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1. Introdução
Para diminuir os males gerados por este crescimento industrial, foram criados mecanismos
para que as chamadas indústrias sujas diminuíssem suas emissões de poluentes, e por
consequência, adoptassem linhas produtivas que impactassem em uma menor destruição do
meio ambiente mundial. Ou seja, que sejam sustentáveis. Dentro desses mecanismos, o que
mais se destaca actualmente, são os Créditos de Carbono, criados a partir da convenção do
Protocolo de Kyoto em 1997.
2.Objectivos
2.1Objectivo Geral
2.2.Objectivos Específicos
3.Metodologia
4.Contextualização
Para exemplificarmos essa situação, podemos citar o caso da Aracruz, uma das maiores
produtoras de celulose do mundo, que gastou milhares de dólares num projecto que foi
rejeitado. Basicamente, o projecto traria a mudança da logística da matéria-prima da empresa,
trocando os camiões por navios. No entanto, tal projecto foi negado, onde a empresa acabou
amargurando prejuízo, pois este nunca foi implementado. No entanto, fugindo dos patamares
das grandes companhias mundiais, a empresa que emite gás carbónico na atmosfera, mas que
não possui valores monetários para iniciar um projecto como o citado acima, poderá assumir
uma metodologia já existente, e assim ganhar o chamado “selo verde”. Neste caso, a empresa
não poderá emitir os créditos de carbono que seriam gerados pela diminuição da emissão de
seus poluentes.
Créditos de Carbono e os paradigmas do desenvolvimento
5.1.Conceitualização
O conceito foi criado em 1997, a partir da assinatura do Protocolo de Quioto. Esse acordo
internacional determinou que os países desenvolvidos precisariam reduzir em aproximadamente
5% as emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) entre 2008 e 2012, em relação aos níveis de
1990.
Porém, do ponto de vista global, todos os países deveriam se preocupar com a redução da
emissão de gases, visto que este é um problema que afecta todo o planeta. Na Conferência do
Clima, realizadas em 2011, novas metas foram determinadas. As nações se responsabilizaram
por reduzir entre 18% e 40% a emissão desses gases até 2020, novamente com base nos dados
registados em 1990. Sendo assim, o principal objectivo do protocolo é favorecer a redução de
gases que provocam o efeito estufa e trazem sérios prejuízos para a sociedade e o meio ambiente.
Nesse sentido, os créditos de carbono funcionam como certificados de comprovação de que uma
empresa ou nação reduziu a emissão de gases. Segundo o acordo, uma tonelada de dióxido de
carbono (CO2) equivale a um crédito de carbono.
Assim, a partir da diferença dos dois cenários, é calculado quanto de carbono deixou de ser
emitido com essa substituição, gerando assim os créditos.
Toneladas de carbono são as medidas utilizadas para contabilizar, as emissões de GEE (gases
efeito estufa). Quando as toneladas de carbono são certificadas (passam por auditoria e são
registadas em algum registo de projectos de carbono) passam a se chamar crédito de carbono. 1
ton de CO2 = 1 crédito de carbono.
Créditos de Carbono e os paradigmas do desenvolvimento
Com a criação do Protocolo de Kyoto, surgiu uma maneira de monetizar a redução de gases do
efeito estufa. Para favorecer a participação dos países, foi criado um mecanismo de flexibilização
em que uma das estratégias estabelecidas foi o MDL — Mecanismo de Desenvolvimento Limpo.
Possibilita que os países interessados possam comprar os créditos de carbono oriundos de
qualquer nação em desenvolvimento que tenha ratificado o protocolo. Logo, um país que não
consegue reduzir a própria emissão poderá comprar crédito, desde que o país
“vendedor” tenha atingido níveis excedentes às cotas estabelecidas.
Adquirir crédito de carbono pode trazer vantagens para o meio ambiente, sociedade e para a
empresa.
Uma grande vantagem de adquirir crédito de carbono é que a empresa beneficia a reputação da
marca, isso porque os clientes passam a reconhecer as acções realizadas pela empresa e
começam a dar mais valor para o negócio. Além disso, esse investimento em acções para
diminuir a emissão de gases do efeito estufa gera maior engajamento dos colaboradores. Eles
passam a ter mais interesse em adoptar práticas que contribuam para a sociedade e a protecção
do meio ambiente.
5.2.1.Benefícios Financeiros
As empresas também têm retorno financeiro quando estabelecem um contrato de compensação por
meio da compra de créditos de carbono. É necessário considerar que, no futuro, isso se transformará
Créditos de Carbono e os paradigmas do desenvolvimento
em commodity, o que trará ainda mais possibilidades de crescimento tanto para a companhia como
para o país.
5.2.2.Sustentabilidade
Quando a companhia cria projectos para promover a sustentabilidade, ela também passa a educar
a sociedade. Com isso, as pessoas começam a consumir de maneira mais racional ao reduzir o
uso de energia eléctrica, diminuir a produção de lixo e o uso de combustíveis fósseis.
Consequentemente, essa acção conjunta favorece a todos ao diminuir a poluição de rios e mares
e o gasto energético.
CH4 – Metano = 21
Créditos de Carbono e os paradigmas do desenvolvimento
Muitas empresas e organizações actualmente compram créditos de GEE para ajudar a cumprir
os compromissos voluntários para reduzir as suas emissões de GEE. Países, organizações ou
empresas, que não mantêm compromissos de redução de emissões, podem participar dos
mercados voluntários e comercializar suas reduções.
Mercados voluntários não valem como redução de metas para os países que assinaram
o protocolo de Kyoto. Como os mercados voluntários não são regulamentados, é importante
tomar cuidado ao comprar créditos dos mesmos.
Verificar se os créditos de carbono foram certificados por uma norma reconhecida garantindo a
qualidade dos créditos;
Barack Obama revelou o consenso de que é necessário uma mobilização mundial para atacar
este problema. Países se comprometeram a colocar em prática medidas para diminuir as
emissões de GEE e as pessoas já entendem que precisam fazer sua parte. Toda actividade
humana acaba gerando emissões de GEE. Diminuir e compensar emissões de GEE é essencial
para frearmos o aquecimento global e suas consequências.
Créditos de Carbono e os paradigmas do desenvolvimento
Ocorre que, para as empresas que desejam auferir lucros com a redução da emissão de seus
poluentes, e assim instituir um no mecanismo limpo, estas deverão seguir as seguintes regras e
requisitos:
6.1.Metodologia
É necessário criar um novo método para calcular a redução de emissão de carbono e submeter
este para aprovação do MDL, ou utilizar um dos mais de oitenta modelos de metodologia
existentes. O projecto necessitará de validação de uma auditoria independente.
6.2.Aprovação
6.3. Registro
O Conselho do MDL analisa o projecto e pode rejeitar o pedido de registro, pedir uma revisão
parcial ou aprovar este.
6.4. Monitoramento
A empresa deverá manter o monitoramento da redução das emissões dos gases de efeito estufa
após o registo, com o acompanhamento de uma auditoria externa.
No entanto, caso a empresa não consiga aprovar seu projecto, poderá efectivar sua entrada na
bolsa do mercado do clima de Chicago (CCX). Desta forma, as empresas que não conseguem
aprovar seus próprios projectos, poderão submeter estes a mercados voluntários, tais como o de
Chicago. Importante ressaltar, que em mercados independentes, estes créditos valem muito
menos que normalmente valeriam, caso o projecto da empresa fosse aprovado.
Créditos de Carbono e os paradigmas do desenvolvimento
Em suma, com a nova ordem mundial que surge ultimamente, a emissão de crédito de carbono
se torna uma alternativa para empresas que procuram injecções de capital em seu negócio, e
que procuram ajudar o meio ambiente mundial neste novo mercado do futuro.
O Protocolo de Quioto (1997, Japão), estabeleceu alguns mecanismos de flexibilização para que
a meta de redução de emissão de gases causadores do efeito estufa (GEE) dos países em
desenvolvimento fosse alcançada.
Como a redução foi conseguida através de um projecto conjunto entre dois países, o beneficiado
pela CERs é especificado no contrato do projecto e, pode inclusive ser os dois países. A JI, por
se tratar de um trabalho conjunto entre dois países, é um mecanismo utilizado (negociado)
unicamente pelo poder público dos países envolvidos.
Caso algum dos países consiga reduzir suas emissões abaixo da cota estipulada pelo protocolo
ele pode vender seu excedente para outro país que ainda não tenha atingido sua cota. Isso pode
ser feito por qualquer país desenvolvido independente do mecanismo utilizado.
Créditos de Carbono e os paradigmas do desenvolvimento
Só em 2006 o mercado de créditos de carbono movimentou cerca de US$30 bilhões, sendo que
deste total US$25 bilhões foram originados de programas implantados na União Europeia, e o
restante, US$5 bilhões, nos países em desenvolvimento.
8.Efeito estufa
O efeito estufa é um processo que faz com que a temperatura da Terra seja maior do que a que
seria na ausência de atmosfera.
Gases como vapor de água, ozono, dióxido de carbono, CFC's (os chamados Gases do Efeito
Estufa – GEE) absorvem parte da radiação infravermelha emitida pela superfície da Terra e
radiam por sua vez parte da energia absorvida de volta para a superfície. Assim, a superfície
recebe quase o dobro de energia da atmosfera do que a que recebe do Sol, ficando cerca de 30ºC
mais quente do que estaria sem a presença desses gases.
A empresa atua nos sectores de tecnologia limpa para reduzir a emissão de gases de efeito estufa
e promover o desenvolvimento sustentável em todos os seus componentes: aspectos ambientais,
sociais e económicos.
ACIONISTAS:
INCHGOWER BV, uma empresa constituída sob as leis da Holanda, com sede em De Boelelaan
7, 1083 HJ Amsterdam, Holanda (70%).
Créditos de Carbono e os paradigmas do desenvolvimento
10.Conclusão
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11.Referencias Bibliográficas