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Bixo SP

2018 Semana 05
12____1 6
mar

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Bio. Professor: Brenda Braga
Monitor: Sarah Schollmeier

Bio.
Adaptações à falta de água em 15
animais e plantas Mar

RESUM O

Adaptações à falta de água nos Animais

No grupo dos invertebrados, os insetos foram os primeiros que


conquistaram o ambiente terrestre ou maneira efetiva. Dentre os
vertebrados, os répteis foram selecionados com as adaptações
necessárias.

Revestimento
A pele se apresenta espessa, seca e impermeável nos répteis. Nos
insetos, a presença do exoesqueleto de quitina, além de proteção,
evita a perda excessiva de água.

Reprodução
A fecundação interna permitiu a independência da água
para a união dos gametas. Além disso, nos répteis, anexos
embrionários como âmnio, alantoide e a presença de casca
espessa mantém o embrião com disponibilidade de água.

Excreção
A eliminação de ácido úrico, que ocorre tanto em insetos
como em répteis, é a forma que demanda menor quantidade
de água para a excreção, dada sua insolubilidade. Além
disso, há a eliminação de menor quantidade de urina,
embora muito concentrada,

Adaptações à falta de água nas plantas

Estômatos

Bio.
Os estômatos são estruturas localizadas na epiderme,
principalmente na porção inferior das folhas. Permite a troca
de gases (CO 2 utilizado como substrato da fotossíntese e O 2
gerado nesse processo). Entretanto, quando aberto, propicia
a perda de água por transpiração.

Um estômato é formado por células guarda e células anexas.


O ostíolo é o nome dado ao orifício que permite a
comunicação.

O potássio é o íon envolvido nessa regulação. Quando há disponibilidade de água, há o bombeamento por
transporte ativo de potássio para dentro das células-guarda, elevando a pressão osmótica. A entrada de água
por osmose deixa as células-guarda túrgidas, abrindo o estômato.

Quando o potássio sai da célula, por difusão, há a saída de água por osmose das células-guarda, ocasionando
no fechamento do estômato.
Não só a água, mas a incidência de luz também regula a atividade dos estômatos. Quando há maior taxa
luminosa, a tendência é a abertura dos estômatos para a entrada do CO 2, substrato da fotossíntese.

Plantas com metabolismo CAM

Nesse caso, os estômatos se abrem somente durante à noite, devido às altas temperaturas diurnas e
possibilidade de perda de grande quantidade de água.

Características dos vegetais de clima árido


possuem adaptações que facilitam a captação e armazenamento de água,
assim como evitam a perda dessa substância fundamental à vida.

Raízes
Suas raízes são longas, para alcançar água nas regiões mais profundas do
solo;

Caule
São adaptados para acumular água. Dentre os tecidos vegetais, o parênquima
aquífero é especializado nessa reserva.

Folhas
São pequenas, para reduzir a superfície de perda de água por transpiração, ou
modificada em espinhos, com o mesmo propósito. Algumas plantas perdem suas
folhas no período da estiagem, numa tentativa de poupar água.

EXERCÍ CI OS DE AULA

1. O processo de desertificação que atinge grande parte da região semi-árida do nordeste brasileiro tem
atraído a atenção, pelas suas graves consequências não só ambientais, mas também econômicas e

Bio.
sociais. Com relação às plantas das caatingas, analise as proposições abaixo,

( ) Para protegerem-se da dessecação, algumas plantas respondem à redução da disponibilidade de


água no solo, promovendo a abertura de seus estômatos, mesmo que haja luz para a fotossíntese e
baixa concentração de gás carbônico no mesófilo.
( ) Diversos tipos de cactos e outras plantas típicas de climas secos apresentam um metabolismo
peculiar denominado de "CAM", no qual seus estômatos são abertos à noite para economizar
água, armazenando CO 2, até que haja luz suficiente para ocorrer a fotossíntese.
( ) A maioria das plantas tem sua floração dependente das chuvas e não do fotoperíodo, o que as
caracteriza como plantas indiferentes.
( ) No processo de adaptação aos ambientes temperados, as cactáceas transformaram suas folhas
em espinho, e tornaram seus caules achatados e clorofilados para desempenharem a função de
alimentar a planta.
( ) O ácido abscísico - um hormônio vegetal recentemente descoberto - é o fator que determina o
fechamento dos fragmoplastos, em condições de falta de água
2. De acordo com a teoria mais corrente, este grupo animal constitui os primeiros vertebrados
efetivamente equipados para a vida terrestre em lugares secos, em decorrência das adaptações abaixo
enunciadas:
- Presença de pele seca e relativamente impermeável;
- Presença de órgãos respiratórios internos;
- Fecundação interna e independente da água;
- Presença de ovos com casca grossa;
- Presença de âmnio e alantóide;
- Excretam ácido úrico.

O grupo animal vertebrado em questão são:


a) os mamíferos.
b) as aves.
c) os répteis.
d) os anfíbios.
e) os peixes.

3. Nos vertebrados, a presença de ovos com casca representou um grande avanço em termos de
adaptação evolutiva.
a) Esse caráter está presente em quais grupos de vertebrados?
b) Que novidade evolutiva substituiu a função desempenhada pelos ovos com casca? Comente
sobre uma provável consequência do surgimento desse caráter

4. Muitas estruturas surgiram nas plantas para possibilitar sua sobrevivência no ambiente terrestre. Analise
as alternativas a seguir e marque aquela que indica uma adaptação que evita a dessecação.
a) Estômatos.
b) Raízes.
c) Cutícula.
d) Tecidos vasculares.
e) Esporos.

5. Analise as alternativas a seguir e marque aquela que representa uma importante estrutura presente nas
plantas terrestres que auxilia nas trocas gasosas com o meio.
a) Estômatos.
b) Raízes.
c) Cutícula.
d) Tecidos vasculares.
e) Esporos.

6. A conquista do meio terrestre pelas plantas só foi possível com o surgimento de estruturas que Bio.
permitiram sua sustentação e a absorção de nutrientes e água do substrato. Essas estruturas são
denominadas de:
a) cutícula.
b) raízes.
c) caules.
d) tecidos vasculares.
e) estômatos.
EXERCÍ CI OS DE CASA

1. Observe a figura a seguir.

O animal representado vive em regiões áridas e possui urina muito hipertônica em relação ao sangue.
Todas as alternativas apresentam adaptações desse animal ao meio ambiente, EXCETO:
a) Ausência de transpiração mesmo em altas temperaturas.
b) Eliminação de amônia como produto nitrogenado.
c) Eliminação de fezes praticamente desidratadas.
d) Eliminação de pouca água na urina.
e) Hábitos noturnos e ocupação de buracos na terra durante o dia.

2. Os vertebrados conquistaram o ambiente terrestre através da formação de um tipo de ovo capaz de se


desenvolver fora da água. Esta conquista aparece na primeira vez em:
a) mamíferos
b) aves
c) répteis
d) anfíbios
e) peixes

3. Qual das estruturas abaixo é a melhor explicação para a expansão e domínio dos répteis durante a era
mesozóica, incluindo o aparecimento dos dinossauros e sua ampla distribuição em diversos nichos do
ambiente terrestre?
a) prolongado cuidado com a prole, garantindo proteção contra os predadores naturais;
b) aparecimento de ovo com casca, capaz de evitar o dessecamento;
c) vantagens sobre os anfíbios na competição pelo alimento;
d) extinção dos predadores naturais e consequente explosão populacional;
e) abundância de alimento nos ambientes aquáticos abandonados pelos anfíbios.

4. O ácido úrico é a principal excreta dos insetos e constitui uma importante adaptação ao meio terrestre,
uma vez que é eliminado sem que ocorra perda de água. Nesses animais, a excreção ocorre por meio
do(a)(s):

Bio.
a) Rins.
b) Traqueia.
c) Metanefrídeos.
d) Túbulos de Malpighi
e) Glândulas verdes.

5. Os insetos, assim como outros artrópodes, possuem um exoesqueleto quitinoso relacionado com a
proteção contra predadores e a perda de água. Esse exoesqueleto, no entanto, é um grave problema
quando o assunto é crescimento. Marque a alternativa que apresenta o nome do processo que garante
o crescimento desses animais.
a) Metamorfose.
b) Permuta.
c) Ecdise.
d) Pupa.
e) Evolução.
6. o sertão continuaria a mandar
gente para lá. O sertão mandaria para cidade homens fortes, brutos, como Fabiano, Sinhá Vitória e os

G. Ramos Vidas Secas.

A caatinga, adaptada às condições naturais sertanejas, é uma vegetação que apresenta:


a) Árvores de caules retilíneos, folhas perenes e raízes pouco profundas.
b) Grandes arbustos, com folhas largas e poucos galhos.
c) Espinhos e raízes aéreas para absorver a umidade do ar.
d) Folhas perenes, espinhos e raízes tabulares.
e) Queda das folhas na estiagem, espinhos e raízes profundas.

7. Uma das características mais notáveis de algumas plantas do Cerrado é a presença de sistema
subterrâneo bem desenvolvido. Os rizóforos, xilopódios e raízes tuberosas são exemplos de sistema
subterrâneo encontrados nesse bioma. Verifique as alternativas a seguir e marque aquela que melhor
indica a importância de um sistema subterrâneo desenvolvido para as plantas do Cerrado.
a) Os sistemas subterrâneos desenvolvidos auxiliam na captação de água e na realização da
fotossíntese.
b) Os sistemas subterrâneos desenvolvidos acumulam reserva e auxiliam na rebrota após a seca
prolongada.
c) Os sistemas subterrâneos desenvolvidos acumulam água e evitam a perda excessiva dessa
substância.
d) Os sistemas subterrâneos desenvolvidos protegem a planta co ntra a perda de água e fornecem
uma reserva de clorofila em períodos desfavoráveis.
e) Os sistemas subterrâneos desenvolvidos auxiliam na captação de água e promovem o crescimento
secundário no vegetal.

8. As xerófitas são plantas adaptadas a ambientes secos.

Todas as alternativas apresentam características desse tipo de planta, exceto:


a) aumento do número de estômatos com processo de fechamento lento.
b) tecidos e órgãos adaptados para armazenamento da água.
c) folhas pequenas ou reduzidas a espinhos.
d) produção de ceras para reduzir a transpiração.
e) sistemas radiculares extensos para facilitar a absorção.

9. As plantas xerófitas apresentam adaptações que possibilitam sua sobrevivência em ambientes secos.

Bio.
Selecione abaixo quais são essas adaptações.
a) Cutícula espessa, pneumatóforos.
b) Suculência, cutícula espessa.
c) Raiz epivotante longa, pneumatóforos.
d) Cutícula espessa, raiz epivotante pouco desenvolvida.
e) Suculência, raiz epivotante pouco desenvolvida.

10. Muitas espécies de plantas lenhosas são encontradas no cerrado brasileiro. Para a sobrevivência nas
condições de longos períodos de seca e queimadas periódicas, próprias desse ecossistema, essas
plantas desenvolveram estruturas muito peculiares.

As estruturas adaptativas mais apropriadas para a sobrevivência desse grupo de plantas nas condições
ambientais do referido ecossistema são:
a) Cascas finas e sem sulcos ou fendas.
b) Caules estreitos e retilíneos.
c) Folhas estreitas e membranosas.
d) Gemas apicais com densa pilosidade.
e) Raízes superficiais, em geral, aéreas.
QUESTÃO CONTEXTO

A epiderme é constituída por um epitélio estratificado pavimentoso queratinizado, ou seja,


basicamente é formado por várias camadas de células produtoras de queratina (queratinócitos). Outras
células estão presentes como: melanócitos, que são células produtoras do pigmento responsável pela
coloração da pele; Merkel, com função sensitiva; e células de Langerhans, com importante papel na defesa
do organismo.

Uma característica importante da epiderme é a alta renovação celular, ocorrend o principalmente nos
queratinócitos. Os espaços e líquidos entre as células são reduzidos, bem como ausência de vasos sanguíneos
e linfáticos. A nutrição da epiderme é feita por difusão e osmose a partir da derme papilar. Apresenta
espessura variável: 1,6 mm em regiões palmoplantares e 0,4 mm nas pálpebras.

http:/ / 4.bp.blogspot.com/ _JiGf_KyownY/ SSSDRiaXbfI/ AAAAAAAAAEg/ rpqDCf9LUlc/ s400/ Camadas_pele.jpg

A imagem mostra as camadas da epiderme. Cite duas características que ajudam a evitar a perda de água.

Bio.
GABARI TO

Exercícios de aula

1. FV V FF
F os estômatos abertos ocasionam perda de água para o ambiente. Assim, quando há redução da
disponibilidade de água, as plantas promovem o fechamento dos estômatos.
V
V
F As cactáceas são adaptadas aos ambientes áridos, não aos temperados.
F O ácido abscísico atua reduzindo a pressão de turgor e, consequentemente, fechando o estômato.
Fragmoplasto é a estrutura responsável pela formação da parede celular vegetal durante a divisão celular.

2. c
Os répteis são os vertebrados com adaptações ao ambiente seco, como as descritas na questão.

3. Ovos com casca ocorrem em todos os representantes das classes répteis e aves e em determinados
mamíferos como o ornitorrinco e équidna (mamíferos aplacentados pertencentes à ordem dos
monotremados).
A placenta representa a novidade evolutiva, pois realiza as funções de nutrição, respiração e excreção
desempenhadas por outros anexos embrionários, como o alantoide, o saco vitelino e o cório. A placenta
permitiu que o desenvolvimento embrionário e o fetal ocorresse totalmente no interior do organismo
materno.

4. c
A cutícula diminui a perda de água por transpiração, pois possui um caráter lipofílico (formada por
polímeros de ácidos graxos) em decorrência da cutina, revestindo de forma contínua.

5. a
Os estômatos são as estruturas que permitem as trocas gasosas com o meio, embora a abertura dos
estômatos propicie a perda de água. Dessa forma, a regulação da abertura e fechamento é fundamental
para as plantas com restrição hídrica.

6. b Bio.
A sustentação do vegetal e a absorção de água e sais minerais são funções das raízes.

Exercícios de casa

1. b
A amônia é a excreta nitrogenada que mais depende de água para a eliminação. Assim, não poderia ser
de um animal que vive em ambiente seco.

2. c
O ovo dos répteis foi o primeiro dos vertebrados a se desenvolver de forma independente do ambiente
aquático, pela presença de casca grossa, âmnio e alantoide como anexos embrionários.
3. b
Dentre as características que permitem com que os répteis sobrevivam no ambiente terrestre é o
aparecimento do ovo com casca, além de anexos como o âmnio e o alantoide, evitando a perda de água
e morte por desidratação do embrião.

4. d
Os insetos, classe do filo dos artrópodes, elimina ácido úrico por um sistema conhecido como túbulos
de Malpigui.

5. c
Embora evite a perda de água, o exoesqueleto limita o crescimento em etapas, conhecidas como mudas
ou ecdises, que ocorrem na troca desse exoesqueleto.

6. e
Raízes profundas permitem melhor captação de água em ambientes secos. Além disso, a modificação
das folhas para a forma de espinhos diminui a superfície de perda de água, assim como a queda das folhas

7. b
Além de permitir o novo brotamento do vegetal após uma queimada, os sistemas subterrâneos
desenvolvidos podem acumular reservas, importantes nesses períodos de seca.

8. a
A alternativa incorreta é a que afirma que os estômatos de plantas adaptadas a ambientes secos fecham
mais LENTAMENTE. Entretanto, o estômato aberto propicia maior perda de água. Dessa forma, o
fechamento deve ser mais RÁPIDO.

9. b
A cutícula espessa reduz a perda de água, assim como tecidos de reserva de água (parênquima aquífero).

10. d
A alta pilosidade protege as gemas apicais contra o fogo. Queimadas são comuns no Cerrado, e as
plantas são adaptadas a esse ambiente. Se ocorrer uma queimada, os pelos queimam, mas não a gema
apical, que permanece intacta.

Questão Contexto

Além da grande espessura, visto que a epiderme é formada por cinco camadas de um epitélio estratificado
pavimentoso queratinizado, possui uma impermeabilização à água, pela presença de grânulos lipídicos que

Bio.
são liberados para o pouco espaço extracelular existente no epitélio.
Fil.
Professor: Gui de Franco
Monitor: Leidiane Oliveira

Fil.
16
Platão: teorias
mar

RESUM O

Uma das teorias mais fundamentais para a compreensão do pensamento platônico é, sem dúvida, a
sua famosa teoria das ideias. Ela afirma que existem dois mundos, a saber: o mundo sensível e o mundo
inteligível. O mundo sensível é exatamente este mundo que nós habitamos, ou seja, o mundo terreno da
matéria, onde estão presentes todos os objetos materiais. Todas as coisas do mundo sensível, então, estão
sujeitas à geração e à corrupção, podendo deixar de ser o que são e se transformar em outra coisa, esse é o
mundo da variação, da mudança, da transformação. No entanto, por que Platão nomeia este mundo de
habitamos de mundo sensível? Exatamente porque nós apreendemos esse mundo através de nossos sentidos,
ou seja, nós percebemos as coisas desse mundo por intermédio dos cinco sentidos (visão, t ato, olfato,
paladar, audição). Mas e o que é, então, o mundo inteligível para Platão?
O mundo inteligível ou mundo das ideias ou mundo das Formas é um mundo superior, apenas
acessível ao nosso Intelecto e não aos nossos sentidos, que nada mais é do que o mundo do conhecimento
ou da sabedoria. É contemplando as ideias do mundo inteligível através de nossa alma que podemos
conhecer as coisas. Assim, o mundo inteligível é composto de ideias perfeitas, eternas e imutáveis, que
podemos acessar através da nossa razão. Um exemplo: a Forma ou ideia de cadeira existe no mundo das
ideias como um conceito que temos acesso através de nosso Intelecto. É por isso que quando observamos
uma cadeira particular (material) no mundo sensível, nós a identificamos como cadeira, dado que acessamos
a ideia ou conceito de cadeira que existe no mundo inteligível.
Todas as coisas (materiais) que existem aqui no mundo sensível correspondem a uma ideia ou Forma
lá no mundo das ideias. No mundo inteligível estão as essências ou a origem de todas as coisas que
observamos no mundo sensível. Assim, a origem das cadeiras que existem no mundo sensível é a ideia de
cadeira. O que existe realmente é a ideia, enquanto que a coisa material só existe enquanto participa de
ideia dessa coisa. Essa é a teoria da participação em Platão: Uma coisa só existe na medida em que participa
da ideia dessa mesma coisa. Portanto, segundo Platão, a ideia é anterior às próprias coisas. Seguindo o
nosso exemplo, a ideia de cadeira é anterior à existência das cadeiras particulares.
Uma teoria que deriva da teoria das ideias é a teoria platônica da reminiscência. Segundo Platão, o
ser humano é formado de uma parte mortal, a saber, o corpo; e uma parte imortal, a saber: a alma; antes de
habitarmos este mundo, nossa alma habitava o mundo das ideias. Lá ela possuía todo o conhecimento
possível, não era ignorante a respeito de nada. No entanto, quando nossa alma se junta ao corpo, ela acaba
se esquecendo de tudo aquilo que ela sabia lá no mundo das ideias. Assim, o conhecimento para Platão é
reminiscência (ou seja, lembrança) daquilo que nossa alma já viu quando habitava o mundo
inteligível. Conhecer é, portanto, nada mais do que lembrar, trazer de volta à memória aquilo que já vimos
em outro mundo.
Fil.

EXERCÍ CI OS DE AULA

1. No centro da imagem, o filósofo Platão é retratado apontando para o alto. Esse gesto significa que o
conhecimento se encontra em uma instância na qual o homem descobre a
a) suspensão do juízo como reveladora da verdade.
b) realidade inteligível por meio do método dialético.
c) salvação da condição mortal pelo poder de Deus.
d) essência das coisas sensíveis no intelecto divino.
e) ordem intrínseca ao mundo por meio da sensibilidade.

2. Para Plat o, o que havia de verdadeiro em Parm ̂nides era que o objeto de conhecimento um objeto
de raz o e n o de sensa ̧ o, e era preciso estabelecer uma rela ̧ o entre objeto racional e objeto
sens vel ou material que privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo. Lenta, mas
irresistivelmente, a Doutrina das Ideias formava-se em sua mente.
ZINGANO, M. Plat o e Arist teles: o fasc nio da filosofia. S o Paulo: Odysseus, 2012 (adaptado).

O texto faz refer ̂ncia rela ̧ o entre raz o e sensa ̧ o, um aspecto essencial da Doutrina das Ideias
de Plat o (427 a.C.-346 a.C.). De acordo com o texto, como Plat o se situa diante dessa rela ̧ o?
a) Estabelecendo um abismo intranspon vel entre as duas.
b) Privilegiando os sentidos e subordinando o conhecimento a eles.
c) Atendo-se posi ̧ o de Parm ̂nides de que raz o e sensa ̧ o s o insepar veis.
d) Afirmando que a raz o capaz de gerar conhecimento, mas a sensa ̧ o n o.
e) Rejeitando a posi ̧ o de Parmênides de que a sensa ̧ o superior raz o.

3. Considera pois continuei o que aconteceria se eles fossem soltos das cadeias e curados da sua

Fil.
ignorância, a ver se, regressados à sua natureza, as coisas se passavam deste modo. Logo que alguém
soltasse um deles, e o forçasse a endireitar-se de repente, a voltar o pescoço, a andar e a olhar para a
luz, a fazer tudo isso, sentiria dor, e o deslumbramento impedi-Io-ia de fixar os objetos cujas sombras
via outrora. Que julgas tu que ele diria, se alguém lhe afirmasse que até então ele só vira coisas vãs, ao
passo que agora estava mais perto da realidade e via de verdade, voltado para objetos mais reais? E se
ainda, mostrando-lhe cada um desses objetos que passavam, o forçassem com perguntas a dizer o que
era? Não te parece que ele se veria em dificuldade e suporia que os objetos vistos outrora eram mais
reais do que os que agora lhe mostravam?
(PLATÃO. A República. 7. ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1993. p. 318-319.)

O texto é parte do livro VII da República, obra na qual Platão desenvolve o célebre Mito da Caverna.
Sobre o Mito da Caverna, é correto afirmar.
I. A caverna iluminada pelo Sol, cuja luz se projeta dentro dela, corresponde ao mundo inteligível, o
do conhecimento do verdadeiro ser.
II. Explicita como Platão concebe e estrutura o conhecimento.
III. Manifesta a forma como Platão pensa a política, na medida em que, ao voltar à caverna, aquele
que contemplou o bem quer libertar da contemplação das sombras os antigos companheiros.
IV. Apresenta uma concepção de conhecimento estruturada unicamente em fatores circunstanciais e
relativistas.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
b) Somente as afirmativas II e III são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas I, II e IV são corretas.

4. Leia o texto de Platão a seguir:


Logo, desde o nascimento, tanto os homens como os animais têm o poder de captar as impressões
que atingem a alma por intermédio do corpo. Porém relacioná-las com a essência e considerar a sua
utilidade, é o que só com tempo, trabalho e estudo conseguem os raros a quem é dada semelhante
faculdade. Naquelas impressões, por conseguinte, não é que reside o conhecimento, mas no
raciocínio a seu respeito; é o único caminho, ao que parece, para atingir a essência e a verdade; de
outra forma é impossível.
(PLATÃO. Teeteto . Tradução de Carlos Alberto Nunes. Belém: Universidade Federal do Pará, 1973. p. 80.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria do conhecimento de Platão, considere as
afirmativas a seguir:
I. Homens e animais podem confiar nas impressões que recebem do mundo sensível, e assim atingem
a verdade.
II. As impressões são comuns a homens e animais, mas apenas os homens têm a capacidade de
formar, a partir delas, o conhecimento.
III. As impressões não constituem o conhecimento sensível, mas são consideradas como núcleo do
conhecimento inteligível.
IV. O raciocínio a respeito das impressões constitui a base para se chegar ao conhecimento
verdadeiro.

Assinale a alternativa correta.


a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas II e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas I, III e IV são corretas.

5. Em um importante trecho da sua obra Metafísica, Aristóteles se refere a Sócrates nos seguintes termos:
Sócrates ocupava-se de questões éticas e não da natureza em sua totalidade, mas buscava o universal
no âmbito daquelas questões, tendo sido o primeiro a fixar a atenção nas definições.
ARISTÓTELES. Metafísica. Tradução Marcelo Perine. São Paulo: Loyola, 2002. A6, 987b 1-3.

Com base na filosofia de Sócrates e no trecho citado, assinale a alternativa correta. Fil.
a) O método utilizado por Sócrates consistia em um exercício dialético, cujo objetivo era livrar o seu

levá-lo a formular conceitos de validade universal (definições).


b) Sócrates era, na verdade, um filósofo da natureza. Para ele, a investigação filosófica é a busca pela

utilizados pelos filósofos que o antecederam (Pré-socráticos).


c) O método socrático era empregado simplesmente para ridicularizar os homens, colocando -os
diante da própria ignorância. Para Sócrates, conceitos universais são inatingíveis para o homem;
por isso, para ele, as definições são sempre relativas e subjetivas, algo que ele confirmou com a

d) Sócrates desejava melhorar os seus concidadãos por meio da investigação filosófica. Para ele, isso

fundamento da vida moral é, em última instância, o egoísmo, ou seja, o que é o bem para o
indivíduo num dado momento de sua existência.
EXERCÍ CI OS DE CASA

1.
frase reflete sua concepção de conhecimento: quanto menos dependemos da realidade empírica, mais
puro e verdadeiro é o conhecimento tal como vemos descrito em sua Alegoria da Caverna.

eita do círculo na areia ou na


tábula recoberta de cera. Se traço um círculo na areia, a ideia que guia a minha mão é a do círculo
perfeito. Isso não impede que essa ideia também esteja presente no círculo imperfeito que eu tracei.
É assim que aparece a id
JEANNIÈRE, Abel. Platão . Tradução de Lucy Magalhães. Rio de Janeiro: Zahar, 1995.

Com base nas informações, assinale a alternativa que interpreta corretamente o pensamento de
Platão.
a) A Alegoria da Caverna demonstra, claramente, que o verdadeiro conhecimento não deriva do

b) Todo conhecimento verdadeiro começa pela percepção, pois somente pelos sentidos podemos
conhecer as coisas tais quais são.
c) Quando traçamos um círculo imperfeito, isto demon

d)
onde se obtêm os conhecimentos verdadeiros.

2. Leia o seguinte trecho da Alegoria da Caverna.


Agora imagine que por esse caminho as pessoas transportam sobre a cabeça objetos de todos os
tipos: por exemplo, estatuetas de figuras humanas e de animais. Numa situação como essa, a única
coisa que os prisioneiros poderiam ver e conhecer seriam as sombras projetadas na parede a sua
frente.
CHALITA, G. Vivendo a Filosofia. São Paulo: Ática, 2006, p. 50.

Com base na leitura do trecho e em seus conhecimentos sobre a obra de Platão (428 a.C. 348
a.C.), assinale a alternativa INCORRETA.

a) Platão distingue o mundo sensível ou das aparências, onde tudo o que se capta por meio dos
sentidos pode ser motivo de engano, e o mundo inteligível, onde se encontram as ideias a partir
das quais surgem os elementos do mundo sensível.

Fil.
b) Platão tinha como principal objetivo o conhecimento das ideias: realidades existentes por si
mesmas, essências a partir das quais podem ser geradas suas cópias imperfeitas.
c) O pensamento de Platão deu origem aos fundamentos da ciência moderna graças ao seu método
de observação e experimentação para o conhecimento dos fenômenos naturais.
d) A obra de Platão está fundamentada em um método de investigação conhecido como dialética
cujo objetivo é superar a simples opinião ( doxa) e atingir o conhecimento verdadeiro ou ciência
(episteme).

3. Leia o texto a seguir.

Com efeito, se fica momentaneamente da mesma maneira, é evidente que, ao menos nesse tempo,
não vai embora; e se permanece sempre da mesma
e mover-se, não se afastando nunca da própria Ideia?
CRÁTILO: Jamais poderia fazê-lo.
SÓCRATES: Mas também de outro modo não poderia ser conhecida por ninguém. De fato, no
próprio momento em que quem quer conhecê-la chega perto dela, ela se torna outra e de outra
espécie; e assim não se poderia mais conhecer que coisa seja ela nem como seja. E certamente
nenhum conhecimento conhece o objeto que conhece se este não permanece de nenhum modo
estável.

PLATÃO, Crátilo , 439e-440a.

Assinale a alternativa correta, de acordo com o pensamento de Platão.


a)
é a Ideia, o ser verdadeiro e inteligível.
b) Platão afirma que o mundo das coisas sensíveis é o único que pode ser conhecido, na medida em
que é o único ao qual o homem realmente tem acesso.
c) As Ideias, diz Platão, estão submetidas a uma transformação contínua. Conhecê-las só é possível
porque são representações mentais, sem existência objetiva.
d) Platão sustenta que há uma realidade que sempre é da mesma maneira, que não nasce nem
perece e que não pode ser captada pelos sentidos e que, por isso mesmo, cabe apenas aos
deuses contemplá-la.

4. Segundo Platão, na sequência de Sócrates, a sociedade nasce do homem, isto é, de sua condição
natural. O Bem e a Justiça se realizam no exercício da cidadania.
PEGORARO, Olinto. Ética dos maiores mestres através da história. Petrópolis, 2006. p. 31.

Sobre esse assunto, está CORRETO o que se afirma na alternativa:


a) Compreender o que são o bem e a justiça proporciona subsídios para julgar melhor a concepção
de cidadania.
b) O bem e a justiça são categorias indiferentes para o entendimento e a prática da cidadania.
c) O campo da justiça se configura como secundário para subsidiar o exercício da cidadania.
d) O homem é um animal social, apenas dotado de individualidade. Isso se constitui questão singular
no exercício da cidadania.
e) A sociedade é a base de toda forma de existência humana. Nela, o bem tem um coeficiente ínfimo
para o efetivo exercício da cidadania.

5. Leia o texto a seguir sobre a filosofia e a ética.

Fil.

Disponível em: <www.joseferreira.com.br>.

Toda a obra de Platão tem um profundo sentido ético. Três poderiam ser os eixos centrais, que
comandam a ética platônica: primeiro, a justiça na ordem individual e social; segundo, a
transcendência do Bem; terceiro, as virtudes humanas e a ordem política presididas pela justiça.
PEGORARO, Olinto. Ética dos maiores mestres através da história. Petrópolis: Vozes, 2006, p. 25-26. Adaptado.

O autor mencionado demarca alguns pontos singulares dos temas centrais da ética de Platão. Sobre
esse assunto, é correto afirmar que
a) as virtudes humanas estão em conexão com a transcendência do bem e desvinculadas da ordem
política, presidida pela justiça.
b) o sentido ético-político na filosofia de Platão prioriza a ordem individual em detrimento do
plano social.
c) Platão defende um ideal ético, centrado na sabedoria, declinando da ord em política
presidida pela justiça.
d) a justiça e o bem se realizam na ordem individual, e a virtude, na ordem política.
e) na ética de Platão, a virtude é prática da justiça.

6. Platão, o mais importante discípulo de Sócrates e fundador da Academia de Atenas formulou, nessa
academia, os elementos de seu pensamento. Para ele,
a) o princípio de todas as coisas ( arché) era a água, ou seja, tudo que existe no mundo da natureza
tem sua origem de algum modo na água, o elemento primordial para a geração de todas as coisas.
b) a retórica era uma importante arma política, pois auxiliava o governante no convencimento dos
participantes de uma assembleia e na defesa de seu ponto de vista, por meio de argumentos
discursivos.
c) o real existia independentemente das ideias, e para conhecê-lo era necessário desenvolver a lógica
e concentrar o estudo das mutações do mundo material: no nascimento, na transformação e na
destruição.
d) as ideias seriam as formas básicas de todas as coisas do universo; seu método era o de dialogar
para permitir a exposição do pensamento e a livre colaboração dos espíritos para atingir a verdade.
e) o número, elemento abstrato, era a essência de todas as coisas existentes na natureza e concebia
o universo como imutável, fundamentado na ordem e harmonia, estimulando a busca da verdade
absoluta.

7. A sabedoria de Sócrates, filósofo ateniense que viveu no século V a.C., encontra o seu ponto de partida
Apologia de Sócrates. A frase foi uma resposta aos
que afirmavam que ele era o mais sábio dos homens. Após interrogar artesãos, políticos e poetas,
Sócrates chegou à conclusão de que ele se diferenciava dos demais por reconhecer a sua própria
ignorância.

aquele que se reconhece como ignorante torna-se mais sábio por querer adquirir conhecimentos.
a) é um exercício de humildade diante da cultura dos sábios do passado, uma vez que a função da
filosofia era reproduzir os ensinamentos dos filósofos gregos.
b) a dúvida é uma condição para o aprendizado e a filosofia é o saber que estabelece verdades
dogmáticas a partir de métodos rigorosos.

Fil.
c) é uma forma de declarar ignorância e permanecer distante dos problemas concretos,
preocupando-se apenas com causas abstratas.

8. rgimento da polis como a primeira experiência de vida pública enquanto espaço de debate e
deliberação tornou-se campo fértil para o florescimento da filosofia. Na praça pública, Sócrates
interrogava os homens e criava um novo método de reflexão que a histó ria conheceu como a ironia e

Filosofia. Curitiba: Seed-PR, 2006. p. 43.

Com base nessa afirmação e nos conhecimentos sobre a filosofia de Sócrates, assinale o que for
correto.
( que de forma irônica, a busca
filosófica pelo verdadeiro conhecimento.
(02) A maiêutica socrática consiste na prática de ajudar as pessoas a encontrar a verdade que traziam
em si mesmas, ainda que elas não soubessem.
(04) A prática de interrogar a tudo e a todos não incomodou o poder constituído e levou Sócrates a
ser condecorado pelos cidadãos de Atenas como exemplo a ser seguido.
(08) Assim como os sofistas, a filosofia de Sócrates acontece na praça pública de Atenas e promove
um debate amplo sobre o que é o cidadão e o que deve ser a cidade.
(16) A ironia é uma forma de tratar o saber e aparece na história também como reação ao
dogmatismo, isto é, quando existem verdades impostas pelas crenças ou pela autoridade, impedindo
as pessoas de pensarem livremente.

SOMA: ( )

9. Sobre a filosofia e o mito, considere o texto a seguir:


O filósofo Platão, quando retrata a metáfora da caverna, ilustra sua crítica ao mundo das aparências.
Na concepção do filósofo, o pensar racional é o que possibilita uma leitura crít ico-reflexiva e rejeita os
"mitos prejudiciais" ao homem. Na alegoria da caverna, faz-se presente o exercício da crítica racional,
o bom senso, frente ao senso comum (opinião).

Disponível em: <http:/ / pensamentoradical.blogspot.com.br>.

Sobre esse assunto, analise os seguintes itens:


I. A alegoria da caverna demonstra a significância que tem o mundo das aparências para o
pensamento que filosofa.
II. Na narrativa do mito, o filósofo retrata, muito bem, a libertação e a dimensão do conhecimento na
passagem do mundo das aparências para o mundo das ideias a verdade.
III. A primazia da alegoria da caverna é retratar a importância que tem a atividade do pensar como
denúncia dos "mitos" que impedem a visão da verdade racional.
IV. Está implícito, na alegoria da caverna, que o "amor à sabedoria" não significa outra coisa senão
aspiração à intelecção, ao saber.
V. Platão, no mito da caverna, reconhece que permanecer no nível das aparências é tornar impossível
a construção de um conhecimento autêntico, seguro e estável.

Fil.
Estão corretos apenas
a) I, II, III e IV.
b) II, III, IV e V.
c) II, III e IV.
d) III, IV e V.
e) I, IV e V.

QUESTÃO CONTEXTO

O ser humano pode aprender de diversas maneiras. Uns acreditam ser mais visuais, ou seja, eles têm facilidade
de estudar lendo e olhando imagens. Outros acham que aprendem melhor ouvindo as explicações e lendo
em voz alta, os cham... -
https:/ / educacao.uol.com.br/ noticias/ 2015/ 07/ 02/ para-aprender-melhor-e-preciso-usar-todos-os-sentidos-dizem-
especialistas.htm?cmpid=copiaecola

Compare o fragmento acima com o Pensamento platônico a respeito dos sentidos.


GABARI TO

Exercícios de aula

1.
Para Platão existem dois mundos o inteligível e o sensível. No mundo inteligível ou das ideias, as coisas
são perfeitas, verdadeiras, eternas. Já no sensível o mundo material, onde o homem habita- convivemos
com as cópias. Desta forma, para Platão o conhecimento verdadeiro se encontra no mundo inteligível
em cima. Por isso, Platão aponta para o alto.

2.
De acordo com Platão, a realidade e o conhecimento são formulados em mundos distintos: o inteligível
e o sensível. As ideias nascem em um mundo inteligível, real e imutável dominadas pela razão e pelos
conceitos sendo, portanto, perfeitos. Já o mundo das sensações seria uma mera cópia do mundo
inteligível o que as tornariam imperfeitas. Dessa maneira, para Platão as sensações podem nos confundir
e induzir ao erro, sendo somente a razão a responsável pela formação do conhecimento .

3. B
Para Platão, o governante deve ser um homem cujo conhecimento é verdadeiro. Por isso, o Mito da
Caverna representa não só o caminho rumo ao conhecimento, mas também nos motra como é visto o
homem que o alcançou. Apesar de querer tirar os demais da ignorância, ele corre o risco de morrer, tal
como aconteceu com Sócrates.

4. b
A, C, D e E Incorretas. A verdade ou o conhecimento não são acessíveis por meio da experiência, ou
seja, das sensações e impressões advindas dela. B Correta. A partir das impressões e de determinado
raciocínio a respeito delas, os homens são capazes de chegar ao conhecimento e à verdade. É por essa
afirmação que Sócrates é considerado parteiro das ideias, quando demonstra que qualquer homem,
senhor ou escravo, quando exposto a determinada experiência e munido de certo raciocínio, chega ao
conhecimento e à verdade.

5. a
A afirmativa B está errada. Uma das divisões dos períodos da filosofia antiga em pré-socrático e socrático
se dá justamente devido a uma ruptura de entendimento e não por questões temporais. Sócrates

Fil.
abandona o pensamento sofista. Desta forma, não há como dizer que o método socrático era idêntico
ao dos filósofos que o antecederam. A afirmativa C está errada, o objetivo de Sócrates não era
ridicularizar os homens, mas sim fornecer-lhes meios de conhecer realmente, sendo o conhecimento
uma virtude primeira. Por sua vez, a frase "o Homem é a medida de todas as coisas" é de Protágoras. A
afirmativa D está errada, Sócrates buscava o conhecimento real e não em sua aparência. E o egoísmo,
como conceito, só é criado no século XVIII (ainda que já se conhecessem suas características), não
podendo ser atribuído ao filósofo da antiguidade.

Exercícios de casa

1. d
A afirmativa A está incorreta, porque, para Platão, o verdadeiro conhecimento é o do "mundo inteligível",
das ideias. O conhecimento do mundo sensível é, portanto, falho, como fica demonstrado na Alegoria
da Caverna. A afirmativa B está incorreta, pois podemos entender percepção como sinônimo de
sensibilidade ou empirismo, o que para Platão não leva ao conhecimento verdadeiro. A afirmativa C está
incorreta, porque, ao traçar um círculo imperfeito, demonstramos que é impossível reproduzir no mundo
sensível a perfeição existente no mundo das ideias. Por fim, a alternativa D está correta, pois trata-se da
ideia platônica dos "conceitos" ou "universais".

2. c
A afirmativa C está incorreta porque se refere a Aristóteles. Foi ele o filósofo que se preocupou com
métodos para observação e experimentação dos fenômenos naturais, sendo um precursor do
desenvolvimento da ciência moderna. Como a filosofia de Platão era mais volt ada ao conhecimento
idealístico do mundo, ele não teve a preocupação de pensar as coisas em sua realidade concreta,
sensível.

3. a
A - Correta. Para Platão as ideias são perfeitas e imutáveis, e somente elas trazem o verdadeiro
conhecimento a respeito das coisas, por isso, a teoria da dialética é a única maneira de sair da opinião,
indo de ideia em ideia até intuir a ideia Suprema. B, C e D - Incorretas. Para Platão o mundo das coisas
sensíveis é o mundo das aparências, das sombras, limitados à opinião, e por isso, não oferecem
conhecimento verdadeiro sobre as coisas. A única realidade imutável e que oferece, aos que a elas
chegam, um conhecimento sobre as coisas, é a realidade das ideias, que podem ser alcançadas por todos
aqueles que se submeterem à dialética, ou seja à busca incessante da verdade.

4. a
A questão trata das relações entre bem e justiça e seu papel na constituição da cidadania. O bem é um
conceito filosófico amplo que aparece no campo da ética, assim como na filosofia platônica, na qual é
visto metafisicamente como aquilo que confere verdade aos objetos cognoscíveis e ao homem o poder
de conhecê-los, tornando-se uma dádiva e um meio para o progresso humano. A justiça, por sua vez, em
termos filosóficos, pode ser vista como conformidade da conduta a uma norma ou como eficiência de
uma norma ou sistema de normas. Mas devemos lembrar que, assim como o bem, trata-se de um
conceito amplo. Normalmente, confunde-se justiça e bem, pois nem sempre o que leva ao bem pode
ser considerado justo e vice-versa. É nesse sentido que a alternativa A está correta, porque é a
compreensão desses dois conceitos que permitirão uma melhor consciência da cidadania, um espaço
que visa ao bem coletivo, mas que busca isso por meio de normas comuns a todos, um universo regrado
pela justiça.

5. e
a) Incorreta. Na política também deve haver presença das virtudes humanas, da busca do bem e não
apenas o crivo da dita justiça, que por ser impessoal pode levar ao prejuízo dos seres. b) Incorreta. Platão
priorizava o bem coletivo e não a vantagem individual. c) Incorreta. Não existe essa separação entre
sabedoria e justiça, sendo a primeira elemento necessário ao exercício da segunda. d) Incorreta. Essa
separação não é aceitável, tanto a ordem individual quanto a política devem possuir justiça, busca do

Fil.
bem e da virtude.

6. d
Para Platão, o diálogo era um importante instrumento para os homens chegarem à verdade, uma vez que
as ideias eram o princípio de todas as coisas, o que exclui A e E. Assim, é errôneo afirmar que o filósofo
defendia que o real existia independentemente das ideias, o que elimina C. Platão considerava a retórica
perigosa e pensava que ela deveria estar sempre subordinada à filosofia. A retórica como importante
arma política de persuasão é uma ideia aristotélica, o que exclui B. Assim, a alternativa correta é D.

7. a
a) Correta. b) Incorreta. Reconhecer sua própria ignorância não era um exercício de humildade apenas
na cultura dos sábios do passado. Além disso, a função da filosofia não era reproduzir os ensinamentos
dos filósofos gregos; Sócrates era grego, viveu no período hoje denominado Antiguidade Clássica, e ele
e seus contemporâneos produziam hipóteses e pensamentos sobre os mais variados assuntos
concernentes à sua sociedade e cultura. c) Incorreta. A filosofia não estabelece verdades dogmáticas a
partir de métodos rigorosos. Diferentemente das ciências naturais e exatas, ela permite abordagens mais
plurais dos mais variados temas, estabelecendo múltiplas interpretações sobre seus objetos. d) Incorreta.
A filosofia não se preocupa apenas com questões abstratas, mas também com questões práticas. A
cidadania, os direitos dos cidadãos e a organização da sociedade eram temas de interesse e cuja
materialidade podia ser sentida no cotidiano da população grega.

8. 01 + 02 + 08 + 16 = 27

9. b
Apenas o primeiro item está incorreto, pois o mito da caverna demonstra justamente que as aparências
enganam e que os filósofos devem sempre procurar ir além delas, em busca da essência. As demais
alternativas descrevem corretamente aspectos do mito.

Fil.
Fís.
Professor: Silvio Sartorelli
Monitor: João Carlos

Fís.
Exercícios de Leis de 15
Newton mar

RESUM O

⃗)
1) Força ( �
Agente físico capaz de produzir deformações (efeitos estáticos) e acelerações (efeitos dinâmicos) em corpos
nos quais atua. É uma grandeza vetorial.


Unidade [ ] SI: . 2 = . . =newton (N)
Outras unidades:
-quilograma-força (kgf)
-dina (dyn)

=
Obs.:
Classificação de forças:
-Força de contato:

FBR: força que a bola faz no rosto.


FRB: força que o rosto faz na bola.

-Força de campo:

Fís.
⃗⃗ )
2) Força Resultante ( �

�⃗ = + +⋯+ =∑
=

3) Equilíbrio
Quando a força resultante que atua em uma partícula é nula ( �⃗ = ⃗ ), a velocidade vetorial permanece
constante ( cte). Diz-se, nesse caso, que a partícula se encontra em equilíbrio.
Os tipos possíveis de equilíbrio de uma partícula são:

Equilíbrio estático Equilíbrio dinâmico

(partícula em repouso) X (partícula em MRU)


=⃗ =⃗ ≠⃗ =⃗
Obs.:
Conceito de inércia
A inércia consiste na tendência do corpo em manter sua velocidade vetorial.

O ônibus freia e o passageiro cai para frente

Quando um cavalo, em pleno galope, para abruptamente, o cavaleiro é projetado para fora da sela por
inércia do movimento.

Fís.

Garfield, nosso burlesco gato, sabe muita Física que, ironicamente, brinca com o conceito de inércia ;P
4) 1ª Lei de Newton ou Princípio da Inércia

Aristóteles (384 a.C. 322 Galileu Galilei (1564-1642) Isaac Newton (1642-1727)
a.C.)
Força  movimento Força  mudança de
velocidade

Catalogou o princípio da
inércia
Não poderia existir Admitiu o fato de que pode
movimento sem presença de haver movimento com
força. velocidade constante, sem
intervenção de forças.

1ª Lei de Newton
Se a resultante das forças externas que agem sobre um ponto material é nula, esse ponto material está em
repouso ou em movimento retilíneo uniforme.

Conclusão:
� �í � á �
�⃗ = ⃗ {
� �í � � â �
Obs.:

Sistemas Inerciais
Sistemas de referência em relação aos quais vale o princípio da inércia.
Para a maioria dos problemas de Mecânica, envolvendo movimentos na superfície terrestre, podemos
considerar um sistema de referência fixo na superfície terrestre como inercial. Tal sistema é chamada de

Tal suposição equivale a desprezar os efeitos de rotação da Terra, bem como considerar, no intervalo de
tempo em que se estuda o movimento do corpo em observação, o movimento de translação da Terra, em
relação ao Sol, como retilíneo e uniforme.

5) 3ª Lei de Newton ou Princípio da Ação e Reação

Quando um corpo A exerce uma força sobre uma corpo B, o corpo B reage sobre o corpo A com uma força
de mesma direção, de mesma intensidade e de sentido contrário.

Fís.

: ç �
: ç �

Matematicamente, podemos escrever:

=−

O sinal (-) significa que os sentidos são opostos.


Atenção!
- Não existe ação sem a correspondente reação.
- As forças de ação e reação estão aplicadas em corpos distintos e, portanto, nunca se equilibram.

Reação deforma o pé Ação movimenta a bola

Fís.

Ação da pessoa empurrando o chão Reação do chão movimentando a pessoa

Não esqueça!
Ação e reação têm sempre a mesma intensidade!
6) Forças Importantes

6.1) Força Peso (�⃗)

Se desconsiderarmos os efeitos gerados pela rotação da Terra, a força de atração gravitacional aplicada pela
Terra corresponde ao peso do corpo.

= �⃗ → �⃗ =
m: massa do corpo.
: aceleração da gravidade que é imposta pelo campo gravitacional e que não depende da massa (m) do
corpo.

Obs.:
Peso (P) Massa (m)
É a força gravitacional com que um astro atrai É a quantidade de matéria de um corpo e,
um corpo quando desprezado efeitos de portanto, tem a ver com a inércia do corpo,
rotação do astro. a tendência que o corpo tem de ficar em
repouso ou em MRU.
Se é força, é grandeza vetorial. É grandeza escalar.
É medido por dinamômetro. É medida por balança (que no fundo é um
dinamômetro calibrado em unidades de
massa).
Unidade de medida no S.I.: newton (N) Unidade de medida no S.I.: quilograma (kg)
É uma característica do corpo e do local. É uma característica apenas do corpo.

Obs.:

Fís.
Um corpo pode ter massa (na verdade todo corpo tem massa) e não ter peso, bastando estar localizado em
uma região livre de ações gravitacionais (g = 0).

6.2) Força Elástica ( á � )


Considere a figura a seguir em que a mola tem massa desprezível.
-Lei de Hooke
Em regime elástico, a deformação sofrida por uma mola é diretamente proporcional à intensidade da força
que a provoca.

-Regime elástico
A mola depois de deformada retorna ao seu tamanho original.
Matematicamente:
=
k : constante de proporcionalidade; é uma característica da mola que depende basicamente do material da
mola e de suas dimensões.

U[k] SI: N/ m = kg/ s²

Obs.:

Obs.:
Dinamômetro

Dinamômetro digital

Fís.

Dinamômetro de fecho numa aplicação prática num automóvel

O dinamômetro é um instrumento utilizado para medir forças. Consta basicamente de uma mola
previamente calibrada, que, submetida a aplicação de uma força, sofre uma deformação. Conhecendo -se a
deformação sofrida pela mola, pode-se obter a intensidade da força aplicada ao dinamômetro.
Atenção!
A resultante das forças em um dinamômetro ideal (massa desprezível) é nula.

O dinamômetro indica 200 N.

*Exercitaremos melhor o estudo da força elástica em módulos futuros! �

6.3) Tração em um fio ( ⃗ )


Os fios são de grande utilidade pois transmitem forças.

Fís.

A tração atua sempre na direção do fio e no sentido de puxar o corpo.

Obs.:
Fio ideal (massa desprezível e inextensível)
A força aplicada é integralmente transmitida ao longo dele.
Obs.:
Polias ou Roldanas

-Polia fixa não divide força

A polia fixa permite mudar a direção e/ ou o sentido de aplicação de uma força

Fís.
-Polis móvel  divide força
*Associação de polias:


=
n : número de polias móveis

6.4) Força de Contato entre Superfícies ( )

⃗:
:

= ⃗ + → = +

a) Componente Normal de ⃗ :
Componente perpendicular as superfícies.

Fís.
N = 0 (não tem superfície de contato)

Atenção!

⃗ �⃗ se equilibram, pois atuam no mesmo corpo e por isso NÃO constituem um par ação e reação.

b) Componente Paralela de ou Força de Atrito ( )


As forças de atrito aparecem quando há deslizamento ou tendência de deslizamento entre as superfícies de
contato. Essas forças sempre surgem no sentido de se opor ao escorregamento ou à tendência de

Fís.
escorregamento.

Atenção!
Quando não há atrito as forças trocadas entre os corpos são sempre perpendiculares à região de contato
( = ⃗ ).

Os atritos são classificados em:


-Dinâmico ou Cinético  quando há movimento relativo entre as superfícies.
-Estático  quando as superfícies não entram em movimento relativo entre si.
Estudaremos a força de atrito mais detalhadamente no próximo módulo! Tranquilize-se mocinho e mocinha!

Visto que a grandeza física Força possui características vetoriais, nada mais justo do que relembrar as
operações e propriedades vetoriais.

OPERAÇÕES COM VETORES:

Soma Vetorial
Pode ser feita de 2 formas, pela regra do polígono ou pela regra do paralelogramo. As duas formas irão dar
o mesmo resultado, porém, em alguns casos, fazer uma das regras será mais fácil do que a outra.

Como escrever uma soma vetorial: ⃗ = ⃗⃗⃗⃗ + ⃗⃗⃗⃗

Na imagem abaixo temos a regra do paralelogramo à esquerda e a regra do polígono à direita. Veja que os
vetores somados são os mesmos, ou seja, tem mesmo módulo, direção e sentido.

• Regra do paralelogramo: os vetores são unidos pela origem e traçadas retas paralelas, formando o
paralelogramo. Depois é só traçar um vetor que saia da mesma origem dos vetores somados e ligar
ao vértice do paralelogramo que não tinha vetor encostando.
• Regra do polígono: os vetores são unidos de uma forma diferente. A origem se um vetor sempre será
colocada na extremidade do outro vetor. Após todos os vetores serem colocados seguindo esse
padrão, traçasse um vetor que saia da origem do primeiro vetor até a extremidade do último vetor.

Multiplicação por um escalar:


Seja ⃗ o vetor a ser multiplicado pelo número real �, resultando no vetor ⃗⃗ .
Ou seja:
⃗⃗ = � ∙ ⃗
⃗⃗
Este vetor terá as seguintes características:
• Módulo: |⃗⃗⃗⃗| = |�| ∙ ⃗⃗⃗⃗⃗
| |
• Direção: a mesma de ⃗ se � ≠ Fís.
• Sentido: o mesmo de ⃗ se � > e oposto de ⃗ se � <

Diferença Vetorial
Considere a seguinte diferença de vetores:
⃗ = ⃗⃗⃗⃗ − ⃗⃗⃗⃗

Para resolver esta situação, iremos inverter o sentido do vetor 2, ou seja, pegaremos o seu oposto e iremos
somar com o vetor 1:
⃗ = ⃗⃗⃗⃗ + −⃗⃗⃗⃗

Não se preocupe, é apenas mudar o sentido do vetor que está com o sinal negativo e somar normalmente
usando qualquer umas das regras de soma vetorial.
EXERCÍ CI OS DE AULA

1. CTB Lei nº 9.503 de 23 de Set embro de 1997


Institui o Código de Trânsito Brasileiro
- Art. 65. É obrigatório o uso do cinto de segurança para condutor e passageiros em todas as vias do
território nacional, salvo em situações regulamentadas pelo CONTRAN.
http:/ / www.jusbrasil.com.br.
O uso do cinto de segurança, obrigatório por lei, remete-nos a uma das explicações da Lei da Inércia,
que corresponde à
a) 1ª Lei de Ohm.
b) 2ª Lei de Ohm.
c) 1ª Lei de Newton.
d) 2ª Lei de Newton.

2. O personagem Cebolinha, na tirinha abaixo, vale-se de uma Lei da Física para executar tal proeza que
acaba causando um acidente.

A lei considerada pelo personagem é: Fís.


a) 1ª Lei de Newton: Inércia.
b) 2ª Lei de Newton: F = ma
c) 3ª Lei de Newton: Ação e Reação.
d) Lei da Conservação da Energia.

3. Inicialmente, Mariana foi se divertir no balanço. Solta, do repouso, de uma certa altura, ela oscilou
entre dois extremos elevados, a partir dos quais iniciou o retorno até o extremo oposto. Imagine-a no
extremo da direita como na figura.
Desconsiderando o seu tamanho, bem como o do balanço, e imaginando apenas um cabo sustentando
o sistema, o correto esquema das forças agentes sobre ela nessa posição, em que cada seta representa
uma força, é o da alternativa:

4. Objetos em queda sofrem os efeitos da resistência do ar, a qual exerce uma força que se opõe ao
movimento desses objetos, de tal modo que, após um certo tempo, eles passam a se mover com
velocidade constante. Para uma partícula de poeira no ar, caindo verticalmente, essa força pode ser
aproximada por = − ∙ sendo a velocidade da partícula de poeira e b uma constante positiva. O
gráfico mostra o comportamento do módulo da força resultante sobre a partícula, FR como função de
o módulo de

Fís.

Note e adote:
- O ar está em repouso.

O valor da constante b em unidades de N·s/ m é


a) 1,0 x 10-14
b) 1,5 x 10-14
c) 3,0 x 10-14
d) 1,0 x 10-10
e)3,0 x 10-10
5. O diagrama ao lado representa dois blocos, empilhados e apoiados numa mesa, e as forças: peso do
bloco de cima, P1; peso do bloco de baixo, P2; reação normal do bloco de baixo sobre o de cima, R;
compressão do bloco de baixo pelo de cima, C; reação normal da mesa sobre o bloco de baixo, N;
compressão da mesa pelo bloco de baixo, B. As forças que formam um par ação -reação, no sentido
da 3ª Lei de Newton, são:

a) N e B.
b) N e C.
c) P1 e N.
d) P2 e R.
e) R e B.

6. Quando o astronauta Neil Armstrong desceu do módulo lunar e pisou a Lua, em 20 de julho de 1969, a
sua massa total, incluindo seu corpo, trajes especiais e equipamento de sobrevivência era de
aproximadamente 300 kg. O campo gravitacional lunar é, aproximadamente, 1/ 6 do campo
gravitacional terrestre. Se a aceleração da gravidade na Terra é aproximadamente 10,0 m/ s², podemos
afirmar que
a) a massa total de Armstrong na Lua é de 300 kg e seu peso é 500 N.
b) a massa total de Armstrong na Terra é de 50 kg e seu peso é 3000 N.
c) a massa total de Armstrong na Terra é de 300 kg e seu peso é 500 N.
d) a massa total de Armstrong na Lua é de 50 kg e seu peso é 3000 N.
e) o peso de Armstrong na Lua e na Terra são iguais.

EXERCÍ CI OS DE CASA

1. Em 1543, Nicolau Copérnico publicou um livro revolucionário em que propunha a Terra girando em Fís.
torno do seu próprio eixo e rodando em torno do Sol. Isso contraria a concepção aristotélica, que
acredita que a Terra é o centro do universo. Para os aristotélicos, se a Terra g ira do oeste para o leste,
coisas como nuvens e pássaros, que não estão presas à Terra, pareceriam estar sempre se movendo do
leste para o oeste, justamente como o Sol. Mas foi Galileu Galilei que, em 1632, baseando -se em
experiências, rebateu a crítica aristotélica, confirmando assim o sistema de Copérnico. Seu argumento,
adaptado para a nossa época, é se uma pessoa, dentro de um vagão de trem em repouso, solta uma
bola, ela cai junto a seus pés. Mas se o vagão estiver se movendo com velocidade constante, a bola
também cai junto a seus pés. Isto porque a bola, enquanto cai, continua a compartilhar do movimento
do vagão.

O princípio físico usado por Galileu para rebater o argumento aristotélico foi
a) a lei da inércia.
b) ação e reação.
c) a segunda lei de Newton.
d) a conservação de energia.
e) o princípio da equivalência.
2. Durante uma faxina, a mãe pediu que o filho a ajudasse, deslocando um móvel para muda-lo de lugar.
Para escapar da tarefa, o filho disse ter aprendido na escola que não poderia puxar o m óvel, pois a
Terceira Lei de Newton define que se puxar o móvel, o móvel puxará igualmente de volta, e assim não
conseguiria exercer uma força que possa colocá-lo em movimento.

Qual argumento a mãe utilizará para apontar o erro de interpretação do garoto?


a) A força de ação é aquela exercida pelo garoto.
b) A força resultante sobre o móvel é sempre nula.
c) As forças que o chão exerce sobre o garoto se anulam.
d) A força de ação é um pouco maior que a força de reação.
e) O par de forças de ação e reação não atua em um mesmo corpo.

3. Para entender os movimentos dos corpos, Galileu discutiu o movimento de uma esfera de metal em
dois planos inclinados sem atritos e com a possibilidade de se alterarem os ângulos de inclinação,
conforme mostra a figura. Na descrição do experimento, quando a esfera de metal é abandonada para
descer um plano inclinado de um determinado nível, ela sempre atinge, no plano ascendente, no
máximo, um nível igual àquele em que foi abandonada.

Se o ângulo de inclinação do plano de subida for reduzido a zero, a esfera


a) manterá sua velocidade constante, pois o impulso resultante sobre ela será nulo.
b) manterá sua velocidade constante, pois o impulso da descida continuará a empurrá-la.
c) diminuirá gradativamente a sua velocidade, pois não haverá mais impulso para empurrá-la.
d) diminuirá gradativamente a sua velocidade, pois o impulso resultante será contrário ao movimento.
e) aumentará gradativamente a sua velocidade, pois não haverá nenhum impulso contrário ao seu
movimento.

4. O bungee jump é um esporte radical no qual uma pessoa salta no ar amarrada pelos tornozelos ou pela
cintura a uma corda elástica.

Fís.

Considere que a corda elástica tenha comprimento natural (não deformada) de 10m. Depois de saltar,
no instante em que a pessoa passa pela posição A, a corda está totalmente na vertical e com seu
comprimento natural. A partir daí, a corda é alongada, isto é, tem seu comprimento crescente até que
a pessoa atinja a posição B, onde para instantaneamente, com a corda deformada ao máximo.
Desprezando a resistência do ar, é correto afirmar que, enquanto a pessoa está descendo pela primeira
vez depois de saltar, ela
a) atinge sua máxima velocidade escalar quando passa pela posição A.
b) desenvolve um movimento retardado desde a posição A até a posição B.
c) movimenta-se entre A e B com aceleração, em módulo, igual à da gravidade local.
d) tem aceleração nula na posição B.
e) atinge sua máxima velocidade escalar numa posição entre A e B.

5. Em uma operação de resgate, um helicóptero sobrevoa horizontalmente uma região levando


pendurado um recipiente de 200 kg com mantimentos e materiais de primeiros socorros. O recipiente
é transportado em movimento retilíneo e uniforme, sujeito às forças peso �⃗ , de resistência do ar
horizontal e tração ⃗ , exercida pelo cabo inextensível que o prende ao helicóptero.

Fís.
Sabendo que o ângulo entre o cabo e a vertical vale Θ, que senΘ = 0,6, cosΘ = 0,8 e g = 10 m/ s², a
intensidade da força de resistência do ar que atua sobre o recipiente vale, em N,
a) 500
b) 1250
c) 1500
d) 1750
e) 2000

6. Em setembro de 2010, Júpiter atingiu a menor distância da Terra em muitos anos. As figuras abaixo
ilustram a situação de maior afastamento e a de menor aproximação dos planetas, considerando que
suas órbitas são circulares, que o raio da órbita terrestre (RT) mede 1,5.1011 m e que o raio da órbita de
Júpiter (RJ) equivale a 7,5.1011 m.
Quando o segmento de reta que liga Júpiter ao Sol faz um ângulo de 120º com o segmento de reta
que liga a Terra ao Sol, a distância entre os dois planetas é de

7. Num jato que se desloca sobre uma pista horizontal, em movimento retilíneo uniformemente
acelerado, um passageiro decide estimar a aceleração do avião. Para isto, improvisa um pêndulo que,
quando suspenso, seu fio fica aproximadamente estável, formando um ângulo Θ = 25º com a vertical e
em repouso em relação ao avião. Considere que o valor da aceleração da gravidade no local vale 10
m/ s², e que sen25º ≈ 0,42; cos25º ≈ 0,90; tan25º ≈ 0,47. Das alternativas, qual fornece o módulo
aproximado da aceleração do avião e melhor representa a inclinação do pêndulo?

Fís.
8. O gráfico abaixo representa a força F exercida pela musculatura eretora sobre a coluna vertebral, ao
se levantar um peso, em função do ângulo ϕ, entre a direção da coluna e a horizontal. Ao se levantar
pesos com postura incorreta, essa força pode se tornar muito grande, causando dores lombares e
problemas na coluna.

Com base nas informações dadas e no gráfico acima, foram feitas as seguintes afirmações:

I Quanto menor o valor de ϕ, maior o peso que se consegue levantar.


II Para evitar problemas na coluna, um halterofilista deve procurar levantar pesos adotando postura
corporal cujo ângulo ϕ seja grande.
III Quanto maior o valor de ϕ, menor a tensão na musculatura eretora ao se levantar um peso.

Está correto apenas o que se afirma em


a) I
b) II
c) III

Fís.
d) I e II
e) II e III

9. Para passar de uma margem a outra de um rio, uma pessoa se pendura na extremidade de um cipó
esticado, formando um ângulo de 30º com a vertical, e inicia, com velocidade nula, um movimento
pendular. Do outro lado do rio, a pessoa se solta do cipó no instante em que sua velocidade fica
novamente igual a zero. Imediatamente antes de se soltar, sua aceleração tem

a) valor nulo.
b) direção que forma um ângulo de 30º com a vertical e módulo 9 m/ s².
c) direção que forma um ângulo de 30º com a vertical e módulo 5 m/ s².
d) direção que forma um ângulo de 60º com a vertical e módulo 9 m/ s².
e) direção que forma um ângulo de 60º com a vertical e módulo 5 m/ s².
QUESTÃO CONTEXTO

Em repouso, o sistema de vasos comunicantes apresentado está em equilíbrio, de acordo com a figura 1.
Quando o sistema é submetido a um movimento uniformemente variado devido à ação de uma força
horizontal voltada para direita, o líquido deverá permanecer em uma posição tal qual o esquematizado em

Fís.
GABARI TO

Exercícios de aula

1. c
A lei na inércia menciona que um corpo tende a manter seu estado de movimento uniforme ou estático
a não ser que uma força externa aja sobre o corpo, ou seja, a tendência de um corpo em movimento
uniforme é continuar com esse movimento. No caso de uma colisão, o veículo para abruptamente e se
os ocupantes não estiverem usando o cinto de segurança, manterão os movimentos antes do impacto,
provocando sérias lesões e traumatismos.

2. a
O enunciado diz: - vale-se de uma lei da física para executar tal proeza, referindo-se à cena do primeiro
quadrinho, na qual Cebolinha puxa a toalha da mesa e os pratos não caem. A lei da física da qual
Cebolinha se vale é a da inércia, ou seja, os corpos em repouso tendem a permanecer em repouso.

3. e
Na situação descrita na questão, as forças atuantes sobre a menina são o peso e a força de tração na
corda.

4. e
No instante em que a partícula é abandonada, sua velocidade é nula. A força que se opõe ao movimento
é, então, também nula, sendo a força resultante igual ao próprio peso.
Da leitura do gráfico:
= → = → �=�= . −
Iniciada a queda, o módulo da força resultante é dado pelo princípio fundamental da dinâmica:
Fís.
� =�− → � =�−
Também do gráfico:

= . → � =
Assim, substituindo os valores:
− − −
.
= . − . → = .

5. a
Para que tenhamos um par de forças ação e reação, as forças devem ter mesma intensidade, mesma
direção, sentidos opostos e estarem aplicadas em corpos diferentes. Sendo assim, formam pares de
ação-reação, as seguintes forças: R e C e também o par N e B.
Obs.: as reações dos pesos P1 e P2 estão localizadas no centro da Terra.
6. a
� =
� =

� = . =

Exercícios de casa

1. a
A lei da inércia que um corpo tende sempre a manter seu estado de movimento ou de repouso. Manterá
se a resultante das forças sobre ele for nula. No caso da bola solta dentro do vagão, a resultante das
forças horizontais é nula, então, por inércia, ela mantém a componente horizontal de sua velocidade,
caindo junto aos pés da pessoa.

2. e
Ação e reação são forças de mesma intensidade, mesma direção e sentidos contrários, porém, não se
equilibram, pois não atuam no mesmo corpo.

3. a
Se o ângulo de inclinação do plano de subida for reduzido a zero, a esfera passa a se deslocar num plano
horizontal. Sendo desprezíveis as forças dissipativas, a resultante das forças sobre ela é nula, portanto o
impulso da resultante também é nulo, ocorrendo conservação da quantidade de movimento. Então, por
inércia, a velocidade se mantém constante.

4. e
A velocidade atinge seu valor máximo num ponto entre Ae B, quando a força peso e a força elástica têm
a mesma intensidade.

5. c
Como o movimento é retilíneo e uniforme, pela lei da inércia, a resultante das forças que agem no
recipiente é nula. Assim, as três forças mencionadas devem fechar um triângulo, como mostrado na
figura.

Fís.
� ,
�= → =� �= ( )= . .( )=
� � ,8

6. d

Lembrando que cos120º = -0,5 e aplicando a lei dos cossenos na figura acima, calculamos D:
7. a
Quando a avião acelera, por inércia, a tendência do pêndulo é manter-se em repouso, em relação ao solo.
Por isso, em relação ao avião, ele inclina-se para trás.

A fig.1 mostra as forças que agem na massa (m) pendular: peso (P) e tração (T)
A fig.2 mostra novamente essas forças e a resultante R delas, na direção paralela ao movimento,
perpendicular ao peso. Sendo Θ, o ângulo de inclinação em relação à vertical pelo ponto de suspensão,
temos:
tg Θ = R / P  tg Θ = ma / mg = a / g  a = gtg Θ = 10(0,47) = 4,7 m/ s²

8. e
I Incorreta. Quanto menor o ângulo ϕ, mais inclinada está a pessoa, exigindo maior esforço da coluna,
portanto menor o peso que se consegue levantar.
II Correta. Quanto maior o ângulo ϕ, mais ereto está o halterofilista, exigindo menor esforço da coluna.
III Correta. Quanto maior o valor de ϕ, menor a tensão na musculatura eretora ao se levantar um peso,
que é exatamente o que mostra o gráfico.

9. e
Se a velocidade é nula, a aceleração tem direção tangencial, formando com a vertical um ângulo de
60º, como indicado na figura.

Fís.

A resultante é a componente tangencial do peso. Aplicando o princípio fundamental da dinâmica:


�� = → °= → = ( )=

Questão Contexto

Por inércia o líquido tenderá a subir à esquerda, mantendo sua superfície livre na mesma reta.
Geo.
Professor: Ricardo Marcílio
Monitor: Marcus Oliveira

Geo.
Padrões de localização da indústria 12
mundial mar

RESUM O

A indústria é um importante fator de atração demográfica e econômica e parte fundamental do processo


de urbanização. No momento de optar por uma localidade, as indústrias são atraídas pelas vantagens
competitivas, que são características de um lugar que garantem àquela indústria maior competividade no
mercado. Entre os fatores locacionais, podem-se citar:

• Matérias-primas: mineral, agropecuária.


• Energia: carvão, petróleo, gás, eletricidade, etc.
• Mão de obra: qualificada ($$$) ou pouco qualificada ($).
• Tecnologia: parques tecnológicos, universidades, centros de pesquisa e desenvolvimento .
• Mercado consumidor: tamanho daquele mercado e poder aquisitivo.
• Logística: disponibilidade e custos competitivos de transporte e armazenagem.
• Rede de telecomunicações: telefonia fixa e móvel, internet, etc.
• Complementaridade: proximidade de outras indústrias importantes.
• Incentivos fiscais: redução ou isenção de impostos concedida pelo Estado nas três esferas de poder.

Esses fatores nem sempre explicam os diferentes padrões de distribuição industrial. Não se deve entender
que a presença de mão de obra qualificada é o fator determinante para qualquer indústria. Existem aquelas
em que uma mão de obra barata e pouco qualificada atende melhor às suas necessidades. Nesse sentido, a
importância desses fatores é determinada pelo tipo de indústria, além de existir uma diferenciação histórica,
o que significa que, no passado, a proximidade com a fonte energética era mais importante, uma vez que
era mais fácil transportar um bem industrializado do que toneladas de carvão. Atualmente, a logística permite
maior flexibilidade, facilitando que determinadas indústrias se localizem longe do seu mercado consumidor
e próximo a um local que ofereça mão de obra mais barata.

Desconcentração da Atividade Industrial

A revolução nos transportes e na comunicação criou a base para o fenômeno da Globalização. As


indústrias não mais precisam se instalar próximo à matéria-prima ou ao mercado consumidor. Para as
empresas transnacionais, o mundo é seu mercado. O local em que o produto é fabricado não importa, e sim
a marca. Um iPhone produzido no Brasil ou na China é um iPhone. Por isso, é possível observar que existe
uma grande competição entre os locais para atrair a maior quantidade possível de empresas e indústrias,

Geo.
pois são fundamentais para gerar empregos e impostos, dinamizando a economia. A marca (Apple) importa
mais que o produto. Nesse sentido, diversas indústrias têm fechado suas portas e direcionado sua produção
para outros locais (vantagens competitivas) em que a mão de obra é mais barata. Já a concepção e o
desenvolvimento de determinado produto se localiza onde a mão de obra é mais qualificada.

Parques Tecnológicos

Conhecidos também como tecnopolos, são pontos de interconexão da rede mundial de produção
de conhecimento, isto é, são os principais centros de inovações, que caracterizam o meio t écnico -
científico -informacional da Terceira Revolução Industrial . Boa parte dos tecnopolos se concentram nos
Estados Unidos, União Europeia e Japão. Além desses, países como Coreia do Sul, Taiwan e os emergentes
(Brasil, China, Índia, México, entre outros) também possuem alguns parques tecnológicos importantes.
EXERCÍ CI OS DE AULA

1. Os fatores locacionais da indústria passaram por grandes modificações, desde o século XVIII, alterando
as decisões estratégicas das empresas acerca da escolha do local mais rentável para seu
empreendimento. O esquema abaixo apresenta alguns modelos de localização da siderurgia,
considerando os fatores locacionais mais importantes para esse tipo de indústria: minério de ferro,
carvão mineral, mercado e sucata.

TERRA, Lygia e outros. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil. São Paulo: Moderna, 200 8.

No caso dos modelos C e D, as mudanças socioeconômicas que justificam as escolhas de novos locais
para instalação de usinas siderúrgicas nas últimas décadas são, respectivamente:
a) dispersão dos mercados consumidores revalorização das economias de aglomeração
b) eliminação dos encargos com a mão de obra generalização das redes de telecomunicação
c) diminuição dos preços das matérias-primas substituição de fontes de energia tradicionais
d) redução dos custos com transporte ampliação das práticas de sustentabilidade ambiental

2. Em virtude da importância dos grandes volumes de matérias-primas na indústria química eram


necessárias dez a doze toneladas de ingredientes para fabricar uma tonelada de soda , a indústria teve
uma localização bem definida quase que desde o início. Os três centros principais eram a área de
Glasgow e as margens do Mersey e do Tyne.
LANDES, D. S. Prometeu desacorrentado: transformação tecnológica e desenvolvimento industrial na Europa ocidental,
desde 1750 até a nossa época. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994.

A relação entre a localização das indústrias químicas e das matérias-primas nos primórdios da
Revolução Industrial provocou a
a) busca pela isenção de impostos.
b) intensa qualificação da mão de obra.

Geo.
c) diminuição da distância dos mercados consumidores.
d) concentração da produção em determinadas regiões do país.
e) necessidade do desenvolvimento de sistemas de comunicação.

3. A instalação de uma refinaria obedece a diversos fatores técnicos. Um dos mais importantes é a
localização, que deve ser próxima tanto dos centros de consumo como das áreas de produção. A
Petrobras possui refinarias estrategicamente distribuídas pelo país. Elas são responsáveis pelo
processamento de milhões de barris de petróleo por dia, suprindo o mercado com derivados que
podem ser obtidos a partir de petróleo nacional ou importado.
MURTA, A. L. S. Energia: o vício da civilização; crise energética e alternativas sustentáveis. Rio de Jan eiro: Garamond,
2011.
A territorialização de uma unidade produtiva depende de diversos fatores locacionais. A partir da leitura
do texto, o fator determinante para a instalação das refinarias de petróleo é a proximidade a
a) sedes de empresas petroquímicas.
b) zonas de importação de derivados.
c) polos de desenvolvimento tecnológico.
d) áreas de aglomerações de mão de obra.
e) espaços com infraestrutura de circulação.
4. A escolha de um local para a instalação de uma planta industrial não é aleatória. Essa escolha,
geralmente, recai sobre um lugar que ofereça mais rentabilidade para o empreendimento. Cada
empresa avalia os elementos mais importantes para tomar a decisão. Esses elementos são chamados
de fatores locionais e variam dependendo do tipo de indústria.

As empresas que produzem tecnologia vestível procuram se instalar nos chamados tecnopolos como
o Vale do Silício nos Estados Unidos que, além de outras vantagens, oferecem
a) mão de obra barata e contiguidade às redes bancárias, comerciais e hospitalares.
b) proximidade de universidades e centros de pesquisa e de tecnologia.
c) amplo mercado consumidor e grande quantidade de matéria-prima.
d) energia abundante e barata e informalidade da mão de obra.
e) incentivos fiscais e legislação ambiental deficiente.

EXERCÍ CI OS DE CASA

1. Assinale a alternativa que indica corretamente o fator considerado determinante para a localização das
indústrias durante a Primeira Revolução Industrial (final do século XVIII a meados do século XIX).
a) Reservas de petróleo.
b) Incentivos fiscais.
c) Mão de obra especializada.
d) Jazidas de carvão mineral.
e) Disponibilidade de água.

2. Observe na figura os diversos modelos locacionais da indústria siderúrgica e analise as afirmativas que
seguem.

Geo.

Terra e Araújo, 2008, p. 410.

I. Nos modelos locacionais da figura, a usina é atraída pelas reservas de ambas as matérias-primas
(carvão e ferro).
II. Nos modelos locacionais da figura, a usina é atraída pelas reservas de ambas as matérias-primas
(carvão e ferro), pelas reservas de uma dessas matérias-primas ou pelo mercado de consumo.
III. , a localização da usina está relacionada à presença de matérias-primas.
, a localização da usina não está relacionada à presença de
matérias-primas, o que acontece com frequência em siderurgias implantadas nas últimas décadas.
São incorretas as afirmativas:
a) I, II e III.
b) I, II e IV.
c) I e III.
d) II e IV.
e) I, II, III e IV.

3. Na distribuição da indústria no mundo, além de fatores histórico-políticos, há também os chamados


fatores locacionais . No caso dos Tigres Asiáticos, os fatores locacionais mais importantes são:
a) Existência de mão de obra qualificada e extensa rede de comunicações.
b) Grande mercado consumidor interno e densa rede de transportes.
c) Disponibilidade própria de matérias-primas minerais e mão de obra barata.
d) Incentivos fiscais governamentais e disponibilidade de terras baratas no interior.
e) Recursos energéticos (petróleo e gás natural) e incentivos fiscais.

4. Observe a charge a seguir.

http:/ / 33pensees.voila.net/ dessin.html

Com base na leitura da charge e nos conhecimentos sobre a conjuntura econômica mundial, pode-se
concluir que
a) a revolução técnico-científica tem redefinido o mercado de trabalho, esvaziando os setores
primário e terciário dos países mais desenvolvidos.
b) o crescimento da interdependência econômica entre os países tem transformado o mundo do
trabalho em uma aldeia global.
c) a mundialização do consumo de bens industriais tem exigido cada vez mais mão de obra qualificada

Geo.
para atender à demanda mundial.
d) as migrações internacionais têm representado a introdução de mão de obra jovem em áreas cuja
população se caracteriza pelo envelhecimento.
e) a reorganização do espaço industrial no mundo avança com o surgimento de novos países
emergentes e as crises de desemprego nos velhos países industriais.

5. A metrópole se transforma num ritmo intenso. A mudança mais evidente refere-se ao deslocamento
de indústrias da cidade de São Paulo [para outras cidades paulistas ou outros estados], uma tendência
que presenciamos no processo produtivo como condição de competitividade que obriga as
empresas a se modernizarem.
A. F. A. Carlos, São Paulo: do capital industrial ao capital financeiro, 2004. Adap tado.

Com base no texto acima e em seus conhecimentos, considere as afirmações:


I. Um dos fatores que explica o deslocamento de indústrias da capital paulista é o seu trânsito
congestionado, que aumenta o tempo e os custos da circulação de mercadorias.
II. O deslocamento de indústrias da capital paulista tem acarretado transformações no mercado de
trabalho, como a diminuição relativa do emprego industrial na cidade.
III. O deslocamento de indústrias da cidade de São Paulo decorre, entre outros fatores, do alto grau
de organização e da forte atuação dos sindicatos de trabalhadores nessa cidade.
Está correto o que se afirma em
a) I, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) II e III, apenas.
e) I, II e III.

6. A guerra da concorrência tem início quando os empresários industriais tomam as decisões relativas à
.
(Magnoli & Araújo, p.142, 2005)

Sobre a localização industrial, ao longo dos últimos séculos, leia as alternativas a seguir:
I. Nas últimas décadas do século XX, estabeleceu-se uma nova lógica mundial de localização
industrial: a produção em larga escala, com elevada automação, é realizada nos países
desenvolvidos e as indústrias de tecnologia de ponta concentram-se nos países subdesenvolvidos,
onde a mão de obra é mais barata.
II. Com a Revolução Tecnológica ou Informacional, as grandes indústrias deixaram de ter o espaço
local e regional como principal base de produção, ultrapassando as fronteiras nacionais.
III. Ao longo do século XX, acentuou-se o processo de concentração industrial, em consequência da
crescente elevação dos custos de transferência de matéria-prima e de produtos industrializados.
IV. Nos países desenvolvidos, as antigas concentrações industriais vêm perdendo terreno para as novas
regiões produtivas, as quais são marcadas pela presença de centros de pesquisa e de universidades.
V. As economias de aglomeração presentes nas grandes metrópoles mundiais reforçam a tendência,
cada vez maior, de concentração espacial da indústria.

Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas.


a) I e II
b) I e V
c) II e IV
d) II, III e IV
e) III, IV e V

QUESTÃO CONTEXTO

Geo.

Disponível em: CHARLIER, Jacques (dir.). Atlas du 21e siècle édition 2012. Groningen: Wolters-noordhoff; paris: Éditions
nathan, 2011. p. 196.

O mapa acima destaca os principais polos de inovação tecnológica. Explique em que sentido eles podem ser
considerados como fator locacional para as indústrias no século XXI.
GABARI TO

Exercícios de aula

1. d
No passado, só havia viabilidade econômica para uma indústria siderúrgica se estivesse situada próximo
a determinados fatores locacionais. Com a redução de custos de transporte e sua maior eficiência, as
siderurgias não precisam se localizar próximo à matéria-prima (minério de ferro) e à fonte de energia
(carvão mineral), explicando o modelo C. Já o modelo D é fruto da ampliação das práticas de
sustentabilidade ambiental, uma vez que a usina passa a utilizar sucata no processo produtivo, isto é,
reutilizar determinados materiais.

2. d
O texto explica a necessidade da indústria química de se localizar próximo à fonte de matéria-prima.
Assim, a localização industrial era determinada pela matéria-prima, o que gerava uma concentração da
produção em determinadas regiões do país, uma vez que, no passado, o custo de transporte era muito
elevado ou tecnicamente impossível.

3. e
O texto explica que a localização é um dos fatores técnicos mais importantes para a instalação da
refinaria. Para atender ao mercado nacional, a Petrobras precisa definir estrategicamente a distribuição
dessas refinarias. Nesse sentido, precisa buscar espaços com infraestrutura de circulação que permita o
transporte de derivados da refinaria entre a área de prod ução e a área de consumo. Os polos
tecnológicos e a mão de obra não se constituem como fatores para a circulação dos derivados do
petróleo.

4. b
As empresas de tecnologia procuram se localizar em tecnopolos, pois são os principais centros de
inovações, produzindo pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, tal como demandam as
empresas de tecnologia vestível.

Exercícios de casa

Geo.
1. d
Na Primeira Revolução Industrial, dada a ineficiência da rede de transporte, a proximidade com a fonte
de energia (carvão mineral) era um fator determinante na localização das indústrias.

2. c
Nos modelos locacionais, a usina é atraída por diferentes fatores. No modelo locacional G, a usina está
próximo ao mercado consumidor e distante da matéria-prima e da fonte de energia, o que torna as
afirmativas I e III incorretas.

3. a
Os Tigres Asiáticos são caracterizados por um processo de industrialização voltado para atender às
demandas do mercado externo. Ganharam grandes investimentos a partir da década de 1970 e sua
industrialização está relacionada principalmente aos produtos da Terceira Revolução Industrial. Assim, a
existência de mão de obra qualificada e de rede de telecomunicações é fundamental.
4. e
O processo de desconcentração industrial permitiu que as indústrias buscassem em outros países
melhores vantagens competitivas. Com isso, observa-se um movimento de saída das indústrias dos países
desenvolvidos, o que tem gerado crises de desemprego nesses países devido ao alto custo de mão de
obra.

5. e
O trânsito aumenta os custos de circulação das mercadorias, encarecendo o produto e diminuindo a
competitividade. O deslocamento das indústrias para médias cidades diminui a geração de emprego no
setor secundário, causando uma hipertrofia do setor terciário. Por fim, a forte pressão sindical também
explica o deslocamento, uma vez que, por meio dos sindicatos, os trabalhadores conseguem maior
ganho salarial, diminuindo a lucratividade da empresa.

6. c
Com a Terceira Revolução Industrial, as indústrias passaram a atuar em uma escala global, pensando
igualmente na produção, desenvolvimento e comercialização dos seus produtos, o que faz da afirmativa
II correta. Nos últimos anos, observa-se um movimento de saída das indústrias dos países desenvolvidos
e, por outro lado, há um crescimento dos tecnopolos nesses países, tornando a afirmativa IV correta.

Questão Contexto

Os tecnopolos ou parques tecnológicos são os principais pontos de produção de conhecimento e


informação. Nesse sentido, são fundamentais para o desenvolvimento de novas tecnologias. A atual fase
capitalista, caracterizada pelo meio técnico-científico-informacional, tem no desenvolvimento de novas
tecnologias o principal fator de crescimento econômico. Nesse sentido, as indústrias de tecnologia intensiva
buscam esses polos como base para seu desenvolvimento e crescimento.

Geo.
GEP
Slide de abertura
Growth Mindset: não crie limites 15
para seu aprendizado mar

O termo Growth M indset , em uma tradução direta, significa Mentalidade de Crescimento. Esse conceito foi
desenvolvido pela psicóloga Carol Dweck, em seu livro M indset: A Nova Psicologia do Sucesso, para expli-
car que o sucesso e a inteligência podem ser alcançados com dedicação e esforço, e que o erro é parte
fundamental desse processo. Para entender um pouco mais sobre esse conceito, assista ao vídeo abaixo.

No livro Garra: O Poder da Paixão e da Perseverança, a pesquisadora Angela Duckworth destaca a impor-
tância do esforço na conquista dos seus objetivos. Para ela, o esforço é muito mais importante que o talento
ou a habilidade. Nesse sentido, os conceitos de Growth M indset e Garra estão diretamente relacionados.
Ao adotar uma mentalidade de crescimento e se esforçar o suficiente, mesmo errando durante esse caminho,
o sucesso será uma parte integrante do seu resultado. Clique no link abaixo e assista ao TED da pesquisadora
Duckworth sobre Garra.

GEP

No seu livro, exemplifica muito bem a importância do esforço, a partir do exemplo do lendário atleta do time
San Francisco 49ers, Steve Young. Ele entrou para o time da Universidade Brigham Young (BYU) como oitavo
quarterback. Durante a temporada daquele ano, após seu pai convencê-lo de que desistir não era o caminho,
foi o primeiro a chegar aos treinos e o último a sair. Em dois meses, havia lançado mais de dez mil espirais.
Nos próximos anos, não diminuiu o ritmo. Na segunda temporada, Steve passou da oitava para a segunda
posição no time; na terceira, tornou-se o quarterback titular da BYU; e, na quarta, recebeu o prêmio Davey
país. Mas seu desafio não parou por aí. Durante esse tempo, o próprio
Steve relata que fracassou inúmeras vezes. Durante quatro anos, esteve no banco de reserva do San Fran-
cisco 49ers. Para uma pessoa normal, o fracasso o acompanhava todo dia. Mas ele não desistiu. Buscou
aprender mais com Joe M ontana, o quarterback titular do 49ers. Buscava evoluir todo dia. No Super Bowl
XXIX, foi apontado como melhor jogador, registrando o recorde de seis passes para touchdowns. Ao se apo-
sentar do esporte, era o mais bem classificado quarterback da história da NFL.
Autoavaliações
Todo o treino de Steve Young para alcançar o sucesso não foi feito de qualquer maneira. Meticulosamente,
ele decidiu seguir uma estratégia. Cada passo, movimento e arremesso era calculado, sempre buscando
melhorar um elemento após o outro. A análise de performance, ao chegar no 49ers, era realizada todo dia e
buscava revelar quais pontos precisavam ser desenvolvidos.

• Aprender

A autoavaliação possui •
Aplicar
Testar
• Avaliar
como obj etivo: • Revisar
• Melhorar

Nesse sentido, é muito importante que você mensure sua produção e descubra no que precisa evoluir. Não
desanime com seus erros, é possível aprender com eles. Essa é a mentalidade do Growth Mindset.

Diagnóstico de exercícios
O diagnóstico é uma forma de se autoavaliar. Ao fazer a lista de exercícios, busque responder às seguintes
perguntas:

• Quantas questões você acertou e errou?


• Quais são os temas das questões que errou?
• Quais erros foram por falta de atenção e quais foram por conhecimento?

A partir disso, você pode planejar uma estratégia para aprimorar sua performance. Sabendo que parte da-
quele tema ainda é difícil para você, busque assistir aos módulos gravados ou a uma aula ao vivo, aprofun-
dando seus conhecimentos. Naquele conteúdo que você tiver um nível alto de acertos, não há muita neces-
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Exemplo de tabela para acompanhar o rendimento por disciplina e assunto produzida pelo aluno Cleiton Felipe

Exemplo de tabelas para acompanhar o rendimento por disciplina e assunto produzidas pelo aluno Pedro Luis Bacelar Dos Santos

GEP
His.
Professor: João Daniel
Monitor: Octavio Correa

His.
História Medieval:
12
Alta Idade Média e
Feudalismo
mar

RESUM O.

O começo do medievo remete aos últimos tempos da antiguidade romana, o império depois de ter
sido dividido, a parte ocidental sofreu grandes mudanças pela variedade de culturas presentes em seu
território sendo grande parte dos povos incorporado ao império não soment e pela violência, mas por uma
assimilação também assim chefes militares e políticos dos povos que entraram em contato com os romanos
eram incluídos nas linhas romanas. Diante da instabilidade política e econômica que passava o Império
Romano os líderes políticos e generais assimilados não seguiam mais as ordens romanas, governando com
certa independência dentro de suas regiões.

Esse enfraquecimento no poder do império permitiu invasões e saques nas cidades, sendo o mais

476 d.C., este depois seria coroado o rei da Itália enviando as insígnias imperiais para Constantinopla sede
do Império Romano do Oriente, reconhecido por Zenão I. A sociedade medieval desenvolveu uma política
própria baseada nas tradições romanas e germânicas pré-existentes, mesmo tendo reis, o poder era exercido
mesmo pelo Senhor Feudal que comandava suas terras como bem entendia, esses homens geralmente
estavam inseridos em uma complexa rede de suserania e vassalagem.

O Suserano cedia a terra a seus Vassalos que lhe deviam lealdade durante os tempos de guerra, os
suseranos podiam ser vassalos de outros suseranos maiores e vice e versa. Havia ainda outras relações de
troca de terra por apoio acontecendo ainda nas esferas mais baixas da população, onde os servos presos a
terra trocavam a produção deles pela segurança oferecida pelos senhores feudais. A sociedade medieval era
praticamente estática, no alto se situavam o clero e a nobreza que detinham a terra passada de modo
hereditário pela nobreza e abaixo estavam os servos que tinham inúmeras obrigações com os senhores
feudais como dar parte da produção e reservar um dia por semana para trabalhar em obras do feudo, havia
ainda uma pequena parcela de pessoas livres que vivia nas cidades em diversas ocupações mas a maior parte
da população era serva nos campos da nobreza.

A economia passou por um enfraquecimento enorme do comércio por causa da diminuição da vida
urbana, o cultivo nos campos era rudimentar rendendo uma baixa produção o que influía diretamente na taxa
de natalidade dos servos principalmente. Os feudos pro duziam praticamente tudo o que precisavam

His.
diminuindo a necessidade do comércio que ainda sim resistia.

O período medieval culturalmente foi marcado por uma intensa volta do ser humano ao divino, o
teocentrismo. O alto clero dominava as ciências como astro nomia e a medicina sendo a camada que mais
recebia educação, a Escolástica que era uma filosofia de base cristã criada por São Tomas de Aquino era a
corrente ideológica mais influente do período, não obstante ser um período considerado obscuro da
humanidade nessa época que foram criadas as notas musicais utilizadas até hoje.

EXERCÍ CI OS DE AULA

1. O feudalismo, predominante na Europa desde o século V até o século XV, era um sistema
fundamentalmente agrário que, entretanto, se caracterizava pela baixa produtividade e pela técnica
rudimentar.
Assinale a alternativa que apresenta os principais fatores determinantes dessa situação.
a) A mão-de-obra escrava, mesmo com custo muito elevado, era utilizada em larga escala, mas,
devido ao risco de rebeliões, não permitia o uso de instrumentos aperfeiçoados e de novas
tecnologias.
b) O regime de trabalho servil favorecia o aumento da produtividade agrícola, porém as constantes
guerras, pestes e acidentes climáticos ocorridos na Europa nesse período acabaram por impedir o
desenvolvimento do potencial produtivo desse sistema.
c) Havia uma preocupação, especialmente por parte dos senhores de terras, com as inovações
técnicas e a melhoria no processo de trabalho para o aumento da produtividade. Mas, devido à
pouca escolaridade dos servos, estes acabavam não conseguindo utilizar tais inovações.
d) O solo era arado superficialmente e as sementes eram de má qualidade. Além disso, devido ao
sistema de três campos, um terço da terra estava sempre em repouso, o que evitava seu
esgotamento, mas diminuía a produção global.
e) Uma grande parte da colheita era destinada à Igreja, como forma de pagamento do dízimo, o que
desestimulava senhores e camponeses a investirem no aumento da produtividade agrícola.

2. "Na Idade Média, o processo de produção predominante o feudal teve relações sociais e uma
ordem política e cultural específicas."
(VICENTINO, C. História Geral. São Paulo: Scipione, 2002. p. 111.)

Sobre o feudalismo na Europa Ocidental, assinale a alternativa correta.


a) No feudalismo, a principal fonte de poder dos barões feudais se assentava nas manufaturas e nas
companhias de comércio criadas e administradas por eles.
b) Politicamente, o feudalismo pode ser caracterizado como um regime amplamente democrático,
no qual servos e senhores participam igualmente da direção política e econômica da sociedade.
c) O feudalismo é um sistema político e social caracterizado pela centralização do poder nas mãos
do rei e pela ausência de poder nas mãos dos integrantes do clero e da nobreza.
d) O comércio e as manufaturas contribuíram para o fim do feudalismo europeu ocidental na medida
em que possibilitaram a ascensão social e política do Terceiro Estado e o enfraquecimento da
servidão.
e) No feudalismo, a ciência e a cultura letrada se desenvolveram fora do raio de influência da Igreja
Católica e dos ensinamentos bíblicos.

3. O feudo é considerado por boa parte dos historiadores como uma unidade econômica, política e social
na cristandade ocidental. Assim para a historiografia o feudo
a) entra em crise a partir do século XVI, com o crescimento do comércio, das atividades artesanais e
com a diminuição das guerras.
b)
c) era um minifúndio que sobrevivia a partir das relações servis, em que se produzia trigo, aveia,
lentilhas e ervilhas e se criava animais, como porcos, galinhas e patos.

His.
d) tinha uma política descentralizada, em que se emprestava a juros, pagava tributos aos nobres e
concedia lotes de terras aos camponeses.
e) apresentava modelos diversificados na Europa, tanto nas representações culturais, quanto nas
relações políticas.

4. Em 399 d.C., ocorreu um conflito no norte da África entre cristãos e pagãos, no qual cerca de sessenta
cristãos foram mortos. Por esse motivo, Santo Agostinho escreve uma carta aos dirigentes locais,

romanas foram sepultadas, o terror das just as sentenças foi calcado aos pés e, certamente, não há
nenhuma veneração ou temor pelos imperadores. (...) Então, se reclamais vosso Hércules, quando
tivermos coletado cada moeda, de vosso artífice nós compraremos um deus para vós. Devolvei,
portanto, as almas que vossa truculenta mão abateu e, assim, do mesmo modo que por nós seja

(Santo Agostinho, Carta 50.)


Sobre o teor dessa carta, assinale a alternativa correta.
a) Com uma ironia ferina, Santo Agostinho desvaloriza o deus pagão, insinuando que este pode ser
comprado, enquanto que as almas cristãs não.
b) A carta de Santo Agostinho faz referência a um acordo entre cristãos e pagãos, pelo qual se propõe
a restituição de uma nova imagem de Hércules, com a finalidade de reestabelecer a paz naqueles
domínios do Império Romano.
c) As palavras de Agostinho indicam que ele procurou defender o ponto de vista e as atitudes dos
pagãos.
d) O propósito da carta de Santo Agostinho é a conversão de novas almas ao cristianismo.
e) A carta de Santo Agostinho indica que as desavenças entre cristão e pagãos eram irrelevantes para
ele.

5. Você me proibiu, senhora, de que lhe dissesse qualquer coisa sobre o quanto sofro por sua causa. Mas
então me diga, por Deus, senhora: a quem falarei o quanto sofro e já sofri por você senão a você
mesma?
DON DINIS. Cantiga de amor. Apud CEREJA, Willian Rodrigues; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Panorama da literatura
Portuguesa. São Paulo: Atual, 1997. p. 13. [Adaptado].

Na produção poética medieval, entre outros gêneros, encontram-se as cantigas de amor, que evocam
o ideal de amor cortês e encenam, no jogo amoroso, as relações entre os nobres. Com base no trecho
citado,

a) identifique quem ocupa o papel de suserano, na cena do jogo amoroso;


b) caracterize o ideal de amor cortês introduzido no universo da nobreza a partir do século XII.

6. O mosteiro deve ser construído de tal forma que tudo o necessário (a água, o moinho, o jardim e os
vários ofícios) exerce-se no interior do mosteiro, de modo que os monges não sejam obrigados a correr
para todos os lados de fora, pois isso não é nada bom para suas almas.
(Da Regra elaborada por São Bento, fundador da ordem dos beneditinos, em meados do século VI.)

O texto revela
a) o desprezo pelo trabalho, pois o mosteiro contava com os camponeses para sobreviver e satisfazer
as suas necessidades materiais.
b) a indiferença com o trabalho, pois a preocupação da ordem era com a salvação espiritual e não
com os bens terrenos.
c) a valorização do trabalho, até então historicamente inédita, visto que os próprios monges deviam
prover a sua subsistência.
d) a presença, entre os monges, de valores bárbaros germânicos, baseados na ociosidade dos
dominantes e no trabalho dos dominados.
e) o fracasso da tentativa dos monges de estabelecer comunidades religiosas que, visando a salvação,

His.
abandonavam o mundo.

EXERCÍ CI OS DE CASA

1.
fiéis (fiéis, portanto, cristãos) também os vassalos que se tornaram membros da família senhorial pela
investidura se tornaram fiéis (fiéis, portanto vassal
(Jacques Le Goff, Por um novo conceito de Idade Média).

Sobre as relações de suserania e vassalagem e sua finalidade, podemos afirmar que


a) desenvolviam a economia monetária e o comércio internacional.
b) fortaleciam os poderes reais, favorecendo o aparecimento das monarquias nacionais.
c) permitiam o estabelecimento de alianças militares e a obtenção de ajuda financeira e apoio político.
d) apoiavam a igreja nos conflitos com os imperadores.
e) eliminavam a rígida hierarquia feudal, possibilitando a mobilidade social.
2. O cavaleiro europeu ganhou força no início da Idade Média, sendo protegido por um elmo de ferro e
uma cota de malha, feita de elos de ferro interligados.
Esse texto reflete a força irresistível representada por um cavaleiro e seu cavalo, tais como:
a) A utilização constante do ferro na armadura representava o único produto da engenharia militar de
proteção do cavaleiro contra armamento de fogo.
b) Algumas das principais partes das armaduras do cavalo e do cavaleiro, como o peitoral, por
exemplo, chegavam a pesar 150 quilos.
c) Um cavaleiro totalmente armado não era capaz de montar seu cavalo sem ajuda do auxiliar
denominado armeiro.
d) O conjunto completo de armadura para o cavalo era feito de elos de ferro interligados para facilitar
o galope e a elegância artística.
e) Muitos cavaleiros iam para a luta portando uma armadura composta por duzentas peças, que o
protegia contra espadas, lanças, flechas e balistas.

3. Considere o texto.

Em São João (24 de junho), os camponeses de Verson, na Normandia (França), devem ceifar os
prados do senhor e levar os frutos ao castelo. (...) No começo do inverno, pagavam a corvéia sobre a
terra senhorial, para prepará-la, semear e passar a grade. Em Santo André (30 de novembro), paga-se
uma espécie de bolo. Pelo Natal, galinhas boas e finas.
(In: J. Isaac e A. Alba. História universal. São Paulo: Mestre Jou, 1967. p. 33-4)

A análise do texto permite identificar que, durante o feudalismo,


a) os senhores feudais proporcionavam vários presentes em espécie e em trabalho aos trabalhadores
das reservas servil e senhorial.
b) havia grande solidariedade entre os senhores feudais e os servos da gleba, demonstrada na troca
de favores entre ambos.
c) os camponeses deviam obrigações aos senhores feudais em parcelas da produção e prestação de
serviços gratuitos na reserva senhorial.
d) as relações comerciais entre os suseranos e os vassalos eram intensas, principalmente as realizadas
no verão e no inverno.
e) os trabalhadores eram livres para plantar e criar animais e vendê-los aos seus próprios senhores em
determinados períodos do ano.

4.
conservarem disponíveis para o mais importante, o essencial, quer dizer, o Opus Dei, a oração, a vida
contemplativa. Longe de ser uma instalação corrente, o moinho era uma raridade, uma curiosidade, e
a sua construção por monges passava, aos olhos contemporâneos, mais como prova de saber q uase

His.
sobrenatural, quase traumatúrgico dos monges, do que como exemplo de sua habilidade técnica. (...)
Este trabalho monástico tem, sobretudo, aspecto penitencial. É porque o trabalho manual se liga à
queda, à maldição divina e à penitência, que os monges, penitentes profissionais, penitentes de
vocação, penitentes por excelência, devem dar esse exemplo de mortificação.
(Jacques Le Goff. Para um novo conceito de Idade Média, 1993.)

a) Quem exercia o trabalho manual na Europa na Idade Média? Quais valores predominavam em
relação ao trabalho manual?
b) Cite um exemplo de valorização do trabalho manual na Idade Média europ eia.

5. lvimento, levado até muito longe,


dos laços de dependência de homem para homem, com uma classe de guerreiros especializados a
ocupar os escalões superiores dessa hierarquia; um parcelamento máximo do direito de propriedade;
uma hierarquia dos direitos sobre a terra provenientes desse parcelamento e correspondendo à
hierarquia dos laços de dependência pessoal a que se acaba de fazer referência; um parcelamento do
poder público, criando, em cada região, uma hierarquia de instâncias autônomas que exercem, no seu
próprio interesse, poderes normalmente atribuídos ao Estado e, em épocas anteriores, quase sempre

(François-Louis Ganshof, Que é o feudalismo? Lisboa, 1968.)


De acordo com o texto, caracterizam o feudalismo:
a) Fragmentação da autoridade e dependência pessoal.
b) Concentração fundiária e Estado dependente.
c) Autoridade e competência do poder real.
d) Fortalecimento do Estado e do clero.
e) Centralização e hierarquias.

6.
utilizar a insubstituível utensilagem intelectual do mundo greco -romano e de, por outro lado, vazá-la
em moldes cristãos, facilitou ou criou, mesmo, hábito s intelectuais muito perniciosos: a sistemática
deformação do pensamento dos autores, o perpétuo anacronismo, o raciocínio por citações isoladas
do contexto. O pensamento antigo só humilhado, deformado e atomizado pelo pensamento cristão
pôde sobreviver [.
(Adaptado de Jacques Le Goff, 1964, p. 151).

O fragmento do texto acima se refere


a) ao tratamento dado às antigas fontes pagãs pela maioria dos pensadores medievais da Alta Idade
Média, em que o essencial era o que os autores haviam dito, e que pod ia ser utilizado conforme
conviesse pela elite intelectual da Igreja Católica para servir aos propósitos do cristianismo.
b) à cultura renascentista, que deturpou o sentido das fontes originais, atitude justificada pela busca
extremada do uso da razão, eliminando qualquer possibilidade de expressão dos indivíduos pelo
sentimento, tônica da tradição antiga, presente nos textos.
c) ao período bizantino, em que as fontes greco-latinas precisavam sofrer um processo de releitura
para se ajustar às concepções políticas e religiosas que combatiam as influências orientais
presentes no pensamento ocidental.
d) à educação desenvolvida durante o Império Romano, em que a história escrita, antes da dominação
de vastos territórios pelos exércitos romanos, precisava sofrer alterações em sua análise e
interpretação, bem de acordo com a política externa romana: um império, um pensamento.
e) ao período de transição do feudalismo para o capitalismo, no qual a cultura precisava se adequar
às novas transformações econômicas, políticas e sociais, sendo adotada como primeira medida a
substituição do pensamento antigo pelo científico.

7.
adquiriu um novo sentido, passando a designar a categoria social os homens não livres, ou seja,
dependentes de um senhor. (...) A condição servil era marcada por um conjunto de direitos senhoriais
ou, do ponto de vista dos servos, de obrigações servis.
(Luiz Koshiba, História: origens, estruturas e processos)

Assinale a alternativa que caracterize corretamente uma dessas obrigações servis.

His.
a) Dízimo era um imposto pago por todos os servos para o senhor feudal custear as despesas de
proteção do feudo.
b) Talha era a cobrança pelo uso da terra e dos equipamentos do feudo e não podia ser paga com
mercadorias e sim com moeda.
c) Mão morta era um tributo anual e per capita, que recaía apenas sobre o baixo clero, os vilões e os
cavaleiros.
d) Corvéia foi um tributo aplicado apenas no período decadente do feudalismo e que recaía so bre os
servos mais velhos.
e) Banalidades eram o pagamento de taxas pelo uso das instalações pertencentes ao senhor feudal,
como o moinho e o forno.

8. Leia o texto escrito por um religioso medieval e assinale a alternativa incorreta sobre a Igreja cristã
daqu
que os senhores estejam obrigados a venerar e amar a Deus, e que os servos estejam obrigados a amar

(ANGERS, St. Laud de. In: FREITAS, Gustavo de. 900 textos e documentos de história. Lisboa: Plátano, 1975. Apud
VICENTINO, Claudio. História Geral, 2002, p.111).
a) O texto mostra uma concepção que prega a igualdade jurídica entre os homens medievais, pois a
desigualdade é estabelecida por Deus e não pelos homens.
b) Ao longo da Época Medieval (séculos V ao XV), a Igreja cristã se transformou em uma sólida e
importante instituição, estabelecendo normas, orientando comportamentos e disseminando uma
visão teocêntrica do mundo.
c) O trecho acima mostra a concepção do clero cristão que contribuiu para o fortalecimento do
domínio dos senhores feudais no período medieval.
d) Os mosteiros transformaram-se nos centros culturais da Idade Média, pois, sem suas bibliotecas,
que reuniam um grande número de obras, muitos textos escritos na Antiguidade teriam
desaparecido.
e) A Igreja teve um papel importante na vida da sociedade medieval, não somente na condução das
almas para a salvação, mas também no domínio material, quando se identificou com a própria
sociedade feudal.

9. Sabe-se que o feudalismo resultou da combinação de instituições romanas com instituições bárbaras
ou germânicas. Indique e descreva no feudalismo uma instituição de origem
a) romana.
b) germânica.

QUESTÃO CONTEXTO

A economia romana dependia fortemente da mão de obra escrava, os escravos eram usados para
praticamente todas as atividades. Explique por que a econômica romana dependia de um estado de guerra
constante.

His.
GABARI TO

Exercícios de aula

1. d
Os as técnicas agrícolas diminuíam o rendimento das terras, diminuindo a oferta de alimentos.

2. d
O feudalismo não pode continuar em um mundo tão diferenciado como o mundo com o comércio
renascido.

3. c
O feudo existia em si mesmo, não dependendo de nenhuma unidade externa tanto economicamente
quanto socialmente.

4. a
Podemos ver a ideia de superioridade cristã na carta de São Augustinho que via o deus pagão sujeito a
venda desvalorizando-o assim.

5. a) A mulher.
b) O amor cortês vincula-se às cantigas trovadorescas. Trata-se de uma forma idealizada de amor, na qual
se afirmam os seguintes elementos: sofrimento amoroso constante (relacionado, na maioria das vezes,
ao comprometimento da dama com outro homem), demonstração de paciência para cortejar a dama
(apenas a mulher é objeto do amor), cultivo de submissão e fidelidade à dama.

O ideário de amor presente no medievo era condizente com a filosofia cristã, sendo somente a mulher
objeto de amor e com fidelidade a dama amada.

6. c
A valorização do trabalho no caso eram aos monges que deviam ficar enclausurados, sendo assim não
poderiam fazer seu trabalho fora do mosteiro nem depender de servos.

His.
Exercícios de casa

1. c
Como a nobreza somente guerreava as alianças de suserania e vassalagem eram sempre militares.

2. e
As brutais batalhas da era medieval exigiam uma proteção completa co mo uma armadura cavalheiresca.

3. c
Os servos viviam uma vida miserável já que deviam a melhor e maior parte da produção ao senho r feudal.

4.
b) As corporações de ofício.

O trabalho manual era desvalorizado, sendo feitos por monges, que pagavam suas penitencias e por
servos que estavam na escala mais baixa da pirâmide social.
5. a
A queda do império romano influenciou essa fragmentação e o clima de insegurança fez o servo e os
senhores serem dependentes entre si.

6. a
Como o saber era controlado somente pelas classes mais altas, estas o utilizavam para manter a ordem
que os colocava acima dos outros.

7. e
Além da dependência a terra e parte da produção a servidão incluía o pagamento de taxas sobre o uso
dos equipamentos do feudo.

8. a
O texto na verdade prega a manutenção de um status de exploração dentro da sociedade feudal.

9. a) Entre as instituições romanas que tiveram desdobramentos na estruturação do regime feudal, destaca-
se o colonato. Parte da população, que, pelos mais variados motivos, perdia seus bens, buscava a
proteção de um proprietário e pagava essa proteção com o próprio trabalho. Nesse sentido, a instituição
do colonato pode ser considerada como uma precursora da servidão, segundo a qual o servo paga com
o seu trabalho o direito de viver nas terras do senhor.

b) Entre as instituições germânicas destaca-se o "comitatus", pelo qual os laços de dependência ligavam
um grande senhor aos seus subordinados, que, em caso de conflitos ou guerras, deveriam ajudar o seu
senhor; em contrapartida, o grande senhor lhes servia de árbitro e protetor. Essas relações de
dependência deram origem às relações de suserania e vassalagem na organização e no exercício do
poder político no regime feudal.

Como o feudalismo surge no fim do império romano, vemos uma grande mistura cultural no fim desse
período, advindo de anos de migração e trocas culturais no período final do império.

Questão Contexto

Os seres humanos que podiam ser escravizados eram os estrangeiros que eram capturados nas guerras, assim
Roma dependia de um estado de guerra constante para alimentar a grandiosa necessidade de mão de obra.

His.
Lit.
Professor: Diogo Mendes
Monitora: Maria Carolina Coelho

Lit.
16
Classicismo: Camões (poesia lírica)
Mar

RESUM O

I) O CLASSICISMO













Lit.
EXERCÍ CI OS DE AULA

1. Identifique a alternativa que não contenha ideais clássicos de arte:

Lit.
a)
b)
c)
d)

e)

2. Assinale a INCORRETA sobre Camões:


a)
b)

c)
d)
e)
3. Texto 1:
"Sôbolos rios que vão
Por Babilônia, me achei,
Onde sentado chorei
as lembranças de Sião
E quanto nela passei."

Texto 2:
"Enquanto quis Fortuna que tivesse
Esperança de algum contentamento,
O gosto de um suave pensamento
Me fez que seus efeitos escrevesse.

Porém, temendo Amor que aviso desse


Minha escritura a algum juízo isento
Escureceu-me o engenho ao tormento,
Para que seus enganos não dissesse.
Ó vós que Amor obriga a ser sujeitos

A diversas vontades! Quando lerdes


Num breve livro casos tão diversos,
Verdades puras são e não defeitos.
E sabei que, segundo o amor tiverdes,
Tereis o entendimento de meus versos."

Sobre os textos acima, é correto afirmar que:


a) o primeiro faz parte de uma cantiga trovadoresca.
b) ambos pertencem à obra de Camões, sendo o primeiro um exemplo de medida velha e o
segundo, de medida nova.
c) o primeiro foi extraído de um auto vicentino e o segundo, de um autor barroco.
d) pertencem ao Cancioneiro Geral de Garcia de Resende.
e) têm aspectos evidentemente barrocos, fazendo parte, portanto, da lírica de Gregório de Matos.

TEXTOS PARA AS PRÓXIMAS DUAS QUESTÕES.

Texto I
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

Lit.
É um não querer mais que bem querer;
É solitário andar por entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É cuidar que se ganha em se perder;
(Camões)

Texto II
Amor é fogo? Ou é cadente lágrima?
Pois eu naufrago em mar de labaredas
Que lambem o sangue e a flor da pele acendem
Quando o rubor me vem à tona
E como arde, ai, como arde, Amor,
Quando a ferida dói porque se sente,
E o mover dos meus olhos sob a casca
Vê muito bem o que devia não ver.
(Ilka Brunhilde Laurito)
4. Assinale a alternativa correta sobre o texto II.
a) A liberdade formal dos quartetos, associada à contenção emotiva, é índice da influência
parnasiana.
b) Por seguir os princípios estéticos clássicos, sua expressão é de teor mais universalista que
individualista.
c) O caráter reflexivo das interrogativas iniciais impede que a linguagem seja marcada por índices de
emotividade.
d) Recupera, do estilo camoniano, a preferência por imagens paradoxais, como, por exemplo, mar
de labaredas.
e) Vale-se de recursos estilísticos conquistados pelos modernistas, como, por exemplo, versos
decassílabos e expressão coloquial.

5. Assinale a alternativa correta.


a) O texto I, com sua regularidade formal, recupera do texto II o rígido padrão da estética clássica.
b) Os dois textos, ao negarem uma concepção carnal do amor, enaltecem o platonismo amoroso.
c) O texto I e o texto II são convergentes no que se refere à concepção do sentimento amoroso.
d) O texto II contesta o texto I no que se refere ao ponto de vista sobre o amor.
e) Os dois textos convergem quanto à forma e à linguagem, mas divergem quanto ao conteúdo.

6. As obras literárias produzidas durante o Renascimento privilegiam as seguintes características,


EXCETO:
a) Recuperação de temas da Antiguidade Clássica.
b) Perspectiva humanista.
c) Universalidade.
d) Racionalismo.
e) Metafísica e religiosidade.

EXERCÍ CI OS DE CASA

1. Leia o soneto de Luís Vaz de Camões para responder à questão:

Lit.
a)

b)

c)

d)

2. Transforma-se o amador na coisa amada,


Por virtude do muito imaginar;
Não tenho, logo, mais que desejar,
Pois em mim tenho a parte desejada.
Se nela está minha alma transformada,
Que mais deseja o corpo de alcançar?
Em si somente pode descansar,
Pois com ele tal alma está liada.
Mas esta linda e pura semideia,
Que, como o acidente em seu sujeito,
Assim como a alma minha se conforma,
Está no pensamento como ideia;
E o vivo e puro amor de que sou feito,
Como a matéria simples busca a forma.
(Luís de Camões, Lírica: redondilhas e sonetos, Rio de Janeiro:
Ediouro / São Paulo: Publifolha, 1997, p. 85.)

Um dos aspectos mais importantes da lírica de Camões é a retomada renascentista de ideias do filósofo
grego Platão. Considerando o soneto citado, pode-se dizer que o
camoniano
a) é afirmado nos dois primeiros quartetos, uma vez que a união entre amador e pessoa amada resulta
em uma alma única e perfeita.

Lit.
b) é confirmado nos dois últimos tercetos, uma vez que a beleza e a pureza reúnem-se finalmente na
matéria simples que deseja.
c) é negado nos dois primeiros quartetos, uma vez que a consequência da união entre amador e coisa
amada é a ausência de desejo.
d) é contrariado nos dois últimos tercetos, uma vez que a pureza e a beleza mantêm-se em harmonia
na sua condição de ideia.

3. Os gêneros literários são empregados com finalidade estética. Leia os textos a seguir.
Busque Amor novas artes, novo engenho,
Para matar-me, e novas esquivanças;
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.
Camões, L. V. de. Sonetos. Lisboa: Livraria
Clássica Editora. 1961. Fragmento.
Porém já cinco sóis eram passados
Que dali nos partíramos, cortando
Os mares nunca doutrem navegados,
Prosperamente os ventos assoprando,
Quando uma noite, estando descuidados
Na cortadora proa vigiando,
Uma nuvem, que os ares escurece,
Sobre nossas cabeças aparece.
Camões, L. V. Os Lusíadas. Abril Cultural,
1979. São Paulo. Fragmento.
Assinale a alternativa que apresenta, respectivamente, a classificação dos textos.
a) Épico e lírico.
b) Lírico e épico.
c) Lírico e dramático.
d) Dramático e épico.

4. Estrofes 64-65
desembarcavam
Já das naus os segundos Argonautas,
Onde pela floresta se deixavam
Andar as belas Deusas, como incautas.
Alg ũas, doces cítaras tocavam,
Alg ũas, harpas e sonoras frautas;
Outras, cos arcos de ouro, se fingiam
Seguir os animais, que não seguiam.
Assi lho aconselhara a mestra experta:
Que andassem pelos campos espalhadas;
Que, vista dos [pelos] barões [varões] a presa incerta,
Se fizessem primeiro desejadas.
Alg ũas, que na forma descoberta
Do belo corpo estavam confiadas,
Posta [= deposta] a artificiosa fermosura

CAMÕES, Luís Vaz de. Os Lusíadas. p

Sobre as estrofes do episódio da Ilha dos Amores, é correto afirmar:


a) encontram-se,
finalmente, numa ilha encantada que Vênus preparou e povoou de ninfas à espera do encontro
com os heróis.
b) A Ilha dos Amores, sendo um episódio referente ao regresso de Vasco da Gama a Portugal, insere-
se num plano puramente histórico, sem referências à cultura greco-romana.
c) Embora encontrem as deusas e a elas se unam, os heróis não se tornam dotados de atributos Lit.
divinos, já que o tempo e a morte são mantidos.
d) Apesar de as ninfas se mostrarem aos navegantes portugueses, mantém-se a separação entre
homens e deuses em obediência às normas da epopeia clássica.
e) As estrofes f azem parte da descrição dos amores dos navegantes com as Ninfas, sendo estas
responsáveis por uma ideia puramente sensual do amor, o que rebaixa, moralmente, os heró is.

5.
(TEIXEIRA, Ivan. Apresentação. In: CAMÕES, Luís de. Os Lusíadas. 2. Ed. Cotia: Ateliê, 2001. P. 189.).

A alternativa que exemplifica a segunda dimensão apontada por Ivan Teixeira é:

Ó gente ousada, mais que quantas / No mundo com


6. Soneto
Luís de Camões

Busque Amor novas artes, novo engenho,


Para matar-me, e novas esquivanças;
Que não pode tirar-me as esperanças,
Que mal me tirará o que eu não tenho.

Olhai de que esperanças me mantenho!


Vede que perigosas seguranças!
Que não temo contrastes nem mudanças,
Andando em bravo mar, perdido o lenho.

Mas, conquanto não pode haver desgosto


Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que me mata e não se vê;

Que dias há que na alma me tem posto


Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei por quê.

Segundo os versos do poema, o eu lírico


a) está à procura do Amor.
b) está amando e cheio de esperanças.
c) está seguro devido ao Amor.
d) está sem esperança.

7. Tanto de meu estado me acho incerto


que em vivo ardor tremendo estou de frio;
sem causa, juntamente choro e rio;
o mundo todo abarco e nada aperto.
[...]

Se me pergunta alguém por que assim ando,


respondo que não sei; porém suspeito
que só porque vos vi, minha Senhora.
(Luís de Camões)

O texto corresponde à primeira e última estrofes de conhecido soneto camoniano. Depreende-se de

Lit.
sua leitura que
a) o poeta, ao usar o vocativo minha Senhora, explicita o fato de ter como interlocutora uma mulher
já madura e experiente, capaz, portanto, de lhe aliviar a dor.
b) um antigo envolvimento amoroso é agora relembrado com alegria, provocando no poeta
prazerosas e variadas sensações.
c) o poeta, ao manifestar à Senhora seu estado de espírito, faz indiretamente uma declaração
amorosa.
d) a insegurança do poeta se deve ao fato de ter sido rejeitado, conforme se explicita no verso que
só porque vos vi, minha Senhora (última estrofe).
e) o

8. Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,


Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o Mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem (se algum houve...) as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mi[m] converte em choro o doce canto,
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já, como soía*.
(Luís de Camões)

soía (v. 14) - imperfeito do indicativo do verbo soer, que significa costumar, ser de costume.

Assinale a alternativa correta acerca do texto:


a) O fragmento exemplifica traço estilístico característico da estética barroca que, de certa forma, já
está latente na lírica camoniana: a linguagem marcada por paradoxos e instabilidades.
b) Observa-se nas estrofes a retomada de alguns expedientes retóricos típicos da Idade Média, como,
por exemplo, o confessionalismo amoroso em linguagem ostensivamente emotiva.
c) Os versos exemplificam que Luís de Camões inovou a lírica portuguesa ao tematizar o platonismo

d) Nos versos confirma-se a tese de que, na obra camoniana, o amor é concebido de modo
complementar, ou seja, como graça idealizada e também como uma intensa experiência erótica.

9. Maior amor nem mais estranho existe


Que o meu, que não sossega a coisa amada
E quando a sente alegre, fica triste
E se a vê descontente, dá risada.
E que só fica em paz se lhe resiste
O amado coração, e que se agrada
Mais da eterna aventura em que persiste
Que de uma vida mal-aventurada.
Louco amor meu, que quando toca, fere
E quando fere vibra, mas prefere
Ferir a fenecer e vive a esmo.
Fiel à sua lei de cada instante
Desassombrado, doido, delirante
Numa paixão de tudo e de si mesmo.
(Soneto do maior amor Vinícius de Moraes)

Marque a correta:

Lit.
a) o metro usado para a composição do soneto de Vinícius de Moraes é a redondilha maior, isto é,
versos redondilhos maiores e menores;
b) é evidente a influência de Luís de Camões na composição de Vinícius de Moraes, tanto na forma
como no conteúdo;
c) o soneto de Vinícius de Moraes evita colocar o conceito amoroso de modo contraditório e fugaz;
d) Vinícius de Moraes resgata o tema camoniano do amor universal tal qual ele se expressa no século
XVI.
QUESTÃO CONTEXTO

Identifique o tipo de intertextualidade presente na charge:

Lit.
GABARI TO

Exercícios de aula

1. e
O Classicismo, justamente por se inspirar nas influências clássicas, preza pela perfeição formal e baseia-
se no Racionalismo.

2. c
Camões também escreveu poemas com versos decassílabos.

3. b
Ambos pertencem à obra de Camões, sendo o primeiro um exemplo de medida velha e o segundo, de
medida nova.

4. d

5. d
No texto II, temos a presença da intertextualidade, uma vez que o poema de Ilka dialoga com o texto
camoniano.

6. e
O Renascimento afastava-se da visão teocêntrica e das inspirações transcendentais, por isso, a alternativa
E está incorreta.

Exercícios de casa

1. a
As alternativas B e C aludem ao Trovadorismo, já a alternativa D, ao Barroco.

2. a
O neoplatonismo afasta-se da noção do amor físico-sensorial, como pode ser visto na primeira estrofe
do poema.

3. b Lit.
Os gêneros literários dos textos I e II são, respectivamente, lírico e épico.

4. a
Na interpretação do texto, é possível perceber que as belas Deusas estão em uma ilha à espera do

5. a
ilusão do Gigante Adamastor ao acreditar
Abraçado me achei cum duro monte , expressa o momento
em que ele foi enfeitiçado, pois iludiu-se ao acreditar que estava abraçando a sua amada.

6. d
-
evidencia sua falta de esperança no amor.
7. c
O poema faz uma declaração de amor indireta à amada, ao falar sobre o estado de espírito do eu lírico.

8. a
O tema
contradições que o poema apresenta, podemos classificá-lo como uma estética de transição do
Classicismo para o Barroco

9. b
O poeta Vinícius de Moraes apresenta influência da lírica camoniana em seus poemas. O tema do amor
universal é retomado com aspectos típicos do mundo moderno.

Questão Contexto

Paródia.

Lit.
Mat.
Professor: Gabirel Miranda
Monitor: Fernanda Aranzate

Mat.
Exercícios: Triângulos (FUVEST, 14
UNICAMP E UNESP) mar

EXERCÍ CI OS DE AULA

1. Os pontos A, B e C pertencem a uma circunferência γ e AC é lado de um polígono regular inscrito em


γ. Sabendo-se que o ângulo ABC mede 18° podemos concluir que o número de lados do polígono é
igual a:
a) 5
b) 6
c) 7
d) 10
e) 12

2. Na figura, B, C e D são pontos distintos da circunferência de centro O, e o ponto A é exterior a ela.


Além disso,
1. A, B, C, e A, O, D, são colineares;
2. AB = OB;
3. CÔD mede α radianos.

Nessas condições, a medida de ABO, em radianos, é igual a:


a) π – (α/ 4)
b) π – (α/ 2)

Mat.
c) π – (2α/ 3)
d) π – (3α/ 4)
e) π – (3α/ 2)

3. Na figura adiante, AB=AC, BX=BY e CZ=CY. Se o ângulo A mede 40°, então o ângulo XYZ mede:

a) 40°
b) 50°
c) 60°
d) 70°
e) 90°
4. Na figura a seguir, AD = 2cm, AB = 3 cm, a medida do ângulo BÂC é 30° e BD = DC, onde D é ponto
do lado AC. A medida do lado BC, em cm, é
a) 3
b) 2
c) 5
d) 6
e) 7

5. Sejam  ,  e  , os ângulos internos de um triângulo.


a) Mostre que as tangentes desses três ângulos não podem ser, todas elas, maiores ou iguais a 2.
b) Supondo que as tangentes dos três ângulos sejam números inteiros positivos, calcule essas
tangentes.

EXERCÍ CI OS DE CASA

1. No quadrado ABCD de lado 12 temos: AE=13 e CF=3. O ângulo AÊF é agudo, reto ou obtuso? Justifique.

2. Considere um triângulo ABC tal que a altura BH seja interna ao triângulo e os ângulos BÂH e HïC sejam
congruentes.
ˆ .^
a) Determine a medida do ângulo ABC
b) Calcule a medida de AC, sabendo que AB = 4cm e a razão entre as áreas dos triângulos ABH e BCH
é igual a 2.

3. Na figura abaixo, tem-se que AD=AE, CD=CF e BA=BC. Se o ângulo EDF mede 80°, então o ângulo

Mat.
ˆ mede:
ABC

a) 20°
b) 30°
c) 50°
d) 60°
e) 90°
4. Considere o triângulo ABC da figura adiante.

Se a bissetriz interna do ângulo B forma com a bissetriz externa do ângulo C um ângulo de 50°,
determine a medida do ângulo interno A.

5. O triângulo ABC da figura é equilátero. Os pontos M e N e os pontos P e Q dividem os lados a que


pertencem em três segmentos de reta de mesma medida.

Nessas condições calcule:


a) a medida do ângulo MPQ (vértice P);
b) a medida do ângulo BMQ (vértice M).

6. Na figura, temos AB = AC e AE = AD. Sabendo que o ângulo BAD mede 40°, calcule a medida do
ângulo CDE.

Mat.
7. Na figura abaixo, temos que AB = BC = CD = DE e A = 15°. Calcule a medida do ângulo D.
8. Os ângulos α e na figura a seguir medem:

a) α = 20°, = 30°.
b) α = 30°, = 20°.
c) α = 60°, = 20°.
d) α = 20°, = 20°.
e) α = 10°, = 20°.

9. Sejam  ,  ,  ,e  as medidas em graus dos ângulos BÂC, A^BC, C^D F, C^EF e D^FE da figura,
respectivamente.

A soma  ,  ,  ,e  é igual a:
a) 120°.
b) 150°.
c) 180°.
d) 210°.
e) 240°.

10. Na figura abaixo, o ângulo x, em graus, pertence ao intervalo:

Mat.

a) [0°, 15°].
b) [15°, 20°].
c) [20°, 25°].
d) [25°, 30°].

Puzzle

Você é o dono de uma loja de animais e tem canários para organizar nas gaiolas. Se você colocar 1 canário
por gaiola, restará um canário fora da gaiola, ou seja, faltarão gaiolas. Se você colocar 2 canários por gaiola,
sobrará uma gaiola vazia. Quantos canários e quantas gaiolas você tem?
GABARI TO

Exercícios de aula

1. d
Seja ∠ ABC = 18º
∠ ABC é um ângulo inscrito na circunferência.
Por consequência temos que o arco AC (o arco associado ao ângulo inscrito) é o dobro do ângulo ∠
ABC. Assim o arco AC mede 36º

Como um polígono regular de n lados divide a circunferência em n arcos iguais podemos montar essa
regra de 3:

36º ----- 1 lado


360º ----- n lados

n = 360/ 36 = 10 lados

2. c

 ABD x COB é isósceles de base BC, logo O^BC=O^CB =   x x


 x
 2
No triângulo AOB:
 x
   X 
Mat.
2 (ângulo externo)
2  2  2 x    x
3x  3  2
3  2
x
3
2
x  
3
 2 
    
Portanto, A^BO=  3 

3. d
A^BC = A^CB = 70º

No triângulo isósceles BXY: B^XY = B^YX = (180º - 70º)/ 2 = 55º


No triângulo isósceles CZY: C^ZY = C^YZ = (180º - 70º)/ 2 = 55º

No ângulo plano BYC, sendo m o ângulo, temos:


B^YX + m + C^YX = 180º
55º + m + 55º = 180º
m = 70°

4. a

tg30º = 3 sqrt3/ 3 = h/ x, logo x = h 3


sendo x o segmento AT, e BT a altura de B projetada sobre o lado AD.

h² + x² = ( 3 )² => h² + x² = 3

h² + (h 3 )² = 3
h² + 3h² = 3

h= 3/ 4= 3/ 2

h² + TD² = BD²

( 3 sqrt3 / 2 )² + ( 2 - x )²= BD²


3 / 4 + 2² + x² - 4x = BD²
3/ 4 + 4 + (3/ 2)² - 4(3/ 2) = BD²
BD² = 1
BD = 1

BD = DC = 1.
BDC é triângulo isósceles.
Da definição de triângulo isósceles, e sabendo que a soma dos ângulos internos de um triângulo é
sempre 180º, decorre que o ângulo em D no triângulo BDC é 180º - 2x.
180º - 2x + y = 180º, sendo y o ângulo em D no triângulo retângulo BTD.
y = 2x.

Sabendo que:

tg y = h / ( 2 - x ) = ( 3 / 2 ) / ( 2 - 3/ 2 ) = ( 3 / 2 ) / ( 1/ 2 ) = 3

Se tg y = 3 , logo y = 60º.

Mat.
Mas se y = 60º, então y = 2x = 60º e x = 30º.

Por isso agora sei que, para o x em C no triângulo BDC, senx = sen30º = 1/ 2 = h/ BC

Opa. Parece então que BC é o dobro da altura BT.

BC = 2( 3 / 2) = 3

BC = 3

5. a) Considerando que as tangentes de  ,  e  são, todas elas, maiores ou iguais a 2.


Como o ângulo cuja tangente vale dois é o de aproximadamente
  63°
  63°
  63
      1 89
Portanto as tangentes desses três ângulos não podem ser, todas elas, maiores ou iguais a 2.
b) 1, 2 e 3.
α+ = 180° ⇔ tg(α + ) = tg
tg  tg 
1  tg .tg  = tg
tg α + tg + tg = tg α . tg . tg
Supondo as tangentes dos três ângulos números inteiros e positivos e que não podem ser
simultaneamente maiores ou iguais a 2, então necessariamente uma delas deve ser igual a 1.
Assim sendo, fazendo tg α = a; tg = b e tg = 1, tem-se:
a + b + 1 = ab
ab a b = 1
a (b 1) (b 1) = 2
(a 1) . (b 1) = 2
(a 1 = 1 e b 1 = 2) ou (a 1 = 2 e b 1 = 1)
(a = 2 e b = 3) ou (a = 3 e b = 2), pois a, b ∈ Z+ *.

Exercícios de casa

1. O ângulo é agudo, pois AF² < AE² + EF²

Seja o quadrado ABCD de lado 12 cm, temos AE = 13 cm e CF = 3 cm.

122 + DE2 = AE2

DE = 5
Daí

122 + BF2 = AF2


AF2 = 144 + 92 = 225
AF = 15

EF2 = 72 + 32 = 58 Mat.

Por isso temos que AÊF é agudo

2. a) 90°
ângulo B = (90 - α) + α = 90º
b) AC = 2 6
área de ABH = BH.AH/ 2
área de BHC = HC . BH/ 2

(BH.AH/ 2)/ (HC.BH/ 2)=2

AH=2HC

Utilizando relações métricas


c²=a.n
4²=3HC . 2 HC
16=6HC²
HC=2V6/ 3

AC=3HC
AC=6V6/ 3
AC=2

3. a
Sendo o triângulo ABC isósceles (AB = BC), os ângulos da base AC têm a mesma medida α.
s triângulos ADE e DCF são semelhantes porque são isósceles e possuem os ângulos dos vértices
congruentes, logo os ângulos de suas bases também são congruentes e medem .
Analisando a figura, conclui-se que:

ˆ  EDF
ADE ˆ  FDC
ˆ  180
2  80  180
2  100
  80
2  160
  20
4. 100°

Mat.
ABC, ângulo externo no vértice C:
φ=α+
α = φ - .(i)

DBC
ângulo externo no vértice C:
φ/ 2 = 50º + / 2(ii)

Ângulo raso no ponto C:


180º = + 2* φ/ 2

De (ii),
180º = + 2*(50º + / 2)
180º = + 100º +
= 80º - .....(iii)
α + + = 180º
De (iii), teremos:
α + + 80º - = 180º
α = 100º

5. a) O triângulo BMP é equilátero pois BM ≅ BP e B= 60°. Assim, BPM = 60° e portanto MPQ = 120°

b) O triângulo MPQ é isósceles pois MP ≅ PQ ≅ BP e portanto, sendo α a medida dos ângulos PMQ e
PQM, temos:
α + α + 120° = 180°
2α = 60°
α = 30°
Assim, BMQ = BMP + PMQ
BMQ = 60° + 30°
BMQ = 90°

6. 21°

Mat.
Chamamos o
DÂC  
Como AB=AC, temos que o triângulo ABC é isósceles com
180  (42   ) 
ABC  AED   90 
2 2
Do triângulo CDE tiramos que:
 
x  69   90 
2 2
x  21
7. 90°
Seja DÂE=15°
ABC é isósceles
A^BC= 15°
DBC é externo ao ABC
D^BC = 30°
ECD é externo ao DAC
D^CE = 90°

8. D
+ 80º + 80º = 180º
180º - 160º =
20º =

α + 60º + x = 180º
α + 60º + (180º - 80º) = 180º
α + 60º + 100º = 180º
α = 180º - 160º
α = 20º

9. C
ˆ - ângulo C replementar = 360º - x
Mat.
Seja x = ângulo ACB

No triângulo ABC: α+ + x = 180º (I)


No quadrilátero CDFE:  +  +  + (360º - x) = 360º ---->  +  +  + - x = 0 (II)

I + II:        = 180°

10. b
5x + y + z = 180 --> y + z = 180-5x

7x + y = 180
+
8x + z = 180
---------------
15x + y + z = 360
15x + 180 - 5x = 360
10x = 180
x = 18

Puzzle

Você possui 4 canários e 3 gaiolas.

Admita "c" como sendo o número de canários e "g" como sendo o número de gaiolas. As informações do
problema fornecem duas equações:
c=g+1
g = c/ 2 + 1
Com elas, através da substituição, podemos descobrir o valor das duas incógnitas. Comecemos por "g":
g - 1 = c/ 2
2g - 2 = c
2g - 2 = g + 1
2g - g = 1 + 2
g=3
Agora, substituindo 3 em "g", em qualquer uma das equações originais, descobriremos que "c" vale 4.
Portanto, você possui 4 canários e 3 gaiolas.

Mat.
Por.
Professora: Fernanda Vicente
Monitora: Maria Carolina

Por.
13
Classe de Palavras: Preposição
mar

RESUM O

As preposições são invariáveis e relacionam dois termos de uma oração, de forma que o sentido do
primeiro (antecedente) é explicado ou completado pelo segundo (consequente).

Vou (antecedente) a (preposição) Roma (consequente).

VALORE SEMÂNTICOS
Além disso, as preposições denotam diferentes significados dependendo do contexto em que estão
inseridas. Elas podem possuir valores semânticos de: posse, causa, matéria, assunto, companhia, finalidade,
instrumento, lugar, origem, tempo, meio, conformidade, modo e oposiç ão. Veja alguns exemplos:

• Os objetos que foram comprados são feitos com porcelana. (matéria)


• Viajaremos nas férias para descansar. (finalidade)
• Os visitantes vinham do Maranhão. (origem)
• Recebemos as visitas com muita alegria. (modo)
• O professor falou sobre a Revolução Russa. (assunto)
• A menina estava trêmula de frio. (causa)
• Ela agiu contra todos. (direção contrária)
• Vim de bicicleta. (meio)
• Redigiu a redação a lápis. (instrumento)
• Este computador é de meu pai. (posse)
• Daqui a dois quilômetros há uma lanchonete. (distância no espaço)

COMBINAÇÃO E CONTRAÇÃO
As preposições a, de, em, por, para e com podem se juntar a outras classes gramaticais, como os
artigos, os pronomes ou os advérbios. Essa junção pode formar combinações ou contrações

a) Combinação: ocorre quando não há perda de fonema a partir da junção entre uma preposição e outra
classe gramatical.
Exemplos:
A + onde = aonde (preposição + advérbio)
A + o(s) = ao(s) (preposição + artigo definido)

b) Contração: ocorre quando há perda do fonema na ligação entre uma preposição e outra classe gramatical. Por.
De + o(s) = do(s) (preposição + artigo definido)
Em + uma = numa (preposição + artigo indefinido)
Em + ele = nele (preposição + pronome pessoal)

EXERCÍ CI OS DE AULA

1. Poetas e tipógrafos Vice-cônsul do Brasil em Barcelona em 1947, o poeta João Cabral de Melo Neto
foi a um médico por causa de sua crônica dor de cabeça. Ele lhe receitou exercícios físicos, para
uiu o conselho. Comprou uma prensa manual e passou a produzir

chamava, tornou- se essa ave rara e fascinante: um editor artesanal. Um livro recém- itores

desde os anos 50, enriqueceram a cultura brasileira a partir de seu quarto dos fundos ou de um galpão
no quintal. O editor artesanal dispõe de uma minitipografia e faz tudo: escolhe a tipologia, compõe o
texto, diagrama-o, produz as ilustrações, tira provas, revisa, compra o papel e imprime em folhas
soltas, não costuradas 100 ou 200 lindos exemplares de um livrinho que, se não fosse por ele, nunca
seria publicado. Daí, distribui-os aos subscritores (amigos que se comprometeram a comprar um
exemplar). O resto, dá ao autor. Os livreiros não querem nem saber. Foi assim que nasceram, em
pequenos livros, poemas de acredite ou não João Cabral, Manuel Bandeira, Drummond, Cecília
Meireles, Joaquim Cardozo, Vinicius de Moraes, Lêdo Ivo, Paulo Mendes Campos, Jorge de Lima e até

Rimbaud, Mallarmé, Keats, Rilke, Eliot, Lorca, Cummings e outros, traduzidos por amor. João Cabral
não se curou da dor de cabeça, mas valeu.
(Ruy Castro. Folha de S.Paulo, 17.08.2013. Adaptado.)

Vice-cônsul do Brasil em Barcelona em 1947, o poeta João Cabral de Melo Neto foi a um méd ico por
causa de sua crônica dor de cabeça. O trecho pode ser reescrito, sem prejuízo de sentido ao texto,
por:
a) Vice-cônsul do Brasil em Barcelona em 1947, tão logo sentiu sua crônica dor de cabeça, o poeta
João Cabral de Melo Neto foi a um médico.
b) Vice-cônsul do Brasil em Barcelona em 1947, como sentia dor de cabeça crônica, o poeta João
Cabral de Melo Neto foi a um médico.
c) Embora fosse vice-cônsul do Brasil em Barcelona em 1947, o poeta João Cabral de Melo Neto foi
a um médico sentindo crônica dor de cabeça.
d) Por ser vice-cônsul do Brasil em Barcelona em 1947, o poeta João Cabral de Melo Neto foi a um
médico com crônica dor de cabeça.
e) Vice-cônsul do Brasil em Barcelona em 1947, o poeta João Cabral de Melo Neto foi a um médico,
mas era vítima de uma crônica dor de cabeça.

2. O projeto Montanha Limpa, desenvolvido desde 1992, por meio da parceria entre o Parque Nacional
de Itatiaia e a DuPont, visa amenizar os problemas causados pela poluição em forma de lixo deixado
por visitantes desatentos.
(Folheto do Projeto Montanha Limpa do Parque Nacional de Itatiaia).
A preposição que indica que o Projeto Montanha Limpa continua até a publicação do Folheto é
a) entre.
b) por (por visitantes).
c) em.
d) por (pela poluição).
e) desde.

3. O projeto Montanha Limpa, desenvolvido desde 1992, por meio da parceria entre o Parque Nacional
de Itatiaia e a DuPont, visa amenizar os problemas causados pela poluição em forma de lixo deixado
por visitantes desatentos.
(Folheto do Projeto Montanha Limpa do Parque Nacional de Itatiaia).
A preposição que indica que o Projeto Montanha Limpa continua até a publicação do Folheto é

Por.
a) entre.
b) por (por visitantes).
c) em.
d) por (pela poluição).
e) desde

4. Observe o fragmento:

É possível acrescentar aí uma preposição. Transcreva o fragmento, mas inclua essa preposição.

5. As preposições podem estabelecer várias relações de sentido. Com base nesta afirmação, complete
as frases com a preposição adequada às ideias indicadas entre parênteses.
a) Ele desceu as escadas _____ a rua. (DESTINO)
b) Ele desceu as escadas _____ tristeza. (MODO)
c) Ele desceu as escadas _____ hesitação. (FALTA)
d) Ele desceu as escadas _____ mármore. (MATÉRIA)
e) Ele desceu as escadas _____ minha vontade. (OPOSIÇÃO)
EXERCÍ CI OS DE CASA

1. Assinale a frase em que a forma sob/ sobre foi empregada inadequadamente.


a) sob
b) sobre as pessoas, então as pessoas não assumem
mais responsabilidade sobre
c) sob
d) a certa sob
e) sobre a televisão é que ela permite que vários milhões de pessoas riam da mesma

2. Observe os termos sublinhados nas seguintes frases:

Chegou a hora do público se manifestar contra a publicação desse impostor.


As palmas do público ecoavam pelo teatro, em apoio à proposta de Nabuco.
Vista do público, a cantora parecia bonita; da coxia, percebia-se que era feia.

Sobre eles, é correto afirmar:


a) Para o segundo exemplo, vários gramáticos recomendam a forma de o em lugar de do, porque a
preposição está regendo o sujeito.
b) Para o terceiro exemplo, vários gramáticos recomendam a forma de o em lugar de do, porque a
preposição está regendo o sujeito.
c) Nos três exemplos, os termos sublinhados exercem a mesma função sintática de adjunto adverbial.
d) No primeiro e no segundo exemplos, os termos sublinhados exercem a mesma função sintática de
adjunto adnominal.
e) Para o primeiro exemplo, vários gramáticos recomendam a forma de o em lugar de do, porque o
público é sujeito, que não deve ser iniciado por preposição.

3. TEXTO 1
... a serpente mostrava ser a mais cautelosa de todos os animais selváticos do campo, que Jeová Deus
mente assim que Deus disse, que não deveis

deveis comer del

dele, forçosamente se abrirão os vossos olhos e forçosamente sereis como Deus, sabendo o que é

Por.
Consequentemente, a mulher viu que a árvore era boa para alimento e que era algo para os olhos
anelarem, sim, a árvore desejável para se contemplar. De modo que começou a tomar do seu fruto e
a comê-lo. Depois deu também dele a seu esposo, quando estava com ela, e ele começou a comê-lo.
Abriram-se então os olhos e começaram a perceber que estavam nus. Por isso coseram folhas de
figueira e fizeram para si coberturas para os lombos.
(Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas.)

TEXTO 2
Você já ouviu a história de Adão e Eva? Se não leu, certamente ouviu alguém contar, e deve se lembrar
do que aconteceu com os dois. Com os dois e com a serpente, é claro. Conta a Bíblia que Adão e Eva
viviam muito felizes no Paraíso, onde só havia uma proibição: eles não podiam experimentar o gosto
da maçã. Adão, mais obediente, bem que não queria comer a tal da maçã. Mas Eva falou tão bem dela,
fez com que parecesse tão gostosa, que o pobre coitado não resistiu. Foi dar a primeira mordida e
perder o lugar no Paraíso... Se Eva vivesse hoje, seria uma ótima publicitária, uma profissional de
propaganda. Afinal, ela soube convencer Adão de que valia a pena pagar um preço tão alto por uma
simples maçã. Mas, se a gente pensar bem, Eva não foi a primeira publicitária. Antes dela, houve uma
outra, a serpente. Simbolizando o demônio, foi a serpente que criou, na mulher, o desejo de
experimentar o fruto proibido. E, assim, nasceu a propaganda.
(André Carvalho & Sebastião Martins. Propaganda.)
A alternativa em que o uso da preposição em destaque tem função mais estilística do que gramatical é
a) ... quando estava com ela...
b) Do fruto das árvores do jardim podemos comer.
c) ... e fizeram para si coberturas para os lombos.
d) ... ela começou dizer à mulher...
e) Depois deu também dele a seu esposo ...

4. Texto I
Então Macunaíma pôs reparo numa criadinha com um vestido de linho amarelo pintado com extrato
de tatajuba. Ela já ia atravessando o corgo pelo pau. Depois dela passar o herói gritou pra pinguela:
- Viu alguma coisa, pau? - Via a graça dela! - Quá! quá! quá quaquá!... Macunaíma deu uma grande
gargalhada. Então seguiu atrás do par. Eles já tinham brincado e descansavam na beira da lagoa. A
moça estava sentada na borda duma igarité encalhada na praia. Toda nua inda do banho comia
tambiús vivos, se rindo pro rapaz. Ele deitara de bruços na água rente dos pés da moça e tirava os
lambarizinhos da lagoa pra ela comer. A crilada das ondas amontoava nas costas dele porém
escorregando no corpo nu molhado caía de novo na lagoa com risadinhas de pingos. A moça batia
com os pés n'água e era feito um repuxo roubado da Luna espirrando jeitoso, cegando o rapaz.
Então ele enfiava a cabeça na lagoa e trazia a boca cheia de água. A moça apertava com os pés as
bochechas dele e recebia o jato em cheio na barriga, assim. A brisa fiava a cabeleira da moça
esticando de um em um os fios lisos na cara dela. O moço pôs reparo nisso. Firmando o queixo no
joelho da companheira ergueu o busto da água, estirou o braço p ro alto e principiou tirando os
cabelos da cara da moça pra que ela pudesse comer sossegada os tambiús. Então pra agradecer ela
enfiou três lambarizinhos na boca dele e rindo muito fastou o joelho depressa. O busto do rapaz não
teve apoio mais e ele no sufragante focinhou n'água até o fundo, a moça inda forçando o pescoço
dele com os pés. Ele ia escorregando sem perceber de tanta graça que achava na vida. Ia
escorregando e afinal a canoa virou. Pois deixai ela virar! A moça levou um tombo engraçado por
cima do rapaz e ele enrolou-se nela talqualmente um apuizeiro carinhoso. Todos os tambiús fugiram
enquanto os dois brincavam n'água outra vez.
(Mário de Andrade, "Macunaíma". O herói sem nenhum caráter)
Texto II
De outras e muitas grandezas vos poderíamos ilustrar, senhoras Amazonas, não fora persignar
demasiado esta epístola; todavia, com afirmar-vos que esta é, por sem dúvida, a mais bela cidade
terráquea, muito hemos feito em favor destes homens de prol. Mas cair-nos-iam as faces, si
ocultáramos no silêncio, uma curiosidade original deste povo. Ora sabereis que a sua riqueza de
expressão intelectual é tão prodigiosa, que falam numa língua e escrevem noutra. Assim chegado a
estas plagas hospitalares, nos demos ao trabalho de bem nos inteirarmos da etnologia da terra, e
dentre muita surpresa e assombro que se nos deparou, por certo não foi das menores tal
originalidade lingüística. Nas conversas utilizam-se os paulistanos dum linguajar bárbaro e multifário,
crasso de feição e impuro na vernaculidade, mas que não deixa de ter o seu sabor e força nas

Por.
apóstrofes, e também nas vozes do brincar. Destas e daquelas nos inteiramos, solícito; e nos será
grata empresa vo-las ensinarmos aí chegado. Mas si de tal desprezível língua se utilizam na
conversação os naturais desta terra, logo que tomam da pena, se despojam de tanta asperidade, e
surge o Homem Latino, de Lineu, exprimindo-se numa outra linguagem, mui próxima da vergiliana,
no dizer dum panegirista, meigo idioma, que, com imperecível galhardia, se intitula: língua de
Camões! De tal originalidade e riqueza vos há-de ser grato ter ciência, e mais ainda vos espantareis
com saberdes, que à grande e quase total maioria, nem essas duas línguas bastam, senão que se
enriquecem do mais lídimo italiano, por mais musical e gracioso, e que por todos os recantos da
urbs é versado.
(Mário de Andrade, "Macunaíma". O herói sem nenhum caráter)

Assinale a alternativa que transcreve e converte, correta e respectivamente, a frase do registro


coloquial da linguagem, extraída do Texto I, em seu correspondente na modalidade culta.
a) -
b)
c)
d) -se nela talqualmente -se nela mesmo

e)
5. No quarto parágrafo, é possível acrescentar uma preposição combinada com um artigo. Qual é a
combinação? Em que frase ela pode aparecer? Justifique.

Por.

6. O segmento em que a preposição destacada estabelece uma relação de causa é:


a) A carruagem parou ao pé de uma casa amarelada.
b) A escada, de degraus gastos, subia ingrememente.
c) No patamar da sobreloja, uma janela com um gradeadozinho de
do pó acumulado...
do saguão.
QUESTÃO CONTEXTO

Observe a tirinha abaixo e identifique, no segundo quadrinho, a preposição e seu valor semântico. Explique,
também, a construção de humor da tirinha.

http:/ / www.malvados.com.br/ tirinha1624.jpg

Por.
GABARI TO

Exercícios de aula

1. b

que no contexto da alternativa B, possui o mesmo valor.

2. e
.

3. e

4. em que ainda os portugueses não haviam sido por uma tempestade empurrados para a

5. a) para
b) com
c) sem
d) de
e) contra

Exercícios de casa

1. d

2. e
público é sujeito do verbo manifestar-se o deve vir

Por.
preposicionado

3. b

ão precisa do
uso de preposição.

4. c

5.

da cor
de chumbo.
6. d
parda do
parda.

Questão Contexto

XX,
muitos jovens defendiam o uso de drogas, sexo e , como era visto em algumas canções e a menina
inverte os valores daquele momento ao se mostrar contrária a essa ideia.

Por.
Quí.
Professor: Abner Camargo
Monitor: Marcos Melo

Quí.
Evolução dos modelos atômicos 13
aprofundamento mar

RESUM O

Modelo atômico de Dalton

Em 1803, o químico inglês John Dalton (1766-1844) desenvolveu uma teoria sobre a estrutura da
matéria retomando a antiga ideia de átomo (partícula indivisível) imaginada pelos filósofos gregos Demócrito
e Leucipo, por volta de 450 a.C. (matéria descontínua). Dalton foi muito habilidoso na elaboração de modelos
mentais e na construção de representações físicas desses modelos. Ele utilizou pequenos círculos para
representar os átomos dos diferentes elementos químicos.

Utilizando seu modelo, Dalton estabeleceu os postulados* a seguir:


I. Todas as substâncias são constituídas de minúsculas partículas, denominadas átomos. Os
átomos não podem ser criados nem destruídos. Cada substância é constituída de um
único tipo de átomo.
II. As substâncias simples, ou
isolados, pois átomos de um mesmo elemento químico sofrem repulsão mútua. Os

III.
decompor
IV. Todos os átomos de uma mesma substância são idênticos na forma, no tamanho, na
massa e nas demais propriedades; átomos de substâncias diferentes possuem forma,
tamanho, massa e propriedades diferentes.

Modelo atômico de Thomson

Joseph John Thomson, trabalhando com raios catódicos, concluiu que eles eram parte integrante de
toda espécie de matéria e os denominou elétrons. Mas havia outros pontos a considerar:
• As cargas positivas conhecidas, isto é, os raios canal e as partículas alfa, tinham uma massa
muito grande em relação à massa dos elétrons. Essa observação experimental levava à
conclusão de que a maior parte da massa do átomo era devida às partículas positivas.
• A matéria é eletricamente neutra e os elétrons possuem carga negativa; logo, o átomo
deve possuir o equivalente de elétrons em carga positiva para que a carga total seja nula.

Quí.
• A matéria eventualmente adquire carga elétrica*. Isso significa que os elétrons não estão
rigidamente presos no átomo e em certas condições podem ser transferidos de um átomo
de uma substância para um átomo de outra substância.
• Os átomos não são maciços e indivisíveis, conforme mostra o fenômeno da radioatividade.
Com base nesse raciocínio, Thomson propôs seu modelo atômico: O átomo é uma esfera
de carga elétrica positiva, não maciça, incrustada de elétrons (negativos), de modo que
sua carga elétrica total é nula.

O modelo de Thomson explicou muitas propriedades da matéria que o modelo de Dalton não era
capaz de explicar, como os fenômenos radioativos e os de natureza elétrica. Por exemplo, embora a
matéria seja eletricamente neutra, alguns átomos ou grupos de átomos superficiais podem tornar-se
eletrizados por fricção ou por transferência de elétrons.

Modelo atômico de Rutherford

Em 1893, o físico neozelandês Ernest Rutherford (1871-1937) foi estudar na Inglaterra, sob a
orientação de Thomson, e começou a investigar as propriedades dos raios X e das emissões radioativas.
Chegou à conclusão, junto com outros cientistas*, de que seria interessante usar as partículas alfa (de
massa elevada em comparação às partículas beta) para bombardear átomos de outros elem entos, como
ouro, alumínio e cobre.

Inicialmente o ouro foi o escolhido por ser um material inerte (pouco reativo). Esperava-se que a
grande energia cinética das partículas alfa as faria atravessar uma finíssima folha metálica de ouro (de
aproximadamente 10 4 mm de espessura), tal como uma bala de espingarda atravessa uma folha de papel
sem ser rebatida por ela.

O máximo que se previa era que algumas partículas alfa sofreriam pequenos desvios em suas
trajetórias, já que o átomo era uma esfera carregada positivamente com elétrons distribuídos
uniformemente por todo o seu volume (modelo de Thomson). Obter um padrão pelo qual as partículas alfa
se desviavam era um modo de observar o interior do átomo e comprovar a adequação do modelo de
Thomson. Esse experimento foi feito em 1911.

O experimento de Rutherford

Quí.

• Uma amostra de polônio (elemento radioativo emissor de partículas alfa) foi colocada em uma
cavidade funda de um bloco de chumbo (1) através de um pequeno orifício.
• Como o chumbo não é atravessado pelas partículas alfa, elas só poderiam sair do bloco de chumbo
pelo orifício.
• Rutherford colocou mais algumas lâminas de chumbo com orifício central (2) na direção do bloco de
chumbo, pretendendo com isso orientar o bombeamento das partículas alfa (3), emit idas pelo
polônio, para uma lâmina de ouro (4) finíssima ( ≈10 4 mm).
• Atrás e em volta da lâmina de ouro, Rutherford adaptou um anteparo móvel (5) recoberto com sulfeto
de zinco (fluorescente), para registrar o caminho percorrido pelas partículas. Ao variar a posição do
alvo em volta da lâmina de metal, Rutherford e seus colaboradores puderam observar que algumas
cintilações surgiam para ângulos muito diferentes, alguns deles próximos de 180 o. Essas cintilações
indicavam que algumas partículas alfa hav
denso. Vários experimentos permitiram reunir as observações em três pontos principais:
• A maioria das partículas α atravessou a placa de ouro sem sofrer desvio considerável em sua trajetória.
• Algumas partículas α (poucas) foram reba tidas na direção contrária ao choque.
• Certas partículas α (poucas) sofreram um grande desvio em sua trajet ória inicial. Interpretando os
resultados de uma grande série de experimentos, a equipe de Rutherford chegou à conclusão de

• o átomo contém imensos espaços vazios;


• no centro do átomo existe um núcleo muito peque no e denso ;
• o núcleo do átomo tem carga positiva, uma vez que as partículas alfa (positivas) foram repelidas ao
passar perto do núcleo;
• para equilibrar essa carga positiva, existem elétrons ao redor do núcleo orbitando numa região
periférica denominada eletrosfera. Rutherford elaborou então um modelo de átomo semelhante a
um minúsculo sistema planetário, em que os elétrons se distribuíam ao redor do núcleo como
planetas em torno do Sol. Esse modelo foi útil em 1911 e até hoje pode explicar determinados
fenômenos físicos. Mas, mesmo na época em que foi criado, apresentava contradições consideráveis,
que impediam sua total aceitação. Como partículas de cargas opostas se atraem, os elétrons iriam
perder energia gradualmente percorrendo uma espiral em direção ao núcleo e, à medida que isso
ocorresse, emitiriam energia na forma de luz.

O modelo atômico de Bohr

O fato de os elementos químicos apresentarem espectros na forma de linhas, descontínuos, forneceu


uma pista importante para a compreensão da estrutura dos átomos.

Em 1913, o físico dinamarquês Niels Bohr (1885-1962), baseando-se no modelo de átomo de


Rutherford, na teoria quântica da energia de Max Planck e nos espectros de linhas dos elementos
(principalmente do hidrogênio), raciocinou que, se os átomos só emitem radiações de certos comprimentos
de onda ou de certas frequências bem determinadas, e não de quaisquer valores, então os átomos só se
apresentam em certos estados de energia bem determinados, que diferem uns dos outros por quantidades
de energia múltiplas de um quantum. Esse raciocínio levou Bohr a propor os seguintes postulados:

• O elétron move-se em órbitas circulares em torno de um núcleo atômico central. Para cada elétron
de um átomo existe uma órbita específica, em que ele apresenta uma energia bem d efinida um
nível de energia que não varia enquanto o elétron estiver nessa órbita.
• Os espectros dos elementos são descontínuos porque os níveis de energia são quantizados, ou seja,
só são permitidas certas quantidades de energia para o elétron cujos valores são múltiplos inteiros

Quí.
do fóton (quantum de energia).

Só é permitido ao elétron ocupar níveis energéticos nos quais ele se apresenta com valores de energia
múltiplos inteiros de um fóton.

Com base nesses postulados, Bohr determinou as energias possíveis para o elétron do hidrogênio, bem
como o raio das órbitas circulares associadas a cada uma dessas energias. Ele concluiu que o conjunto
núcleo/ elétron será mais estável (mais coeso) quanto mais próxima for a órbita permitida do elétron em
relação ao núcleo. Assim, se atribuirmos a cada nível de energia n valores inteiros que vão de 1 até infinito, a
energia do elétron que se move no nível n = 1 é menor que a energia do elétron que se move no nível n = 2,
e assim por diante.

Seguindo esse raciocínio em relação ao átomo de hidrogênio, o estado de menor energia ou estado
fundamental para o seu único elétron é aquele em que n = 1. Todas as demais energias permitidas (demais
valores de n) representam estados menos estáveis, que chamamos de estados ativados ou excitados. As
conclusões mais importantes do trabalho de Bohr foram:
O átomo está no seu estado fundamental (mais estável) quando todos os seus elétrons estiverem se
movimentando em seus respectivos níveis de menor energia.
Se um elétron no estad
de energia imediatamente superior e entra num estado ativado (logo, numa situação de
instabilidade).
Quando um elétron passa de um estado de energia elevada para um estado de energia menor, o
elétron emite certa quantidade de energia radiante, sob forma de um fóton de comprimento de onda
específico, relacionado com uma das linhas do espectro desse elemento. O modelo atômico de Bohr
explicava satisfatoriamente o átomo de hidrogênio , que possui apenas 1 elétron ao redor do núcleo,
mas falhava ao explicar os átomos dos demais elementos.

Estudos posteriores mostraram que as órbitas eletrônicas de todos os átomos conhecidos se agrupam
em sete camadas eletrônicas, denominadas K, L, M, N, O, P, Q. Em cada camada, os elétrons possuem uma
quantidade fixa de energia; por esse motivo, as camadas são também denominadas estados estacionários ou
níveis de energia. Além disso, cada camada comporta um número máximo de elétrons, conforme é mostrado
no esquema a seguir:

O modelo atômico de Sommerfeld

Quando um átomo possui mais de um elétron, esses elétrons passam a interagir uns com os outros
(pela repulsão elétrica, por exemplo). Esse fato torna complexo determinar os níveis de energia em que os
elétrons se movimentam e, também, o número de elétrons que podem se movimentar em cada nível de
energia de modo a explicar corretamente o espectro de emissão dos elementos.

Um primeiro passo para esclarecer essa questão foi o uso de espectroscópios de melhor resolução
(mais potentes). Isso permitiu observar que as raias consideradas anteriormente constituídas por uma única
linha eram, na realidade, um conjunto de linhas distintas muito próximas umas das outras. Estava descoberta
a chamada estrutura fina dos espectros de emissão.
O desdobramento das linhas do espectro indica que os níveis de energia (n) são constituídos por subníveis
de energia (L) bastante próximos uns dos outros. Para explicar essa multiplicidade das raias espectrais
verificadas experimentalmente, em 1915 o físico alemão Arnold Sommerfeld (1868-1951) deduziu algumas
equações matemáticas, que indicavam:

Cada nível de energia n está dividido em n subníveis, correspondentes a uma órbita circular e a n 1

Quí.
órbitas elípticas de diferentes excentricidades. O núcleo do átomo ocupa um dos focos da elipse.
O primeiro nível (n = 1) possui apenas uma órbita circular (possui 1 subnível);
o segundo nível (n = 2) possui uma órbita circular e uma órbita elíptica (possui dois subníveis);
o terceiro nível (n = 3) possui uma órbita circular e duas órbitas elípticas (possui três subníveis), e
assim por diante.
EXERCÍ CI OS DE AULA

1. Na experiência de espalhamento de partículas alfa, α, conhecida como experiência de Rutherford ,


um feixe de partículas alfa foi dirigido contra uma lâmina finíssima de ouro, e os experimentadores,
colaboradores de Rutherford Geiger e Marsden observaram que um grande número dessas
partículas atravessava a lâmina sem sofrer desvios, mas que um pequeno número sofria desvios muito
acentuados. Esse resultado levou Rutherford a modificar o modelo atômico de Thomson, propondo a
existência de um núcleo de carga positiva, de tamanho reduzido e com, praticamente, toda a massa do
átomo. Assinale a alternativa que apresenta o resultado que era previsto para o experimento de acordo
com o modelo de Thomson.
a) A maioria das partículas atravessaria a lâmina de ouro sem sofrer desvios e um pequeno número
sofreria desvios muito pequenos.
b) A maioria das partículas sofreria grandes desvios ao atravessar a lâmina.
c) A totalidade das partículas atravessaria a lâmina de ouro sem sofrer nenhum desvio.
d) A totalidade das partículas ricochetearia ao se chocar contra a lâmina de ouro, sem conseguir
atravessá-la.

2. Uma das principais partículas atômicas é o elétron. Sua descoberta foi efetuada por J. J. Thomson em
uma sala do Laboratório Cavendish, na Inglaterra, ao provocar descargas de elevada voltagem em
gases bastante rarefeitos, contidos no interior de um tubo de vidro.

-se que o fluxo de elétrons (raios catódicos) colide com um anteparo e


projeta sua sombra na parede oposta do tubo. No tubo -se que o fluxo de elétrons
(raios catódicos) movimenta um cata- -se que o fluxo de
elétrons (raios catódicos) sofre uma deflexão para o lado onde foi colocada uma placa carregada
positivamente. Observando os fenômenos que ocorrem nos tubos, podemos afirmar CORRETAMENTE
que:

Quí.
(01) gases são bons condutores da corrente elétrica.
(02) os elétrons possuem massa são corpusculares.
(04) os elétrons possuem carga elétrica negativa.
(08) os elétrons partem do cátodo.
(16) os elétrons se propagam em linha reta.
(32) o cata-vento entrou em rotação devido ao impacto dos elétrons na sua superfície.

SOMA: ( )

3. Dissolva NaCl em água. Em seguida, mergulhe um pedaço de madeira na solução, retire-o e deixe
secar. Ao queimá-lo, aparece uma chama amarela. Esse fenômeno ocorre porque:
a) o calor transfere a energia aos elétrons dessa substância, fazendo com que eles se desloquem para
níveis energéticos mais altos, emitindo luz.
b) o calor transfere energia aos elétrons dessa substância, fazendo com que eles se desloquem para
níveis energéticos mais baixos, emitindo luz.
c) o calor transfere energia aos elétrons dessa substância, fazendo com que eles se desloquem para
níveis energéticos mais altos. Quando esses el
inferiores, eles devolvem a energia absorvida sob forma de luz.
d) os elétrons, para não se deslocarem do seu nível energético, ao receberem calor, emitem luz.
4. As alternativas a seguir referem-se ao modelo atômico de Sommerfeld. Identifique qual delas é falsa.
a) Foi desenvolvido com base na observação de espectros de emissão de átomos mais complexos que
o hidrogênio.
b) Cada nível de energia n possui n subníveis.
c) Cada nível n é constituído de uma órbita circular e (n 1) órbitas elípticas de diferentes
excentricidades.
d) O núcleo do átomo também descreve uma trajetória determinada, ocupando em cada momento
um dos focos da elipse descrita pelo movimento do elétron. e) A energia mecânica total do elétron
é determinada pela distância que o elétron se encontra do núcleo (potencial) e pelo tipo de órbita
que ele descreve (cinética).

5. Cada elemento químico apresenta um espectro característico, e não há dois espectros iguais. O
espectro é o retrato interno do átomo e assim é usado para identificá-lo, conforme ilustração dos
espectros dos átomos dos elementos hidrogênio, hélio e mercúrio.

Bohr utilizou o espectro de linhas para representar seu modelo atômico, assentado em postulados,
cujo verdadeiro é:
a) ao mudar de órbita ou nível, o elétron emite ou absorve energia superior à diferença de energia
entre as órbitas ou níveis onde ocorreu essa mudança.
b) todo átomo possui um certo número de órbitas, com energia constante, chamadas estados
estacionários, nos quais o elétron pode movimentar-se sem perder nem ganhar energia.
c) os elétrons descrevem, ao redor do núcleo, órbitas elípticas com energia variada.
d) o átomo é uma esfera positiva que, para tornar-se neutra, apresenta elétrons (partículas negativas)
incrustados em sua superfície.

EXERCÍ CI OS DE CASA

1. Em 1903, o físico alemão Philipp Eduard Anton Lénard (1862-1947), da universidade de Heidelberg,
sugeriu um modelo atômico formado por pares de cargas positivas e negativas, aos quais chamou de

Quí.
Nagaoka (1865-1950) publicou no Japão um modelo de átomo surpreendentemente moderno para a
época. Nagaoka sugeriu que o átomo era constituído de um anel de elétrons ao redor de um centro
muito denso; comparou o átomo com o planeta Saturno e seus respectivos anéis, que permanecem
estáveis porque o planeta é bastante denso para mantê-los em suas órbitas.

Em relação a esse assunto, explique brevemente:


a) O que são modelos.
b) Por que o modelo de Dalton precisou ser aperfeiçoado.
c) Por que o modelo de Thomson foi aperfeiçoado.
2. O colorido dos fogos de artifício resulta da absorção ou da emissão de energia pelos elétrons. Ao
absorverem energia, os elétrons saltam de uma órbita de energia mais baixa para outra mais elevada.
Ao retornarem a órbitas de menor energia, emitem radiação eletromagnética ou seja de determinada
frequência. A cor (frequência) da luz emitida depende dos átomos cujos elétrons são excitados. É
correto afirmar que esse fenômeno pode ser explicado, satisfatoriamente, pelo modelo atômico de:
a) Bohr.
b) Dalton.
c) Rutherford.
d) Thomson.

3. Associe as afirmações a seus respectivos responsáveis.


I. O átomo não é indivisível e a matéria possui propriedades elétricas (1897).
II. O átomo é uma esfera maciça (1808).
III. O átomo é formado por duas regiões denominadas núcleo e eletrosfera (1911).

a) I Dalton, II Rutherford e III Thomson.


b) I Thomson, II Dalton e III Rutherford.
c) I Dalton, II Thomson e III Rutherford.
d) I Rutherford, II Thomson e III Dalton.
e) I Thomson, II Rutherford e III Dalton.

4. O conhecimento sobre estrutura atômica evoluiu à medida que determinados fatos experimentais eram
observados, gerando a necessidade de proposição de modelos atômicos com características que os
explicassem.
Fatos observados
I. Investigações sobre a natureza elétrica da matéria e descargas elétricas em tubos de gases rarefeitos.
II. Determinação das leis ponderais das combinações químicas.
III. Análise dos espectros atômicos (emissão de luz com cores características para cad a elemento).
IV. Estudos sobre radioatividade e dispersão de partículas alfa.

Características do modelo atômico


1. Átomos maciços, indivisíveis e indestrutíveis.
2. Átomos com núcleo denso e positivo, rodeados pelos elétrons negativos.
3. Átomos com uma esfera positiva onde estão distribuídas, uniformemente, as partículas negativas.
4. Átomos com elétrons, movimentando-se ao redor do núcleo em trajetórias circulares
denominadas níveis com valor determinado de energia.

A associação correta entre o fato observado e o modelo atômico proposto, a partir deste subsídio, é:
a) I 3; II 1; III 2; IV 4

Quí.
b) I 1; II 2; III 4; IV 3
c) I 3; II 1; III 4; IV 2
d) I 4; II 2; III 1; IV 3
e) I 1; II 3; III 4; IV 2

5. Os diversos modelos para o átomo diferem quanto às suas potencialidades para explicar fenômenos e
resultados experimentais. Em todas as alternativas, o modelo atômico está corretamente associado a
um resultado experimental que ele pode explicar, exceto em:
a) O modelo de Rutherford explica por que algumas partículas alfa não conseguem atravessar uma
lâmina metálica fina e sofrem fortes desvios.
b) O modelo de Thomson explica por que a dissolução de cloreto de sódio em água produz uma
solução que conduz eletricidade.
c) O modelo de Dalton explica por que um gás, submetido a uma grande diferença de potencial
elétrico, se torna condutor de eletricidade.
d) O modelo de Dalton explica por que a proporção em massa dos elementos de um composto é
definida.
6. Em 1808, John Dalton propôs um modelo atômico no qual os átomos seriam minúsculas esferas
indestrutíveis. Átomos de diferentes elementos químicos teriam massas relativas diferentes, e átomos
de um mesmo elemento químico teriam todos a mesma massa. Transformações químicas envolveriam
rearranjos no modo como os átomos estão combinados. Esse modelo, entretanto, teve de ser
modificado para que fosse possível explicar:
a)
fica em excesso.
b) a conservação da massa total de um sistema fechado no qual ocorre transformação química.
c)
d) fenômenos elétricos, como a condução de corrente elétrica por uma solução aquosa salina, por
exemplo.
e) o fato de que numa transformação química, a massa de um dado elemento químico é sempre a
mesma.

7. Considere o seguinte diagrama de níveis de energia para o átomo de hidrogênio:

As transições em que ocorre apenas absorção de energia são:


a) I, II, III e IV.
b) III e IV.
c) I e II.
d) I e III.

8. O físico dinamarquês Niels Bohr (1885-1962) enunciou, em 1913, um modelo atômico que relacionou a
quantidade de energia dos elétrons com sua localização na eletrosfera. Em relação à energia associada
às transições eletrônicas, um elétron, ao absorver energia, pode sofrer a seguinte transição:
a) da órbita N para a órbita M.
b) da órbita P para a órbita O.
c) da órbita L para a órbita K.
d) da órbita O para a órbita P.
e) da órbita M para a órbita L.

Quí.
Quí.
GABARI TO

Exercícios de aula

1. d
Pelo modelo de Thompson, o átomo não possuía espaços vazios, logo as partículas não atravessariam a
folha de ouro e ricocheteariam.

2. Resposta: 62
São corretas as afirmativas: 02; 04; 08; 16; 32.
01. Falsa. Os gases, em condições ambientes, não são bons condutores de corrente elétrica.

3. c
Ao receber energia, os elétrons da última camada são deslocados para níveis mais externos (camadas de
maior energia). Ao retornar à posição de origem, esses elétrons emitem energia na forma de luz visível
ou na forma de radiação ultravioleta.

4. d
Não existe uma trajetória determinada para o núcleo do átomo. De acordo com o modelo de
Sommerfeld, a eletrosfera está dividida em n níveis de energia, e cada nível de energia está dividido em
n subníveis. A cada nível n correspondem uma órbita circular e (n 1) órbitas elípticas. O núcleo atômico
ocupa um dos focos dessas elipses, cujo plano pode tomar uma orientação qualquer no espaço.

5. b
mero de
órbitas, com energia constante, chamadas estados estacionários, nos quais o elétron pode movimentar-

energético). Ao cessar a emissão de energia, o elétron volta para o nível mais interno (menos energético),
emitindo energia na forma de luz (visível ou não).

Exercícios de casa

1. a) O modelo é uma imagem mental que o cientista utiliza para explicar uma teoria a respeito de um

Quí.
fenômeno que não pode ser observado diretamente. Os modelos ilustram a teoria ajudando a explicá-la,
mas não possuem necessariamente uma existência física real.
b) Por causa da descoberta dos elétrons, dos prótons e da radioatividade (o átomo não é indivisível).
c) Porque o resultado do experimento de Rutherford foi diferente do esperado. Esperava-se que a grande
energia cinética das partículas alfa as faria atravessar uma finíssima folha metálica de ouro (de 10 4 mm de
espessura), tal como uma bala de espingarda atravessa uma folha de papel sem ser rebatida por ela. O
máximo que se previa era que algumas partículas alfa sofreriam pequenos desvios em suas trajetórias, já
que o átomo era uma esfera carregada positivamente com elétrons distribuídos uniforme mente por todo
o seu volume (modelo de Thomson). O que ocorreu na realidade foi que a maioria das partículas α
atravessou a placa de ouro sem sofrer desvio considerável em sua trajetória, mas algumas partículas α
(poucas) foram rebatidas na direção contrária ao choque e outras sofreram um grande desvio em sua
trajetória inicial.

2. a
As explicações estão de acordo com o modelo atômico de Bohr.
3. b
I. O átomo não é indivisível, e a matéria possui propriedades elétricas (1897): Thomson.
II. O átomo é uma esfera maciça (1808): Dalton.
III. O átomo é formado por duas regiões, denominadas núcleo e eletrosfera (1911): Rutherford.

4. c
As investigações sobre a natureza elétrica da matéria e descargas elétricas em tubos de gases rarefeitos
culminaram com o modelo atômico de Thomson: át omos com uma esfera positiva onde estão
distribuídas, uniformemente, as partículas negativas.
As determinações das leis ponderais das combinações químicas foram explicadas pelo modelo atômico
de Dalton: átomos maciços, indivisíveis e indestrutíveis.
A análise dos espectros atômicos (emissão de luz com cores características para cada elemento) foi
explicada pelo modelo atômico de Bohr: átomos com elétrons, movimentando -se ao redor do núcleo
em trajetórias circulares denominadas níveis com valor determinado de energia. Estudos sobre
radioatividade e dispersão de partículas alfa foram explicados pelo modelo atômico de Rutherford:
átomos com núcleo denso e positivo, rodeado pelos elétrons negativos.

5. c
Dalton supunha o átomo maciço e indivisível. Seu modelo atômico não explicava fenômenos como a
condução de eletricidade.

6. d
Os fenômenos elétricos pressupõem a existência do elétron como partícula subatômica. O modelo de
Dalton não previa a existência de partículas subatômicas de quaisquer espécies.

7. c
Pois são as transições que saem de uma orbita de menor energia para uma de mais energia (mais distante
do núcleo)

8. d
Pois o elétron sairia da camada O (5ª) para a P (6ª) camada, como a P é mais afastada do núcleo, possui
maior energia em relação à O, logo seria um processo com absorção de energia.

Quí.
Red.
Professor: Carolina Achut ti
Monitor: Maria Paula Queiroga

Red.
Gêneros discursivos/ textuais 21
(continuação) mar

EXERCÍ CI OS DE AULA

1. Leia o texto a seguir para responder à questão:


A outra noite

Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui.
Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá
em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a
cidade eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal.
Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou o sinal fechado para voltar-se para mim:
- O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas, tem mesmo luar lá em cima?
Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia uma outra pura, perfeita e
linda.
- Mas, que coisa...
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva. Depois continuou guiando
mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa.
- Ora, sim senhor...
E, quando saltei e paguei a corrida, ele me diss
sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito um presente de rei.
Rubem Braga

Analisando as principais características do texto lido, podemos dizer que seu gênero predominante é:
a) Conto.
b) Poesia.
c) Prosa.
d) Crônica.
e) Diário.

2.

Red.

Ao interpretar um anúncio publicitário, sempre considere os elementos verbais e não verbais. Disponível em:
www.portaldapropaganda.com.br
A publicidade, de uma forma geral, alia elementos verbais e imagéticos na constituição de seus textos.
Nessa peça publicitária, cujo tema é a sustentabilidade, o autor procura convencer o leitor a

a) assumir uma atitude reflexiva diante dos fenômenos naturais.


b) evitar o consumo excessivo de produtos reutilizáveis.
c) aderir à onda sustentável, evitando o consumo excessivo.
d) abraçar a campanha, desenvolvendo projetos sustentáveis.
e) consumir produtos de modo responsável e ecológico.

3.
A diva
Vamos ao teatro, Maria José?
Quem me dera,
desmanchei em rosca quinze kilos de farinha,
tou podre. Outro dia a gente vamos.
Falou meio triste, culpada,
e um pouco alegre por recusar com orgulho.
TEATRO! Disse no espelho.
TEATRO! Mais alto, desgrenhada.
TEATRO! E os cacos voaram
sem nenhum aplauso.
Perfeita.
PRADO, A. Oráculos de maio . São Paulo: Siciliano, 1999 .

Os diferentes gêneros textuais desempenham funções sociais diversas, reconhecidas pelo leitor com
base em suas características específicas, bem como na situação comunicativa em que ele é produzido.
Assim, o texto A diva

a) narra um fato real vivido por Maria José.


b) surpreende o leitor pelo seu efeito poético.
c) relata uma experiência teatral profissional.
d) descreve uma ação típica de uma mulher sonhadora.
e) defende um ponto de vista relativo ao exercício teatral.

4. Agora, vamos aplicar o que vimos sobre os gêneros discursivos na prática da redação. Como nos
posicionar diante dos temas e requisitos propostos por esse vestibular?

Proposta Unicamp 2018 Red.


Você é um estudante do Ensino Médio e foi convidado pelo Grêmio Estudantil para fazer uma palestra
aos colegas sobre um fenômeno recente: o da pós-verdade. Leia os textos abaixo e, a partir deles,
escreva um texto base para a sua palestra, que será lido em voz alta na íntegra. Seu texto deve conter:
a) uma explicação sobre o que é pós-verdade e sua relação com as redes sociais; b) alguns exemplo s
de notícias falsas que circularam nas redes sociais e se tornaram pósverdade; e c) consequências sociais
que a disseminação de pós-verdades pode trazer. Você poderá usar também informações de outras
fontes para compor o seu texto.

Texto A
Disponível em https:/ / horizontesafins.wordpress.com/ 2017/ 02/ 02/ averdade-da-pos-verdade/ . Acessado em 03/ 09/ 2017.)

Texto B
-

Anualmente, a Oxford Dictionaries, parte do departamento de imprensa da Universidade de Oxford


responsável pela elaboração de dicionários, elege uma palavra para a língua inglesa. A -
-truth).
A palavra é usada por quem avalia que a verdade está perdendo importância no debate político. Por
exemplo: o boato amplamente divulgado de que o Papa Francisco apoiava a candidatura de Donald
Trump não vale menos do que as fontes confiáveis que negaram esta história. Segundo Oxford
Dictionaries, a palavra vem sendo empregada em análises sobre dois importantes aconteciment o s
políticos: a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos e o referendo que dec idiu
pela saída da Grã-Bretanha da União Europeia, designada como Brexit. Ambas as campanhas fizeram
uso indiscriminado de mentiras, como a de que a permanência na União Europeia custava à Grã -
Bretanha US$ 470 milhões por semana, no caso do Brexit, ou a de que Barack Obama é fundador do
Estado Islâmico, no caso da eleição de Trump.
Em um artigo publicado em setembro de 2016, a influente revista britânica The Economist destaca que
políticos sempre mentiram, mas Donald Trump atingiu um outro patamar. A leitura de muitos
acadêmicos e da mídia tradicional é que as mentiras fizeram parte de uma bem -sucedida estratégia de
apelar a preconceitos e radicalizar posicionamentos do eleitorado. Apesar de claramente infundadas,
denunciar essas informações como falsas não bastou para mudar o voto majoritário.
Para diversos veículos de imprensa, a proliferação de boatos no Facebook e a forma como o feed de
notícias funciona foram decisivos para que informações falsas tivessem alcance e legitimidade. Este e
outros motivos têm sido apontados para explicar a ascensão da pós-verdade.
Plataformas como Facebook, Twitter e Whatsapp favorecem a replicação de boatos e mentiras. Grande
parte dos factoides são compartilhados por conhecidos nos quais os usuários têm confiança, o que
aumenta a aparência de legitimidade das histórias. Os algoritmos utilizados pelo Facebook fazem com
que usuários tendam a receber informações que corroboram seu ponto de vista, formando bolhas que
isolam as narrativas às quais aderem de questionamentos à esquerda ou à direita.

Red.
-
16/ 11/ 2016. Disponível em https:/ / www.nexojornal.com.br/ expresso/ 2016/ 11/ 16/ O -que-é- - -a-palavra-do-ano-
segundo-a-Universidade-de-Oxford. Acessado em 01/ 12/ 2017).

EXERCÍ CI OS DE CASA

Agora é a sua vez! O exercício de casa é uma proposta de carta argumentativa, retirada do nosso blog,
Desconversa! Procure relacionar, organizar e explicitar as ideias aprendidas durante as aulas.

É impossível negar que as decisões políticas possuem impactos a curto e a longo prazo. Os resultados de
propostas podem repercutir por décadas, seja de maneira positiva, seja negativa. Sabendo disso e com o
auxílio dos textos abaixo, redija uma carta argumentativa como um jovem do Brasil no futuro para um
político atual, buscando convencê-lo da importância de não pensar apenas no agora, mas no que está por
vir com exemplos de projetos que deram certo ou não.

Texto A
(Disponível em: http:/ / 1.bp.blogspot.com/ -dmF1hXUJmek/ TqvakK_cfM I/ AAAAAAAACjg/ GQPESKFufiU/ s1600/ brasil-pais-do-
futuro.jpg)

TEXTO B

Operação Lama Asfáltica, Lava Jato, Adna, recomendações do MPE (Ministério Público Estadual), MPF
(Ministério Público Federal), reforma política, ex-políticos envolvidos em escândalo sexual com
adolescentes, investigação para saber se houve irregularidade na cassação do ex-prefeito de Campo Grande,
Alcides Bernal (PP). O segundo semestre de 2015 está só no começo, mas inúmeras polêmicas permei am o
cenário em pleno ano pré-eleitoral. Para os presidentes das maiores siglas sul-mato-grossense, todos esses
fatos devem respingar no próximo pleito e, por isso, 2016 ainda é um território desconhecido.

Red.
Dirigente regional do PT, prefeito de Corumbá e pr aticamente pré-candidato à reeleição, Paulo Duarte, alega

sso natural

(Disponível em: http:/ / www.midiamax.com.br/ politica/ dirigentes-admitem-consequencias-eleitorais-escandalos-politicos-268233)

TEXTO C

Com um plano de metas o Plano Nacional de Desenvolvimento debaixo do braço, Juscelino abriu
estradas e estimulou a indústria automobilística. Sobre ele, comenta o jornalista de política de O Estado de
ais que isso.

administração do país e olhar com otimismo. Não era só slogan. Ainda candidato, ele reuniu técnicos e
montou um projeto nacional, resu
tirar a capital do Rio de Janeiro, apesar da duvidosa escolha que fez com Brasília, abriu caminho para uma
nova identificação nacional. Era elegante, simpático, acessível, adorava dançar, vivia sorrindo e perdoando
seus críticos

Manzano ressalta, no entanto, que o legado de Kubitschek foi marcado também por omissões e erros
vezes, deixava de lado o rigor da lei. Não mexeu com
a corrupção, que foi gigantesca na construção de Brasília. Ao optar por uma capital no fundão de Goiás,
trocou um problema por outro, distanciando o povo do poder e poupando os políticos da pressão das r uas.
E foi em seus cinco anos que a inflação encorpou, para alimentar seguidas crises e infernizar o país até a
vinda do Plano
(Disponível em: http:/ / opiniaoenoticia.com.br/ brasil/ politica/ legado-a-marca-que-os-presidentes-deixaram-no-pais-2/ )

Instruções


longo das aulas.
• Assine sua carta apenas com suas iniciais. Qualquer marca que torne possível a identificação do
candidato costuma desclassificá-lo.

Red.
GABARI TO

Exercícios de aula

1. d
Pode ser observada na crônica de Rubem Braga todos os elementos característicos desse mesmo gênero,
como o relato de uma situação corriqueira do cotidiano, permeado por uma linguagem contemplada de
lirismo, além do predomínio da coloquialidade.

2. e
Os anúncios publicitários são um entre os inúmeros gêneros textuais existentes. Neles, a linguag em
verbal e a não verbal servem para construir os sentidos do texto (o que chamamos de texto híbridos).
Através desses dois recursos, o cartaz tem a intenção de convencer o interlocutor a adotar um
comportamento responsável e ecológico no momento de consumir.

3. b
o diálogo.
No fim do poema, o leitor se surpreende por conta da função poética, que transforma Maria José, uma
simples mulher, em uma diva pela sua espontaneidade ao atuar.

4. Expectativa da banca COMVEST


A proposta para o Texto 1 pressupõe que os candidatos sejam capazes de relacionar os dois textos-fo nt e
apresentados a seus conhecimentos prévios, de forma a produzir um texto que esclareça um important e
fenômeno da atualidade -
dos sentidos dos textos, a inferências e ao estabelecimento de relações entre textos (intertextualidad e),
além das habilidades envolvidas na organização de um texto expositivo -explicativo que sirva de base para
uma palestra. São, portanto, habilidades de leitura e escrita que vão além da esfera acadêmica e que são
fundamentais não apenas para o jovem estudante universitário como também para todo cidadão que
deseje ter vez e voz na sociedade. Daí a importância da produção de um texto base do gênero oral
público palestra.
Espera-se que o candidato esteja minimamente familiarizado com a discussão sobre a circulação de
notícias falsas (fake news) nas redes sociais e com o chamado , para que, a partir da leitura
dos textos-fonte, possa produzir um t - -se,
portanto, que o candidato disponha de referências para elaborar seus textos, relacionando -as aos

Red.
excertos apresentados.
Na proposta do Texto 1, oferecem-se à leitura dois textos-fonte: a) uma charge e b) trechos de uma
-
segundo a Universidade de Oxford.
O enunciado que orienta a elaboração da redação cria uma situação em que o candidato se coloca na
posição de um estudante que deve produzir um texto base para uma palestra, explicando aos colegas o
-
news) e pós-verdade (post-truth) que precisa ser considerada pelo candidato, o qual deve, ainda,
relacionar o fenômeno com as redes sociais, dar exemplos de pós-verdades e mencionar suas possíveis
consequências. A charge traz um dos pontos-chave para a diferenciação entre fake news -
está em questão não é só a publicação ou a crença em notícias falsas (que sempre
existiram), mas a percepção de uma situação em que crenças e opiniões valem mais do que fatos. O
segundo texto articula essa ideia ao papel das redes sociais na legitimação d e notícias falsas, destacando
Exercícios de casa

Modelo de carta argumentativa, retirado do Blog Desconversa:

Caro Deputado Alcides Amaral,

Venho, por meio desta missiva, solicitar sua atenção para alguma das questões mais importantes da
sociedade brasileira. Aliás, não se assuste o senhor se, nas próximas linhas, eu falar com tanta
propriedade e firmeza dos problemas nacionais. Há uma razão bastante objetiva que me permite fazê-lo:
eu sou uma mulher do futuro. Sim, não se assuste vossa excelência: eu sou uma mulher do futuro. De
fato, creia ou senhor ou não, em 2058 os cientistas franceses irão construir as primeiras máquinas do
tempo. Tais máquinas, são incapazes de transportar pessoas. No entanto, são profundamente eficient es
no envio de objetos inanimados a períodos passados e futuros. Aliás, foi precisamente assim que eu,
membro-fundadora da Sociedade Crononáutica Brasileira, enviei-lhe esta carta. Segundo informa meu
dróide observador de tempos passados, ela chegou a sua casa às 7h05min da manhã de 10/ 11/ 2015.

Pois bem, mas por que envio eu, uma mulher do futuro, esta carta ao deputado brasileiro mais influent e
de 2015? Bem, minhas razões são claras e objetivas. Em seu tempo, Deputado Alcides, têm sido travadas
algumas das lutas políticas mais relevantes da história da sociedade brasileira. Tais lutas, muitas vezes
ocultas por sob as polêmicas inócuas que alimentam a mídia e as redes sociais, irão repercutir, no futuro ,
de maneira absolutamente decisiva e desastrosa nos rumos de nosso país.

Refiro-me aqui, em particular, ao futuro da cultura popular. De fato, vossa época, nobre deputado, é o
período dos últimos resquícios daquilo que o grande Ariano Suassuna chamava de
suma, vosso tempo é aquele em que ainda resta algo das músicas populares passadas de pai para filho ,
do velho folclore interiorano, dos costumes regionais de antiquíssima tradição. A velha alma brasileira,
fruto de uma secular interação entre povos de continentes distintos, tão rica e diversa, verdadeira síntese
de contrários, está, em sua época, prestes a falecer.

Com efeito, na medida em que se iniciou o processo de globalização, as antigas fronteiras nacionais
enfraqueceram-se e a rica diversidade cultural existente no planeta deu lugar a um lento e gradual, mas
contínuo e intenso processo de homogeneização das práticas culturais. Hábitos e valores
multisseculares, vistos desde sempre como o apanágio de povos específicos, como
elementos constituintes de sua própria identidade, se viram pouco a pouco escanteados em nomes de
atitudes e práticas de consumo disseminadas pela mídia e pela propaganda. As grandes
marcas multinacionais, com seus tentáculos de alcance irrestrito, destruíram progressivamente as
culturas locais. E a indústria cultural, tão pronta a transformar arte em mercadoria, massificou os gost os

Red.
estéticos, gerando artistas de sucesso mundial e rendimentos bilionários. Ao mesmo tempo, retirou a
identificação que havia entre povo e arte, de índole tradicional, espontaneamente gerada por ele.

Como disse, esse processo, em vosso tempo, Deputado Alcides, encontra-se quase triunfante, mas ainda
em possibilidade de reversão. E é por isso que lhe escrevo esta carta. Não permita que o Brasil se torne
aquilo que ele será em 2080: uma pátria oca, genérica, sem identidade. Não permita que morra a
brasilidade, o nosso senso do que somos e do que nos faz singulares. Se o poder público, em seu tempo,
tomar decisões adequadas e o Congresso aprovar leis que tornem eficaz a proteção às manifestações de
nosso patrimônio histórico e social, ainda haverá esperança. Como sei que o senhor é sensível a este
tema, além de ser homem reto e atuante, me pareceu por bem enviá-lo está carta. Conto com o senhor
e os seus bisnetos também.

Atenciosamente,
LO.

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