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CURSO DE DIREITO

JOSÉ TARCISIO BATISTA FEITOSA JÚNIOR

A violação dos direitos da criança e do adolescente e a atuação da Secretaria de


Estado da Educação da Paraíba em caráter preventivo.

JOÃO PESSOA
2017
JOSÉ TARCISIO BATISTA FEITOSA JÚNIOR

A violação dos direitos da criança e do adolescente e a atuação da Secretaria de Estado


da Educação da Paraíba em caráter preventivo

Projeto de Pesquisa elaborado para a


inscrição no processo de orientação de
TCC, supervisionado pelo Núcleo de
Monografias Jurídicas do Centro
Universitário de João Pessoa, como
requisito obrigatório para a elaboração do
TCC.

JOÃO PESSOA
2017
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 3
2 JUSTIFICATIVA .................................................................................................................. 4
3 PROBLEMA .......................................................................................................................... 5
4 OBJETIVOS .......................................................................................................................... 5
4.1 GERAL ............................................................................................................................. 5
4.2 ESPECÍFICOS ................................................................................................................. 5
5 REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................ 6
6 METODOLOGIA.................................................................................................................. 6
7 CRONOGRAMA ................................................................................................................... 8
8 BIBLIOGRAFIA SUGERIDA ............................................................................................. 9
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1 INTRODUÇÃO

Há vários crimes cometidos contra crianças e adolescente, a exemplo da pedofilia,


exploração sexual, tráfico e desaparecimento para diversos fins, exploração de trabalho infantil, etc.
Esses crimes estão previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente e no Código Penal Brasileiro,
porém a necessidade de sua identificação é um dos principais desafios para o combate da prática.
A escolha do tema perpassa na vulnerabilidade que crianças e adolescente têm nos crimes a
elas cometido e muitas vezes escondidos por questões como medo, desconfiança e vergonha. Muito
embora o Código Penal Brasileiro e o Estatuto da Criança e do Adolescente prevejam todo o amparo
legal e denotem apoio do Estado às vítimas destes crimes, a falta de conhecimento destes provocam
sensação de impunibilidade por parte dos agressores e destorcem o conceito de vitimização dos que
sofrem estes abusos.
Neste sentido, acreditamos que o Sistema Público de Educação, especificamente a
Secretaria de Estado da Educação da Paraíba pode funcionar como agente disseminador de direitos
e como primeiro identificador de possíveis abusos, através de programas que tratem deste tema nas
Escolas.
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2 JUSTIFICATIVA

Discutir sobre a violência infligida sobre crianças e adolescentes e o papel que a Rede
Educacional – neste caso a estadual – tem no combate a este mal é lastreada na necessidade que
temos em nos proteger, enquanto sociedade, de nós mesmos e de nossas ações animalescas.
Diuturnamente mais e mais crianças são postas em situações de degradação de dignidade,
sofrendo as mais plurais formas de violência. Têm sua integridade emocional, psicológica,
social e, sobretudo, a integridade física lesada, consciente e inconscientemente, por uma
sociedade que deveria existir para as proteger e promover a formação de seu caráter e
personalidade.
A criança, como ser em formação, denota de uma fragilidade inerente, que a impossibilita de
se auto defender ou de buscar ajuda de forma mais eficaz e aberta. A dependência é uma
característica própria, a timidez também lhe é peculiar, e todo este contexto favorece para que
delinquentes lhes infrinjam toda espécie de atrocidades.
Neste contexto, o Estado, mediante o poder legiferante, busca proteger essa parcela significativa
da população, unindo a isto seu poder de polícia, quando necessário, de forma a coibir as
práticas abusivas contra crianças e adolescentes. Porém, observamos que além de um trabalho
ostensivo e disciplinador, a atuação estatal será melhor aproveitada aliando uma abordagem
preventiva e conscientizadora, utilizando-se do aparato educacional para fortalecer não só às
potenciais vítimas como toda sua conjuntura.
Consideramos de suma importância que se invista recursos dos mais diversos, de forma pensada
e organizada, para que no ambiente onde as crianças e adolescentes passam a maior parte de
seu tempo sejam orientadas quanto a seus direitos, quanto ao que podem fazer quando estes
forem desrespeitados. A trabalhar nelas o protagonismo e a confiabilidade no poder estatal em
ajuda-las quando em perigo e, ao mesmo tempo, trabalhar com os núcleos familiares,
devolvendo a eles um ambiente em que possam se desenvolver e se promover com dignidade.
Pesquisar o que se tem feito no âmbito da Secretaria de Estado da Educação no sentido de
prevenir e coibir as diversas violências provocadas a crianças e adolescentes, dialogar sobre o
que está previsto na legislação vigente que trata dos casos explicitados e se esta legislação tem
sido aplicada e obedecida no âmbito executivo através nas unidades escolares, bem como
identificar e sugerir políticas públicas que corroborem para a promoção de uma cultura de paz
e desenvolvimento sadio às famílias e aos discentes deve não apenas ser uma ação acadêmica,
mas uma constante na busca de uma sociedade mais consciente e justa consigo e com seu futuro.
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3 PROBLEMA
A Secretaria de Estado de Educação da Paraíba tem realizado algum trabalho preventivo
contra violações dos direitos das crianças e dos adolescentes?

4 OBJETIVOS

4.1 GERAL

a) Discutir quais os trabalhos desenvolvidos pela Secretaria de Estado da Educação, de


forma preventiva, no combate aos crimes que envolvem crianças e adolescentes.

4.2 ESPECÍFICOS
a) Pesquisar os principais crimes que vitimam crianças e adolescentes;
b) Indicar como a legislação vigente trata tais crimes;
c) Investigar o papel da Secretaria de Estado da Educação na prevenção de repressão dos
crimes contra crianças e adolescentes;
d) Investigar se há indícios de crimes cometidos contra crianças e adolescentes
diagnosticados pela Rede Estadual de Ensino e como estes são tratados;
e) Discutir leis, projetos e ações desenvolvidas no âmbito da Secretaria de Estado da
Educação na prevenção dos crimes contra crianças e adolescentes.
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5 REFERENCIAL TEÓRICO

No silêncio provocado por ameaças e motivado pela vergonha e desconfiança, são


cometidas diuturnamente violências das mais variadas formas contra crianças e adolescentes.
E, como mecanismo de defesa e retaliação da sociedade a este mal por ela mesmo
provocada, o Direito assume o papel de regulamentar, fiscalizar e punir tais condutas análogas
a condição humana e a convivência harmônica entre seus indivíduos.
Quando colocamos o ato de violência contra crianças e adolescentes como atitude
análoga à condição humana, baseamos na característica de coisificação do agredido por seu
agressor, ou seja, há um total desconhecimento da condição humana do agredido, passando a
ser apenas um objeto de imposição do poder pelo agressor.
Guerra situa a violência contra crianças e adolescentes nas relações entre os sujeitos.
Para ela, violência é:
[...] todo ato ou omissão praticado por pais, parentes ou
responsáveis contra crianças e/ ou adolescentes que – sendo capaz
de causar dano físico, sexual e/ou psicológico à vítima – implica, de
um lado, uma transgressão do poder/dever de proteção do adulto e,
de outro, uma coisificação da infância, isto é, uma negação do direito
que crianças e adolescentes têm de ser tratados como sujeitos e
pessoas em condição peculiar de desenvolvimento. (GUERRA,
1998, p. 32).

A autora defende que todo ato ou omissão pode ser considerado como violência, e,
portanto, chama a atenção da sociedade para compartilhar dos cuidados e proteger as crianças
que estão com seus direitos transgredidos.
Neste sentido, entendemos que a Rede Educacional é a primeira trincheira de combate a
esse fenômeno social, e tem o papel de cientificar e orientar os educandos aos seus direitos e
como se defender deles quando estiverem em condição de vítimas.
O papel da Escola passa a ser preponderante e essencial para o combate à violência contra
crianças e adolescentes, pois o conhecimento de suas multifacetadas formas e a identificação
de possíveis vítimas para encaminhamentos necessários são ferramentas essenciais em busca
da erradicação deste mal social.
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6 METODOLOGIA

Esta segmentação trata dos aspectos atinentes à metodologia de pesquisa sobre quais
trabalhos desenvolvidos pela Secretaria de Estado da Educação, de forma preventiva, visando
o combate aos crimes que envolvem crianças e adolescentes. Para tanto, explicitaremos a
natureza da vertente metodológica como: método de abordagem, o método de procedimento e,
também, a pesquisa quanto ao objetivo geral, quanto ao procedimento técnico e a técnica de
pesquisa. Desse modo, passemos agora à explicação de cada um desses aspectos.
A natureza da vertente metodológica desta pesquisa terá uma abordagem qualitativa.
Isso se justifica em virtude do tema, qual seja, a violação dos direitos da criança e do adolescente
e a atuação da secretaria de estado da educação em caráter preventivo, possuir um cunho
estritamente social, tendo em vista ser bastante preocupante que crianças e adolescentes estejam
inseridas em situações de degradação de dignidade, sofrendo as mais plurais formas de
violência, com sua integridade emocional, psicológica, social e, sobretudo, a integridade física
lesada, consciente e inconscientemente, por uma sociedade que deveria existir para as proteger
e promover a formação de seu caráter e personalidade.
O método utilizado para essa pesquisa será o hipotético-dedutivo, de maneira que serão
analisadas as várias formas de possíveis soluções para essa problemática ora em questão no
contexto da atuação da escola e dos meios por ela empregados para educação e informação.
Também serão empregados argumentos que reforcem essas possíveis soluções e, não menos
importante, serão examinados casos práticos para sedimentar toda a ideia que será construído
ao longo do texto.
Se recorrerá ao método Funcionalista como procedimento, pois sendo ele mais
interpretativo do que investigativo, parte do pressuposto que a sociedade é formada por partes
componentes diferenciadas e interdependentes. Sendo assim, ao se estudar a função de cada
ente nesta problemática – crianças e adolescentes, escola, professores e Estado – poderemos
indicar qual desses atores tem faltado em sua função para dirimir e atacar a problemática aqui
abordada e propor meios pelos quais possamos chegar a alcançar a solução pretendida.
Em se tratado da classificação da pesquisa quanto ao objetivo geral, será utilizado a
pesquisa explicativa, tendo em vista que esse tipo de pesquisa racionaliza a questão dos
fenômenos, uma vez que identifica os fatores que contribuem para a ocorrência destes ou
variáveis que afetam o processo. E, pelo fato desta modalidade está alicerçada nos métodos
experimentais, encontra-se mais direcionada para as ciências físicas e naturais e, mesmo que a
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margem de erros seja relevantemente presente, sua contribuição é considerável, por sua
praticidade na aplicação.
Em relação à classificação da pesquisa quanto ao procedimento técnico, optar-se-á pela
pesquisa com survey, pois busca informação diretamente com um grupo de interesse a respeito
dos dados que se deseja obter. Trata-se de um procedimento útil, especialmente em pesquisas
exploratórias e descritivas (SANTOS, 1999). Para tanto, buscar-se-á dialogar com os atores da
problemática para explicitar e colher informações quanto à problemática, objeto de pesquisa.
A técnica de pesquisa escolhida para esse trabalho é a entrevista, visto proporcionar
coleta de dados na qual as perguntas são formuladas e respondidas oralmente. Trata-se,
portanto, de uma conversação metódica, que proporciona ao entrevistador as informações
solicitadas.
Neste sentido, esperamos ter apresentado estratégias metodológicas substanciais e
pertinentes para a realização desta futura pesquisa acerca dos trabalhos desenvolvidos pela
Secretaria de Estado da Educação, de forma preventiva, no combate aos crimes que envolvem
crianças e adolescentes.

7 CRONOGRAMA
Meses / 2016
ATIVIDADES Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Levantamento dos
x x
materiais bibliográficos
Leitura e análise crítica
x x x
do material
Primeiras atividades sob
x x
Orientação
Elaboração de
questionários ao público x
envolvido
Pesquisa de campo
x x
(coleta de informações)
Organização e seleção
x
do material (Orientação)
Execução do trabalho
(digitação e x x
diagramação)
Conclusões necessárias
x
para impressão
Apresentação x
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8 BIBLIOGRAFIA SUGERIDA

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) - instituído pela Lei nº 8.069, de 13 de


julho de 1990. Disponível em: Acesso em: jan. 2015.

BRASIL. Secretaria de Direitos Humanos. Dados de abuso sexual de crianças e adolescentes:


Disque 100. Brasília: SDH, 2014. Período de 2016 a 2017

CRUZ, Silvia Helena Vieira (Org.). A criança fala. São Paulo: Cortez, 2008. FALEIROS,
Vicente de Paula;

FALEIROS, Eva Silveira. Escola que protege. Brasília, DF: Ministério da Educação/SECAD,
2007.

FOUCAULT, Michel. O sujeito e o poder. In: DREYFUS, Hubert L.; RABINOW, Paul. Michel
Foucault: uma trajetória filosófica para além do estruturalismo e da hermenêutica. Rio de
Janeiro: Forense Universitária, 1995. p. 231-249.

XAVIER FILHA, Constantina. Violência sexual contra crianças: ações e omissões nas/das
instituições educativas. In: XAVIER FILHA, Constantina. Sexualidade, gênero e diferenças na
educação das infâncias. Campo Grande: UFMS, 2012.

SAFFIOTI, Heleieth I. B. Exploração sexual de crianças. In: AZEVEDO, Maria Amélia


Azevedo; GUERRA, Viviane Nogueira de Azevedo. Crianças vitimizadas: a síndrome do
pequeno poder. São Paulo: Iglu, 2000.

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