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História
e diferença
História e Documento
Meta da aula
Apresentar a idéia de que o homem não tem natureza, mas sim história.
Objetivos
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:
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INTRODUÇÃO
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“Eu sou assim e não vou mudar”. Será mesmo verdade? Claro
que não. Tudo muda. E muda tanto que, quase sempre, não queremos
mostrar a nossa carteira de identidade por vergonha da foto. Mas
você poderia retrucar que é por causa da aparência, da luz, do
fotógrafo ou simplesmente porque o tempo passou e todo mundo
envelhece, mas, por dentro, continuamos o mesmo. Será?
A dialética da vida
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formulada: de fato, com esse sentido a dialética tem sido – e continua sendo
– usada com frequência.
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A atividade humana é tão criativa que a “pedra”, a despeito da sua qualidade de pedra,
na pena do poeta, ganha outros significados. O poeta brasileiro Carlos Drummond de
Andrade tem entre seus escritos um famosíssimo poema em que a pedra aparece. Leia o
trecho com calma, pausadamente, e experimente a profundidade das palavras no silêncio
do seu espírito.
No meio do caminho
(...)
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Respostas Comentadas
Algumas dentre as possíveis respostas:
Fonte: http://i152.photobucket.com/albums/s164/daniel_staclara/Barcelona/
DSC01264.jpg
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A viagem da história
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Atividade Final
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do seu papel na sociedade. Em certas sociedades têm até sido especialmente prezados.
A República de Platão é, realmente, a afirmação mais convincente da posição honrosa
da homossexualidade. Esta é apresentada como um dos meios mais eficientes para a
consecução da vida perfeita, e o alto apreço ético em que Platão tinha esta relação
era sustentado pelo comportamento habitual na Grécia do período (BENEDICT, 19-,
p. 287-288).
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Respostas Comentadas
a. A alegação supostamente científica de que normal é apenas o relacionamento
sexual entre homem e mulher porque assim a natureza o determinou. A condenação
religiosa que pesa sobre fazer sexo (o pecado da carne), que só é tolerado
quando feito no seio da família e para a procriação.
b. O homem não tem natureza, ele não foi feito para isto ou para aquilo. O homem
é pleno de potencialidades que se desenvolvem e se manifestam em cada época
conforme a organização da sociedade. Tanto é assim que, ao longo do século XX, a
atitude da chamada “civilização Ocidental” mudou substancialmente. Hoje em dia está
estabelecido que o homossexual não é nem anormal nem doente.
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RESUMO
O homem não tem natureza, mas sim história. Isso significa que
o homem é diferença e mudança, que ele se faz e se refaz no processo
social ao longo do tempo. Por isso, não podemos julgar o passado
pelo presente. Esse não é o objetivo da história. A história se esforça
para reconhecer e compreender as diferentes configurações sociais
produzidas pelo homem. A sua riqueza enquanto conhecimento está
em contribuir para a transformação libertadora do homem.
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Aula 5
História e
mudança
História e Documento
Meta da aula
Objetivos
Esperamos que, após o estudo do conteúdo desta aula, você seja capaz de:
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INTRODUÇÃO
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Você notou que nossa linha do tempo havia terminado, e nós nem
existíamos? O que podemos afirmar com certeza é que em 1500 iniciou-se
um processo que podia dar em muitas coisas, que podia percorrer
inúmeros caminhos, sendo um deles o que nos levou ao que somos hoje,
isto é, uma sociedade ocidental, industrial, urbana e burguesa.
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Vou citar uma frase conhecida, que foi repetida por vários
cientistas e, particularmente, pelo filósofo italiano Benedetto
Croce: "Toda história é contemporânea." O passado continua
sendo interpretado, sempre é uma leitura contemporânea que
se faz e, na compreensão do passado, temos de integrar essa
leitura renovada, sempre recomeçada (LE GOFF, p. 263).
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1. Atende ao Objetivo 1
Respostas Comentadas
a. Porque em vez de compreendermos ativamente o processo histórico como sujeitos do
conhecimento seremos, pelo contrário, passageiros passivos da caudal do rio.
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Mas com isso não estamos dizendo que nada mudou entre
1500 e 1889, durante quase 400 anos. Nada muda de uma hora
para outra, e nada permanece igual ao longo do tempo. De fato,
os processos sociais que constituem a história são extremamente
complexos, com diversos sentidos e diferentes ritmos. A semente
da mudança cresce imperceptível sob a aparência de que tudo
permanece o mesmo. A relação entre mudança e permanência é
dialética. Há avanços e retrocessos, impulsos e resistências, o novo
às vezes reforçando o velho, e o velho contribuindo para o novo.
Mudança e permanência, portanto, nunca se apresentam em estado
puro na história. A propósito, em história, nada é puro. Tudo se
prende à determinação do tempo.
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Uma tragédia nacional? Talvez nos dias de hoje, sim, mas não
se pensarmos historicamente. Essa tragédia faz parte da história do
Victor Hugo capitalismo.
Nasceu em 1802, em
Dizer a mudança
Besançon (França).
Filho de militar, foi por escrito é muito difí-
introduzido pela cil. Apresentar as inúme-
mãe no mundo da
ras variáveis e suas conse-
literatura e, ainda
muito jovem, obteve
quências em textos e livros
grande reconhecimento. compreensíveis é em si um
Escreveu romances, grande desafio. Por isso,
poesias, dramas
para mostrar com exce-
teatrais e textos para
jornais, tornando-se lência como as pessoas
o grande nome do de uma sociedade trans-
romantismo francês.
formada experimentam a
Mais tarde, atuou na
política e apoiou o
mudança dos tempos – dos
regime republicano. costumes, dos valores, das
Figura 5.1: Victor Hugo.
Morreu consagrado em relações de trabalho etc. –,
Fonte: http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/7/
1885. Cerca de dois
escolhemos um dos autores 7c/Victor_Hugo.jpg
milhões de pessoas
acompanharam franceses mais célebres:
o seu enterro. Victor Hugo.
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— Dez francos.
— Pode cortá-los.
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— Dois napoleões.
— Quarenta francos!
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— É muito frequente.
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(HUGO, p. 181-185)
2. Atendem ao Objetivo 2
Por que Victor Hugo pôde exclamar: “O pobre não pode chegar até o fim de seu quarto,
nem ao fim de seu destino, sem se curvar cada vez mais!”? Cite a cadeia de mudanças
ocorridas que acometeu Fantine.
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3. Esse é um drama apenas social ou apenas pessoal, ou social e pessoal? Justifique sua
resposta.
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4. Por que Victor Hugo afirma que a escravidão continua a existir na “civilização
européia”?
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Respostas Comentadas
2. Ele produziu uma relação entre o novo quarto de Fantine, que a obrigava a curvar-se para
nele caminhar, e a sucessão de acontecimentos na vida dela que a fez se curvar perante o
mundo. Ela foi forçada a deixar a filha com pessoas desonestas, foi obrigada a vender os
cabelos, foi obrigada a vender os dentes e foi obrigada a prostituir-se.
3. É um drama pessoal e social. Drama social porque o conjunto de escolhas que tinha durante
sua vida era muito reduzido, em virtude de ter nascido pobre assim como sua capacidade de
recuperação; trata-se de um drama pessoal porque suas escolhas erradas dentro do campo
reduzido que tinha a conduziram à destruição.
4. Porque o miserável que luta para sobreviver com um trabalho continua a ser explorado,
e, dependendo do nível em que sua pobreza se encontra, já não é mais dono de sua vida,
é um passageiro na nau da tragédia social, no caso, européia.
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