You are on page 1of 18
*. AULA. Direito e dignidade da pessoa humana TEXTO: HABERMAS, Jurgen, Sobre a Constituigdo da Europa, Tradugio de Denilson Werle, Luiz Repa e Ririon ‘Melo, So Paulo, UNESP, 2012, ps. 07 a 37. CASO PRATICO: © CASO DE ASSEDIO MORAL ‘Ana é fimcionéria piblica, ¢ trabatha no ambulatério do sistema municipal de saitde, de uma pequena cidade no interior do Espirito Santo, Prestou concurso, ¢ é efetiva, mas desde a chegada de uma nova equipe de médicos na cidade, liderados pelo Dr. Astor, apenas vem assistindo 0 crescimento da intolerdneia no ambiente de trabalho, Isso ponque a indicagdo deste médico, para assumir 0 posto de Diretor do Hospital Municipal, se dew a partir de critrios estritamente politicos, 0 que levou a uma forte reagao por parte do sindicato dos trabalhadores da saide, Ana ¢filiada a0 sindicato, mas nunea teve Tigagdes poiticas fortes, ak de ser mulher de idade, com responsabilidades familiares extensas, considerando seus quatro fills. A nova equipe médica, sob a orientacto do Dr. Astor, resolve dispensar tratamento diferenciado aos diversos profissionais, abrindo chances ¢ readequando 0 scrvigo, para os “amigos”, c relegando os “inimigos". Sem saber, nas reunides veladas da equipe médica, Ana foi considerada da “torma de 14”. Por isso, seu superior ‘comerou 2 trata-la com rispidez, denegrindo os resultados de seu trabalho, ¢ colocando-a em pasi¢io sistematicamente inferior & dos demais. Ana passa a receber tratamento discriminatorio, a ter de lidar com as piores emergéncias médicas, sdo-the suprimidos instrumentos minimos de trabalho ¢ sua escala recai sobre 0s piores hordrios, além de sua sala ter sido desmontada, para atender as “modificagbes institucionais necessirias”. A supressio de informagdes Ihe cra constante, de forma que dificilmente conseguia concluir com éxito uma tarefa, contando, inclusive, com pouco apoio dos colegas de trabalho, Nos corredores, no dia a dia do trabalho, passa por constrangimentos c humilhagGes, ouvindo sarcasmos, zombarias, sendo exposto a situagGes vexatérias perante os pacientes do Hospital, chegando a ouvir frases tais como “la vem ela”, “ah, nfo, essa mulher”, “passa pra Ana esse atendimento, ela vai adorar resolver esta situagao”, “no falamos com qualquer um(a)’,seja de seu superior, seja dos demais colegas de trabalho. A situagdo perdura ja 3 amos, ¢ os expectientes visam, exatamente, que a servidora se desligue daquele hospital, ‘04 pec a aposentadoria. Um incidente, claramente persecutdrio, fez com que Ana tomasse as medidas necessérias. ApOs 0 desapatecimento de materiais de enfermagem do almoxarifado, pois um processo aadministrativo € aberto com 0 set nome. Nao seado responsével pela érea, © nem utilizando daquele tipo de proxduto, sendo sua Area o atendimento 20 piblico, Ana se vé encurralada. Sob intensa pressio, acaba tendo de pedir afastamento profissional, apés um susto de pénico ¢ convulsées, tendo que procurar atendimento médico- psicolégico em fun¢do de transtormos e outros sintomas. Apds atendimento, ¢ diagnosticada com situagio de forte tensto ¢ estado avangado de transtornas psicolégicos. Saberido-se que a situago 6 de assédio moral na relagSo de trabalho, Ana acaba procurando o sindicato, que the faz diversas reunides e recomendagdes: 1, Enquanto sindicalista, apresente a Ana as medidas que podem ser tomadas por ela no ambiente de trabalho, € ajude-a a identiticar as provas que poderdo ser utilizadas pata eventual embasamento de ago judicial. Ao final, demonstre 2 Ana as medidas que o sindicato irk tomar, considerando a relagio entre assédio moral Iimprobidade administrativa; 2, Enquanto advogado do sindicato, e profissional designado para mover uma ago judicial em seu favor, presente @ Ana 2 relagio entre 0 conceito de “dignidade da pessoa humana” 0 “conjunto de dispositivos legais” violados pela pratica do “assédio moral na relagio de trabalho”. Ao final, apresente a Ana a modalidade de ago judicial cabivel, ¢ esclarega a ela a expectativa que pode (er, relativa & possivel decisto judicial, considerando-se os critérios para & andlise € quantificago do dano, e, portanto, da avaliaglo do “grau de violagao da dignidade da humana”. OIC CE orci eel ecclesia Fe) Ielcloy foley =) lew gtd ol otealalsiolla alo) Pa scjolel ise) —el(eilefolcJovixefe}. Jo} o\(Vin\Uble}o) o}tsin) RN ie) q fa fs q s 3S = 2 Pe x {e} 3 a e a o) feslele| Meteflotosie |=) oj ley isolc}elise) 4e}=))/o)0(o)fofelesley0 [glBslero) o} colata| on V(alttiofial=¥=I11=J0l(-Jolo}el|ssicle}=¥| Helesore) ojolfor-10 os f=to) Wee) 2) ola} o1910} =) 1e)jaleN4 IE } felolioy {1 abe eedtofon af ifofoi ep sTele{litel=) G5 oJ08) Jalal Welerosfo) aU) “c} Jo} es|i=lo\id-loydl|olcla) Geir tela of Teli tofsloNee |e) Iasi oli SPbpsaises pu spollnuis|qoid sogdpnik: Wipe ros este Wo}eol testes Wrote) losstotet ers} InlehssiiolU o}teVUlpYucolleras CIR} sfo}l=YU eW0lfofleaf¥ Be] Bos Mol eles te seh slays te ele) Foe INelU Tose] StoMi=tollfe- Wi erob pl eyelets) «7 ope mpord 9p, 2 9) up soaquen $0 sopos 3p sppagungsuy 251008) soxsuip rv gf sigs py fo si jot pw ont, sop > (sxusiaus apepreip oneoupssjaons @ susuraueymas 28s ojnqiugsid 0 ebusve3e erpurtd en 98s psi afwog ai eg ion Yt - anypasuaypsuayy aap axdoar] 2pens2 yp pen spanawxpssayy np ndazvey se), PUBL OF | rroone oped s]murZa4 wan orsyas ry af Summpoa amo9 oFSeaygd © exg-(E-€Fd 0102 gs) [pomoneunne sme eomyed ap gag] wana ® n apnep afar sou *( oardean aatPap'o, ap OA, 9 wos) opranipas oma) wid '> (Ls-EF Fd ‘oroT ‘g6%) [oyingny sp mgs msnoy] agdasongge nf yoyrnzz wpmacy ee ossaidun ovesuy BLY ¢,.2uEumY vossad ep sopea ou a apeprudip ve wowWopy op feiuawepuny sousup sou 9, ¢ euLNZUOD “souUNY sorsaIp so 9 eueuiny apepmifrp & ‘of2]9y owssm wm wa “eUo}UDLE wpquie ojnquiyand ¢ ,., soup 9 apeprefyp wu stent 2 saan, «uposeu soueuuny sa2as $0 sopos, :oid 1d 0 wos j oBaze ou eSautod "g+61 9p orquiozep 2p OI WA sepiun] svgSeyy seyad epe8maioud ‘souruunpy sostantc] sop pestaanp] opSexe]20¢] y SOUDWUNY soj!azip SOP Djs}]Da1 DIdEyN Da DUOWNY epopruBip ap ofe2u02 OE soimesqepy natin 1407 ap oxquio;s ap 07) soquaeag ‘cproynunas equeunjy ep epesauosoane opSdaazad eu eyjsdse as anb edoz ng ep wunnugoowe woBewy ejanbe sompauauioa oxt09 sept zs umpod opuspe ou sepeuaumaop saoSueaiaiur san sy sowusgoge wtinf

You might also like