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Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade
do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos
seguintes:
Desde o momento que ao acusado é dada voz de prisão, em seu favor passa a
prevalecer o direito constitucional de ter respeitada sua integridade, em
conformidade com o disposto no art. 5º, XLIX. A não observância da integridade
como condicionante do respeito à dignidade da pessoa humana, poderá eivar de
nulidade todos os atos do inquérito policial, se provado for que os elementos
probatórios ali contidos foram forjados no interrogatório, por meio de
constrangimentos, violências ou ameaças, a condição de cidadão preso não lhe
retira o direito ao respeito à integridade física e moral. Seus direitos personalíssimos
devem ser tutelados de forma mais eficaz, não só por jornalistas, como também por
autoridades policiais e membros do Ministério Público, que devem se abster de
exibir presos à mídia. E isso não só para preservar os direitos personalíssimos do
preso, como também para evitar que inocentes sejam identificados indevidamente
como autores de delitos.
Se alguém for preso a sua família ou alguém que o mesmo indique deverá ser
comunicada do ocorrido e do local onde ele se encontra, O objetivo desta
comunicação imediata consiste na atribuição da publicidade necessária sobre a
ocorrência da prisão como forma de garantia dos direitos fundamentais do preso.
Todos devem ser cientificados da prisão imediatamente: o juiz enquanto autoridade
responsável pela aferição de legalidade das prisões; a família do preso ou a
pessoa por ele indicada enquanto organismo social de assistência (“visa permitir
que o preso tenha assistência pessoal de alguém de sua confiança”).
Ao ser realizada a prisão de uma pessoa deve se informar os direitos que ela
tem a regra constitucional transcrita deixa entrever a intenção de garantir, entre os
direitos fundamentais, a impossibilidade de aquele que está sendo preso ser
obrigado a produzir provas contra si próprio, tendo o preso ainda o direito de receber
assistência de sua família e de seu advogado.
INC LXIV - “O preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua
prisão ou por seu interrogatório policial”;