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FACITE - Faculdade de Ciências e Teologia Eclética

I.E.P - Instituto de Estudos do Psiquismo


Metodologia Científica e Trabalhos Acadêmicos
1. O conhecimento através da História
Após a invenção da escrita (aprox. 5500 a.C), foram estabelecidas
quatro idades:
1a. Idade Antiga, ou a Antiguidade
Compreende-se de cerca de 4000 a.C. até 476 d.C., quando ocorre a
queda do Império Romano do Ocidente. É estudada com estreita
relação ao Próximo Oriente, onde surgiram as primeiras civilizações,
sobretudo no chamado Crescente Fértil, que atraiu, pelas
possibilidades agrícolas, os primeiros habitantes do Egito, Palestina,
Mesopotâmia, Irã e Fenícia, também, as chamadas civilizações
clássicas: Grécia e Roma.
No Séc IV a.C Parmênides falou sobre a existência de duas vias
que poderiam ser percorridas na busca pela verdade.
A primeira, duvidosa e incerta, ele chamou dóxa, cujos
significados são aparência e opinião (crendices). Seguir por ela, ou
seja, confiar nas percepções dos sentidos, afastaria o homem da
verdade, condenando- o ao engano.
A segunda via, rigorosa e segura, ele chamou epistéme, que
significa conhecimento, ciência. Parmênides acreditava que somente
ela conduziría o homem ao ser, àquilo que realmente existe,
revelando como é a realidade, por meio do raciocínio.
No pensamento de Michel Foucault é o paradigma geral sobre o
qual se estruturam em determinada época os múltiplos saberes
científicos.
Uma nova epistéme estabelece uma drástica ruptura que vai abolir
a totalidade dos métodos e pressupostos anteriores.
1. a) Antiguidade tardia (período de transição)
É uma periodização aproximada (cerca de 300—476 d.C.) usada
por historiadores e outros eruditos para descrever o intervalo entre a
Antiguidade clássica greco-romana e a Idade Média, tanto na Europa
continental quanto no mundo Mediterrâneo: geralmente, entre o
declínio do Império Romano do Ocidente do século III em diante, até
a conquista islâmica, e a refundação da Europa Oriental sob o
comando do Império Bizantino.
A cultura do Oriente se faz presente no Ocidente (Europa),
principalmente a grega. Um dos fatores principais foi a disseminação
e crescimento do Cristianismo.
A característica de transição é denotada a tendência ao
enfraquecimento do pensamento, e, consequentemente do avanço
científico, em detrimento de um suposto "misticismo”, mas na
realidade a característica maior é o fortalecimento da
supersticiosidade.
2a. Idade Média
A Idade Média é o período intermédio da divisão clássica da
História ocidental em três períodos: a Antiguidade, Idade Média e
Idade Moderna, sendo frequentemente dividido em Alta e Baixa
Idade Média.
É comumente situada entre os anos de 476 d.C. até 1453, quando
ocorre a conquista de Constantinopla pelos turcos otomanos e
consequentemente a queda do Império Romano do Oriente e termina
durante a transição para a Idade Moderna.
A vida cultural foi dominada pela escolástica, uma filosofia que
procurou unir a fé à razão, e pela fundação das primeiras
universidades.
Os dois últimos séculos da Baixa Idade Média ficaram marcados
pela peste negra foi responsável pela morte de um terço da população
europeia entre 1347 e 1350.
Ao fim da idade Média, o progresso cultural e tecnológico avança
transformando por completo a sociedade europeia, concluindo a Idade
Média e dando início à Idade Moderna.
3a. Idade Moderna
Considerada de 1453 até 1789, quando da eclosão da Revolução
Francesa. Compreende o período da invenção da Imprensa, os
descobrimentos marítimos e o Renascimento.
O caracter mais importante que deu início à idade moderna foi a
globalização, troca de culturas e informações são iniciadas através do
comércio entre nações, novas economias e instituições emergem.
Período das grandes navegações - Colonização dos continentes -
Nascimento do mundo capitalista com o modo de produção capitalista
(Produção em massa e assalariados) - E o Advento da Reforma
Protestante.
O final deste período da história humana termina com o
aparecimento da Idade Contemporânea, consensualmente definida
como tendo começado com a Revolução Francesa no dia 14 de Julho
de 1789.
4a. Idade Contemporânea
Compreende de 1789 até aos dias atuais. Envolve conceitos tão
diferentes quanto o grande avanço da técnica, os conflitos armados de
grandes proporções e a Nova Ordem Mundial.
Desenvolvimento das artes plásticas e da cultura sob uma nova
perspectiva (humanismo), principalmente com o Renascimento
Cultural.
Amplo desenvolvimento científico (Astronomia, Engenharia,
Matemática, Anatomia, Biologia, etc.) no contexto do Renascimento
Científico.
Foi dentro desse período que surgiu o iluminismo (Séc XVII). Que
deixou marcas tão profundas que até hoje afetam o pensamento
ocidental:
• Eles valorizavam a razão acima de tudo, julgavam o mais importante
instrumento para conseguirem alcançar o conhecimento.
• Estimulavam o questionamento, a investigação e a experiência
como forma de conhecimento da natureza, sociedade, política,
economia e o ser humano.
• Partindo da ideia da educação para todos, idealizaram e
concretizaram a ideia da Enciclopédia (que foi impressa entre 1751 e
1780), uma obra com 35 volumes, contendo - em resumo - todo o
conhecimento que existia até então.
• John Locke (1632 - 1704):
• Montesquieu (1689 - 1755):
• Voltaire (1694 - 1778):
• Rousseau (1712 - 1778):
a) A pós-modernidade é um conceito da sociologia histórica que
designa a condição sociocultural e estética dominante após a queda do
Muro de Berlim (1989), o colapso da União Soviética, e, a crise das
ideologias nas sociedades ocidentais no final do século XX.
Algumas escolas de pensamento situam sua origem na suposta
falência do projeto moderno, que dominou a estética e a cultura até
final do século XX. Em A Condição Pós-Moderna, François Lyotard
caracteriza a pós-modernidade como uma decorrência da morte das
”grandes narrativas” totalizantes, fundadas na crença no progresso e
nos ideais iluministas de igualdade, liberdade e fraternidade.
Outros, porém, afirmam que a pós-modernidade seria apenas uma
extensão da modernidade, período em que, segundo Benjamin, ocorre
a perda da aura do objeto artístico em razão da sua reprodução
técnica, em múltiplas formas: cinema, fotografia, vídeo, etc..
O crítico brasileiro Mário Pedrosa "afirmou que chegamos ao fim
do que se chamou de arte moderna (...), os critérios de juízo para
apreciação já não são os mesmos (...) Estamos agora em outro ciclo,
que não é mais puramente artístico, mas cultural, radicalmente
diferente do anterior e iniciado, digamos, pela pop art. A esse novo
ciclo de vocação antiarte, chamaria de arte pós-moderna.
A era Pós-moderna foi altamente caracterizada pelo "espetáculo”.
b) Modernidade Líquida - Sygmunt Bauman
É uma época de liquidez, de fluidez, de volatilidade, de incerteza e
insegurança. É nesta época que toda a fixidez e todos os referenciais
morais da época anterior, denominada pelo autor como modernidade
sólida, são retirados de palco para dar espaço à lógica do agora, do
consumo, do gozo e da artificialidade.
Antes de Bauman criar o conceito de modernidade líquida, já
Marx e Engels caracterizavam a modernidade como o processo
histórico que derretia todas as instituições de outras épocas, como a
família, a comunidade tradicional, e, a religião!
Modernidade imediata é "líquida” e "veloz”, mais dinâmica que a
modernidade "sólida” que suplantou. A passagem de uma a outra
acarretou profundas mudanças em todos os aspectos da vida humana.
A modernidade líquida seria ”um mundo repleto de sinais confusos,
propenso a mudar com rapidez e de forma imprevisível”...
Na sociedade contemporânea, emergem o individualismo, a
fluidez e a efemeridade das relações. "Vivemos em tempos líquidos.
Nada foi feito para durar”.
Bauman não utiliza o termo pós-modernidade. Ele cunhou o
conceito de "modernidade líquida” para definir o tempo presente.
Escolheu a metáfora do "líquido” ou da fluidez como o principal
aspecto do estado dessas mudanças. Um líquido sofre constante
mudança e não conserva sua forma por muito tempo.
As formas de vida contemporânea, segundo o sociólogo polonês,
se assemelham pela vulnerabilidade e fluidez, incapazes de manter a
mesma identidade por muito tempo, o que reforça um estado
temporário e frágil das relações sociais e dos laços humanos.
Essas mudanças de perspectivas aconteceram em um ritmo
intenso e vertiginoso a partir da segunda metade do século XX. Com
as
tecnologias, o tempo se sobrepõe ao espaço. Podemos nos
movimentar sem sair do lugar. O tempo líquido permite o instantâneo
e o temporário. Segundo o sociólogo, a marca da pós-modernidade é
a própria vontade de liberdade individual, princípio que se opõe
diretamente à segurança projetada em torno de uma vida estável. A
modernidade líquida seria ”um mundo repleto de sinais confusos,
propenso a mudar com rapidez e de forma imprevisível”.
A sensação de liberdade individual foi atingida e todos podem se
considerar mais livres para agir conforme seus desejos. Mas essa
liberdade não garante necessariamente um estado de satisfação. Ela
também exige uma responsabilidade por esses atos e joga aos
indivíduos a responsabilidade pelos seus problemas.
Para Bauman, somos impulsionados pelo desejo, um querer
constante que busca novas formas de realizações, experiências e
valores. O prazer é algo desejado e como ele é uma sensação
passageira, requer um estímulo contínuo. À medida em que o futuro
se torna incerto, o sentimento coletivo dominante é que se deve viver
o momento presente e exclusivamente para si.
Dessa instabilidade e ausência de perspectiva também nasce uma
angústia. A incerteza diante do futuro pode explicar o aumento do uso
de antidepressivos e a intensa busca por entretenimento como formas
de afastar essa sensação. Em muitos casos, essa angústia resulta na
paralisia da ação, na incapacidade de agir. Ao lidar com uma
insegurança, muitas vezes o indivíduo se recusa a assumir
responsabilidades gerando uma paralisia do ser. c)
Hipermodernidade
Hipermodernidade, é o conceito criado pelo filósofo francês Gilles
Lipovetsky para se referir às sociedades atuais, marcadas pelo
paradoxo que combina, ao mesmo tempo, uma cultura do excesso e
um elogio à moderação.
Tudo se torna "hiper”: hipermercado, hiperclasse,
hipercapitalismo, hiperpotência, hiperterrorismo, hipertexto,
hiperpornografia, hiperurbarnismo etc. Tudo é elevado à maior
potência, por um senso de consumo em massa, Lipovetsky nomeia
como “sociedade-moda”, que toma lugar da sociedade rigorosamente
disciplinar.
Na sociedade-moda, forja-se uma sociedade que busca sempre
pelo novo e que tem como pressuposto essa incessante inovação. Se
as sociedades tradicionais eram pautadas numa repetição de um
modelo do passado, a sociedade regida pelo sistema-moda é movida
pela transformação rápida e desesperada - a regra passa a ser, ao invés
da repetição de um modelo mais ou menos projetado, a repetição da
transformação. A regra é a inovação.
Esboçadas as características principais da hipermodernidade,
especialmente no que concerne ao consumo exacerbado, pautado por
um modo de vida hedonista, que cultua frivolidades como modo
alcançar a felicidade.
Na hipermodernidade se verificam formas de revalorização das
relações humanas (dos vínculos afetivos) a demonstrar que a vida em
sociedade pode ser conformada por valores humanistas
democráticos. Nesse contexto, em meados do século XX surge um
novo modelo de Estado,
conjugando democracia e direito, erigido sob o prisma axiológico dos
direitos humanos (direitos fundamentais), estabelecendo uma ordem
objetiva de valores que se voltam precipuamente à proteção e à
promoção da dignidade da pessoa humana e a assegurar a aspiração,
absolutamente legítima, de busca da felicidade por parte dos
indivíduos.

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