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FAETAD

17/1/2018 FACULDADE DE EDUCAÇÃO TEOLÓGICA


DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS

PROJETO
ADMINISTRAÇÃO ECLESIÁSTICA

TÍTULO
VOCAÇÃO MINISTERIAL – UM CHAMADO DE DEUS

Edna M. Coutinho Januário

CEREJEIRAS - RO
Administração Eclesiástica Página 01
Matéria

Vocação Ministerial – um Chamado de Deus

Parte I

As Escrituras nos ensina que a base da autoridade e poder em qualquer esfera da


sociedade, seja ele político, administrativo ou religioso, vem de Deus, “porque não há potestade que não
venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus” (Rm 13.1). Deus é a própria fonte do
critério necessário para alguém exercer a verdadeira liderança: a autoridade. Assim sendo, para que o
homem exerça a verdadeira liderança, seja secular ou eclesiástica, necessitaria estar submisso a autoridade
de Deus. Infelizmente, o mundo não reconhece a Soberania de Deus e rebela-se contra Sua autoridade,
entesourando ira para si para o dia da manifestação do Juízo de Deus (Rm2.5; Ef 2.1-3).
Mas, para a igreja de Cristo, cabe àquele que serve a Deus, reconhecer Sua Soberania e
Autoridade e, sinceramente servir a Cristo, principalmente para quem tem um chamado ministerial. O
cristão que recebe um chamado para o ministério tem o privilégio de dedicar o melhor de sua vida a Deus,
de servir ao Seu Reino e à igreja de Cristo, proclamando a palavra de salvação aos homens, mesmo diante
das dificuldades.
O chamado ministerial é o ponto mais relevante no exercício eclesiástico, pois a vocação
ao ministério não é algo que alguém pode tomar para si, mas vem da parte de Deus: “Cada um fique na
vocação em que foi chamado” (ICo 7.20). É Deus quem chama e capacita para o exercício do ministério:
ungiu Davi para ser Rei (ISm 16.13); separou, desde o ventre, o profeta Jeremias (Jr 1.4-10), e enviou o
profeta Isaías (Is 6. 6-9). O Senhor Jesus separou doze homens, apesar de um ser o traidor, para aprender
Dele e dar continuidade na administração de Sua obra; chamou Paulo como vaso escolhido para levar o
Seu nome diante dos gentios, dos reis e dos filhos de Israel (At 9.15,16), e tantos outros dentro da igreja
até aos dias presentes. Mas, todos, indistintamente, submissos ao Senhor da missão e à missão para a qual
foram convocados, contribuíram ou ainda contribuem para o crescimento da Igreja de Cristo e tem por
fim último a glória de Deus.
Portanto, o pastor precisa ter a convicção de seu chamado ministerial, pois quando Deus
chama, Ele espera dedicação, zelo, fidelidade e compromisso daquele que foi chamado, “irmãos, procurai
fazer cada vez mais firme a vossa vocação e eleição; porque, fazendo isto, nunca jamais tropeçareis” (II
Pe 1.10).
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Vocação Ministerial – um Chamado de Deus

Parte II

Paulo diz que, se alguém almeja ser pastor, excelente obra deseja (I Tm 3.1), e as Escrituras
são essências para instruir a conduta pessoal do pastor que irá refletir no comportamento público:
“Convém, pois, que o pastor seja...” (ITm 3.2) “irrepreensível” - correto e verdadeiro diante de Deus e
dos homens. “Servindo ao Senhor” com devoção e inteireza de espírito, amando-O “de todo o coração,
alma, força e entendimento” (Mc 12.33). Manter uma vida devocional disciplinada é responsabilidade do
próprio pastor, uma vez que, para alimentar o rebanho de Deus, ele precisa ser alimentado primeiro,
através do estudo e meditação da Palavra e da oração, a intimidade com o Senhor.
Para ter um ministério eficaz, o pastor precisa estabelecer prioridades. De acordo com
William F. Leach, (Manual de Estudos, pág. 236) são três as prioridades importantes que o pastor deve
comprometer-se: 1.Relacionamento crescente e íntimo com Deus; 2.Relacionamento crescente e pessoal
com a família; 3.Liderança eficazmente a igreja e comunidade para onde foi chamado. Sua vitória depende
da realização de cada tarefa, dentro de seu tempo e horário.com responsabilidade.
Todo pastor deve prestar contas de seu ministério, primeiramente ao Supremo Pastor,
examinando-se a si mesmo (I Co11.28). Prestar contas significa responsabilidade em informar a pessoas
certas sobre sua vida e ministério: grupos de prestação de contas formado por obreiros compromissados
com a verdade bíblica; com a esposa ou amigos com maturidade e experiência ministerial. O tempo e as
adversidades faz com que ele se distancie da prestação de contas, mas ela é importante, pois muitos
pastores evitaram o pecado, fortaleceram o caráter, firmaram amizades e mantiveram o equilíbrio pessoal,
além de desenvolveram a liderança.
O autor David Argue dá cinco dimensões de atividades para ilustrar a prestação de contas:
1.Abertura – mostrar aos outros quem realmente você é; 2.Fechamento – ouvir e guardar o segredo
revelado; 3.Oração – conversa com Deus levando o ferido aos pés de Jesus; 4.Verdade bíblica –
aconselhamento dentro da Palavra de Deus; 5. Acompanhamento – crescimento ou frustações. A entrega
total de sua vida nas mãos do Senhor, e a convicção de sua chamada dá ao pastor autoridade para agir
com sabedoria diante das adversidades e problemas que surgirão durante seu pastoreio na igreja do
Senhor.
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Vocação Ministerial – um Chamado de Deus

Parte III
A busca pelo o sucesso é característica marcante na sociedade atual, sendo desejada por
crentes ou não crentes. Conceituamos sucesso, segundo o padrão secular, como alguém que conseguiu
alcançar fama, ser popular, possuir riqueza, ter reconhecimento ou êxito em alguma coisa. Essas são
características de quem alcançou o patamar do sucesso. O sucesso é passageiro e transitório, pois quem é
famoso hoje, pode não ser amanhã. Para o padrão de Deus essa definição é fraca e imperfeita.
Sucesso, para o padrão de Deus, é estar no centro da vontade dEle. Não é errado ter sucesso,
mas devemos reconhecer a quem dar honra, pois nós, filhos de Deus, fomos transformados pela mente de
Cristo (ICo2.16). Jesus chamou doze homens simples antes que eles O escolhessem (Lc 6.12-16;Jo15.16).
Eram galileus, pessoas comuns e irrelevantes em comparação à fama e reconhecimento dos fariseus,
escribas e sacerdotes. John MacArthur1 relata que “os doze eram como o resto de nós; foram selecionados
dentre os indignos e inaptos. Como Elias, cada um era ‘homem semelhante a nós (Tg 5.17) [...] sua
transformação em vasos de honra foi obra exclusiva do Oleiro”. Entretanto, esses doze homens
alvoroçaram o mundo (At 17.6), pois Deus agiu por meio deles. Foram evangelistas guiados pelos
parâmetros da pregação do Evangelho, realizando a obra com excelência. A glória pertence ao Senhor.
O prof. Gunar Berg, trouxe como parâmetro o profeta Jeremias, destacando nele as
características de sucesso segundo o padrão bíblico. O chamado e vida do profeta Jeremias revela muitas
verdades sobre a ideia de sucesso ou êxito para o padrão de Deus:
 Jeremias foi escolhido antes de formar-se no ventre (Jr1.5): quando Deus escolhe, tudo se faz
novo. Os feitos anteriores ou um currículo de realizações não tem importância. No caso de
Jeremias, nem currículo tinha ainda. A vocação é mais que um currículo.
 Jeremias justifica-se para não pregar (Jr1.6): a vocação e o chamamento é o requisito para o
sucesso da evangelização, não o passado ou presente do homem.
 Jeremias recebe uma ordem precisa (Jr1.7): a excelência ministerial é alcançada pela obediência
total a Deus. Essa é a palavra chave para o sucesso na evangelização: obediência ao Senhor.
1. MacArthur, John, Doze homens extraordinariamente comuns: como os apóstolos foram moldados para alcançar o
sucesso em sua missão / tradução Susana Klasssen, 1ª ed., Rio de Janeiro: Thomas Nelson Brasil, 2016; pág 32.
BIBLIOGRAFIA

BÍBLIA SAGRADA, Nova Versão Internacional, 10ª ed. São Paulo.

BÍBLIA SAGRADA, traduzida por João Ferreira de Almeida, Corrigida e fiel ao texto original. Versão

digital (Freeware), 2010 por Marcelo Ribeiro de Oliveira. http://www.blasterbit.com

MACARTHUR, John, Doze homens extraordinariamente comuns: como os apóstolos foram moldados

para alcançar o sucesso em sua missão / tradução Susana Klasssen, 1ª ed., Rio de Janeiro: Thomas Nelson

Brasil, 2016.

CAMPOS, Josué de; Administração eclesiástica; Manual de Estudos / Josué de Campos; Gunar Berg de

Andrade, organizador e desenvolvedor de ensino. Campinas, SP; FAETAD; 2007.

WIERSBE, Warren W.; SUGDEN Howard F.; Respostas às Perguntas que os pastores sempre fazem;

Tradução James Monteiro; 1ª ed. CPAD; Rio de Janeiro; 2006.

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