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Morfologia Humana I

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Morfologia Humana I

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Morfologia Humana I

Introdução ao estudo da morfologia hu-


mana

Objetivo da Aula
Reconhecer os conceitos anatômicos, os órgãos e os sistemas que constituem o
corpo humano, visando à melhor compreensão da estrutura dele para posteriormente en-
xergá-lo como um todo.

1. Conceito

Morfologia é a ciência que estuda a estrutura do corpo humano, ou seja, a sua con-
formação, a sua forma e seu desenvolvimento. Apresenta uma parte macroscópica, que
compreende a Anatomia Humana (saiba mais sobre o assunto ao final da aula) e uma
parte microscópica, que envolve a Histologia.

E a Histologia? É o estudo dos tecidos que formam os órgãos e sistemas do corpo


humano. Os tecidos são constituídos por um conjunto de células que realizam a mesma
função. Para que esse estudo seja feito, é necessária uma fixação, ou seja, a utilização
de uma substância química que preserve as células como se elas estivessem ainda no
organismo vivo para podermos observá-la ao microscópio.

2. Histórico

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2.1. Divisão do corpo humano

O corpo humano divide-se em cabeça, pescoço, tronco e membros. A cabeça é


constituída por um conjunto ósseo chamado crânio e por uma parte visceral denominada
face. A cabeça está unida ao tronco pelo pescoço. O tronco compreende o tórax, o abdo-
me e a pelve (anteriormente) e a parte posterior do tronco é chamada de dorso. Os mem-
bros são divididos em superiores e inferiores, sendo os membros superiores constituídos
por três segmentos corpóreos: o braço, o antebraço e a mão. Na transição entre o braço e
o antebraço, há o cotovelo e, entre o antebraço e a mão, o punho. Os membros inferiores
também são constituídos por três segmentos: a coxa, a perna e o pé, sendo que, entre a
coxa e a perna existe o joelho e, entre a perna e o pé, o tornozelo.

Observe o esqueleto a seguir e tente localizar esses segmentos descritos.

Figura 01

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2.2. Nomenclatura anatômica

Nome que se dá ao conjunto de termos empregados para designar e descrever


o organismo ou suas partes. Ao designar uma estrutura do organismo, a nomenclatura
atual procura adotar termos que estejam relacionados com a forma; posição ou situação;
trajeto; conexões ou inter-relações; relação com o esqueleto; função, deixando de lado os
epônimos¹ que na Antiguidade produziam uma infinidade de termos repetitivos.

2.3. Posição anatômica

Para evitar o uso de termos diferentes nas descrições anatômicas, considerando-se


que a posição pode ser variável, optou-se por uma posição padrão, denominada posição
de descrição anatômica (posição anatômica). Observe a figura a seguir e faça a descrição
na caixa de texto ao lado (no tema impresso), depois confira as respostas com o professor.

Figura 02

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3. Conceito de variação anatômica e normal

As descrições anatômicas obedecem a um padrão que já incluem a possibilidade


das variações. Esse padrão corresponde ao que ocorre na maioria dos casos, ao que é
mais frequente; para a morfologia o padrão normal é puramente estatístico, baseado no
que predomina nas pessoas.

Podemos, então, chamar de normal ou padrão anatômico o indivíduo que apre-


senta todas as partes que constituem o corpo humano localizadas corretamente.

No entanto, uma simples observação de um agrupamento humano evidencia dife-


renças morfológicas entre os elementos que compõem o grupo. Essas diferenças morfo-
lógicas são denominadas variações anatômicas e podem apresentar-se externamente
ou em qualquer dos sistemas do organismo, sem que isso traga prejuízo funcional para o
indivíduo. Por isso, dizemos que a variação, em Anatomia, é uma constante. (saiba mais
sobre o assunto ao final da aula).

4. Fatores gerais de variação anatômica

a. Idade – notáveis modificações anatômicas ocorrem desde a fase intra-


uterina até a fase senil².

b. Gênero (sexo) – designa masculino ou feminino, não somente referentes


aos órgãos reprodutores, mas a distribuição de gordura corporal, a voz.

c. Etnia (raça) – cada agrupamento humano possui caracteres físicos co-


muns, externa e internamente relacionados às raças branca, negra e amare-
la.

d. Biótipo – é o resultado da soma dos caracteres herdados e dos caracte-


res adquiridos por influência do meio e da sua inter-relação. Distinguem-se
os grupos chamados de longilíneos³, mediolíneos4 e brevelíne-
os5.

Evolução – Influencia o aparecimento de diferenças morfológicas, no decorrer dos


tempos, como foi demonstrado pelos estudos dos fósseis.

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4. Anomalia

Quando a modificação do padrão anatômico causa prejuízo funcional, mas permite


a continuidade da vida do individuo, diz-se que se trata de uma anomalia e não de uma
variação.

5. Monstruosidade

Se a anomalia for acentuada de modo a deformar profundamente a construção do


corpo do indivíduo, sendo, em geral, incompatível com a vida, denomina-se monstruosida-
de. O estudo desse assunto é feito em Teratologia.

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Saiba Mais

Anatomia Humana: A Anatomia Humana estuda o corpo humano por meio da dis-
secação de um cadáver, previamente fixado em soluções apropriadas. Dissecar = cortar
em partes. Visualizamos as estruturas anatômicas a olho nu.

Variações Anatômicas: Quando examinar peças isoladas ou cadáveres, não se


esqueça desse importante conceito citado. Não espere encontrar sempre no seu material
de estudo a reprodução exata de figuras de Atlas ou de livros-textos que estiver utilizando.

Glossário

¹Epônimos: É uma personalidade histórica ou lendária que dá ou empresta o seu


nome a alguma coisa, um lugar, época, tribo, dinastia.

²Senil: Aquele que está velho ou fraco mentalmente

³Longilíneos: Diz-se daquele que possui os membros superiores e inferiores longos


e finos.

4
Mediolíneo ou normolíneo: tem caracteres intermediários aos dois tipos extre-
mos.

5
Brevelíneos: Indivíduos atarracados, em geral baixos, com pescoço curto, tórax de
grande diâmetro ântero-posterior, membros curtos em relação à altura do tronco.

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Referências

VAN DE GRAAFF, K. M. Anatomia humana. 6. ed. Barueri: Manole, 2003. 840 p.

SPENCE, A. P. Anatomia humana básica. 2. ed. Barueri: Manole, 1991.

DÂNGELO, J. G.; FATTINI, C. A. Anatomia humana sistêmica e segmentar. São Paulo:


Atheneu, 2002. 671 p.

WILLIAMS, P. L.; WARWICK, R.; DYSON, M.; BANNISTER, L. H. Anatomia Gray. 37. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1995. 1489 p.

PUTZ, R.; PABST, R. Atlas de Anatomia Humana Sobotta. 21. ed. Rio de Janeiro: Guana-
bara Koogan, 2000. 417 p.

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Anotações

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