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COMPORTAMENTAL
EMOÇÕES NA DEPRESSÃO
São Paulo
2016
TEREZINHA PIRES QUEIROZ
EMOÇÕES NA DEPRESSÃO
São Paulo
2016
QUEIROZ, Terezinha Pires
A Terapia Cognitivo Comportamental Focada Em Emoção para
Tratamento da Depressão – revisão bibliográfica – 2016
38 f. + CD-ROM
EMOÇÕES NA DEPRESSÃO
BANCA EXAMINADORA:
Parecer:_____________________________________________________________
Professor____________________________________________________________
Parecer:_____________________________________________________________
Professor(a)__________________________________________________________
The evils of mind are the most harmful and limiting between all groups of diseases,
and depression is the most disabling of all, affects the family, steals from the
economy to energy, labor and talent of the people. To the understanding of this
pathology and forms of treatment were conducted bibliographic research, texts and
scientific articles and cognitive-behavioral therapy focused on Emotion, in order to be
more easily identified than the thoughts. To the understanding of this factor, was
carried out study of the Emotions, of the techniques that the CBT uses to normalize
them, of pharmacological treatment which greatly helps in stabilizing the depressive
symptoms.
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 8
2 OBJETIVO ............................................................................................................ 10
3 METODOLOGIA ................................................................................................... 11
4 RESULTADOS ...................................................................................................... 12
4.1 Conceito de Depressão ................................................................................ 12
4.2 Emoção, sentimento, humor ......................................................................... 17
4.3 A Terapia Cognitivo Comportamental focada em emoção para o tratamento
da depressão ........................................................................................................ 20
4.3.1 Regulação Emocional nos Processos Psicoterapêuticos ................... 22
4.4 Farmacoterapia e emoção ............................................................................ 30
5 DISCUSSÃO ......................................................................................................... 33
ANEXOS ................................................................................................................... 38
8
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVO
3 METODOLOGIA
4 RESULTADOS
Esses relatos são semelhantes ao que temos hoje nas descrições dos
sintomas depressivos: humor (triste, consternado, inútil), autopunições (“o
amaldiçoado, odiado pelos deuses”), comportamentos autodepreciativos (“enrolado
em trapos imundos”, “rola nu sobre a sujeira”), desejo de morrer, sintomas físicos e
vegetativos (agitação, perda de apetite, insônia) e delírios de ter cometido pecados
imperdoáveis. Segundo Beck poucas são as síndromes psiquiátricas com descrições
clínicas tão precisas e permanentes (BECK; ALFORD, 2011).
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aqueles com sintomas mais graves e com comorbidades (a existência de outra (s)
doença (s) além do distúrbio primário) (DSM-5, 2014).
O risco de recorrência é mais baixo à medida que aumenta a duração da
remissão. O risco é mais alto em quem teve um episódio anterior grave naqueles
que passaram por múltiplos episódios. A persistência de sintomas ainda que leves é
forte preditor de recorrência. Depressões em idades precoces (infância e
adolescência) tem mais probabilidade de desenvolver transtorno de personalidade
(DSM-5, 2014).
Existe a probabilidade de tentativas de suicídio durante os episódios
depressivos maiores, principalmente quando há histórico de ameaças e tentativas,
embora as estatísticas de suicídios completos não estejam associadas a tentativas
anteriores. A presença de transtorno borderline aumenta o risco de tentativas. O
risco de suicídio completo é maior no sexo masculino, ser solteiro ou viver sozinho e
ter sentimentos acentuados de desesperança (DSM-5, 2014; BECK; ALFORD,
2011).
A prevalência de depressão em mulheres é de duas a três vezes maiores do
que em homens, segundo estudos realizados em diferentes países (FLECK et al.,
2003).
Os familiares de primeiro grau de indivíduos com TDM tem risco de 2 a 4
vezes mais de desenvolver a doença que a população em geral, os riscos são mais
altos para as formas de início precoce e recorrente. A herdabilidade é de
aproximadamente 40%, e o traço de personalidade neuroticismo (afetividade
negativa) somado a eventos estressores tais como morte de pessoas importantes
para o indivíduo (principalmente em idade precoce), assalto, sequestro, estupro,
desemprego, doenças, problemas conjugais, divórcio, financeiro, no trabalho, com
drogas, e outros, são fortes preditores do desenvolvimento do transtorno depressivo
maior (DSM-5, 2014; FEITOSA, 2014).
As doenças depressivas podem alterar em maior ou menor grau o
desempenho das atividades do indivíduo, seja na esfera profissional, escolar, social
ou familiar. No início, a maioria das pessoas ainda conseguem desempenhar suas
funções, mas à medida que a doença progride isso vai se tornando cada vez mais
difícil. As perturbações nas esferas afetivas, cognitivas, motivacionais e fisiológicas,
incapacitam ou dificultam muito a produtividade do indivíduo com TDM, outro fator
17
agravante é que esses indivíduos têm mais dores e doenças físicas, aumentando as
licenças médicas, absenteísmo e afastamentos (DSM-5, 2014).
Segundo Beck e Alford (2011) o transtorno depressivo maior é a principal
causa de invalidez nas economias de mercado consagrados ao redor do mundo.
As Diretrizes da Associação Médica Brasileira para o tratamento da depressão
(2003) afirmam que é um transtorno incapacitante e que comparada às principais
condições médicas crônicas só tem equivalência ás doenças isquêmicas cardíacas
graves.
Os sentimentos não são uma mera decoração das emoções, qualquer coisa
que possamos guardar ou jogar fora. Os sentimentos podem ser e,
geralmente são, revelações do estado da vida dentro do organismo.
[...] considerando a vida como uma acrobacia na corda bamba, a maior
parte dos sentimentos são expressões de uma luta contínua para atingir o
equilíbrio. [...] na existência do dia a dia os sentimentos revelam,
simultaneamente, a nossa grandeza e a nossa pequenez (SENE-COSTA,
2011).
equilíbrio, e o sentimento nos induz a fazer o que for necessário para retomarmos o
equilíbrio (psicologado.com/psicologia-geral/introdução as-emoções).
Emoção numa perspectiva cognitiva é determinada pelo modo como
representamos a situação e pela avaliação pessoal que lhe damos. Essa
interpretação depende dos nossos quadros cognitivos e da nossa história pessoal
que nos induz numa interpretação da situação. As emoções não devem ser tratadas
como fatos embora possamos validá-las ou não, sentimos raiva porque temos uma
razão para isso ou não deveria estar com raiva, estamos felizes porque algo de bom
aconteceu ou estou feliz apesar da situação não ser tão boa (LEAHY, 2013).
Ainda segundo Leahy (2013) apesar das emoções terem duração
relativamente breve, elas podem se autoperpetuar. Quando uma emoção persiste
durante dias, ela se torna um estado de humor. Diferente das emoções, os estados
de humor necessitam de eventos causadores claros. Os estados de humor duram
dias, meses e anos. A depressão é um estado de humor, mas a tristeza é uma
emoção.
De acordo com Sadock e Sadock (2007), humor é uma disposição de ânimo,
aparece sempre com adjetivo bom e mau; bom humor, mau humor, logo é um estado
emocional que é experimentado e relatado de forma subjetiva e observado pelas
pessoas ao redor. Pode ser representado por humor eutímico (estado normal do
humor); disfórico (humor desagradável, inquieto); expansivo (expressão exagerada
de humor, sem limitações, superestimado); depressivo (sentimento psicopatológico
de tristeza); irritável (sentimento de incômodo, de hostilidade, raiva). (SENE-COSTA,
2011).
Segundo Lara, (2004) o que define se o humor está sadio é o quanto ele está
adequado a situação real (SENE-COSTA, 2011).
De acordo com Vaitsman (1998) “os alicerces da vida emocional começam no
cérebro e se estendem ao sistema imunológico”. Pesquisas feitas pelos
neurocientistas Antônio Damásio e Joseph LeDoux, indicam que a maioria das
emoções – como a raiva e o medo – têm origem bioquímica. As pesquisas de
LeDoux sobre o funcionamento cerebral explicam, por exemplo, que alguém seja
capaz de detectar o perigo antes mesmo que uma situação de ameaça aconteça.
Isso significa que a reação bioquímica é anterior a emoção (LOPES, 2011).
Para Ballone (2005):
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esses pacientes tiveram significativas melhoras. Transmitiu seus achados para seus
residentes que aplicaram em seus pacientes e constataram a eficácia do método,
estava nascendo uma nova abordagem para tratamento da depressão (BECK,
1967).
Continuando suas investigações, Dr. Beck chegou a compreensão de que os
pacientes tinham pensamentos automáticos negativos sobre si mesmos, atribuindo-
se qualificações negativas e que tinham o mesmo raciocínio em relação ao outro (as
pessoas não apreciam o que meu trabalho) e do mundo tendo uma visão negativa
do futuro implicando em desesperança (As coisas nunca vão melhorar). Essa tríade
cognitiva negativa em momentos de estresse acompanhado de predisposição
genética combinada com fatores ambientais, sociais e psicológicos culminariam,
numa depressão. Nesse estado o paciente potencializa suas frustrações e minimiza
suas realizações.
Uma descoberta leva a outra e verificou-se que a tríade cognitiva não se
limitava apenas a depressão, mas a tantos outros transtornos mentais (BECK,
1967).
A depressão afeta o ser humano num todo, sua saúde física e mental, bem
como família, trabalho, estudos e relações sociais ficam totalmente comprometidos
como resultado de emoções negativas em ebulição (BECK; ALFORD, 2011)
Felizmente a Farmacoterapia e a TCC ajudam a estabilizar os sintomas
somáticos e as emoções para poder adequar os pensamentos e crenças à realidade
e assim, ajudar o paciente a voltar a funcionar em níveis menos sofríveis. É
propósito desse trabalho compreender como a terapia cognitiva comportamental
trabalha com as emoções na depressão que é uma doença multifacetada (BECK;
ALFORD, 2011).
As distorções depressivas representam o modo como o paciente interpreta os
eventos da vida e estão relacionadas com a tríade cognitiva do indivíduo (visão de si
mesmo, do outro e do mundo) essas representações distorcem a realidade de tal
forma que parecem naturais, verdadeiras; elas são consequências de regras e
pressupostos absolutistas e inflexíveis, que são aprendidos na infância e reforçados
ao longo da vida do indivíduo, formando crenças centrais que modelam os estilos
de pensamentos e promovem erros cognitivos (BECK; ALFORD, 2011).
Estas são as principais distorções depressoras: Inferência Arbitrária
(conclusão antecipada e com poucas evidências), Abstração Seletiva (tendência da
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A atenção plena aumenta a aceitação das emoções tal como elas são e no
momento que surgem sem fazer julgamentos e sem tentativas de controlar ou
suprimir, mas tão somente tolerar e experimenta-las. Envolve prestar atenção nas
experiências de forma diferente do habitual, uma observação focada e flexível, de
momento a momento, do fluxo de pensamentos, sentimentos e sensações corporais
que se apresentam e que temos consciência. Passamos a experimentar os
pensamentos como pensamentos (e não fatos), emoções como emoções (não como
verdades) e as sensações físicas como sensações físicas; toda essa percepção
deve ocorrer sem julgamentos (LEAHY; TIRCH; NAPOLITANO, 2013; KABAT-ZINN,
2010 apud WILLIAMS; PENMAN, 2015).
A meditação com atenção plena contrasta com “modo de fazer” e “modo de
ser”. Quando fazemos nossas atividades objetivando metas, tentando efetuar
mudanças no meio e correr atrás de objetivos, podemos dizer que estamos
operando no “modo de fazer”. Segal et al. (2002) ressaltaram que o “modo fazer”
entra em ação quando a mente não está satisfeita com o estado da realidade que se
encontra. Quando desejamos obter o que não temos ou afastar o que não
queremos, nossas mentes entram nesse modo. Um sentimento ou impulso negativo
é ativado, e a mente entra em ação, com base nos padrões habituais de
pensamento, sentimento e comportamento para atingir o objetivo (LEAHY; TIRCH;
NAPOLITANO, 2013).
Quando tentamos suprimir sentimentos, pensamentos e eventos mentais, eles
com frequência se intensificam e se apresentam mais repetidamente na consciência
(WEGNER; SCHNEIDER; CARTER; WHITE, 1987, apud LEAHY; TIRCH;
NAPOLITANO, 2013).
5 DISCUSSÃO
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BECK, Aaron T. et al. Terapia Cognitiva da Depressão. Porto Alegre: Artmed, 1997.
BECK, Aaron T., ALFORD, Brad A., Depressão: Causas e Tratamento. 2ª ed. Porto
Alegre: Artmed, 2011.
DEL PORT0, José Alberto. Conceito e Diagnóstico, Ver. Bras. de Psiquiatria, v. 21,
Supl. 1.06.11, Mai., 1999. Disponível em: <httt:/www.scielo.br/scielo.php? script=sci.
arttext&pid=S1516-44461999000500003&Ing=em&nrm=iso>. Acceso em: 01 Set. 16.
http://dx.doi.org/10.1590/s 1516 44461999000500003.
GUZ, Isac, Depressão: O que é e como se diagnostica e trata. São Paulo. ed. Roca.
1990
ANEXOS
partes são de minha autoria e que fui devidamente informado da responsabilidade autoral
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Terezinha Pires Queiroz