Responsável por 70% da morbimortalidade semanas pela data do US
perinatal - Regra de Nagele: ao mês da DUM soma-se 9 entre
- 40% das mortes neonatais acontecem por janeiro e março ou diminui-se 3 de abril a dezembro.
membrana hialina e síndrome da angústia Soma-se 10 para primigestas ou 7 para multigestas
respiratória (SAR) no dia da DUM, para chegar a data provável do parto
- Vérniz caseoso - 37 a 40 semanas: substância (DPP).
cremosa que impregna na pele do feto, detectado
quando o feto possui maturidade pulmonar adequada Medida da Altura Uterina:
- Onera morbidade neonatal imediata e tardia: - Decúbito dorsal, com abdome descoberto
- SAR (síndrome da angústia respiratória) - Delimitar a borda superior da sínfise púbica e o
- MB (membrana hialina): depósito de fibrina nos fundo uterino
alvéolos - Fixar uma extremidade da fita métrica sobre a
- DBP (bisplasia broncopulmonar) crônica borda superior da sínfise púbica
- PCA (persistência do canal arterial) - Deslizar a borda cubital da mão, percorrendo a
- IVH (hemorragia intraventricular) linha mediana até o fundo uterino e proceder a
- EM (enterocolite necrotizante) leitura em centímetros.
- A medida da altura uterina se correlaciona com a
RN - baixo peso: <2500g: independente da IG na IG desde que o útero sai da cavidade pélvica até
hora do parto cerca de 38 semanas (Curva de Belizan).
- Polidrâmnio, gemiparidade, tumores podem causar
Gravidez prolongada aumento da altura uterina. Desnutrição materna ou
- fisiológica > 42 semanas (294 dias) do feto, e situações que levam a sofrimento fetal
- patológica: insuficiência placentária. podem causar RCIU (restrição do crescimento
*Maior risco de aspiração de mecônio intrauterino) e diminuição da altura uterina.

3 situações em que o internamento é necessário, Movimentos fetais:


mesmo que não haja patologias na gestante: - A percepção dos movimentos fetais pela mãe se dá
- IG maior de 42 semanas acima de 20 semanas de gestação.
- Bolsa rota
- Trabalho de parto Mobilograma
- Avalia a movimentação fetal.
Aceleradores da maturidade pulmonar
- DM (diabetes mellitus) Ausculta fetal:
- HAC (hipertensão arterial crônica) - Ausculta com sonar Doppler positiva indica
- DHEG (doença hipertensiva específica da gestação acima de 10-12 semanas
gravidez) - toxemia grave - Ausculta com estetoscópio de Pinard positiva
- RPM (rotura prematura de membranas) indica gestação acima de 17-22 semanas.
- RCIU (retardo de crescimento intra-útero) - Frequência normal: 120-160 bpm
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- Mais frequente ser auscultada nos quadrantes Ultrassonografia
inferiores. Quando mais audível nos quadrantes - Biometria fetal: parâmetros biométricos ajudam a
superiores pode indicar gestação de apresentação determinar a idade gestacional
não cefálica. - No 1º trimestre, realiza-se o CCN (comprimento
cabeça-nádega), com margem de erro de 3 dias
Características físicas do Líquido Amniótico (LA) - Nos 2º e 3º trimestres, avalia-se múltiplos
- Avaliação por amnioscopia ou amniocentese. parâmetros: DBP (diâmetro biparietal), CC
- A amniocopia possibilita a percepção de (circunferência cefálica), CA (circunferência
movimentos fetais e as características abdominal, CF (comprimento do fêmur), com margem
macroscópicas do líquido amniótico. de erro de 1,5 a 2,5 semanas
- abaixo de 34 semanas: LA claro sem grumos - *Por isso a preferência para determinar a IG é a
Imaturo ultrassom de 1º trimestre (margem de erro de
- entre 36-38 semanas: LA opaco com maior apenas 3 dias).
quantidade de grumos, com maior tamanho - Nos casos em que a IG é incerta, realiza-se US
- após 38 semanas: LA leitoso, com maior seriada, com intervalo mínimo de 2 semanas.
quantidade de grumos - Maduro - Morfologia fetal: sexo, face fetal, membros,
- Após 42 semanas: LA amarelo esverdeado - número de dedos.
hipermaduro - Avaliação placentária
- A amniocentese avalia características físicas e - Posicionamento
químicas do LA, que analisam a maturidade fetal - Inserção do cordão umbilical
- Espessura placentária
Características Bioquímicas do LA - Graduação de maturidade: calcificações,
- Teste de Clements: analisa a quantidade de número de cotilédones
surfactante pulmonar no LA para determinar a
maturidade pulmonar fetal. Se dá por 4 tubos com
diferentes concentrações de soro fisiológico e
líquido amniótico, agitados por 15 segundos, e lidos
15 minutos depois, analisando a proporção de
fosfolípides em cada tubo, devido a formação de
bolhas.
- FS 50
- Relação lecitina/esfingomielina: > 2 indica
maturidade pulmonar.
0% de maturidade
- Fosfatidilglicerol: não possui falsos positivos,
pulmonar
indicando gestação acima de 37 semanas se positivo.
Importante para diabéticas. 66% de maturidade
pulmonar
- Diferença de densidade ótica
- Dosagem de creatinina (maturidade renal): acima 88% de maturidade
de 1,8 mg/ml indica gestação acima de 38 semanas. pulmonar

- Celorangiófila (maturidade epidérmica): escamas 100% de maturidade


fetais coram em laranja. Gotas de gordura podem pulmonar

determinar falsos positivos.


- Avaliação do LA
Avaliação por métodos físicos
- Radiografia: não é feita pela maior segurança da
ecografia. Avalia os núcleos de ossificação do feto.
- Amnioscopia
- Ecografia
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VITALIDADE FETAL contrações. Por refletir a queda na pressão parcial
de oxigênio, quando ela se aproxima dos limites
Métodos biofísicos perigosos, é o elemento mais importante no
- Cardiotocografia anteparto diagnóstico de sofrimento fetal agudo
- Perfil biofísico fetal (PBF) DIP III Variável ou DIP umbilical: queda abrupta da
- Dopplerfluxometria FCF e de rápida recuperação, inconstante na forma
e sem relação temporal com contração. Fatores
Cardiotocografia predisponentes: circular, prolapso, inserção
- Traduz a função respiratória da placenta. velamentosa ou brevidade de cordão, rotura de
- Parâmetros que analisam a vitalidade fetal, membranas, parto pélvico.
organizados por Caldeyro-Barcia (1973) e Zugaib-
Behle (1981). - Não periódica: movimentação fetal
- Tempo ideal: 20 minutos. DIP 0 ou Espicas: quedas relacionadas a movimentos
fetais rápidos, pouco amplos
Tipos: monitorização intraparto ou anteparto. Na Desaceleração prolongada: sem etiologia =>
anteparto, pode ser feita em repouso ou desaceleração espontânea
sobrecarga. Com sobrecarga, analisa o corpo da
gestante aos esforços e contrações simulando o Notas da CTR
trabalho de parto. - FCF normal - 1 ponto
- Prova de tolerância fetal às contrações (Prova - VLB normal - 1 ponto
de Pose ou Prova da ocitocina de Hamacher) - AD - 1 ponto
- Prova de Stembera: provocando grande esforço - AT na contração uterina - 1 ponto
físico na paciente - AT no movimento fetal - 1 ponto

Parâmetros: - Inativo: 0-1 ponto


- Frequência cardíaca fetal (FCF): normal entre 120 - Hipoativo: 2-3 pontos
e 160 bpm - Ativo: 4-5 pontos
- Variabilidade de linha de base (VLB)
- Presença de Aceleração transitória (AT) Perfil biofísico fetal
- Ausência de desacelerações (AD)
Análise ultrassonográfico
Aumento de amplitude de pelo menos 15 bpm acima - Reatividade cardíaca - FCF/AT
de 15 segundos caracterizam uma AT - Movimentos respiratórios
- Periódica: contração uterina - Movimentos corporais
- Não periódica: movimentação fetal - Tônus - Flexão/Extensão
- Líquido amniótico (ILA)
Desacelerações da FCF - PBF modificado - adiciona-se a cardiotocografia
- Leve: até 15 bpm
- Moderada: 16-45 bpm Líquido amniótico
- Grave: acima de 45 bpm - Para diagnosticar polidrâmnio ou oligodrâmnio é
- Tipos: necessário correlacionar com a idade gestacional,
- Periódica: contração uterina sendo feito apenas após 20 semanas.
DIP I Precoce ou cefálico: são quedas da FCF - A partir de 8-12 semanas, o feto deglute e urina.
concomitantes às contrações uterinas. O início da O volume aumenta até 32-35 semanas (900ml), e
desaceleração coincide com início da contração. É depois cai e é reciclado a cada 3 horas.
fisiológico durante o trabalho de parto após a - Normodramnia: 500-2000 ml
rotura das membranas (compressão do polo cefálico - Oligodramnia: <300-400 ml (21-40 semanas)
durante a contração uterino) - Polidramnia: > 2000 ml
DIP II Tardios (patológicos): quedas lentas da FCF,
que começam 20 ou mais segundos depois das
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Índice de Líquido Amniótico (ILA)
- Dividir em quatro quadrantes, e medir o diâmetro
do maior bolsão de líquido de cada quadrante.
Realiza-se a somatória das medidas.
- Oligodrâmnio: < 5cm
- LA reduzido: 5-8 cm
- Normal 8,1-18 cm
- LA aumentado: 18,1-25 cm
- Polidrâmnio ≥ 25 cm

Circunferência abdominal: fortemente afetada em


função da redução do tecido adiposo e da diminuição
do glicogênio hepático. Abaixo do percentil 10 é
diagnosticado RCIU

Dopplerfluxometria ou dopplervelocimetria
- Consiste na medida da velocidade do fluxo
sanguíneo nos territórios maternos, placentário e
fetal com o objetivo de avaliar as trocas materno-
fetais.
- Detectar hipóxia mais precoce, antes de danos
irreversíveis
*Artéria uterina => materno:
incisura normal até 26
semanas
*Artérias umbilicais =>
placentário
*Artéria cerebral média =>
prognóstico fetal
- Gestação normal: alta velocidade diastólica, devido
à baixa resistência do sistema arterial viloso
terciário
- Gestação patológica: menor velocidade diastólica,
devido à alta resistência vascular periférica.
Diástole zero (ausência de fluxo na diástole) ou
diástole reversa (inversão de fluxo na diástole).
Diástole reversa significa interrupção da gestação.

Diástole
normal

Diástole
diminuída

Diástole
zero

Diástole
reversa

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